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22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 1/18 Fundamentos do comércio exterior Aula 3 - Histórico e Estrutura do Comércio Exterior Brasileiro INTRODUÇÃO 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 2/18 O comércio internacional de alguma forma se relaciona ao desenvolvimento econômico dos países, conforme vimos nas aulas anteriores. Para uma compreendermos o papel que o comércio representa para o desenvolvimento do Brasil e a natureza das di�culdades encontradas nesse caminho, faremos uma breve análise da evolução histórica do setor externo do país. Estabelecido esse contexto, iremos descrever os principais órgãos envolvidos na gestão do comércio exterior brasileiro, de�nindo suas áreas de competência. Essa abordagem será complementada com o fornecimento dos endereços dos sites desses órgãos, permitindo que se tenha uma visão bastante ampla de sua atuação. Teremos, também, o primeiro contato com o Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior, a partir de sua descrição básica. OBJETIVOS Analisar o desenvolvimento recente do comércio exterior brasileiro. Examinar os órgãos do comércio exterior brasileiro e suas funções. 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 3/18 BREVE HISTÓRICO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Fonte: Harvepino / Shutterstock O Brasil surgiu no quadro geopolítico das nações ocidentais a partir de 1500, no contexto da estratégia de expansão comercial de Portugal. A posição geográ�ca do país garantia a segurança da rota para as Índias (Ásia) e, por isso, houve a necessidade de ocupação de seu território, com a consequente exploração econômica do país. O país ingressou no cenário internacional como exportador de alguns produtos naturais, como a madeira pau-brasil e com o açúcar das grandes plantações de cana. Os bens de consumo manufaturados eram importados para o Brasil e essa dinâmica de comércio foi mantida até o século XIX, com a independência do país de Portugal. As indústrias brasileiras surgiram ao longo do século XIX, principalmente após a instituição da tarifa Alves Branco, em 1844 — um imposto variando entre 30% e 60% para importação de produtos que já poderiam ser fabricados no Brasil, criado para aumentar a arrecadação do império. Embora seus objetivos primários tenham sido de natureza �scal, para aumentar a arrecadação do governo, constituiu-se em uma efetiva barreira protecionista. No entanto, não resultou na consolidação da indústria, dada a prevalência dos setores agrários. A tarifa Belisário, de 1887, também determinada por interesses �scais, aumentou a taxação sobre matérias-primas que serviam à indústria e reduziu impostos para a importação de sacaria, bene�ciando a agricultura (REGO e MARQUES, 2011, p. 87-89). Esse primeiro esforço de industrialização de�niu um padrão em nossa história: quando o mercado interno é atendido pela produção interna, a importação de bens de capital ganha importância (Quadro 1). 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 4/18 Quadro 1 O comércio exterior brasileiro no século XIX Exportações brasileiras — % sobre o valor das exportações Note como o café e a borracha ganharam importância ao longo do século, enquanto açúcar, algodão, couros e peles, tradicionais mercadorias do período colonial, perderam participação de forma acentuada, com todos os outros produtos. No início do século XX, �m do ciclo da borracha, a economia brasileira era uma monocultura exportadora, concentrada no café. Exportações da Grã-Bretanha para o Brasil — % sobre o valor das importações No século XIX, o crescimento da indústria brasileira dependia das importações de máquinas e equipamentos (bens de capital), que eram �nanciadas pelo setor primário exportador. Fonte: Estatísticas obtidas de Rego e Marques (2011, pp. 79 e 88), com base em fontes diversas. galeria/aula3/img/04a.jpg Gradualmente, a partir da década de 1930, o processo de industrialização avançou mais rapidamente com o modelo de Processo de Substituição de Importações (PSI), quando o setor industrial passou a ser o responsável pelo crescimento econômico do país, com perda de importância relativa do setor agropecuário. galeria/aula3/img/04b.jpg Esse modelo, ao centrar a dinâmica do crescimento no mercado interno, e não mais na exportação, adotou políticas protecionistas, “fechando” a economia, que continuava apoiada em um setor primário exportador, com produtividade decrescente, e encontrando seu limite de crescimento. galeria/aula3/img/05.jpg 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 5/18 O Grá�co I mostra como, da década de 1960 em diante, o rápido crescimento das exportações de manufaturados inverteu sua participação no total das exportações, em relação aos bens primários. Grá�co I Adaptado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/outras- estatisticas-de-comercio-exterior (glossário) ATIVIDADE Os Grá�cos II e III (a seguir) mostram o comportamento da pauta, classi�cadas as mercadorias por categoria econômica em bens de capital (BK), bens de consumo (BC) e bens intermediários (glossário) (BI) – somamos a esta categoria os combustíveis e lubri�cantes, cujos valões de importação e exportação são bem equilibrados, e outras contas menores. 