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O STF como guardião da constituição

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DIREITO CONSTITUCIONAL AVANÇADO
TAREFA 01
“O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL COMO GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO”.
 
 O STF é o órgão máximo do Poder Judiciário e devido ao princípio da separação dos poderes, não está subordinado a nenhum outro poder, apenas à Constituição Federal vincula sua atuação. E o mesmo tem seu principal encargo ser o guardião da Constituição.
 Guardião da constituição é o órgão que controla a conformidade e a desconformidade à constituição dos atos dos poderes executivo, legislativo e judiciário do Estado, isto é, guardião da constituição é o órgão que detém a competência de manter todos os órgãos e atos estatais em conformidade com a constituição do Estado.
 O Judiciário é responsável pela garantia do respeito à Constituição Federal e pelo cumprimento da lei. São parte do Judiciário os juízes, promotores, desembargadores e os ministros do STF.  O Supremo Tribunal Federal encontra-se no topo da hierarquia do Poder Judiciário e, nesse sentido,  ele pode ser entendido como o responsável pela lei máxima do país. Dessa forma, cabe ao STF julgar ações do Estado brasileiro, seu poder é de determinar o que está correto e o que não está correto, de acordo com o que dispõe a Constituição. É um árbitro, mas que não pode ser arbitrário; deve sempre observar os preceitos constitucionais mais fundamentais em suas decisões.
 A República Federativa do Brasil, em sua organização político-administrativa, é formada pelos seguintes entes federativos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, TST, STM) têm sede na Capital Federal, Brasília – DF. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. Os Tribunais Regionais (TRFs, TREs, TRTs) têm jurisdição em sua respectiva região (formada por um conjunto de Estados) e os Tribunais de Justiça tem sua jurisdição delimitada pelo território de cada Estado.
 O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro, o qual é também composto pelos seguintes órgãos: Conselho Nacional de Justiça; Superior Tribunal de Justiça; Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; Tribunal Superior do Trabalho; Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho; Tribunal Superior Eleitoral; Tribunais Regionais Eleitorais e Juízes Eleitorais; Superior Tribunal Militar; Tribunais e Juízes Militares; e Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
  O Supremo é composto por onze ministros. Compete ao STF julgar as chamadas ações diretas de inconstitucionalidade, instrumento jurídico próprio para contestar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual; apreciar pedidos de extradição requerida por Estado estrangeiro; e julgar pedido de habeas corpus de qualquer cidadão brasileiro.
 O caput do artigo 102 da CF estabelece que o STF deva prover a guarda da Constituição, processando e julgado originariamente os casos previstos no inciso I do mesmo artigo. Dessa forma, a primeira competência de processar e julgar originariamente vêm previstos na alínea “a” e possui a seguinte redação: “a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;” (CRFB/88). Na ação declaratória de constitucionalidade busca o STF afirmar que determinada Lei ou ato normativo é constitucional dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Na ação direta de inconstitucionalidade o STF busca de forma interventiva a guarda dos princípios constitucionais. Ações diretas de inconstitucionalidade por omissão também são de competência originária do STF. 
O STF também deve processar e julgar originariamente “nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República” (BRASIL, 1988).
Recurso extraordinário é o meio excepcional de impugnação de decisões judiciais. Não se trata de terceiro ou quarto grau de jurisdição, mas apenas a busca de salvaguarda dos comandos emergentes da Constituição Federal. Dessa maneira, questões de cunho estritamente processuais, englobadas em disposições infraconstitucionais, não ensejam a apreciação do STF, que somente abarca o recurso quando se esgotam as instancias recursais ordinárias. 
Para o Supremo Tribunal Federal admitir o recurso extraordinário, é necessário o preenchimento de três requisitos: o prequestionamento; ofensa direta, e não por via reflexa, à Constituição Federal; repercussão geral das questões constitucionais.
 Para caber recurso extraordinário também deve existir afronta direta e frontal à Constituição Federal. Não cabem, pois, as ofensas reflexas. Entende-se por reflexas, as ofensas que dependem de normas infraconstitucionais para interpretação de preceitos constitucionais. Essa relação entre os tipos de normas que somente em conjunto ofendem a constituição não são apreciadas pelo Supremo, pois se deve manter certa seleção de casos em que a Corte admite.
 Recentemente, a Emenda Constitucional n. 45/2004 adicionou aos requisitos a necessidade de repercussão geral das questões constitucionais, que nada mais é do que dar ao próprio Supremo o poder de escolher as causas que deverá julgar. Se todos os recursos extraordinários já passaram pelo crivo do duplo grau de jurisdição, não faz sentido sobrecarregar o supremo de causas que não tenham grande relevância.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: [...]
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.
 Finalmente, também compete ao Supremo julgar, através de recurso extraordinário em única ou ultima instância, as causas que contrariam dispositivo da Constituição Federal; que declaram a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; que julgam válida lei ou ato de governo local contestado em face da Carta Magna; e quando julgam válida lei local contestada em face de lei federal.
Nome : Lais Gallozio Moraes de Faria
Matricula:201707258058

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