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Fisiologia da Reprodução e Orientação Sexual

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 O Hormônio Luteinizante (LH) cai na corrente sanguínea e chega aos ovários e o estimula a produzir a ovulação ou oocitação (liberação do gameta). O gameta rompe o ovário e vai para a Tuba Uterina, onde aguarda a fecundação. Ele só tem 24h de viabilidade. Novos hormônios começam a serem produzidos pelos ovários. Aí a P rogesterona começa a se r liberada pela corrente sanguínea e atinge o eixo Hipotálamo/Hipófise. Quando estes níveis de Progesterona estão elevados, a mulher apresenta características que promo vem a atração do homem. A pele fica mais lubrificada, os olhos mais brilhantes, os lábios mais corados, os seios mais firmes. Tudo para que haja uma fecundação. No caso de uma fertilização o corpo lúteo será mantido, produz indo hormôn ios até a placenta assumir essa função. Na ausência da fertilização ele cessará a produ ção de hormônios e a baixa dos níveis de Progesterona levará a escamação uterina: menstruação. BASES NEURAIS DOS COMPORTAMENTOS SEXUAIS O comportamento sexual em homens e mulheres é controlado por ações conjuntas de diversas estruturas do nosso sis tema nervoso. O Córtex Cerebral tem papel importante, sendo o sítio onde as ideias eróticas surgem e se diversificam. A Medula Espinhal tem papel determinante, pois por el a seguem as aferências para o cérebro (estímulos táteis, por exemplo) e os comandos que determinarão as eferências (ereção do pênis e clitóris, por exemplo). CICLO COMPLETO DE RESPOSTAS SEXUAIS Relacionado ao Sistema Nervoso Autônomo – Parassimpático. Platô = Estado mais avançado de excitamento que antecede o or gasmo, onde todas as outras r eações fisiológicas anteriores se intensificam. A respiração fica mais rápida e mais forte, a frequência cardíaca se ac elera, ocorre um acúmulo de energia física e psíquica numa intensa tensão sexual. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO SISTEMA NERVOSO 1. Qual o papel do músculo BC (Bulbocavernoso) em homens e mulheres? R: Músculo BC envolve o Bulbo Peniano no homem e o Bulbo Vestibular na mulher. 2. O Núcleo de Onuf é semelhante em homens e mulheres? Qual a sua função? R: Grupo de neurônios motores que controlam os músculos Bulbocavernosos em humanos. Está localizado na região sacral da medula espinal. O Núcleo de Onuf é dimórfico porque os músculos BC masculinos são maiores do que os femininos pois, há mais neurônios motores em homens que em mulheres. Nos homens trabalha para a ereção peniana e ajuda na micção, nas mulhe res circunda a abertura da vagina e serve para contraí-la. 3. Qual a diferença na forma da área pré-optic a do Hipotálamo Ante rior quando comparamos ratos machos e fêmeas? R: Em fêmeas: A lesão da área pr é-óptica interrompe o ciclo estral. Em machos: Reduz a frequência de cópulas. 