1) Podemos ver que as importações dos bens de consumo, Grá�co III, se situam, nesse período, em níveis um pouco superiores aos dos bens de capital. Qual o impacto que essa situação tem sobre a economia? 2) As exportações de bens de consumo e de bens intermediários, Grá�co II, estão em contradição com as estatísticas do Grá�co I, que mostram um aumento relativo dos produtos básicos? Resposta Correta A nossa indústria necessitava da importação de bens de capital para o crescimento – típico do PSI – em grau menos acentuado, mas ainda tinha grande dependência em termos tecnológicos. A partir da década de 1970, já com uma indústria razoavelmente diversi�cada, o país, tendo que lidar com di�culdades no balanço de pagamentos e estimular a indústria, iniciou um grande esforço de mudar a pauta de exportação, estimulando a exportação de manufaturados. Isso foi realizado com uma série de incentivos �scais, desoneração de impostos, programas de �nanciamento e crédito a juros subsidiados e programas de promoção comercial e desenvolvimento gerencial. http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/outras-estatisticas-de-comercio-exterior 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 6/18 Esse modelo teve duplo resultado: Fonte: Aleksey Stemmer / Shutterstock Indústrias que se voltaram para o crescimento apoiadas nas exportações, como parte do setor têxtil e de autopeças, desenvolveram uma capacidade competitiva na esfera internacional; Fonte: John Kershner / Shutterstock Indústrias que se concentraram no mercado interno, aproveitando-se das barreiras comerciais à importação, perderam, ou não adquiriram, competitividade frente ao mercado internacional. 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 7/18 Fonte: Com o �m da guerra fria e a aceleração do processo de integração econômica mundial, chamada de globalização, acabou por prevalecer a doutrina do liberalismo econômico e, em especial, do comercial. A instituição da Organização Mundial do Comércio(OMC), em 1995, consolidou essa doutrina, levando à sua internalização, pelos países membros, em suas políticas de comércio exterior. A partir de então, o Brasil iniciou um forte processo de abertura comercial e de expansão dos acordos de integração, especialmente com a criação do Mercosul (veja Quadro 2). As importações de bens de consumo cresceram em dois períodos 1994-1998 e 2004-2008, acompanhadas pelas importações de bens de capital. Esse quadro resultou de um conjunto de políticas econômicas de natureza �scal, monetária e �scal, que levou a períodos de forte valorização do Real e um estímulo ao consumo das famílias. Quadro 2 O Mercado Comum do Sul — Mercosul Em 26 de março de 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado de Assunção, criando o Mercado Comum do Sul — MERCOSUL, com os seguintes objetivos: Integração dos Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos; Estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC): tarifas iguais sobre as importações provenientes de países fora do bloco; Adoção de uma política comercial comum; Coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e a harmonização de legislações nas áreas pertinentes. A cobrança do imposto de importação nas operações entre os Estados Partes foi eliminada, permanecendo os impostos internos de consumo, ICMS e IPI, entre outros, conforme o caso. São os seguintes os participantes atuais do grupo: Estados Partes: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (desde 26/3/1991) e Venezuela (desde 12/8/2012). Estado-parte em Processo de Adesão: Bolívia (desde 7/12/2012). Estados associados: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana e Suriname (desde 2013). Para mais detalhes visite: http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul (glossário) Grá�co II http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 8/18 Elaborado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series- historicas (glossário) Grá�co III Elaborado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series- historicas (glossário) ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO É o conjunto de órgãos responsáveis pelas políticas, regulamentação, controle, gestão dos sistemas e �scalização das operações de exportação e de importação do país. Esses órgãos, de natureza executiva, são subordinados à Presidência da República e têm suas competências de�nidas por legislação especí�ca. http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-historicas http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-historicas 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db07… 9/18 Câmara do Comércio Exterior (CAMEX) Compete à Camex, entre outras atribuições: • De�nir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional; • Coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior; • De�nir no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações sobre normas e procedimentos, para diversos temas; • Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior de natureza bilateral, regional ou multilateral; • Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação. É regida pela Lei nº 10.683, de 2003, alterada pela Lei nº 13.324, de 2016, e Decreto nº 4.732, de 2003, alterado pelos Decretos nº 8.807, de 2016 e nº 9.029, de 2017; Seu órgão máximo é o Conselho de Ministros, composto pelos ministros: • Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá; • da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; • das Relações Exteriores; • da Fazenda; • dos Transportes, Portos e Aviação Civil; • da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 10/18 • do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e • Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Ministério das Relações Exteriores (MRE) • MRE ou Itamaraty é responsável pela política externa e pelas relações internacionais do Brasil; • Assessora o Presidente da República na formulação da política exterior do Brasil e na execução das relações diplomáticas com Estados e organismos internacionais, inclusive no que diz respeito ao comércio internacional. Setor de promoção Comercial – Secom Na estrutura do MRE, cabe ao Departamento de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) e à rede de Setores de Promoção Comercial (SECOMs) instalados em Embaixadas e em Consulados brasileiros, fazer: • A promoção comercial e do turismo; • Atrair investimentos estrangeiros; • Contribuir para a internacionalização de empresas brasileiras; • Realizar estudos de mercado; • Intermediar reclamações comerciais. Ministério da Fazenda (MF) É o órgão que cuida da formulação e execução da política econômica, abrigando dois dos principais órgãos do comércio exterior: Banco Central do Brasil – Bacen • Responsável pelas políticas monetárias e cambial, isto é, pelas políticas de relativas ao controle da moeda na economia e da taxa de câmbio; Entre suas principais atribuições estão: 1. Emitir papel-moeda e moeda metálica; 2. Executar os serviços do meio circulante; 3. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados �nanceiros e de capitais; 4. Controlar o �uxo de capitais estrangeiros no país. 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 11/18 Receita Federal • Lida com a entrada e a saída de mercadorias do país através da Alfândega; • A Secretaria da Receita Federal do Brasil é responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive aqueles incidentes sobre o comércio exterior; • Em sua estrutura, a Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais é responsável pelos assuntos ligados ao comércio exterior; São de competência do órgão, entre outras atribuições, em relação ao comércio exterior: 1. Administração dos tributos internos e do comércio exterior; 2. Gestão e execução dos serviços de administração, �scalização e controle aduaneiro; 3. Repressão ao contrabando e descaminho, no limite da sua alçada; 4. Interpretação, aplicação e elaboração de propostas para o aperfeiçoamento da legislação tributária e aduaneira federal; 5. Subsídio à formulação da política tributária e aduaneira; 6. Atuação na cooperação internacional e na negociação e implementação de acordos internacionais em matéria tributária e aduaneira. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) • Órgão integrante da estrutura da administração pública federal direta; • Formula, executa e avalia políticas públicas para a promoção da competitividade, do comércio exterior, do investimento e da inovação nas empresas e do bem-estar do consumidor; • Em sua estrutura, para o comércio exterior, estão a Secretaria Executiva do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) e a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 12/18 Secretaria de Comércio Exterior – Secex • Conduz as políticas de comércio exterior e a gestão do controle comercial; • Normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio exterior; Entre suasatividades estão: 1. Participar das negociações dos acordos comerciais internacionais do governo brasileiro; 2. Promover a cultura exportadora; 3. Deferir atos concessórios de drawback (regime especial de importação); 4. Anuir operações de exportação e importação, isto é, analisar e conceder o licenciamento de importação o registro de exportação, quando couber; 5. Promover o exame de similaridade para averiguação de produção nacional; 6. Compilar a balança comercial; 7. Promover a defesa comercial do país. A estrutura da Secex compreende os seguintes departamentos: • Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX): responsável operacional pelos aspectos administrativos das exportações e importações, incluindo o licenciamento de importação e o registro de exportação. Atua, em articulação com outros órgãos, na �scalização das operações, em relação a