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Anais_CONAENF_2017 (1)

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1 
 
 
2 
 
Reitor 
José Pio Martins 
 
Coordenadora do Curso de 
Enfermagem 
Kátia Renata Antunes Kochla 
 
Presidente da Comissão Executiva 
Luciane Favero Basegio 
 
Comissão Científica 
Adriana Francielli dos Santos Nascimento 
Ana Paola Geronasso 
Andressa Paliano 
Chayane Karla Lucena de Carvalho (Coordenadora) 
Gabriela Carneiro 
Gabriela Carvalho Ximendes Cardoso 
José Rodrigues Cabral Jr 
Luciane Favero Basegio (Professora orientadora) 
Mitsuy Luana dos Santos Kuriyama 
Shaieny Naiê Marcon 
Thalita Nely dos Santos 
 
Comissão de Infraestrutura 
Caroline Nascimento Xavier 
Julia Alves Grigoletto (Coordenadora) 
Keuri Chaves Ubatuba Lima 
Marly Bittencourt Gervásio Marton da Silva (Professora orientadora) 
3 
 
Mirella Heymoski Wille 
Rebeca Graciano 
Semely Blasques 
Viviane Bembem 
 
Comissão Social 
Ana Paula Vicente Pinto 
Ariane Stéphanie Silva Pereira 
Camila Soares de Oliveira Conforto 
Denise Faucz Kletemberg (Professora orientadora) 
Gabrielle Ribeiro da Silva 
Kleber Teixeira Bertão 
Renata de Oliveira Tavares (Coordenadora) 
Thiago Fernandes 
 
Comissão de Secretaria e Finanças 
Daniela Cordeiro de Souza 
Débora Noemi Bizetto Ramos 
Eloisa dos Santos Vaz 
Eloiza Gabriela Almeida de Souza 
Gabriele Mendes Campoi 
Giovanna Batista Leite Veloso (Professora Orientadora) 
Luana Gomes Policarpo 
Paula Hisae Damasceno Hinata (Coordenadora) 
 
 
 
4 
 
Apoio e colaboração 
 
ABEN-PR 
Hospital Nossa Senhora das Graças 
Universidade Positivo 
 
Monitores 
 
Sarah Zettel Lossano 
Rachel de Oliveira 
Mayume Sato 
Valéria Pereira 
Bruna Yuraki Nakagaki 
Felipe Mendes Barbosa 
 
Empresa colaboradora 
MC surgical 
 
Realização 
Acadêmicos da terceira série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL 
CARACTERIZAÇÃO DA FASCIÍTE NECROSANTE E OS RISCOS 
RELACIONADOS À SUA OCORRÊNCIA: REVISÃO INTEGRATIVA..................10 
FISSURA LABIOPALATAL: OS SENTIMENTOS DAS MÃES DE CRIANÇAS EM 
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL..............................................................15 
A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE DEPENDENTE DE 
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.............................................................................19 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM 
BRONQUITE CRONICA COM ÊNFASE NA TAXONOMIA NANDA.....................24 
INCOMPREENSÃO DA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL COMO FATOR 
IATROGÊNICO......................................................................................................28 
ESCALAS PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO........................33 
CAUSAS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM RELACIONADOS ÀS LESÕES 
CUTÂNEAS EM RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS EM UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.......................................................................36 
A TERAPÊUTICA ATRAVÉS DO GRUPO DE CONVÍVIO E SEUS BENEFÍCIOS 
PARA O DIAGNOSTICADO COM TRANSTORNO MENTAL: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA.......................................................................................................41 
RUÍDOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: UM OLHAR DA 
ENFERMAGEM.....................................................................................................46 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO 
UTERINO NA ATENÇÃO BÁSICA........................................................................50 
OS DIFERENTES TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER........................54 
ESTUDO COMPARATIVO DAS CARACTERISTICAS HEMATOLOGICAS ENTRE 
ANEMIA FALCIFORME E MEGALOBLÁSTICA: UMA REVISÃO DE 
LITERATURA.........................................................................................................58 
6 
 
A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE NA SAÚDE DO ADOLESCENTE DE RISCO: SOB 
A ÓTICA DE FLORENCE..............................................................................62 
SÍNDROME DE NICOLAU PÓS-EVENTO IATROGÊNICO: ESTUDO DE 
CASO.....................................................................................................................67 
DIFICULDADE DO RELACIONAMENTO FAMILIAR COM INDIVÍDUOS QUE 
SOFREM DE TRANSTORNO AUTÍSTICO...........................................................71 
CHOQUE SÉPTICO SECUNDÁRIO À PERITONITE BACTERIANA 
ESPONTÂNEA: RELATO DE CASO.....................................................................76 
ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA EQUIPE DE 
ENFERMAGEM.....................................................................................................80 
VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE BUSCA ATIVA PARA EXAMES 
PREVENTIVOS DA SAÚDE DA MULHER............................................................85 
 
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO PÔSTER 
A INFLUÊNCIA DO COMPORTAMENTO DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO 
DO SEU FILHO: RELATO DE EXPERIÊNCIA......................................................89 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE SUÍCIDA..............................94 
EFICIÊNCIA DA VACINAÇÃO CONTRA HPV POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE 
VACINAÇÃO EXTRAMUROS EM UMA ESCOLA MUNICIPAL: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA.......................................................................................................99 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM À PESSOA COM NEOPLASIA DE MAMA 
SEGUNDO O MODELO ADAPTATIVO DE CALLISTA ROY..............................104 
IATROFARMACOGENIA EM IDOSOS................................................................108 
A INFLUÊNCIA CULTURAL NA AMAMENTAÇÃO: UM RELATO E ANÁLISE SOB 
A ÓPTICA DA TEORIA TRANSCULTURAL DE MADELEINE LEININGER........113 
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DA 
DOENÇA ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO............................................117 
O CONHECIMENTO DA SINDROME DE BURNOUT PARA AUXILIAR O 
CUIDADO DA ENFERMAGEM............................................................................121 
7 
 
COMPLICAÇÕES EM ACESSO VENOSO PERIFÉRICO..................................125 
FATORES DE NÃO ADESÃO À IMUNIZAÇÃO INFANTIL.................................130 
ANÁLISE DE UM PRONTO ATENDIMENTO INFANTIL SOB A ÓTICA DA TEORIA 
AMBIENTALISTA..................................................................................134 
A IATROGENIZAÇÃO DA SAÚDE MENTAL E O PAPEL DA ENFERMAGEM NA 
MUDANÇA DESTE PARADIGMA.......................................................................139 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENE COM AVE ISQUÊMICO: ESTUDO 
DE CASO.............................................................................................................143 
PAPILOMA VÍRUS HUMANO NA POPULAÇÃO FEMININA: UM ESTUDO DE 
CASO...................................................................................................................148 
O USO DA CANNABIS E O DESENCADEAMENTO DA ESQUIZOFRENIA: SOB O 
OLHAR DA TEORIA DO RELACIONAMENTO INTERPESSSOAL DE HILDEGARD 
PEPLAU.........................................................................................151 
ELABORAÇÃO DE UM PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR AO PACIENTE 
DEPRESSIVO GRAVE COM IDEAÇÃO SUICÍDA..............................................156 
PERFIL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL PSIQUIATRICO DE 
CURITIBA............................................................................................................160 
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE VÍTIMA DE QUEIMADURAS NO TRATAMENTO 
DA CICATRIZ HIPERTRÓFICA...........................................................................164 
A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE E OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM SOB A 
ÓTICA DE FLORENCE À UM USÚARIO DE DROGAS......................................169 
COMPORTAMENTOS E ATITUDES DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE QUE 
CARACTERIZAM A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA.................................................173 
AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA ADAPTAÇÃO E O AUTOCUIDADO DE 
OSTOMIZADOS...................................................................................................177MODOS DE ADAPTAÇÃO PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM À PESSOA 
COM SÍNDROME CONSUMPTIVA.....................................................................181 
DÉFICIT DO AUTOCUIDADO: TROMBOANGEÍTE OBLITERANTE 
BILATERAL..........................................................................................................185 
8 
 
A CRIAÇÃO DE UM GRUPO DE CONVÍVIO SOB A ÓPTICA DE PEPLAU PARA 
DIAGNOSTICADO COM TRANSTORNO MENTAL: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA.....................................................................................................188 
HOSPITAL PSIQUIÁTRICO: UM AMBIENTE SOB A ÓTICA DA DAMA DA 
LÂMPADA FLORENCE NIGHTINGALE..............................................................193 
POTENCIAL IATROGÊNICO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL.......................198 
DIABETES MELLITUS TIPO 2: RECOMENDAÇÕES DA EQUIPE DE 
ENFERMAGEM PARA O USO CORRETO DE INSULINA.................................202 
SÍFILIS NA GESTAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO.............................................207 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM PÓS-OPERATÓRIO DE 
PROSTATECTOMIA......................................................................................211 
PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE ÀS IATROGENIAS RELACIONADAS AO 
REPROCESSO DOS MATERIAIS PARA A PRÁTICA DA ENDOSCOPIA 
DIGESTIVA ALTA................................................................................................215 
TERMINALIDADE DA VIDA NO CONTEXTO DE UMA UNIDADE DE PRONTO 
ATENDIMENTO...................................................................................................219 
ENSINAR O AUTOEXAME DAS MAMAS: A LUZ DA EVIDÊNCIA 
CIENTÍFICA.........................................................................................................222 
DOENÇA RENAL CRÔNICA E ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE......................225 
O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UM RECÉM-NASCIDO COM SÍNDROME DE 
DOWN: UM ESTUDO DE CASO.........................................................................230 
A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE À VIOLENCIA OBSTÉTRICA...235 
PAPEL DA ENFERMAGEM NO TRANSTORNO AUTÍSTICO............................239 
CONTRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO FRENTE À VIOLÊNCIA 
OBSTÉTRICA......................................................................................................242 
SKIN TEARS: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA....................246 
ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO A PACIENTES COM TRANSTORNO 
MENTAL EM UMA UNIDADE DE SAÚDE EM CURITIBA/PR: RELATO DE 
EXPERIÊNCIA.....................................................................................................250 
9 
 
