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Fundamentos do Comércio Exterior - AULA 03

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22/03/2020 Disciplina Portal
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Fundamentos do comércio
exterior
Aula 3 - Histórico e Estrutura do Comércio
Exterior Brasileiro
INTRODUÇÃO
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O comércio internacional de alguma forma se relaciona ao desenvolvimento econômico dos países, conforme vimos
nas aulas anteriores. Para uma compreendermos o papel que o comércio representa para o desenvolvimento do Brasil
e a natureza das di�culdades encontradas nesse caminho, faremos uma breve análise da evolução histórica do setor
externo do país.
Estabelecido esse contexto, iremos descrever os principais órgãos envolvidos na gestão do comércio exterior
brasileiro, de�nindo suas áreas de competência. Essa abordagem será complementada com o fornecimento dos
endereços dos sites desses órgãos, permitindo que se tenha uma visão bastante ampla de sua atuação. Teremos,
também, o primeiro contato com o Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior, a partir de sua descrição
básica.
OBJETIVOS
Analisar o desenvolvimento recente do comércio exterior brasileiro.
Examinar os órgãos do comércio exterior brasileiro e suas funções.
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BREVE HISTÓRICO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Fonte: Harvepino / Shutterstock
O Brasil surgiu no quadro geopolítico das nações ocidentais a partir de 1500, no contexto da estratégia de expansão
comercial de Portugal. A posição geográ�ca do país garantia a segurança da rota para as Índias (Ásia) e, por isso,
houve a necessidade de ocupação de seu território, com a consequente exploração econômica do país.
O país ingressou no cenário internacional como exportador de alguns produtos naturais, como a
madeira pau-brasil e com o açúcar das grandes plantações de cana. Os bens de consumo
manufaturados eram importados para o Brasil e essa dinâmica de comércio foi mantida até o século
XIX, com a independência do país de Portugal.
As indústrias brasileiras surgiram ao longo do século XIX, principalmente após a instituição da tarifa
Alves Branco, em 1844 — um imposto variando entre 30% e 60% para importação de produtos que já
poderiam ser fabricados no Brasil, criado para aumentar a arrecadação do império. Embora seus
objetivos primários tenham sido de natureza �scal, para aumentar a arrecadação do governo,
constituiu-se em uma efetiva barreira protecionista.
No entanto, não resultou na consolidação da indústria, dada a prevalência dos setores agrários. A
tarifa Belisário, de 1887, também determinada por interesses �scais, aumentou a taxação sobre
matérias-primas que serviam à indústria e reduziu impostos para a importação de sacaria,
bene�ciando a agricultura (REGO e MARQUES, 2011, p. 87-89).
Esse primeiro esforço de industrialização de�niu um padrão em nossa história: quando o mercado
interno é atendido pela produção interna, a importação de bens de capital ganha importância (Quadro
1).
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Quadro 1
O comércio exterior brasileiro no século XIX
Exportações brasileiras — % sobre o valor das exportações
Note como o café e a borracha ganharam importância ao longo do século, enquanto açúcar, algodão, couros e peles,
tradicionais mercadorias do período colonial, perderam participação de forma acentuada, com todos os outros
produtos. No início do século XX, �m do ciclo da borracha, a economia brasileira era uma monocultura exportadora,
concentrada no café.
Exportações da Grã-Bretanha para o Brasil — % sobre o valor das importações
No século XIX, o crescimento da indústria brasileira dependia das importações de máquinas e equipamentos (bens de
capital), que eram �nanciadas pelo setor primário exportador.
Fonte: Estatísticas obtidas de Rego e Marques (2011, pp. 79 e 88), com base em fontes diversas.
galeria/aula3/img/04a.jpg
Gradualmente, a partir da década de 1930, o processo de industrialização avançou mais rapidamente
com o modelo de Processo de Substituição de Importações (PSI), quando o setor industrial passou a
ser o responsável pelo crescimento econômico do país, com perda de importância relativa do setor
agropecuário.
galeria/aula3/img/04b.jpg
Esse modelo, ao centrar a dinâmica do crescimento no mercado interno, e não mais na exportação,
adotou políticas protecionistas, “fechando” a economia, que continuava apoiada em um setor primário
exportador, com produtividade decrescente, e encontrando seu limite de crescimento.
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O Grá�co I mostra como, da década de 1960 em diante, o rápido crescimento das exportações de manufaturados
inverteu sua participação no total das exportações, em relação aos bens primários.
