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Franz Boas
Franz Boas (1858-1942) foi um antropólogo naturalizado norte-americano de origem alemã. Exerceu influência decisiva para o desenvolvimento da Antropologia, sobretudo nos Estados Unidos.
Franz Boas nasceu em Minden, Alemanha, no dia 9 de julho de 1858. 
Filho de um comerciante judeu e de uma professora de jardim de infância que tiveram grande influência na formação de suas ideias sobre raça e etnicidade. 
Cursou Física e Geografia nas Universidades de Heidelberg e Bonn e se doutorou em Física, em 1881, pela Universidade de Kiel.
Entre 1883 e 1884, Franz Boas realizou uma expedição entre os esquimós na ilha de Baffin, no Canadá. 
Em 1886 participou de uma expedição científica na Colúmbia Britânica no Canadá e nos Estados Unidos, onde resolveu se estabelecer em 1887. 
Lecionou na Universidade de Clark, Massachutts. Em 1899 transferiu-se para a Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, onde dirigiu o departamento de Antropologia mais influente do país. 
Até ao Século XVIII, o saber antropológico esteve presente na contribuição dos cronistas, viajantes, soldados, missionários e comerciantes que discutiam, em relação aos povos que conheciam, a maneira como estes viviam a sua condição humana, cultivavam os seus hábitos, normas, características, interpretavam os seus mitos, os seus rituais, a sua linguagem. 
Só no século XVIII, a Antropologia adquire a categoria de ciência, partindo das classificações de Carlos Lineu e tendo como objeto a análise das "raças humanas". O legado dessa época foram os textos que descreviam as terras, a (Fauna, a Flora, a Topografia) e os povos “descobertos” (Hábitos e Crenças). 
Algumas obras falavam dos indígenas brasileiros, por exemplo, como: a carta de Pero Vaz de Caminha (“Carta do Descobrimento do Brasil”), os relatos de Hans Staden, “Duas Viagens ao Brasil”, os registros de Jean de Léry, a “Viagem a Terra do Brasil”, e a obra de Jean Baptiste Debret, a “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. 
Além destas, outras obras falavam ainda das terras récem-descobertas, como a carta de Colombo aos Reis Católicos. Toda esta produção escrita levantou uma grande polêmica acerca dos indígenas. A contribuição dos missionários jesuítas na América (como Bartolomeu de Las Casas e Padre Acosta) ajudaram a desenvolver a denominada “teoria do bom selvagem”, que via os índios como detentores de uma natureza moral pura, modelo que devia ser assimilado pelos ocidentais. Esta teoria defendia a ideia de que uma cultura mais próxima do estado "natural" serviria de remédio aos males da civilização.
Marcada pela discussão evolucionista, a antropologia do Século XIX privilegiou o Darwinismo Social, que considerava a sociedade européia da época como o apogeu de um processo evolucionário, em que as sociedades aborígenes eram tidas como exemplares "mais primitivos". Esta visão usava o conceito de “civilização” para classificar, julgar e, posteriormente, justificar o domínio de outros povos. Esta maneira de ver o mundo a partir do conceito civilizacional de superior, ignorando as diferenças em relação aos povos tidos como inferiores, recebe o nome de etnocentrismo. É a «Visão Etnocêntrica», o conceito europeu do homem que se atribui o valor de “civilizado”, fazendo crer que os outros povos, como os das Ilhas da Oceania estavam “situados fora da história e da cultura”. 
O método concentrava-se numa incansável comparação de dados, retirados das sociedades e dos seus contextos sociais, classificados de acordo com o tipo (religioso, de parentesco, etc), determinado pelo pesquisador, dados que lhe serviriam para comparar as sociedades entre si, fixando-as num estágio específico, inscrevendo estas experiências numa abordagem linear, diacrônica, de modo a que todo o costume representasse uma etapa numa escala evolutiva, como se o próprio costume tivesse a finalidade de auxiliar esta evolução. Entendiam os evolucionistas que os costumes se demarcavam como substância, como finalidade, origem, individualidade e não como um elemento do tecido social, interdependente de seu contexto.
Apesar de a maior parte dos evolucionistas terem trabalhado em gabinetes, um dos mais conhecidos pensadores dessa corrente, Lewis Henry Morgan, tinha contato com diversas tribos do norte dos Estados Unidos. É absurdo creditar a autores dessa corrente uma compilação cega das culturas humanas. Isso seria uma simplificação enorme, ao mesmo tempo que se deixaria de aproveitar esses estudos clássicos da Antropologia. 
