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(18) Governança, Distinção Pública e Privada OK

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Aula 18
Administração Pública p/ TRT 20ª (Analista Judiciário - Área Administrativa) - Com
videoaulas
Professores: Carlos Xavier, Ronaldo Fonseca
Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) 
 Teoria e Exercícios 
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AULA 18: Governança e governabilidade. 
Prestação de contas. Princípios Básicos da 
Administração Pública. Administração e governo 
– Distinções. Convergências e diferença entre 
gestão pública e privada. Controle do patrimônio 
público. Princípios da administração pública. 
 
Sumário 
1. Palavras Iniciais. .................................................................................................................................. 2 
2. Governabilidade, Governança e Accountability..................................................................................... 3 
3. Princípios Básicos da Administração Pública.......................................................................................10 
4. Controle - patrimônio público..............................................................................................................14 
5. Estado, Governo e Administração Pública. ..........................................................................................15 
5.1. Formas de Estado. ...........................................................................................................................17 
5.2. Formas e Sistemas de Governo. .......................................................................................................18 
6. Convergências e diferenças entre gestão pública e privada. ..................................................................21 
7. Questões comentadas ..........................................................................................................................25 
8. Lista de questões .................................................................................................................................56 
9. GABARITO .......................................................................................................................................76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Palavras Iniciais. 
Oi! 
De volta para mais uma aula super adiantada! 
Hoje veremos diferentes temas curtos da administração pública: 
 Governança, governabilidade e accountability (prestação de 
contas). 
 Governança corporativa (por conta de “governança”) 
 Princípios básicos da administração pública. 
 Controle do patrimônio público. 
 Convergências e diferenças entre gestão pública e privada. 
 Estado, Governo e Administração Pública. 
Como avisado, dessa aula em diante só teremos videoaulas sobre 
alguns temas específicos – o foco do estudo estará nos PDFs. 
Abraço! 
Bons estudos! 
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2. Governabilidade, Governança e Accountability 
O conceito de governança aplicado ao setor público geralmente é 
cobrado em questões de concurso em provas de administração pública e as 
questões geralmente cobram suas características em comparação com os 
conceitos de governabilidade e accountability, já que, sob diferentes 
perspectivas, os três conceitos encontram-se ligados entre si. 
Assim, por precaução, juntamente com a discussão sobre o conceito 
de governança e governança corporativa, farei uma breve apresentação dos 
outros dois conceitos, para que vocês estejam preparados na hora da prova se 
isso for cobrado superficialmente. 
Antes de entender o significado de governança corporativa, vamos 
ver o que significa governança na gestão pública de uma forma geral: 
O conceito de governança aparece de forma sistemática na 
literatura contemporânea. Nestas obras, este termo apresenta diversos 
conceitos. De forma geral, pode-se considerar que governança pode ser 
definida como a forma com que os recursos econômicos e sociais de um país 
são gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento e o atendimento 
dos interesses da sociedade e seus cidadãos, sendo esta a visão apresentada 
pelo Banco Mundial, com a qual vários autores de administração pública 
concordam. É, em outras palavras, a organização do Estado e o uso de 
ferramentas para a melhor gestão da máquina administrativa, preservando-se 
o equilíbrio financeiro e os interesses governamentais (que devem refletir os 
da sociedade). 
A ascensão de valores neoliberais e esvaziamento das funções do 
Estado, como consequência da crise do seu papel de provedor de bem estar 
social são considerados forças propulsoras do movimento da Governança no 
setor público. Nessa linha, o Banco Mundial passou a impor práticas de 
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governança para que países em crise pudessem captar recursos financeiros 
junto a ele. 
Uma boa governança pública está apoiada em quatro princípios: 
relações éticas, conformidade, transparência do setor público, e uma 
efetiva prestação de contas. 
A existência de relações éticas permite que as ações tomadas pelos 
governos sejam tidas de interesse da própria sociedade, e não de grupos 
organizados para se beneficiar do poder do Estado. 
A conformidade do que é prometido com o que é cumprido, assim 
como daquilo que está previsto em leis e regulamentos com o que é 
efetivamente executado pela administração pública, reforça a legitimidade 
necessária no uso dos recursos públicos, reforçando a governabilidade. 
Transparência e prestação de contas são dois conceitos 
intimamente ligados, e constituem base para que a existência de relações 
éticas e a conformidade sejam comunicadas ao cidadão, conceito que evoluiu e 
passou a constituir o accountability, que veremos mais à diante. 
O uso de práticas de governança no setor público exige que todas as 
organizações públicas sejam transparentes e responsáveis por suas atividades, 
tendo o dever de prestar conta de tudo que fazem, para que o cidadão possa 
saber se os recursos públicos estão sendo empregados corretamente e que 
finalidades estão sendo alcançadas com eles. O que se obtêm pela 
transparência e prestação de contas é o efetivo controle da administração 
pública pela população. 
A aplicação de práticas de governança no setor público favorece o 
processo de desenvolvimento econômico e democrático dos países, uma vez 
que seus princípios dão ao cidadão comum a possibilidade de participar e 
influenciar nos processos de tomada de decisão pública, o que finda por tornar 
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mais democráticas e representativas as relações entre o Estado e sua 
população.O conceito de governança corporativa aplicado ao setor público, 
por sua vez, é oriundo das teorias gerenciais da administração privada, 
acentuando a necessidade de eficácia e responsabilização dos gestores 
para a prestação de contas (mais uma vez, aproxima-se do accountability). 
A governança corporativa diz respeito, essencialmente, a como as 
corporações são administradas, e é perfeitamente aplicável ao setor público. A 
necessidade de prestação de contas da administração pública traz latente o 
fato de que a responsabilização não pode esperar investigações, devendo 
haver medidas para coibir o comportamento não ético dos agentes públicos em 
geral. 
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) define este 
conceito da seguinte forma: 
Governança Corporativa é o sistema pelo qual as 
organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, 
envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho 
de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas 
práticas de governança corporativa convertem princípios em 
recomendações objetivas, alinhando interesses com a 
finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, 
facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua 
longevidade. 
 
Em sua essência, a governança corporativa busca separar a 
propriedade da organização de sua gestão, permitindo uma gestão 
profissionalizada e que busca o sucesso da organização no longo prazo, 
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buscando atender às demandas das suas várias partes interessadas, não 
apenas dos acionistas. 
Segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa 
do IBGC, os princípios básicos da Governança Corporativa são: 
 Transparência (desejo de disponibilizar informações para as 
partes interessadas); 
 Equidade (tratamento justo às partes interessadas); 
 Prestação de Contas (trata-se de assumir as consequências dos 
atos e omissões do gestor, conceito associado ao 
accountability); 
 Responsabilidade corporativa (os negócios e operações da 
organização devem incorporar aspectos de ordem social e 
ambiental, zelando pela sustentabilidade organizacional no 
longo prazo). 
Você deve ter em mente que estes princípios são aplicáveis às 
organizações públicas! 
Para que a boa governança possa ser utilizada nas organizações e 
para que ela possa efetivamente separar a propriedade da gestão, é de grande 
importância a existência de um conselho de administração. Os seus membros 
são indicados pelos proprietários da organização e buscam agir como um elo 
entre a propriedade e a gestão, decidindo em prol da organização e da 
totalidade das partes interessadas. Neste sentido, é possível dizer que ele é o 
principal componente do sistema de governança de uma organização, sendo o 
guardião do objeto social e do sistema de governança corporativa. 
Matias-Pereira (2010), cita Marques (2005), reforçando que a boa 
governança corporativa, seja no setor público ou privado, exige: 
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 Clara identificação e articulação das definições de 
responsabilidade; 
 Uma compreensão real do relacionamento entre as partes 
interessadas da organização e sua estrutura de administrar os 
recursos e entregar os resultados; 
 Suporte para a administração, particularmente de alto nível. 
Note que, em todos os três itens apresentados como exigências para 
uma boa governança corporativa, fica clara a necessidade de uma estrutura 
organizacional adequada para as definições de responsabilidade, para o 
relacionamento entre os stakeholders (partes interessadas), para alcance dos 
resultados e para a administração profissional de nível estratégico. 
O mesmo autor, ao discutir a importância da prestação de contas 
para o conceito de governança corporativa no setor público, aponta que a 
governança do setor público é constituída pelos seguintes elementos: 
(1) responsabilidade em atender a sociedade; 
(2) supervisão; 
(3) controle; e 
(4) assistência social. 
 
