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apostila completa para câmara de capão da canoa

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LEGISLAÇÃO 
MUNICIPAL DA 
CÂMARA DE 
VEREADORES DE 
CAPÃO DA CANOA/RS 
 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
Entre em contato pelo fone: (51) 995886568 ou pelas redes sociais: 
Facebook: Rosana Brusamarelo 
Intagram: @rosanabrusamarelo 
 
 
 
 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
1 
 
 
 
Olá pessoal, meu nome é Rosana Vasconcellos Brusamarelo, sou docente em vários 
cursos preparatórios para concurso público e hoje tenho a honra de estar aqui ministrando aulas 
para vocês sobre a legislação Municipal de Capão da Canoa. 
Vamos adotar uma técnica que uso com os meus alunos de coach, além de vermos as leis, 
faremos questões da banca FUNDATEC, e ensinarei vocês como tem que responder. Também 
faremos um resumo dos principais pontos, tendo em vista que na hora de revisar a matéria fica 
mais fácil. 
Bora lá então, que o tempo voa!!! E para nós só a vitória interessa. 
 
 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
2 
 
 
Sumário 
LEI ORGÂNICA ...................................................................................................................... 3 
REGIME JURÍDICO .............................................................................................................. 45 
LEI MUNICIPAL Nº 419, DE 24/05/1990 .............................................................................. 45 
REGIME INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA: ...................... 83 
SIMULADOS: ...................................................................................................................... 105 
 
 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
3 
 
 
LEI ORGÂNICA 
 
 
1) INTRODUÇÃO: 
Para começarmos a estudar a Lei orgânica do Município temos que ver a escala das leis: 
Constituição Federal; 
Constituição Estadual 
Lei Orgânica municipal; 
A Constituição Estadual e a LO municipal sempre devem observar o que vem prescrito 
na Constituição Federal, por isso a chamamos de Lei Maior, Suprema, isso é o que chamamos 
de princípio da simetria, quando uma norma da CE e da LO não pode contrariar a CF. 
 
2) ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ESTADUAL E LEIS 
ORGÂNICAS: 
Tanto na CF, como na CE como na LO temos uma estrutura, qual seja: 
Preâmbulo; 
Parte Dispositiva; 
Parte transitória; 
Vamos analisar primeiramente o preâmbulo, que não é uma norma, por isso não é 
obrigatória sua presença nas Constituições Estaduais e LOM, logo ele é uma carta de intenções, 
uma declaração política de caráter simbólico. Então cuidado o STF (DEUS Maior) adotou a tese 
da irrelevância jurídica. 
Já a parte dispositiva é o corpo da CF, CE e LOM, os artigos propriamente ditos. É 
também chamada de parte dogmática. 
E por fim temos as disposições transitórias, que regulam as questões de cunho temporal, 
é um instrumento de intermediação entre uma nova CF/CE/LOM e uma nova. 
 
Então agora passaremos a estudar a nossa LO: 
 
 
 
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL , DE 03/04/1990 
 
Promulgada em 03 de abril de 1990. (Atualizado até a Emenda nº 009, de 16.08.2017) 
 
PREÂMBULO 
NÓS, REPRESENTANTES DO POVO CAPONENSE, COM OS PODERES 
OUTORGADOS PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 
SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE 
FUNDADA NOS PRINCÍPIOS DA SOBERANIA POPULAR, DA LIBERDADE, DA 
IGUALDADE, DA ÉTICA E DO PLENO EXERCÍCIO DA CIDADANIA, DOS DIREITOS E 
OBRIGAÇÕES E A PRÁTICA DA DEMOCRACIA REAL E CONSTANTE, EM FORMAS 
REPRESENTATIVAS E PARTICIPATIVAS, AFIRMANDO NOSSO COMPROMISSO COM 
A UNIDADE NACIONAL, A AUTONOMIA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA, 
RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS DOS DIREITOS HUMANOS, PROMULGAMOS A 
PRESENTE LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE CAPÃO DA CANOA, QUE REGERÁ OS 
SEUS DESTINOS. 
Primeiramente temos que lembrar que nós somos o titular do poder, logo o POVO pode 
tudo, por isso o preâmbulo fala que o povo Capoense é titular do poder. 
E quais são os princípios que fundam a construção da sociedade??? 
Soberania popular; 
Liberdade; 
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20170009
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
4 
 
Igualdade; 
Ética; 
Pleno exercício da cidadania; 
Direitos e obrigações; 
Prática de democracia real e constante. 
Aí fala em “formas representativas e participativas” isso quer dizer que temos uma 
democracia semidireta, pois escolhemos os nossos representantes que irão governar, mas nós o 
povo também podemos fazer, através do referendo, plebiscito e iniciativa popular- ação popular. 
Qual o nosso compromisso? 
Unidade nacional; 
Autonomia política e administrativa. 
E devemos respeito ao que? 
Os princípios dos Direitos humanos. 
 
E assim fechamos o preâmbulo e adentramos na parte dispositiva/ dogmática da LOM, a 
qual é composta de 139 artigos, os quais veremos na sua totalidade. 
 
 
TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º O Município de Capão da Canoa, parte integrante da República Federativa do 
Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se autônomo em tudo que respeite o seu 
peculiar interesse, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os 
princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual. 
 
Este é um típico artigo que expressa o princípio da simetria, em que a LOM deve sempre 
respeito aos princípios trazidos na CF e na CE, nunca podendo contrariá-los. 
Ainda temos que lembrar que o Município é um ente federativo, faz parte da República 
Federativa do Brasil. 
 
Art. 2º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e 
Executivo. 
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Poderes. 
§ 2º O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro. 
 
Vamos lá!!! Na União e no Estado temos três poderes ( executivo, legislativo e 
judiciário), porém no município temos apenas dois= executivo e legislativo. 
Importante registrar que os Municípios não possuem Poder Judiciário desde 1º de 
outubro de 1828. No bicameralismo brasileiro (representantes do povo na Câmara dos 
Deputados e representantes dos Estados e do Distrito Federal no Senado Federal), os Municípios 
brasileiros não possuem representação no Senado. Além disso, na competência originária do 
Supremo Tribunal Federal para resolver conflitos entre os entes federativos, os Municípios não 
estão incluídos em um dos pólos da lide. 
Ainda temos que saber que os poderes legislativo e executivo tem funções típicas e 
atípicas, que são: 
Função típica do Poder Legislativo: LEGISLAR= fazer as leis, no Município este 
mister compete a Câmara de Vereadores. 
Porém eles tem funções atípicas tanbém, pois eles fazem licitações, concursos, e isso é 
uma função própria de Poder Executivo. 
Função Típica do Poder Executivo: ADMINISTRAR= fazer licitações, decidir sobre 
os assuntos de interesse local, porém ele também possui funções atipicas, como por exemplo 
quando o Prefeito faz um decreto, que é atividade típica do Poder Legislativo. 
Concluindo:Ao Poder Executivo municipal incumbe as funções de governo e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www2.al.rs.gov.br/dal/LinkClick.aspx?fileticket=dqD9RmsBuJs%3d&tabid=3683&mid=5359
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
5 
 
administrativa, enquanto que ao Poder Legislativo municipal é destinada as funções 
legislativa, deliberativa, fiscalizadora e julgadora (por infrações político-administrativas 
de prefeito, vice-prefeito e vereadores). 
 
Art. 3º É mantido o atual território do Município, cujos limites só podemser alterados 
nos termos da Legislação Estadual. 
 
CUIDADO!!!! Só a legislação estadual pode alterar os limites do Município. 
 
Art. 4º São símbolos do Município: a Bandeira e o Brasão já instituídos e assegurada a 
instituição dos demais por lei. 
 
Símbolos: Bandeira e Brasão. 
 
 
Art. 5º A autonomia do Município se expressa: 
I - pela eleição direta dos Vereadores, que compõem o Poder Legislativo 
Municipal; 
II - pela eleição direta do Prefeito e Vice-Prefeito que compõem o Poder Executivo 
Municipal; 
III - pela administração própria, no que respeite o seu peculiar interesse. 
 
Autonomia Municipal: 
Poder legslativo Municipal: vereadores 
Poder Executivo Municipal: Prefeito e vice-preferito; 
Administração própria. 
 
