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1 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) V – SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO A importância do Sistema Predial de Esgoto Sanitário na Construção Civil relaciona- se não apenas com as primordiais necessidades relativas à higiene e saúde, mas também com as evolutivas noções de conforto, impostas por um dinâmico comportamento social. Neste cenário encontra-se o projetista, cuja missão é atender aos anseios sociais, em meio a emergentes avanços tecnológicos e à necessidade ímpar de racionalização, questões estas singulares na competitiva estrutura econômica estabelecida. Função e Requisitos deDesempenho O sistema predial de esgoto sanitário (SPES) é um conjunto de tubulações e acessórios, o qual destina-se a coletar e conduzir o esgoto sanitário a uma rede pública de coleta ou sistema particular de tratamento. Além desta função básica, o SPES deve atender aos seguintes requisitos segundo a norma brasileira NBR 8160 “Sistemas prediais deesgotos sanitários – Projeto e execução” (ABNT,1999): Deve ser garantida a qualidade da água deconsumo; Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior dastubulações; Impedir que os gases provenientes do interior do SPES atinjam áreas deutilização; Deverá haver uma separação absoluta em relação ao sistema predial de águaspluviais. A contaminação da água de consumo deve ser evitada, protegendo-se tanto o interior dos sistemas de suprimento, como os ambientes receptores.A necessidade de viabilizar o rápido e seguro escoamento do esgoto sanitário, assim como garantir o funcionamento adequado dos fechos hídricos, deve ser considerada desde a concepção do SPES. A velocidade do escoamento nos trechos horizontais está associada à eficiência no transporte dos materiais sólidos, evitando que estes venham 2 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) se depositar no fundo das tubulações. Nos trechos verticais, a velocidade do escoamento influencia significativamente nas pressões pneumáticas desenvolvidas no interior das tubulações. Já os fechos hídricos funcionarão adequadamente se os mesmos não se romperem,uma vez que os mesmos impedem que os gases no interior das tubulações penetrem no ambiente, conforme já comentado. Esta condição de não rompimento será garantida se as variações das pressões pneumáticas no interior do sistema forem limitadas, conforme o clássico trabalho de WILY; EATON (1965). Os fenômenos que induzem as variações das pressões pneumáticas serão discutidosposteriormente. A separação absoluta do SPES em relação ao sistema predial de águas pluviais deve ser garantida, assegurando a inexistência de ligação entre taissistemas. O subsistema de coleta e transporte é composto pelo conjunto de aparelhos sanitários, tubulações e acessórios destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino adequado. O subsistema de ventilação, por sua vez, consta de um conjunto de tubulações e/ou dispositivos destinados a assegurar a integridade dos fechos hídricos, de modo a impedir a passagem de gases para o ambiente utilizado, assim como conduzir tais gases à atmosfera. Componentes do sistema AparelhosSanitários: Com a função básica de coletar os dejetos, os aparelhos sanitários devem propiciar uma utilização confortável e higiênica sanitários usuais encontram Desconectores: Têm por função, através de um fecho hídrico próprio, vedar a passagem de gases oriundos das tubulações de esgoto através da manutenção do referido fecho hídrico por meio do controle das ações atuantes sobre o mesmo. Entre estas ações, vale citar a auto e a evaporação. Exemplos de desconectores são a caixa sifonada, o ralo sifonado e os sifões. Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) do sistema Com a função básica de coletar os dejetos, os aparelhos sanitários devem propiciar uma utilização confortável e higiênica por parte do usuário. Entre os aparelhos sanitários usuais encontram-se a bacia sanitária, o lavatório, a banheira, o bidê,etc. m por função, através de um fecho hídrico próprio, vedar a passagem de gases oriundos das tubulações de esgoto para o ambiente utilizado. Tal contenção ocorre através da manutenção do referido fecho hídrico por meio do controle das ações atuantes sobre o mesmo. Entre estas ações, vale citar a auto-sifonagem, a sifonagem induzida, a sobrepressão mplos de desconectores são a caixa sifonada, o ralo sifonado e os sifões. 