FATORES DE ESTRESSE EM CUIDADORES DE IDOSOS 
INSTITUCIONALIZADOS....................................................................................254 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM OSTEOGÊNESE 
IMPERFEITA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.................................................258 
MOTIVOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO 
IDOSO..................................................................................................................263 
NECESSIDADES BÀSICAS PARA O CUIDADO DA PESSOA SUBMETIDA A 
COLECISTECTOMIA...........................................................................................266 
O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM TENDO A PARTICIPAÇÃO DO 
ACADÊMICO COMO PROTAGONISTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.......270 
RELAÇÃO IMC E CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL EM PACIENTES COM 
DIABETES MELLITUS TIPO 2............................................................................274 
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES COM TRANSTORNOS 
MENTAIS E A TEORIA DE PEPLAU COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO.......287 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
TRABALHOS DE APRESENTAÇÃO ORAL 
CARACTERIZAÇÃO DA FASCIÍTE NECROSANTE E OS RISCOS 
RELACIONADOS À SUA OCORRÊNCIA: REVISÃO INTEGRATIVA 
Andressa Paliano1, Chayane Karla Lucena de Carvalho¹, Gabriela Carvalho Ximendes 
Cardoso¹, Adriana do Rocio Vendrametto2 
 
INTRODUÇÃO: A Fasciíte Necrosante (FN) foi referida por Hipócrates no séc. XV 
a.C., como uma consequência da erisipela. A terminologia FN foi utilizada 
primeiramente, por Wilson Ben, em 1952 e se mantém. No entanto entre leigos, a 
FN é conhecida como “gangrena galopante” e/ou “bactéria comedora de carne” 
(SOARES, 2013). A FN consiste em uma patologia infecciosa grave, reconhecida 
pela extensa necrose dos tecidos moles, tais como, tecido subcutâneo subjacente 
e fáscia muscular. Esta afecção em geral, é infrequente e de evolução rápida, 
caracterizada pelo acometimento necrotizante da fáscia superficial, trombose 
venosa de pequenos vasos e supuração, visto que a pele e o músculo subjacente 
são inicialmente resguardados (SOARES, 2013). Inicialmente a FN manifesta-se 
como uma área eritematosa, dolorosa e bem localizada, com acometimento rápido 
e a presença do significativo edema tecidual. Seguidamente ocorre a cianose e 
formação de flictenas com conteúdo de aspecto purulento ou sanguinolento. A área 
acometida torna-se demarcada, circundada por extremidade eritematosa com 
cobertura necrótica, consequentemente levando a perda da sensibilidade da pele 
que recobre a lesão, devido à destruição das fibras nervosas, tecido subcutâneo 
subjacente e interrupção do aporte nutricional tecidual. De início a pele é 
resguardada, mas, com a extensão do processo necrótico, torna-se estruturalmente 
e funcionalmente comprometida (COSTA et al., 2004). A classificação da FN se 
divide em três grupos gerais, os quais são especificados de acordo com o agente 
bacteriano causador (SOARES et al., 2008). A FN atinge o público infantil e adulto, 
prevalecendo na população adulta. Sua ocorrência é comum em associação a 
 
1 Acadêmicas da 3ª série do curso de Enfermagem da Universidade Positivo, Curitiba-Pr. E-mails: 
andressapaliano@gmail.com; chaycarvalho7@gmail.com; gabriela.ximendes96@gmail.com. 
Contato Telefônico: (42) 9826-0186. 
2 Enfermeira. Professora Adjunta do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail: 
avendrametto@hotmail.com. 
11 
 
fatores, como: senilidade, imunossupressão, diabetes mellitus, obesidade, trauma, 
doença vascular periférica, pulmonares, cardiopatias, renais, internações de longa 
permanência, entre outros fatores (COSTA et al., 2004). A FN pode acometer 
qualquer área do corpo, contudo é comum na parede abdominal, membros 
superiores e/ou inferiores e no períneo. Atualmente é escasso dados precisos 
quanto sua tangível incidência, em especial no Brasil (FERNANDES, 2011). 
JUSTIFICATIVA: Considerando a potencialidade mortal e agressiva que a FN pode 
ocasionar, o trabalho se faz necessário para o esclarecimento dos profissionais da 
enfermagem, com intuito de reconhecimento desta patologia, bem como, seus 
fatores predisponentes, viabilizando o bom preparo desses profissionais, afim de 
agilizar a assistência adequada, o desfecho satisfatório frente a sintomatologia da 
FN, assim como, prepará-los para realizar ações preventivas frente ao grupo de 
risco. A partir deste contexto, OBJETIVOU-SE analisar as produções científicas 
nacionais e internacionais referentes as características da FN, evidenciando os 
riscos relativos a sua ocorrência. METODOLOGIA: Para honrar o objetivo deste 
estudo, utilizou-se como procedimento metodológico a revisão integrativa de 
literatura, a qual possibilita uma busca ampliada de pesquisas, para análise e 
síntese, a fim de chegar à conclusão abrangente da temática abordada. Para a 
construção desse estudo foram adotadas as seguintes etapas: definição do tema; 
elaboração da questão norteadora; estabelecimentos de critérios de inclusão e 
exclusão de estudos; coleta de dados; categorização dos estudos; avaliação dos 
dados incluídos na revisão integrativa; análise e interpretação dos resultados; 
síntese do conhecimento e elaboração da revisão contemplando todas as fases da 
pesquisa (GANONG,1987). A partir da definição do tema Caracterização da FN e 
os riscos relacionados à sua ocorrência, elaborou-se a questão norteadora: Quais 
as características da FN e os fatores de riscos relacionados para sua ocorrência? 
Seguidamente, definiu-se como critério de inclusão: artigo completo, publicados 
eletronicamente, nos idiomas português e inglês, publicados entre os anos de 2010 
a 2017, que retratem em suma as características relacionadas à FN e os riscos a 
ela relacionados. Como critérios de exclusão foram descartados artigos que não 
atendessem os critérios de inclusão, relativos ao período estabelecido e idioma de 
escolha, artigos incompletos e que não atendessem o objetivo da pesquisa. Para a 
busca dos artigos foram utilizadas as seguintes bases de dados: Base de Dados 
12 
 
de Enfermagem (BDENF), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica 
(MEDLINE) e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (SciELO). 
A busca foi realizada pelo acesso online, no período de maio a julho do ano de 
2017, para tanto foram utilizados as seguintes palavras-chaves: fasciíte necrosante 
and fatores de risco; fasciíte necrosante and infecções dos tecidos moles. Para a 
coleta de dados foi adotado uma planilha de análise, que permitiu ordenar os textos 
selecionados, identificar os autores e sua formação, ano de publicação, fonte de 
localização, revista de publicação, delineamento e características do estudo, 
resultados e discussão, considerações finais ou conclusões. Por tratar-se de uma 
revisão integrativa, este estudo dispensa o uso de termo de consentimento livre e 
esclarecido. RESULTADOS: Na busca dos dados utilizando as palavras-chaves: 
fasciíte necrosante and fatores de risco juntamente com a aplicação dos filtros de 
inclusão, foram encontrados cinquenta e sete (57) artigos, destes, somente 
quarenta e nove (49) estavam disponíveis. Dos artigos disponíveis, trinta e quatro 
(34) não atendiam a temática proposta na revisão, restando quinze (15) artigos para 
serem analisados. Destes, observou-se que quatorze (14) foram publicados por 
autores que vêm da formação de medicina e um (1) publicado por autores com 
formação de enfermagem. Quando utilizada, na pesquisa, as palavras-chaves: 
fasciíte necrosante and infecções dos tecidos moles juntamente com a aplicação 
dos filtros de inclusão, foram encontrados setenta e cinco (75) artigos, sendo que 
dez (10) não estavam disponíveis. Dos artigos disponíveis, cinquenta e cinco (55) 
não atendiam a temática proposta na revisão, totalizando sessenta e cinco (65) 
excluídos. Dos dez (10) artigos restantes, observou-se que nove (9) foram 
publicados por autores que vêm da formação de medicina e um (1) publicado por 
autores que vem da formação de radiologia. Das duas buscas obteve um total de 
vinte e cinco (25) artigos para serem analisados, a fim de compor as discussões e 
considerações da revisão. Quanto à fonte de localização dos artigos e o idioma, 
observou-se que todos os vinte e cinco (25) foram encontrados na plataforma 
MEDLINE no idioma inglês. Em relação ao ano de publicação, constatou-se que no 
período elencado para a análise, a produção foi bem distribuída entre todos os 
anos, totalizando dois (2) artigos publicados no ano de 2010, três (3) artigos 
publicados no ano de 2011, quatro (4) artigos publicados no ano de 2012, três (3) 
artigos publicados no ano de 2013, sete (7) artigos publicados no ano de 2014 e 
13 
 
seis (6) artigos publicados no ano de 2015. Quanto à área de atuação, predominou 
a medicina. No que diz respeito a metodologia usada nas publicações, constatou-
se que em onze (11) eram estudos retrospectivo de coorte, em cinco (5) 
publicações foram usada a abordagem de relato de caso, em duas (2) publicações 
utilizaram revisões sistemáticas da literatura, duas (2) publicações eram estudos 
de caso, uma (1) publicação era um ensaio pictórico, uma (1) publicação era um 
estudo com abordagem de série de casos, uma (1) publicação era um estudo 
prospectivo experimental, uma (1) publicação era um estudo de prevalência e uma 
(1) publicação era uma abordagem metodológica dupla, sendo estudo retrospectivo 
de coorte e revisão sistemática. Totalizando assim vinte e cinco (25) publicações 
analisadas. DISCUSSÕES: Os autores analisados consideram que a FN é uma 
grave infecção dos tecidos moles, de instalação rápida, que causa necrose 
extensiva do tecido subcutâneo e da fáscia. Relacionado ao principal fator de risco, 
evidencia o Diabetes Mellitus, pois provoca cicatrização cutânea prejudicada e 
imunossupressão. A FN gera impactos significativos aos pacientes, principalmente 
pelo seu tratamento que requer a administração de antibioticoterapias de amplo 
espectro e por vezes intervenções cirúrgicas, que acarretam um período longo de 
internação, bem como, alto risco de mortalidade e o alto custo com a terapêutica 
(COSTA et al., 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Analisando as publicações 
encontradas, observou a escassez de publicações brasileiras e nas demais áreas 
da saúde, que não, a medicina. Tendo o profissional da enfermagem um papel 
essencial tanto no auxílio da caracterização diagnóstica, quanto ao longo de todo 
o desfecho desta patologia, percebe-se a necessidade de encorajar a produção de 
conhecimento científico na área, com intuito de capacitá-los para serem atuantes 
na prevenção da FN, em especial nos grupos de riscos, a fim de que estejam 
preparados para proceder durante toda a terapêutica. 
 
