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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO – EAD CURSO DE PEDAGOGIA PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO REVISITANDO A HISTÓRIA E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO MATRÍCULA: 201801270341 Fortaleza - CE 2020 1-OBJETIVOS -Analisar a História da Educação desde os primórdios até os dias atuais, destacando fatos e personalidades importantes para a evolução da educação no Brasil e no mundo; -Entender a importância da História da Educação e suas contribuições no processo de formação do indivíduo; 2-INTRODUÇÃO TEÓRICA O homem se desenvolve o tempo todo, e é a História a ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo, que analisa os processos históricos, os personagens e os fatos, com o fim de compreender um determinado período histórico, culturas ou civilizações. Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região, para o entendimento do processo de desenvolvimento da humanidade. 2.1 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇAO Para se compreender o presente e planejar o futuro é necessário entender o passado, que neste caso é a história da educação. O estudo da História da Educação é de suma importância para a compreensão do modelo educacional atual, possibilita entender os possíveis erros que ocorreram de forma que seja possível preveni-los e evitá-los. Para entendermos melhor o cenário atual da educação no Brasil e no mundo é necessário fazermos um breve retrospecto das iniciativas. 2.2 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 2.2.1- A EDUCAÇÃO NO BRASIL COLONIAL Em 1549 os primeiros padres jesuítas chegaram ao Brasil, e é assim que começa a história da educação no país até então habitado por nativos, chamados “índios”. Tal civilização era alfabetizada, porém os jesuítas pregavam sua fé e concretizavam a dominação portuguesa sobre os indígenas, reprimindo seus costumes e crenças. Educação essa totalmente ligada ao catolicismo, que foi praticamente a única no país por cerca de 200 anos. Com a vinda da família real para o Brasil, a educação foi impulsionada pelo governo de D. João VI a fim de suprir as necessidades da corte. 2.2.2- A EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPERIAL Após a Independência do Brasil, com a Constituinte de 1823, passou-se a discutir políticas de educação pública e a criação de universidades no Brasil. O resultado desse movimento veio na lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos. Anos mais tarde, houve a descentralização das responsabilidades educacionais do governo, com o Ato Adicional de 1834, que delegou às províncias a legislar sobre a educação primária. Sistema esse que foi mantido, anos depois, pela República. Em 1843, um projeto de lei que pretendia a criação da “Universidade Pedro II”, formada de cinco faculdades: Direito, Teologia, Matemáticas, Filosofia e Medicina. O projeto foi aprovado pelo Senado, mas depois acabou “esquecido”, deixando o país aguardando durante todo o século XIX por sua primeira Universidade. 2.2.3- A EDUCAÇÃO NO BRASIL REPUBLICANO Em meados de 1920, a educação voltou a ser repensada e reformada, e então surgiu a primeira geração de educadores brasileiros, dentre eles: Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Almeida Júnior, que lideraram movimentos reformistas e tentaram implantar no país os ideais da Escola Nova. Esse movimento lançou o chamado Manifesto dos Pioneiros (1932), um documento que reuniu as ideias de redefinição do papel educacional do Estado. Nesse mesmo período surgiram as pioneiras Universidades do Rio de Janeiro (1920), Minas Gerais (1927), São Paulo (1934) e Porto Alegre (1934). A Constituição promulgada em 1934, trouxe consigo consideráveis avanços na área educacional, inclusive refletindo ideais da Escola Nova. A Constituição de 1937 é característica do Estado Novo, um Estado autoritário que fez retroceder os avanços alcançados pela Constituição de 1934. Enquanto na Constituição de 1934 o ensino público, gratuito, era uma prioridade, na Constituição do Estado Novo valorizou-se a educação privada, acentuando a diferença de ensino entre as classes sociais. Um novo Estado se instaurou em 1964, e o sistema educacional brasileiro passou por relevantes mudanças, como por exemplo, a criação da Coordenação do Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, em 1951, do Conselho Federal de