Aquele mesmo autor informa que os fatores essenciais que 
contribuem para uma governança corporativa sólida são: 
1. Estrutura administrativa; 
2. Ambiente administrativo; 
3. Administração de risco; 
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4. Conformidade e complacência; 
5. Monitoramento e avaliação de desempenho; 
6. Responsabilidade em prestar contas; 
7. Conformidade versus desempenho. 
 
Agora que vocês já aprenderam sobre governança e governança 
corporativa no setor público, gostaria de fazer uma breve revisão sobre o que 
é governabilidade e accountability. Vocês vão ver que, indiretamente, já 
tratamos deles quando falamos de governança: 
• Governabilidade é a capacidade política de governar. Trata-se da 
capacidade política de governar derivada da legitimidade exercida pelo 
governo e do grau de exercício da autoridade política para fazer-acontecer as 
decisões. São as condições sistêmicas que possibilitam o poder a um 
determinado governo perante sua sociedade. Está associada portanto à 
capacidade de um governo reunir em torno de suas ações os vários interesses 
de diferentes membros da sociedade que, a princípio, possuem interesses 
conflitantes. Note que a governança é um instrumento/meio/forma através da 
qual o governo exerce sua governabilidade. 
• Accountability é um termo ligado à 
responsabilização/prestação de contas e controle dos gestores públicos e 
suas decisões sobre objetivos e adequação das ferramentas de gestão 
utilizadas em relação aos fins pretendidos. É um termo associado à 
transparência e às prestações de contas dos gestores perante diferentes 
públicos. Com um bom mecanismo de prestação de contas, a governança do 
poder público tende a melhorar e o sistema de freios e contrapesos (checks 
and balances) entre os Poderes e Órgãos evitam o abuso de poder. Os 
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Entre os tipos de estruturas compreendidas pela governança incluem-se as estruturas administrativa, política, econômica, social, ambiental, legal, as quais servem para garantir que as partes interessadas definam objetivos e alcancem resultados.
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principais tipos de accountability mencionados na literatura e cobrados em 
prova são: 
 Accountability vertical: quando ocorre perante a população, 
principalmente por meio do voto em eleições ou da 
transparência da gestão e suas dimensões de esforço e 
resultado, pressupondo o controle por desiguais; 
 Accountability horizontal:quando ocorre entre órgãos ou 
Poderes, seja pelo sistema de freios e contrapesos (checks and 
balances) ou por meio de tribunais de contas, controladorias e 
órgãos de fiscalização, que acompanham e responsabilizam os 
gestores públicos, tendo autonomia para tal. 
 Accountability Social (ou societal): está ligado às 
associações de cidadãos, imprensa ou mecanismos 
institucionais representativos de interesses sociais, como o 
Ministério Público. Pode ser considerado um tipo de 
accountability vertical. 
 Accountability Fiscal: não é dos mais mencionados, mas já vi 
em prova. É voltado para a fiscalização dos recursos financeiros 
gerenciado pelos organismos internacionais, pelos Estados que 
lá colocaram os seus recursos. 
 
 
 
 
 
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3. Princípios Básicos da Administração Pública. 
Os princípios basilares que orientam a atividade da Administração 
Pública encontram base na Constituição de 1988 e em outras normas legais. 
Alguns deles são explícitos e outros implícitos, como veremos a seguir. 
Como o foco aqui é a abordagem dos princípios dentro de uma visão 
da administração, e não do direito administrativo, apresentarei o conteúdo de 
forma mais objetiva, diferente do que alguns colegas do direito administrativo 
fariam. 
Saiba, desde já, que não há uma hierarquia entre os princípios. Todos 
eles devem ser aplicados em conjunto pelo agente público. 
Princípios explícitos da Administração Pública no Brasil (Art. 37, CF): 
1. Legalidade:todos os atos da administração pública devem 
estar em conformidade com a lei e suas previsões. Não basta 
aos atos uma busca por não infringir qualquer lei, como 
acontece para qualquer pessoa, é preciso ainda que eles 
estejam em conformidade com a lei, ou seja, o agente só pode 
fazer o que é previsto em lei, enquanto o particular pode fazer 
tudo, desde que não esteja proibido por nenhuma lei. 
2. Impessoalidade: a administração pública deve ser impessoal. 
Isso traz dois significados distintos ao mesmo tempo: 1) os atos 
da administração devem ser voltados ao interesse público, 
tratados de maneira objetiva, não favorecendo ou 
desfavorecendo quaisquer interesses ou pessoas em especial. 
As normas devem ser interpretadas e executadas sempre na 
busca do atingimento dos seus fins - trata-se do antigo princípio 
da finalidade; 2) os atos devem ser impessoais em relação a 
quem os praticou, não sendo possível o seu uso para a 
promoção do agente público como o "promotor" dos atos. 
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3. Moralidade:ao agente público não basta o cumprimento da lei 
em sentido impositivo. É preciso também que seus atos estejam 
de acordo com a ética e moral que se espera de quem presta 
serviço público à sociedade. 
4. Publicidade: para que um ato da administração gere efeitos 
jurídicos é preciso que ele tenha publicidade para que a 
sociedade possa conhecê-lo. Nenhum ato é válido sem a devida 
publicidade. Atos e fatos da administração devem ser 
conhecidos dos seus públicos impactados, para que sua 
impessoalidade possa ser garantida. Isso não quer dizer que 
todos os atos devem ser publicados no diário oficial... já 
imaginou a confusão que seria? Geralmente se consideram 
como exceções os casos de segurança nacional, os de 
investigação policial e os atos internos da administração. Na 
verdade, para cada ato haverá uma forma apropriada de 
publicidade - o que não cabe ser discutido aqui. Em alguns 
casos será necessária publicação no Diário Oficial da União, em 
outros, a publicação no portal interno do órgão ou entidade é o 
suficiente, etc. Lembrem: a publicidade é fundamental para a 
legalidade do ato, especialmente no externo. Em sua ausência a 
administração deverá anular o ato por falta de legitimidade e 
moralidade. 
5. Eficiência: trata-se do princípio constitucional explícito 
adicionado à Constituição Federal pela Emenda Constitucional n. 
19 de 1998. Esse princípio foi incluído à Carta Magna para que 
reste clara a importância da boa prestação do serviço público, 
de forma econômica, racional e equilibrada, sem desperdícios. 
Não basta atender às necessidades da sociedade. É preciso que 
isso seja feito da melhor forma possível, ao menor custo e 
dentro do menor prazo possível. 
Eles constituem o famoso LIMPE: 
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Legalidade / Impessoalidade / Moralidade / Publicidade / Eficiência. 
 
É importante destacar ainda os princípios explícitos na Lei 9.784/99 
(Lei do Processo Administrativo), dispensando repetição dos já mencionados 
pela CF: 
1. Motivação: traduz a obrigação do agente público de deixar 
claras as razões (motivos) dos seus atos para que tenham 
validade, sejam atos discricionários ou vinculados. 
2. Razoabilidade e proporcionalidade: a razoabilidade permite 
ao agente agir ou não, dentro de determinadas condições, 
sendo razoável nessa decisão. A proporcionalidade, por sua vez, 
está ligada à intensidade da ação tomada pelo agente, devendo 
ser proporcional à situação enfrentada. 
3. Segurança jurídica: a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada. É preciso que haja 
segurança jurídica! 
4. Supremacia do interesse público: havendo conflito entre o 
interesse público e o privado, prevalecerá o primeiro, 
resguardados o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada (segurança jurídica). 
5. Ampla defesa e contraditório: trata-se de uma consequência 
do princípio do devido processo legal. A ampla defesa é aquele 
que permite o uso de todos os meios de provas e recursos 
previstos em lei para o exercício do direito de defesa. O 
contraditório é o direito de se contradizer dados existentes, 
sendo essencial para o exercício da ampla defesa. Em conjunto, 
possibilitam o devido processo legal. 
 
