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DIREITO AGRÁRIO - APPS, RESERVA LEGAL E UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

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DIREITO AGRÁRIO
UBERLÂNDIA – MG
2020
1. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APPs
As Áreas de Preservação Permanente são caracterizadas pela sua alta função geológicas, pois sua preservação visa manter um meio ambiente ecologicamente equilibrado. As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Não são necessariamente nativas, mas são obrigatórias e a plantação reconstituída tem que cumpri função geológica. Apesar de possuírem uma alta proteção, é possível sim produzir nessas áreas, desde que cumpram severamente os requisitos necessários. Um exemplo de utilização dessas áreas para produção é a época de seca, momento em que o leito do rio fica inferior, gerando uma área de vazão, que fica exposta, essa área pode ser destinada a plantação, desde que a colheita seja feita antes do fim da seca.
A maioria dessas áreas é formada por matas ciliares, que constituem na vegetação que se encontra na beira dos rios, lagos, represas, etc. Apesar de não parecerem, essas áreas são de extrema importância para nosso meio ambiente, uma vez que protegem e até mesmo regulam a largura dos rios. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitarem transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática.
A suspensão total ou parcial, somente será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, para a construção de obras ou interesses da administração pública em geral. Fora essa situação será inadmissível devastar qualquer tipo de APPs. É preciso destacar que o proprietário não escolhe onde irá localizar essas áreas de preservação, e deve seguir a risca as normas do Código Florestal.
O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de preservação permanente:
I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
V – as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI – as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII – os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII – as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX – no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X – as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação;
XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
1.1 A IMPORTÂNCIA DAS AREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Como a maioria das APPs são constituídas por matas ciliares, é de extrema necessidade destacar a importância dessas áreas para nossos recursos hídricos, uma vez que são imprescindíveis para manter o volume dos aquíferos e cursos d’água, bem como protegê-los da poluição, que com a ausência dessas áreas, cairiam diretamente no leito dos rios. Além de preservarem os rios, as matas preservadas nas APPs funcionam como corredores para os animais e as plantas, interligando os diversos fragmentos de vegetação natural, o que deixa claro a sua função ecológica.
Em suma, a manutenção da vegetação em morros e encostas, também é muito importante, uma vez que são elas que evitam as erosões e os deslizamentos de terra. O desmatamento dessas vegetações pode gerar grandes desastres naturais, principalmente em época de chuvas fortes. Fica clara então, a importância dessas áreas de preservação permanente, para suavizar e até mesmo evitar impactos ocasionados pela ação natural e até mesmo pela mão do homem, assegura a manutenção da fauna e da flora, bem como diminui a poluição.
2. RESERVA LEGAL
É a área de cada propriedade particular onde não é permitido o desmatamento (corte raso), mas que pode ser utilizada através de uso sustentável. Entende-se como uso sustentável a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos e dos processos ecológicos, de forma a manter a biodiversidade e a integridade dos ecossistemas.
A Reserva Legal é uma área necessária à manutenção do equilíbrio ecológico das regiões do entorno, e da manutenção dos recursos naturais.São áreas destinadas legalmente dentro de uma propriedade a serem mantidas intactas, com vegetação nativa, representam uma área variável de 20% a 80% dependendo do bioma onde se encontra a propriedade.
Trata-se da área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art.12, com função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar na conservação e reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e proteção da fauna silvestre e da flora nativa. Pode-se produzir nessas áreas, desde que seja ecologicamente e que respeite a biodiversidade.
Reserva Legal, no Brasil, é um tipo de instrumento de proteção de espaços naturais previsto na Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei nº 12.651/2012, popularmente chamada "Código Florestal.
O Código Florestal, em seu art. 12, estabelece diferentes percentuais mínimos de Reserva Legal. Acaso o imóvel seja localizado na Amazônia Legal, a Reserva Legal deve totalizar 80% da área do imóvel, se este for situado em área de florestas; 35%, se for situado em área de cerrado; 20%, se for situado em campos gerais. Já na hipótese do imóvel estar localizado nas demais regiões do país, o percentual de Reserva Legal a ser observado é único: deve representar 20% da área do imóvel.
Se a propriedade fizer parte da Amazônia Legal, ou seja, estiver presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão (A oeste do meridiano de 44º de longitude oeste), o percentual de vegetação nativa a ser preservado corresponde a 80% das áreas florestais, 35% para áreas de cerrado e 20% para áreas localizadas em campos gerais.
Em regiões fora da Amazônia Legal, devem ser preservadas 20% da vegetação da área total do imóvel. A Reserva Legal foi criada no Código Florestal de 1965 que foi alterado em 2002 pelo novo Código Florestal, Lei nº 12.651. Segundo Bueno, a reserva legal era um limite estabelecido para o desmatamento lícito. Com o novo código, é considerado um ônus relativo à propriedade, onde se deve manter a vegetaçãonativa e acompanhar sua preservação.