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA 
 
 
Art. 6º Compete ao Município, no exercício de sua autonomia: 
I organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal e estadual; 
II - decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de peculiar 
interesse; 
III - administrar seus bens, adquiri-los, aceitar doações, legados e heranças; 
IV desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos 
casos previstos em lei; 
V - conceder, permitir autorizar e terceirizar os serviços públicos locais bem como 
integrar os consórcios públicos; 
VI - organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores; 
VII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas 
de edificações, de loteamentos, de zoneamento, bem como diretrizes urbanísticas 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
6 
 
convenientes à ordenação de seu território, a ser aprovado por lei; 
VIII - estabelecer normas de prevenção e controle da poluição sonora, do meio 
ambiente, do espaço aéreo e das águas; 
IX - conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis, e outros, fixando 
suas tarifas, itinerários, pontos de estacionamento e paradas; 
X - regulamentar a utilização dos logradouros públicos, sendo vedada a concessão 
a particulares, exceto em casos especiais aprovados por lei, e sinalizar as faixas de rolamento 
e zonas de silêncio; 
XI - disciplinar os serviços de carga e descarga e a fixação de tonelagem máxima 
permitida; 
XII - estabelecer certidões administrativas necessárias à realização de seus serviços; 
XIII - regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento dos elevadores; 
XIV - disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar 
e dispor sobre a prevenção de incêndio; 
XV - licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e 
outros, bem como cassar alvarás de licença dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, 
ao bem-estar público e aos bons costumes; 
XVI - fixar os feriados municipais, bem como os dias e horários de funcionamento 
das repartições públicas municipais, do comércio local e de eventos comerciais temporários, 
de natureza econômica; 
XVII - legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem 
a entidades particulares; 
XVIII - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer 
demolir construções que ameacem a segurança coletiva; 
XIX - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros 
meios de publicidade e propaganda; 
XX - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os 
divertimentos públicos; 
XXI - legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em 
geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como a destinação das 
coisas e bens apreendidos; 
XXII - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação, 
distribuição.e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de 
caráter e uso coletivo; 
XXIII - publicar e assegurar a ampla transparência, inclusive por meios eletrônicos, 
dos atos de gestão administrativa, financeira, orçamentária, fiscal, contábil e operacional 
relacionados com a administração pública local; 
XXIV - 
XXV – 
 
Quando no caput do art. 6º lemos que as competências dos Municípios decorrem da sua 
autnomia, devemos compreender o que é a autonomia municipal. 
No regime constitucional brasileiro, a autonomia municipal não é resultado de eventual 
delegação do Estado-membro em que o Município se situa, mas da própria Constituição brasileira. 
Na concepção de Hely Lopes Meirelles, os seguintes princípios asseguram a mínima 
autonomia municipal: 
 a) poder de auto-organização (elaboração de lei orgânica própria); 
 b) poder de autogoverno (eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores); 
 c) poder normativo próprio ou autolegislação (elaboração de leis municipais dentro dos 
limites de atuação traçados pela Constituição da República); 
 d) poder de auto-administração (administração própria para criar, manter e prestar os 
serviços de interesse local, bem como legislar sobre os tributos e suas rendas). 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
7 
 
No tocante à legislação “sobre assuntos de interesse local”, a competência do Município 
se caracteriza pela predominância do interesse, e não pela exclusividade, porque não existe 
assunto municipal que não seja de interesse estadual ou nacional reflexo,temos como exemplos 
típicos o trânsito, a saúde pública, os serviços públicos, o urbanismo, o poder de polícia, a 
regulamentação estatutária de seus servidores, a educação e a recreação dos munícipes. 
O Supremo Tribunal Federal também já se manifestou sobre a competência do Município 
para legislar sobre assuntos de interesse local na Súmula de Jurisprudência Predominante nº 645: 
“É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”. 
Vamos analisar os incisos mais importantes. 
I- trata do poder de auto-organização dos Municípios, sempre observando o que consta na 
CE e na CF= Princípio da Simetria. 
II- É uma manifestação do poder normativo, em que os Municípios podem legislar sobre 
assuntos de seu interesse. 
III- Cuidem!!! Os Municípios podem aceitar Doações, legados e heranças. 
IV- O Município pode desaproriar, porém só nos casos de necessidade ou utilidade pública 
e interesse social, em que a indenização é prévia e em dinheiro. 
OBS.: o Município não pode desapropriar para fins de reforma agrária, neste caso a 
competência é exclusiva da União. 
V- O Município pode terceirizar seus serviços, bem como integrar consórcios públicos; 
VI- aqui temos um caso de auto-administração, em que o Município organiza os servidores 
bem como o regime jurídico dos mesmos. 
VII- poder de auto-organização; 
VIII-essa é uma competência comum aos três entes federativos- União, Estados e 
Municípios. 
IX- transporte coletivo- é dever do Município regê-los; 
X- aqui temos um caso bem peculiar, cabe ao Município regular a utilização dos 
logradouros públicos, logo cabe a ele autorizar as feiras, exposições ou utilização de calçadas, 
pois é vedado a concessão aos particulares, sendo permitido só em casos especiais, desde que haja 
lei prevendo. Aqui em Capão da Canoa vemos muito isso, vários bares colocam as mesas nas 
calçadas, mas para isso devem ter autorização pública. 
XI- certidões administrativas= é um direito de todo cidadão que encontra-se respandado no 
art. 5º,XXXIV da CRFB/88. É um direito de todos a obtenção de certidões em repartições 
públicas. 
XIV- o Município é o encarregado pela limpeza pública (ruas e recolhimento de lixo) e 
ainda deve dispor sobre a prevenção de incêndio (PPCI), porém cabe aos bombeiros a realização 
de vistorias; 
XV- um dos maiores misters dos Municípios é a concessão e cassação dos alvarás. 
XVI- O artigo 30, I, da CF diz respeito ao interesse local, o município deverá legislarsobre 
assuntos dessa matéria. Porém questiona-se sobre a conceituação de interesse local. Segundo 
MORAES (2005, p. 283 e 284) “[...] interesse local refere-se àqueles interesses que disserem 
respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município, mesmo que acabem gerando 
reflexos no interesse regional (Estados) ou geral (União)”. Exemplos de competência de interesse 
local do Município são a exploração da atividade de estabelecimento comercial, o horário de 
funcionamento do comércio local e a fixação de horário para funcionamento de farmácias e 
drogarias e de plantões obrigatórios. 
XVIII- cabe ao Município interditar os espaços perigosos à coletividade. 
XIX- todos os cartazes ou anuncios que serão fixados devem ter autorização do Municípios. 
XXII- compete ao Município legislar sobre serviços públicos e REGULAMENTAR- 
consumo de água, gás, luz e energia elétrica+ serviços coletivos; 
XXIII- não é por nada que temos o portal da transparência, em que podemos saber quanto 
os funcionários públicos recebem. Ainda temos a LAI, lei de acesso à informação. 
 
Art. 7º O Município pode celebrar convênios com a União, Estado e Municípios, para a 
execução de suas leis, serviços e decisões, bem como para executar encargos análogos dessas 
esferas. 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
8 
 
§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou à exploração de serviços públicos 
de interesse comum. 
§ 2º Pode, ainda, o Município, através de convênios ou consórcios públicos com outras 
unidades federativas, criar entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou 
serviços específicos de interesse comum, devendo os mesmos ser aprovados por leis dos 
Municípios que deles participem. 
§ 3º É permitido delegar, entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Município, também 
por convênio, serviços públicas de competência concorrente, assegurados os recursos necessários. 
 
Cuidado!!! PODE HAVER DELEGAÇÃO= através de convênio- serviços públicos de 
competência concorrente, os quais se encontram no próximo artigo. 
 