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Importante destacar que os princípios explícitos da Lei 9.784/99 
apresentados acima também constituem princípios implícitos da Constituição 
Federal. 
Falemos agora de alguns outros princípios implícitos da 
Administração Pública brasileira: 
1. Indisponibilidade do interesse público: os bens e interesses 
públicos não pertencem à administração pública, mas sim à 
coletividade, por isso é vedado ao agente público a prática de 
atos que impliquem renúncia à direitos e poderes da 
Administração. Além disso, a Administração não pode alienar 
bem público com destinação pública já definida. 
2. Autotutela: trata-se do dever da Administração de rever os 
seus próprios atos quando constatar erros e vícios, sem 
necessidade de provocação judicial para isso, restaurando a 
regularidade da situação. Pode se dar por meio da anulação 
(com efeitos ex tunc, desfazendo-se as relações jurídicas desde 
a prática do ato, por vício de legalidade), ou por meio de 
revogação (com efeitos exnunc, tornando inválido o ato a partir 
de sua revogação, por via unicamente administrativa, por 
conveniência e oportunidade). Cabe destacar a possibilidade de 
anulação judicial de ato administrativo, desde que haja 
provocação de interessado. 
3. Continuidade dos serviços públicos: este princípio visa não 
prejudicar o atendimento à população através da continuidade 
da prestação de serviços públicos essenciais, não havendo razão 
que justifique sua interrupção. 
 
 
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4. Controle - patrimônio público. 
O Patrimônio Público é o conjunto de bens e direitos e obrigações, 
tangíveis ou intangíveis, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, 
mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou 
representante de um fluxo de benefícios inerente à prestação dos serviços 
públicos, à exploração econômica de atividades pelo setor público. 
O estudo deste tópico pode ser realizado pela contabilidade pública, 
que realiza os registros de ingressos e saídas patrimoniais e o controle 
posterior do patrimônio por meio do levantamento de inventários de bens 
(levantamento físico de bens existentes) e do balanço patrimonial (o que não é 
o tópico central aqui!). 
Por outro lado, o controle do patrimônio público também se dá por 
meio do controle da administração pública, exercido internamente por cada 
órgão e externamente pelo respectivo tribunal de contas - tópico normalmente 
estudado pelo Direito Administrativo (o que também não é o foco...) 
Como o tópico foi cobrado dentro de "administração pública", o 
razoável é que sua cobrança seja muito mais calcada no exercício da função de 
controle da ciência administrativa, o que já abordamos nesse curso. Há alguma 
confusão da banca na colocação deste tópico aqui, inclusive quando se 
compara a cobrança histórica do tema "controle", que possui várias vertentes 
distintas. 
Na verdade, deveria ter colocado esta observação e informado sobre 
este conteúdo desde a aula 00. Assim, não há assunto adicional pertinente a 
ser estudado adicionalmente sobre isso. 
A FCC pediu que você soubesse a diferença entre Governo e 
Administração pública. Para que essa discussão seja completa, vamos ver o 
que diferencia Estado, Governo e Administração Pública. 
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5. Estado, Governo e Administração Pública. 
Muitas pessoas usam erroneamente os termos Governo, Estado e 
Administração Pública como sinônimos, apesar de haver claras diferenças entre 
os seus conceitos básicos. 
Existem diferentes definições para Estado. De forma mais ampla, com 
foco em concursos, podemos definir Estado como uma pessoa jurídica de 
direito público interno (e também internacional), detendo soberania interna e 
externa sobre um determinado território. De modo similar, trata-se de uma 
nação politicamente organizada em torno de um território soberano. Um ponto 
marcante sobre o Estado em sua acepção moderna, é que cabe apenas a ele o 
uso do poder político, ou seja, das leis para coagir as pessoas a agirem 
conforme se espera. Em outras palavras, é só o Estado quem pode impor o 
cumprimento de leis, normas e regulamentos para a população através da 
ameaça de punições no caso de descumprimento. 
A doutrina costuma afirmar que o Estado moderno deve possuir os 
seguintes elementos: povo, território e governo soberano. Em vez de “governo 
soberano” é possível se falar em dois elementos: poder e soberania. Apesar 
disso, já existe grande discussão doutrinária para a qual o requisito da 
soberania deve ser retirado. Na verdade, a soberania já serviu como discurso 
para o desrespeito a direitos humanos fundamentais. Hoje em dia, tratados 
internacionais sobre direitos humanos já são aceitos como normas 
suplementares à constituição (como no Brasil), por isso a soberania fica 
relativizada. Além disso, a globalização, ao possibilitar aos Estados nacionais a 
criação de blocos supranacionais para representá-los em aspectos tais como 
assuntos militares (OTAN), econômicos (ALCA), etc., também abrem mão de 
sua soberania em prol destes organismos. 
Agora que já entendemos os aspectos mais essenciais sobre o 
Estado, vamos estudar o Governo: 
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O Governo pode ser definido como a condução política dos negócios 
públicos, sendo uma expressão política de comando, iniciativa, fixação dos 
objetivos do Estado e manutenção da ordem jurídica vigente. Trata ainda da 
condução das políticas públicas, das diretrizes para construção do país, etc. Em 
outras palavras, o Governo é o modo pelo qual o Estado é administrado. 
Assim como nos casos anteriores, a “Administração Pública” também 
pode ser definida sob diferentes perspectivas. Em sentido formal, ela é o 
conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos definidos pelo 
Governo. Em sentido material, ela é o conjunto das funções necessárias à 
prestação dos serviços públicos. Em sua acepção operacional, ela é o 
desempenho permanente dos serviços do Estado para si ou para o 
atendimento das necessidades da sociedade. A Administração Pública é, então, 
todo o aparelhamento do Estado voltado para a satisfação das necessidades 
coletivas. 
Comparando a atuação do Estado, Governo e da Administração 
Pública, é possível perceber que o Estado é a pessoa jurídica duradoura e 
soberana, que possui um governo e uma administração pública. O governo, 
por sua vez, é responsável por orientar politicamente o caminho a ser 
percorrido pela administração pública, que nada mais é do que uma atividade 
neutra, normalmente vinculada à técnica ou às leis, que implementa as 
decisões políticas tomadas pelo governo em relação ao Estado nacional. 
Diferentemente do Governo, a Administração Pública não pratica atos 
de governo, mas sim atos de execução que podem possuir maior ou menor 
autonomia funcional, mas que devem estar sempre em consonância com os 
atos de governo. Enquanto os atos de governo representam a vontade política 
do governante, os atos de execução da administração representam a execução 
técnico-administrativa das atividades inerentes ao Estado. Exemplos típicos de 
atos de governo (também chamados de atos de soberania), são a declaração 
de guerra e a celebração da paz entre Estados. Já atos administrativos são 
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corriqueiros no dia-a-dia da Administração, tendo como exemplos a emissão 
de autorizações e licenças para que particulares possam exercer determinadas 
atividades, e a contratação de empresas das mais diversas naturezas para 
fornecer produtos e serviços à Administração Pública. 
Conclui-se que, apesar de serem utilizados indiscriminadamente 
como sinônimos, os termos Estado, Governo e Administração Pública 
representam conceitos muito diferentes. No que diz respeito aos atos típicos do 
Governo e da Administração, eles possuem diferentes naturezas, os primeiros 
mais ligados às decisões políticas e os segundos às decisões técnico-jurídicas 
da própria Administração. 
Agora que já tivemos uma boa apresentação sobre o assunto,vamos entender em maiores detalhes o que são as formas de estado, e 
as formas e sistemas de governo, para que não haja confusão na hora 
da prova! 
 
5.1. Formas de Estado. 
O estado pode se organizar em diferentes formas, conforme 
apresentado a seguir: 
 Estado unitário (ou uno): é o Estado que possui um único poder 
político central, sendo marcado por uma atuação centralizada 
sobre a população. 
 Estado federado (ou federação): é o Estado que apresenta 
diferentes esferas de poder político autônomas que convivem 
em um mesmo território. Trata-se de uma forma de 
descentralização do poder político para que este trate as 
diferentes coletividades regionais de acordo com suas 
peculiaridades. Como há vários entes coordenados (ou não) 
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entre si, as competências para realização de diferentes funções 
é resultado da própria sociedade e do conjunto de forças 
políticas existentes. A federação brasileira, apenas para seu 
conhecimento, é constituída por União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal. Vale lembrar que, nas federações ao redor do 
mundo, não é comum a elevação das municipalidades ao status 
de ente político que compõe a federação. O mais comum é que 
as federações sejam compostas pela União e Estados, apenas. 
 Estado confederado (ou confederação): é o Estado composto 
por diferentes entes políticos que se agrupam em torno de um 
pacto confederado. Na confederação os vários Estados 
constituintes não abandonam sua soberania em prol de um 
novo estado maior. Historicamente as confederações costumam 
ser sucedidas pela criação de uma federação ou pela separação 
da confederação em diferentes Estados. 
 