 O núcleo sexualmente dimórfico (SDN) é de 5 a 8 vezes maior em machos do que em fêmeas. 4. O que é INAH? R: Núcleo Intersticiais do Hipotálamo Anterior. São grupos de neurônios. 5. As diferenças morfológicas entre os cérebros masculino e f eminino são muitas e de f ácil observação? Por quê? R: Como regra, dimorfismos sex uais do encéfalo são difíceis de provar, po rque encéfalos de machos e fêmeas são muito semelhantes e porque dentro d as populações de en céfalos, de machos e fêmeas h á uma grande variação individual. ORIENTAÇÃO SEXUAL Pesquisas sugerem que o comportamento homossexual geralmente se apresenta desde a infância. Alguns experimentos d emonstram que a pref erência por brinquedos pode estar rel acionada ao homossexualismo na vida adulta, revelando uma tendência entre meninos que preferem brinquedos de meninas de apresentarem-se homossexuais quando do amadurecimento sexual. O INAH é uma região do cérebro que parece estar envolvida no processo de comportamento homossexual, em homossexuais masculinos o INAH-3 apresenta o mesmo tama nho do esperado para mulheres, ou seja, possui metade do tamanho esperado em um homem heterossexual, no entanto, essa diferença só pode ser percebida na idade adulta. Outras pesquisas demonstram que pode haver alguma tendência genética na determinação do comportamento homosse xual na vida adulta, principalmente quando os casos ocorrem na família d a mãe (principalmente tios e primos). Entretanto, pes quisas com gêmeos idê nticos , não revelam a mesma orientação sexual em ambos, o que revela que muito ainda há que ser pesquisado para compreender esse tema. Experimentos em roedores demonstraram que estresse (causado por uma limitação controlada experimentalmente da quantidade de água e comida) durante a gestação pode determinar o nascimento de filhotes geneticamente masculinos que se comportam como fêmeas quando do amadurecimento reprodutivo, expondo a genitália diante de outros machos. Será que o estresse pode ser um fator também em humanos? AULA 4 – APRENDIZAGEM E MEMÓRIA Objetivos 1. Descrever um breve histórico dos estudos em aprendizage m. 2. Listar os processos da memória. 3. Identificar os estágios d a aprendizagem e d a memória. 4. Definir amnésia. 5. Distinguir as estruturas cere brais ligadas à memória 6. Definir algumas noções d e biologia molecular e memória. HISTÓRICO PAUL BROCA, em 1861 relatou que lesõ es na porção posterior do Lobo Frontal Esquerdo , região chamada Área de Broca, levavam a uma disfunção motora da linguagem: disfasia1 ou afasia2 Essas proposições abriram questionamentos sobre uma hipótese de localização específica para cada função da memória. KARL LASHLEY, que era psicólo go, apresento u, mais de 60 anos depo is, na década de 1920 o termo engrama para se referir a uma suposta base neural para os traços d e me mória, atr avés de estudo s que pretendiam verificar uma visão localizacionista da memória. Área de Broca Parte posterior do lobo frontal esquerdo Responsável pelo processamento da linguagem, produção da fala e compreensão. 1 Dificuldade ou incapacidad e de ord enar ou estruturar frase s. 2 Distúrbio na formulação e compreensão da linguage m. 
Através de estudos em ratos ele pretendia verificar se haveria re giões específicas do Sist ema Nervoso Central que seriam responsáveis pela memória, no entanto, observou que os animais estudados apresentaram maiores di ficuldades para sair de u m labirinto do que animais saudáveis, no ent anto, essa dificuldade não est ava relacionada a uma lo calização específica da lesão, mas sim de sua ex tensão. De modo que ele concluiu que o engrama estaria distribuído por todo o córtex, ou seja, não haveria uma localização específica como havia questionado ao iniciar seus estudos. Hoje, sabemos que sua interpretação foi errada e que aqueles animais apresentavam maiores dificul dades, pois nos ex perimentos ele havia lesado áreas importantes para a visã o, entre outras (sensações e movimentos) que complicavam as habilidades de deslocamento do animal. DONALD HE BB, aluno de Lashley deu continuidade às proposições na década d e 1940, reforçando através de suas propostas, aquelas conclusões de Lashle y. Para ele s empre qu e u m evento era percebido por um indivíduo, determinados circuitos corticais seriam imediatamente ativa dos e esses circuitos representariam no cérebro o evento, a sua evocação (lembrança) seria, simplesmente, a reativação desses circuitos, o que envolveria todo o sistema. WILDER PENFIELD, ainda na década de 1940, se destaca ao demonstrar que os processos da memória apresentam localizações específicas no cérebro