DESCRITORES: Fasciíte Necrosante; Enfermagem; Conhecimento. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
14 
 
COSTA, I. M. C. et al. Fasciíte necrosante: revisão com enforque nos aspectos 
dermatológicos. 2004. Disponível em 
<http://www.scielo.br/pdf/abd/v79n2/20068.pdf>. Acesso: em 11/07/2017. 
 
FERNANDES, B. M. Fasciíte necrotizante: Aspectos Clínico-Epidemiológicos. 
2011. Disponível em <http://semiologiamedica.blogspot.com.br/2011/02/fasciite-
necrotizante.html>. Acesso: em 11/07/2017. 
 
GANONG, L. Integrative reviews of nursing research. Research in Nursing & 
Health. Hoboken, v. 10, n. 1, p. 1-11, Mar. 1987. 
 
SOARES, F. G.; PESSANHA, A. L. P.; LEMOS, L. V. de B. Fasciíte Necrotizante 
em paciente diabético. 2013. Disponível em <http://www.fmc.br/revista/V8N1P28-
32.pdf>. Acesso: em 11/07/2017. 
 
SOARES, T. H. et al. Diagnóstico e tratamento da Fasciíte Necrosante (FN): 
relato de dois casos. 2008. Disponível em 
<http://www.hiperbaricasantarosa.com.br/arquivos/diagnostico_faiscete_necrosant
e.pdf>. Acesso: em 11/07/2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISSURA LABIOPALATAL: OS SENTIMENTOS DAS MÃES DE CRIANÇAS EM 
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL 
15 
 
Daiane Venancio da Silva1, Fernanda Beatriz Gazzola¹, Juliana Victoria Alves Carneiro 
Mocelin¹, Nayara Ribeiro¹, Luciane Favero Basegio2 
 
INTRODUÇÃO: As fissuras labiopalatais são anomalias congênitas caracterizadas 
por espaço anormal do palato, alvéolo e/ou lábio, envolvendo estruturas da face 
como nariz, boca, gengiva e dentes. Dentre as anormalidades craniofaciais mais 
comuns estão as fissuras do lábio superior e do palato (MOORE; PERSAUD, 2008). 
O nascimento de uma criança com essa malformação facial é algo que pode criar 
diferentes sentimentos e reações nas mães. A etiologia das malformações faciais 
ainda é desconhecida, todavia, existem evidências que fatores genéticos e 
ambientais atuam em associação na origem das fendas labiopalatais como o 
aparecimento de doenças durante a gravidez como sífilis e rubéola. A fissura labial, 
labiopalatina ou palatina podem ser causadas pelo consumo materno de drogas 
como: anticonvulsivantes; corticoides; antibióticos; antifúngicos e anti-inflamatórios, 
além da prática de tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas. As malformações 
orais estão vinculadas a diversas situações de saúde e de bem-estar das crianças 
afetadas, gerando grande impacto na saúde e na integração social, pois 
proporcionamalterações na sucção/deglutição, respiração, fonação, audição e 
estética (BRASIL, 2014). O comportamento da mãe frente ao diagnóstico de 
fissuras labiopalatal pré ou pós-parto, ao obter o recebimento da notícia da 
patologia do filho está relacionada a falta de conhecimento da mesma, o que pode 
acarretar culpa, a negação da condição da criança (BERBERIAN; et al, 2012). A 
assistência de enfermagem da atenção à saúde deve ser oferecida desde o pré-
natal, nascimento, permanecendo durante o pré e pós tratamento cirúrgico por meio 
do acolhimento as mães, identificando e reconhecendo a malformação desde o 
primeiro contato. O enfermeiro tem como função exercer um papel de extrema 
importância no acompanhamento da criança, orientando as mães, na promoção e 
adesão ao tratamento, dando suporte e prevenindo consequências traumáticas das 
hospitalizações criando uma relação de respeito, preocupação e envolvimento. 
 
1 Acadêmicas da 4ª série de Graduação de Enfermagem da Universidade Positivo: 
dai.venancio12@hotmail.com, fernandabgazzola@hotmail.com, juh.moccelin@gmail.com, 
n.ribeiroo@hotmail.com (41) 998351315. 
2 Professora da Universidade Positivo, Doutora em Enfermagem pela UFPR, Mestre em 
Enfermagem - UFPR, Especialista em Enfermagem Neonatal - SOBEP, Especialista em 
Enfermagem Pediátrica - PUC-PR, lucianefavero@yahoo.com.br. 
mailto:dai.venancio12@hotmail.com
mailto:fernandabgazzola@hotmail.com
mailto:juh.moccelin@gmail.com
mailto:n.ribeiroo@hotmail.com
mailto:lucianefavero@yahoo.com.br
16 
 
(SILVA, et al, 2013). JUSTIFICATIVA: A razão que nos levou a estudar esse 
assunto se deu devido ao nosso primeiro contato com crianças portadoras de 
fissura labiopalatal no setor de pediatria de um Hospital Escola, onde nos 
interessamos e resolvemos nos aprofundar mais sobre o assunto referente aos 
sentimentos das mães de crianças com esse agravo de saúde. OBJETIVOS: 
identificar os sentimentos das mães de crianças com fissura labiopalatal em 
atendimento ambulatorial. MÉTODO: pesquisa qualitativa descritiva-exploratória 
realizada em um serviço de referência para o atendimento ao fissurado labiopalatal 
no município de Curitiba-PR. Foram realizadas entrevistas com dez mães de 
crianças com fissuras labiopalatais contendo três questões abertas que abordaram 
em qual momento a mãe recebeu o diagnóstico ou a informação de que a criança 
apresentava uma malformação oral; como foi para ela receber essa notícia, qual foi 
sua reação ao ver a criança pela primeira vez e que sentimentos estavam 
envolvidos nesse momento. Os dados foram analisados mediante técnica de 
análise temática. Estudo aprovado junto ao Comitê de Ética e Pesquisa da 
instituição sede do estudo na data de 26 de agosto de 2016 sob o parecer: 
1.697.685. RESULTADOS: Todas as participantes eram do sexo feminino, mães 
com idade entre 19 a 56 anos. Três delas não completaram o ensino fundamental, 
duas concluíram o ensino fundamental, quatro possuíam o ensino médio completo 
e uma cursou pós-graduação. Os sentimentos identificados nas entrevistas foram: 
a culpa de ter feito algo errado que levou a essa malformação, a negação de não 
querer lidar com a situação atual em que a criança se encontra e a aceitação ao 
reconhecer que a malformação do filho possui tratamento e esse advém de um 
local acessível e de referência no cuidado a crianças fissuradas. Foram 
encontradas diferentes reações vivenciadas pelas mães que geraram os 
sentimentos citados, sendo eles, negativos e positivos. A gestação é um 
acontecimento que proporciona uma expectativa muito grande frente às 
adversidades de problemas que podem levar a uma má formação e, os sentimentos 
encontrados geraram diferentes reações vivenciadas por cada mãe, sendo eles, 
negativos e positivos. As mães que viram a malformação da criança no primeiro 
contato logo após o nascimento tiveram relatos semelhantes quanto à culpa e 
negação, por não saberem da patologia, contudo, no sentimento de aceitação 
houve diferenças nas falas. CONCLUSÕES: Frente ao contato primário com a 
17 
 
criança com fissura labiopalatal, a mãe pode apresentar impacto emocional e 
psicológico. Isso é perceptível nos relatos, visto que, as mães sentem dificuldade 
em entender que não há um único motivo causador da malformação. Elas tentam 
encontrar uma causa específica para o problema, afim de esconder o sentimento 
de culpa ou negação. Esses sentimentos geralmente são adquiridos pré ou pós 
gestação pela falta de conhecimento e informação, simultâneo ao fato de existirem 
poucos serviços de referência com profissionais capacitados para o atendimento a 
esses pacientes. A equipe de saúde deve ser cautelosa ao comunicar a mãe a 
respeito do diagnóstico, pois elas podem não estão preparadas para receber todas 
as informações, necessitando de tempo para compreender o que está 
acontecendo. Destaca-se a importância da comunicação entre a mãe e 
profissionais da saúde, uma vez que dúvidas surgem logo após o nascimento, e 
essas estão normalmente relacionadas aos cuidados que devem ser prestados ao 
bebê, principalmente acerca da alimentação por consequência da fissura de lábio 
e/ou palato. A comunicação é relevante, pois é através dela que o profissional vai 
identificar os sentimentos das mães, sejam eles positivos ou negativos e poder 
atuar sobre eles. IMPLICAÇÕES PARA ENFERMAGEM: O enfermeiro deve 
fornecer atendimento integral desde o acompanhamento no pré-natal até o 
desenvolvimento da criança que se dá através das consultas de puericultura. Nos 
casos de hospitalização o profissional também deve demonstrar conhecimento 
teórico-científico e técnico para orientar e auxiliar as mães diante da condição e 
necessidades especiais de cuidado que a criança necessita, além de encaminhar 
ao serviço de referência ambulatorial para seguimento do tratamento. 
 
DESCRITORES: Fenda Labial; Mães; Sentimentos. 
 
REFERÊNCIAS 
BERBERIAN, A.P; et al. Fissuras orofaciais: aspectos relacionados ao diagnóstico. 
Distúrb Comun, v. 24, n. 1, p. 11-20, 2012. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Fissura Labiopalatal, 2014. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/898-
sas-raiz/daet-raiz/media-e-alta-complexidade/l3-media-e-alta-complexidade/ 
12826-duvidas-frequentes-fissura-labiopalatal. Acesso em: 06 de agosto de 2017. 
 