3 Com a função básica de coletar os dejetos, os aparelhos sanitários por parte do usuário. Entre os aparelhos se a bacia sanitária, o lavatório, a banheira, o bidê,etc. m por função, através de um fecho hídrico próprio, vedar a passagem de para o ambiente utilizado. Tal contenção ocorre através da manutenção do referido fecho hídrico por meio do controle das ações atuantes sobre sifonagem, a sifonagem induzida, a sobrepressão mplos de desconectores são a caixa sifonada, o ralo sifonado e os sifões. 4 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Ramal de Esgoto: Tubulação, usualmente horizontal, que recebe os efluentes dos ramaisde descarga, diretamente, ou através de um desconector (caixa sifonada, porexemplo); Tubo de Queda: Tubulação vertical para a qual se dirigem os efluentes dos ramais deesgoto e dedescarga; Subcoletor:Tubulação horizontal que recebe efluentes dos tubos de queda e/ou dos ramais de esgoto;e Coletor:É a tubulação horizontal que se inicia a partir da última inserção do subcoletor (ou ramal de descarga ou ramal de esgoto) e estende-se até o coletor público ou sistema particular de tratamento e disposição de esgoto. Conexões: Elementos cuja função é interligar tubos, tubos e aparelhos sanitários, tubos e equipamentos, além de viabilizar mudanças de direção e diâmetro da tubulação. São exemplos o Tê, o cotovelo, a junção simples, curvas, etc. Os desvios na horizontal das tubulações do sistema de esgoto sanitário devem ser efetuados com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°. Em função disso, as conexões disponíveis no mercado possibilitavam desvios a 45° ou a 90°(vertical ou horizontal). Atualmente, dispõe-se de algumas conexões que permitem desvios em ângulos variáveis, sempre inferiores a 45° tal como a representada na abaixo. Este tipo de conexão evita o aquecimento de tubos para a obtenção de desvios. 5 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Caixas deGordura: Trata-se de um dispositivo complementar, cuja finalidade é a retenção de substâncias gordurosas contidas no esgoto. Na Figura 8 é apresentado um esquema de uma caixa de gordura pré-fabricada, em material plástico e na Figura 9 ilustra-se uma caixa de gordura em argamassa. Dispositivos deInspeção acesso ao interior do sistema, de maneira a possibilitar inspeções e desobstruções eventuais. A caixa de inspeção e as conexões com uma das derivações com um plug ou com um cap, dispositivos de inspeção junção simples com um plug. Subsistema deVentilação ventilação primária ou pelo conjunto de ventilação primária e secundária. A ventilação primária constitui-se no prolongamento do tubo de queda além da cobertura do prédio, denominado tubo ventilador pr Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Dispositivos deInspeção: São elementos complementares, através dos quais acesso ao interior do sistema, de maneira a possibilitar inspeções e desobstruções eventuais. A caixa de inspeção e as conexões com uma das derivações com um plug dispositivos de inspeção bastante usados. A Figura 10 ilustra uma les com um plug. Subsistema deVentilação:O subsistema de ventilação pode ser composto apenas de ventilação primária ou pelo conjunto de ventilação primária e secundária. A ventilação se no prolongamento do tubo de queda além da cobertura do prédio, denominado tubo ventilador primário, enquanto que a ventilação secundária consiste de 6 São elementos complementares, através dos quais se têm acesso ao interior do sistema, de maneira a possibilitar inspeções e desobstruções eventuais. A caixa de inspeção e as conexões com uma das derivações com um plug usados. A Figura 10 ilustra uma O subsistema de ventilação pode ser composto apenas de ventilação primária ou pelo conjunto de ventilação primária e secundária. A ventilação se no prolongamento do tubo de queda além da cobertura do prédio, imário, enquanto que a ventilação secundária consiste de 7 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) ramais e colunas de ventilação ou de apenas colunas de ventilação. Não obstante, a ventilação secundária pode ser configurada também pela utilização de dispositivos de admissão de ar, os quais podem substituir ramais e colunas de ventilação. A eficiência deste subsistema será satisfatória na medida em que os fechos hídricos sejam preservados. TuboVentiladorPrimário:É o prolongamento do tubo de queda alémdacobertura do prédio, cuja extremidade deve ser aberta à atmosfera; RamaldeVentilação:Tubulação que conecta o desconector, ramaldedescarga ou ramal de esgoto à coluna de ventilação; ColunadeVentilação:Tubulação vertical que abrange umou mais andares,com a extremidade superior aberta ou conectada a um barrilete de ventilação; BarriletedeVentilação:Consta de uma tubulação