humano. Em seus experimentos pode mapear funções motoras, sensoriais e da linguagem ao explorar a sup erfície cortical e pode verificar que a estimulação produzia uma “ resposta experiencial” ou retrospecção, na qual o paciente descrevia uma lembrança correspondente a uma experiência vivida. É fundamental considera rmos que essas pesquisas representam os primórdios do conhecimento na ár ea que possuímos hoje. As falhas e acertos representaram parte do proc esso de investigação científica e resultaram dos recursos e estratégias disponíveis a cada momento histórico. Atual mente, conhec emos relativamente bem d iversas áreas de nosso cérebro, graças a tecnologias como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. MEMÓRIA  Capacidade de armazenar e recuperar as informações . PROCESSOS DA MEMÓRIA  AQUISIÇÃO  Relacionada com a entrada de um evento qualquer nos sistemas neurais relacionados com a memória.  SELEÇÃO  Processo que explica que somente os aspectos mais importantes dos eventos sã o escolhidos durante a aquisição para ser armazenados em nossa memória. O que permanece.  RETENÇÃO  Relacionado com a capacidade de armazenar, por tempo variável (de segundos – memória de curto prazo a anos – memória de longo prazo), aqueles aspectos importantes que foram selecionados.  CONSOLIDAÇÃO  Permanência prolon gada na memória de aspectos de um evento. Garante que as informações permanecem na memória.  EVOCAÇÃO  Lembrança (ou o acesso à informação) de um dado aspecto armazenado p ara ser utilizado mentalmente na cognição, emoção ou mesmo para expressar um comportamento. ESTÁGIOS DA APRENDIZAGEM E DA MEMÓRIA Como podemos descrever o processo de aprendizagem? APRENDIZAGEM  Processo de aquisição de in formações, ou sej a, a entrada d e um evento d e origem sonora, visual, emocional, etc. em nosso Sistema Neural. Engrama Forma como as memórias são hipoteticamente guardadas devido a mudanças biofísicas ou bioquímicas no cérebro (e outros tecidos neurais) em resposta a um estímulo externo. Seria a correspondência física das recordações. 
O evento pode ter origem externa (ex. uma aula, uma revista) ou interna (ex. aceleração nos batimentos cardíacos, um desconforto estomacal) ao nosso organismo. Os processos de aprendizagem e memória estão sujeitos a modificações por ação de drogas ou outros eventos durante a formação da memória. MEMÓRIA ESTADO DEPENDENTE  Essa memória em formação sob condições particulares será considerada como uma memória d ependente d e estado, ou seja, o que aprendemos em de terminado estado mental ou circunstâncias será mais bem lembrado no mesmo estado ou circunstância . Por exemplo, se você costuma comer chocolates ou beber isotônicos enquanto estuda para as provas, esteja preparado para ingeri-los durante as provas e cuidado para não exagerar. Da mesma forma, já reparou que eventos tristes são mais recordados quando você está triste e os alegres quando você está alegre? EXISTEM OUTRAS FORMAS DE APRENDIZAGEM, DITAS NÃO ASSOCIATIVAS  SENSIBILIZAÇÃO  Também chamada de PSEUDOCONDICIONAMENTO. É caracterizada por uma única experiência ruim que deixa o organismo em alerta por dias, ou seja, um único evento determina a previsão de um evento futuro e mesmo estímulos inócuos induzem a uma resposta vigorosa.  HABITUAÇÃO  Uma experiência inócua passa a ser ignorada por nosso organismo, ou seja, nosso sistema perceptor passa a aceitar eventos que , à primeira vista, pudessem parecer ofensivos com as sucessivas exposições. MECANISMOS DE APRENDIZAGEM Outros conceitos como o Condicionamento Clássico e o Operante também representam outros mecanismos de aprendizagem, neste caso, associativas. A MEMÓRIA PODE SER CLASSIFICADA QUANTO 1. AO TEMPO DE RETENÇÃO  ULTRARRÁPIDA  Dura poucos segundos apresentando o seguinte decaimento:  Arquivo Icônico (½ segundo) e  Arquivo Ecoico (20 segundos). Ex. Repetimos um número de telefone até anotarmos, depois esquecemos.  CURTA DURAÇÃO  Dura de minutos a horas. Ex. Lembramos o que comemos no café, mas não lembramos o que comemos semana passada.  LONGA DURAÇÃO  Dias, semanas, meses e até muitos anos. 2. À NATUREZA  EXPLÍCITA OU DECLARATIVA (armazena o saber que algo se deu) A memória pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger os ou tros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviament e l embram), essa memória também é chama da explícita. Memórias explicitas chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala). 1) Operacional  É uma forma de utilização rápida no raciocínio e planejamento de comportamentos. Ex.: Onde estacionou o carro? Onde deixou a bolsa? Onde estão seus livros? Onde estão seus filhos? 2) Semântica  É uma forma de memória que envolve conceitos atemporais. Quando ap rendemos, por exemplo, que a capital da Ar gentina é Buenos Aires, os neurônios se comunicam por meio de neurotransmissores. Ex. Flor é um bom presente para mulheres. Associação direta de eventos. 