Art. 8º Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União, ou o Estado, ou 
supletivamente a eles: 
I - zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência públicas; 
II - promover o ensino, a educação e a cultura; 
III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as 
formas de exaustão do solo; 
IV - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços 
públicos; 
V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e animais 
daninhos; 
VI - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
VII - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros 
bens de valor histórico, artístico e cultural; e orientando os serviços no âmbito do Município; 
VIII - amparar a maternidade, a infância e os desvalidos, coordenando e orientando 
os serviços no âmbito do Município; 
IX - estimular a educação e a prática esportiva; 
X - proteger a juventude contra toda a exploração, bem como contra os fatores que 
possam conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual; 
XI - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez 
infantis, bem como medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis; 
XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras que visem 
ao desenvolvimento econômico; 
XIII - fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros 
alimentícios, destinados ao abastecimento público; 
XIV - regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições 
Federal e Estadual. 
Aqui temos um rol de competências concorrentes que devem ser exercidas por todos os 
entes federativos de uma forma conjunta. 
CUIDADO!!! Na CF os Municípios não têm competência concorrente para LEGISLAR, 
apenas comum, que é estas citadas acima. (vide arts. 23 e 24 da CRFB/88). 
 
Art. 9º São tributos da competência municipal: 
I - imposto sobre: 
a) propriedade predial e territorial urbana; 
b) transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem 
como cessão de direitos à sua aquisição; 
II serviços de qualquer natureza, exceto os de competência estatal definidos em 
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a4
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a4
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a4
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
9 
 
lei complementar federal. 
III - taxas; 
IV - contribuições de melhoria; 
V - contribuição de iluminação pública. 
Parágrafo único. A criação, implementação e cobrança dos tributos de competência 
local, obedecerão aos princípios e aos preceitos estabelecidos, na Constituição Federal. 
 
No art. 9º temos os tributos de competência municipal, não esqueçam que os tributos de 
dividem em Impostos, taxas e contribuição de melhoria. 
Na CRFB/88 este assunto encontra-se no art. 156. 
Os impostos de competência do Município são: 
IPTU- imposto predial e territorial urbano; 
ITBI 
ISS 
Aí temos as taxas (prestam a custear um serviço público específico e divisível ou o 
exercício regular do poder de polícia) que podem ser cobradas, como por exemplo a taxa de 
recolhimento de lixo. 
A contribuição de melhoria, é um tributo que pode ser exigido pelo Poder Público (União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios) quando houver (1) a realização de uma obra pública e 
(2) uma valorização imobiliária decorrente desta obra. Sem estas duas características, ou então 
ocorrendo somente uma delas (apenas a obra pública ou a valorização), não é possível criar uma 
contribuição de melhoria. A finalidade desse tributo é custear a obra pública. 
Já a contribuição sobre iluminação pública conhecida como CIP ou COSIP, é de 
competência dos Municípios segundo art. 149-A, que estabeleceu a possibilidade dos municípios 
e Distrito Federal instituir, por lei, cobrança para o serviço de iluminação pública. Vejamos o 
artigo: 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma 
das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no 
art. 150, I e III. 
DECISÃO RECENTE: 
Desde 1º de janeiro de 2015, depois de algumas prorrogações, a Agência Nacional de 
Energia Elétrica (ANEEL) compulsoriamente, por força do artigo 30º, inciso V da Constituição 
Federal, estabeleceu que os municípios são os verdadeiros responsáveis com competência para 
organizar e prestar os serviços públicos de interesse local, passando a partir daí o controle dos 
parques de iluminação pública para os municípios. 
Ou seja, a própria Constituição Federal garante que o município poderá dispor de lei 
específica, com a forma e a base de cálculo para a cobrança da contribuição. No entanto, o que 
tem sido constatado em vários municípios, são constantes déficits na gestão da iluminação 
pública. Na maioria das vezes, o gestor público, sequer tem consciência de que o que arrecada 
com a contribuição de iluminação pública deve custear não só o consumo de iluminação pública, 
como, também, a manutenção do parque de iluminação e as ampliações/extensões da rede 
elétrica. 
 
Art. 10. São isentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) os detentores do 
domínio a qualquer título de imóvel residencial e que percebem a título de aposentadoria e/ou 
pensão valor igual ou inferior a 03 (três) salários mínimos. 
Parágrafo único. Para efeitos desteartigo, entende-se residencial o imóvel utilizado pelo 
beneficiário para sua residência e de sua família com ânimo definitivo. 
CUIDADO!! Não fala em proprietários mas detentores de domínio, pode ser posse, desde 
que devem receber menos de 3 salários mínimos de pensão ou aposentadoria. 
No caso de imóvel alugado não pode, pois não tem ânimo definitivo. 
 
Art. 11. Pertence ainda ao Município à participação no produto da arrecadação dos 
impostos da União e do Estado, previsto na Constituição Federal, e outros recursos que lhe sejam 
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
10 
 
conferidos. 
Essa previsão se encontra no art. 158 da CRFB/88. 
 
Art. 12. Ao Município é vedado: 
I - permitir ou fazer uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, 
televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade 
para propaganda político-partidária ou fins estranhos à Administração; 
II - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar 
dependência ou aliança; 
III - contrair empréstimo externo sem prévia autorização da Câmara Municipal; 
IV - instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabeleça. 
 
Neste artigo encontramos vedações aplicadas ao Município. 
- propaganda partidária, não pode ser feita por meios de comunicação públicos, caso seja 
feita estaria contrariando o princípio da moralidade administrativa; 
- o nosso país é laico e não confessional, por isso o poder público não pode interferir nos 
cultos religiosos e igrejas. 
- aqui temos um exemplo dos freios e contra pesos, em que um poder exerce o controle 
sobre o outro. 
- Princípio da legalidade- o aumento ou instituição do tributo deve sempre ser feito com 
base em uma lei anterior (princípio da anterioridade). 
 
CAPÍTULO III - DO PODER LEGISLATIVO 
 
Seção I - Disposições Gerais 
 
Art. 13. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal que é 
composta por 11 (onze) Vereadores. 
 
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL= Câmara de vereadores; 
Aqui temos um número certo de vereadores= 11; 
O número de vereadores é decorrente do número de habitantes de cada município segundo 
art. 29, IV da CRFB/88. Devido essa LO ter sido revista em 2011, o número de vereadores está 
desatualizado, pois os habitantes de capão da Canoa, segundo dados do IBGE 2018 é de 52.004 
mil habitantes, logo deveríamos ter 15 vereadores. 
 
Art. 14. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, independente de número, em 
sessão solene, na sede do Município, no dia 10 de janeiro do primeiro ano de cada legislatura 
sob a presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, para dar posse aos Vereadores, 
Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, a Comissão Representativa e as 
Comissões Permanentes desse ano. 
§ 1º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no 
prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo aceito pela 
Câmara. 
§ 2º No ato da posse e ao término do mandato os Vereadores deverão fazer declaração de 
seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo. 
§ 3º O Vereador está sujeito aos impedimentos, proibições e responsabilidades 
enumeradas nas Constituições Federal e Estadual e na legislação ordinária. 
 
Sessão solene= 10 de janeiro do primeiro ano de cada legislatura- dar posse- vereadores+ 
Prefeito+ vice-prefeito. Ainda há a eleição da mesa e comissões representativas e permanentes. 
Se o vereador não tomar posse no dia 10.01, tem 15 dias para fazer, caso contrário 
perde o mandato. EXC.: justo motivo. 
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Os vereadores devem fazer a declaração de bens no início e término do mandato, tendo 
em vista a transpatrência e moralidade administrativa. 
 quanto aos impedimentos, proibições e responsabilidades, temos previsão no art. 29, 
IX da CRFB/88, e são os mesmos dos membros do Congresso nacional. 
 
Art. 15. A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á independente de convocação, em 
sua sede, em sessão legislativa ordinária no período compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de 
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro de cada ano, ficando, nas datas não compreendidas, a 
Câmara em recesso e sendo atendida pela Comissão Representativa. 
Parágrafo único. Durante a sessão legislativa ordinária, a Câmara terá sessões plenárias 
ordinárias todas as segundas feiras às 19 horas e 30 minutos. 
 
Não podemos confundir! 
Sessão legislativa solene: dar posse; 
Sessão legislativa ordinária: 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 
Sessão Plenária Ordinária: todas as segundas-feiras. 
 
Art. 16. No término de cada sessão legislativa ordinária da sessão legislativa, exceto no 
último ano da legislatura, serão eleitas a Mesa e as Comissões para a sessão legislativa 
subsequente. 
Parágrafo único. A posse da Mesa e das comissões, nos termos deste artigo, ocorrerá 
automaticamente no dia 1º de janeiro da sessão legislativa subseqüente. 
Cada sessão legislativa correspode a um ano, cada ano é eleita uma nova mesa e comissões 
para o ano subsequente, só não no último ano (4 anos). 
 