 
5.2. Formas e Sistemas de Governo. 
Forma de governo é o modo de organização política de um estado 
para o exercício do poder, enquanto sistema de governo se refere à forma 
como o poder é dividido e exercido como consequência do relacionamento 
vigente entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Atualmente, as duas 
formas de governo mais presentes no mundo são a república e a monarquia, 
enquanto que os dois sistemas de governo mais presentes são o 
presidencialismo e o parlamentarismo. 
Formas de governo: 
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 A república é a forma de governo na qual o Chefe do Poder 
Executivo é eleito pela população, direta ou indiretamente, 
possui mandato transitório e deve prestar contas à população. 
O próprio nome “república”, do latim “res publica” - coisa 
pública-, deixa claro que o Estado pertence aos cidadãos, e 
deve ser por eles conduzido. Esta é a forma de governo 
adotada pela maior quantidade de países do mundo atual, como 
Estados Unidos, Argentina e Brasil. 
 A monarquia, segunda forma de governo mais adotada no 
mundo, é aquela na qual o Monarca, e não um presidente, 
exerce a Chefia de Estado, mantendo-se no poder por prazo 
indeterminado - comumente até a sua morte. Em geral, o 
direito ao trono é transmitido ao Monarca de forma hereditária. 
Alguns exemplos atuais de Estados que utilizam tal forma de 
governo são a Espanha, a Bélgica e o Reino Unido. 
Quanto aos sistemas de governo, vejamos algumas explicações: 
 Presidencialismo: trata-se de um dos sistemas de governo 
mais utilizados nos dias atuais. Nesse sistema, o Poder 
Executivo e o Legislativo são independentes entre si. O chefe 
do Poder Executivo é eleito pela população para mandato por 
tempo certo e não pode ser facilmente destituído do poder pelo 
Legislativo por razões puramente políticas. Países 
presidencialistas incluem a Argentina, os Estados Unidos e o 
Brasil. 
 Parlamentarismo: o sistema parlamentarista, por sua vez, é o 
sistema de governo no qual o Poder Legislativo e o Poder 
Executivo são interdependentes, não havendo uma clara 
separação entre os Poderes. Em geral, neste sistema, a Chefia 
de Estado e a Chefia de Governo são confiadas a pessoas 
distintas e o poder político exercido pelo Executivo depende de 
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um voto de confiança dado pelo Legislativo. Perdida a 
confiança entre os Poderes, o Executivo cai e o Legislativo 
deve formar um novo governo. Um exemplo de país 
tradicionalmente parlamentarista é o Reino Unido. 
Com base nas explicações e exemplos dados, conclui-se que o Brasil 
é uma federação que adota a república como forma de governo e o 
presidencialismo como sistema de governo, de modo que, neste país, os 
Poderes Legislativo e Executivo são exercidos separadamente e controlados 
pelo sistema de pesos e contrafreios. 
Além disso, o Presidente da República é eleito diretamente pelo povo 
em eleições periódicas para mandato por tempo certo, não dependendo de 
apoio político do legislativo para se manter no poder. 
 
 
Vamos para o último tópico de hoje: convergências e 
diferenças entre a gestão pública e a privada. 
 
 
 
 
 
 
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6. Convergências e diferenças entre gestão pública e 
privada. 
Gestão pública e privada são diferentes entre si. Claramente, 
enquanto a boa gestão pública busca o bem social, a gestão privada trabalha a 
organização para maximizar o lucro. Apesar disso, muitas ferramentas 
modernas de administração podem ser utilizadas pela gestão em ambos os 
contextos. O que se verifica é que há não só divergências, como também 
convergências entre a gestão pública e a privada. 
Infelizmente não há uma lista única de pontos de convergência e 
divergência que seja amplamente aceita, mas podemos estudar os elementos 
que mais se destacam no estudo desse assunto. 
Tendo isso em mente, verifica-se que as principais convergências 
entre a gestão pública e a privada são: 
 Ambas se utilizam de técnicas modernas da administração; 
 Ambas devem se preocupar com a satisfação das necessidades 
dos seus respectivos clientes - que são diferentes em cada um 
dos casos; 
 Ambas possuem ambientes interno e externo que influenciam 
no comportamento da organização; 
 Ambas devem se preocupar com a produtividade, eficiência, 
eficácia e efetividade de suas ações (entre outros); 
 
O que se percebe também é que as teorias organizacionais são 
aplicáveis a ambas, sendo necessário, em alguns casos, uma certa adaptação 
devido às diferenças existentes entre uma e outra. 
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Importante destacar que é trabalho infinito mencionar as 
siimilaridades, já que são incontáveis. Apesar disso, apontar diferenças é mais 
fácil. 
Vamos ver, então, algumas das diferenças mais marcantes entre a 
gestão pública e a gestão privada: 
1) a lógica não-lucrativa do Poder Público; 2) a legalidade aplicada ao 
setor público é diferente daquela do setor privado, já que ao agente público só 
é permitido fazer o que está previsto em Lei, enquanto ao privado é permitido 
fazer tudo que não é proibido por Lei (cuidado: as empresas públicas e 
sociedades de economia mista são regidas pelo direito privado, mas possuem a 
restrição de só atuar dentro do campo específicopara o qual possuem 
autorização egal); 3) o cliente do setor privado paga por cada produto/serviço 
que compra, enquanto o cidadão contribui com o pagamento de tributos para a 
prestação do serviço público, independente de desejar fazê-lo ou de utilizar o 
serviço prestado. 
Além disso, como estamos estudando para um concurso público, 
devem ser destacadas as principais diferenças segundo proposto pelo 
Instrumento de Avaliação da Gestão Pública - Ciclo 2010, do Gespública: 
a) Enquanto as organizações do mercado são conduzidas pela 
autonomia da vontade privada, as organizações públicas são 
regidas pela supremacia do interesse público e pela obrigação da 
continuidade da prestação do serviço público. 
b) O controle social é requisito essencial para a administração pública 
contemporânea em regimes democráticos, o que implica em 
garantia de transparência de suas ações e atos e na 
institucionalização de canais de participação social, enquanto as 
organizações privadas estão fortemente orientadas para a 
preservação e proteção dos interesses corporativos. 
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c) A administração pública não pode fazer acepção de pessoas, deve 
tratar a todos igualmente e com qualidade. O tratamento 
diferenciado restringe-se apenas aos casos previstos em lei. Por 
outro lado, as organizações privadas utilizam estratégias de 
segmentação de “mercado”, estabelecendo diferenciais de 
tratamento para clientes preferenciais. 
d) As organizações privadas buscam o lucro financeiro e formas de 
garantir a sustentabilidade do negócio. A administração pública 
busca gerar valor para a sociedade e formas de garantir o 
desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de 
utilizar os recursos de forma eficiente. 
e) A atividade pública é financiada com recursos públicos, oriundos de 
contribuições compulsórias de cidadãos e empresas, os quais 
devem ser direcionados para a prestação de serviços públicos e a 
produção do bem comum. A atividade privada é financiada com 
recursos de particulares que têm legítimos interesses capitalistas. 
f) A administração pública tem como destinatários de suas ações os 
cidadãos, sujeitos de direitos, e a sociedade, demandante da 
produção do bem comum e do desenvolvimento sustentável. A 
iniciativa privada tem como destinatários de suas ações os 
“clientes” atuais e potenciais. 
g) O conceito de partes interessadas no âmbito da administração 
pública é ampliado em relação ao utilizado pela iniciativa privada, 
pois as decisões públicas devem considerar não apenas os 
interesses dos grupos mais diretamente afetados, mas, também, o 
valor final agregado para a sociedade. 
h) A administração pública tem o poder de regular e gerar obrigações 
e deveres para a sociedade, assim, as suas decisões e ações 
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normalmente geram efeitos em larga escala para a sociedade e 
em áreas sensíveis. O Estado é a única organização que, de forma 
legítima, detém este poder de constituir unilateralmente 
obrigações em relação a terceiros. (OBS minha: trata-se do 
Poder Extroverso do Estado) 
i) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, 
enquanto a iniciativa privada pode fazer tudo que não estiver 
proibido por lei. A legalidade fixa os parâmetros de controle da 
administração e do administrador, para evitar desvios de conduta. 
 