horizontal aberta à atmosfera, na qual são conectadas as colunas de ventilação, quando necessário; Dispositivos de AdmissãodeAr:Elementos cuja finalidade é a atenuaçãodasflutuações das pressões pneumáticas desenvolvidas no interior das tubulações. Sifonagem Induzida: Ação de descargas simples ou combinadas nos dos aparelhos não utilizados durante estas descargas. O critériobásico de classificação do Sistema Predial de Esgoto Sanitário refere-se ao tipo de ventilação existente no mesmo. Assim, tem tipologias básicas: Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Ação de descargas simples ou combinadas nos dos aparelhos não utilizados durante estas descargas. básico de classificação do Sistema Predial de Esgoto Sanitário se ao tipo de ventilação existente no mesmo. Assim, tem 8 Ação de descargas simples ou combinadas nos fechos hidrícos básico de classificação do Sistema Predial de Esgoto Sanitário se ao tipo de ventilação existente no mesmo. Assim, tem-se as seguintes 9 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) A linha contínua representa o subsistema de coleta e transporte de esgotos sanitários (aparelhos sanitários, ramais de descarga e de esgoto, tubo de queda, subcoletores e coletores). Já a linha pontilhadarepresenta o subsistema de ventilação. O subsistema de ventilação desta tipologia divide-se em primário e secundário. A ventilação primária é basicamente a extensão do tubo de queda além do ramal conectado mais elevado; esta extensão é denominada tubo ventilador primário e sua extremidade fica em contato com a atmosfera. Já a ventilação secundária é composta de colunas e ramais deventilação. RecomendaçõesGerais As seguintes recomendações são de caráter geral e estão em conformidade com a NBR-8160 (ABNT,1999). Recomendações mais específicas devem ser observadas na norma citada. Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por quais podem atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmoambiente. As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas provenientes de lavagens de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um desconector, devendo, assim, ser ligadas diretamente ao tubo Devem ser previstos dispositivos de inspeção nos ramais de descarga de pias de cozinha e máquina de lavar louças. Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) ção primária é basicamente a extensão do tubo de queda além do ramal conectado mais elevado; esta extensão é denominada tubo ventilador primário e sua extremidade fica em contato com a atmosfera. Já a ventilação secundária é composta ventilação. RecomendaçõesGerais As seguintes recomendações são de caráter geral e estão em conformidade 8160 (ABNT,1999). Recomendações mais específicas devem ser observadas na norma citada. Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por quais podem atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmoambiente. As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas provenientes de lavagens de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um desconector, devendo, assim, ser ligadas diretamente ao tubo de queda. Devem ser previstos dispositivos de inspeção nos ramais de descarga de pias inha e máquina de lavar louças. Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único 10 ção primária é basicamente a extensão do tubo de queda além do ramal conectado mais elevado; esta extensão é denominada tubo ventilador primário e sua extremidade fica em contato com a atmosfera. Já a ventilação secundária é composta As seguintes recomendações são de caráter geral e estão em conformidade 8160 (ABNT,1999). Recomendações mais específicas devem ser Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores, os quais podem atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas provenientes de lavagens de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um desconector, devendo, Devem ser previstos dispositivos de inspeção nos ramais de descarga de pias Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único 11 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) alinhamento. Quando necessários, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 90º, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de45º. Para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, devem ser previstos tubos de queda especiais com ventilação primária; estes tubos devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva. Recomenda-se o uso de caixas de gordura para efluentes que contenham resíduos gordurosos. As pias de cozinha e/ou máquinas de lavar louças instaladas superpostas em vários pavimentos