A Antropologia Difusionista reagiu ao evolucionismo e foi sua contemporânea. Privilegiava o entendimento da natureza da cultura, em termos de origem e extensão, de uma sociedade a outra. Para os difusionistas, o “empréstimo” cultural seria um mecanismo fundamental de evolução cultural. O difusionismo acreditava que as diferenças e semelhanças culturais eram consequência da tendência humana para imitar e a absorver traços culturais, como se a humanidade possuísse uma "unidade psíquica", tal como defendia Bastian.
Relativismo Cultural – Particularismo histórico:
A idéia do relativismo cultural está associada à concepção de evolução cultural multilienar.
Franz Boas (1858 – 1949) viu limitações no método comparativo em antropologia e criticou o evolucionismo (por assumir a evolução cultural como unilinear). 
Para Boas, a antropologia deveria:
- fazer a reconstrução da história dos povos ou regiões particulares
- comparar a vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis.
Para Boas, cada cultura estaria associada à sua própria história. Para compreender a cultura é preciso reconstruir a sua própria história. Surgia o Culturalismo, também conhecido como Particularismo Histórico. Deste movimento surgiria posteriormente a escola antropológica da Cultura e Personalidade. Paralelamente a estes movimentos, na Inglaterra, nasce o Funcionalismo, que enfatiza o trabalho de campo (observação participante). Para sistematizar o conhecimento acerca de uma cultura é preciso apreendê-la na sua totalidade. Para elaborar esta produção intelectual surge a etnografia. As instituições sociais centralizam o debate, a partir das funções que exercem na manutenção da totalidade cultural.
O teórico que criou o conceito de relativismo cultural foi Franz Boas. 
A antropologia nega a existência de culturas em estágios de evolução ou primitivismo, e desenvolveu o relativismo cultural para refletir sobre as diferenças entre as muitas culturas humanas.
Para compreender o conceito de etnocentrismo, vemos que “etno” vem da palavra etnia, que significa um povo que compartilha a mesma base cultural – língua, tradições, religião – e “centrismo” significa colocar no centro. Portanto, praticar 
o etnocentrismo é o mesmo que colocar minha própria cultura como centro do mundo, a partir da qual todas as outras são comparadas inferiormente, nunca se igualando à superioridade da minha.
A diversidade cultural pode ser encontrada não apenas de um povo para outro, de um lugar para outro, mas, por exemplo, dentro de um mesmo país. Aqui no Brasil, conhecemos o fenômeno dos “regionalismos”, que são costumes que mudam de uma região para outra e, como resultado, temos um país rico em culturas locais.
Além disso, sentimos as diferenças culturais entre pessoas que moram em grandes centros urbanos e aquelas que habitam em pequenas cidades do interior. Mudam alguns aspectos da cultura brasileira entre esses diferentes ambientes sociais.
Os cidadãos urbanos tendem a achar “atrasadas” as localidades em que ainda não chegaram os shopping centers, as grandes avenidas, os viadutos, o aglomerado humano e cultural das grandes cidades.
A vida no interior tem outros hábitos, outro ritmo, outras preocupações cotidianas. Assim, de forma etnocêntrica, as pessoas tendem a achar que falta “agitação”, “opção”, como se não houvesse “o que fazer” em um lugar menos denso populacionalmente.
Diversidade cultural
A diversidade cultural existe em dois níveis, deuma grande cultura para outras e dentro de uma mesma cultura. Esses níveis são percebidos na experiência social quando se sente que, independentemente do Estado de origem, temos muita coisa em comum, que nos fazem pertencer a um mesmo complexo cultural, uma nacionalidade.
A diversidade cultural existe tanto de um povo para outro ou de uma nação para outra, como dentro de uma mesma cultura.
Alteridade
Na linguagem antropológica, quando estamos lidando com uma pessoa com hábitos diferentes do nosso, com outra cultura, estamos perante o “outro”. Esse outro pode ser alguém que não fala a minha língua, que não se veste como eu, mas também pode ser alguém que compartilha muitos hábitos semelhantes aos meus, e outros nem tanto.
A nossa capacidade em nos relacionar com o “outro” é chamada de alteridade. Essa capacidade nos torna pessoas mais flexíveis e mais criativas em soluções, pois ampliamos nosso universo de visão do mundo, saindo da própria “casca”.
O relativismo cultural rompe com a noção de uma história e uma cultura únicas e comuns a todos os povos, assumindo que cada povo tem sua história particular, relativa às experiências que cada um viveu naquele tempo e espaço em que se inserem.
Podemos dizer que evoluções de um povo ou país são apenas conquistas econômicas e tecnológicas?
Será que a tecnologia é um quesito suficiente para garantir que uma cultura seja superior?

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