3) Episódica  É uma forma de memória explícita que envolve eventos datados, ou seja, relacionados ao tempo. Ex.: Evocação do nosso aniversário de 18 anos; lembrança do primeiro capítulo da novela qu e vimos na TV.  IMPLÍCITA OU NÃO DECLARATIVA (armazena como algo se deu) Inclui procedimentos mot ores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando no s distraímos e vamos no "piloto automático " quando dirigimos). Ess a memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura. 1) Memória de Representação Perceptual  Corresponde à imagem de um evento , preliminar à compreensão do que ele significa. Ex.: A imagem de um objeto pode ser retida nesse tipo de m emória implícita antes que saibamos o que é, para que serve, etc. 2) Memória de Procedimento  Está relacionada aos hábitos e habilidades e às regras em geral. Ex.: Sabemos os movimentos necessários para di rigir um carro, sem que s eja preciso descrevê -los verbalmente. 3) Memória Associativa  É a que faz, por exemplo, com qu e salivemos antes que a comida chegue a nossa boca, por termos associado o cheiro à alimentação. 4) Memória Não-Associativa  É a que faz, por exemplo, com que aprendamos que um estímulo repetido que não traz consequências é inócuo, e o ignoremos. Ex.: O latido de seu cão não traz riscos, fato que nos faz ignorá-lo. ONDE AS INFORMAÇÕES FICAM ARMAZENADAS? Os mecanismos são pouco esclarecidos, mas, já sabemos, por exemplo, que o Hipocampo tem participação fundamental na consolidação das inf ormações adqu iridas de f orma explícita e qu e elas ficam temporariamente armazenadas no Lobo Temporal e Pré- Frontal. Hoje está comprovado que as informações ficam distribuíd as de acordo com as áreas fu ncionais do cérebro. COMO SE DÁ A CONSOLIDAÇÃO? É influenciada por sistemas moduladores, especialmente os envolvidos com o processamento emocional (Amígdala e Lobo Temporal). Depende dos estados emocionais e são diretamente determinadas por fatores como atenção, mot ivação, dedicação, etc. A AMNÉSIA  AMNÉSIA  A amnésia é definida, de modo geral, como uma perda patológica completa ou parcial da habilidade de recordar experiências passadas (amnésia
retrógrada) ou de formar novas memórias (amnésia anterógrada). Esta condição pode ser de origem orgânica ou psicológica. As formas or gânicas de amnésia estão normalmente associadas com disfunção do Diencéfalo ou Hipocampo. AMNÉSIA RETRÓGRADA  P erda patol ógica completa ou par cial da habilidade de recordar experiências passadas. Esquece de tudo de um trauma para traz. Ex.: Não lembra de nada antes do acidente. AMNÉSIA ANTERÓGRADA  Perda da habilidade de c riar novas memórias e absorver novas informações. Esquecimento dos fatos transcorridos depois da causa determinante do distúrbio . 
