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Aula 19 Administração Pública p/ TRT 20ª (Analista Judiciário - Área Administrativa) - Com videoaulas Professores: Carlos Xavier, Ronaldo Fonseca Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 30 AULA 19: Sistema de gestão pública: ética no serviço, gestão de pessoas e, simplificação de rotina de trabalho. Lei de Diretrizes Orçamentárias. Sumário 1. Palavras iniciais. .................................................................................................................................. 2 2. Conceitos iniciais: ética, moral, valores e virtudes. ............................................................................... 3 3. Ética profissional, empresarial e gestão da ética. ................................................................................... 8 4. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS NA CF/1988 - Prof. Sérgio Mendes ...............................11 5. Questões comentadas. .........................................................................................................................19 6. Lista de Questões. ...............................................................................................................................25 7. Gabarito. .............................................................................................................................................29 Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 30 1. Palavras iniciais. Oi! Estou de volta para uma aula de conteúdo mais simples do que as demais. O seu Edital pediu que você soubesse os seguintes tópicos: Sistema de gestão pública: ética no serviço, gestão de pessoas e, simplificação de rotina de trabalho. Lei de Diretrizes Orçamentárias. Na prática, considerando o que já vimos na nossa matéria e o fato de que os assuntos vieram dentro de “administração pública”, o que precisamos estudar é a ética aplicada e a LDO na CF/1988. A “gestão de pessoas” nós já estudamos em várias aulas, e a “simplificação de rotina” se dá por meio da gestão de processos – que também já estudamos! Como o tópico sobre LDO é bastante simplificado – voltado apenas para a visão constitucional do assunto – não consegui encontrar questões no nível apropriado. O assunto, junto com as questões, serão abordados em maior profundidade no curso de administração financeira e orçamentária, com o Prof. Sérgio Mendes. Vamos para o conteúdo de hoje, então. Abraço! Bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Assine minha lista de material-bônus: http://eepurl.com/caQeIv Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 30 2. Conceitos iniciais: ética, moral, valores e virtudes. Muito se ouve falar hoje em dia sobre a necessidade das pessoas e organizações agirem com ética. Essa preocupação busca atentar para que as pessoas não ajam de maneira considerada “errada” pelo grupo social. Mas será que é isso mesmo que significa ética? Trata-se de um conceito recente ou que já existe há muito tempo? Quando surgiu este conceito? São muitas questões sobre o assunto, não é pessoal?! Vamos começar sabendo que a preocupação com a ética é algo tão antigo quanto às interações sociais entre seres humanos enquanto animais racionais. Desde o surgimento das primeiras sociedades, reflexões eram feitas sobre os princípios básicos que deveriam guiar o comportamento das pessoas. Mas é só a partir do Século IV A.C que começa a se falar em ética enquanto um conceito a ser estudado. Naquele tempo, os pensadores gregos Sócrates, Platão e Aristóteles se debruçaram sobre uma reflexão do que seria o bem e o mal na sociedade humana, como discernir a justiça da injustiça, a beleza da feiura, etc. A Ética, naquele momento, surgiu como um ramo da filosofia que buscava distinguir o bem e o mal com base numa reflexão, encontrando princípios supostamente universais que deveriam pautar a conduta humana. Para ser mais específicos, vamos ver uma definição de dicionário. Segundo o Dicionário Michaelis, ética deriva do grego (ethiké) e significa: sf (gr ethiké) 1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 30 deontologia. (...) É. social: parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade. Sobre este mesmo assunto, Lacombe (2009) afirma que ética refere- se aos: 1. princípios, padrões e valores sobre o que é bom e mau, o que é certo e errado, o que se espera das condutas das pessoas, estabelecendo, assim, padrões de conduta e de julgamento moral. 2. Obrigações e deveres que governam a ação individual. Perceba que tudo que é bom, certo e esperado do comportamento das pessoas é considerado “ético”. O que é mau, errado e não esperado como padrão de conduta é considerado “antiético”. - Mas como é possível discernir perfeitamente o que é certo do que é errado para que se possa estabelecer a ética? -Justamente por meio dos princípios éticos! Perceba pelas definições de ética que foram apresentadas que o conceito de moral já começa a surgir... - E o que é “moral”? O dicionário Michaelis define moral como, entre outras coisas: thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 30 adj (lat morale) 1 Relativo à moralidade, aos bons costumes. 