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LASER NA ESTÉTICA PROFA. ESP. FLÁVIA PIROLA HISTÓRIA 1916 • Einstein • Propôs o conceito da emissão estimulada da radiação • Pelo baixo desenvolvimento tecnológico da época, não conseguiu colocar a sua teoria em prática 50 • Charles Townes (Universidade de Columbia, EUA) • MASER – Amplificação de Microondas por Emissão Estimulada de Radiação • Nobel de Física em 1964 1960 • Theodore Maiman • Criação do primeiro laser de Rubi 1961 • Javan, Bennett e Herriot • Laser de HE-NE Fonte: Jedwab, 2010 1964 • Patel et al. • Laser de dióxido de carbono 1965 • Goldman • Uso de laser de rubi em tatuagens e manchas pigmentares 1970 • Laser de argônio para lesões vasculares • Formação de cicatrizes inestéticas 1983 • Surgimento do conceito de fototermólise seletiva DEFINIÇÃO DE LASER Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation Amplificação da luz por emissão estimulada da radiação A palavra LASER é um acrômio de: FORMAÇÃO DA LUZ LASER Todos os átomo são compostos de elétrons, prótons e nêutrons FÓTON Força Eletromagnética Em estado natural, os elétrons estão em estado de repouso Quando absorve um fóton este elétron passa para um estado de excitação O elétron excitado tende a voltar naturalmente para seu estado de repouso Para isto, libera um fóton similar ao que havia absorvido Este fenômeno é chamado de emissão espontânea de radiação Fonte: Jedwab, 2010 Se o elétron que já se encontra excitado absorver mais um fóton, ele precisará emitir 2 fótons para voltar a seu estado de repouso Este fenômeno é chamado de emissão estimulada CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER • É uma radiação eletromagnética • É um tipo de luz não ionizante LASER • São radiações de baixa energia • Não promovem ionização • Não alteram o átomo, mas ainda assim algumas podem causar problemas de saúde LUZ NÃO IONIZANTE • Luzes que podem causar mutação e/ou morte celular • Radiações de muita energia • Retiram elétrons dos átomos • Com isto o átomo deixa de ser neutro e se torna eletricamente carregados LUZ IONIZANTE Ionização = retirar elétrons do átomo Átomo se torna um íon+ ESPECTRO DE LUZ Não Ionizantes Ionizantes Feixes coerentes Monocromático Feixe paralelo Policromático Incoeremte Feixe difuso LUZ COMUM LASER CARACTERÍSTICAS DA LUZ LASER COMPRIMENTO DE ONDA + • Quanto maior for o comprimento de onda + • Maior será a profundidade do laser no tecido Cada cor tem um comprimento de onda UVC UVB UVC Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Infravermelho 100-280 230-315 315-380 380-450 450-495 494-570 570-590 590-620 620-750 acima 750 CLASSIFICAÇÃO DOS LASERS LASER DE ALTA POTÊNCIA Potência maior que 1 watt HLLT ou LAP Destróem tecidos pela ação do calor LASER DE BAIXA POTÊNCIA Potência menor que 1 watt LLLT ou LBI Biomodulam as células pela ação da luz CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE LASER CLASSIFICAÇÃO DOS LASERS Quanto à potência de emissão: Lasers Cirúrgicos ou HLLT (High reactive-Level Laser Treatment), responsáveis por fenômenos de fotodestruição (na saúde e estética, médicos e dentistas habilitados) – produz calor; Lasers Terapêuticos ou LLLT (Low reactive-Level Laser Treatment), responsáveis por fenômenos de fotoativação tecidual (utilização sem restrição, desde que, com treinamento e habilitação) – não produz calor - biomodulação. MEIO ATIVO LASING MEDIUN Determinam o nome do laser Pode ser gasoso, líquido ou sólido Determinam comprimento de onda Substâncias que produzem o feixe de luz HeNe Fonte: Adaptado de Jedwab, 2010 Nome Meio Ativo Comprimento de Onda (nm) CO² Dióxido de carbono 10.600 Argônio Argônio e cripton 488 - 514 ArF = Argônio + flúor 193 XeCl = Xenônio + cloro 308 XeF = Xenônio + flúor 351 KrF = Cripton + flúor 248 He-Ne Hélio + neônio 633 Excimer MEIO GASOSO Nome Meio Ativo Comprimento de Onda (nm) Dye Meio de corante líquido ou pulsed dye laser 585-595-600-630 B-rodamine Corante 560-650 MEIO LÍQUIDO Nome Meio Ativo Comprimento de Onda (nm) Rubi Pedra de rubi e cristal de óxido de alumínio 694 Alexandrite Pedra de alexandrite 755 Nd:YAG Cristal de ítrio-alumínio-granada e dopado com neodímio 1064 Ho-Yag Cristal de ítrio-alumínio-granada e dopado com 3% de hôlmio 2100 Er-Yag Cristal de ítrio-alumínio-granada e dopado com érbium 2940 Diodos Semicondutores: inGaAIP = fosfato de índio-gálio-alumínio 630-700 GaAIAs = arseneto de gálio-alumínio 750-900 GaAs = arseneto de gálio 830 MEIO SÓLIDO MEIOS ATIVOS UVC UVB UVC Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Infravermelho 100-280 230-315 315-380 380-450 450-495 494-570 570-590 590-620 620-750 acima 750 UVC UVB UVC Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Infravermelho 100-280 230-315 315-380 380-450 450-495 494-570 570-590 590-620 620-750 acima 750 UVC UVB UVC Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Infravermelho 100-280 230-315 315-380 380-450 450-495 494-570 570-590 590-620 620-750 acima 750 UVC UVB UVC Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Infravermelho 100-280 230-315 315-380 380-450 450-495 494-570 570-590 590-620 620-750 acima 750 OS RESULTADOS DOS TRATAMENTOS COM LUZES ESTÃO DIRETAMENTE RELACIONADOS A: Escolha correta da cor: O comprimento de onda usado tem que ser absorvido pela estrutura alvo Escolha correta do tempo: O tempo de exposição tem que adequado para que haja respostas orgânicas Escolha correta da dosimetria: A energia usada tem que ser suficiente para destruir ou biomodular a célula Aplicação correta da técnica DURANTE A APLICAÇÃO, A LUZ DO LASER OBEDECE AS SEGUINTES LEIS DA FÍSICA ABSORÇÃO A energia consegue chegar ao tecido alvo promovendo efeitos terapêuticos REFLEXÃO: A luz retorna para seu ponto de origem sem interagir com o tecido Cerca de 4 a 6% da luz é refletida no estrato córneo Quanto mais espessa a apele maior será a reflexão TRANSMISSÃO É a capacidade da radiação atravessar o tecido sem sofrer atenuação Permite que a luz chegue a tecidos profundos Ex: luz atravessando o vidro COMO MELHORAR A ABSORÇÃO E REDUZIR A REFLEXÃO Aplicação com a caneta posicionada em um ângulo de 90° Hidratar a pele, pois peles secas e escamas tornam o tecido irregular e refletem mais luz Remover a oleosidade da pele, pois o brilho do óleo aumenta a reflexão Peles espessas devem ser esfoliadas para melhorar a absorção das luz Limpar e secar bem a pele pois água e cosméticos refletem luz Em caso de laser de baixa potência, alterar a homeostasia da pele (lesões ou vasodilatação) UNIDADES DE MEDIDA DO LASER FLUÊNCIA É a quantidade de energia liberada por cm² (J/cm²) POTÊNCIA Determina se os aparelhos são de alta ou baixa potência É medido em watts (W) Quanto maior a fluência maior será o potencial destrutivo do laser de alta potência TIPOS DE LASER Rubi e Alexandrite: Comprimento de onda de 694 nm e 755nm; Pulsado; Potência de pico entre 2 e 10mW. HeNe: Comprimento de onda de 632,8 nm; Contínuo; Potência de pico entre 2 e 10mW. TIPOS DE DIODOS AsGa: Comprimento de onda de 904 nm; Pulsado; Potência de pico entre 15 e 30mW. AlGaInP: Comprimento de onda de 670 nm; Contínuo; Potência de pico entre 15 a 30mW. TIPOS DE DIODOS AsGaAl: Comprimento de onda 830 nm; Contínua; Potência de pico de 30mW. CO2 Comprimento de onda de 10600 nm; Pulsado; Potência de pico até 1000mW. APLICAÇÃO Sistema de varredura (mais usado): Aplicador laser é anexado a um