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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Prática como Componente Curricular (PCC) Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras Docente: Marilia Ferranti Marques Scorzoni Discente: Lidiane Silva de Menezes Souza Curso: Pedagogia – 2º Período Matrícula: 201902333055 Revisitando a História da Educação e projetando Perspectivas futuras Introdução É importante lembrar que o objetivo desta pesquisa é auxiliar o educador a entender a história da educação e adotar uma postura que o faça compreender os problemas e transformações de modelos educacionais de cada período histórico no Brasil e no mundo, relacionando história e pedagogia, a contribuição dos povos e fatos históricos, e como isso pode nos influenciar de forma crítica às modas pedagógicas. Desenvolvimento A História da educação nos ajuda na edificação de memórias e tradições que relacionam melhor o passado com o presente. Ao relacionarmos o passado ao presente podemos perceber algumas comparações em cada período histórico na educação. A educação primitiva era essencialmente prática, tradicionalmente oral, difusa e assistemática pela convivência natural do cotidiano. Na Antiguidade a Grécia conseguiu atingir um avanço na educação “Paideia”, reuniam a educação e a cultura, através de seus principais filósofos, Sócrates, Platão e Aristóteles, era amplo suas tendências pedagógicas. Os Romanos na antiguidade através de suas conquistas inseriram o Latim a inúmeras províncias suas, era lei a autonomia da educação da criança, era de responsabilidade da família, com seu crescimento comercial, Roma proporcionou transformações na organização da sociedade. A Idade Média Iniciou com a queda do Império Romano, em 476. Com o declínio do poder temporal dos papas/início da Reforma Protestante, houve a transição para a idade moderna, onde o cristianismo cresceu e se expandiu, a Patrística combinava elementos da fé com princípios filosóficos de Platão e Plotino, considerada uma grande contribuição de Santo Agostinho na época. A Escolástica conciliava a racionalidade de Platão com a experiência de Aristóteles, Santo Tomás de Aquino é o grande nome da escolástica em sua obra-prima Summa Theologica (1485). O Renascimento era caracterizado pelo antropocentrismo, hedonismo, individualismo, racionalismo e o classicismo. O humanismo renascentista valorizava o ser humano, os artistas reproduziam o corpo humano buscando conhecer seus sentimento e conformação física. Na Idade Moderna com a reforma protestante veio a contra reforma através da Companhia de Jesus (os Jesuítas) fundada por um grupo pequeno liderado por Inácio de Loyola, voltado para a expansão da influência da Igreja no mundo, tinha seu método de ensino o Ratio Studiorum, uma ponte entre o ensino medieval e moderno. No século XVII veio a revolução científica com a imensa contribuição da Igreja Católica, já que muito dos cientistas eram padres ou estudiosos que tiveram sua formação em suas escolas. No século XVIII a didática moderna, Iohannes Amos Comenius, com a didática magna “a arte de ensinar tudo a todos”, Comenius fundamenta sua didática nas artes liberais. Iluminismo conhecido como o “Século das Luzes” foi o ápice da razão, combatendo o Teocentrismo e colocando o Antropocentrismo como lema. “O mundo apenas estará verdadeiramente livre, quando o último rei for enforcado com as tripas do último padre.” Frase do Iluminista Voltaire. Jean-Jacques Rousseau contribuiu também com seus pensamentos para a educação, segundo Rousseau a “educação é fomentar na criança o prazer de amar as ciências e seus métodos.” A Revolução Industrial foi um marco já no final da idade Moderna, que substituiu o trabalho artesanal para o uso das máquinas, isso fez com que as pessoas que trabalhavam em casa agora trabalhassem em fábricas, mudando a vida das pessoas em relação a educação, a maioria não tinha acesso aos estudos e com essa troca ficou cada vez mais difícil estudar com a falta de tempo trabalhando muitas horas nas fábricas. A Educação Moderna no Brasil Colônia teve a chegada dos Jesuítas, junto com Tomé de Souza, com a catequese direcionada aos indígenas no primeiro momento, passaram a ter muita influência por serem considerados como melhor referencia para educar seus filhos, e isso passou a incomodar