 
 
Vou ficando por aqui. 
Continue a aula por meio das questões comentadas. 
Forte abraço! 
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7. Questões comentadas 
 
QUESTÕES SOBRE GOVERNANÇA, GOVERNABILIDADE E 
ACCOUNTABILITY 
 
 
1. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2011) Os 
modelos de governança corporativa, especialmente os 
resultantes da separação da propriedade e da gestão, 
conferem ao estabelecimento e ao funcionamento de 
conselhos de administração um papel fundamental como 
força interna de controle. Nessa perspectiva, afirma-se 
que o Conselho de Administração é o guardião 
a) do objeto social e do sistema de governança corporativa. 
b) do orçamento e da estratégia empresarial. 
c) da estratégia da empresa para os próximos anos. 
d) das informações contábeis confidenciais. 
e) das decisões de gestão corporativa da empresa. 
 
Comentário: 
Simples aplicação direta do conhecimento. O conselho de 
administração é um órgão essencial para permitir a separação da propriedade 
da gestão de uma organização. Neste sentido, ele atua como guardião do 
objeto social e do próprio sistema de governança, buscando assegurar que a 
organização e seus processos decisórios estejam de acordo com o seu 
propósito de existência e que na gestão haja boa governança. 
GABARITO: A. 
 
2. (CESGRANRIO/Petrobras/Contador Júnior/2011) Um dos 
valores relevantes da Lei Sarbanes-Oxley, também 
aplicável ao conceito de Governança Corporativa, é o de 
Accountability. 
Um dos principais fatores determinantes do Accountability é a 
possibilidade de 
a) resolver os conflitos de agenda. 
b) constituir comitê de auditoria. 
c) incluir as contingências no balanço patrimonial. 
d) aprovar, através do conselho de administração, os planos de 
stock options. 
e) evitar o deságio de governança. 
Comentário: 
Questão mais apropriada aos contadores, pois exigia conhecimento da 
Lei SOX, mas a resposta poderia ser respondida por quem estudou apenas a 
governança corporativa. 
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Como vimos, a governança corporativa é um sistema de melhoria de 
gestão, que está associado a maior transparência e responsabilização dos 
gestores por suas ações e omissões. A única alternativa que se relaciona com 
isso é a alternativa B, pois fala em constituir uma auditoria, que serve 
justamente para apurar responsabilidades. 
GABARITO: B. 
 
3. (CESGRANRIO/BACEN/Analista do Banco Central – Área 
4/2010) Governança tem sido um conceito cada vez mais 
utilizado no âmbito da administração pública, tendo seu 
sentido associado, particularmente, à nova forma de 
atuação estatal, que substitui perspectivas gerencialistas 
e burocráticas que se mostram insuficientes para lidar 
com a realidade contemporânea. Destaca-se, como 
característica dessa governança, 
a) a retomada do poder do Estado em definir e implementar 
políticas públicas. 
b) o fortalecimento dos princípios de legalidade, impessoalidade 
e moralidade na administração pública. 
c) o uso de instrumentos com base na teoria da escolha pública 
e na teoria da agência para configuração do aparelho de Estado. 
d) um conjunto de práticas que segue a lógica da governança 
corporativa adotada pelas empresas privadas. 
e) um conjunto de reformas administrativas e de Estado que 
tem como objeto a ação conjunta, compartilhada pelo Estado, 
pelas empresas e pela sociedade civil. 
Comentário: 
Como vimos, a governança é um fenômeno do setor público associado 
com a melhoria na gestão através da aplicação de técnicas oriundas do setor 
privado e de reformas administrativas. 
A governança corporativa, por sua vez, possui alguns aspectos maisligados ao setor privado, como possibilitar que empresas sejam geridas sem 
que as influências imediatistas dos acionistas sejam priorizadas (separação 
entre propriedade e gestão). 
Assim, esta questão nos deixa um dilema: 
A alternativa D fala que a as práticas no setor público seguem as 
práticas no setor privado. Seguir é uma palavra forte, mas alguns conceitos de 
governança aceitariam que as práticas do setor privado inspiram a do setor 
público através de suas ferramentas, mas precisariam ser adaptadas. 
A alternativa E, por sua vez, associa a governança com reformas 
administrativas e de estado que buscam ação conjunta entre o estado, 
empresas e sociedade civil. De fato, os movimentos de reforma estão 
associados a uma melhor governança, transferindo para o setor privado e 
sociedade civil algumas responsabilidades que o Estado teria dificuldades 
maiores em executar. Foi assim com o PDRAE (assunto associado ao tema 
administração pública). De qualquer modo, dizer que isso é uma característica 
da governança ignora que ela também pode acontecer pela utilização de 
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ferramentas internas de gestão adequada, não tendo que passar por reformas 
tão amplas. 
Assim, a questão se mostrou confusa quanto às suas alternativas, 
mas como é padrão em concursos, quando a banca diz que a lógica de 
aplicação do setor privado é utilizada no setor público, ela estava dizendo algo 
que seria considerado errado. 
Sobra então a alternativa E, que foi tida como o gabarito. 
GABARITO: E. 
 
4. (ESAF/FUNAI/Indigenista/2016) Analise as afirmativas 
abaixo e assinale a opção correta. 
I. A accountability horizontal depende, essencialmente, da 
atuação de órgãos de controle externo, como o Ministério 
Público no Brasil, cujo objetivo central é garantir a 
governabilidade. 
II. A accountability vertical pressupõe a participação dos 
cidadãos no processo fiscalizatório e, portanto, constitui-se em 
uma dimensão importante da governança no setor público. 
III. A combinação de diversos mecanismos de accountability no 
setor público possibilita o funcionamento do sistema de check 
and balances. 
a) Somente I está correta. 
b) Somente II está correta. 
c) Somente I e II estão corretas. 
d) Somente I e III estão corretas. 
e) Somente II e III estão corretas. 
Comentário: 
Vejamos cada um dos itens: 
I) Errado. O Accountability horizontal se dá por meio dos órgãos de 
controle exteno, mas também por meio do sistema de freios e contrapesos 
entre os poderes, sendo voltado para a melhor governança. 
II) Certo. O Accountability vertical é baseado na participação dos 
cidadãos na fiscalização, buscando melhorar a governança. 
III) Certo. O accountability, como um todo, possibilita o 
funcionamento do sistema de freios e contrapesos (checks and balances), pois 
permite a fiscalização e responsabilização dos gestores. 
GABARITO: E. 
 
5. (ESAF/CGU/AFC/2012) Segundo o Instituto Brasileiro de 
Governança Corporativa – IBGC, governança corporativa 
é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, 
monitoradas e incentivadas, envolvendo os 
relacionamentos entre proprietários, Conselho de 
Administração, Diretoria e órgãos de controle. Nesse 
contexto, também aponta o IBGC os seguintes princípios 
básicos de governança corporativa, todos passíveis de 
aproveitamento no âmbito do setor público, exceto: 
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a) Equidade. 
b) Responsabilidade Corporativa. 
c) Legalidade e Legitimidade. 
d) Transparência. 
e) Prestação de Contas (accountability). 
Comentário: 
Questão que exigia que o candidato tivesse memorizado os princípios 
básicos da governança corporativa: equidade, responsabilidade corporativa, 
transparência e prestação de contas (accountability). 
A única alternativa que não traz um desses princípios é a alternativa 
C. 
GABARITO: C. 
 
