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Stelios Arcadiou

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Ações Performáticas - Bia Medeiros
Artes Visuais/ Licenciatura
Júlia Ruff Matne da Silva
Stelarc
Resumo
O performer estudado vai utilizar programas de realidade virtual (RV) e internet, próteses robóticas, instrumentos médicos e até mesmo o próprio corpo como manifestos sobre a nossa fragilidade, o corpo humano como obsoleto em comparação às novas tecnologias que nós mesmos criamos.
Palavras-chave: Stelarc, ciberarte, cibertecnologia, biotecnologia.
Abstract:
The studied performer will use virtual reality (VR) and internet programs, robotic prostheses, medical instruments and even the body itself as manifest about our fragility, the human body as obsolete in comparison to the new technologies that we have created ourselves.
Key-words: Stelarc, cyber art, cyber technology, biotechnology.
O artista performático Stelios Arcadiou de nome artístico Stelarc, nascido em 1946 já se apresentou no Japão, Europa e EUA. Desde a década de 60 veio criando performances multimídia concentradas na busca das deficiências do corpo humano e sua obsolescência.
A tecnologia criada pelo homem pode melhorar nossas vidas, nossos corpos. O nosso cérebro pode evoluir com aprimoramentos tecnológicos, como no caso implantes de microssistemas para reabilitar ou desenvolver uma capacidade física ou sensorial. Como microcomputadores que circulam na corrente sanguínea.
Stelarc bebe dessa fonte, tanto que ele vai desenvolver essas ideias há mais de quarenta anos, explorando conceitos de aprimoramento corporal através de um relacionamento com a tecnologia usando interfaces humanas e de máquinas.
Seus trabalhos mais conhecidos são:
Extra Ear de 1997, Third Hand de 1976, Exoskeleton de 1988, entre outras obras.
Desde implantar uma terceira orelha no antebraço, se suspender no ar por cabos que perfuram sua pele e até conectar seus sentidos à internet, Stelarc é um artista conhecido por suas performances extremas que levam o corpo humano ao limite e borra a linha entre a tecnologia e nós mesmos.
Como dito anteriormente, Stelarc teve um processo para “crescer” uma terceira orelha na parte interna do seu braço esquerdo, e foi a performance mais longa de Stelarc, foram dez anos procurando cirurgiões que concordassem com sua proposta surreal, e no total duas cirurgias onde a primeira em 2006 consistiu na implantação de um expansor de pele para criar “espaço” suficiente para que acomodasse a orelha.
A segunda cirurgia introduziu um implante biocompatível e uma miniatura de microfone que foi colocado dentro da orelha, mas que logo teve de ser removido por conta de uma infecção. Stelarc estava planejando transforma-la em um órgão funcional implantando um outro microfone, mas que conecte à internet.
O objetivo seria usá-lo para ouvir o que estaria acontecendo em outras partes do mundo, esse conceito de conectar o corpo ao resto do mundo vai estar presente em várias outras obras de Stelarc.
O performer vai explorar sempre os limites do corpo humano e a separação entre a tecnologia e a nossa ideia de nós, que vem se tornando mais fino com a implementação de dispositivos integrados ao corpo humano, como tatuagens que servem para monitorar a saúde e até mudam de cor, pílulas eletrônicas para tratar esquizofrenia, manias agudas e transtorno bipolar.
Nossos corpos vem sendo cada vez mais conectados e mesmo que isso traga preocupações éticas isso faz parte da nossa evolução, Stelarc apenas nos lembra disso, pois de uma forma ou outra nós sempre dependeremos da tecnologia, é o que nos tem mantido vivos, que nos tornam mais espertos e melhores em vários aspectos. Nossa evolução depende da nossa tecnologia.
Este projeto de arte demonstra o interesse do uso da tecnologia robótica por Stelarc como uma adição aprimorada de uma prótese para acrescentar à um membro. Ele descobriu a interface da tecnologia como um auxiliador.
Uma mão mecânica similar à mão direta natural de Stelarc, feito às dimensões do mesmo, uma terceira mão feita de alumínio, aço inoxidável, acrílico eletrônicos de látex, eletrodos, cabos e bateria. Uma mão que abre e fecha, de aproximadamente dois quilos roda 290 graus e tem um sistema que simula a sensação de toque. Ela opera de forma que demonstra não só um visual semelhante à mão humana, mas também funcionalidade.
Os movimentos são controlados por sinais elétricos dos músculos abdominais e também das pernas, ou seja, Stelarc vai ter movimentação da terceira mão sem depender das outras duas.
Os sinais das contrações musculares são captados, amplificados e enviados para o sistema da máquina e então traduzidos de alguma forma. Essa descoberta se tornou o objeto de performance mais conhecido e usado pelo artista.
As performances da Third Hand com sinais e sons corporais amplificados contribuíram para os discursos sobre corpo androide ou ciborgue.
Outra performance criada por Stelarc que melhora o corpo humano é o Exoskeleton de 1988, mas que foi somente completado em 1998.
Uma máquina funcional seis pernas com motor pneumático que permite o locomotor andar por meio de movimentos de seus braços, a máquina que nos lembra uma aranha se move para todas as direções e gira no local, podendo também agachar e levantar, estendendo e contraindo as pernas. O corpo tem uma base giratória permitindo o mesmo a girar em torno de seu eixo. Possui um exoesqueleto como bem diz o nome na parte superior do corpo e braços. Foge da ideia da forma humana.
Os dedos da mão mecânica que surge do corpo de Stelarc abrem e fecham parecendo tornar-se em várias garras, algo que parece ter saído de um filme de ficção científica. Cada dedo foi trabalhado de forma detalhada, os dedos flexionam individualmente, com rotação do polegar e punho. Já com os braços Stelarc pode fazer uma tradução de movimentos dos braços para as pernas e assim compondo uma cacofonia de sons pneumáticos, mecânicos e modulados por sensores.
Stelarc te faz pensar em futuro, presente e passado, o choque do surreal, mas que é bem real, a funcionalidade de suas obras te distrai da atual realidade que não é tão distante das obras de aparência Sci-fi. Sua arte é confusa, chocante e até perigosa o tornou um símbolo marcante para a ciberarte.
Bibliografia:
http://stelarc.org/?catID=20216
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/06/cientistas-desenvolvem-tatuagem-que-monitora-saude-e-muda-de-cor.html
https://istoe.com.br/eua-aprovam-a-primeira-pilula-eletronica/
https://www.sleek-mag.com/article/stelarc-interview-posthumanism/
http://obviousmag.org/graziele_lima/2016/a-mistura-inusitada-do-corpo-humano-com-a-tecnologia.html
http://obviousmag.org/graziele_lima/2016/a-mistura-inusitada-do-corpo-humano-com-a-tecnologia.html
https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/article/view/2432

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