MOORE, K.L; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, p. 181-196, 2008. 
 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/898-sas-raiz/daet-raiz/media-e-alta-complexidade/l3-media-e-alta-complexidade/
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/898-sas-raiz/daet-raiz/media-e-alta-complexidade/l3-media-e-alta-complexidade/
18 
 
SILVA, C.M; et al. A escola na promoção da saúde de crianças com fissura 
labiopalatal. Texto Contexto-Enferm, v. 22, n. 4, p.1041-8, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE DEPENDENTE DE 
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 
19 
 
Kwanna Fiuza de Toledo1, Thiago Miguel Vodonis¹, Luiz Claudio Sobrinho do 
Nascimento2, Adriano Yoshio Shimbo3 
 
INTRODUÇÃO: Embora a gestação seja considerada um período de bem-estar 
emocional, para muitas mulheres, a gravidez e a maternidade são momentos de 
maior vulnerabilidade e estão sujeitas a possíveis riscos de distúrbios, isso se deve 
aos níveis hormonais (estrógeno e progesterona) aumentados, fazendo com que a 
mulher seja exposta ao desenvolvimento de perturbações emocionais (ALMEIDA, 
2010). Alguns transtornos durante a gestação podem estar relacionados às 
complicações obstétricas, pré-natal inadequado e podem influenciar negativamente 
no crescimento e desenvolvimento infantil (KASSADA, WAIDMAN, MIASSO, 
MARCON, 2014). As preocupações provenientes da própria gestação como a 
saúde da criança, mudançano estilo de vida, questionamento quanto a capacidade 
de ser mãe e a condição financeira, são questões que por si já aumentam o nível 
de ansiedade, quando falamos de gravidez indesejada ou inesperada os níveis de 
estresse são mais exacerbados ainda (ALMEIDA, 2010). Segundo Esteves (2012) 
a gravidez não é um fator de proteção para doença mental, pois existem diversos 
fatores para o desenvolvimento dessa patologia quando associados à gestação. 
Devido uma falsa crença de que a gravidez é um período de completo bem-estar, 
a saúde mental da gestante por muito tempo foi negligenciada, acreditando que os 
problemas psiquiátricos surgiriam somente no puerpério, entretanto, atualmente 
dados epidemiológicos apontam prevalências comum tanto no período gestacional 
como pós-parto sendo de 10 a 15% das mulheres suscetíveis (KASSADA, 
WAIDMAN, MIASSO, MARCON, 2014). O período entre gravidez e puerpério é a 
fase de maior incidência de transtornos psíquicos, porém o período gestacional não 
é único motivo do aparecimento de doenças psiquiátricas, existem outros fatores 
de riscos que podem estar associados ao aumento das taxas de transtornos como: 
 
1 Acadêmicos da 2ª série de enfermagem da UP – Curitiba – Paraná – Brasil. Contato: 
kwanna_toledo@hotmail.com (041) 99272-0988 / thiagomiguelvodonis@hotmail.com (041) 99692-
4580. 
2 Graduado em enfermagem (UFRJ – 1998), graduado em administração hospitalar pela (FESP - 2008), 
especialização "lato sensu" em Gestão de Serviços de Saúde (2004), professor do curso de enfermagem UP-
PR e coordenador da Central de Leitos Psiquiátricos da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal 
de Curitiba 
3 Graduado em enfermagem (PUC - 2004), professor do curso de enfermagem na UP-PR, Mestre em 
Enfermagem (UFPR – 2008), especialista em Terapia Intensiva (PUCP – 2005) e enfermeiro de serviço de 
atendimento móvel de urgência. 
20 
 
doença psiquiátrica na família ou previamente diagnosticada, vivenciar maus tratos 
na infância, ser mãe solteira ou falta de ligação entre o casal, ter mais de 3 filhos, 
abortos anteriores, idade inferior a 20 anos, baixo grau de escolaridade, suporte 
social insuficiente, vítima de violência doméstica ou ser sensível ao uso de 
anticoncepcionais orais, quando estes fatores apresentam-se associados a 
gestação as chances de desenvolvimento de distúrbios são maiores (ALMEIDA, 
2010). Gestantes que fazem uso de álcool durante a gravidez proporcionam ao feto 
risco de lesões orgânicas e neurológicas acarretando a síndrome alcoólica fetal 
(SAF), uma das maiores causas de retardo mental no ocidente, ou até mesmo 
aborto, já o tabagismo acarreta baixo peso ao nascer, além de ser o principal 
responsável pelo aumento da mortalidade fetal e neonatal é também autor de 
abortos espontâneos e má formação fetal, as drogas ilícitas (cocaína, maconha, 
merla e crack) são altamente danosas tanto a gestante quanto ao feto, trazendo 
sérios agravos à saúde física e psicossocial, podendo acarretar em aborto, 
prematuridade, baixo peso ao nascer e diminuição do perímetro cefálico (ROCHA, 
et al., 2016). JUSTIFICATIVA: Considerando os riscos ao qual estão expostas as 
gestantes usuárias de substâncias psicoativas e a vulnerabilidade psicossocial, 
além das estatísticas negativas em relação à mortalidade e complicações ao feto, 
faz se necessário o estudo da relação que se estabelece entre o enfermeiro no 
cuidado destas gestantes. OBJETIVO: Descrever os cuidados de enfermagem a 
gestante dependente de substâncias psicoativas. METODOLOGIA: Estudo 
descritivo, tipo relato de caso, realizado em um hospital psiquiátrico na cidade de 
Curitiba (PR), por acadêmicos de enfermagem do 2º ano da Universidade Positivo 
no mês de maio de 2017, durante estágio supervisionado da disciplina de saúde 
mental. Os dados foram coletados por meio de prontuário e entrevista com a 
paciente durante a internação. Este trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética 
e pesquisa, por tratar-se de metodologia pedagógica da disciplina que não será 
publicado na íntegra. RESULTADO: A.P.W, 35 anos, casada, segundo grau 
completo, do lar, espírita, residente no CIC – Curitiba, com o esposo e 2 filhos 
(menino 17 anos e menina 12 anos), grávida do terceiro filho, 36 semanas, principal 
renda da família provém do esposo (eletricista), possuem casa própria. 
Internamento por medida compulsória devido ao uso de substâncias psicoativas e 
duas tentativas de suicídio. Iniciou na adolescência o uso das substâncias, após 
21 
 
um estupro e morte do pai, paciente relata ter parado de usar as drogas ilícitas 
quando descobriu sua primeira gestação, há 18 anos, porém atualmente devido a 
problemas financeiros e brigas com seu esposo, foge de casa para fazer uso de 
crack e realiza autoagressão. Esteve internada por 2 vezes, ambas decorrente de 
tentativa de suicídio, uma internação em março/2017 por 5 dias e outra em 
abril/2017 também por 5 dias, onde foi transferida para o hospital dia de uma clínica 
psiquiátrica para acompanhamento, mas não aderiu ao tratamento alegando não 
ter condições financeiras para o transporte. Fez também acompanhamento no 
CAPS por duas vezes mas descontinuou a terapêutica, dizendo que iria ficar com 
sua mãe em Brasília. Paciente apresenta as seguintes comorbidades: 
Hipotireoidismo, arritmia cardíaca, Diabetes Millitus e hipertensão gestacional. 
Alérgica a dipirona e diclofenaco. Além das medicações associadas as 
comorbidades, faz uso de haloperidol e levomepromazina. Exame do Estado 
mental: 18/05/2017 – Consciente, orientada autopsíquica e alopsíquica, 
pensamento com forma, curso e conteúdo, pensamento adequado, com insight 
preservado; 19/05/2017 - D2: Chorosa, consciente e orientada autopsíquica e 
alopsíquica, pensamentos com forma, curso e conteúdo, pensamento adequado, 
com insight preservado, labilidade afetiva, autocuidado preservado, devido a 
tristeza não quis se alimentar, relatou ansiedade pela alta, pois sua filha está 
sentindo sua falta. DISCUSSÃO: O pré-natal constitui um momento oportuno para 
rastrear sinais e sintomas de transtornos mentais, cabe ao enfermeiro em suas 
consultas de enfermagem identifica-los, realizar orientações e quando necessário 
encaminhar para a psiquiatria (KASSADA, WAIDMAN, MIASSO, MARCON, 2014). 
Trazer o reconhecimento o risco de gestantes desenvolverem doenças mentais 
para a realidade do dia a dia na assistência à saúde da gestante, colaborar para o 
planejamento de uma assistência visando o desenvolvimento de intervenções 
(ALMEIDA, 2010). Cabe a enfermagem identificar os sinais do uso de substâncias 
psicoativas, principalmente quando não é relato pela mulher, sendo assim possível 
que as intervenções sejam realizadas e consequentemente os riscos de 
complicações neonatais e maternais sejam reduzidos, uma vez que o uso dessas 
substâncias sejam elas lícitas ou ilícitas, trazem danos severos a saúde da mulher 
e a vida do feto (ROCHA, et al., 2016). Quanto aos cuidados da enfermagem cabe 
identificar os sintomas precocemente quanto ao uso dessas substâncias e realizar 
22 
 
tratamento imediato. Registrar os potenciais de riscos para a gestante e feto, 
discutindo isso com a mulher e a família; mantê-la na comunidade tanto quanto 
possível e auxiliá-la no acesso ao sistema de atendimento de saúde mental; usar 
de linguagem clara para que isso não sirva de barreira ou empecilho no tratamento; 
prestar serviço sem discriminação quanto a raça, situação social ou doença; 
promover o auto cuidado; incentivar o comprometimento com o tratamento; 
aprimorar a comunicação usando a informação escrita no nível apropriado de leitura 
para a cliente; focar nos resultados esperados; realizar escuta ativa; clarificar e 
validar a comunicação (ORSHAN, 2010). CONCLUSÃO: A participação da 
enfermagem no cuidado é de extrema importância, pois através da assistênciaprestada a gestante, durante todo o pré-natal é possível identificar sinais e sintomas 
de mulheres em potencial de risco, auxiliando no reconhecimento, orientação, 
intervenção e adesão ao tratamento, buscando terapias alternativas seja na 
Unidade de Saúde, CAPS, hospital dia ou quando necessário hospital psiquiátrico, 
esse atendimento não pode ser voltado apenas a grávida, mas deve ser extensivo 
aos seus familiares, a fim de que o tratamento seja eficaz, garantindo o melhor 
estado de saúde para a gestante e principalmente ao recém-nascido, pois o uso de 
substâncias psicoativas podem interferir no desenvolvimento do feto. 
CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA SAÚDE: A enfermagem juntamente 
com a equipe multidisciplinar deve buscar o trabalho interdisciplinar, pois podem 
propor um plano terapêutico e através do acompanhamento irão verificar os 
resultados e quando necessário readequá-lo. 
 