devem descarregar em tubos de queda exclusivos, os quais conduzem os esgotos para caixas de gordura coletivas; sendo vetado o uso de caixas de gordura individuais nos andares. O interior das tubulações deve ser sempre acessível através de dispositivos deinspeção. Desvios em tubulações enterradas devem ser feitos empregando-se caixas deinspeção. A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna deventilação: o Deve elevar-se verticalmente pelo menos 0,30 m acima da cobertura; todavia, quandoesta atender outros fins além de simples cobertura, a elevação vertical deve ser, no mínimo, de 2,00 m; não sendo conveniente o referido prolongamento, pode ser usado um barrilete deventilação. o Deve conter um terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das águas pluviais diretamente ao tubo deventilação. 12 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto sanitário ao interior domesmo. O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível, instalados em uma únicaprumada. Todo o desconector deve ser ventilado. A distância máxima de um desconector até o ponto onde o tubo ventilador que o serve está conectado consta na Tabela5. Tabela 1: Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador. Diâmetro nominal do ramal de descarga DN Distância máxima (m) 40 1,00 50 1,20 75 1,80 100 2,40 Toda coluna de ventilação deveter: diâmetrouniforme; a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou dedescarga; a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de 13 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) transbordamento da água do mais elevado aparelho sanitário por eleservido. Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da cobertura, pode ser usado um barrilete deventilação. As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação ou do sistema de esgotos sanitários devem ser feitas com conexõesapropriadas: quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de junção a45°; quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que se segue: a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45°, com a derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de esgoto. quando não houver espaço vertical para a solução apresentada no item acima, podem ser adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de2%; a distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e o cotovelo de mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível. Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente ao tubo de queda, o tubo de queda pode ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária (ver Figura38). É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligadaatravés de ramal exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40m, desde que esse tubo de queda receba, do mesmo pavimento, imediatamente 14 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados, conforme Figura39. Bacias sanitárias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a penúltima bacia sanitária, conforme a Figura 40. Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de, no máximo, oito bacias sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo dequeda. Ligação de ramal de ventilação. Ligação de ramal de ventilação. Impossibilidade de ventilação do ramal de descarga da bacia Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Ligação de ramal de ventilação. Ligação de ramal de ventilação. Impossibilidade de ventilação do ramal de descarga da bacia 15 Ligação de ramal de ventilação. Impossibilidade de ventilação do ramal de descarga da bacia Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária. Dimensionamento As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) ou pelo Método Racional devendo, em qualquer um dos casos, ser respeitad apresentados na Tabela 2, apresentada na seqüência. Método das Unidades de Hunter de Contribuição(UHC) Este método baseia (UHC) para cada aparelho sanitá constam na NBR 8160/1999, e encontram UHC dos aparelhos sanitários integrantes do sistema, inicia demais componentes, conforme será apresent Ramais deDescarga:Para os ramais de descarga devem ser adotados, no mínimo, os diâmetros apresentados na Tabela 2 estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser feito Ramais deesgoto:Neste caso, deve ser utilizada a Tabela 4 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária. As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) ou pelo Método Racional devendo, em qualquer um dos casos, ser respeitados os diâmetros mínimos dos ramais de descarga apresentados na Tabela 2, apresentada na seqüência. Método das Unidades