preços, medidas e outros aspectos comerciais. Também desenvolve, executa e acompanha políticas e programas do comércio exterior, entre outras atribuições. • Departamento de Negociações Internacionais (DEINT): atua, de forma ampla, nas negociações internacionais do Brasil em coordenação com outros órgãos governamentais, além de apoiar empresários brasileiros que contra a interposição de barreiras comerciais. • Departamento de Defesa Comercial (DECOM): tem como principal atribuição a análise, investigação e proposição de medidas compensatórias contra a concorrência desleal à Camex. • Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (DEAEX): compete ao departamento, entre outras atribuições, planejar e implementar programas visando o desenvolvimento do comércio exterior brasileiro. 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 13/18 • Departamento de Competitividade no Comércio Exterior (DECOE): entre outras atribuições, cabe a este o departamento coordenar ações no âmbito de acordos com a OMC e preparar estudos, propostas e ações visando a melhoria do ambiente de operações do comércio exterior. Órgãos anuentes Algumas importações e exportações de comércio exterior, pelas características especiais da mercadoria ou da operação, requerem a interveniência de um órgão anuente, que avalie e dê permissão para que ela se realize. É o caso, por exemplo, de armas e explosivos, ou da importação de materiais usados. A Secex, através do Decex (ele próprio é anuente), se articula com órgãos especí�cos que autorizam essas operações. São eles: 1. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; 2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA; 3. Agência Nacional do Cinema – ANCINE; 4. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP; 5. Comando do Exército – COMEXE; 6. Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico – CNPq; 7. Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX; 8. Departamento de Polícia Federal – DPF; 9. Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM; 10. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBC; 11. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; 12. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO; 13. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA; 14. Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT; 15. Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA. OUTROS ÓRGÃOS Uma grande quantidade de órgãos, além dos abordados, se envolvem com o comércio exterior, dadas a complexidade dos procedimentos, a regulamentação, nacional e internacional, e mesmo exigências de natureza comercial. Mencionamos dois deles, por sua importância: 1. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é o órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). http://www.inmetro.gov.br/ (glossário) 2. Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. http://www.inpi.gov.br/ (glossário) http://www.inmetro.gov.br/ http://www.inpi.gov.br/ 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 14/18 Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex (glossário) Criado pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, começou a operar em 1993; É uma interface digital entre os exportadores, importadores, operadores do comércio exterior e os diversos órgãos governamentais intervenientes. O sistema é gerenciado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e seus órgãos gestores (glossário) são a Receita Federal, a Secretaria de Comércio Exterior e o Banco Central do Brasil; Praticamente todos as operações de comércio exterior são registradas e desembaraçadas através desse sistema. Está em fase adiantada de implantação o Portal Único do Siscomex, que visa dar maior transparência e agilidade às operações de comércio exterior. Se apoia em três pilares: 1. Integração do intervenientes – públicos e privados, do comércio exterior. 2. Redesenho dos processos – para acompanhar a evolução das operações e dar-lhes maior agilidade. 3. Tecnologia da informação – empregando os recursos tecnológicos mais recentes em sua construção. A imagem mostra a organização e a estrutura dos processos de comércio exterior (as setas verdes indicam as informações prestadas pelos operadores privados, as vermelhas indicam as respostas e exigências dos órgãos de governo): Fonte: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1/programa-portal- unico-de-comercio-exterior (glossário) SAIBA MAIS , Visite o Portal Único do Siscomex: http://portal.siscomex.gov.br/ (http://portal.siscomex.gov.br/), , Para conhecer sua história: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex (http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex), , e sobre o Programa Portal Único de Comércio Exterior: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de- comercio-exterior-1 (http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de- comercio-exterior-1) http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1/programa-portal-unico-de-comercio-exterior http://portal.siscomex.gov.br/ http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 15/18 ORGANISMOS PRIVADOS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Muitos organismos privados, associações patronais, como a Ciesp ou a ACRJ, entidades estaduais, ou a AEB, de abrangência nacional, têm papel importante no apoio à empresa exportadora, especialmente através de programas informativos para a empresa iniciante e de promoção comercial. Servem também para articular os interesses das empresas, encaminhando reinvindicações e propostas de legislação ao Governo. Importante notar que um dos órgãos da Camex é o Conex - Conselho Consultivo do Setor Privado, núcleo de assessoramento, cuja função é apresentar estudos e propostas de aperfeiçoamento da política de comércio exterior. É integrado pelo Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que o preside, pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, e por até 20 representantes do setor privado. As Câmaras de Comércio bilaterais são associações empresariais que visam estimular e apoiar o desenvolvimento das relações comerciais entre países, através da promoção de eventos e divulgação de informações. Assim temos, por exemplo, a Câmara de Comércio do Mercosul e América, a Câmara Americana de Comércio - AMCHAM, a Câmara Ítalo- Brasileira de Comércio e Indústria do Riode Janeiro, entre outras. Veja a lista completa desses organismos em: http://www.investexportbrasil.gov.br/associacoes-comerciais-e-entidades-de-classe-0 (glossário) http://www.camex.gov.br/conex (glossário) http://www.investexportbrasil.gov.br/camaras-de-comercio (glossário) EXERCÍCIOS Questão 1: Analisando as políticas de comércio exterior do Brasil nos últimos dois séculos, podemos concluir que, de um modo geral, elas tiveram um viés protecionista, porque tinham por objetivo: a) Aumentar a arrecadação do governo via impostos, exclusivamente. b) Proteger a indústria nascente nacional da concorrência estrangeira. c) Incentivar a inovação tecnológica, pela exposição das empresas à competição. d) Estimular a exportação produtos primários, exclusivamente. e) Proteger a exportação dos países parceiros tradicionais. Justi�cativa Questão 2: Em uma importação de um bem de consumo, o importador declarou erradamente a mercadoria, implicando no pagamento de um imposto de importação a menor. O órgão a quem cabe �scalizar e, eventualmente, punir a empresa pela declaração errada é: a) A Secex b) O MRE c) O Siscomex d) O Bacen e) A Receita Federal http://www.investexportbrasil.gov.br/associacoes-comerciais-e-entidades-de-classe-0 http://www.camex.gov.br/conex http://www.investexportbrasil.gov.br/camaras-de-comercio 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 16/18 Justi�cativa Questão 3: O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) tem como órgãos gestores: a) A Receita Federal, o Serpro e o Bacen. b) O Serpro, a Secex e o Bacen. c) A Receita Federal, o MRE e o Bacen. d) A Receita Federal, a Secex e o Bacen. e) A Secex, o Secom e o Bacen. Justi�cativa Glossário BENS DE CONSUMO São bens destinados à satisfação das necessidades humanas. Exemplos: alimentos, vestuário, geladeiras etc. 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 17/18 BENS DE CAPITAL São constituídos por máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos utilizados na produção de outros bens, e que não se destroem totalmente no processo de produção. BENS INTERMEDIÁRIOS São bens utilizados na produção de outros bens e são consomidos no processo produtivo. Por exemplo: chapas de aço para a produção de automóveis. CAMEX Para mais detalhes e informações importantes, visite a página: http://www.camex.gov.br/sobre-a- camex (http://www.camex.gov.br/sobre-a-camex) MRE Informações detalhadas sobre a atuação do MRE no apoio ao comércio exterior e dos Secoms podem ser obtidas em: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial- e-�nanceira/156-diplomacia-comercial (http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica- externa/diplomacia-economica-comercial-e-�nanceira/156-diplomacia-comercial) BACEN Para mais detalhes e informações importantes, visite a página: http://www.bcb.gov.br/pt- br/#!/n/laiinstitucional (http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/laiinstitucional) ÓRGÃOS ANUENTES http://www.camex.gov.br/sobre-a-camex http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/156-diplomacia-comercial http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/laiinstitucional 22/03/2020 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 18/18 São aqueles responsáveis por autorizar operações especiais na etapa administrativa/comercial, conforme previstas em lei, como a exportação ou importação de armas e explosivos. SISCOMEX Visite o Portal do Siscomex: http://portal.siscomex.gov.br/ (http://portal.siscomex.gov.br/). ÓRGÃOS GESTORES São os órgãos responsáveis pela administração do Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior. http://portal.siscomex.gov.br/
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