2 Que procede conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes. 3 Favorável aos bons costumes. (...) Veja que Moral deriva do latim (morale) e é um conceito associado aos bons costumes, ao contrário da ética que é um ramo da filosofia associado ao estabelecimento dos princípios básicos sobre os ideais da conduta humana com base no raciocínio e na moral vigente na sociedade! Sobre moralidade, Lacombe (2009) diz trata-se de um conceito ligado ao: Conjunto de princípios e valores, que fornece um quadro de referências para se determinar o que é certo e a forma como se deve viver, reconhecido pelas pessoas de determinada sociedade. Diferentemente da ética a moral é reconhecida pelas pessoas de determinado grupo social, de modo que as pessoas não a adquirem pela reflexão intelectual, mas por absorção da moral da sociedade onde elas se inserem. Por exemplo, em alguns lugares do mundo o comportamento de uma mulher colocar um biquíni e ir à praia seria considerado contra a moral, enquanto em outros (como no Brasil) é algo comum e aceito por toda a sociedade! A ética, por sua vez, permite o estudo dos porquês da moral em cada sociedade. thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight AdministraçãoPública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 30 A moral, deste modo, está mais ligada às práticas da sociedade do que aos princípios fundamentais e valores, mas também se influencia por estes últimos - uma vez que decorre da ética. Os valores, por sua vez, são à base do comportamento das pessoas, representando as justificativas para cada uma de suas atitudes perante a vida. Como você deve ter percebido, os valores estão ligados tanto à ética quanto à moral, representando a sua base. Os valores podem ser individuais ou coletivos. Os valores individuais são aqueles que servem de base para o comportamento de um individuo, enquanto os valores coletivos são compartilhados por membros de uma sociedade, deixando claro, para todos, alguns princípios básicos aceitos por um grupo. Com todas essas explicações em mente, vamos agora ver o que diz Lacombe (2006) sobre “valor”, nesta acepção que estamos estudando: Valor. 1 princípio ou preceito que compõe um quadro de referência capaz de orientar as ações humanas supondo-se a existência de múltiplos padrões éticos e múltiplas prioridades de necessidades. (...) Perceba que, para Lacombe, o valor pressupõe a existência de múltiplos padrões éticos, ou seja, é possível que o raciocínio leve à múltiplas formas de ver a ética. Os valores serviriam para distinguir, em cada grupo social, qual o padrão ético aceitável! - e as virtudes, Prof. Carlos Xavier, o que seriam? Virtude é uma palavra que deriva do latim virtute ou ainda virtus, significando as qualidades humanas de praticar o bem em sua comunidade thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Retângulo thiagomoura Retângulo thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 30 com base na responsabilidade e na moral. Vamos ver algumas definições sobre virtudes retiradas do Dicionário Michaelis de língua portuguesa: 1 Hábito de praticar o bem, o que é justo; excelência moral; probidade, retidão. 2 Boa qualidade moral. 3 O conjunto de todas as boas qualidades morais. As virtudes, então, estariam ligadas aos comportamentos reconhecidos socialmente como dentro da moral! Vamos fazer um quadro geral sobre os conceitos que estudamos até agora: Ética Moral Valores Virtudes Relativa aos princípios adquiridos pela reflexão intelectual. O indivíduo se impõe por meio de seus valores. É mais abrangente que a moral e tende a ser universal. Relativa aos costumes adquiridos pelo individuo na sociedade onde vive. É mais aberta a mudança do que a ética. É relativa às práticas culturais, sendo imposta pela sociedade ao indivíduo. Decorre da ética. São os princípios básicos para a reflexão ética e a decisão sobre qual ética seguir. Estão nos indivíduos e nas sociedades. Prática de comportamentos considerados “positivos” ou “justos” pela moralidade de uma sociedade. Vamos agora ao próximo tópico de nossa aula. thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 30 3. Ética profissional, empresarial e gestão da ética. A ética profissional e empresarial está relacionada com o comportamento de pessoas e organizações em relação aos princípios e valores aceitos com o éticos. Para Maximiano (2004) a ética pessoal e profissional está muito mais relacionada à como as pessoas se tratam umas as outras no contexto do ambiente de trabalho, enquanto a ética na administração de uma organização está ligada especialmente a como a organização lida com seus funcionários. Cabe destacar, entretanto, que