Grá�co I
Adaptado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/outras-
estatisticas-de-comercio-exterior (glossário)
ATIVIDADE
Os Grá�cos II e III (a seguir) mostram o comportamento da pauta, classi�cadas as mercadorias por categoria
econômica em bens de capital (BK), bens de consumo (BC) e bens intermediários (glossário) (BI) – somamos a esta
categoria os combustíveis e lubri�cantes, cujos valões de importação e exportação são bem equilibrados, e outras
contas menores.
1) Podemos ver que as importações dos bens de consumo, Grá�co III, se situam, nesse período, em níveis um pouco
superiores aos dos bens de capital. Qual o impacto que essa situação tem sobre a economia?
2) As exportações de bens de consumo e de bens intermediários, Grá�co II, estão em contradição com as estatísticas
do Grá�co I, que mostram um aumento relativo dos produtos básicos?
Resposta Correta
A nossa indústria necessitava da importação de bens de capital para o crescimento – típico do PSI – em grau menos
acentuado, mas ainda tinha grande dependência em termos tecnológicos.
A partir da década de 1970, já com uma indústria razoavelmente diversi�cada, o país, tendo que lidar
com di�culdades no balanço de pagamentos e estimular a indústria, iniciou um grande esforço de
mudar a pauta de exportação, estimulando a exportação de manufaturados. Isso foi realizado com
uma série de incentivos �scais, desoneração de impostos, programas de �nanciamento e crédito a
juros subsidiados e programas de promoção comercial e desenvolvimento gerencial.
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/outras-estatisticas-de-comercio-exterior
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Esse modelo teve duplo resultado:
Fonte: Aleksey Stemmer / Shutterstock
Indústrias que se voltaram para o crescimento apoiadas nas exportações, como parte do setor têxtil e de autopeças,
desenvolveram uma capacidade competitiva na esfera internacional;
Fonte: John Kershner / Shutterstock
Indústrias que se concentraram no mercado interno, aproveitando-se das barreiras comerciais à importação, perderam,
ou não adquiriram, competitividade frente ao mercado internacional.
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Fonte:
Com o �m da guerra fria e a aceleração do processo de integração econômica mundial, chamada de globalização,
acabou por prevalecer a doutrina do liberalismo econômico e, em especial, do comercial. A instituição da Organização
Mundial do Comércio(OMC), em 1995, consolidou essa doutrina, levando à sua internalização, pelos países membros,
em suas políticas de comércio exterior.
A partir de então, o Brasil iniciou um forte processo de abertura comercial e de expansão dos acordos de integração,
especialmente com a criação do Mercosul (veja Quadro 2).
As importações de bens de consumo cresceram em dois períodos 1994-1998 e 2004-2008, acompanhadas pelas
importações de bens de capital. Esse quadro resultou de um conjunto de políticas econômicas de natureza �scal,
monetária e �scal, que levou a períodos de forte valorização do Real e um estímulo ao consumo das famílias.
Quadro 2
O Mercado Comum do Sul — Mercosul
Em 26 de março de 1991, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assinaram o Tratado de Assunção, criando o Mercado
Comum do Sul — MERCOSUL, com os seguintes objetivos:
Integração dos Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos;
Estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC): tarifas iguais sobre as importações provenientes de países fora
do bloco;
Adoção de uma política comercial comum;
Coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e a harmonização de legislações nas áreas pertinentes.
A cobrança do imposto de importação nas operações entre os Estados Partes foi eliminada, permanecendo os
impostos internos de consumo, ICMS e IPI, entre outros, conforme o caso.
São os seguintes os participantes atuais do grupo:
Estados Partes: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai (desde 26/3/1991) e Venezuela (desde 12/8/2012).
Estado-parte em Processo de Adesão: Bolívia (desde 7/12/2012).
Estados associados: Chile (desde 1996), Peru (desde 2003), Colômbia, Equador (desde 2004), Guiana e Suriname
(desde 2013).
Para mais detalhes visite: http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul (glossário)
Grá�co II
http://www.mercosul.gov.br/saiba-mais-sobre-o-mercosul
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Elaborado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-
historicas (glossário)
Grá�co III
Elaborado a partir de: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-
historicas (glossário)
ESTRUTURA DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
É o conjunto de órgãos responsáveis pelas políticas, regulamentação, controle, gestão dos sistemas e �scalização das
operações de exportação e de importação do país. Esses órgãos, de natureza executiva, são subordinados à
Presidência da República e têm suas competências de�nidas por legislação especí�ca.