de Hunter de Contribuição(UHC) Este método baseia-se na atribuição de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) para cada aparelho sanitário integrante do SPES em questão. Tais unidades constam na NBR 8160/1999, e encontram-se reproduzidos na Tabela 2. Definidas as UHC dos aparelhos sanitários integrantes do sistema, inicia-se o dimensionamento dos demais componentes, conforme será apresentado a seguir. Para os ramais de descarga devem ser adotados, no mínimo, os diâmetros apresentados na Tabela 2. Para aparelhos não relacionados nesta tabela, devem ser estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser feito Neste caso, deve ser utilizada a Tabela 4. Recomenda 16 Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária. As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) ou pelo Método Racional devendo, em qualquer um os os diâmetros mínimos dos ramais de descarga se na atribuição de Unidades de Hunter de Contribuição rio integrante do SPES em questão. Tais unidades se reproduzidos na Tabela 2. Definidas as se o dimensionamento dos Para os ramais de descarga devem ser adotados, no mínimo, os Para aparelhos não relacionados nesta tabela, devem ser estimadas as UHC correspondentes e o dimensionamento deve ser feito pela Tabela 3. Recomenda-se ainda, com 17 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) relação às declividades mínimas: 2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75,e 1% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou superior a100. Tubos deQueda:Os tubos de queda devem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme a Tabela 5.Todavia, quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser dimensionados da seguinte forma: Quando o desvio formar ângulo inferior a 45º com a vertical, o tubo de queda é dimensionado pela Tabela5; Quando o desvio formar ângulo superior a 45º com a vertical, deve- sedimensionar: 1. A parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com base no número de unidades Hunter de contribuição dos aparelhos acima dodesvio, de acordo com a Tabela 5; e a parte horizontal do desvio de acordo com a Tabela 6, uma vez que, neste caso, o trecho é tratado comosubcoletor; 2. A parte do tubo de queda abaixo do desvio com base no número de unidadesHunter de contribuição de todos os parelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com a Tabela 5, não podendo o diâmetro adotado, neste caso, ser menor do que o da parte horizontal. Ver a figura abaixo a qual ilustra a geometria dos desvios e opções deventilação. Coletor Predial eSubcoletores dimensionados pela somatória das UHC ter, no mínimo, um DN igual a 100. No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do n casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do número deUHC. Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Coletor Predial eSubcoletores: O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme a Tabela 6. O coletor predial deve ter, no mínimo, um DN igual a 100. No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de unidades Hunter de contribuição. Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do 18 O coletor predial e os subcoletores podem ser conforme a Tabela 6. O coletor predial deve No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada úmero de unidades Hunter de contribuição. Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do 19 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Tabela 2: Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários ediâmetro nominal mínimo dos ramais dedescarga. Número de Diâmetro nominal bacia sanitária 6 100(1) banheira de residência 2 40 bebedouro 0,5 40 bidê 1 40 chuveiro de residência 2 40 coletivo 4 40 lavatório de residência 1 40 de uso geral 2 40 mictório válvula de descarga 6 75 caixa de descarga 5 50 descarga automática 2 40 de calha 2(2) 50 pia de cozinha residencial 3 40 pia de cozinha industrial preparação 3 40 lavagem de panelas 4 50 tanque de lavar roupas 3 40 máquina de lavar louças 2 50(3) máquina de lavar roupas 3 50 (3) (1) O diâmetro nominal DN mínimo para o ramal de descarga de bacia sanitária pode ser reduzido para DN75, caso justificado pelo cálculo de dimensionamento efetuado pelo método hidráulico apresentado no anexo B e somente depois da revisão da norma NBR 6452:1985 (aparelhos sanitários de material cerâmico) pela qual os fabricantes devem confeccionar variantes das bacias sanitárias com saída própria para ponto de esgoto de DN75, sem necessidade de peça especial deadaptação. (2) Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto (ver Tabela5) (3) Devem ser consideradas as recomendações dosfabricantes. Fonte: ABNT, 1999. 