suporte de 30 cm de distância da pele; Aplicador pode ter várias fontes de potência de laser; Pode mover mecânica e manualmente. LASER PULSADO Potência menor; Menoraquecimento; Produz diferentes taxas metabólicas; Pode ter efeitos especiais. LASER DE BAIXA POTÊNCIA Promovem estímulo celular pela luz Inibem, normalizam ou estimulam a função celular de células fora da homeostasia Não geram calor INDICAÇÕES: Alopecias Dermatite seborreica Psoríase Lesões de pele Processos inflamatórios e dolorosos Uso: profissionais da saúde Laser Comprimento de Onda (nm) Penetração no Tecido (mm) HeNe 632 5 à 10 ArGa 830 20 à 60 ArGaAl 890 40 à 80 Diodo semicondutor 417-670-960-990 Até 120 LASERS DE BAIXA POTÊNCIA Fonte: Adaptado de Jedwab, 2010 LASER DE BAIXA POTÊNCIA E fe it o s T er a p êu ti co s e F is io ló g ic o s Aumento da síntese de ATP Antiinflamatório Cicatrizante Melhora a circulação sanguínea Melhora a circulação linfática Ação sobre o sistema imune LASER DE BAIXA POTÊNCIA LASER VERMELHO Estímulo ao Colágeno, estrias - Aumento no metabolismo dos fibrob lastos - 3 J/ponto; Acne - ação analgésica e anti-inflamatória – 2J/ponto; Alopecia – aumento da circulação local – 3J/ponto; LASER INFRAVERMELHO Estímulo ao Colágeno, celulite, gordura local e estrias – Aumento no metabolismo dos fibroblastos – 3J /ponto; Acne - drenagem linfática – 2J/ponto; Fibromialgia – 4J/ponto DOSIMETRIA LBI- PROPOSTA DE COLLS Efeito antiálgico de 2 a 4 J/cm2 Anti inflamatório de 1 a 3 J/cm2 Regenerativo de 3 a 6 J/cm2 Circulatório de 1 a 3 J/cm2 DENSIDADE DE POTÊNCIA (IRRADIÂNCIA, INTENSIDADE OU TAXA DE FLUÊNCIA) É a potência de saída da luz, por unidade de área, geralmente medida em W/cm É a grandeza física que avalia a possibilidade de dano microtérmico. DENSIDADE DE ENERGIA (EXPOSIÇÃO RADIANTE, DOSE OU FLUÊNCIA) É a grandeza física que avalia a possibilidade de estimulação, inibição ou não manifestação dos efeitos terapêuticos. A exposição radiante é a quantidade de energia por unidade de área transferida à matéria (tecido ou células em cultura). Geralmente, é medida em J/cm2 CÁLCULO DE TEMPO DE TRATAMENTO A situação mais comum é aquela em que se quer administrar certa quantidade de energia a uma área específica a ser tratada. Para tanto, é necessário calcular o tempo de exposição: t - tempo de exposição, em segundos; ER - exposição radiante a ser transferida, em J/cm2; A - é a área tratada, em cm2 P - potência média, em W CÁLCULO DE TEMPO Suponha que para tratar uma patologia específica, você precisa selecionar os seguintes parâmetros: Dose [J/cm²]= 3 J/cm² sobre a área de tratamento. A [cm²]= 5 cm². P [W]= potencia de saída de 0,03 W t - tempo de exposição, em segundos; Dose - exposição radiante a ser transferida, em J/cm2; A - é a área tratada, em cm2 P - potência média, em W T [s]= Dose [J/cm²] x A [cm²] P[W] T [s]= 3[J/cm²] x 5 [cm²] 0,03[w] T [s]= 300 (8 minutos) DOSE DE ENERGIA 4J – biomodulação – Bomba de Na K 2 J – bioestimulação – Estimula ATP Acima de 8J – Bioinibição Para fototipos 4,5 e 6 diminuir um J. (Vilma Natividade) VANTAGENS Tratamento não invasivo Tratamento sem dor Tratamento sem efeito colateral Integração social imediata Fidelização do paciente Equipamento de baixo custo Equipamento de fácil manuseio TFD LASER DE BAIXA POTÊNCIA • Vermelho visível com azul de metileno ou equivalente • 12 joules por ponto • Indicação: áreas infectadas por bactérias ou fungos Efeito bactericida e fungicida através da reação existente entre o produto tópico e a luz TÉCNICAS PARA LASER DE BAIXA POTÊNCIA LASERTERAPIA INTRAVENOSA MODIFICADA (ILIB) Estimulação do metabolismo da Superóxido dismutase (SOD), desencadeando um efeito antioxidante no combate