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Profª Drª Adriane Brito Biologia, Histologia, Embriologia (BHE) Exercícios Videoaula 03 A reprodução entre os mamíferos acontece a partir da relação sexual entre um macho e uma fêmea. Esses indivíduos produzem no decorrer da vida os gametas que irão se fundir e dar origem a um novo ser vivo, que deverá ser desenvolvimento por certo tempo dentro do corpo do sexo feminino para quando estiver apto para o nascimento ocorra o parto e esse novo ser vivo conseguirá viver de maneira fisiologicamente independente dos pais. Sobre a reprodução dos seres humanos: explique o que é capacitação espermática e quais as fases do processo de fertilização (fecundação). Descreve-se uma técnica de capacitação espermática, a qual faz com que os espermatozoides móveis, vivos e sem patologias, se desprendam de um pellet (concentrado de espermatozoides e outras células do sêmen) formado após centrifugação. Várias mudanças ocorrem no espermatozoide durante a capacitação. Entre as alterações mais significativas, destaca-se a remoção de uma capa de glicoproteínas e proteínas do plasma seminal da região do acrossoma. Além disso, a membrana celular aumenta sua permeabilidade ao cálcio, o que causa um aumento da propulsão e uma maior facilidade na liberação de enzimas do acrossomo. → Etapas da fecundação 1) Passagem do espermatozóide através da corona radiata: Acredita-se que a enzima hialuronidase, liberada do acrossoma do espermatozóide, é responsável pela dispersão das células foliculares da corona radiata. Mas não é só isso que facilita a passagem, os movimentos da cauda do espermatozóide junto às enzimas da mucosa tubária também contribuem bastante. 2) Penetração da zona pelúcida: Esta é uma fase importante para o início da fertilização. É provável que as enzimas esterases, acrosina e neuraminidase, também liberadas pelo acrossoma, causem o rompimento da zona pelúcida, agindo como facilitador da chegada do espermatozóide ao ovócito. Assim que este penetra a zona pelúcida, ocorre a reação zonal, uma mudança que torna esta zona impermeável a outros espermatozóides. A composição desta cobertura é feita por glicoproteínas extracelularmente e muda após a fertilização. Alguns estudiosos acreditam que a reação zonal seja o resultado da ação das enzimas lisossomais liberadas por grânulos corticais. 3) Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e espermatozóides: Nesta fase estas membranas se unem e se rompem no exato lugar onde se uniram. A cabeça e a cauda do espermatozóide entram no ovócito, mas a membrana plasmática do espermatozóide fica de fora. 4) Término da segunda divisão meiótica e formação do pro núcleo feminino: Quando o espermatozóide penetra o ovócito, ele o estimula a completar a segunda divisão meiótica, resultando num ovócito maduro e num segundo corpo polar. A partir disso, há a condensação dos cromossomos maternos e o núcleo já maduro do ovócito evolui para um pro núcleo feminino. 5) Formação do pro núcleo masculino: O núcleo do espermatozoide aumenta no interior do citoplasma do ovócito com objetivo de compor o pro núcleo masculino e a cauda, então, sofre degeneração. Enquanto acontece o crescimento dos pro núcleos, que são indistinguíveis morfologicamente, eles replicam seu DNA. O ovócito que contém dois pro núcleos haploides é chamado de oótide. 6) Formação do zigoto: Logo que os pro núcleos se juntam em um conjunto único e diplóide, a oótide se transforma em um zigoto. Os cromossomos neste zigoto arranjam-se em um fuso de clivagem, preparando-se para a divisão que irá sofrer. Esta estrutura é geneticamente única, já que metade dos seus cromossomos vem da mãe e a outra metade do pai, formando assim uma nova combinação cromossômica, diferente da contida nas células dos pais. Este fato forma a base da herança biparental e, consequentemente, da variação da espécie humana. adriane.brito@docente.unip.br
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