a ética empresarial também diz respeito a como a organização lida com a sociedade, com outras organizações competidoras e com os seus stakeholders em geral. OBS.: Stakeholder é um termo que representa os vários públicos interessados em uma organização, como os clientes, os fornecedores, os acionistas, o governo, etc. - E como a ética é gerida nas organizações, para que a própria organização e as suas pessoas tenham comportamentos éticos? - R.: Através dos códigos de ética! Os “códigos de ética são conjuntos de normas de conduta que procuram oferecer diretrizes para decisões e estabelecer a diferença entre certo e errado” (Maximiano, 2004, p. 433). thiagomoura Destacar thiagomoura Retângulo thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 30 Neste sentido, os códigos de ética permitem que as pessoas e a organização tenham princípios básicos para nortear os seus comportamentos no dia-a-dia, especialmente quando eles se encontram em uma “zona cinzenta”, ou seja, quando não há clareza sobre se determinado comportamento é visto como positivo ou negativo frente aos princípios da organização e da sociedade! Vamos imaginar uma situação: um vendedor está preocupado em bater sua meta de vendas. Por conta disso, ao atender um cliente, resolve oferecer produtos que claramente não são uma solução para suas necessidades. O vendedor sabe disso, mas acha que é mais fácil conseguir vender aquele produto do que outro, que resolveria a necessidade do cliente, mas que é bem mais caro. Ele estaria agindo de maneira “certa” ao priorizar sua necessidade do que a do cliente? Certamente um código de ética poderia esclarecer isso ao dizer que a organização deve buscar resolver a necessidade do cliente! Na verdade, os códigos de ética surgem como consequência de uma nova visão sobre as organizações, que devem preocupar-se cada vez mais com a sociedade como um todo e com fazer as coisas da maneira correta - em oposição a uma visão tradicional que acreditava que as organizações deveriam buscar apenas o lucro. Hoje em dia, o lucro é importante, mas ele não é tudo! É preciso atingir os objetivos com eficácia e eficiência, mas também é fundamental que as coisas sejam feitas dentro de padrões éticos aceitáveis, sem agressões despropositadas e com base em princípios sólidos. Chiavenato (2011, p.574-575) afirma que duas providências são necessárias para que o código de ética estimule decisões e comportamentos éticos das pessoas: Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 30 1. As organizações devem comunicar o seu código de ética a todos os seus parceiros, isto é, às pessoas dentro e fora da organização. 2. As organizações devem cobrar continuamente comportamentos éticos de seus parceiros, pelo respeito a seus valores básicos ou adotando práticas transparente de negócios. Podemos entender, destas observações, que nada adianta ter um código de ética e não comunicar-lhe claramente para todos aqueles que são atingidos por suas disposições. Além disso, não basta ter um código de ética naprateleira, é importante que ele seja praticado no dia a dia. Para isso as organizações devem cobrar constantemente o respeito aos valores básicos propostos em seu Código de Ética. thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 30 4. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS NA CF/1988 - Prof. Sérgio Mendes Entendendo o Conceito O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos federal, estaduais e municipais. No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. Segundo o art. 165 da CF/1988: “Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais”. O PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. A LDO também surgiu por meio da Constituição Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Orçamentária Anual). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAs, thiagomoura Destacar thiagomoura Retângulo thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 30 as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/1988. A LOA é um instrumento que expressa a alocação de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações. É o orçamento propriamente dito. O nosso edital prevê o estudo apenas da LDO: Segundo o § 2º do art. 165 da CF/1988: “§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”. SEGUNDO A CF, A LDO: Compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal. Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Orientará a elaboração da LOA. Disporá sobre as alterações na legislação tributária. Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 30 Parte da doutrina afirma que a vigência da LDO é de um ano. Todavia, a LDO extrapola o exercício financeiro, uma vez que ela é aprovada até o encerramento do primeiro período legislativo e orienta a elaboração da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras orçamentárias a serem executadas ao longo do exercício financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2015 terá vigência já em 2015 para que oriente a elaboração da LOA e também durante todo o ano de 2016, quando ocorrerá a execução orçamentária. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ser realizada até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO. Vimos que as diretrizes orçamentárias fixadas pela LDO têm diversos objetivos, entre eles as metas e prioridades da Administração Pública. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Vamos agora destrinchar esse parágrafo: Definição das metas e prioridades da Administração Pública Federal: as disposições que constarão do orçamento devem ser comparadas com as metas e prioridades da Administração Pública. Assim, pode-se verificar se as thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar thiagomoura Destacar Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 30 metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocação de recursos na LOA. Orientação à elaboração da lei orçamentária anual: reforça a ideia que a LDO é um plano prévio à Lei Orçamentária, assim como o Plano Plurianual é um plano prévio à LDO. É o termo mais genérico, pois inclui também as metas e prioridades da Administração Pública, as alterações na legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. Disposição sobre as alterações na legislação tributária: os tributos têm diversas funções. A mais conhecida é a função fiscal, aquela voltada para arrecadação. No entanto, outra importante função é a reguladora, em que o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou desestimulando comportamentos para alcançar os objetivos do Estado. Assim, verifica-se a importância das alterações na legislação tributária e se justifica sua presença na LDO, pois permite a elaboração da LOA com as estimativas mais precisas dos recursos e, ainda, informa aos agentes econômicos as possíveis modificações, a fim de que não ocorram mudanças bruscas fora de suas expectativas. A CF/1988 determina que a lei de diretrizes orçamentárias considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO. Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agências que fomentam o desenvolvimento do País. Sua presença na LDO justifica-se pela repercussão econômica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco da Amazônia (BASA), Agência de Fomento do Paraná (AFPR) e Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e ExercíciosProf. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 30 Além dos dispositivos referentes à lei de diretrizes orçamentárias previstos na CF/1988, a Lei de Responsabilidade Fiscal aumentou o rol de funções da LDO. Entre elas, está a obrigação de que o anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais integrem a LDO. Tais dispositivos serão vistos em momento oportuno, sempre que previstos em edital. Art. 169, § 1º, da CF/1988 O parágrafo primeiro do art. 169 poderia ser estudado tanto dentro do estudo da LDO, quanto dentro do estudo da LOA. Vamos estudá-lo aqui mesmo no tópico LDO: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF decorre, dentre outros dispositivos constitucionais, também do art. 169 da CF/1988, o qual dispõe que a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (ou seja, de todos os entes) não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. Tal lei complementar é a própria LRF. Assim, todos os entes estão sujeitos aos limites de despesas com pessoal previstos em lei complementar. § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, thiagomoura Destacar Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 30 inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: Tal parágrafo pode ser resumido da seguinte forma: “os aumentos de despesas com pessoal, independentemente da forma ou do órgão, só poderão ser feitos:”. I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. O inciso I determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver dotação na LOA suficiente para atender as despesas já existentes e ainda aos novos acréscimos. Isso deve ser prévio, ou seja, antes de efetivamente ser colocado em prática o aumento. O inciso II determina que para aumentar as despesas com pessoal deve haver autorização específica na LDO. Entretanto, para apenas esse inciso II, há uma ressalva: as empresas públicas e as sociedades de economia mista não exigem autorização específica na LDO para aumentar suas despesas com pessoal. STF sobre o art. 169, § 1º, da CF/1988 A ausência de dotação orçamentária prévia em legislação específica não autoriza a declaração de inconstitucionalidade da lei, impedindo tão somente a sua aplicação naquele exercício financeiro. thiagomoura Destacar Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 30 Explicando a decisão do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hipótese do § 1º do art. 169 da CF/1988) subordinado à existência de dotação orçamentária suficiente e