DESCRITORES: Dependência química; Saúde Mental; Cuidados de Enfermagem. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. S. Transtornos mentais em uma amostra de gestantes da rede de 
atenção básica de saúde no Sul do Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de 
Janeiro, v. 28, n. 2, p.385-393, Fev 2012. Disponível em: 
<http://www.scielosp.org/pdf/csp/v28n2/17.pdf>. Acesso em 24 jun. de 2017. 
 
ESTEVES, M. M. B. S. S. Doença mental na gravidez. Dissertação (Mestrado 
Integrado em Medicina) Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 
Universidade do Porto, Portugal. Disponível em: < 
https://sigarra.up.pt/reitoria/pt/pub_geral.show_file?pi_gdoc_id=594454>. Acesso 
em 23 de jun. de 2017. 
 
23 
 
KASSADA, D. S.; WAIDMAN, M. A. P.; MIASSO, A. I.; MARCON, S. S. Prevalência 
de transtornos mentais e fatores associados em gestantes. Revista Acta Paulista 
Enfermagem, São Paulo, v.28, n. 6, p. 495-502, 2015. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002015000600495&lang=pt>. Acesso em 24 jun. de 2017. 
 
OSHAN, S. A. Enfermagem na saúde das mulheres, das mães e dos recém-
nascidos. In: GARY, F. Editora Artmed. Rio grande do Sul. Cap. 5. 213-227. 
 
ROCHA, P. C. et al. Prevalência e fatores associados ao uso de drogas ilícitas em 
gestantes da coorte BRISA. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.32, n.1, 
p.1-13, Jan 2016. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2016000100707>. Acesso em 20 Jul. de 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM 
BRONQUITE CRÔNICA COM ÊNFASE NA TAXONOMIA NANDA 
24 
 
Alisan Torres Moraes de Freitas1, André Alexandre Jacewicz da Luz1, Gabriele Mendes 
Campoi¹, Kelly Vaz Torres¹, Luana Gomes Policarpo¹, Adriano Shimbo2 
 
INTRODUÇÃO: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um termo usado 
para descrever os pacientes que tem bronquite crônica ou enfisema, que são 
evidenciados pela diminuição do volume expirado, através de provas de função 
pulmonar. A bronquite crônica é caracterizada de forma clínica como a presença 
de uma tosse produtiva, sem uma causa visível, num período de dois anos, 
ocorrendo durante mais da metade do tempo. A bronquite crônica é uma doença 
de tabagistas, pois 90% dos casos acontecem em fumantes. A frequência dessa 
doença em não fumantes é menor que 5% e maior que 25% em fumantes de longa 
data. As doenças respiratórias são as principais causas de morbidade e 
mortalidade em todo o mundo. Considerando a população com 18 anos ou mais, a 
prevalência de morbidade revelou-se 22% superior nas mulheres, em relação aos 
homens, mesmo após ajuste por idade. Também é mais frequente em moradores 
de áreas urbanas com poluição do ar e trabalhadores expostos a inalantes tóxicos 
nas indústrias. Em relação à morfologia da bronquite crônica ocorre um aumento 
do aparelho secretor de muco. Existem duas células responsáveis por revestir as 
glândulas de muco: as células mucosas (são mais comuns) pálidas e as células 
serosas. A bronquite crônica é definida pela hiperplasia e hipertrofia das células 
mucosas e as células serosas e mucosas sofrem um aumento da proporção entre 
as duas. Por isso ocorre um aumento no tamanho das glândulas. O índice de Reid 
mede o aumento do tamanho das células mucosas, o valor normal é igual ou inferior 
a 0,4; na bronquite crônica o valor é maior que 0,5. A bronquite crônica pode estar 
acompanhada de enfisema ou não. Normalmente, os pacientes com bronquite, na 
maioria das vezes crônica tem tosse produtiva por vários anos. JUSTIFICATIVA: 
Diante disso, justifica-se a realização deste trabalho a aplicação da Sistematização 
da Assistência de Enfermagem ao paciente portador de bronquite crônica, para um 
atendimento de enfermagem mais individualizado. OBJETIVO: Identificar os 
 
1Acadêmicos da 3º série do Curso de Enfermagem da Universidade Positivo, 
alisan_moraes@hotmail.com; (41) 9.9592-4552 ale_jacewics@hotmail.com; 
gaabicampoi@gmail.com; kellytdvt@outlook.com; luanapolicarpolgp@hotmail.com; 
2 Mestre em Enfermagem. Enfermeiro Especialista em Terapia Intensiva. Docente do Curso de 
Enfermagem da Universidade Positivo. adriano.shimbo@hotmail.com 
mailto:alisan_moraes@hotmail.com
mailto:ale_jacewics@hotmail.com
mailto:gaabicampoi@gmail.com
mailto:kellytdvt@outlook.com
mailto:luanapolicarpolgp@hotmail.com
mailto:adriano.shimbo@hotmail.com
25 
 
principais cuidados de enfermagem ao paciente portador de bronquite crônica, com 
ênfase nos diagnósticos da NANDA. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo 
descritivo, tipo estudo de caso, realizado no mês de Março de 2017, durante as 
aulas práticas da disciplina de UTI/ UE, em uma Unidade de Pronto Atendimento 
na cidade de Curitiba-PR, com atendimento do Sistema Único de Saúde, que 
atende pacientes clínicos, sendo composto por três setores de atendimento, 
separados pelas cores verde (esta casos menos graves), amarelo e vermelho 
(sendo os dois últimos para graves e mais graves, respectivamente), sendo esses 
os campos de estágio do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. Os dados 
foram coletados com o auxílio de um instrumento próprio, elaborado pelo corpo 
docente do curso (Ficha de Investigação Admissional de Enfermagem) que 
contemplava histórico e descrição detalhada do exame físico. Os resultados foram 
organizados em: histórico, exame físico, levantamento de problemas e discussão. 
O trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade 
Positivo, por se tratar de um trabalho acadêmico, utilizando metodologia 
pedagógica própria da disciplina. RESULTADOS: Histórico: A participante 
escolhida foi do sexo feminino, 69 anos, casada, três filhos, natural de Campo 
Largo-PR e aposentada. Deu entrada na UPA do Campo Comprido por 
exacerbação de quadro de bronquite crônica. Essa chamou a atenção das 
acadêmicas do terceiro ano de Enfermagem da Universidade Positivo para 
elaboração do estudo, por se tratar de uma idosa com histórico de múltiplas 
internações e por estar submetida ao setor amarelo, já que está paciente não 
apresentava sinais além de dispneia por esforços e tosse produtiva. APA, mora 
com o marido em casa própria e possui água encanada e luz elétrica. Admitida 
apresentando dispneia e tosse produtiva há mais de dez dias, foi levada pela filha 
até a UPA, pois, a paciente tem histórico de bronquite crônica há mais de dez anos. 
Tabagista por mais de cinco anos, relata fumar meia cartela de cigarro por dia, 
(interrompeu o uso do cigarro quando apresentou dispneia), nega etilismo e alergia 
a medicamentos e alimentos. Paciente responsiva e conhecedora da sua patologia, 
mas não realiza corretamente tratamento em casa, principalmente pelo não ter 
abandonado o fumo. Exame Físico: T: 35,6 ºC, FR: 20 rpm, FC: 75 bpm, PA:100 
x70mmHg, saturação: 91%, dor: não relata dor. Glasgow 15, pupilas isocóricas e 
fotoreagentes, uso de máscara de névoa 2 l/m. Ausculta cardíaca com bulhas26 
 
normofonéticas, ritmo regular e sem sopro. Ausculta pulmonar ápice bilateral e base 
bilateral com sibilos, mantendo saturação de 91%. Abdome flácido e globoso, 
ruídos hidroaéreos presentes nos quadrantes. AVP em MSD. MMII sem alterações. 
Diurese presente e evacuação ausente no período. Levantamento de Problemas: 
tosse produtiva, tabagista, dispneia. DIAGNÓSTICOS: Risco de integridade da 
pele prejudicada relacionada a extremos de idade; Ventilação espontânea 
prejudicada relacionada à fadiga da musculatura respiratória evidenciada por 
saturação arterial de oxigênio (SaO2) diminuída; Desobstrução ineficaz das vias 
aéreas relacionada a tabagismo evidenciada por dispneia; Risco de mucosa oral 
prejudicada relacionado a tabagismo; Falta de adesão relacionada motivação 
insuficiente evidenciada por exacerbação de sintomas; Proteção ineficaz 
relacionada a extremo de idade evidenciada por tosse. INTERVENÇÕES: Hidratar 
a pele com creme tópico uma vez ao dia; Observar alterações na pele; Monitorar 
frequência, ritmo, profundidade e esforços na respiração; Registrar mudanças na 
SaO2; Palpar em busca de expansão torácica igual; Monitorar a ocorrência de 
dispneia; Orientar sobre prejuízos a saúde causada pelo tabagismo; Fornecer 
suporte para paciente se quiser abandonar abuso de tabaco; Avaliar e monitorar as 
membranas mucosas quanto à hidratação, cor e textura; Instituir protocolo de 
higiene oral; Informar sobre importância da adesão ao tratamento; Orientar sobre 
problemas causados pela falta de adesão; Educar sobre mudanças de habito de 
vida; Monitorar padrão respiratório; Monitorar saturação de O2. CONCLUSÃO: 
Através da elaboração deste estudo podemos identificar quão importante é a 
classificação correta de um paciente no momento de sua internação no setor, pois 
através dessa seleção a equipe pode elaborar o seu papel com maior coerência. E 
uma paciente com sinais leves de bronquite crônica não se encaixa 
adequadamente no setor de UTI, porém os cuidados prestados há essa cliente se 
torna mais integral, por se tratar de um setor que implica estar em total vigilância 
ao doente. CONTRIBUIÇÕES/IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE: As contribuições 
que esse trabalho nos proporcionou, foi que a seleção correta do paciente no 
momento de sua adesão ao serviço de saúde é o princípio dos cuidados. E através 
dos diagnósticos elaborados com o referencial de Nanda o paciente com bronquite 
crônica pode receber um cuidado mais globalizado com suas necessidades. 
 