  AMNÉSIA PSICOGÊNICA OU DISS OCIATIVA  Hoje é conhecida como Dissociativa, sendo definida pelo DSM .IV como uma incapacidade de recordar informações pessoais importantes, em geral de natureza traumática ou estressante , demasiadamente ex tensa para ser explicada pelo esquecimento normal, envolve um prejuízo reversível da memóri a, no qual re cordações da experiência pessoal não pod em ser recuperadas em uma forma verbal (ou, se são te mporariamente recupera das, não podem ser completamente retidas na consciência). Causa sofrimento clinicamente significa tivo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Apresenta-se, com maior frequência, como uma lacuna ou série de lacunas relatada retrospectivamente, na re cordação d e aspectos da hist ória d e vida do indivíduo. Essas lacunas h abitualmente estão relacionadas a eventos traumáticos ou muito estressantes. Alguns indivíduos podem ter amnésia para episódios de automutilação, at aques violentos ou tentativas de suicídio. Com menor frequência, apresenta-se co mo um episódio exuberante com aparecimento súbit o. Esta forma aguda é mais provável em tempos de guerra ou em resposta a u m desastre natural. DIVERSOS TIPOS DE DIST ÚRBIOS DE MEMÓRIA FORAM DESCRITOS NA AMNÉSIA DISSOCIATIVA DE ACORDO COM O DSM.IV  AMNÉSIA LOCALIZADA  O indivíduo não consegue recordar eventos que ocorreram durante um período limitado de tempo, em geral as primeiras hor as após um evento profundamente perturbador.  Ex.: O sobrevivente que saiu ileso de um acidente automobilístico no qual um membro da família morreu, pode não se r capaz de recordar coisa alguma do que a conteceu desde o momento do acidente até 2 dias mais tarde.  AMNÉSIA SE LETIVA  (recortes de informação) A pessoa consegue recordar alguns, mas não todos os eventos durante um período limitado de tempo. Ex.: Um veterano de guerra consegue recordar apenas al gumas cenas de u ma série de e xperiências de combate violento. TRÊS OUTROS TIPOS DE AMNÉSIA  AMNÉSIA GENERALIZADA  O fracasso em recordar abrange to da a vida da pessoa. Os indivíduos com este raro transtorno em geral se apresentam à polícia, a salas de emergência ou a serviços de consultoria-ligação de hospitais gerais.  AMNÉSIA CONTÍNUA  É definida como uma incapacidade de recordar eventos subsequentes a um momento específico (inclusive) até o presente.  AMNÉSIA SISTEMATIZADA  Representa a perda de memória para certas categorias de informações, tais como todas as recordações envolvendo a própria família ou uma determinada pessoa. ESTRUTURAS CEREBRAIS LIGADAS À MEMÓRIA HIPOCAMPO  A remoção bilateral do Hipocampo leva à incapacidade de formação de novas memórias, no entanto, não interfere em aquisição, mas sim na consolidação dos dados. Provavelmente esta estru tura está relacionada à transferência de informaç ões da memória de curto prazo para a memória de longo prazo. Lesões de Hipocampo n ão tornam o indivíduo debilitado intelectualmente ele somente não consegue armazenar novas experiências. Curiosamente parece não interferir no armazenamento de informações auditivas, que ficam descontextualizadas. CÓRTEX LOBO FRONTAL  Está associando às áreas sensitivas primárias (tato, visão e audição) as demais áreas corticais e ao Hipocampo. 
 Memória explícita ou declarativa: Hipocampo, amígdala, três regiões corticais temporais mediais (córtex entorrinal, córtex para-hipocampal e córtex perirrinal), prosencéfalo basal, tálamo, córtex pré-frontal, neocórtex.  Memória implícita ou não declarativa: Gânglios basais, córtex pré-motor, tálamo, substância negra. Obs.: Diversas doenças psiquiátricas simulam a demência. BIOLOGIA MOLECULAR E MEMÓRIA o DEPRESSÃO HOMOSSINÁPTICA  Uma estimulação repetida leva a uma habituação da resposta. Fisiologicamente ocorre declínio progressivo no potencial de ação registrado nos neurônios resultante de uma redução na quantidade de neurotransmissores liberada nos terminais dos neurônios sensoriais. É dita homos sináptica uma vez que os fenômenos ocorrem nas mesmas sinapses que são ativadas pela estimulação. o FACILITAÇÃO HETEROSSINÁPTICA  Um estímulo sensibilizante leva à ativação dos neurônios sensoriais, com liberação do neurotransmissor. Ocorre indiretamente, através do recrutamento de neurônios facilitadores. Inclui a ativação d e sina pses adicionais ao circuito neural primário da reação de defesa. Por isso é chamada de facilitação heterossináptica. o PLASTICIDADE NEURONAL  A experiência produz alterações plásticas no cérebro, inclui ndo o crescimento de dendritos e a formação de sinapses. É uma propriedade que permite um desenvolvimento de alterações estruturais dos circuitos neurais em resposta à experiência e como adaptação a condições diversas e a estímulos repetidos. AULA 5 – MECANISMOS DA EMOÇÃO Objetivos 1. Descrever as teor ias da emoção. 