de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias não está sujeita à aferição de constitucionalidade por meio de controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a inobservância das restrições constitucionais relativas à autorização orçamentária não induziria à inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a sua execução no exercício financeiro respectivo. Exemplo: caso uma lei conceda um aumento a servidores sem dotação suficiente na LOA ou sem autorização na LDO, ela não será declarada inconstitucional. A única restrição é que ela não poderá ser aplicada naquele exercício financeiro. Caso no exercício seguinte exista dotação na LOA e autorização na LDO, a lei que concedeu o aumento poderá ser aplicada. (CESPE – Auditor - Conselheiro Substituto – TCE/PR – 2016) De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em conformidade com princípios e determinações contidos na LOA. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Errada (CESPE – Auditor - Conselheiro Substituto – TCE/PR – 2016) As propostas orçamentárias que visem a criação de cargos, empregos e funções devem constar na LDO. Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 30 A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas (art. 169, § 1º, II, da CF/1988): (...) II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Resposta: Certa (FCC – Analista do Tesouro Estadual – SEFAZ/PI – 2015) A Lei de Diretrizes Orçamentárias, entre outros, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Certa (CETRO – Administração e Planejamento – Fundação Cultural Palmares – 2014) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública federal, porém não incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 30 A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, da CF/1988). Resposta: Errada Um abraço e boa continuação com os estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Assine minha lista de material-bônus: http://eepurl.com/caQeIv 5. Questões comentadas. Questões sobre Ética em geral Administração Públicap/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 30 1. (FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) A respeito dos conceitos de ética, moral e virtude, é correto afirmar: a) A vida ética realiza-se no modo de viver daqueles indíviduos que não mantêm relações interpessoais. b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa comportamento, modo de ser, caráter. c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade própria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a liberdade com responsabilidade constantemente. d) A moral é influenciada por vários fatores como, sociais e históricos; todavia, não há diferença entre os conceitos morais de um grupo para outro. e) Compete à moral chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o sentido que o homem dá a suas ações para ser verdadeiramente feliz. Comentário: Vamos analisar cada uma das alternativas: a) A vida ética realiza-se no modo de viver daqueles indíviduos que não mantêm relações interpessoais. Alternativa errada. A ética está ligada aos princípios pelos quais vive a humanidade, sendo relativamente estável ao longo do tempo. Não tem nenhuma relação com a alternativa. b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa comportamento, modo de ser, caráter. Alternativa errada. A moral está ligada aos costumes do ser humano aceitos por uma sociedade. Não tem nada a ver com a alternativa. c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade própria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a liberdade com responsabilidade constantemente. Alternativa certa. Virtude deriva do latim e está ligada à pratica do bem conforme os preceitos morais de uma sociedade. É o que está dito na alternativa com outras palavras. d) A moral é influenciada por vários fatores como, sociais e históricos; todavia, não há diferença entre os conceitos morais de um grupo para outro. Alternativa errada. Cada grupo (ou sociedade) pode possuir conceitos morais distintos. A ética é que é um conceito mais estável no tempo e no espaço. e) Compete à moral chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o sentido que o homem dá a suas ações para ser verdadeiramente feliz. Cliente Highlight Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 30 A ética é que busca utilizar o raciocínio para chegar aos princípios que devem guiar a vida do ser humano. GABARITO: C. 2. (FCC/TRT6/Analista Judiciário - Área Administrativa/2012) O comportamento ético na gestão pública exige que se valorize a) a presteza acima da formalidade legal. b) a eficiência mais do que a eficácia. c) o consenso acima do conflito. d) o interesse público antes dos interesses privados. e) a impessoalidade contra a afabilidade. Comentário: Questão interessante e interpretativa. Veja que ela, na verdade, pede que você interprete sobre o que deve ser priorizado na administração para que a ética seja cumprida. Nesse caso, é preciso encontrar um elemento que, se valorizado, seria contra a ética. Simples: os interesses privados não devem ser objeto da administração pública, enquanto os públicos devem. GABARITO: D. 3. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) A ética envolve um processo avaliativo do modo como os seres humanos, a natureza e os animais intervêm no mundo ao seu redor Comentário: A ética avalia o comportamento dos seres humanos, mas não da natureza e dos animais! GABARITO: Errado. 4. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) Ser honesto e verdadeiro e cumprir promessas são considerados princípios éticos. Comentário: Apesar de haver muita discussão em cima dessa questão, já que a ética, por sua natureza, pertence a cada indivíduo, não há dúvidas de que, numa visão de ética pública, a honestidade e retidão em relação ao cumprimento das promessas feitas são basilares, por isso a questão foi considerada correta. GABARITO: Certo. 5. (CESPE/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de regras, seus fundamentos e suas características Comentário: Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 30 A ética realmente é um ramo da filosofia que estuda o comportamento humano em sociedade. Como a moral decorre da ética, podemos dizer que a ética estuda a moral, sem problemas. Como o estudo é aprofundado, podemos dizer que os fundamentos e características do conjunto de regras que rege as interações humanas também são estudados! GABARITO: Certo. 6. (CESPE/TCE-RN/Conhecimentos Básicos/2015) A ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Comentário: Boa definição para ética. Traz os elementos valorativos e aponta que pode servir para o indivíduo ou para o grupo social, o que está certo! GABARITO: Certo. 7. (CESPE/MPU/Analista/2015) Uma vez que a moral se reveste de conteúdo mais doutrinário e normativo que a ética, é correto afirmar que um dos fundamentos de existência da noção de moral seria a formação de uma base teórica para o estudo da ética. Comentário: A ética é que é mais teórica, sendo a base para o estudo da moral. A moral, por sua vez, é baseada nos costumes considerados "bons" pela sociedade. GABARITO: Errado. 8. (CESPE/Telebras/Conhecimentos Básicos/2015) As decisões do servidor público, cuja conduta deve ser pautada na ética, deverão ser pautadas na legalidade, na conveniência, na oportunidade, na justiça e na honestidade. Comentário: Questão simples, não cobra nenhum conhecimento de lei específica. A grande questão é: um servidor que age com ética tem seu trabalho baseado na legalidade? Sim! Conveniência e oportunidade? Sim (são os aspectos básicos da discricionariedade administrativa)! Justiça e honestidade? Claro! GABARITO: Certo. 9. (CESPE/DEPEN/Agente e Técnico/2015) A conduta ética do servidor deve basear-se não somente na legalidade, mas também em ações fundamentadas na dignidade, no decoro, na eficácia e na consciência dos princípios morais. Comentário: Cliente Highlight Cliente Highlight Cliente Highlight Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 30 Isso mesmo! Não basta ser legal, é preciso ser ético e seguir os princípios morais! Além disso, claro, a eficácia, dignidade e decoro também são princípios basilares do comportamento do agente público, por serem amplamente aceitos pela sociedade, mesmo que não expressamente previstos em um código específico. GABARITO: Certo. 10. (CESPE/DEPEN/Agente e Técnico/2015) Ética e moral são termos que têm raízes históricas semelhantes e são considerados sinônimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais da conduta do cidadão. Comentário: Ética e moral não são sinônimos! Ética é o estudo valorativo dos comportamentos humanos, usando o raciocínio para distinguir entre o que deve ser feito e o que não. Moral, por sua vez, aponta aquilo que é comumente aceito como "bons costumes". Mais: nenhum dos dois se referem a aspectos legais da conduta do cidadão, apesar de que seguir às leis pode serconsiderado um princípio ético. GABARITO: Errado. 11. (CESPE/INPI/Cargo 25 e 26/2013) Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios ideais da conduta humana. Comentário: Definição de dicionário. Está certa! GABARITO: Certo. 12. (CESPE/CNJ/Analista - Cargos 6 a 12/2013) Quando as decisões morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade, a ética pode diferenciar substantivamente as pessoas em relação às suas características particulares, mediante a explicitação clara de regras de conduta. Comentário: Como a moral deriva da ética, as características morais das decisões apontam as regras de condutas ligadas à ética das pessoas em um grupo, possibilitando sua diferenciação entre aquelas que estão de acordo com o que se espera das demais. GABARITO: Certo. 