Art. 17. A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, à maioria 
absoluta de seus membros, à Comissão Representativa ou ao Prefeito. 
§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente pode deliberar sobre a 
matéria da convocação. 
§ 2º Para as reuniões extraordinárias a convocação dos Vereadores será pessoal e ou por 
escrito, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas. 
ainda temos a sessão legislativa extraordinária, que ocorre somente para deliberar sobre 
assuntos urgentes. 
Quem pode fazer??? Presidente + MAIORIA ABSOLUTA na Câmara + comissão 
representativa + prefeito 
Como deve ser feita? Convocação pessoal + por escrito + antecedência Mínima de 48 
hs. 
 
Art. 18. Na composição da Mesa e das Comissões será assegurada, tanto quanto possível, 
a representação proporcional dos partidos. 
 
Art. 19. A Câmara Municipal funciona com a presença, no mínimo, da maioria de seus 
membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os casos 
previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno. 
Parágrafo único. O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando 
a matéria exigir presença de dois terços e nas votações secretas. 
Funcionamento= presença, no mínimo, da maioria de seus membros; 
Deliberações= maioria de voto dos presentes exc.: LO e RI 
Voto do presidente da Câmara= só para empates + matérias que exigem a presença de 2/3 
+ votações secretas. 
 
Art. 20. As sessões da Câmara são públicas, e o voto é aberto. 
Parágrafo único. O voto é secreto somente nos casos previstos nesta Lei Orgânica. 
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Sessões= públicas + voto abertoExc.: voto secreto= previsão na LO. 
 
Art. 21. A prestação de contas do Município, referente à gestão financeira de cada 
exercício, será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 de março do ano seguinte. 
Parágrafo único. As contas do Município ficarão à disposição de qualquer contribuinte, 
a partir da data da remessa das mesmas ao Tribunal de Contasdo Estado do Rio Grande do Sul, 
pelo prazo de 60 (sessenta) dias. 
 
Prestação de contas= 31/03 + encaminhada ao TCE+ fica a disposição de qualquer um por 
60 dias. 
 
Art. 22. Anualmente, dentro de 60 (sessenta) dias do início da sessão legislativa, a Câmara 
receberá, em sessão especial, o Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que se 
encontram os assuntos municipais. 
Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assuntos de 
interesse público, a Câmara o receberá em sessão previamente designada. 
 
temos mais um tipo de sessão, a especial, em que o prefeito irá prestar as contas. 
 
Art. 23. A Câmara Municipal ou suas comissões, a requerimento da maioria de seus 
membros, pode convocar Secretários Municipais, titulares de autarquias ou de instituições de 
que participe o Município, para comparecerem perante elas a fim de prestarem informações 
sobre assunto previamente designado e constante da convocação. 
§ 1º Três (3) dias úteis antes do comparecimento deverá ser enviado à Câmara exposição 
em torno das informações solicitadas. 
§ 2º Independentemente de convocação, quando o Secretário ou Diretor desejarem prestar 
esclarecimentos ou solicitar providências legislativas a qualquer Comissão, esta designará dia e 
hora para ouvi-lo. 
 
Convicação para prestar informações : 
Quem pode convocar? Câmara Municipal ou comissões; 
Como deve ser feito? Requerimento da maioria de seus membros; 
Quem pode ser convocado? Secretários municipais + titulares de autarquias + 
instituições de que participe o Município. 
Requisitos: assuntos previamente designados + constante da convocação. 
 
Art. 24. A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado, 
nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de seus membros. 
Criação de CPI’s: 
- requisitos: fato determinado + requerimento de, no mínimo, 1/3 de seus membros. 
Seção II - Dos Vereadores 
Art. 25. Os vereadores, eleitos na forma da lei, gozam de garantias que a mesma lhes 
assegura, pelas suas opiniões, palavras e votos proferidos no exercício do mandato. 
Estamos diante do que chamamos de imunidades parlamentares ou estatuto dos 
congressistas. Na CRFB/88 encontramos esse assunto no art. 29, VIII, em que os vereadores só 
têm a imunidade material, que é a inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município. Logo se proferir uma ofensa fora do seu 
município irá ser processado normalmente. 
 
Art. 26. É vedado ao vereador: 
I - Desde a expedição do diploma: 
a) celebrar contrato com a administração pública, salvo quando o contrato obedecer 
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LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
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a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo em comissão do Município ou de entidade autárquica, 
sociedade de economia mista, empresa pública ou concessionária. 
II - Desde a posse: 
a) ser diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com privilégio, isenção 
ou favor, em virtude de contrato com a administração pública municipal; 
b) exercer outro mandato público eletivo. 
 
São impostas essas vedações para que a vida pública não se misture com a vida particular, 
em prol da moralidade administrativa. 
 
Art. 27. Sujeita-se à perda do mandato o vereador que: 
I - infringir qualquer das disposições estabelecidas no artigo anterior; 
II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção, de improbidade 
administrativa ou atentatório às instituições vigentes; 
III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o 
decoro na sua conduta pública; 
IV - faltar a um décimo das sessões ordinárias e/ou extraordinárias, salvo a hipótese 
prevista no inciso V; 
V - as ausências não serão consideradas faltas quando acatadas pelo Plenário; 
VI - fixar domicílio eleitoral fora do Município. 
Parágrafo único. É objeto de disposições regimentais o rito a ser seguido nos casos deste 
artigo, respeitada a legislação estadual e federal. 
 
 
Art. 28. O vereador investido no cargo de Secretário Municipal, ou Diretoria equivalente, 
não perde o mandato, desde que se afaste do exercício da vereança. 
Isso por que não pode exercer dois cargos públicos ao mesmo tempo. Se ele quiser voltar 
pode o fazer, pois não há perda do mandato. 
 
Art. 29. Nos casos do artigo anterior e nos de licença, de legítimo impedimento e de vaga 
por morte ou renúncia, o vereador será substituído pelo suplente, convocado nos termos da lei. 
Parágrafo único. O legítimo impedimento, deve ser reconhecido pela própria Câmara e 
o vereador declarado impedido será considerado como em pleno exercício de seu mandato, sem 
direito à remuneração, com a convocação do suplente. 
Quais os casos de substituição pelo suplente? 
Se ele assumir o cargo de secretário Municipal ou diretoria equivalente; 
Licença; 
legítimo impedimento; 
Vaga; 
Morte 
Renúncia. 
 
Art. 30. A remuneração dos vereadores será fixada sob a forma de subsídio, em parcela 
única, por lei de inciativa Câmara Municipal, revisada no mês de junho de cada sessão 
legislativa. 
Parágrafo único. Os Vereadores perceberão a título de subsídio, na razão de, no máximo, 
75% (setenta e cinco por cento) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados 
Estaduais, desde que não ultrapasse a 5% (cinco por cento) da receita, efetivamente 
arrecadada pelo município. 
Remuneração dos vereadores: 
Máximo 75% do subsídio dos Deputados Estaduais; 
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Não pode ultrapassar 5% da receita municipal. 
 Artigos da CRFB/88: art. 29, VI e VII- diz que o subsídio é fixado pela Câmara 
Municipal em cada legislatura para a subsequente, com observância da LO de cada Município. 
Ainda não pode ultrapassar o montante de 5% da receita Municipal- Princípio da Simetria. 
 
Art. 31. O servidor público eleito vereador deve optar entre a remuneração do respectivo 
cargo e a da vereança, se não houver compatibilidade de horários. 
Parágrafo único. Havendo compatibilidade de horários perceberá a remuneração do 
cargo e à inerente ao mandato da vereança. 
 Compatibilidade de horários: 
Se houver compatibilidade de horário pode ter mais de um emprego, desde que não seja 
de secretário Municipal ou Diretorai, pois aí tem que se afastar. Caso tenha um outro emprego 
e haja compatibilidade de horário não tem problema, irá receber pelos dois. 
 
Art. 32. O vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos no exercício do 
mandato na circunscrição do Município ou quando estiver fora do âmbito territorial, desde que 
em representação do Poder Legislativo. 
 