27 
 
DESCRITORES: Cuidados de Enfermagem; Bronquite crônica; Doença Crônica. 
 
REFERÊNCIAS 
RUBIN, Emanuel. Rubin patologia: bases clinicopatológicas da medicina. 4. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
 
NANDA, Internacional. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificação 
2015-2017. Porto Alegre: Artmed, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCOMPREENSÃO DA COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL COMO FATOR 
IATROGÊNICO 
28 
 
Drielly Zanatta1, Ana Lazzari¹, Diego Dias¹, Gabriela Machado¹, Mônica Teixeira¹, Marly 
B. G. Marton da Silva2 
 
INTRODUÇÃO: A comunicação é a ação de transmitir uma mensagem e 
eventualmente receber outra mensagem como resposta, estabelecendo uma 
relação entre os indivíduos possibilitando a interação de princípios, ideologias, 
conhecimentos, diálogos e sentimentos. Cada um desses fatores somados ao 
contexto biopsicossocial no meio em que está inserido resultará em um 
determinado comportamento como resposta (PEREIRA; PUGINALL, 2017). 
Segundo Paes (2017) o contexto da rotina hospitalar está focado na execução 
rápida e eficaz dos serviços prestados, contribuindo para que o serviço se torne 
mecanizado e o profissional deixe de ter uma visão holística voltada para a 
semiologia dos sentidos, expressões e emoções do paciente. Freitas (2014) refere 
que a repercussão de impasses causados pela comunicação não-verbal é 
relativamente mais impactante que a comunicação verbal, podendo tornar frágil o 
vinculo de confiança entre o enfermeiro e o paciente. Segundo Broca (2012) 
estudos demonstram que 55% dos sentimentos são expressos por meio da 
comunicação não-verbal; 38% pela voz e, somente 7% são representados por 
palavras. Freitas (2014) corrobora que tais percentuais confirmam que há maior 
possibilidade de criação de um vínculo de confiança através da comunicação não-
verbal em relação à verbal, uma vez que certas respostas fisiológicas são reflexos 
naturais manifestados pelo corpo e não podem ser dissimulados, tornando uma 
forma de instrumento de avaliação mais fidedigna. A compreensão dos sinais 
transmitidos pelos sentidos do paciente, segundo Araújo (2007), poderá ser 
interpretada como fator iatrogênico ou instrumento terapêutico dependendo do 
ponto de vista do profissional. Desse modo, a verificação do emprego da 
comunicação não-verbal em sua prática diária torna-se benéfica ao paciente, 
diminuindo o risco de iatrogenias, além de proporcionar ao profissional a 
oportunidade de aperfeiçoamento de sua percepção. O termo “cuidar” se insere no 
 
1 Alunos do 1º ano do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Positivo. 
dri.foz@hotmiail.com aninha.karol.lazz@hotmail.com; diegoviniciosdias97@gmail.com; 
gabriela.machado.correa@hotmail.com; monica_teixeira@hotmail.com - Fone: (41) 99903-8063. 
2 Enfermeira, Professora do curso de graduação e pós graduação em Enfermagem da Universidade 
Positivo, Mestre em Enfermagem pela UFPR, marlymarton@hotmail.com 
mailto:dri.foz@hotmiail.com
mailto:Aninha.karol.lazz@hotmail.com
mailto:Diegoviniciosdias97@gmail.com
mailto:Gabriela.machado.correa@hotmail.com
mailto:Monica_teixeira@hotmail.com
mailto:marlymarton@hotmail.com
29 
 
núcleo da profissão enfermagem, isso faz com que a locução do relacionamento 
interpessoal seja a resposta entre o cuidado efetivo ou não (FORMOZO, 2012). 
Para Morais (2009), a compreensão da comunicação terapêutica relacionada à 
linguagem não-verbal favorece o desempenho de cuidado mais adequado e 
humanizado. Desse modo, identificar os princípios que constituem a metodologia 
da comunicação e o que intervém favorável e desfavoravelmente visando sua 
efetividade e atingindo o objetivo esperado por ambos os interlocutores, de modo 
que se tenha uma relação concreta e firme entre os profissionais, contribuirá para 
que se possa prestar uma assistência humanizada, reduzindo chances de 
iatrogenias decorrentes da negligencia relacionada aos diversos tipos de 
comunicação, principalmente a não-verbal. JUSTIFICATIVA: As iatrogenias 
representam um efeito de consentir no sofrimento físico e emocional dos pacientes, 
além disso, podem prolongar a hospitalização dificultando a recuperação do 
paciente e aumentando o risco para o desenvolvimento de outras complicações, 
ocasionando prejuízos nas atividades da vida diária, em vista disso, as iatrogenias 
requerem completa atenção proveniente da equipe multiprofissional no quesito de 
prevenir o seu aparecimento ou favorecer o seu tratamento, sendo necessária a 
investigação da comunicação não-verbal como possível fator de iatrogenia. 
OBJETIVO: Verificar se a incompreensão da comunicação não-verbal resulta em 
iatrogenias. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos 
da literatura cientifica da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME) pelo acesso 
de bases eletrônicas de dados LILACS (Literatura Latino-americana em Ciências 
de Saúde), PUBMED (National Center for BiotechnologyInformation) e Scielo. 
Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos publicados 
em periódicos nacionais, que abordassem os assuntos iatrogenia, comunicação 
não-verbal e relacionamento interpessoal, indexados, publicados no período de 
2007 a 2017. Tal busca selecionou18 artigos, que após leitura refinada dos 
mesmos e seguindo os critérios de inclusão resultou em seis artigos. Este trabalho 
não foi submetido ao Comitê de Ética por se tratar de um estudo realizado durante 
a atividade curricular do curso de graduação em enfermagem da Universidade 
Positivo, não será publicado na íntegra e manter-se-á anonimato do paciente. 
RELATO DE CASO: O fato aconteceu em um hospital no município de São Paulo. 
Paciente N.S., sexo masculino, 32 anos, trabalhador da construção civil, deu 
30 
 
entrada no PA do Hospital com politraumatismo por agressão. Sofreu fraturas em 
MIE, MSE, mandíbula e nariz. Passou por duas cirurgias e teve a face imobilizada 
com gesso por 28 dias. Recebia cuidados das equipes de enfermagem, que 
relatavam ser um paciente rebelde e agitado, sem perceberem que ele manifestava 
suas dores e sofrimentos através de gritos e gemidos. Certo dia uma enfermeira, 
nova no setor, se aproximou do paciente para lhe prestar cuidados e percebeu um 
odor fétido vindo do rosto dele. Examinando-o, percebeu que o gesso pegava 
abaixo da mandíbula e constatou que, provavelmente, ele era agitado e gritava 
porque sentia fortes dores. A enfermeira solicitou que a equipe de ortopedia 
avaliasse o quadro clínico e o gesso foi retirado do seu rosto, perceberam que o 
tecido encontrava-se necrosado e com miíase, neste momento a agitação e os 
gemidos do paciente foram compreendidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO:O 
entendimento da comunicação não-verbal é extremamente relevante, pois sua 
compreensão simplifica o trabalho do profissional e propicia uma assistência mais 
humanizada, proporcionando qualidade de vida aos pacientes, além de evitar 
iatrogenias.Os comportamentos de expressões não verbaissão observáveis e, 
algumas vezes, audiveis, tais como toque, proximidade, contato visual, gemidos e 
gritos (Freitas, 2014).A comunicação entre pacientes, profissionais e gestores 
constitui fator de suma importância acerca do processo do cuidado e do 
ralacionamento interpessoal. Visando uma efetiva relação entre as partes citadas, 
faz-se necessário o estreitamento dos laços de variados tipos de comunicação 
favorecendo a compreensão da realidade do profissional e do paciente (BROCA, 
2012). Para garantir sua satisfação no atendimento de enfermagem é necessario 
compreender o processo de comunicação não-verbal muito além do que somente 
a linguagem do corpo.Bax (2012) refere que as expressões se dispõem sob as 
formas cinésica (movimentos), tacêsica (toque), proxêmica (intimidade), paraverbal 
(sons sem uso das palavras) e o silêncio caracterizado pela ausência de som 
emitido pela pessoa. Além disso, Bax (2012) afirma a relevância de interpretar o 
que se sucede com o paciente, fundamentando suas dúvidas, angústia, aflição e 
medos reconhecidos pelos indícios não verbais, uma vez que não verbaliza, 
contudo expressa nas reações corporais ao longo dos cuidados. Araújo et al.(2007) 
referem que comunicação é prejudicadaà medida que os profissioanaisadotam 
comportamento rotineiro e mecanizados. A comunicação interpessoal somente se 
31 
 
torna terapêutica quando ajuda, promove e dá oportunidade ao paciente de ser 
atendido dentro das suas necessidades. CONCLUSÃO: Dispor-se de uma atitude 
compreensiva para com o paciente necessitado de ajuda é um dos primeiros 
passos para a criação de um vínculo bem estabelecido entre o paciente e 
enfermeiro, possibilitando melhor interação na prática do cuidado. Segundo Broca 
(2015) a comunicação não verbal é indispensável na construção desse elo entre os 
lados. Atentar-se às formas não verbais de expressões advindas do paciente é 
excelente recurso técnico para desenvolvimento da relação interpessoal. 
Constantemente procedimentos realizados acontecem de forma mecanizada e 
rotineira, tornando cada vez mais comum o fato de muitos profissionais não 
saberem como iniciar algum tipo de comunicação com o paciente e como mantê-la 
de forma criativa e adequada, principalmente quando a comunicação ocorre de 
forma não-verbal, favorecendo a negligência das formas expressivas procedente 
do paciente podendo resultar em iatrogenias. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: 
O cuidado efetivo do ponto de vista técnico constitui uma esfera fundamental da 
assistência ao paciente, mas não é completa do ponto de vista ideal sem a 
complementação do aspecto empático, que representa o respeito e a consideração 
à pessoa assistida. Os recursos de comunicação e interação necessitam investigar 
alternativas terapêuticas que respaldam os pacientes e impossibilite a realização 
de práticas de descuidado que possam levar a negligência de informações. A busca 
pode ser conduzida no seguimento da efetivação de tecnologias referentes às 
variadas formas de relacionamentos e comunicação que propiciem o elo entre os 
indivíduos e a mais adequada conduta do processo terapêutico, com proteção da 
dignidade humana. 
 