2. Identificar o pap el do sistema límbico para o comportamento emocional. 3. Descrever a fisiologia b ásica do medo e da ansiedade. 4. Descrever a fisiologia b ásica da r aiva e da agressão. 5. Descrever a fisiologia b ásica do reforço e recompensa. TEORIAS DAS EMOÇÕES E SEUS PRINCIPAIS TEÓRICOS JAMES ( 1842-1910) E L ANGE (1834-1900)  Na teori a, divul gada em 1894, eles propuseram que não existe emoção sem expressão e qu e a experiência subjetiva é causada por ela, ou seja, eles su geriram que nós experi mentamos a emoção em respostas as alterações fisiológicas que ocorrem em nosso organismo, assim, por exemplo, ficaríamos tristes porque estamos chorando e não o contrário. A princípio parece estranha essa colocação, mas se você analisar com calma verificará que caso retirássemos todas as alterações fisiológicas de nosso corpo ficaria complicado sentir qualquer emoção. Explicando, imagine um indivíduo muito irritado, agora retire suas alterações fisioló gicas: acalme seus batimentos cardíacos, tranquiliz e a respiração, r elaxe a sua musculatura. Ele ainda estaria irritado ? Pois é... foi avaliando desta forma que eles desenharam essa teoria. Hoje sabemos que não é bem assim. Acreditavam que os elementos fisiológicos eram os mais importantes. CANNON (1871-1941) E BARD (1898-1977)  Apresentada pela primeira vez em 1927, logo s e tornou popular entre os cientistas e propunha que a experiência emocional pode ocorrer independente de uma expressão emocional fisiológica. Para embasar sua teoria eles apresentaram estudos em pessoas que possuíam lesões na medula que as impediam de perceber as sensações e que, no entanto, preservavam a capacidade de sentir emoções. Outra questão apresentada por essa nova teoria era de que as mesmas alter ações fisiológicas ocorria m em emoções bem diversas, como o palpitar rápido do coração de uma pessoa irritada e de um apaixonado. 
Para eles o tálamo seria o grande ativador das emoções. Acreditavam que os elementos
cerebrais eram os mais importantes. CHARLES DARWIN (1809 -1882)  Observou as semelhanças entre i ndivíduos de diversas espécies (cães, gatos, homens...) na expressão emocional da raiva e caracterizou que as expressõe s faciais e corporais mostravam um a determinação inata que persiste com a evolução das espécies, revelando deste modo grande importância para a manutenção/sobrevivência das espécies. Para Darwin, as emoções permitem: A sobrevivência do indivíduo  O predador tem que conseguir matar a presa e a presa tem que conseguir fugir do predador. Desta forma ocorre equilíbrio nas populações duas espécies. Como? Alguns predadores morrem de fome e algumas presas sobrevivem. A sob revivência da espécie  Os machos disputam as fêmeas para reprodução de modo que os mais fortes, atraente e possuidores de bons genes conseguem filhotes saudáveis. Desta forma eles estabelecem uma hierarquia e demarcam áreas seguras para as fêmeas e filhotes. Comunicação social  Todos os animais do grupo não precisam ap anhar do macho dominante para compreender que ele é o lí der, somente aqueles que se julgarem mais fortes farão um desafio. Por quê? Porque os outros assistem às demonstrações de força e recebem sinais visuais que lhes su ger em sua posição hierárquica do grupo. Na nossa espécie a comunicação visual é muito utilizada. PAPEL DO SISTEMA LÍMBICO PARA O COMPORTAMENTO EMOCIONAL Antes de iniciarmos nossos estudos específicos cabe ressaltar a origem do termo Lobo Límbico. Ele foi descrito por Paul Broca, em artigo publicado em 1878 , que designou que o córtex cerebral localizado ao red or do corpo caloso formaria um lobo límbico (borda), principalmente o giro cingulado e o córtex na superfície medial do lobo temporal, incluindo o Hipocampo. Naquela época suspeitava-se de forte envolvimento dessas estruturas com o olfato. Depois, em torno de 1930, descobriram o envolvimento com nossas emoções. As emoções em nosso organismo estão em um conjunto de estruturas localiz adas na região do Lobo Límbico, em