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DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS Sífilis Sífilis Agente Etiológico ◼ Doença crônica sistêmica ◼ Família Spirochaetaceae ◼ Espiroqueta: Treponema pallidum, sub espécie pallidum ◼ Motilidade Característica: sinusoidal e helicoidal. Sífilis Fatores de virulência ◼ T. pallidum ➢ Fibronectina - ausentes nos espiroquetas não virulentos ➢ Hialuronidase – tecido conjuntivo ➢ Mucopolissacaridase - união das células endoteliais Transmissão Mucosa ou pele ▪ Sexual ▪ Contato íntimo com área com lesão ativa (Beijo) ▪ Transfusão de sangue humano ou hemoderivados (24-48hs) ▪ Inoculação acidental ▪ Vertical – Congênita (passagem através da placenta - canal do parto) Sífilis Adquirida Classificação Formas Clínicas e Não Clínicas I. Incubação II. Primária III. Secundária IV. Latente V. Terciária Sífilis I. Incubação ◼ 60% não progride para doença tardia ◼ Mudança – celular (Th1) para humoral (Th2) ➢ Favorece o microrganismo e o desenvolvimento de infecção crônica ❖ Escape a uma resposta efetiva do sistema imune ➢ “Pobreza” de proteínas e lipoproteínas na membrana externa do microrganismo Sífilis II.Primária ◼ 10 a 90 dias após o contato com uma pessoa infectada. ◼ Lesão ulcerada-(espiroquetas) ◼ Única, Indolor (cancro duro ou protossifiloma) ◼ Permanece por 4 a 8 semanas P.E.-CRT-DST/AIDS Doenças Sexualmente Transmissíveis na Mulher -1ª Ed. - 1999 P.E.-CRT-DST/AIDS Sífilis III. Secundária ◼ Disseminação sistêmica e linfática dos treponemas pelo organismo ◼ Manifestações clínicas - 1 a 6 meses (pós cancro primário) ◼ Lesão: Exantema morbiliforme não pruriginoso ◼ Cedem após 4 a 12 semanas e cicatrizam-se espontaneamente, mesmo na ausência do tratamento. ◼ Fase de latência precoce (2 anos-pós cancro primário) ou tardia Roseólas Sífiliticas Lesão Papulosa Sífilis V. Terciária 1/3 dos pacientes Não tratados ◼ IV. Latência: 2 a 12 / 30 anos de infecção - Sorologia ◼ Comprometimento sistêmico : ➢ Cutâneas (nódulos e “goma sifilítica”) ➢ Fígado e Ossos (GOMAS) ➢ Cardiovasculares (aorta) ➢ Nervosas (SNC) .... Fonte:SINAN/PN-DST/Aids/SVS/MS * casos notificados até 08/01/2004 0,9 1,0 1,3 1,3 1,2 1,2 1998 1999 2000 2001 2002 2003 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 número de casos incidência 2840 3198 4201 3984 3710 3085 Casos notificados e incidência de sífilis congênita(por 1.000NV) segundo ano de diagnóstico. Brasil, 1995 a 2002. Sífilis Congênita Características gerais ◼ A transmissão intra útero - Qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna. ➢ Fase primária e secundária 70 a 100%, ➢ Fase tardia 30%. ✓ Canal de parto ✓ Durante o aleitamento ❖ Aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em aproximadamente 40% das crianças infectadas Sífilis congênita Malformações congênitas ◼ Lesões ósseas de sífilis congênita: necrose de epífises. (Mandell and Rein, Atlas of Inf. Diseases, vol 5 Sex Trans Dis) ◼ Lesões perianais de sífilis congênita. (Mandell and Rein, Atlas of Inf. Diseases, vol 5 Sex Trans Dis) Sífilis congênita Sífilis congênita Diagnóstico Sífilis Diagnóstico laboratorial ◼ Exame direto : Pesquisa de Treponema pallidum ➢ Microscopia de campo escuro ➢ Impregnação pela prata Campo escuro Sífilis Diagnóstico – Testes Sorológicos ◼ Testes não treponêmicos ou inespecíficos: ➢ VDRL (Veneral Diseases Research Laboratory) ➢ RPR (Rapid Plasma Reagin) ◼ Testes treponêmicos ou específicos: ➢ TPHA – Hemaglutinação Passiva ➢ FTA-Abs – IFI ➢ ELISA Sífilis Diagnóstico – Sorologia não-treponêmica ❑ VDRL (Veneral Diseases Research Laboratory) ◼ Estes testes são simples, de baixo custo e de alta sensibilidade. ➢ Falso positivos: reação cruzada com outras infecções treponêmicas ou doenças autoimunes etc... ➢ Falso negativos: Efeito prozona onde ocorre o excesso de anticorpos. ➢ Sífilis primária = 70-85% ➢ Sífilis secundária / sífilis latente recente = 99 a 100% ➢ Sífilis tardia = 50-70% Sífilis Diagnóstico – Sorologia não-treponêmica VDRL(VeneralDiseases