6. (ESAF/CGU/AFC/2006) Assinale se as frases a seguir são 
verdadeiras (V) ou falsas (F). 
( ) Os conceitos de governabilidade e governança estão 
intimamente relacionados entre si e com a reforma do Estado. 
( ) Os conceitos de governabilidade e governança não estão 
relacionados entre si e nem com a reforma do Estado. 
( ) Por governança se entende a capacidade de governar 
derivada da legitimidade do Estado e do seu governo com a 
sociedade civil. 
( ) Por governabilidade se entende a legitimidade de um 
determinado governo junto à sociedade para empreender 
mudanças. 
( ) Por governança se entende a capacidade técnica, financeira e 
gerencial de implementar políticas públicas. 
( ) Por accountability se entende a capacidade do Estado em 
formular e implementar políticas públicas e atingir metas. 
Escolha a opção correta. 
a) F, V, V, V, F, F 
b) V, F, V, F, F, V 
c) F, V, F, F, V, V 
d) V, F, F, V, V, F 
e) F, V, F, V, V, V 
Comentário: 
Excelente questão para uma revisão rápida: 
( ) Os conceitos de governabilidade e governança estão 
intimamente relacionados entre si e com a reforma do Estado. 
Certo. Os dois conceitos realmente se relacionam entre si e com a 
reforma do Estado. 
( ) Os conceitos de governabilidade e governança não estão 
relacionados entre si e nem com a reforma do Estado. 
Errado. É o oposto do item anterior. 
( ) Por governança se entende a capacidade de governar 
derivada da legitimidade do Estado e do seu governo com a 
sociedade civil. 
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Errado. Isto é a governabilidade. 
( ) Por governabilidade se entende a legitimidade de um 
determinado governo junto à sociedade para empreender 
mudanças. 
Certo. É exatamente isso! 
( ) Por governança se entende a capacidade técnica, financeira e 
gerencial de implementar políticas públicas. 
Certo. Governança inclui a capacidade de gerir os recursos para que a 
gestão pública funcione bem, implementando as políticas públicas. 
( ) Por accountability se entende a capacidade do Estado em 
formular e implementar políticas públicas e atingir metas. 
Errado. Accountability é a responsabilização dos gestores por suas 
ações e omissões. 
GABARITO: D. 
 
7. (FCC/DPE-SP/Administrador/2015) É correto afirmar que 
a accountability 
a) vertical compreende o controle exercido pelo Legislativo 
sobre o Executivo. 
b) vertical compreende o controle exercido pela administração 
direta sobre a indireta. 
c) horizontal compreende o controle exercido pelo Judiciário 
sobre o Executivo. 
d) horizontal compreende o controle exercido por meio de 
plebiscito e referendos. 
e) horizontal compreende o controle exercido pelos cidadãos por 
meio do voto. 
Comentário: 
O accountability vertical é o exercido pela população e o horizontal é o 
exercido por um órgão sobre o outro. O único exemplo que se encaixa nessa 
ideia básica é a letra C. 
GABARITO: C. 
 
8. (FCC/DPE-SP/Administrador/2015) NÃO exercem a 
accountability horizontal: 
a) Organizações Sociais. 
b) Câmaras Municipais. 
c) Ministério Público. 
d) Controladoria Geral do Município. 
e) Tribunais de Contas Estaduais. 
Comentário: 
Questão mal feita. O accountability horizontal é a responsabilização e 
prestação de contas de um órgão em relação a outro. Nesse sentido, Tribunais 
de Contas, Controladorias, Câmaras Municipais, etc., exercem o accountability 
horizontal. Com isso, as alternativas B, D e E estão eliminadas. 
Organizações Sociais são paraestatais contratadas para execução de 
atividades públicas por meio de contrato de gestão. Elas realmentenão 
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exercem accountability sobre outras instituições (em regra), por isso a letra A 
pode ser considerada a resposta. 
Por outro lado, o Ministério Público é exemplo de mecanismo 
institucional de exercício do accountability societal, já que ele é uma 
instituição representativa dos direitos difusos da sociedade, e não um órgão 
com poder de controle sobre outro na Administração. 
Por ter duas respostas possíveis, a questão deveria ter sido anulada. 
GABARITO considerado: A. 
 
9. (FCC/MPE-PB/Analista Ministerial - Auditor de Contas 
Públicas/2015) Sobre accountability e formas de 
controle, é correto afirmar: 
a) O controle social está compreendido na accountability 
vertical, na medida em que os cidadãos controlam seus 
governantes. 
b) O processo eleitoral está compreendido na accountability 
horizontal, pois não há uma relação hierárquica entre eleitores e 
eleitos. 
c) A accountability horizontal é exercida por meio dos controles 
mútuos entre os Poderes e da atuação de órgãos autônomos. 
d) Os órgãos responsáveis pelo controle administrativo 
procedimental não possuem autonomia no exercício de suas 
funções. 
e) O controle exercido entre os três Poderes integra os 
mecanismos de controle eleitoral, pois é exercido durante o 
período eleitoral. 
Comentário: 
Questão escorregadia. Vejamos cada alternativa: 
A) O controle social (societal) realmente pode ser considerado um tipo 
de controle vertical, mas não por meio dos cidadãos, e sim por meio de 
entidades representativas e imprensa. 
B) O processo eleitoral tem relação com o accountability vertical. 
C) Certo! 
D) O controle se dá por meio de entidades com autonomia 
E) Trata-se de accountability horizontal. 
GABARITO: C. 
 
10. (FCC/TCE-CE/Conselheiro Substituto (Auditor)/2015) 
Accountability é um dos temas relevantes na evolução da 
Administração pública. Como uma de suas dimensões ou 
tipos está a 
a) horizontal, que ocorre através da fiscalização exercida pelos 
cidadãos sobre os governantes, por meio do voto e de 
mecanismos como referendo e plebiscito. 
b) vertical, consistente no exercício das competências 
fiscalizadoras e sancionatórias por órgãos autônomos dotados 
de tal competência. 
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c) social, correspondente a um mecanismo de controle não 
eleitoral realizado pela sociedade civil, envolvendo associações, 
movimentos e mídia. 
d) fiscal, correspondente às medidas de ajustes que devem ser 
tomadas pelos governantes em situações de crise ou constrição. 
e) primária, que decorre das iniciativas tomadas 
espontaneamente pelos governantes, independentemente de 
determinação externa ou sancionatória, para justificar suas 
decisões perante a sociedade. 
Comentário: 
Vejamos cada alternativa: 
A) Errada. A questão detalha o vertical. 
B) Errada. A questão detalha o horizontal. 
C) Certa! 
D) Não consegui encontrar nenhuma referência na literatura 
especializada sobre o que seria accountability primária. Ficamos sem saber até 
mesmo se existe! =/ 
GABARITO: C 
 
11. (FCC/TCE-C/Analista de Controle Externo - Auditoria 
Governamental/2015) O controle social 
a) está inserido nos mecanismos de controle institucional 
durante o mandato. 
b) se concretiza por meio da participação dos cidadãos em 
conselhos, com o objetivo exclusivo de fiscalizar o cumprimento 
de procedimentos pelos órgãos públicos. 
c) está compreendido na accountability vertical. 
d) somente é exercido no processo eleitoral. 
e) refere-se estritamente ao processo de dar transparência aos 
atos públicos. 
Comentário: 
O controle social, ou accountability social/societal é exercido por 
entidades representativas do interesse da sociedade, como associações de 
classe e imprensa. Além disso, há também mecanismos de controle social 
institucional, como o Ministério Público, que podem agir durante o mandato 
para controlar um gestor. 
GABARITO: A. 
 
12. (FCC/TC-CE/Conselheiro Substituto (Auditor)/2015) 
Considere as seguintes definições sobre governança e 
governabilidade: 
I. Governabilidade refere-se ao poder político em si e consiste 
na capacidade política de governar derivada da relação de 
legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade. 
II. Governança pública pode envolver a forma como o Estado se 
organiza para prestar serviços à sociedade e é instrumental em 
relação à governabilidade. 
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III. Governabilidade é a capacidade de decidir e de implementar 
políticas públicas, relacionando-se exclusivamente à 
competência técnica da máquina administrativa e condições 
econômicas vigentes. 
IV. Governança corresponde aos mecanismos de avaliação das 
políticas públicas vinculada ao correspondente planejamento 
estratégico. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) III e IV. 
d) I e IV. 
e) I e II. 
Comentário: 
Vejamos cada um dos itens: 
I) Certo. Governabilidade realmente está ligada à capacidade política 
de governar. 
II) Certo. Governança realmente é mero instrumento/forma de 
gestão, como descrito no item. 
III) Errado. A competência técnica da máquina e seus instrumentos 
são elementos da governança, e não da governabilidade. 
IV) Errado. A governança realmente está ligada aos mecanismos, as 
formas de gestão, incluindo sua avaliação. O erro da questão está em apontar 
que tal avaliação é vinculada "ao correspondente planejamento estratégico", 
colocando a governança a serviço do planejamento, quando na verdade o 
planejamento é instrumento de gestão, portanto parte da governança. Assim, 
havendo ou não planejamento estratégico, o uso de ferramentas de gestão e 
formas estruturais apropriadas reflete a governança. 
GABARITO: E. 
 