bastante a liderança política da igreja da época, fazendo com que os Jesuítas fossem expulsos pelo Marques de Pombal, primeiro ministro do rei D. José I, para manter os princípios do absolutismo é criado o Despotismo Esclarecido, que determina o rei com absoluto. Com a Reforma Pombalina o Marques de Pombal libertou os índios da escravidão permitido que indígenas e portugueses se casassem, na intenção de um crescimento populacional. Houve consequências que marcaram a história da educação no Brasil, como por exemplo a eliminação dos métodos de ensino. A reforma Educacional de Marques de Pombal era formar uma elite econômica portuguesa para o comercio, criando a escola náutica e escola de comercio, onde se ensinava caligrafia, contabilidade, escritura comercial e línguas modernas, também criou as aulas régias, grego, filosofia e retórica, totalmente diferente da pedagogia jesuítica. Após a morte do rei D. José I, Marques de pombal foi destituído. As vitórias Napoleônicas a tendiam os interesses franceses de expansão territorial, com o lema igualdade, liberdade e fraternidade, o exercito de napoleão não possuía um adversário a altura que os impedisse, tendo a Inglaterra como seu maior inimigo por ser a nação mais poderosa do mundo economicamente, Napoleão proibiu países europeus de comercializar com a Inglaterra, Portugal e Espanha se opuseram a aderir ao bloqueio que foi imposto por Napoleão, fazendo com que Napoleão invadisse a Península Ibérica depondo as monarquias que ali governavam, fazendo com que a família real portuguesa viesse para o Brasil. Ao chegar ao Brasil D. João VI abriu portos as nações amigas (Pacto Colonial), teve algumas medidas referente a educação, como a criação da Imprensa Regia, Do Jardim Botânico, de uma Biblioteca com quase 60 mil volumes de livros e hoje é a nossa Biblioteca Nacional, e dentre outros criações, a Independência do Brasil em 1822, e em 1835 é fundada a primeira escola normal do Brasil em Niterói. No período imperial ainda com a tentativa de suprir a falta de professores foi instituído o método de ensino mútuo, foi o primeiro método oficial de ensino implantado no Brasil, método Lancasteriano. No século XIX ficou conhecido como século da pedagogia, uma forma educacional que respondesse de forma crítica a luta de classes, formando assim ideias pedagógicas passando a desenvolver um projeto político e pedagógico social. Neste período surgem pensadores como Pestalozzi, Fichte e Fröbel, que contribuíram muito com suas teorias para o desenvolvimento educacional. A educação contemporânea visa a formação de professores, a cultura e desenvolvimento. A história da Educação Brasileira era atrelada a Filosofia, e fico assim até por volta da década de 1950, com o surgimento da preocupação pela organização da cadeira de História da Educação Brasileira, sendo desatrelada da filosofia, tendo com objetivo de estudar o sistema escolar da país. Base Nacional Curricular Comum, documento normativo para educação básica, a Base determina e explicita com mais clareza os objetivos de aprendizagem de cada ano escolar e será obrigatória em todos os currículos de todas as redes públicas e particulares. Conclusão Através da História da Educação podemos observar que a educação sempre fez parte da humanidade, sendo ela oral, difusa, assistemática, com princípios filosóficos ou através de currículos desenvolvidos como documento normativo para o ensino/aprendizagem, isso nos ajudou a chegarmos até aqui em nossa educação contemporânea, onde devemos focar no desenvolvimento educacional respeitando as culturas, e hoje temos como estudar até mesmo a distância o que facilitou bastante a vida de quem não tem tempo para ir a uma sala de aula, possibilitando a formaçãode cidadãos críticos e analíticos, assegurando que crianças e jovens, e até mesmo adultos, venham a ter acesso ao mundo letrado dentre outros benefícios na área da educação. Referências http://estacio.webaula.com.br, aulas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 CAMBI, F. História da pedagogia. São Paulo: Editora UNESP. 1991. http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-pdf/file Bortoloti, Karen Fernanda História da educação-Rio de Janeiro : SESES, 2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica
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