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/series-historicas
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Câmara do Comércio Exterior (CAMEX)
Compete à Camex, entre outras atribuições:
• De�nir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio
exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional;
• Coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de
comércio exterior;
• De�nir no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações
sobre normas e procedimentos, para diversos temas;
• Estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao
comércio exterior de natureza bilateral, regional ou multilateral;
• Formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação.
É regida pela Lei nº 10.683, de 2003, alterada pela Lei nº 13.324, de 2016, e Decreto nº 4.732,
de 2003, alterado pelos Decretos nº 8.807, de 2016 e nº 9.029, de 2017;
Seu órgão máximo é o Conselho de Ministros, composto pelos ministros:
• Chefe da Casa Civil da Presidência da República, que o presidirá;
• da Indústria, Comércio Exterior e Serviços;
• das Relações Exteriores;
• da Fazenda;
• dos Transportes, Portos e Aviação Civil;
• da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
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• do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; e
• Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República.
Ministério das Relações Exteriores (MRE)
• MRE ou Itamaraty é responsável pela política externa e pelas relações internacionais do
Brasil;
• Assessora o Presidente da República na formulação da política exterior do Brasil e na
execução das relações diplomáticas com Estados e organismos internacionais, inclusive no
que diz respeito ao comércio internacional.
Setor de promoção Comercial – Secom
Na estrutura do MRE, cabe ao Departamento de Promoção Comercial e Investimentos
(DPR) e à rede de Setores de Promoção Comercial (SECOMs) instalados em
Embaixadas e em Consulados brasileiros, fazer: 
• A promoção comercial e do turismo;
• Atrair investimentos estrangeiros;
• Contribuir para a internacionalização de empresas brasileiras;
• Realizar estudos de mercado;
• Intermediar reclamações comerciais.
Ministério da Fazenda (MF)
É o órgão que cuida da formulação e execução da política econômica, abrigando dois dos
principais órgãos do comércio exterior:
Banco Central do Brasil – Bacen
• Responsável pelas políticas monetárias e cambial, isto é, pelas políticas de relativas
ao controle da moeda na economia e da taxa de câmbio; 
Entre suas principais atribuições estão: 
1. Emitir papel-moeda e moeda metálica;
2. Executar os serviços do meio circulante;
3. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados �nanceiros e de capitais;
4. Controlar o �uxo de capitais estrangeiros no país.
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Receita Federal
• Lida com a entrada e a saída de mercadorias do país através da Alfândega;
• A Secretaria da Receita Federal do Brasil é responsável pela administração dos
tributos de competência da União, inclusive aqueles incidentes sobre o comércio
exterior;
• Em sua estrutura, a Subsecretaria de Aduana e Relações Internacionais é
responsável pelos assuntos ligados ao comércio exterior; 
São de competência do órgão, entre outras atribuições, em relação ao comércio
exterior: 
1. Administração dos tributos internos e do comércio exterior;
2. Gestão e execução dos serviços de administração, �scalização e controle
aduaneiro;
3. Repressão ao contrabando e descaminho, no limite da sua alçada;
4. Interpretação, aplicação e elaboração de propostas para o aperfeiçoamento da
legislação tributária e aduaneira federal;
5. Subsídio à formulação da política tributária e aduaneira;
6. Atuação na cooperação internacional e na negociação e implementação de
acordos internacionais em matéria tributária e aduaneira.
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)
• Órgão integrante da estrutura da administração pública federal direta;
• Formula, executa e avalia políticas públicas para a promoção da competitividade, do
comércio exterior, do investimento e da inovação nas empresas e do bem-estar do
consumidor;
• Em sua estrutura, para o comércio exterior, estão a Secretaria Executiva do Conselho
Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) e a Secretaria de Comércio
Exterior (Secex).
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Secretaria de Comércio Exterior – Secex
• Conduz as políticas de comércio exterior e a gestão do controle comercial;
• Normatiza, supervisiona, orienta, planeja, controla e avalia as atividades de comércio
exterior; 
Entre suasatividades estão: 
1. Participar das negociações dos acordos comerciais internacionais do governo
brasileiro;
2. Promover a cultura exportadora;
3. Deferir atos concessórios de drawback (regime especial de importação);
4. Anuir operações de exportação e importação, isto é, analisar e conceder o
licenciamento de importação o registro de exportação, quando couber;
5. Promover o exame de similaridade para averiguação de produção nacional;
6. Compilar a balança comercial;
7. Promover a defesa comercial do país.
A estrutura da Secex compreende os seguintes departamentos:
• Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX): responsável operacional pelos
aspectos administrativos das exportações e importações, incluindo o licenciamento de
importação e o registro de exportação. Atua, em articulação com outros órgãos, na
�scalização das operações, em relação a preços, medidas e outros aspectos comerciais.