Vide art. 25 
 
Seção III - Das Atribuições da Câmara Municipal 
 
Art. 33. Compete a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito: 
I - legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas Constituições da 
União e do Estado, e por esta Lei Orgânica; 
II - votar: 
a) o plano plurianual; 
b) as diretrizes orçamentárias; 
c) o orçamento anual; 
III - decretar leis; 
IV - legislar sobre tributos de competência municipal; 
V - legislar sobre a criação e extinção de cargos e funções do Município, bem 
como fixar e alterar vencimentos e outras vantagens pecuniárias; 
VI - votar leis que disponham sobre a alienação e aquisição de bens imóveis; 
VII - legislar sobre a concessão e terceirização de serviços públicos, bem como 
sobre a participação do Município em consórcio público; 
VIII - legislar sobre a concessão e permissão de uso de próprios municipais; 
IX - dispor sobre a divisão territorial do Município, respeitada a legislação federale 
estadual; 
X - criar, alterar, reformar ou extinguir órgãos públicos do Município; 
XI - deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os 
meios de seu pagamento, com prazo máximo de satisfação até o final de cada legislatura; 
XII - transferir, temporária ou definitivamente, a sede do Município, quando o 
interesse público o exigir; 
XIII - cancelar, nos termos de lei, a dívida ativa do Município, autorizar a suspensão 
de sua cobrança e a relevação de ônus e juros; 
XIV - legislar sobre a denominação de logradouros e outros bens públicos. 
 
Art. 34. É de competência exclusiva da Câmara Municipal: 
I - eleger sua Mesa, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua 
organização e polícia; 
II - propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços, 
dispor sobre o provimento dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras 
vantagens; 
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III - emendar a Lei Orgânica ou reformá-la; 
IV - representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no 
Município; 
V - exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do 
Município, com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, e julgar as contas do Prefeito; 
VI - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência, ou se 
mostrem contrários ao interesse público; 
VII - fixar, por lei, sob a forma de subsídios, em parcela única, a remuneração do 
Prefeito e o Vice-Prefeito e dos secretários municipais; 
VIII - autorizar o Prefeito a afastar-se do Município por mais de dez (15) dias; 
IX - convocar qualquer Secretário, titular de autarquia ou de instituição de que 
participe o Município, para prestar informações sobre assunto previamente determinado, 
num prazo máximo de 15 dias, importando crime de responsabilidade a ausência sem 
justificação adequada; 
X - mudar, temporária ou definitivamente, a sua sede; 
XI - solicitar informações por escrito ao Executivo; 
XII - dar posse ao Prefeito, bem como declarar extinto o seu mandato nos casos 
previstos em lei; 
XIII - conceder licença ao Prefeito; 
XIV - suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou 
regulamento municipal, que haja sido, pelo Poder Judiciário, declarado infringente à 
Constituição, à Lei Orgânica ou às Leis; 
XV - criar Comissão Parlamentar de Inquérito; 
XVI propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à 
coletividade ou ao serviço público; 
xx- Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e Secretários Municipais serão revisados 
anualmente, na mesma data da revisão dos Vereadores. 
 
Seção IV - Da Comissão Representativa 
 
Art. 35. A Comissão Representativa funciona no recesso da Câmara Municipal e tem as 
seguintes atribuições: 
I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; 
II - zelar pela observância da Lei Orgânica; 
III - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município e do Estado; 
IV - convocar extraordinariamente a Câmara; 
V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Municipal. 
Parágrafo único. As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão 
Representativa são estabelecidas no Regimento Interno da Câmara. 
Quando funciona a comissão Representativa??? No recesso da Câmara Municipal. 
Quais são suas atribuições? Zelar pelas prerrogativas e observância da LO + autorizar o 
prefeito a se ausentar do Município e do Estado + convocar extraordinariamente a Câmara + 
Tomar medidas urgentes de competência da Câmara. 
Por quem é constituída? Por número ímpar de vereadores; composição= mesa e demais 
membros eleitos + suplentes. 
Presidência= Presidente da Câmara. 
Número de membros= mínimo a maioria absoluta da câmara; 
 
Art. 36. A Comissão Representativa, constituída por número ímpar de Vereadores, é 
composta pela Mesa e pelos demais membros eleitos com os respectivos suplentes. 
§ 1º A Presidência da Comissão Representativa cabe ao Presidente da Câmara, cuja 
substituição se faz na forma regimental. 
§ 2º O número de membros eleitos da Comissão Representativa deve perfazer, no mínimo, 
a maioria absoluta da Câmara, observada, quanto possível, a proporcionalidade de representação 
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partidária. 
 
Art. 37. A Comissão Representativa deve apresentar relatório dos trabalhos por ela 
realizados, quando do reinicio do período de funcionamento ordinário da Câmara. 
 
 
Seção V - Das Leis e do Processo Legislativo 
 
Art. 38. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à lei orgânica; 
II - leis complementares; 
III leis ordinárias; 
IV decretos legislativos; 
V resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a consolidação das leis municipais. 
 
Este artigo trata das espécies legislativas que são de 5 tipos: emenda + Lei complementar 
+ Lei ordinária + Decreto Legislativo + resoluções. 
Na CRFB/88 temos as espécies legislativas no art. 59. 
 
Art. 39. São, ainda, entre outras, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do 
Regimento Interno: 
I - autorizações; 
II - indicações; 
III - requerimentos; 
IV - pedido de Providências; 
V - pedido de Informações. 
Obs: Anteprojeto de Lei 
Cuidado para não confundir!!! Estas não são espécies legislativas, mas sim formas 
objeto de deliberação no Regimento Interno da Câmara. 
 
Art. 40. A Lei Orgânica do Município pode ser emendada mediante proposta apresentada 
por um terço de vereadores ou pelo prefeito. 
Art. 41. A proposta de emenda à lei orgânica municipal será discutida e votada em duas 
sessões e ter-se-á por aprovada quando obtiver em ambas as votações, dois terços dos votos dos 
membros da Câmara Municipal. 
Art. 42. A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o 
respectivo número de ordem. 
Emendas à LO: 
Requisitos: 
 Legitimidade ativa (quem pode fazer uma ELO): Proposta de 1/3 de vereadores ou do 
prefeito; 
 A proposta deve ser discutida e votada em 2 turnos (sessões) aprovada= 2/3 dos votos 
dos vereadores; 
É promulgada pela Mesa da Câmara + número de ordem. 
 