2.1 IMPORTÂNCIA DA RESERVA LEGAL
A preservação de fragmentos de vegetação nativa como florestas em propriedades privadas é importante para a proteção e conservação da fauna e flora locais. No ponto de vista de Metzger (2002), o código florestal de 1965 tem dois instrumentos importantes que garantem a conservação: as áreas de preservação permanente e as reservas legais. Ele questiona o novo código florestal que reduziu em algumas situações as áreas de reserva legal. Na época, o debate estava entre os ambientalistas e ruralistas que propuser a diminuição da área de preservação da Amazônia Legal de 80% para 50% nas áreas florestais e de 35% para 20% em áreas de cerrado. Além disso, propuseram também a flexibilização nas obrigações de restauração previstas em lei. Os ambientalistas lutavam por manter as porcentagens de preservação intactas utilizando argumentos relativos a manutenção da biodiversidade, a proteção dos solos contra a erosão e a manutenção do clima.
Na opinião do autor, a discussão à época era fundamentada em critérios econômicos (expansão agrícola) e em poucos argumentos biológicos. Realmente, deve-se pensar na questão de economia ambiental e se atribuir valor aos ecossistemas naturais, à sua biodiversidade e benefícios de equilíbrio ambiental e riquezas naturais.
3. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
De acordo com o Art. 2° do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, Unidades de Conservação consiste em um espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Definido o conceito, é importante salientar que as unidades de conservação começaram a surgir devido a consequências humanas catastróficas, ao ponto de ser realizada, em 1972, a Conferência de Estocolmo. Realizada na capital da Suécia, a Conferência de Estocolmo foi a primeira reunião que teve nesse sentido, pois foi feita uma análise da situação do mundo devido a preocupação com a situação econômica e com a condição atmosférica. Tal conferência tinha como objetivo conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras. Os países reagiram de várias formas, dentre eles, os Estados Unidos ofereceu a ideia do crescimento zero, em que as atividades industriais seriam reduzidas por um tempo, de forma que os países que tinham muitas industrias iriam produzir para os países com poucas industrias, no entanto, essa ideia não foi muito bem aceita pelos países subdesenvolvidos devido ao fato de terem sua economia focada na industrialização. 
Duas décadas depois, é realizada a Eco-92 no Rio de Janeiro, outra Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento. Nessa conferência foi feita uma análise tanto dos problemas existentes quanto dos progressos já feitos, de forma que foi elaborado documentos importantes que continuam sendo referências para as discussões ambientais. Durante a Eco-92, duas convenções de grande importância foram aprovadas: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas, pois é durante essa conferência que lançam a ideia da vida sustentável, denominada de Agenda 21, a qual consiste em um acordo entre 179 países para a elaboração de estratégias que objetivem o alcance do desenvolvimento sustentável, inclusive para o ambiente superficial. Depois da Eco-92, a cada 5 anos são realizadas reuniões para analisar o andamento da problemática ambiental, no qual todos os países mostram seus dados sobre a condição ambiental. 
As Unidades de Conservação são dividas em dois tipos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral são aquelas que preservam a natureza e a utilização dos recursos naturais de forma indireta, pois não envolve consumo, coleta ou dano aos recursos naturais. Esse tipo de Unidade de Conservação é mais restrito pois está voltado para pesquisas relacionadas com a diversidade biológica do local. Dentro dessa categoria existem cinco tipos de Unidades de Conservação: 
· Estação Ecológica (ESEC): área natural restrita onde as pesquisas científicas são permitidas somente com autorização prévia. Esses espaços não estão abertos à visitação pública.
· Reserva Biológica (REBIO): área natural restrita que tem como intuito a preservação da fauna e da flora do local. São, portanto, preservados, não sendo permitida a presença humana, ou mesmo, modificações da paisagem natural.
· Parque Nacional: extensas áreas naturais que abrigam fauna e flora de grande importância ecológica e cênica. As visitas são permitidas, sejam de teor educacional, científico ou turístico.
· Monumento Natural (MONA): locais singulares e raros que apresentam grande importância ecológica e cênica. A intervenção humana é proibida, embora as visitações são permitidas.
· Refúgio da Vida Silvestre (REVIS): ambientes naturais que garantem a reprodução de espécies da fauna (residente ou migratória) e da flora. Tanto as visitas públicas como as atividades de caráter científico são restritas, necessitando de aviso prévio.
No tocante as Unidades de Uso Sustentável, elas possuem como objetivo a conservação da natureza, aliado ao uso sustentável dos seus recursos naturais. São destinadas para promoção de atividades educativas relacionadas a sustentabilidade. Além disso, essas Unidades geralmente podem ser visitadas. Dentro dessa Unidade existem 7 tipos de Unidades de Conservação: 
· Área de Proteção Ambiental (APA): grandes áreas que englobam diversos aspectos biológicos e culturais relevantes. Geralmente, a APA permite presença humana mediante o uso sustentável de seus recursos.
· Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE): áreas menores (com menos de 5.000 hectares) que abrigam uma fauna e flora singulares. Podem apresentar ocupação humana mediante conservação de uso sustentável.
· Floresta Nacional (FLONA): apresenta uma cobertura florestal com espécies nativas e populações tradicionais. Pesquisas científicas e métodos de exploração sustentáveis são permitidos.
· Reserva Extrativista (RESEX): áreas onde os métodos de subsistência de populações locais são baseadas no extrativismo, seja agricultura ou criações de animais. Tudo isso, mediante o uso sustentável dos recursos naturais. Visitação pública e atividades de caráter científico são permitidas.
· Reserva de Fauna (REFAU): área natural com espécies nativas sejam terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias. São destinadas ao manejo sustentável de seus recursos, bem como para pesquisas científicas.
· Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS): nessas áreas naturais, exploração de recursos de maneira sustentável é realizado pelas comunidades tradicionais que vivem no local. Mediante autorização, são permitidas visitas e pesquisas científicas
· Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): de caráter privado, essas áreas naturais objetivam a conservação da biodiversidade de modo sustentável. Pesquisas, manejo de recursos, ecoturismo são permitidos.
Alguns exemplos de Unidades de Conservação são: Fernando de Noronha, Chapada dos Veadeiros, Chapada dos Guimarães, Parque Nacional do Iguaçu.
3.1 IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
As Unidades de Conservação são valiosas pela proteção de habitats naturais e da flora e fauna associadas a elas, mas também pela manutenção da estabilidade ambiental das regiões ao seu redor. Áreas protegidas podem oferecer oportunidades para o desenvolvimento rural e uso racional em seu entorno, gerando renda e criando empregos, para pesquisa e monitoramento, para edução em conservação, e lazer e turismo. 
A importância das Unidades de Conservação para a manutenção da biodiversidade é muito grande, pois é notável que muitas regiões onde não existem Unidades de Conservação, ficam muito suscetíveisa invasões, desmatamentos ilegais, estabelecimento de pastagens. Dessa forma, as Unidades de Conservação servem para barrar um pouco esse avanço de devastação, além disso, elas são usadas para a conservação dos ecossistemas brasileiros. 
4. DIFERENÇAS ENTRE AS TRÊS ÁREAS, MALEFÍCIOS E BENEFÍCIOS PARA O PRODUTOR RURAL 
As áreas de Preservação Permanente e a Reserva legal são dois instrumentos contidos no código florestal que visam a proteção ambiental sobre diferentes perspectivas. Enquanto a reserva legal visa conservar parte do ecossistema natural onde a propriedade rural está inserida, a APP visa promover a preservação de certos locais, independentemente da região do País, tais como os topos de morro, as áreas ao longo dos rios, entre outros. E juntas exercem o beneficio de reduzir as drenagens e carreamento de substancias e elementos para os corpos d’agua.
Apesar das apps e reserva legal serem essenciais para a proteção e restauração de processos ecológicos essenciais, a maioria das propriedades rurais brasileiras acumula grande passivo em relação as florestas nativas, caracterizando um amplo desrespeito as normas ambientais do País. A conversão de terras em uso produtivo em florestas pode gerar impactos socioeconômicos. por outro a efetivação de APPs e das reservas legais é essencial para a conservação e recuperação dos ecossistemas brasileiros. Neste contexto surgiram alternativas que se baseiam na flexibilização espacial dessas áreas, estando entre elas, o mecanismo de compensação de reserva legal. 
Por meio da compensação o produtor rural tem grande beneficio pois, caso tenha um déficit de reserva legal pode adquirir área excedente de cobertura vegetal de outra propriedade de modo a compensar o percentual legalmente requerido. 
 O desmatamento dessas áreas e a ocupação de encostas de nascentes e rios trazem malefícios sobre a qualidade e quantidade de água disponível para consumo. A proteção das apps garante harmonia e equilíbrio a paisagem, permitindo a formação de corredores de vegetação entre remanescentes de vegetação nativa a exemplo das reservas legais e unidades de conservação ou outras áreas protegidas, públicas ou privadas. Além de terem forte contribuição na prevenção de riscos de enchentes e desbarrancamentos. 
Nesse sentido é importante destacar um benefício da unidade de conservação, pois além de proteger a biodiversidade também assume uma importância muito grande na proteção dos recursos hídricos, no controle da erosão e na proteção de ecossistemas frágeis como encostas, topos de morro e mananciais hídricos, atributos essenciais para garantir o bem estar das populações humanas. 
Contudo é valido ressaltar um comentário sobre a relação do produtor rural com essas áreas, pois proteger os cursos d’agua, preservar as matas ciliares e a cobertura vegetal traria grandes benefícios ao produtor, pois ele realiza suas atividades a céu aberto e está exposto a adversidades climáticas, sendo o primeiro a sofrer com essas alterações, sendo necessário o equilíbrio do clima. Uma das principais desvantagens está relacionada aos limites das terras e a dificuldade de produção.

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