Também desenvolve, executa e acompanha políticas e programas do comércio exterior,
entre outras atribuições.
• Departamento de Negociações Internacionais (DEINT): atua, de forma ampla, nas
negociações internacionais do Brasil em coordenação com outros órgãos governamentais,
além de apoiar empresários brasileiros que contra a interposição de barreiras comerciais.
• Departamento de Defesa Comercial (DECOM): tem como principal atribuição a análise,
investigação e proposição de medidas compensatórias contra a concorrência desleal à
Camex.
• Departamento de Estatística e Apoio à Exportação (DEAEX): compete ao departamento,
entre outras atribuições, planejar e implementar programas visando o desenvolvimento do
comércio exterior brasileiro.
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• Departamento de Competitividade no Comércio Exterior (DECOE): entre outras atribuições,
cabe a este o departamento coordenar ações no âmbito de acordos com a OMC e preparar
estudos, propostas e ações visando a melhoria do ambiente de operações do comércio
exterior.
Órgãos anuentes
Algumas importações e exportações de comércio exterior, pelas características especiais da
mercadoria ou da operação, requerem a interveniência de um órgão anuente, que avalie e dê
permissão para que ela se realize. É o caso, por exemplo, de armas e explosivos, ou da
importação de materiais usados. A Secex, através do Decex (ele próprio é anuente), se
articula com órgãos especí�cos que autorizam essas operações.
São eles:
1. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;
3. Agência Nacional do Cinema – ANCINE;
4. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP;
5. Comando do Exército – COMEXE;
6. Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico – CNPq;
7. Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX;
8. Departamento de Polícia Federal – DPF;
9. Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM;
10. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBC;
11. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;
12. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO;
13. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;
14. Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT;
15. Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.
OUTROS ÓRGÃOS
Uma grande quantidade de órgãos, além dos abordados, se envolvem com o comércio exterior, dadas a complexidade
dos procedimentos, a regulamentação, nacional e internacional, e mesmo exigências de natureza comercial.
Mencionamos dois deles, por sua importância:
1. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é o órgão normativo do Sistema Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). http://www.inmetro.gov.br/ (glossário)
2. Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do
sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria.
http://www.inpi.gov.br/ (glossário)
http://www.inmetro.gov.br/
http://www.inpi.gov.br/
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Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex (glossário)
Criado pelo Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992, começou a operar em 1993;
É uma interface digital entre os exportadores, importadores, operadores do comércio exterior e os diversos órgãos
governamentais intervenientes.
O sistema é gerenciado pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e seus órgãos gestores (glossário)
são a Receita Federal, a Secretaria de Comércio Exterior e o Banco Central do Brasil;
Praticamente todos as operações de comércio exterior são registradas e desembaraçadas através desse sistema.
Está em fase adiantada de implantação o Portal Único do Siscomex, que visa dar maior transparência e agilidade às
operações de comércio exterior. Se apoia em três pilares:
1. Integração do intervenientes – públicos e privados, do comércio exterior.
2. Redesenho dos processos – para acompanhar a evolução das operações e dar-lhes maior agilidade.
3. Tecnologia da informação – empregando os recursos tecnológicos mais recentes em sua construção.
A imagem mostra a organização e a estrutura dos processos de comércio exterior (as setas verdes indicam as
informações prestadas pelos operadores privados, as vermelhas indicam as respostas e exigências dos órgãos de
governo):
Fonte: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1/programa-portal-
unico-de-comercio-exterior (glossário)
SAIBA MAIS
, Visite o Portal Único do Siscomex: http://portal.siscomex.gov.br/ (http://portal.siscomex.gov.br/), ,
Para conhecer sua história: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex
(http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex), , e sobre o Programa Portal
Único de Comércio Exterior: http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-
comercio-exterior-1 (http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-
comercio-exterior-1)
http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1/programa-portal-unico-de-comercio-exterior
http://portal.siscomex.gov.br/
http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/O_Portal_Siscomex
http://portal.siscomex.gov.br/conheca-o-portal/programa-portal-unico-de-comercio-exterior-1
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ORGANISMOS PRIVADOS NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Muitos organismos privados, associações patronais, como a Ciesp ou a ACRJ, entidades estaduais, ou a AEB, de
abrangência nacional, têm papel importante no apoio à empresa exportadora, especialmente através de programas
informativos para a empresa iniciante e de promoção comercial. Servem também para articular os interesses das
empresas, encaminhando reinvindicações e propostas de legislação ao Governo.
