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ATIVIDADE DE CAMPO 4

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Aluno: Klavio Beline Lima 
Matrícula: 210803396474 
Campus: SULACAP 
ATIVIDADE DE CAMPO 4 
 
 
Texto: “Violência doméstica cresce durante isolamento social decorrente 
do novo coronavírus Convivência familiar imposta no período de 
quarentena e isolamento social intensifica conflitos familiares, que 
podem levar a agressões de mulheres. “ 
No que se refere a Missão do Direito Penal, como a lei Maria da Penha 
pode ser considerada um instrumento proteção e igualdade de gênero? 
Discorra de forma objetiva. 
 
A igualdade de gênero está fundamentada no Art. 5o., 226 da Constituição Federal e no artigo 
1511, do Código Civil, entre outros diplomas, pois a desigualdade é latente e a violência que 
sempre foi praticada no âmbito doméstico e fora dele, geralmente motivadas por gênero, vem 
representar a morte da mulher, muitas vezes por ser a fisicamente mais fraca e portanto, mais 
propensa a ser vítima de abusos. 
A Lei Maria da Penha reconheceu os direitos humanos da mulher, criando a partir daí, 
uma verdadeira proteção social e legal da cidadania feminina, de seus direitos, vontades e 
ambições, sem interferências e restrições alheias a sua vontade. 
A mulher tem o Direito reconhecido de ostentar sua dignidade, enterrando de uma vez por 
todas, os estereótipos sociais preconceituosos que muitas vezes lhe são impostos. 
Desde à Era Colonial, a mulher sempre foi a subalterna, colocada como complementação do 
homem, para a criação dos filhos e administração do lar, conforme indiretamente rezava o 
antigo e arcaico, o obsoleto Código Civil de 1916, que não recepcionou a Constituição, 
especialmente porque veio de uma época escravagista, que a mulher era praticamente vista 
como incapaz, que podia ser afastada da administração dos próprios bens, indigna de exercer o 
sufrágio e inapta para as relações de trabalho. 
 Na igualdade de gênero, o caput da CF/88, no artigo 5º, reza que “Todos são iguais perante a 
lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, À IGUALDADE, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes...” 
Como também da mesma forma, já no inciso I do mesmo diploma, consta que: “Homens e 
mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.” 
Dessa forma, sendo criada a Lei Maria da Penha, surgiram as medidas protetivas, para aplicação 
contra o agressor masculino, sendo portanto, inaplicável para benefício do homem, mesmo 
como vítima. 
Eis que, “A Lei previu, portanto, taxativamente que sua incidência se dá no caso em que a 
violência for contra mulher e baseada no gênero, como acima destacado. É necessário, portanto, 
para a configuração da violência doméstica nos termos da Lei Maria da Penha, que o agressor 
se aproveite de situação de vulnerabilidade da vítima em decorrência de sua condição de 
mulher. Afirmar o contrário seria alargar desmesuradamente a incidência da Lei para além de 
seus escopos, tratando de forma igual situações distintas, a saber, as de efetiva violência 
doméstica contra a mulher e as de agressões no interior de uma família cuja causa não possui 
qualquer relação com questões de gênero.” (…) (TJMG, AC nº 1.0637.15.007050-5/001, Relator: 
Nelson Messias de Morais, 2ª CÂMARA CRIMINAL, J. 04/05/2017). 
Assim, de acordo com o Código Penal quando da situação em que a vítima for do gênero 
feminino, deverá será utilizada a Lei Especial a sua condição de mulher, no caso, a Lei Maria da 
Penha, porque o CP recepciona e acompanha a CF/88 na igualdade de gênero, pois atende ao 
Princípio que a lei especial derroga a lei geral e portanto, com base neste princípio, há de se 
afastar a aplicação de qualquer outra norma estranha ao foro. 
 
TELEFONE PARA DENÚNCIA: 
O Ligue 180 é uma central telefônica que atua como um disque-denúncia. É um 
programa nacional que recebe denúncias de assédio e violência contra a mulher e as 
encaminha para os órgãos competentes. 
Além disso, também é possível obter orientações sobre serviços da rede de atendimento, 
direitos da mulher e legislação. 
Esta Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência é um serviço de utilidade 
pública, gratuito e confidencial que funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive 
nos feriados. O anonimato é garantido. 
As denúncias podem ser feitas de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (veja 
abaixo a lista de países). Além do 180, as denúncias de violência doméstica podem ser 
feitas em qualquer delegacia, com o registro de um boletim de ocorrência. Há ainda um 
aplicativo para celular, o 'Clique 180', que traz diversas informações importantes, como 
os tópicos da Lei Maria da Penha. 
As prefeituras também oferecem centros atendimento, responsáveis por acolher as 
mulheres em situação de violência. Em São Paulo, por exemplo, os Centros de 
Atendimento para Mulheres Vítimas de Violência contam com 11 unidades, que 
oferecem apoio social, jurídico e psicológico sem precisar de boletim de ocorrência. 
A violência contra mulher atinge a todos, e a denúncia pode ser feita por qualquer 
pessoa. Então, não importa se você conhece ou não a pessoa que está sofrendo violência, 
ligue 180 e denuncie! E ajude a proteger as mulheres. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/95552/lei-maria-da-penha-lei-11340-06
http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/lei-maria-da-penha-11-anos

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