Research Laboratory) Sífilis Diagnóstico – Sorologia treponêmica ◼ TPHA (Treponema pallidum Hemaglutination); ◼ FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody - Absorption) ◼ ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) ➢ Elevada especificidade ❖ TPHA – 98% a 100% ❖ FTA-Abs – 94% a 100% ❖ ELISA – 97% a 100%) FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody - Absorption), Esquema para o diagnóstico laboratorial da Sífilis Lesão Campo escuro / IFD Tratar Teste não treponêmico Teste treponêmicoTitular Tratar Repetir/Diluir Falso positivo Não Sim positivo negativo Não reagente reagente positivo negativo Curso da Sífilis Não Tratada Exame do líquor ◼ VDRL ◼ Indicado: ➢ Sífilis congênita ➢ Terciária ➢ Diagnóstico sorológico de sífilis com manifestações neurológicas ➢ Paciente apresentando títulos elevados após o tratamento correto ➢ HIV+ : com quadro neurológico ou falta de resposta sorológica ao tratamento ➢ Paciente jovem com acidente vascular isquêmico Profilaxia e Tratamento ◼ Sífilis primária: ➢ Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI IM em dose única (1,2 milhão em cada nádega). ➢ Para alérgicos: Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias OU Tetraciclina 500 mg VO de 6/6 horas por 14 dias OU Ceftriaxone 1-2 g IM/EV por 10-14 dias. ◼ Sífilis Secundária e Latente Precoce (< 1 ano): ➢ Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI IM em dose única (1,2 milhão em cada nádega). ➢ Para alérgicos: Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 14 dias OUTetraciclina 500 mg VO de 6/6 horas por 14 dias OU Ceftriaxone 1-2 g IM/EV por 10-14 dias. ◼ Sífilis Terciária e Latente Tardia (> 1 ano) (exceto neurossífilis): ➢ Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI IM 1x/semana por 3 semanas (3 doses no total). ➢ Para alérgicos: Doxiciclina 100 mg VO de 12/12 horas por 28 dias OU Ceftriaxone 2 g EV 1x/dia por 10- 14 dias. ◼ Neurossífilis: ➢ Penicilina G Cristalina 3-4 milhões UI EV de 4/4 horas por 14 dias. ➢ Para alérgicos: Ceftriaxone 2 g EV 1x/dia por 10-14 dias. ◼ Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Infecções Sexualmente Transmissíveis. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Ministério da Saúde. Abril/2016 Profilaxia e Tratamento ◼ Uso de preservativos ◼ Administrar a penicilina após relações suspeitas. ◼ O êxito do tratamento deve ser controlado durante 1 a 2 anos, clínica e sorologicamente. ◼ PCR Multiplex – H.ducreyi, Herpes, Treponema. Diagnóstico Diferencial A presente definição reflete a última revisão vigente desde janeiro de 2012. Para fins de vigilância epidemiológica, quatro critérios compõem a definição de caso de sífilis congênita. Definição de Caso de Sífilis Congênita Sífilis Congênita Primeiro Critério ◼ Toda criança, ou aborto, ou natimorto de mãe com evidência clínica para sífilis e/ou com sorologia não- treponêmica reagente para sífilis com qualquer titulação, na ausência de teste confirmatório treponêmico realizada no pré-natal ou no momento do parto ou curetagem, que não tenha sido tratada ou tenha recebido tratamento inadequado. Segundo Critério ◼ Todo indivíduo com menos de 13 anos de idade com as seguintes evidências sorológicas: ◼ Titulações ascendentes (testes não-treponêmicos); e/ou ◼ Testes não-treponêmicos reagentes após seis meses de idade (exceto em situação de seguimento terapêutico); e/ou ◼ Testes treponêmicos reagentes após 18 meses de idade; e/ou ◼ Títulos em teste não-treponêmico maiores do que os da mãe. Sífilis Congênita Sífilis Congênita Terceiro Critério ◼ Todo indivíduo com menos de 13 anos, com teste não- treponêmico reagente e evidência clínica ou liquórica ou radiológica de sífilis congênita. Sífilis Congênita Quarto Critério ◼ Toda situação de evidência de infecção pelo T. pallidum na placenta ou no cordão umbilical e/ou emamostras da lesão, biópsia ou necropsia de criança, produto de aborto ou natimorto, por meio de exames microbiológicos.
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