https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92067/constitui%C3%A7%C3%A3o-dos-estados-unidos-do-brasil-37 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92083/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-dos-estados-unidos-do-brasil-34 Educação, em 1961, expansão do ensino primário e superior, a criação de campanhas de alfabetização de adultos e grandes movimentos que defendiam a escola pública. A democrática Constituição de 1946 voltou a responsabilidade educacional ao Estado sem, contudo, extinguir a participação privada. A elaboração da Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961, a chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação, veio para sistematizar o ensino e definir seus objetivos. Em 1962, o Conselho Federal de Educação redigiu um documento com metas qualitativas e quantitativas da educação a serem atingidas ao longo de 8 anos, o chamado Plano Nacional da Educação. No conhecido governo Médice, em 1971, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi promulgada, restringindo-se ao ensino de 1º e 2º grau, com objetivo de formar pessoas qualificadas ao trabalho e conscientes de sua cidadania. Com a Constituição de 1988 a educação passou a ser um direito de todos com a finalidade de permitir a pessoa o exercício da cidadania e a preparação adequada para o mercado de trabalho. 2.3 - A HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO Na antiguidade, aconteceram transformações fundamentais que tornaram a cultura cada vez mais científica, mais especializada de forma diferenciada entre si, tanto pelos objetivos, quanto pelos métodos. Encontram-se diferentes modelos de Educação, de acordo com o período a que corresponde e a localização geográfica. Uma característica marcante é o surgimento da escrita. 2.3.1 – A EDUCAÇÃO NOS PROMÓRDIOS No início do mundo, nas chamadas sociedades tribais, a educação era apenas a familiar, geralmente passada de pai para filho e não englobava um ensino voltado as ideias e a sociedade, não havendo ainda regras e leis morais. 2.3.2 – A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE Aqui resumiremos a educação na antiguidade com fatos e civilizações que marcaram a evolução. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92058/constitui%C3%A7%C3%A3o-dos-estados-unidos-do-brasil-46 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108164/lei-de-diretrizes-e-base-de-1961-lei-4024-61 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 Para a civilização egípcia o conhecimento era reservado aos altos funcionários, sacerdotes e militares. Posteriormente, o conhecimento passou a ser difundido, porém aos níveis mais altos, ao qual só teria acesso, a classe dominante. Com o tempo criaram escolas para o povo, parafilhos de funcionários. O funcionamento acontecia nos templos, contava com forte teor religioso, não esquecendo as questões práticas, assim, formavam médicos, engenheiros e arquitetos. O dia-a-dia da civilização, marcada por diferentes momentos históricos, era registrada através da pintura, em meados de 3.000 a.C. Foi no Egito, a partir de 3500 a.C., que desenvolveu a escrita em hieróglifos. Na Babilônia predominava o poder da classe sacerdotal. Estes possuíam bibliotecas, tinham noções de astrologia e procuravam a aplicação prática do conhecimento. Para este povo, a ciência misturava-se à magia. A Índia era uma civilização marcada pela divisão social em castas, onde todos derivam do corpo do Deus Brahma. A educação acontecia de forma discriminatória, privilegiando os brâmanes, os sacerdotes. Aos sudras, camponeses, artesãos e operários, era negada qualquer forma de educação. A educação chinesa era conservadora mantendo-se até recentemente voltada à transmissão, apoiada nos livros interpretativos de Lao Tsé e Confúcio que datam do terceiro milênio a.C. Para os Hebreus a educação era marcada pela religiosidade, professada pelos profetas, acontecia nas sinagogas. Nela se aprendiam as verdades da Bíblia, especificamente do Antigo testamento. 