DESCRITORES: Iatrogenia; comunicação não-verbal; relacionamento 
interpessoal. 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, M.M.T.; SILVA, M.J.P.; PUGINA, A.C.G. A Comunicação não verbal 
enquanto fator iatrogênico. Rev. Esc. Enf. USP. São Paulo, v.41, n.3, 419-25. 
2007. 
 
BAX, C. et al. EXPRESSÃO NÃO VERBAL DO PACIENTE NO CUIDADO: 
percepção do enfermeiro em unidade cardiointensiva.Esc Anna Nery (impr.) out - 
dez; v16, n4, p.728-33, 2012. 
32 
 
 
BROCA, P. V.; FERREIRA, M. A. Equipe de enfermagem e comunicação: 
contribuições para o cuidado de enfermagem. RevBrasEnferm. v.65 n1, p. 97-
103, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n1/14.pdf 
 
FORMOZO, G. A.; OLIVEIRA, D .C.; COSTA, T.; GOMES, A. M. T. As relações 
interpessoais no cuidado em saúde: uma aproximação ao problema. RevEnfer 
UERJ. V.12, n.1, p.:124-7. 2012.http://www.facenf.uerj.br/v20n1/v20n1a21.pdf 
 
FREITAS, Q.F.F.et al.Comunicação não verbal entre enfermeiros e idosos à luz 
da proxêmica.RevBrasEnferm. nov-dez; vol. 67. n 6, p.928-35, 2014 
 
MORAIS, G. S.N.; COSTA, S. F. G.; FONTES, W. D.; CARNEIRO, A. D. 
Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em 
enfermagem ao paciente hospitalizado.Acta Paul Enf. V. 22, n 3, p.:323-7, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCALAS PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO 
http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n1/14.pdf
http://www.facenf.uerj.br/v20n1/v20n1a21.pdf
33 
 
Davi Augusto Trauer Linhares Cirino dos Santos1, Diego Costa Passos1, Jennifer 
Veiga Vilela1, Mayara Silva de Oliveira1, Nathalin Eduarda Sant’Ana Dias1, Stephanie 
Yara Santos da Silva1, Denise Faucz Kletemberg2 
 
INTRODUÇÃO: Estudos demonstram que no Brasil, a incidência de lesão tecidual 
por pressão (LTP) é dimensionada entre 19,1% a 39,8%, independente dos 
ambientes de cuidado, sendo que as taxas internacionais indicam variações entre 
10,2% a 26,7% (STUQUE et al, 2017). A lesão por pressão era anteriormente 
chamada de úlcera por pressão, mas a partir de abril de 2016 o National Pressure 
Ulcer Advisory Panel (NPUAP) anunciou a mudança na terminologia para Lesão 
por Pressão (LP). Definida como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles 
subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea, ou relacionada ao uso de 
dispositivo médico ou a outro artefato. É reconhecida como um evento adverso, se 
ocorrer após a admissão do indivíduo no serviço de saúde, e como uma das cinco 
causas mais comuns de danos aos pacientes. (VASCONCELOS,2017). Visando a 
melhoria da atenção aos pacientes em risco para o desenvolvimento da lesão por 
pressão e, consequentemente reduzir a sua ocorrência, pesquisadores criaram as 
escalas de risco. JUSTIFICATIVA: A ausência de conhecimento e a não utilização 
das escalas de avaliação para lesão por pressão podem influenciar diretamente na 
qualidade de vida e no processo de reabilitação dos pacientes. Deste modo as 
escalas precisam ser implementadas na prática assistencial do enfermeiro, 
melhorando assim a qualidade da assistência,possibilitando também a condução 
de pesquisas cientificas. OBJETIVO: Identificar as escalas para avaliação da lesão 
por pressão, descritas na literatura brasileira. METODOLOGIA: Revisão 
bibliográfica realizada durante o mês de agosto de 2017, por meio de pesquisa 
eletrônica, consultando-se o banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), 
nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 
(LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de 
 
1Acadêmicos do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Positivo – Curitiba –Brasil. 
Contato: (41) 99221-0050, wolf.trauer@gmail.com, diego_costa_passos@hotmail.com, 
veigajenni@gmail.com, natahalineduarda@gmail.com, 
stephenie_yara@hotmail.com,mayarasilva_01@live.com 
2Doutora em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade 
Positivo. Líder do Núcleo de Estudos Cuidado e Ensino em Saúde (NECES). 
denisekle@yahoo.com.br 
mailto:veigajenni@gmail.com
34 
 
Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foi utilizado o cruzamento 
dos descritores Lesão por Pressão and Escalas. Os critérios de inclusão foram 
publicações no período de 2012 a 2017, no idioma português e inglês. A exclusão 
dos artigos seguiu os seguintes critérios: complicações da lesão por pressão, 
custos financeiros e estudos de incidência da lesão por pressão. RESULTADOS: 
Foram encontradas 3 escalas para avaliação da lesão por pressão. Historicamente 
a primeira a ser criada foi a escala de Norton, que apontava o risco por meio de 
escores, inicialmente avaliava cinco fatores de risco: condição física, estado mental, 
atividade, mobilidade e incontinência. Foi ampliada em 1973, acrescentando 
nutrição e retirando condição física (ROCHA et al, 2016). Outra escala de risco é a 
de Waterlow amplamente usada no Reino Unido, abrangendo um maior número de 
fatores que a escala anterior ao avaliar a propensão ao desenvolvimento da LP por 
meio dos indicadores: Índice de Massa Corporal (IMC), sexo/idade, continência 
urinária, tipo de pele, mobilidade, apetite, má nutrição tecidual, déficit neurológico, 
cirurgias de grande porte, trauma e medicação. A escala atribui a pontuação a cada 
uma das variáveis, 10-14 (risco), 15-19 (alto risco) e ≥ 20 (risco altíssimo) (MORAIS; 
TOLENTINO, 2017). Adaptada e validada no Brasil, a escala de Braden (EB) se 
encontra amparada na fisiopatologia da lesão por pressão e permite a avaliação de 
aspectos importantes para a sua formação ao aferir o risco de desenvolvimento das 
LP. Composta por seis parâmetros e pelas subescalas: percepção sensorial, 
umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e cisalhamento. Cada uma das 
subescalas tem uma pontuação que vai de 1 a 4, com exceção do domínio “fricção 
e cisalhamento”. Que resulta numa somatória final entre 6 e 23 pontos, que 
significam: risco baixo (15-18), risco moderado (13-14), risco elevado (10-12) e 
risco muito elevado (≤ 9). (MORAIS; TOLENTINO, 2017). DISCUSSÃO: A 
aplicação das escalas para a prevenção da lesão por pressão, auxilia o enfermeiro 
a avaliar os riscos, formular diagnósticos de enfermagem e determinar o melhor e 
mais eficiente plano de cuidados levando em consideração as particularidades de 
cada paciente. No entanto, para que as escalas sejam adequadamente utilizadas 
é indispensável o conhecimento técnico da escala por toda a equipe de 
enfermagem, do contrário pode ser mal interpretada, muitas vezes não surtindo 
efeito. Em estudo comparativo das escalas de Norton, Braden e Waterlow concluiu-
se que a escala de Waterlow apresenta maior sensibilidade para a definição dos 
35 
 
diagnósticos e cuidados, e que adaptada para a língua portuguesa é uma 
ferramenta de alta confiabilidade em predizer o risco de desenvolver lesões por 
pressão. No entanto a “escala preditora mais popular no Brasil é a escala de Braden 
(PAULA; BACARIN, 2017). CONCLUSÃO: A lesão por pressão é um problema 
grave e recorrente enfrentado diariamente pelos profissionais da saúde, mais 
especificamente a equipe de enfermagem, cabendo ao enfermeiro conhecer os 
protocolos e metodologias para garantir uma boa assistência de enfermagem. Das 
três escalas encontradas, a mais utilizada no Brasil é a escala de Braden, por ser 
a com a melhor tradução e que melhor se adapta a realidade dos hospitais 
brasileiros. CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE: Neste cenário, as escalas de 
prevenção de lesão por pressão podem evitar inúmeros agravos e incômodos no 
tratamento dos pacientes, principalmente os mais críticos, como das UTIs, 
oncológicos e de idade avançada. 
 
DESCRITORES: Lesão por Pressão; Escalas; Enfermagem. 
 
REFERÊNCIA 
MORAIS, Thiago A. S.; TOLENTINO, Karine P. Análise da propensão a úlcera de 
pressão em indivíduos hospitalizados. Rev. Unimontes Científica, Montes Claros. 
v. 19, n. 1, 2017, p 25-32. 
 
PAULA, Betania Rafael de; BACARIN, Viviane Pereira. Escala de Braden versus 
Waterlow desafios e aplicabilidade. Rev. Olhar Científico, Ariquemes. v. 03, n. 01, 
2017. p. 301-323. 
 
ROCHA, Sheila C. G.; OSELAME, Gleidson B.; MELLO, Marcia G. S.; NEVES, 
Eduardo B. Comparação das escalas de avaliação de risco de lesão por pressão. 
Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 2016, v. 18, n. 4, p 143-151. 
 
STUQUE, Alyne G. et al. Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. Rev. 
Rene, São Paulo, v.18, n. 2,2017, p 272-82. 
 
VASCONCELOS, Josilene M. B.; CALIRI, Maria H. L. Ações de enfermagem antes 
e após um protocolo de prevenção de lesões por pressão em terapia intensiva. 
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, 2017, v. 21, p 1-9. 
 