volta do H ipocampo. Um conjunto de áreas cerebrais que trabalha junto, sinergicamente para que poss amos expressar as emoções di ante dos estímulos do meio ambiente. É uma luta con stante por um ajuste do comportamento emocional frente às situações que enfrentamos envolvendo as pectos fisiológicos e cerebrais. Os ajustes fisiológicos (rubor na fa ce, batimento s cardíacos, respiração) são semelhantes tanto na raiva quanto na paixão, por exemplo. Mas, quando é feit o uma aferição detalhada, apesar dos sintomas serem os mesmos, a frequência é diferent e. Então, a ativação simpática que ruboriza a f ace, acel era os batimentos cardíacos, eleva a respiração é um pouco diferente. A c aracterização é parecida, mas n ão está funcionando exatamente da mesma forma. Hoje já se sabe também que pessoas que sofreram lesões na medula espinal têm certo embotamento emocional. Elas não são indiferentes aos estágios emocionais diante dos es tímulos do meio, elas possuem expressões emocionais, mas quando comparadas a pessoas não lesionadas, a intensid ade emocional é diferenciada. MEDO E ANSIEDADE As emoções são as funções mais complexas q ue o sistema nervoso humano processa. Elas possuem três componentes principais: 1. Sentimentos  Podem ser positivos e negativos. . Paul Broca  Descreveu o Lobo Límbico (Córtex Cerebral localizado ao redor do Corpo Caloso) 
2. Comportamentos  Atos motores específicos de cada emoção. 3. Ajustes fisiológicos específicos  Hormônio e neurormônios secretados. Atualmente áreas neurais da emoção estão agrupadas sob a denominação de Sistema Límbico. ANSIEDADE  Definida por uma sensação de aflição, receio ou agonia, sem causa aparente e costumeiramente está associada ao medo. As emoções ne gativas são mais conhecidas e estudadas do qu e as positivas. Dentre estas, d estacamos, por ser o mais estudado, o: MEDO  É um estado subjetivo que ocorre diante de ameaças e determina reações das mais diversas: luta, fuga, ativação do SNA e etc. Hoje, sabemos qu e as amígdalas cerebrais são estruturas importantes no entendimento do comportamento emocional, ela dispara emoções a partir da interpretação de informações sensoriais ou internas desencadeando ajustes que serão realizados no tronco encefálico e Hipotálamo. Lesões nas amígdalas estão diretamente relacionadas com redução da reação emocional, incluindo o medo. O circuito neural utilizado para o medo aprendido foi mapeado através de experimentos realizados sob monitoramento de ressonância magnética. Veja a imagem que se relaciona a estímulos auditivos  RAIVA E AGRESSÃO Para compreender esses circuitos, vamos p rimeiramente definir o p orquê destes comportamentos. Animais das mais variadas espécies atuam de forma agressiva por diverso s motivos: Conseguir alimento, repreender um adversário, defesa da prole, conquista reprodutiva. Sabemos hoje que a presença de andrógenos (hormônios sexuais masculinos) está diret amente relacionada a esse com portamento. Todos já devem ter conhecido u m caso de animal doméstico masculino que foi castrado e ficou dócil. Em humanos algumas pesquisas já compr ovaram altos níveis de testosterona em homens que cometeram crimes muito violentos. A AGRESSÃO PODE SER DIVIDIDA EM 2 PADRÕES DE COMPORTAMENTO NOS ANIMAIS  AGRESSÃO PREDATÓRIA (ou ataque sile ncioso com mordida)  C aça (ataque contra membro de outra espécie para obter alimento). É um comportamento planejado que é realizado com pouca ativação simpática. O ataqu e é direci onado para pontos fatais na vít ima, como c abeça e pes coço e geralmente silencioso. Está relacionada com o Hipotálamo Lateral.  AGRESSÃO AFETIVA (ou ataque com ameaça)  Defesa de território (exibição, geralmente ruidosa, de seus atributos físicos). Neste comportamento há expressiva ativação da divisão simpática do Sistema Nervoso Vegetativo . Está relacionada com o Hipotálamo Medial. Experimentos com remoção total do Telencéfalo (hemisférios cerebrais), em que s e preservavam parcialmente o Diencéfalo, revelaram a participação do Hipotálamo na regulação destes comportamentos. Os animais que sofriam essa remoção apresentaram o que os pesq uisadores chamaram de raiva simulada, uma v ez que respondiam de forma agressiva a estímulos não irritantes, como carinhos. Isso ocorria s empre que o Hipotálamo Posterior era preservado na cirurgi a. Quando ele era retir ado o comportamento de raiva simulada não aparecia. 