2.3.3 – A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA Foi a partir da Grécia que a educação nos âmbitos familiar, intelectual e social começou a dar seus primeiros passos. Considerada o berço da civilização, tinha como seus principais representantes: Sócrates, Aristóteles e Platão. Seus princípio era o desenvolvimento individual do ser humano, a preparação para o desenvolvimento intelectual da personalidade e a cidadania, e os ideais eram pautados na liberdade política e moral e no desenvolvimento intelectual. A escola era elitizada e atendia apenas aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos. A educação dos menos abastados era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já que nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual. 2.3.4 - A EDUCAÇÃO EM ROMA No período romano não existia democratização. A educação dava ênfase à formação moral e física (formação do guerreiro). A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em particular a consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Tal consciência era, porém, formada antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em comparação com a Grécia. A mulher em Roma era valorizada e reconhecida como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, era o papel do pai, cuja autoridade era destinada a formar o futuro cidadão, era colocada no centro da vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho, desde a moral até os estudos, as letras e a vida social. 2.3.5 – A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA Na idade média a sociedade era dirigida pelo poder da Igreja Católica, poder que era dividido com os proprietários das grandes fazendas, ou feudos, os senhores feudais. A educação que privilegiava a visão teocêntrica de mundo, onde Deus ocupava posição privilegiada e estudo ficou restrito aqueles que seguiriam a carreira religiosa. Os que não seguiriam a formação religiosa destinavam-se, de acordo com sua função social, ou à formação militar ou ao trabalho, no campo e nas cidades, quando essas tinham alguma expressão. Santo Anselmo, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, pensadores cristãos medievais, buscaram harmonizar a fé com a razão, cada um a seu modo, e abordavam as questões pedagógicas atreladas à interpretação dos textos sagrados. Durante a Idade Média, a maioria das pessoas eram analfabetas, uma estratégia da Igreja para impedir a livre interpretação das escrituras. Os servos, que trabalhavam desde pequenos no campo, não tinham tempo para aprender nem achavam alguma utilidade nisso, também não havia escolas para eles, mesmo muitos nobres eram analfabetos. 2.3.5 – O RENASCIMENTO Diz-se Renascimento porque foi nessa época que o racionalismo proposto pela cultura clássica greco-romana foi revalorizado, o homem não queria mais ver tudo através dos olhos de Deus, queria retomar a direção de sua vida e deixava para trás o domínio imposto pela Igreja Católica. Pensadores denominados humanistas acreditavam que o homem, com a educação adequada, seria capaz de dominar o seu destino, controlar e transformar a natureza. Essa nova concepção de mundo, chamada de Antropocêntrica, se opunha aos valores medievais, atribuindo ao homem, e não mais à vontade de Deus, a responsabilidade por suas conquistas e fracassos. Ainda que fosse grande produção intelectual no Renascimento, não havia propriamente uma filosofia específica da educação. 2.3.6 – A REFORMA PROTESTANTE Entre 1526 e 1529, Martinho Lutero, um monge agostiniano, organizou sua nova doutrina religiosa: o luteranismo. Além de propor a criação de uma nova religião, mais livre e menos dogmática, também voltou suas atenções para a educação das crianças e jovens, que seriam os responsáveis pela propagação e manutenção de sua Igreja. Para Lutero a estabilidade da nova Igreja e da nova ordem espiritual dependia da capacidade das crianças compreenderem as sagradas Escrituras, o que se conseguiria através de uma boa educação. Dessa forma, a Igreja, juntamente com o Estado, deveria assumir a obra educativa. O reformador propunha um plano de ensino que englobasse o estudo da língua materna, História, canto, música, matemática, ressaltando sempre a eficácia dos professores bem formados. As escolas, para atingirem os objetivos propostos, seriam mantidas por patrimônios e dotadas, sempre, de boas bibliotecas. O aluno deveria passar parte do dia na escola e o restante trabalhando em casa ou aprendendo uma profissão, os estudos precisariam, segundo Lutero, ser completados pelo trabalho. O reformado não aprovava, em nenhum caso, o uso dos castigos físicos e a memorização de conteúdos, práticas comuns nesse período histórico. Em resposta ao protestantismo para o revigoramento da fé católica, surgiu a Companhia de Jesus, como uma das faces da contrarreforma. Santo Inácio de Loyola e os demais membros da Companhia conseguiam articular-se bem entre os colonos da América, incluindo o Brasil e, principalmente, entre os indígenas, promovendo a catequização e o ensino do latim aos gentios. Eram também objetivos da Companhia a educação das crianças e das pessoas analfabetas no cristianismo. 