13. (FCC/SEFAZ-PI/Analista do Tesouro Estadual/2015) 
Governança, na Administração pública, pode ser 
entendida como 
a) o poder de governar decorrente da legitimidade democrática, 
relacionado com a capacidade de assegurar condições 
sistêmicas e institucionais para que a organização cumpra sua 
função 
b) o braço instrumental da governabilidade, envolvendo o modo 
como o Governo se organiza para atender às necessidades da 
população. 
c) a conjugação de políticas públicas voltadas ao combate de 
práticas ilícitas, tais como corrupção, nepotismo e 
favorecimentos pessoais. 
d) um conjunto de medidas para assegurar a sinergia entre as 
diversas instâncias de poder, em especial legislativo e 
executivo, a fim de implementar as políticas públicas voltadas 
ao atendimento às necessidades do cidadão. 
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e) um sistema que se aplica exclusivamente às entidade 
privadas que integram a Administração pública, relativo à forma 
como estas são administradas, objetivando a geração e 
preservação de valor. 
Comentário: 
Governança é o instrumental da governabilidade, sendo sua 
capacidade de por em prática as decisões com base em ferramentas e 
estruturação da ação da máquina estatal, o que se verifica na alternativa B. 
A alternativa A traz o conceito de governabilidade, e as demais 
"viajam" no assunto, sendo impertinentes. 
GABARITO: B.Administração Pública p/ TRT 20 ( AJAA) 
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Questões sobre princípios da administração pública. 
 
14. (FCC/CNMP/Técnico - Administração/2015) 
Corresponde a um dos princípios básicos da 
Administração pública a: 
a) solidariedade. 
b) legalidade. 
c) precaução. 
d) universalidade. 
e) livre iniciativa. 
Comentário: 
Os princípios "básicos" são os constitucionais: legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Assim, a única resposta 
possível está na letra B. 
GABARITO: B. 
 
15. (FCC/TRT3/TJAA/2015) A Administração pública deve 
nortear sua conduta baseada em certos princípios. Assim, 
entre os princípios expressamente informados na 
Constituição Federal, NÃO se incluem os princípios da 
a) moralidade e eficiência. 
b) legalidade e publicidade. 
c) entidade e indisponibilidade. 
d)impessoalidade e publicidade. 
e) legalidade e moralidade. 
Comentário: 
Os princípios expressos na CF são: legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. Assim, a única resposta possível está na 
letra C. 
GABARITO: C 
 
16. (FCC/TRT9/TJAA/2015) Os princípios balizadores das 
atividades da Administração pública ganharam 
importância e destaque nas diversas esferas de atuação, 
tal como o princípio da eficiência, que 
a) permite que um ente federado execute competência 
constitucional de outro ente federado quando este se omitir e 
essa omissão estiver causando prejuízos aos destinatários da 
atuação. 
b) autoriza que a Administração pública interprete o 
ordenamento jurídico de modo a não cumprir disposição legal 
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expressa, sempre que ficar demonstrado que essa não é a 
melhor solução para o caso concreto. 
c) deve estar presente na atuação da Administração pública 
para atingimento dos melhores resultados, cuidando para que 
seja com os menores custos, mas sem descuidar do princípio da 
legalidade, que não pode ser descumprido. 
d) substituiu o princípio da supremacia do interesse público que 
antes balizava toda a atuação da Administração pública, 
passando a determinar que seja adotada a opção que signifique 
o atingimento do melhor resultado para o interesse público. 
e) não possui aplicação prática, mas apenas interpretativa, 
tendo em vista que a Administração pública está primeiramente 
adstrita ao princípio da supremacia do interesse público e depois 
ao princípio da legalidade. 
Comentário: 
Questão mais interessante sobre o princípio da Eficiência. Como 
sabemos trata-se de um Princípio Constitucional da Administração Pública 
inserido na CF com o objetivo de melhorar o uso dos recursos públicos, 
estando relacionado com a Administração Pública Gerencial. 
Seu propósito mais específico é estabelecer que a Administração deve 
executar suas atividades com o menor gasto possível, como está apresentado 
na letra C. 
GABARITO: C. 
 
17. (FCC/TRE-RR/TJAA/2015) O Supremo Tribunal 
Federal, ao julgar ação direta de inconstitucionalidade, 
concedeu medida cautelar para suspender a eficácia de 
lei estadual de incentivo a pilotos de automobilismo sob o 
fundamento de que a citada lei singulariza de tal modo os 
beneficiários que apenas uma única pessoa se 
beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao 
programa de incentivo fiscal, o que afronta, em tese, um 
dos princípios básicos da Administração pública. Trata-se 
do princípio da 
a) impessoalidade. 
b) eficácia. 
c) publicidade. 
d) legalidade. 
e) supremacia do interesse privado. 
Comentário: 
Trata-se de clara afronta ao princípio da impessoalidade, em sua 
acepção voltada ao tratamento isonômico dos administrados. Se uma única 
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pessoa se beneficia de 75% dos valores de um determinado programa público, 
claramente o ato é para gerar benefícios a essa pessoa. 
Note que a questão não trouxe o princípio da moralidade, pois ele 
também foi atingido (o ato que não é impessoal é imoral!), e se estivesse 
presente na questão a mesma teria duas respostas. 
GABARITO: A. 
 
18. (FCC/TRE-RR/AJAA/2015) A Administração Pública 
Federal, enquanto não concluído e homologado 
determinado concurso público para Auditor Fiscal da 
Receita Federal, alterou as condições do certame 
constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova 
legislação aplicável à espécie. E, assim ocorreu, porque 
antes do provimento do cargo, o candidato tem mera 
expectativa de direito à nomeação. Trata-se de aplicação 
do Princípio da 
a) Eficiência. 
b) Publicidade. 
c) Legalidade. 
d) Motivação. 
e) Supremacia do interesse privado. 
Comentário: 
O exemplo trazido pela questão mostra que a Administração mudou o 
Edital do concurso para que ele esteja de acordo com a legislação, já que só é 
permitido ser feito o que está previsto em lei. Trata-se de clara aplicação do 
princípio da legalidade. 
GABARITO: C. 
 
19. (FCC/TRT9/AJAA/2015) O denominado Poder de 
autotutela é uma decorrência do princípio da legalidade. 
Cuida-se de controle que a Administração exerce sobre 
seus próprios atos, que podem ser 
a) anulados, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, 
sendo vedada, no entanto, pela via administrativa, a revogação 
por motivos de conveniência e oportunidade. 
b) anulados ou revogados, no entanto, na hipótese de 
revogação há a necessidade de participação do judiciário, que 
exerce controle de razoabilidade e proporcionalidade da medida. 
c) declarados nulos, ante a presença de vício de legalidade, ou 
revogados, por motivo de conveniência e oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e rassalvada, quando o caso, 
a apreciação judicial. 
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d) revogados ou anulados, respectivamente por motivo de 
conveniência e oportunidade e em razão de vício de legalidade, 
sendo passível de controle judicial tão somente a retirada do 
ato, pela Administração, por motivo de legalidade, restrito ao 
judiciário o controle da autotutela fundamentado em juízo 
discricionário. 
e) anulados por ilegalidade e revogados por motivo de 
conveniência e oportunidade, sempre por meio de recurso ao 
Poder judiciário, em razão do princípio da inafastabilidade da 
jurisdição. 
Comentário: 
O princípio da autotutela permite a Administração Pública a anulação 
dos próprios atos por verificar vício de legalidade e a regovação, por 
conveniência e oportunidade, sendo possível sempre a revisão judicial dos atos 
pelo Judiciário quanto à sua legalidade. 
Com isso em mente, vejamos as alternativas: 
A) Errada. Revogação também é possível. 
B) Errada. A revogação é própria da Administração, não envolvendo o 
judiciário. 
C) Certa! Está perfeita! 
D) Errada. É possível haver controle judicial de todos os atos, não só 
o ato de revogação. Ainda assim, o controle judicial será exercido quanto à 
legalidade, e não quanto à oportunidade e conveniência. 
E) Errada. O recurso ao judiciário é possível para anulação, não para 
revogação do ato. 
GABARITO: C. 
 