Art. 43. A iniciativa das leis municipais, salvo nos casos de competência exclusiva, cabe 
a qualquer Vereador, ao Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerá em forma de moção articulada, 
subscrita, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado do Município. 
Art. 44. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de lei de iniciativa 
exclusiva do Prefeito, este poderá solicitar à Câmara Municipal que aprecie no prazo de quarenta 
e cinco dias a contar do pedido. 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
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§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o projeto, no prazo estabelecido no 
"caput" deste artigo, será este incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação sobre os 
demais assuntos, para que se ultime a votação. 
§ 2º Os prazos deste artigo e seus parágrafos não correrão nos períodos de recesso da 
Câmara Municipal. 
Art. 46. O projeto de lei com parecer contrário de todas as Comissões é tido como 
arquivado. 
Art. 47. A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não sancionado, assim como a 
de proposta de emenda à Lei Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, somente poderá 
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria 
absoluta dos membros da Câmara. 
Art. 48. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal serão enviados ao Prefeito 
que, aquiescendo, os sancionará. 
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto,no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao 
interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da 
data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara 
Municipal os motivos do veto. 
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou alínea. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silencio do Prefeito importará sanção. 
§ 4º O veto será apreciado em 30 (trinta) dias a contar de seu recebimento, só podendo 
ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto. 
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito. 
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4.º, o veto será colocado na 
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de 48 h (quarenta e oito horas) pelo Prefeito nos 
casos dos § 3.º e § 5.º, o Presidente da Câmara Municipal a promulgará, e, se este não o fizer, 
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente da Câmara Municipal fazê-lo. 
No processo legislativo temos duas formas de processo, o comum e o especial. O processo 
legislativo comum é o que utilizamos para fazer as leis ordinárias e as complementares e o 
especial cabe as demais espécies legislativas. 
Vamos analisar agora o processo legislativo comum, que cabe para o projeto de LO e LC. 
O processo legislativo comum compreende 3 fases: 
Introdutória=Iniciativa; 
Constitutiva=Discussão e votação + sanção e veto; 
Complementar= promulgação e publicação. 
Fase Introdutória: iniciativa: 
É a apresentação do PL, que pode se dar: 
Qualquer vereador; 
Prefeito; 
Eleitorado- povo- iniciativa popular. 
Quanto a classificação da iniciativa temos: 
Privativa- só algumas pessoas podem apresentar certos PL; 
Geral/ comum/concorrente= qualquer um dos legitimados pode apresentar o PL; 
Popular: pode ser apresentado pelo eleitorado, mas aí tem que ser por moção articulada 
+ subscrita, no mínimo, por 5% do eleitorado do Município. 
Os projetos de iniciativa do prefeito (privativa), este deve solicitar a câmara que aprecie 
no prazo de 45dias a contar do pedido-chamamos de procedimento sumário ou regime de 
urgência. Mas prestem muita atenção, são apenas nos PL de iniciativa exclusiva do Prefeito. 
Se a Câmara não se manifestar no prazo de 45 dias tranca a pauta até que o PL seja votado. 
Estes prazos não correm= recesso; 
FASE CONSTITUTIVA: 
O PL vai passar por comissões, se ele tiver parecer contrário, será ARQUIVADO. 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
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No art. 47 temos o que chamamos de Princípio da irrepetibilidade relativa  quando 
o PL é rejeitado ou não sancionado, assim como a proposta de Emenda à LO, somente poderá 
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria 
absoluta dos membros da Câmara. 
Se o projeto for aprovado na Câmara passa para ser analisado pelo Prefeito, que pode: 
Sancionar ou 
Vetar 
Sanção: é a concordância, um ato unilateral do Prefeito, irretratável. Só ocorre para PL 
de LO e LC. 
Pode ser: 
Expressa: Prefeito concorda 
Tácita: silêncio do Prefeito nos 15dias, importa sanção (art. 48§3º) 
VETO: discordância, ato unilateral do Prefeito, político, expresso, sempre motivado, 
irretratável, pode ser total ou parcial. 
Tipos: 
Jurídico= motivos de inconstitucionalidade; 
Político= contrário ao interesse público. 
Prazo= 15 dias úteis, contados da data do recebimento + comunica em 48 horas o 
Presidente da Câmara Municipal o motivo do veto. 
A Câmara irá apreciar em 30 dias o motivo do veto, só podendo ser rejeitado pela 
MAIORIA ABSOLUTA de vereadores + escrutínio secreto (vai contra a CF, pois com a 
EC76/2013 o escrutínio passou a ser aberto). OBS.: se não apreciado em 30 dias tranca a pauta, 
e deve ser apreciado na próxima sessão. 
Veto não mantido, vai para a promulgação pelo Prefeito- que deve fazer em 48 horas, 
não o fazendo, quem terá que fazer é o Presidente da Câmara= 48 horas, se não o fizer terá que 
fazer impreterivelmente o Vice-presidente da Câmara. 
 FASE COMPLEMENTAR: 
Promulgação: ato solene que atesta a existência da lei; 
Publicação: ato de divulgação oficial, é uma condição de eficácia da lei. 
 
Art. 49. Nos casos do art. 35, incisos III e IV, considerar-se-á, com a votação da redação 
final, encerrada a elaboração do Decreto legislativo ou Resolução, cabendo ao Presidente da 
Câmara a sua promulgação. 
 
Art. 50. São leis complementares: 
I - código de obras; 
II - código de posturas; 
III - código tributário; 
IV - lei do plano diretor; 
V - lei do meio ambiente; 
VI - código sanitário; 
VII - estatuto do servidor público. 
§ 1º As leis complementares são aprovadas por maioria absoluta. 
§ 2º Dos projetos previstos nas "alíneas" deste artigo, bem como das respectivas exposições 
de motivos, antes de submetidos à discussão da Câmara, será dada divulgação na imprensa local, 
inclusive por meios eletrônicos. 
§ 3º As entidades que compõem Sociedade Civil Organizada poderão apresentar sugestões 
ao Poder Legislativo, quando da tramitação dos projetos, referidos neste artigo, nas comissões. 
 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE LEI COMPLEMENTAR E ORDINÁRIA?? 
 Lei Complementar Lei Ordinária 
Aspecto Material Os assuntos são 
exptressamente previsto na 
É residual, para os demais 
assuntos. 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
19 
 
LO- art. 50 
Aspecto Formal Quorum para aprovação= 
maioria absoluta 
Quorum para aprovação= 
maioria simples 
 
 
CAPÍTULO IV - DO PODER EXECUTIVO 
 
Seção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito 
 
Art. 51. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários do 
Município. 
Art. 52. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato de quatro (04) anos, 
devendo a eleição realizar-se até noventa (90) dias antes do término do mandato daqueles a quem 
devam suceder. 
Parágrafo único. O Prefeito e quem o houver sucedido, ou substituído no curso do 
mandato poderá ser reeleito para um único período subsequente. 
Art. 53. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da 
Câmara Municipal, após a posse dos Vereadores e, prestarão o compromisso de manter, defender 
e cumprir a Constituição, observar as Leis e administrar o Município, visando ao bem geral dos 
munícipes. 
Parágrafo único. Se o Prefeito ou o Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos 10 (dez) 
dias da data fixada, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago. 
Art. 54. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e 
suceder-lhe-á no caso de vaga. 
Parágrafo único. Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou vacância 
dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do Executivo 
Municipal o Presidente, o Vice-Presidente e o 1º Secretário da Câmara Municipal. Fazer ressalva 
em período eleitoral. 
Art. 55. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa (90) dias 
depois de aberta a última vaga. 
Parágrafo único. Ocorrendo à vacância após cumpridos 3/4 (três quartos) do mandato do 
Prefeito, a eleição para ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois da última vaga, pela 
Câmara Municipal de Vereadores. 
 
O Poder Executivo Municipal compõe-se = Prefeito e Secretários do Município. 
Mandato= 4 anos- eleição 90 dias antes do fim do mandato. 
Só cabe uma reeleição, logo o prefeito só pode ficar no cargo por 8 anos. 
Posse= sessão solene+ não tomando posse em 10 dias da data fixada= cargo vago. 
Substituição do prefeito: vice, nos casos de: impedimento + ausência. 
Sucessão= vaga 
Quem são chamados no caso de sucessão ou impedimentodo prefeito e vice? 
Presidente, vice-presidente e o 1º secretário da Câmara Municipal- nesta ordem!!! Far-se-ão 
eleições 90 dias após a última vaga. 
Se já tiverem cumprido ¾ do mandato teremos eleição indireta, que é feita pela Câmara 
Municipal, após 30 dias da última vaga. 
 
Seção II - Das Atribuições do Prefeito 
 
Art. 56. Compete privativamente ao Prefeito: 
I - representar o Município em juízo e fora dele; 
II - nomear e exonerar os secretários municipais, os diretores de autarquias e 
departamentos, além de titulares de instituições de que participe o Município, na forma da 
Lei; 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
20 
 
III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta lei; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para a sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração Municipal, na 
forma da lei; 
VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social, de bens para 
fins de desapropriação ou servidão administrativa; 
VIII - expedir atos próprios de sua atividade administrativa; 
IX - contrair a prestação de serviços e obras, observado o processo licitatório; 
X - planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais; 
XI - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação 
funcional dos servidores; 
XII - enviar ao Poder Legislativo o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta lei orgânica; 
XIII - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, dentro de noventa (90) dias, após 
a abertura do ano legislativo, as contas referentes ao exercício anterior e remetê-las, em igual 
prazo, ao Tribunal de Contas do Estado; 
XIV - prestar a Câmara Municipal, dentro de 30 (trinta) dias, as informações 
solicitadas, sobre fatos relacionados ao Poder Executivo e sobre matéria legislativa em 
tramitação na Câmara, ou sujeita à fiscalização do Poder Legislativo; 
XV - colocar à disposição da Câmara Municipal os recursos correspondentes às 
dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados ao 
Poder Legislativo, até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma estabelecida pela 
legislação federal; 
XVI - resolver, sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem 
dirigidos em matéria da competência do Executivo Municipal; 
XVII - oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros 
públicos; 
XVIII - aprovar projetos de edificações e planos de loteamento, arruamento e 
zoneamento urbano ou para fins urbanos; 
XIX - solicitar o auxílio da polícia do Estado para a garantia de cumprimento de seus 
atos; 
XX - revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por 
vício de legalidade, observado o devido processo legal; 
XXI - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a 
fiscalização e a arrecadação de tributos; 
XXII - providenciar sobre o ensino público; 
XXIII - propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de 
próprios municipais, bem como a aquisição de outros; 
XXIV - propor a divisão administrativa do município de acordo com a lei; 
XXV - solicitar autorização legislativa para a participação do município em consórcio 
público; 
XXVI - elaborar e divulgar os atos de gestão fiscal, inclusive por meios eletrônicos e 
em tempo real, observada a legislação federal. 
 