2.3.7- O MÉTODO E A EDUCAÇAO Diante desse conturbado contexto, a ciência e os processos educativos oscilaram entre dois pólos em luta. Os jesuítas, em seus inúmeros colégios, representantes do antigo modelo social dominado pela força da Igreja católica e as instituições laicas, que buscavam a formação do homem novo, capaz de se adequar à técnica. A educação religiosa, como a da Companhia de Jesus, permaneceu forte, mas não conseguiu impedir o florescimento do pensamento pedagógico laico. O pensamento filosófico desse período ganhou destaque com Descartes, Locke e Bacon. Descartes iniciou uma reflexão filosófica que valorizava o racionalismo, tendo a consciência como ponto de partida para a construção do conhecimento. O mais significativo educador desse período foi Comenius, educador, cientista e escritor tcheco, reconhecido como o “pai da pedagogia”. Para ele todos os problemas que desestruturavam a humanidade seriam solucionados com o aprimoramentodo processo educativo que substituiria a estrutura formal de educação, por uma configuração psicológica. O bispo Francês Fénelon se emprenhou em apresentar diretrizes para a educação feminina ao observar a corte e as mulheres que a frequentavam, que pouca ou nenhuma educação recebiam. Todavia, essa educação seria para o bom desempenho no lar, enriquecendo a vida doméstica de mães e esposas. A perspectiva dessa reflexão sobre a educação feminina não compreendia a mulher como uma pessoa autônoma em um universo essencialmente masculino. Francis Bacon, um dos preconizadores do método indutivo de investigação científica, criador do lema: “saber é poder”, que revela uma firme disposição de fazer dos conhecimentos científicos um instrumento prático de controle da realidade. John Locke, médico inglês, considerado o fundador do Liberalismo Político e pai do Empirismo, defendia que nada existe em nossa mente que não tenha sua origem nos sentidos. 2.2.8 – O ILUMINISMO O iluminismo foi uma das marcas mais importantes do século XVIII, onde as luzes significavam o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo. A escola defendida nesse período histórico deveria ser leiga e livre, independente de privilégios de classe, ao encargo do Estado, obrigatoriamente gratuita, com orientação prática voltada às ciências, técnicas e ofícios, não mais privilegiando o estudo exclusivamente humanístico. No tocante à educação, trouxe o fortalecimento da tendência liberal e laica, que buscava a novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando e várias figuras intelectuais articuladores da nova forma de Estado. São alguns deles eles Voltaire, Kant e Rousseau. Cada um deles, ao seu modo e no seu momento, influenciou a sociedade da época. Para Voltaire os homens poderiam dialogar e chegar a um acordo. Em vez da guerra e do preconceito, haveria a paz e o entendimento por existir algo que iguala todos os homens: todos são dotados de razão. Voltaire tinha restrições à escolarização dos menos abastados e defendia que o ensino das letras e das ciências não se prestava a toda a população. Para Kant a educação deveria acontecer a partir de quatro conceitos: cuidado, disciplina, instrução e formação. Destaca os aspectos morais sobre os intelectuais na formação dos jovens, cabendo à educação, ao desenvolver a faculdade da razão, formar o caráter moral, permitindo ao indivíduo atingir seu objetivo individual e social Para Rousseau, defensor da educação naturalista, os homens são originalmente bons e é a sociedade que os corrompe, pois a origem do mal e das desigualdades estaria na moral e na política. 