aos radicais livres (RL); Melhora da capacidade hemorreológica das hemácias; Interferência na cascata do Ácido Araquidônico (efeitos analgésicos e anti inflamatórios); Maior produção de Prostaciclina (PGI2), que é um anti-agregante plaquetário, promovendo um caráter mais fluído ao sangue. ILIB ILIB CONTRA INDICAÇÕES Alterações nos fatores de coagulação; Glaucoma; Tumorações sanguíneas, em geral; Pré-cirúrgicos; Implantes eletrônicos (marca-passo); ILIB MODIFICADO PROTOCOLO 30 minutos diários, durante 10 dias ou; 60 minutos a cada dois dias, durante 10 dias; Descanso de 20 dias, repete protocolo; Descanso de 20 dias, repete protocolo; Manutenção a cada 4 meses – 10 dias de tratamento. ILIB LASER DE BAIXA POTÊNCIA • Vermelho visível • 30 minutos em cima da artéria radial • Indicação: antiinflamatório, melhora da imunidade e redução da espessura do sangue Efeito sistêmico TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DO LLLT Acne Manchas Rosácea Cicatrizes Alopecias Rejuvenescimento PROTOCOLOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA PROTOCOLO REJUVENESCIMENTO • Higienizar a área a ser tratada • Esfoliar ou aplicar microdermoabrasão • Tonificar • Aplicar laser vermelho visível em 2 j/cm² em toda área Aplicar infravermelho em 4 j/cm² em toda área Máscara nutritiva ou hidratante • Sessões: 2 por semana Imagens gentilmente cedidas por Dr. Ricardo Trajano RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA Imagens gentilmente cedidas por Dr. Ricardo Trajano RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA PROTOCOLO CICATRIZES • Higienizar a área a ser tratada • Hidratar com soro fisiológico ou água termal • Aplicar laser vermelho visível em 4 j/cm² em toda área a ser tratada • Aplicar infravermelho em 4 j/cm² em toda área a ser tratada QUELÓIDE: depois de 15 dias iniciar inibição com vermelho em 16 J/cm² • Sessões: 2 por semana Imagens gentilmente cedidas por Dr. Ricardo Trajano RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA Imagens gentilmente cedidas por Dr. Ricardo Trajano RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA PROTOCOLO ACNE • Higienizar com sabonete de ácido salicílico Esfoliar se possível • Tonificar • Aplicar laser vermelho visível em 4 j/cm² Aplicar infravermelho em 4 j/cm² pontualmente em cima das lesões • Aplicar led azul em todo rosto • Máscara calmante • FPS • Sessões: 2 por semana PROTOCOLO CELULITE • Higienizar área a ser tratada • Esfoliar • Aplicar vácuo/endermo ou massagem modeladora • Gabaritar o área a ser tratada com lápis de maquiagem • Aplicar laser vermelho visível em 2 j/cm² em toda área a ser tratada • Aplicar infravermelho em 4 j/cm² em toda área a ser tratada • Aplicar máscara de argila verde ou preta • Sessões: 2 por semana PROTOCOLO MANCHAS • Higienizar o rosto • Esfoliar ou usar microdermoabrasão • Aplicar led azul em toda área a ser tratada (40’’ por ponto) • Aplicar ácido clareador • Máscara calmante • FPS • Sessões: 2 por semana ALOPECIAS Redução ou ausência de cabelos Alopecia triangular congênita Ausência de folículos pilosos CONGÊNITAS • Se manifestam desde o nascimento ADQUIRIDAS • Desenvolvidas ao longo da vida por fatores diversos ALOPECIAS LOCALIZADAS • Ficam restritas a algumas áreas DIFUSAS • Se distribuem em todo couro cabeludo CICATRICIAIS • Perda do folículo piloso ou de sua função NÃO CICATRICIAIS • Perda dos fios com preservação do folículo piloso Imagens gentilmente cedidas por Dr. Ricardo Trajano RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA 1ª Sessão: 06/07/2011) 5ª Sessão: 03/08/2011) 10ª Sessão: 28/09/2011) RESULTADOS LASER DE BAIXA POTÊNCIA BIBLIOGRAFIA
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