Art. 57. O Vice-Prefeito, além das atribuições que lhe são próprias, poderá exercer outras 
estabelecidas em lei. 
 
Seção III - Da Responsabilidade do Prefeito 
 
Art. 58. Importam responsabilidades os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentem 
contra a Constituição Federal e Constituição Estadual e, especialmente: 
I - o livre exercício dos poderes constituídos; 
II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais; 
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a24
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www2.al.rs.gov.br/dal/LinkClick.aspx?fileticket=dqD9RmsBuJs%3d&tabid=3683&mid=5359
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
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21 
 
III - a probidade na administração; 
IV - a Lei Orçamentária; 
V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais; 
VI - o meio ambiente e o patrimônio histórico, artístico e cultural do município. 
Parágrafo único. O processo e julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito, obedecerão, no 
que couber, ao disposto no artigo 86 da Constituição Federal. 
 
Nesta parte devemos ficar atentos para os crimes de responsabilidade, que são atos que 
atentem contra: 
O livre exercício dos poderes constituídos; 
O exercício dos direitos individuais, políticos e sociais; 
A probidade na administração; 
A lei orçamentária; 
O cumprimento das leis e das decisões judiciais; 
O meio ambiente e o patrimônio histórico, artístico e cultral do Município. 
Diz que o processo e julgamento observa o art. 86 da CRFB/88, que diz: Art. 86. Admitida 
a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele 
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou 
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, 
cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da 
República não estará sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado 
por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
E o prefeito, professora, quem julga? 
 
Ora, ora, ora! O julgamento de prefeito é matéria disciplinada, direta e explicitamente, na 
Constituição Federal, no seu art. 29, X, nestes termos: "julgamento do Prefeito perante o Tribunal 
de Justiça". 
Nada mais fácil, certo? 
Errado! Na verdade, nada é muito fácil na vida de concursando, sempre inventam alguma 
coisa para complicar os seus estudos! Veja, nos parágrafos seguintes, que o conhecimento apenas 
do art. 29, X, da Constituição Federal não resolve muita coisa na hora da prova, infelizmente! 
Em que pese a existência de tal regra constitucional - afirmando ser do Tribunal de Justiça 
a competência para julgar o Prefeito, sem nenhuma ressalva expressa -, a jurisprudência do STF 
complicou um pouco a coisa, ao definir a seguinte interpretação sobre o alcance do art. 29, X, da 
Constituição Federal: 
"A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de 
competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao 
respectivo tribunal de segundo grau". (STF, Súmula 702) 
Em resumo - a partir desse entendimento do STF, e já considerando o regramento do 
Decreto-Lei 201/1967, que disciplina os crimes de responsabilidade de prefeitos - temos o 
seguinte em relação à competência para o julgamento de prefeito: 
A) Crimes Comuns 
A.1) crimes comuns da competência da justiça comum estadual: competência do 
Tribunal de Justiça - TJ; 
A.2) crimes comuns nos demais casos: competência do respectivo tribunal de segundo 
grau (isto é, perante o Tribunal Regional Federal - TRF, no casode crimes em detrimento da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art86
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
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22 
 
União; e perante o Tribunal Regional Eleitoral - TRE, no caso de crimes eleitorais). 
B) Crimes de Responsabilidade 
B.1) crimes de responsabilidade "próprios" (isto é, infrações político-administrativas 
sancionadas com a cassação do mandato, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei 201/1967): 
competência da Câmara Municipal; 
B.2) crimes de responsabilidade "impróprios" (isto é, crimes de responsabilidade 
sancionados com penas comuns - detenção ou reclusão -, nos termos do art. 1º do Decreto-Lei 
201/1967): competência do Tribunal de Justiça - TJ. 
 
Seção IV - Dos Secretários do Município 
 
Art. 59. Os Secretários do Município, de livre nomeação e demissão pelo Prefeito, são 
escolhidos dentre brasileiros maiores de idade, no gozo dos direitos políticos e estão sujeitos, 
desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas para os Vereadores, no 
que couber. 
Art. 60. Além das atribuições fixadas em lei ordinária, compete aos Secretários do 
Município: 
I - orientar, coordenar e executar as atividades dos órgãos e entidades da 
administração municipal, na área de sua competência; 
II - referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instruções para a execução 
das leis, decretos e regulamentos relativos aos assuntos de suas Secretarias; 
III - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados por suas 
Secretarias; 
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo 
Prefeito. 
Parágrafo único. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos 
serão subscritos pelo Secretário da Administração. 
Art. 61. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições, de que participe o 
Município, o disposto nesta Seção, no que couber. 
 
SECRETÁRIOS DO MUNICÍPIO: 
Livre nomeação e demissão do prefeito; 
Brasileiros maiores de idade + gozo dos direitos políticos; 
Incompatibilidades e proibições = vereadores; 
Secretário da administração= subscreve decretos + atos + regulamentos referentes aos 
serviços autônomos. 
CAPÍTULO V - DOS SERVIDORES MUNICIPAIS 
 
Art. 62. São servidores do Município todos quantos percebem remuneração pelos cofres 
municipais. 
Art. 63. O Quadro de Servidores pode ser constituído de classes, carreiras funcionais ou 
de cargos isolados, classificados dentro de um sistema ou, ainda, dessas formas conjugadas, de 
acordo com a lei. 
Parágrafo único. O sistema de promoções obedecerá, alternadamente, ao critério de 
antiguidade e merecimento, este avaliado objetivamente. 
Art. 64. E destinado 3% (três por cento) das vagas, no mínimo, no quadro de Pessoal da 
Prefeitura Municipal aos deficientes físicos. 
 
Servidores= recebem remuneração dos cofres públicos; 
Quadro de servidores pode ser: classe ,carreira funcional ou cargo isolado; 
Promoção: antiguidade e merecimento, alternadamente. 
Deficientes físicos= no mínimo 3% das vagas do quadro de pessoal. 
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Art. 65. A administração pública direta e indireta do Município obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao 
seguinte: 
Quem é a administração pública direta??? 
São União, Estado e Municípios. 
Já a administração indireta são autarquias, empresas públicas, sociedade de economia 
mista, fundações.... 
PRINCÍPIOSBÁSICOS EXPRESSOS: ART. 37, CAPUT DA CRFB/88: 
LIMPE: 
A Constituição Federal, no caput do art. 37, estabelece de forma expressa alguns 
princípios básicos que devem pautar a atuação da Administração Pública: 
 
Tais princípios devem ser observados por toda a Administração Pública, direta e 
indireta, de qualquer dos Poderes, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. Até mesmo os particulares que estejam no exercício de função pública estão 
obrigados a seguir estes princípios. 
CRFB/88Diretrizes básicas fundamentais da Administração Pública. 
Vamos analisar cada um destes princípios: 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: 
Estabelece que toda e qualquer atividade da Administração Pública deve ser autorizada 
por lei. Em outras palavras, diz-se que a Administração só pode agir segundo a lei (secundum 
legem), e não contra a lei (contra legem) ou além da lei (praeter legem). 
É o princípio basilar do Estado de Direito, que se caracteriza pela submissão do Estado 
às leis que ele próprio edita. 
Enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda 
(princípio da legalidade geral, constitucional ou da reserva legal), o administrador público só 
pode atuar onde a lei autoriza (princípio da legalidade estrita ou da legalidade 
administrativa). 
Caracteriza-se pela autonomia de vontade, e está previsto como direito fundamental 
no art. 5º, inciso II da Constituição Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei”. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: 
O princípio da impessoalidade admite seu exame sob os seguintes aspectos: 
 Dever de isonomia por parte da Administração Pública. 
 Dever de conformidade aos interesses públicos. 
 Vedação à promoção pessoal dos agentes públicos. 
 
