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FACULDADE PITÁGORAS LEGISLAÇÃO E DIREITO AMBIENTAL São Luís – MA Abril 2020 2 Faculdade Pitágoras Engenharia Ambiental – Noturno ALUNO: JONAS GUIMARAES CORREA TURNO: NOTURNO PERIODO: 3º LEGISLAÇÃO E DIREITO AMBIENTAL DIFERENCIE LICENCIAMENTO E LICENÇA AMBIENTAL DISCORRA SOBRE AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE LP, LI E LO Trabalho apresentado à disciplina de Legislação e Direito Ambiental, sobre as principais diferenças entre o licenciamento ambiental e licença ambiental. E suas diferenças entre LP, LI e LO. São Luís – MA Abril 2020 3 SUMÁRIO ITEM RESUMO PAG 01 INTRODUÇÃO 04 02 OBJETIVO DO LICENCIAMENTO 04 03 LICENÇA AMBIENTAL 04 04 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 05 05 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 06 06 CONSIDERAÇÕES FINAIAS 08 07 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 09 4 1. INTRODUÇÃO Licenciamento ambiental é o procedimento pelo qual o órgão competente licencia a localização, instalação, ampliação ou a operação de atividades que possam, de qualquer forma, causar danos ambientais. O licenciamento ambiental é uma das manifestações do chamado poder de polícia ambiental, que consiste na atividade do Estado que limita e regula direitos individuais em favor do interesse público relacionado às questão do meio ambiente, Segundo o artigo 1º da Resolução n° 187 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, qualquer atividade considerada potencialmente poluidora ou que cause degradação ambiental de qualquer forma, exige licenciamento ambiental. 2. OBJETIVO DO LICENCIAMENTO O licenciamento ambiental tem por objetivo expedir um ato administrativo chamado licença ambiental, através da qual o órgão competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle que deverão ser obedecidas pelo realizador da atividade. O licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n° 6.938/81) e é consequência direta do artigo 225, §1º, V da Constituição Federal: O Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. No § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 3. LICENÇA AMBIENTAL É um ato administrativo, que traz condições, restrições e medidas de controle ambiental. O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo que licencia uma atividade utilizadora de recursos naturais, efetiva ou potencialmente perigosa ao meio ambiente. Desta forma, segundo a legislação vigente, temos que a licença ambiental é o ato administrativo que impõe condições e medidas de controle ambiental, inclusive restrições, para a localização, instalação, operação e ampliação de qualquer empreendimento ou 5 atividade potencialmente danosas ao meio ambiente ou que possam, sob qualquer forma, colaborar com a degradação ambiental. 3.1 Características das licenças ambientais As licenças ambientais se distinguem das licenças administrativas. A primeira diferença é que licença administrativa é um ato vinculado e licença ambiental é um ato discricionário. A segunda diferença é que a licença ambiental se divide em três subespécies: Licença prévia, licença de instalação e licença de operação, destinadas a detectar, mitigar, monitorar ou eliminar a danosidade ambiental. A terceira diferença se encontra na elaboração do EIA/RIMA como pressuposto da outorga da licença ambiental quando a atividade puder causar significativo impacto ambiental. A quarta e mais importante diferença é que a licença ambiental possui uma estabilidade temporal, ou seja, ela está sujeita a um prazo de validade e ao cumprimento das obrigações nela impostas, que, se descumpridas, podem causar sua modificação, suspensão ou cancelamento. 4. LICENCIAMENTO AMBIENTAL O licenciamento ambiental é um instrumento preventivo da Política Nacional do Meio Ambiente que deve ser observado quando tais situações puder causar poluição ou degradação ambiental. É o procedimento administrativo para licenciar a instalação, localização, ampliação e a operação de empreendimentos e das atividades utilizadoras de recursos naturais, consideradas efetiva ou potencialmente danosas ao meio ambiente, ou, que de alguma forma repercutam na sua degradação. Tal procedimento compreende a instauração do processo, o licenciamento prévio, o licenciamento de instalação e o licenciamento de operação. O licenciamento Ambiental é o procedimento pelo qual a Administração Pública, através do Órgão Ambiental competente, efetua a análise de projetos apresentados para o empreendimento e, considerando as disposições legais e regulamentares aplicáveis e sua interdependência com o meio ambiente, expede a respectiva licença. O Licenciamento ambiental é diferente dos licenciamentos tradicionais, pois possui um caráter complexo, formado por várias etapas, nas quais intervêm vários agentes públicos. 6 Essas várias etapas compõem o procedimento administrativo, o qual visa a concessão de licença ambiental. 4.1 Natureza jurídica do Licenciamento ambiental É um instrumento de caráter preventivo de tutela do meio ambiente. O licenciamento ambiental não é um ato administrativo simples, mas um encadeamento de atos administrativos, o que lhe atribui a condição de procedimento administrativo. 