Importante notar que um dos órgãos da Camex é o Conex - Conselho Consultivo do Setor Privado, núcleo de
assessoramento, cuja função é apresentar estudos e propostas de aperfeiçoamento da política de comércio exterior. É
integrado pelo Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que o preside, pelo Ministro de Estado das Relações
Exteriores, e por até 20 representantes do setor privado.
As Câmaras de Comércio bilaterais são associações empresariais que visam estimular e apoiar o desenvolvimento das
relações comerciais entre países, através da promoção de eventos e divulgação de informações. Assim temos, por
exemplo, a Câmara de Comércio do Mercosul e América, a Câmara Americana de Comércio - AMCHAM, a Câmara Ítalo-
Brasileira de Comércio e Indústria do Riode Janeiro, entre outras.
Veja a lista completa desses organismos em:
http://www.investexportbrasil.gov.br/associacoes-comerciais-e-entidades-de-classe-0 (glossário) 
http://www.camex.gov.br/conex (glossário) 
http://www.investexportbrasil.gov.br/camaras-de-comercio (glossário)
EXERCÍCIOS
Questão 1: Analisando as políticas de comércio exterior do Brasil nos últimos dois séculos, podemos concluir que, de
um modo geral, elas tiveram um viés protecionista, porque tinham por objetivo:
a) Aumentar a arrecadação do governo via impostos, exclusivamente.
b) Proteger a indústria nascente nacional da concorrência estrangeira.
c) Incentivar a inovação tecnológica, pela exposição das empresas à competição.
d) Estimular a exportação produtos primários, exclusivamente.
e) Proteger a exportação dos países parceiros tradicionais.
Justi�cativa
Questão 2: Em uma importação de um bem de consumo, o importador declarou erradamente a mercadoria, implicando
no pagamento de um imposto de importação a menor. O órgão a quem cabe �scalizar e, eventualmente, punir a
empresa pela declaração errada é:
a) A Secex
b) O MRE
c) O Siscomex
d) O Bacen
e) A Receita Federal
http://www.investexportbrasil.gov.br/associacoes-comerciais-e-entidades-de-classe-0
http://www.camex.gov.br/conex
http://www.investexportbrasil.gov.br/camaras-de-comercio
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Justi�cativa
Questão 3: O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) tem como órgãos gestores:
a) A Receita Federal, o Serpro e o Bacen.
b) O Serpro, a Secex e o Bacen.
c) A Receita Federal, o MRE e o Bacen.
d) A Receita Federal, a Secex e o Bacen.
e) A Secex, o Secom e o Bacen.
Justi�cativa
Glossário
BENS DE CONSUMO
São bens destinados à satisfação das necessidades humanas. Exemplos: alimentos, vestuário,
geladeiras etc.
22/03/2020 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 17/18
BENS DE CAPITAL
São constituídos por máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos utilizados na produção de outros
bens, e que não se destroem totalmente no processo de produção.
BENS INTERMEDIÁRIOS
São bens utilizados na produção de outros bens e são consomidos no processo produtivo. Por
exemplo: chapas de aço para a produção de automóveis.
CAMEX
Para mais detalhes e informações importantes, visite a página: http://www.camex.gov.br/sobre-a-
camex (http://www.camex.gov.br/sobre-a-camex)
MRE
Informações detalhadas sobre a atuação do MRE no apoio ao comércio exterior e dos Secoms podem
ser obtidas em: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-
e-�nanceira/156-diplomacia-comercial (http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-
externa/diplomacia-economica-comercial-e-�nanceira/156-diplomacia-comercial)
BACEN
Para mais detalhes e informações importantes, visite a página: http://www.bcb.gov.br/pt-
br/#!/n/laiinstitucional (http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/laiinstitucional)
ÓRGÃOS ANUENTES
http://www.camex.gov.br/sobre-a-camex
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/156-diplomacia-comercial
http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/laiinstitucional
22/03/2020 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2535794&courseId=1574&classId=1252889&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d80182db0… 18/18
São aqueles responsáveis por autorizar operações especiais na etapa administrativa/comercial,
conforme previstas em lei, como a exportação ou importação de armas e explosivos.
SISCOMEX
Visite o Portal do Siscomex: http://portal.siscomex.gov.br/ (http://portal.siscomex.gov.br/).
ÓRGÃOS GESTORES
São os órgãos responsáveis pela administração do Siscomex – Sistema Integrado de Comércio
Exterior.
http://portal.siscomex.gov.br/

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