2.2.9 – EDUCAÇÃO NOS SÉCULOS XIX E XX – EDUCAÇÃO PARA A DEMOCRACIA O século XIX, foi considerado o século da pedagogia. Momento emblemático da luta entre burguesia e proletariado, que envolveu sociedade, cultura, economia e política. Esta situação acarretou uma radicalização das ideias pedagógicas e educativas, consolidando-as como ferramentas de controle social. O ato de educar se torna um mecanismo de controle para a burguesia e de emancipação social para o povo. O modelo hierarquizado e autoritário de educação que caracterizou as épocas descritas até então, passou a ser questionado por educadores desta época e. impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre aprendizagem e desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os conteúdos curriculares eram impostos aos alunos. Através deste caminho pode-se melhor compreender métodos e teorias educacionais, pois observamos traços presentes nas práticas educativas atuais que remetem a herança deixada pelos modelos educativos analisados até aqui. Voltando para a educação no Brasil, podemos dizer que foram muitas e consideráveis as mudanças vividas nesse período. Em 1932, chegaram ao Brasil um movimento conhecido como Escola Nova. Um grupo de 26 educadores se encarregou de divulgar as novas ideias através de um manifesto, intitulado “A reconstrução educacional do Brasil”. Eles iriam influenciar mudanças na organização do ensino brasileiro. Segundo a tendência, a educação deveria servir como instrumento para democratização, integração e diminuindo as diferenças econômicas entre os diversos estratos sociais. Para tal, a educação deveria ser pública, obrigatória, gratuita, leiga e sem qualquer segregação de cor, sexo ou tipo de estudos. A constituição da escola deveria ser desenvolvida e planejada em conjunto com cada comunidade local, pensando em atender suas necessidades. Neste sentido, os métodos pedagógicos e currículos deveriam também ser adequados a cada realidade. A Era Vargas, que durou até 1945, apesar de ser uma ditadura, trouxe uma série de mudanças para a educação. A criação do Ministério da Educação, a padronização do ensino em todo o Brasil, a criação do supletivo, a reformulação do ensino médio com conteúdos que passaram a visar o duplo objetivo de fornecer cultura geral e preparar para o vestibular. A Constituição de 1937 retomou a tendência do ensino tecnicismo. Foi criado o ensino médio profissionalizante, centrado na educação industrial, comercial e agrícola. Um grande avanço conquistado pelo período da democracia populista ocorreu em 1961, quando pela primeira vez no Brasil foi elaborada uma lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 2.2.10 – A EDUCAÇÃO NOS DIAS ATUAIS - A ERA DA INFORMAÇÃO A figura do professor mudou muito ao longo das décadas. Ele não é mais visto como alguém que detém todo o conhecimento disponível na área em que atua. Tampouco é preciso que o aluno passe horas na biblioteca com uma pilha de livros para que encontre o que busca. Na educação do século XXI, o conhecimento está fora da redoma. Eis o grande desafio dos professores e escolas dos novos tempos: assimilar as transformações, criar métodos para atrair a atenção dos estudantes e agregar conhecimento a eles, oferecendo algo além do que eles poderiam obter na internet. A tecnologia ergueu-se implacável, e a necessidade de um novo olhar sobre o ensino fica bem evidente quando observamos dados estatísticos. Diversas instituições educacionais, em todos os níveis, já se deram conta da falta de sincronia da antiga metodologia de ensino com os novos tempos, e novas formas de se transmitir informação estão sendo pesquisadas e testadas. O fenômeno demonstra uma quebra de paradigma, pois abandona a ideia de que conhecimento é poder, de que o poder está com quem o detém, e de que não deve, portanto, ser compartilhado. Um outro modelo que também está em sintonia com a educação do século XXI, e que é bastante similar ao anterior, é o aprendizado ativo. Nele, a participação do aluno é instigada pelo professor que conduz a aula. No método ativo, a ideia não é que o aluno escute e anote, e sim que ele interaja, critique, escreva, faça. O processo não acontece sem o engajamento dele. Em uma época em que há tanta abundância de informação, é impensável a ideia de que o estudante chega em sala de aula vazio. Ele também traz conhecimento, então tem a necessidade de interagir, agregar, fazer parte do processo. Para se fazer um ensino aderente à educação do século XXI, é importante o entendimento de que o aluno de hoje não se conforma em apenas absorver conteúdo, ele também quer colocá-lo para fora. É uma grande mudança de mentalidade em relação à forma de se ensinar de outros tempos, mas a capacidade de adaptação é a chave do sucesso. 