Princípio da impessoalidade= dever de isonomia- estabelece que os atos 
administrativos devem ser praticados tendo em vista o interesse público, e não os interesses 
pessoais do agente ou de terceiros, representa uma faceta do princípio da isonomia, pois objetiva 
a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se 
encontrem em idêntica situação jurídica, sem favorecimentos ou discriminações de qualquer 
espécie. Ex.: É por isso que a Constituição exige concurso público como condição para o ingresso 
em cargo efetivo ou emprego público (CF, art. 37, II) ou a realização de licitação pública para a 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: (...) 
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a25
https://cespro.com.br/visualizarDiploma.php?cdMunicipio=7345&cdDiploma=20110008&a25
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24 
 
contratação de obras, serviços, compras e alienações (CF, art. 37, XXI). Tais institutos são formas 
de dar oportunidades iguais a todos. 
Princípio da impessoalidade= dever de conformidade aos interesses públicos: o 
princípio da impessoalidade se confunde com o princípio da finalidade, o qual impõe que o fim 
a ser buscado pelo administrador público em suas atividades deve ser tão-somente aquele prescrito 
pela lei, ou seja, o fim legal, de interesse geral e impessoal. Assim, qualquer ato praticado com 
objetivo diverso do interesse público será considerado nulo, por desvio de finalidade. 
O que o princípio da impessoalidade proíbe é a prática de ato administrativo sem interesse 
público envolvido. 
Princípio da impessoalidade = vedação à promoção pessoal do agente público: o 
princípio da impessoalidade veda a promoção pessoal do agente à custa das realizações da 
Administração Pública. Os atos e provimentos administrativos devem ser vistos como 
manifestações institucionais do órgão ou da entidade pública. O servidor ou autoridade é apenas 
o meio de manifestação da vontade estatal. 
A própria Constituição Federal contém uma regra expressa decorrente desse princípio, ao 
proibir que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicosem publicidade de atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos (CF, art. 37, §1º). O STF, inclusive, entende que essa vedação 
atinge também qualquer menção ao partido político do administrador público. 
Assim, uma obra realizada por determinado Município não poderá ser anunciada como 
obra do Sr. Fulano, Prefeito, ou da Sra. Ciclana, Secretária de Obras, e nem mesmo do Partido 
XYZ, legenda política das autoridades. Ao contrário, a obra deverá ser sempre tratada e anunciada 
como obra do Município ou da Prefeitura, vedada qualquer alusão às características dos agentes 
públicos e respectivos partidos políticos, inclusive eventuais símbolos ou imagens ligados a seus 
nomes. 
Ao retirar a responsabilidade pessoal dos agentes públicos, permite que se reconheça a 
validade dos atos praticados em nome da Administração por agentes cuja investidura no cargo 
venha a ser futuramente anulada (agente de fato ou putativo). 
Por exemplo, imagine uma situação em que determinado cidadão de boa-fé obtenha 
certidão negativa de débitos perante a Receita Federal emitida pelo servidor Fulano, e que, 
posteriormente, se verifique que o aludido servidor foi investido no cargo de forma irregular (sem 
concurso público, por exemplo). Nesse caso, pela aplicação do princípio da impessoalidade, tem-
se que a certidão obtida pelo cidadão não foi emitida pelo servidor Fulano, e sim pela Receita 
Federal, de modo que o documento não poderia ser declarado inválido em razão da situação 
irregular do servidor. Em outras palavras, a perda da competência do agente público não invalida 
os atos praticados por este agente enquanto detinha competência para a sua prática. Ressalte-se, 
porém, que aos atos dos agentes de fato são válidos apenas se praticados perante terceiros de 
boa-fé. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE: 
O princípio da moralidade impõe a necessidade de atuação ética dos agentes públicos, 
traduzida na capacidade de distinguir entre o que é honesto e que é desonesto. Liga-se à ideia de 
probidade e de boa-fé. 
A moralidade é vista como aspecto vinculado do ato administrativo, sendo, portanto, 
requisito de validade do ato. Assim, um ato contrário à moralidade administrativa deve ser 
declarado nulo, podendo essa avaliação ser efetuada pela própria Administração (autotutela) ou 
pelo Poder Judiciário (desde que provocado). 
A ausência de norma específica não é justificativa para que a Administração atue 
em desconformidade com o princípio da moralidade administrativa. 
 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: 
Impõe à Administração Pública o dever de dar transparência a seus atos, tornando-os 
públicos, do conhecimento de todos. 
A publicidade é necessária para que os cidadãos e os órgãos competentes possam avaliar 
e controlar a legalidade, a moralidade, a impessoalidade e todos os demais requisitos que devem 
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informar as atividades do Estado. E isso é óbvio, pois não se pode avaliar aquilo que não se 
conhece. 
Não é por outra razão que a Constituição Federal assegura a todos o direito de receber 
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral 
(CF, art. 5º, XXXIII). 
Restrições ao Princípio da Publicidade: 
 Segurança da sociedade e do Estado. 
Quando a intimidade ou o interesse social o exigirem. 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: 
Exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e 
rendimento funcional, buscando- se, assim, maior produtividade e redução dos desperdícios de 
dinheiro público. 
Também denominado de princípio da qualidade dos serviços públicos, 
Foi inserido na nossa Constituição a partir da EC 19/1998, que tratou da chamada 
Reforma do Estado. 
A eficiência integra o conceito legal de serviço público adequado (Lei 8.987/199519). 
A eficiência do serviço público também é um direito fundamental do cidadão, vez que 
a Constituição Federal assegura a todos, no âmbito judicial e administrativo, a “razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação” (CF, art. 5º 
LXXVIII). Tal dispositivo é uma reação contra a excessiva demora no andamento dos processos, 
tanto judiciais quanto administrativos. 
 Requisitos: produtividade, economicidade, qualidade, celeridade, presteza, 
desburocratização e flexibilização. 
É possível o Judiciário apreciar atributos de eficiência, sob o argumento de que a 
“adoção de soluções eficientes, morais, impessoais é vinculante para o administrador, e não pode 
se inserir em seu âmbito de discricionariedade”. Com isso, seria possível a apreciação pelo Poder 
Judiciário de um ato administrativo quanto a sua eficiência, o que ensejaria, inclusive, a sua 
anulação. 
Da mesma forma que todos os outros princípios, a eficiência não é um valor absoluto e, 
por isso, não pode se sobrepor aos demais, especialmente ao da legalidade. 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros, na forma da lei; 
Cuidado temos cargo, emprego e função pública; 
Para estes tanto podem concorrer brasileiros como estrangeiros. 
Se a prova disser que os cargos, empregos e funções municipais são apenas acessíveis a 
brasileiros, natos ou naturalizados, está totalmente errado. 
 
II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargos em 
comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
Para entrar em um cargo ou emprego necessitamos passar em um concurso público, que 
pode ser de dois tipos, ou só de provas ou provas e títulos; 
Os cargos em comissão não precisam de concurso público, falamos que são de livre 
nomeação e exoneração “ad nutum”, pois não precisa motivar a exoneração; 
 
III - O prazo de validade do concurso publico será de até dois anos prorrogável 
uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos 
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de 
PROFª ROSANA VASCONCELLOS BRUSAMARELO 
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PARA O CONCURSO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAPÃO DA CANOA 
26 
 
carreira nos casos, condições e percentuais mínimo previstos em lei, destinam-se apenas ás 
atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
CUIDADO!!! Função de confiança= servidores de cargo efetivo 
 Cargo em comissão= exoneração ad nutum 
 Só para chefia + direção + assessoramento. 
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica; 
Não temos uma lei de greve dos servidores públicos, logo usamos a lei da iniciativa 
particular= lei nº 7783/89 
 
VIII - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender 
a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
 
Contratação por tempo determinado= só para casos de necessidade temporária e 
excepcional interesse público. 
 
IX - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 
39 da Constituição Federal somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, 
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na 
mesma data e sem distinção de índices; 
X - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta e autárquica,

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