4.2 A discricionariedade do Licenciamento ambiental Às vezes, se a obra/ local e ou estabelecimento causar significativa degradação ambiental, é necessário que o empreendedor elabore o EIA/RIMA, que será submetido a apreciação do órgão público licenciador e com base neste estudo irá julgar se concede ou não a licença ambiental. Caso o EIA/RIMA seja favorável, os doutrinadores entendem que isso condiciona a autoridade a conceder a licença ambiental, tendo o empreendedor o direito de desenvolver sua atividade econômica. Este é o único caso de licença ambiental vinculada. Sendo o EIA/RIMA desfavorável, totalmente ou em parte, caberá a Administração Pública, segundo critérios de conveniência e oportunidade, avaliar a concessão ou não da licença ambiental licença ambiental discricionária. Caso conceda a licença, a decisão deverá ser fundamentada, atacando cada ponto que se mostra impactante. 5. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO O licenciamento ambiental é um complexo de várias etapas que formam um procedimento administrativo. Este deve ser elaborado de acordo com os princípios do devido processo legal; da moralidade ambiental; legalidade ambiental; publicidade; finalidade ambiental; supremacia do interesse difuso sobre o privado; indisponibilidade do interesse público etc. 5.1 Etapas do Licenciamento ambiental (art. 8º da Resolução Conama n° 237/97) O EIA/RIMA e a audiência pública são pressupostos para a outorga das licenças ambientais naqueles empreendimentos ou atividades que podem causar significativa degradação ambiental. O licenciamento ambiental propriamente dito se inicia com a outorga 7 da licença prévia e, posteriormente, a de instalação e de operação, por isso, podemos considerar que existem 3 etapas distintas e insuprimíveis: I - Licença Prévia (LP): é aquela concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidosnas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI): é aquela que autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - Licença de Operação (LO): é aquela que autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. 5.2 Prazos (art. 14, 15, 16 e 18 da Resolução Conama n° 237/97) I - Prazo para análise das licenças: As licenças devem ser analisadas no prazo máximo de 6 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 meses. O não cumprimento desses prazos sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuar supletivamente. Carecendo o órgão ambiental de esclarecimentos ou mesmo de estudos complementares, a contagem do prazo de 6 meses (ou 12 meses havendo EIA/RIMA e/ou audiência pública) será suspensa até a superação do incidente procedimental, o que deverá ocorrer dentro do prazo máximo de 4 meses, a contar do recebimento da respectiva notificação. O não cumprimento deste prazo sujeitará o empreendedor ao arquivamento de seu pedido de licença. Todos esses prazos poderão ser prorrogados, desde que justificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente. 8 II - Prazo de validade das licenças ambientais: A licença prévia deverá ser, no mínimo, pelo prazo estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 anos; a licença de instalação deverá ter, no mínimo, o prazo estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 anos; a licença de operação deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 anos e, no máximo, 10 anos. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho se fez muito importante no que se refere à proteção ambiental versus desenvolvimento econômico expondo a real função do licenciamento ambiental, seus objetivos, esclarecendo dúvidas a cerca de seu procedimento e acima de tudo, demonstrando as tentativas da legislação ambiental brasileira em diminuir o impacto sofrido pelo meio ambiente e comprovando que a união entre a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico é uma realidade que dá bons frutos. 9 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27321-o-que-e-licenciamento-ambiental/ https://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf https://www.verdeghaia.com.br/blog/licenca-ambiental-como-gerar-licenca-ambiental-sem- dificuldades/ https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/236/Licenciamento-ambiental https://www.ibama.gov.br/empreendimentos-e-projetos/licenciamento-ambiental-processo-de- licenciamento https://advambiental.com.br/licencas-ambientais-lp-li-e-lo/ http://pnla.mma.gov.br/etapas-do-licenciamento https://vann.jusbrasil.com.br/artigos/150384594/tipos-de-licenca-e-autorizacao-prazos-de- validade-e-renovacao https://www.ecosolarer.com.br/2012/08/licenciamento-ambiental-lplilo.html https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/licenca-de-instalacao/ https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27321-o-que-e-licenciamento-ambiental/ https://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf https://www.verdeghaia.com.br/blog/licenca-ambiental-como-gerar-licenca-ambiental-sem-dificuldades/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/licenca-ambiental-como-gerar-licenca-ambiental-sem-dificuldades/ https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/236/Licenciamento-ambiental https://www.ibama.gov.br/empreendimentos-e-projetos/licenciamento-ambiental-processo-de-licenciamento https://www.ibama.gov.br/empreendimentos-e-projetos/licenciamento-ambiental-processo-de-licenciamento https://advambiental.com.br/licencas-ambientais-lp-li-e-lo/ http://pnla.mma.gov.br/etapas-do-licenciamento https://vann.jusbrasil.com.br/artigos/150384594/tipos-de-licenca-e-autorizacao-prazos-de-validade-e-renovacao https://vann.jusbrasil.com.br/artigos/150384594/tipos-de-licenca-e-autorizacao-prazos-de-validade-e-renovacao https://www.ecosolarer.com.br/2012/08/licenciamento-ambiental-lplilo.html https://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/licenca-de-instalacao/
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