13. (CESPE/IBAMA/Analista Ambiental/2013) Quando um servidor define fins, prioriza valores e delimita regras de conduta conforme sua concepção particular de bem, ele age em consonância com princípios da ética pública. Comentário: Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 30 Errado. Neste caso o servidor está de acordo com sua própria ética e não com a ética pública. GABARITO: Errado. 14. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista - Técnico em Material e Patrimônio/2012) A edição do código de ética é suficiente para modificar o comportamento organizacional, transformando a organização em uma instituição comprometida com valores de conduta. Comentário: Questão bastante interpretativa. Na verdade, o candidato tinha que saber apenas que o código de ética sozinho não faz nada. As pessoas precisam se comprometer com ele, se não trata-se de uma folha de papel sem serventia. GABARITO: Errado. 15. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista - Técnico em Material e Patrimônio/2012) Estando o código de ética presente nos relatórios anuais e nos manuais de procedimentos que orientam os funcionários acerca da conduta interna na organização, é desnecessária a existência de documento oficial da organização para o estabelecimento de regras de condutas Comentário: Muito interpretativa também. Mesmo que o código de ética esteja presente em todos os relatórios e manuais, é preciso que haja um documento oficial para o estabelecimento do código de ética! Note que a questão está dizendo algo do tipo: se o código de ética está nos manuais e relatórios anuais, o código de ética não é necessário (já que ele é, por definição, o documento oficial para estabelecer regras de conduta...) GABARITO: Errado. 16. (FUNCAB/PM-MT/Soldado/2014) A adoção de uma conduta ética nas organizações é uma exigência incontornável das sociedades contemporâneas. As decisões no contexto de trabalho são orientadas por uma ética que: A) independe das condutas socialmente valorizadas ou das políticas sintonizadas com a moral vigente. B) segue os códigos de valores que têm por base um conjunto de princípios morais, que estabelecem o que deve ou não ser feito em função do que é considerado certo ou errado por determinada comunidade. Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 30 C) esteja alinhada com os objetivos econômicos da organização, mesmo que coloquem em dúvida os princípios morais da cultura em que se insere. D) é dependente das percepções individuais sobre quais são os comportamentos eticamente corretos e qual a forma como devem ser abordados os assuntos moralmente qualificáveis. E) se baseia nos valores morais e na conduta individual, pois, as reações perante o desconhecido são manifestações humanas que dependem da experiência de vida de cada indivíduo. Comentário: Questão meramente interpretativa. Para respondê-la você teria que ter em mente que a ética é uma reflexão que leva em consideração a moral vigente. Neste sentido: A) Errada. Os valores morais são importantes. B) Certa! C) Errada. Os valores morais são importantes. D) Errada. Não é cada indivíduo sozinho que origina a moral, mas sim a sociedade como um todo. E) Errada. Não é o indivíduo sozinho que origina a moral, mas sim a sociedade como um todo. GABARITO: B 17. (CESGRANRIO/BB/Escriturário/2015) Um indivíduo está buscando inspiração para prosseguir nos seus estudos e se depara com um pensamento aristotélico assim desenvolvido: trata-se do produto dos usos e costumes; ela não existe nos homens naturalmente, pois nada do que é natural se adquire pelo costume. Nesse caso, a referência do filósofo grego está relacionada à a) interpretação natural b) virtude moral c) cosmologia universal d) integração social e) percepção individual Comentário: Dentro da filosofia, aquilo que diz respeito aos costumes é a moralidade. Se são costumes tidos como positivos e desejáveis aos indivíduos, tratam-se de virtudes morais. GABARITO: B. 6. Lista de Questões. Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 30 Questões sobre Ética em geral 1. (FCC/Nossa Caixa Desenvolvimento/Contador/2011) A respeito dos conceitos de ética, moral e virtude, é correto afirmar: a) A vida ética realiza-se no modo de viver daqueles indíviduos que não mantêm relações interpessoais. b) Etimologicamente, a palavra moral deriva do grego mos e significa comportamento, modo de ser, caráter. c) Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade própria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a liberdade com responsabilidade constantemente. d) A moral é influenciada por vários fatores como, sociais e históricos; todavia, não há diferença entre os conceitos morais de um grupo para outro. e) Compete à moral chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de determinadas realidades sociais, ou seja, ela investiga o sentido que o homem dá a suas ações para ser verdadeiramente feliz. 2. (FCC/TRT6/Analista Judiciário - Área Administrativa/2012) O comportamento ético na gestão pública exige que se valorize a) a presteza acima da formalidade legal. b) a eficiência mais do que a eficácia. c) o consenso acima do conflito. d) o interesse público antes dos interesses privados. e) a impessoalidade contra a afabilidade. 3. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) A ética envolve um processo avaliativo do modo como os seres humanos, a natureza e os animais intervêm no mundo ao seu redor 4. (CESPE/MPU/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) Ser honesto e verdadeiro e cumprir promessas são considerados princípios éticos. 5. (CESPE/Técnico do MPU - Segurança Institucional e Transporte/2015) A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de regras, seus fundamentos e suas características Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 30 6. (CESPE/TCE-RN/Conhecimentos Básicos/2015) A ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 7. (CESPE/MPU/Analista/2015) Uma vez que a moral se reveste de conteúdo mais doutrinário e normativo que a ética, é correto afirmar que um dos fundamentos de existência da noção de moral seria a formação de uma base teórica para o estudo da ética. 8. (CESPE/Telebras/Conhecimentos Básicos/2015) As decisões do servidor público, cuja conduta deve ser pautada na ética, deverãoser pautadas na legalidade, na conveniência, na oportunidade, na justiça e na honestidade. 9. (CESPE/DEPEN/Agente e Técnico/2015) A conduta ética do servidor deve basear-se não somente na legalidade, mas também em ações fundamentadas na dignidade, no decoro, na eficácia e na consciência dos princípios morais. 10. (CESPE/DEPEN/Agente e Técnico/2015) Ética e moral são termos que têm raízes históricas semelhantes e são considerados sinônimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais da conduta do cidadão. 11. (CESPE/INPI/Cargo 25 e 26/2013) Ética é a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios ideais da conduta humana. 12. (CESPE/CNJ/Analista - Cargos 6 a 12/2013) Quando as decisões morais são baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade, a ética pode diferenciar substantivamente as pessoas em relação às suas características particulares, mediante a explicitação clara de regras de conduta. 13. (CESPE/IBAMA/Analista Ambiental/2013) Quando um servidor define fins, prioriza valores e delimita regras de conduta conforme sua concepção particular de bem, ele age em consonância com princípios da ética pública. 14. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista - Técnico em Material e Patrimônio/2012) A edição do código de ética Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 30 é suficiente para modificar o comportamento organizacional, transformando a organização em uma instituição comprometida com valores de conduta. 15. (CESPE/Câmara dos Deputados/Analista - Técnico em Material e Patrimônio/2012) Estando o código de ética presente nos relatórios anuais e nos manuais de procedimentos que orientam os funcionários acerca da conduta interna na organização, é desnecessária a existência de documento oficial da organização para o estabelecimento de regras de condutas 16. (FUNCAB/PM-MT/Soldado/2014) A adoção de uma conduta ética nas organizações é uma exigência incontornável das sociedades contemporâneas. As decisões no contexto de trabalho são orientadas por uma ética que: A) independe das condutas socialmente valorizadas ou das políticas sintonizadas com a moral vigente. B) segue os códigos de valores que têm por base um conjunto de princípios morais, que estabelecem o que deve ou não ser feito em função do que é considerado certo ou errado por determinada comunidade. C) esteja alinhada com os objetivos econômicos da organização, mesmo que coloquem em dúvida os princípios morais da cultura em que se insere. D) é dependente das percepções individuais sobre quais são os comportamentos eticamente corretos e qual a forma como devem ser abordados os assuntos moralmente qualificáveis. E) se baseia nos valores morais e na conduta individual, pois, as reações perante o desconhecido são manifestações humanas que dependem da experiência de vida de cada indivíduo. 17. (CESGRANRIO/BB/Escriturário/2015) Um indivíduo está buscando inspiração para prosseguir nos seus estudos e se depara com um pensamento aristotélico assim desenvolvido: trata-se do produto dos usos e costumes; ela não existe nos homens naturalmente, pois nada do que é natural se adquire pelo costume. Nesse caso, a referência do filósofo grego está relacionada à a) interpretação natural b) virtude moral c) cosmologia universal d) integração social e) percepção individual Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 30 7. Gabarito. Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) Teoria e Exercícios Prof. Carlos Xavier - Aula 19 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 30 1. C 2. D 3. E 4. C 5. C 6. C 7. E 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. E 14. E 15. E 16. B 17. B
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