20 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Tabela 3: Unidades de Hunter de contribuição para aparelhos não relacionados na Tabela 2. Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga(DN) Número de unidades de Hunter de contribuição(UHC) 40 2 50 3 75 5 100 6 Fonte: ABNT, 1999. Tabela 4: Dimensionamento de ramais de esgoto. Diâmetro nominal do tubo (DN) Número máximo de Unidades de Hunter de Contribuição(UHC) 40 3 50 6 75 20 100 160 Fonte: ABNT, 1999. Tabela 5: Dimensionamento de tubos de queda. Diâmetro nominal do tubo (DN) Número máximo de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) Prédio de até 03 pavimentos Prédio com mais de 03 pavimentos 40 4 8 50 10 24 75 30 70 100 240 500 150 960 1900 200 2200 3600 250 3800 5600 300 6000 8400 Fonte: ABNT, 1999. 21 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Tabela 6: Dimensionamento de subcoletores e coletor predial. Diâmetro nominal do tubo (DN) Número máximo de Unidades Hunter de Contribuição em função das declividades mínimas(%) 0,5 1 2 4 100 --- 180 216 250 150 --- 700 840 1000 200 1400 1600 1920 216 250 2500 2900 3500 840 300 3900 4600 5600 1920 400 7000 8300 10000 3500 Fonte: ABNT, 1999. Tabela 7: Dimensionamento das caixas sifonadas. Diâmetro Nominal – DN (mm) Valor máximo de UHC a montante da caixa sifonada 100 06 125 10 150 15 Fonte: ABNT, 1999. No caso das caixas sifonadas especiais, o fecho hídrico deve ter altura mínima de 0,20 m; as mesmas devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível e o orifício de saída deve ter o diâmetro nominal, de no mínimo 75. Caixas deGordura As caixas de gordura são dimensionadas em função do número de cozinhas por elas atendidas. Desta forma, assim procede-se: para a coleta de apenas uma pia de cozinha pode ser usada a caixa de gordura pequena; para a coleta de uma ou mais cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de gordurasimples; 22 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) para a coleta de duas a doze cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de gorduradupla; para a coleta de mais de doze cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, etc. devem ser previstas caixas de gorduraespeciais. A tipologia das caixas de gordura em função de suas dimensões características é apresentada na Tabela 8. Tabela 8: Tipologia das caixas de gordura em função das dimensões características Características Tipologia Caixa de Gordura Pequena (CGP) Caixa de Gordura Simples (CGS) Caixa de Gordura Dupla (CGP) Caixa de Gordura Especial (CGE) Diâmetro interno(m) 0,30 0,40 0,60 ---- Parte submersa dosepto(m) 0,20 0,20 0,35 0,40 Capacidade de retenção( l ) 18,00 31,00 120,00 Diâmetro nominal da tubulação de saída (mm) 75 75 100 100 Fonte: ABNT, 1999. Caixa de gordura Com relação a caixa de gordura especial (CGE), prismática de base retangular, as seguintes características devem ainda ser apresentadas: o volume da câmara de retenção de gordura obtido pelafórmula: V = 2N + 20onde: N - número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de 23 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) gordura V - volume em litros a altura molhada deve ser de 0,60m; a distância mínima entre o septo e a saída deve ser de 0,20m. Caixas deInspeção: É um dispositivo destinado a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução das canalizações, a junção de coletores e a mudança de declividade. Caixas dePassagem:São dispositivos que permitem a inspeção, limpeza e desobstrução das canalizações de esgoto. São caixas de inspeção com apenas uma entrada e uma saída para o esgoto. Quando cilíndricas, devem ter diâmetro mínimo de 0,15 m e, quando prismáticas de base poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 0,15 m; as mesmas devem possuir grelha ou tampa cega, e uma altura mínima de 0,10 m. Instalação deRecalque: Esta instalação é utilizada para recalcar os esgotos acumulados em caixas coletoras situadas abaixo do nível da rede pública de esgoto, provenientes de aparelhos sanitários e de dispositivos instalados nesse nível. A caixa coletora, é disposta de modo a receber todo o esgoto por gravidade, sendo que, a partir dela, recalca-se o esgoto para o coletor predial ou dispositivo de tratamentode esgotos por meio de bombas. O dimensionamento da instalação de recalque deverá considerar aspectos como a capacidade da bomba, que deverá atender à vazão máxima provável de contribuição dos aparelhos e dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo, o tempo de detenção do