Extrato Seco de Cranberry

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APLICAÇÕES CLÍNICAS DO EXTRATO DE 
CRANBERRY COMO PRESCREVER:
EXTRATO SECO DE CRANBERRY
Tratamento e prevenção das infecções do trato urinário
CÁPSULA
Extrato de Cranberry * 200 a 400mg
Excipiente qsp 1 cápsula
Posologia: Tomar 1 a 3 cápsulas ao dia, junto às 
refeições.
SACHÊ
Extrato de Cranberry * 200 a 400mg
Sachê 1 unidade
Posologia: Tomar 1 a 3 saches ao dia, junto às 
refeições.
Reduz a incidência de ITU’s
Cochrane Database Syst Rev. 2008;(1):CD001321
Extrato de Cranberry previne as ITU’s 
em pacientes com lesão medular e 
bexiga neurogênica
Spinal Cord. Apr 2008
Extrato de Cranberry previne a reinci-
dência de ITU’s em mulheres sujeitas a 
infecções recorrentes
Phytomedicine 2007 Apr. 14(4):237-41
* Padronizado com 25% de polifenóis
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Este material foi elaborado e desenvolvido pela Câmara Técnica da Roval e é de distribuição exclusiva a profissionais de saúde prescritores. Farmacêutico Responsável: 
Hilda Clecye CRF-PE: 2054. Para atendimento técnico e acesso às referências deste material, entre em contato com a Câmara Técnica Roval M
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O Cranberry (Vaccinium macrocarpon) é uma planta 
nativa da América do Norte utilizada para prevenção 
e tratamento de infecções 3. As infecções do trato uri-
nário (ITU’s) consistem nas infecções bacterianas mais 
comuns e são predominantemente causadas pela Es-
cherichia coli 4. O Cranberry contém em sua composi-
ção fitoquímica antocianidinas, flavonóides, proantocia-
nidinas, taninos condensados e ácidos fenólicos. Este 
fitocomplexo é o responsável pela ação farmacológica 
do Cranberry e deve ser padronizado com 25% de po-
lifenóis.
MECANISMO DE AÇÃO
O Cranberry contém compostos com propriedades an-
tiaderentes, que previnem a adesão da E. coli nas cé-
lulas do trato urinário, por alterar as propriedades da 
parede celular da bactéria, impedindo que se fixe às 
células epiteliais do trato urinário 4,5. A aderência da E. 
coli nas células do trato urinário é mediada pela fímbria 
bacteriana, denominada P adesina tipo 1 (ZAFRIRI et 
al., 1989). O Cranberry inibe a atividade hemaglutina-
dora dos isolados urinários de Escherichia coli que ex-
pressam estes tipos de adesina. Dois componentes do 
Cranberry são os responsáveis por esta ação: a frutose 
e as protoantocianidinas. Um estudo de 2000 demons-
trou a atividade antibacteriana do Cranberry sobre as 
bactérias do trato urinário (Lee et al, 2000). Porém ainda 
faltam estudos para comprovar esta atividade in vivo e 
estabelecer a dosagem específica para obtenção deste 
efeito antimicrobiano.
POSOLOGIA
Não há uma posologia padronizada do Cranberry. É 
importante que o produto seja administrado na forma 
de extrato seco (padronizado a 25% de polifenóis) ou 
na forma de suco concentrado (industrializado), pois os 
estudos demonstram eficácia nestas formas de apre-
sentação. Os estudos mostram eficácia do Cranberry 
em dosagens que variam entre 200 a 400mg por dose 
posológica, com dosagens diárias de até 1.200mg, para 
cápsulas do extrato seco padronizado.
EFEITOS ADVERSOS
Não são conhecidos os efeitos adversos do Cranberry. 
Um caso de urticária foi relatado ao FDA possivelmente 
ao uso do suco do Cranberry.
CONTRAINDICAÇÕES
Alergia ao Cranberry. Pacientes com histórico de nefro-
litíase por oxalato devem tomar com cautela suplemen-
tos com Cranberry. Não há dados suficientes para asse-
gurar seu uso em gravidez e amamentação.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A acidificação suave da urina causada pelo suco do 
Cranberry pode teoricamente aumentar a excreção renal 
de certos medicamentos (ex: anfetaminas). Interações 
com Varfarina e Cranberry foram registradas. Os casos 
relatados sugerem aumento do efeito da Varfarina com a 
administração do Cranberry, sendo proposto pela inibi-
ção do metabolismo da droga pelo isoenzima CYP2C9. 
O Cranberry não deve ser utilizado concomitantemente 
com medicamentos destinados ao tratamento da acidez 
gástrica, como bloqueadores do receptor H2 histamíni-
cos (por exemplo, cimetidina) inibidores da bomba de 
prótons (pantoprazol).