 Experimentos em macacos demonstram que a retirada das a mígdalas reduz o comportamento agressivo, enquanto que sua estimulação simula a agressão efetiva. Outros estudos correlacionaram os níveis de serotonina com a agressividade, sendo a relação inversamente proporcional, ou seja, quanto mais serotonina, menor agressividade. REFORÇO E RECOMPENSA Os estudos que mapearam as áreas cerebrais r elacionadas com reforço e recompensa datam da década de 50 e têm como pioneiros James Olds e Peter Milner. Eles implantavam cirurgicamente eletrodos no cérebro de ratos de modo a poder disparar d escargas elétricas e estimular o funcionamento do cérebro para observar o que a contecia com os animais. Algumas áreas, quando estimuladas, provocavam um comportamento interessante: o animal p arecia querer receber novamente o estímulo repetindo o comportamento que havia
levado os pesquisadores a disparar a descarga elétrica (eles iam para um lado da caixa de observação, por exemplo). AULA 6 – PENSAMENTO Objetivos 1. Compreender a organização do pensa mento. 2. Explicar o p apel do córtex pré -frontal. 3. Explicar o p apel do córtex límbico. 4. Explicar o p apel do córtex parietotemporoccipital. 5. Explicar algumas base s biológicas de transtorno s mentais. ORGANIZAÇÃO DO PENSAMENTO Nosso pensamento pode ser d efinido de divers as formas, p or exemplo, de acordo com a capacidade de nosso cérebro para formular e evocar ideias diversas. A partir de nossas ex periências e da nossa criatividade, podemos relacionar conceitos, impor nosso julgamento, alterar e inventar fatos e etc. O pensamento pode ainda ser relacionado à nossa capacidade de reflexão e criação a iniciarem -se de ideias pré-existentes. Diferindo de nossas sensações, que são bem estruturadas e dependem de um estímulo para qu e sejam percebidas, as nossas imagens mentais surgem de forma espontânea e volu ntária, independendo de um estímulo sensorial específico. Geralmente elas estão ligadas aos conceitos que temos dos objetos e ao significado dos mesmos. O cérebro pod e evocar, combinar e mesmo criar novos conceitos e hipóteses dian te de uma cena e isso dá ao nosso pensamento a habilidade de antecipar probabilidades relativas aos acontecimentos. Sempre devemos ter claro que, somente a partir de elementos fornecidos por nós e pelo ambiente que nos cerca, através de nossas sensações (em alguns casos, percebidos desde a vida fetal, como os estímulos auditivos), é que formamos essa série de objetos mentais. No entanto, no momento em que iniciamos a formação deste banco de dados mentais, as possibilidades de combinação de elementos são infinitas. Talvez você já tenha experimentado a agradável sensação de dormir com um prob lema e acordar com uma solução. O que acontece é que, ao se deitar, você pensa no problema que trouxe do trabalho e para o qual você não tem uma solução viável. Ao acordar: Bingo! É isso que devo fazer! Seu cérebro pode e, corriqueiramente, faz uma sér ie de combinações de assuntos relacionados ao tema de seu problema, ao comparar com outras situa ções vividas por você, ou c ompartilhada com amigos, ele pode ou não encontrar uma boa solução. O PAPEL DAS ÁREAS RELACIONADAS ÀS FUNÇÕES SUPERIORES

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