esgoto na caixa e o intervalo de tempo entre duaspartidas consecutivas do motor. Quanto ao dimensionamento da caixa coletora, a mesma deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de partidas e paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado séptico por um volume exagerado. O volume útil da caixa coletora (Vu), ou seja, o volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da caixa (faixa de operação da bomba), pode ser determinado através da seguinte expressão: 24 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Q t Vu 4 onde, Q = capacidade da bomba, em m3 / min, determinada em função da vazão afluente de esgotos à caixa coletora; t = intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em min. O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora (d) pode ser determinado a partir da seguinte equação: tVd q onde, d = tempo de detenção, em min. Vt = volume total da caixa coletora, em m3. q = vazão média de esgoto afluente, em m3 / min. O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 30 minutos. Quando receber efluentes de bacias sanitárias, a caixa coletora, deve possuir uma profundidade mínima de 0,90 m, a contar do nível da geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa. O fundo deve ser suficientemente inclinado para impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa for esvaziada completamente. A caixa coletora também deve ser ventilada por um tubo ventilador primário, independente de qualquer outra ventilação utilizada no edifício. Por outro lado, caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, a profundidade mínima a ser considerada é de 0,60m. As tubulações de sucção devem ser uma para cada bomba e possuir diâmetro uniforme e nunca inferior aos das tubulações de recalque. Já as tubulações de recalque devem atingirum nível superior ao da rede de maneira que impossibilite o refluxo dos esgotos, devendo ser providas de dispositivos para este fim. É recomendável que a capacidade da bomba seja considerada como sendo igual a duas vezes a vazão afluente de esgotos sanitários e que o intervalo entre duas 25 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) partidas consecutivas do motor não seja inferior a 10 minutos, no sentido de se preservar os equipamentos eletromecânicos de freqüentes esforços departida. Tabela 9: Dimensionamento de ramais de ventilação Grupo de aparelhos sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias Número de Unidades Hunter de Contribuição Diâmetro nominal do ramal de ventilação Número de Unidades Hunter de Contribuição Diâmetro nominal do ramal de ventilação até 12 40 até 17 50 13 a 18 40 18 a 60 75 19 a 36 50 --- --- Fonte: ABNT, 1999. 26 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) Tabela 10: Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação Diâmetro nominal do tubo de queda ou do ramal de esgoto (DN) Número de Unidades Hunter de Contribuição (UHC) Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação 40 50 75 100 150 200 250 300 Comprimento permitido (m) 40 8 46 -- -- -- -- -- -- -- 40 10 30 -- -- -- -- -- -- -- 50 12 23 61 -- -- -- -- -- -- 50 20 15 46 -- -- -- -- -- -- 75 10 13 46 317 -- -- -- -- -- 75 21 10 33 247 -- -- -- -- -- 75 53 8 29 207 -- -- -- -- -- 75 102 8 26 189 -- -- -- -- -- 100 43 -- 11 76 299 -- -- -- -- 100 140 -- 8 61 229 -- -- -- -- 100 320 -- 7 52 195 -- -- -- -- 100 530 -- 6 46 177 -- -- -- -- 150 500 -- -- 10 40 305 -- -- -- 150 1100 -- -- 8 31 238 -- -- -- 150 2000 -- -- 7 26 201 -- -- -- 150 2900 -- -- 6 23 183 -- -- -- 200 1800 -- -- -- 10 73 286 -- -- 200 3400 -- -- -- 7 57 219 -- -- 200 5600 -- -- -- 6 49 186 -- -- 200 7600 -- -- -- 5 43 171 -- -- 250 4000 -- -- -- -- 24 94 293 -- 250 7200 -- -- -- -- 18 73 225 -- 250 11000 -- -- -- -- 16 60 192 -- 250 15000 -- -- -- -- 14 55 174 -- 300 7300 -- -- -- -- 9 37 116 287 300 13000 -- -- -- -- 7 29 90 219 300 20000 -- -- -- -- 6 24 76 186 300 26000 -- -- -- -- 5 22 70 152 Fonte: ABNT, 1999. 27 Instalações Prediais Hidráulicas Sistema Predial de Esgoto Sanitário – (SPES) BIBLIOGRAFIA ABNT. Sistema Predial de Esgoto Sanitário – Projeto e execução - NBR 8160, Brasil,1999. FERNANDES, V. M. C. Influência do Uso de Dispositivos de Admissão de Ar no Comportamento Hidráulico-Pneumático dos Sistemas Prediais de Coleta de Esgotos Sanitários de Edifícios Residenciais. PCC -EPEUSP, São Paulo, 1993. GOLNÇALVES, O. M. Execução e manutenção de sistemas hidráulicos prediais. Editora PINI, São Paulo, 2000. MACINTYRE, A.J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1996.
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