3 - OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Fora feita uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de sites, do livro didático desta disciplina disponibilizado no portal da Estácio, de artigos científicos com https://www.clipescola.com/5-motivos-porque-os-estudantes-de-hoje-precisam-de-tecnologia-na-sala-de-aula/https://www.clipescola.com/ensino-hibrido/ https://www.clipescola.com/voz-do-aluno-na-escola/ produção focada na História da Educação, bem como em um livro didático de história do 7º ano. 4 - RESULTADOS E CONCLUSÃO Encaminhando conclusões no tocante a História da Educação, é notório que desde os primórdios da humanidade, a Educação se faz presente e está intimamente ligada à formação da pessoa humana. No princípio tratava-se de questão de aprender suas origens, sua cultura e suas leis. Ao passar do tempo, a educação tomava os moldes de cada época, às necessidades de cada sociedade, de cada indivíduo, e assim permanece até os dias atuais. Encaminhando conclusões no tocante às observações feitas do livro didático escolhido para o desenvolvimento da atividade, foram verificadas as várias expositivas das características que evidenciam o modelo de formação dos sujeitos e das sociedades, uma vez que apresenta conteúdo diversificado de civilizações e suas culturas. Na unidade 9, página 218, o capítulo 2 exemplifica fatos e situações que se destacam da história da educação no Brasil e no mundo ao abordar as missões jesuíticas no processo de expansão e colonização do território português na América, no contexto da contrarreforma de expansão da fé católica com a chegada da Companhia de Jesus. O texto cita a criação de colégios próximos as aldeias indígenas, a catequese de nativos e a opressão do modo de vida e cultura daquela civilização. O diálogo interétnico é exposto explicitamente no texto ao mencionar que os nativos aprendiam música, teatro, leitura e escrita na língua geral, um idioma de base indígena utilizado pelos nativos e pelos portugueses, possibilitando a comunicação entre essas duas comunidades. O livro expõe contribuições dos povos e dos fatos históricos na constituição dos modelos de formação do sujeito e na instituição do conhecimento ao abordar os impactos da colonização, e a relação: eurocentrismo X diversidade cultural indígena. Atendendo ao propósito, os textos, as imagens e atividades apresentadas no livro didático analisado, oferecem oportunidades de reflexão sobre a importância da história na construção e evolução da humanidade. Oferecem também ferramentas para o desenvolvimento de habilidades de comunicação para as mais diversas situações de interação em sociedade. Por fim, no material didático, aspectos sobre valores universais como justiça, respeito, solidariedade, responsabilidade, honestidade e criatividade são apresentados de várias formas ao educando, contribuindo para a formação de um indivíduo atuante na sociedade do século XXI, capaz de questionar a realidade em que vive, e de buscar respostas e soluções para os desafios presentes e para os que estão por vir. 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BORTOLOTI, Karen Fernanda. História da Educação. Rio de Janeiro: SESES, 2015 BRASIL. Constituição Federal (1988). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 Maio 2020. SAGGIOMO, Thais Gonçalves; VIEIRA, Bruno Azevedo; RIBEIRO, Lory Silveira; Breve História da Educação. Disponível em: http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/breve-historia-da-educacao. Acesso em: 11 Maio 2020. Obra coletiva. Geração Alpha História: ensino fundamental: anos finais: 7º ano. São Paulo: SM, 2018 "História da Educação - Período Grego" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 11/05/2020 às 17:59. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/grego.php "História da Educação - Período Romano" em Só Pedagogia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 11/05/2020 às 18:08. Disponível na Internet em http://www.pedagogia.com.br/historia/romano.php BASTOS, Maria Helena Camara. Histórias e memórias da educação no Brasil - Vol. III - Século XX, Volume 3. Acesso em: 11 Maio 2020. Disponível na Internet em https://books.google.com.br/books?hl=pt- BR&lr=&id=Q9cbBAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA5&dq=hist%C3%B3ria+da+educa%C3 %A7%C3%A3o+no+Brasil+e+no+mundo&ots=UXw65p8CUM&sig=qSiMOmtIMeDxK vc0vyjrcow4OLI#v=onepage&q=hist%C3%B3ria%20da%20educa%C3%A7%C3%A3 o%20no%20Brasil%20e%20no%20mundo&f=false. http://www.pedagogia.com.br/historia/grego.php
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