 
CAUSAS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM RELACIONADOS ÀS LESÕES 
CUTÂNEAS EM RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS EM UNIDADES DE 
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL 
36 
 
Madalena Rosenente1, Thalita Jennifer Veiga¹, Thatyane Vanessa Turatto¹, Thays 
Emanuelle Saskoski¹, Vaniele de Oliveira Rodrigues¹, Luciane Favero Basegio² 
 
INTRODUÇÃO: Considerada o maior órgão do corpo humano, a pele se apresenta 
como principal fator de proteção do organismo já que exerce funções contra 
traumas, absorção e excreção de líquidos, regulação térmica, barreira contra a 
invasão de microrganismos, detecção de estímulos sensoriais, etc. Após o 
nascimento a pele do bebê representa 13% da superfície corporal (SCHAEFER; 
NAIDOM; NEVES, 2016), ou seja, qualquer tipo de alteração neste órgão pode 
levar a problemas secundários que podem influenciar tanto no seu 
desenvolvimento, quanto no tempo de sua permanência no serviço hospitalar. 
Devido à prematuridade e/ou apresentação de determinados problemas de saúde, 
muitos recém-nascidos acabam aumentando sua estadia em Unidades de Terapia 
Intensiva Neonatais, local onde há frequente uso de diversos dispositivos e 
realização de inúmeros procedimentos (ANTUNES et al., 2010) que são 
imprescindíveis para a sobrevivência do bebê, mas que podem culminar com 
lesões de pele. Além disso, tecnologias como monitores, sensores, tubos e 
cateteres podem provocar rompimento cutâneo, fator capaz de agravar ainda mais 
a condição clínica desses bebês. Essas alterações que acometem a pele dos 
neonatos, quando não tratadas de forma correta podem originar lesões como 
flebites, hematomas, escoriações e até mesmo úlceras. Assim, cabe principalmente 
à enfermagem, profissão do cuidado, a criação de estratégias para evitar que 
fatores externos interfiram de modo a prejudicar a evolução clínica e prolongamento 
do processo de internação dos recém-nascidos na UTIN. Para isso, o enfermeiro 
deve conhecer as características da pele, saber avaliar, prevenir e tratar as mais 
diversas lesões cutâneas em seus diferentes níveis (FONTENELE; PAGLIUCA; 
CARDOSO, 2012). Questão Norteadora: Quais as causas e os principais cuidados 
de Enfermagem relacionados às lesões de pele em RNs internados em UTIN? 
OBJETIVOS: Descrever as causas e cuidados de Enfermagemrelacionados às 
lesões de pele que acometem os RNs hospitalizados em UTIN descritas na 
 
1 Bacharelandos do curso de Enfermagem da Universidade Positivo. E-mail autor correspondente: 
madarosenente@hotmail.com 
² Doutora em Enfermagem. Especialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatal. Profª da 
Universidade Positivo. E-mail lucianefavero@yahoo.com.br 
mailto:madarosenente@hotmail.com
mailto:lucianefavero@yahoo.com.br
37 
 
literatura brasileira. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo revisão de literatura 
realizada por meio da obtenção de artigos científicos publicados em periódicos da 
área. Os artigos foram selecionados através de buscas nas bases de dados 
nacionais da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Scientific Electronic Library 
Online (SciELO). Para a seleção dos textos foram utilizados os cruzamentos e 
buscas isoladas dos descritores: iatrogenia, lesão, pele, prevenção, terapia 
intensiva, cuidado de enfermagem e recém-nascido. Os seguintes critérios de 
inclusão delimitados foram: artigos na íntegra disponíveis de forma online; gratuitos; 
em português (BR); datados entre o período de janeiro de 2007 até agosto de 2017; 
resultantes da busca isolada ou do cruzamento dos descritores. Os critérios de 
exclusão foram: artigos de acesso bloqueado; com temas divergentes da proposta; 
e em outros idiomas que não o português originário do Brasil. A partir da junção 
dos descritores na base de dados da SciELO obteve-se 1080 textos. Destes, 1075 
foram excluídos após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, e leitura do 
título e resumo para verificar coerência com a temática em estudo. Mediante 
cruzamento dos descritores prevenção, lesão, pele e recém-nascido (filtro: títulos) 
na BVS, surgiu um único resultado, o qual também foi utilizado, pois atendeu a 
todos os critérios preestabelecidos. No final, foram utilizados seis artigos para o 
estudo em questão. RESULTADOS: A partir da leitura na íntegra dos textos, 
encontrou-se uma categoria central denominada “Lesões de pele no RN 
hospitalizado em UTIN” e quatro subcategorias (apresentadas a seguir com 
sublinhado para melhor identificação) com nove componentes/elementos que as 
alimentam. O emprego de fitas/adesivos para a fixação de aparelhos de 
monitorização, e de tubos e cateteres é um grande vilão para lesões cutâneas 
neonatais. A utilização indiscriminada e inadequada de fitas, como o esparadrapo 
por exemplo, pode culminar em ferimentos extensos e portas de entrada para 
micro-organismos. A punção venosa também pode levar a lesões de pele, seja 
devido ao fato de também utilizar fitas adesivas, mas, principalmente, se houver 
extravasamento de soluções intravenosas. Além dessas, outra tecnologia que 
possui grande representatividade para a formação de lesões cutâneas é o uso do 
Continuous Positive Airway Pressure (CPAP nasal), que quando utilizado por tempo 
prolongado e sem os devidos cuidados, poderá ocasionar lesão no septo nasal do 
RN. Para prevenir este tipo de problema, há possibilidade do uso de curativos 
38 
 
protetores como os de hidrocoloides como anteparo de outras fitas adesivas 
secundárias. Além disso, a utilização de fitas menos agressivas a pele frágil do RN 
e de soluções apropriadas para sua retirada, podem amenizar o surgimento ou 
extensão dessas lesões. Nas UTI Neonatais, outra condição que está estreitamente 
relacionada à formação de lesões epidérmicas, como as assaduras e dermatites, é 
a higiene corporal. O uso contínuo e excessivo de antibióticos, os quais podem 
causar aumento da frequência de eliminação intestinal e alteração do pH das fezes, 
associado a troca de fraldas, principalmente se essas não forem realizadas com 
frequência, poderá gerar possíveis danos teciduais. Mesmo a rotina de banho, a 
qual está na maioria das vezes relacionada a resultados positivos, quando efetuada 
precocemente (antes de seis horas de vida), rotineiramente (diariamente), 
principalmente nos RNs prematuros e/ou agregado ao uso de substâncias comuns, 
como o sabão, por exemplo, pode ser nociva a pele frágil do bebê, tornando-se 
outro aspecto agravante para a integridade da epiderme. Considera-se ainda, a 
importância da equipe de enfermagem em atentar-se ao fato de que a utilização de 
substâncias irritantes como o álcool sobre a pele e de sabões/sabonetes de forma 
contínua e/ou ininterrupta, podem produzir diversos danos ao tecido cutâneo do RN 
prematuro. A utilização de soluções menos agressivas como a clorexidine 
alcoólica/aquosa, ou de apenas a água para o banho, pode contribuir 
significativamente para a diminuição desse tipo de lesão. O extravasamento 
cutâneo de soluções endovenosas, o qual pode ser evitado por fixação adequada, 
monitoramento constante e indicação específica do tipo do acesso venoso a 
terapêutica medicamentosa implementada, poderá desenvolver quadros de flebite 
química. Outra condição que merece atenção é a mudança de decúbito, já que esta 
quando não realizada em intervalos de tempo regulares é capaz de ocasionar 
lesões por pressão. Para evitar possíveis danos, a troca de posições e o uso de 
colchões de água ou de pele de carneiro sintética sob o corpo do RN acabam sendo 
as melhores opções. DISCUSSÃO: Compreende-se que o neonato ao longo de 
sua internação pode ter sua integridade cutânea prejudicada por diversos motivos, 
e compete, principalmente, a enfermagem a execução de cuidados para que estes 
problemas possam ser amenizados. Diversas ações podem ser realizadas como 
medidas de prevenção. Sobre a utilização de adesivos, estes devem ser mantidos 
pelo menos por 24 horas, exceto quando há necessidade de refixação por motivos 
39 
 
de validade ou desprendimento, e sua retirada deve ser feita com óleos minerais. 
Para as punções venosas, recomenda-se cautela na hora do procedimento, além 
de fazer com que o primeiro acesso vascular seja o umbilical, possibilitando coletas 
de sangue por meio deste (MARTINS; VILLALOBOS, 2009). Empregar o uso de 
hidrocolóide para a proteção da mucosa quando utilizado o CPAP nasal, torna-se 
uma maneira efetiva para prevenir possíveis danos no septo do neonato 
(ANTUNES et al., 2010). Sabe-se que em uma UTIN, manter a pele do RN seca e 
higienizada é algo imprescindível, por isso tem de existir uma rotina para a troca de 
fraldas e observação do profissional em relação à marca da fralda e cremes de 
barreira utilizados, e suas possíveis reações (ARAÚJO et al., 2012). Ainda sobre a 
higiene do neonato, o banho pode acabar sendo prejudicial à sua pele, mas isso 
pode ser evitado se este não for realizado com frequência. Higienizando apenas a 
região intima ou partes que apresentam sujidade com água e sabão (MARTINS; 
TAPIA, 2009). Para finalizar os cuidados com a pele do RN, é importante lembrar 
de que o uso de soluções irritantes, como o álcool, deve ser evitado com objetivo 
de proporcionar a preservação cutânea, e a mudança de decúbito/utilização de 
hidrocolóide em proeminências ósseas a fim de evitar lesões por pressão 
(SCHAEFER et al 2016). CONCLUSÃO: Através do estudo foi possível identificar 
as principais causas e cuidados a respeito de lesões de pele em RN hospitalizados 
na UTIN, e a importância da compreensão dos conhecimentos apresentados por 
parte dos profissionais da saúde, principalmente da equipe de enfermagem. 
IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: A equipe de Enfermagem possui papel 
primordial tanto no cuidado com a pele lesada, como na prevenção do surgimento 
de novas lesões cutâneas. O conhecimento científico aliado à comunicação intra e 
interdisciplinar, a troca de experiência com os pares, a criatividade e a sensibilidade 
devem permear o processo de cuidar do neonato hospitalizado em UTIN. 
 
DESCRITORES: Iatrogenia; Pele; Cuidado de Enfermagem. 
 
REFERÊNCIAS 
ANTUNES. J., et. al. Tecnologia Coadjuvante no Tratamento do Recém-nato 
Prematuro. Enfermeria global.

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