20. (FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área 
Administrativa/2012) Para atender ao princípio 
constitucional básico da eficiência o agente público deve 
a reduzir ao máximo os custos dos serviços públicos, 
independentemente da qualidade. 
b sempre utilizar a tecnologia mais avançada, 
independentemente do seu custo. 
c alcançar o melhor resultado possível no menor tempo e ao 
menor custo. 
d atender a todos de formaidêntica, independente das 
demandas individuais dos cidadãos. 
e prestar conta das atividades realizadas com clareza e presteza 
aos órgãos de controle. 
Comentário: 
O que se deve buscar, com base no princípio da eficiência, adicionado 
à Constituição Federal em 1998, é o melhor resultado possível, ao menor 
tempo e ao menor custo possível 
GABARITO: C. 
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21. (FCC/MPE-AP/Analista Ministerial - 
Administração/2012) Um político ou um servidor utiliza 
sua verba de representação ou cartão corporativo em 
negócios não previstos à sua condição de pessoa pública 
ou do exercício profissional. Com base nestas 
informações, os princípios de administração pública 
atingidos são: 
a Legalidade e Publicidade. 
b Moralidade e Legalidade. 
c Publicidade e Finalidade. 
d Moralidade e Impessoalidade. 
e Impessoalidade e Publicidade. 
Comentário: 
Quando um servidor ou político usa uma verba para fazer aquilo que 
não está previsto em lei, se está infringindo, ao mesmo tempo, o princípio da 
legalidade (pois o ato praticado não está previsto em lei), e o da moralidade 
(pois se está agindo contra a moralidade pública aceira). 
GABARITO: B. 
 
22. (FCC/MPE-AP/Analista Ministerial - 
Administração/2012) Os princípios da Administração 
Pública brasileira foram acrescidos de outro por ocasião 
de emenda constitucional. O novo princípio e seu 
significado para a gestão pública é: 
a Impessoalidade. Refere-se à base da Lei de Responsabilidade 
Fiscal, que impõe aos governantes e administradores 
neutralidade em suas ações, valorizando equitativamente os 
atores sociais e o público em geral. 
b Efetividade. Refere-se à busca de performance maximizada e 
constante da área pública, no sentido de obter resultados com 
foco nos objetivos e na utilização plena e econômica de recursos 
humanos e materiais. 
c Publicidade. Refere-se aos atos administrativos de levar ao 
conhecimento público informações e dados referentes a 
processos e performance das esferas de governo, 
independentemente de seu nível hierárquico. 
d Impessoalidade. Refere-se ao tipo de tratamento em que os 
agentes públicos devem pautar sua ética, tratando de forma 
indiscriminada cidadãos e usuários de serviços públicos de 
qualquer esfera de governo. 
e Eficiência. Refere-se à conduta da administração pública, que 
deve agir, de maneira rápida, precisa e ágil, para produzir 
resultados que satisfaçam as necessidades da população, sejam 
atuais ou futuras. 
Comentário: 
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Questão bem direta, tratando sobre a Emenda Constitucional 
19/1998, que adicionou à CF o princípio da eficiência, que visa fazer com que a 
administração pública gere resultados com custos e prazos reduzidos - o que 
está previsto na alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
23. (FCC/MPE-AP/Analista Ministerial - 
Administração/2012) A inexistência do princípio da 
publicidade nos atos externos da Administração Pública 
enseja sua anulação por ausência de 
a eficiência e eficácia. 
b legitimidade e moralidade. 
c impessoalidade e eficiência. 
d interesse público e discricionariedade. 
e interesse público e eficiência. 
Comentário: 
Questão mais interpretativa. Caso um ato administrativo não tenha 
publicidade, em especial aqueles que devem produzir efeitos fora da estrutura 
do órgão, certamente lhe faltará legitimidade. Além disso, ele terá sido 
praticado de forma contrária a ética esperada da administração pública, 
portanto será uma afronta à moralidade. 
Assim, este ato ensejaria sua anulação por ausência de legitimidade e 
moralidade. 
GABARITO: B. 
 
24. (FCC/Metrô-SP/Analista Trainee - Administração de 
Empresas/2008) Os princípios da legalidade, moralidade, 
impessoalidade e eficiência estão previstos 
a no regimento interno de cada Partido. 
b na Lei Orgânica dos Partidos. 
c na Constituição Federal. 
d no Código Penal. 
e no regimento interno da Câmara dos Deputados. 
Comentário: 
Questão bem objetiva. De onde vêm os princípios do LIMPE? Da 
Constituição Federal! 
GABARITO: C. 
 
25. (FCC/TRT11/Técnico Judiciário - Área 
Adinistrativa/2012) De acordo com o princípio da 
legalidade o administrador público pode fazer 
a tudo o que a lei não proibir expressamente. 
b tudo aquilo que julgar compatível com o interesse público. 
c apenas aquilo que as normas sociais considerarem 
moralmente adequado. 
d apenas aquilo que as leis expressamente autorizarem ou 
determinarem. 
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e aquilo que o bom senso e a ética aprovarem. 
Comentário: 
O princípio da legalidade, para a administração pública, afirma que a 
mesma somente pode fazer aquilo que está expressamente previsto em Lei. 
Isso acontece com uma diferença forte em relação a ação dos 
particulares, que podem fazer tudo que não estiver proibido por Lei. 
GABARITO: D. 
 
26. (FCC/TRT11/Analista Judiciário - Área 
Administrativa/2011) A ideia de que a Administração tem 
que tratar todos os administrados sem discriminações, 
traduz o princípio da 
a legalidade. 
b indisponibilidade. 
c impessoalidade. 
d publicidade. 
e unicidade. 
Comentário: 
Trata-se de uma das acepções do princípio da impessoalidade, a de 
que a administração pública deve agir com foco no seu fim, tratando as 
pessoas de forma igualitária entre sí. 
GABARITO: C. 
 
27. (FCC/TRE-AP/Analista Judiciário - Área 
Administrativa/2011) O Jurista Celso Antônio Bandeira 
de Mello apresenta o seguinte conceito: 
Este princípio enuncia a ideia de que as competências 
administrativas só podem ser validamente exercidas na 
extensão e intensidade correspondentes ao que seja 
realmente demandado para cumprimento da finalidade de 
interesse público a que estão atreladas 
Trata-se do princípio da 
a moralidade. 
b eficiência. 
c proporcionalidade. 
d impessoalidade. 
e legalidade. 
Comentário: 
Trata-se do princípio da proporcionalidade, que implica na ação 
proporcional à necessidade enfrentada pelo agente público. 
GABARITO: C. 
 
28. (FCC/TRT23/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa/2011) No cumprimento estrito do 
princípio da legalidade, o agente público só pode agir 
a quando não houver custo elevado para a administração 
pública. 
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b se tiver certeza de não ferir interesses privados. 
c de acordo com a consciência do cumprimento do dever. 
d depois de consultados seus superiores hierárquicos. 
e nos termos estabelecidos explicitamente pela lei. 
Comentário: 
O princípio da legalidade para a administração pública é aquele que 
afirma que o administrador público só pode fazer aquilo que estiver 
explicitamente colocado por lei, o que está de acordo com o apresentado na 
alternativa E. 
GABARITO: E. 
 
29. (FCC/TRF1/Analista Judiciário - Área 
Administrativa/2011) Carlos, auditor fiscal do tesouro 
nacional, ao preencher incorretamente documento de 
arrecadação do tesouro, causou prejuízo ao fisco na 
ordem de trinta reais. Tal fato acarretou sua demissão do 
serviço público. Em razão disso, postulou no Judiciário a 
anulação da pena, o que foi acolhido pelos seguintes 
fundamentos: o servidor procurou regularizar o erro, 
buscando recolher aos cofres públicos a quantia inferior 
recolhida; sua ficha funcional é boa e não desabona sua 
atuação; a quantia inferior recolhida é irrisória; a pena de 
demissão é ato extremo que deve ser efetivado apenas

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