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PCC_HISTORIA DA EDUCACAO_ALINE S C DO NASCIMENTO_11 05 2020

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO – EAD 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
REVISITANDO A HISTÓRIA 
E PROJETANDO PERSPECTIVAS FUTURAS 
 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
MATRÍCULA: 201801270341 
 
 
Fortaleza - CE 
2020 
 
 
1-OBJETIVOS 
-Analisar a História da Educação desde os primórdios até os dias atuais, destacando 
fatos e personalidades importantes para a evolução da educação no Brasil e no 
mundo; 
-Entender a importância da História da Educação e suas contribuições no processo 
de formação do indivíduo; 
 
2-INTRODUÇÃO TEÓRICA 
 O homem se desenvolve o tempo todo, e é a História a ciência humana que estuda 
o desenvolvimento do homem no tempo, que analisa os processos históricos, os 
personagens e os fatos, com o fim de compreender um determinado período histórico, 
culturas ou civilizações. Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos 
culturais de um determinado povo ou região, para o entendimento do processo de 
desenvolvimento da humanidade. 
 
2.1 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇAO 
 Para se compreender o presente e planejar o futuro é necessário entender o 
passado, que neste caso é a história da educação. 
 O estudo da História da Educação é de suma importância para a compreensão do 
modelo educacional atual, possibilita entender os possíveis erros que ocorreram de 
forma que seja possível preveni-los e evitá-los. 
 Para entendermos melhor o cenário atual da educação no Brasil e no mundo é 
necessário fazermos um breve retrospecto das iniciativas. 
2.2 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
2.2.1- A EDUCAÇÃO NO BRASIL COLONIAL 
 Em 1549 os primeiros padres jesuítas chegaram ao Brasil, e é assim que começa 
a história da educação no país até então habitado por nativos, chamados “índios”. Tal 
civilização era alfabetizada, porém os jesuítas pregavam sua fé e concretizavam a 
dominação portuguesa sobre os indígenas, reprimindo seus costumes e 
crenças. Educação essa totalmente ligada ao catolicismo, que foi praticamente a 
única no país por cerca de 200 anos. 
 
 
 Com a vinda da família real para o Brasil, a educação foi impulsionada pelo governo 
de D. João VI a fim de suprir as necessidades da corte. 
2.2.2- A EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPERIAL 
 Após a Independência do Brasil, com a Constituinte de 1823, passou-se a discutir 
políticas de educação pública e a criação de universidades no Brasil. O resultado 
desse movimento veio na lei de 15 de outubro de 1827, que determinou a criação de 
escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejos. 
 Anos mais tarde, houve a descentralização das responsabilidades educacionais do 
governo, com o Ato Adicional de 1834, que delegou às províncias a legislar sobre a 
educação primária. Sistema esse que foi mantido, anos depois, pela República. 
 Em 1843, um projeto de lei que pretendia a criação da “Universidade Pedro II”, 
formada de cinco faculdades: Direito, Teologia, Matemáticas, Filosofia e Medicina. O 
projeto foi aprovado pelo Senado, mas depois acabou “esquecido”, deixando o país 
aguardando durante todo o século XIX por sua primeira Universidade. 
 
2.2.3- A EDUCAÇÃO NO BRASIL REPUBLICANO 
 Em meados de 1920, a educação voltou a ser repensada e reformada, e então 
surgiu a primeira geração de educadores brasileiros, dentre eles: Anísio Teixeira, 
Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Almeida Júnior, que lideraram movimentos 
reformistas e tentaram implantar no país os ideais da Escola Nova. 
 Esse movimento lançou o chamado Manifesto dos Pioneiros (1932), um 
documento que reuniu as ideias de redefinição do papel educacional do Estado. 
Nesse mesmo período surgiram as pioneiras Universidades do Rio de Janeiro (1920), 
Minas Gerais (1927), São Paulo (1934) e Porto Alegre (1934). 
 A Constituição promulgada em 1934, trouxe consigo consideráveis avanços na 
área educacional, inclusive refletindo ideais da Escola Nova. A Constituição de 1937 é 
característica do Estado Novo, um Estado autoritário que fez retroceder os avanços 
alcançados pela Constituição de 1934. Enquanto na Constituição de 1934 o ensino 
público, gratuito, era uma prioridade, na Constituição do Estado Novo valorizou-se a 
educação privada, acentuando a diferença de ensino entre as classes sociais. 
 Um novo Estado se instaurou em 1964, e o sistema educacional brasileiro passou 
por relevantes mudanças, como por exemplo, a criação da Coordenação do 
Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior, em 1951, do Conselho Federal de 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92067/constitui%C3%A7%C3%A3o-dos-estados-unidos-do-brasil-37
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92083/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-dos-estados-unidos-do-brasil-34
 
 
Educação, em 1961, expansão do ensino primário e superior, a criação de campanhas 
de alfabetização de adultos e grandes movimentos que defendiam a escola pública. 
 A democrática Constituição de 1946 voltou a responsabilidade educacional ao 
Estado sem, contudo, extinguir a participação privada. 
 A elaboração da Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961, a chamada Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação, veio para sistematizar o ensino e definir seus 
objetivos. Em 1962, o Conselho Federal de Educação redigiu um documento com 
metas qualitativas e quantitativas da educação a serem atingidas ao longo de 8 anos, 
o chamado Plano Nacional da Educação. 
 No conhecido governo Médice, em 1971, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação foi promulgada, restringindo-se ao ensino de 1º e 2º grau, com objetivo de 
formar pessoas qualificadas ao trabalho e conscientes de sua cidadania. 
 Com a Constituição de 1988 a educação passou a ser um direito de todos com a 
finalidade de permitir a pessoa o exercício da cidadania e a preparação adequada 
para o mercado de trabalho. 
 
2.3 - A HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO 
 Na antiguidade, aconteceram transformações fundamentais que tornaram a cultura 
cada vez mais científica, mais especializada de forma diferenciada entre si, tanto pelos 
objetivos, quanto pelos métodos. 
 Encontram-se diferentes modelos de Educação, de acordo com o período a que 
corresponde e a localização geográfica. Uma característica marcante é o surgimento 
da escrita. 
2.3.1 – A EDUCAÇÃO NOS PROMÓRDIOS 
 No início do mundo, nas chamadas sociedades tribais, a educação era apenas a 
familiar, geralmente passada de pai para filho e não englobava um ensino voltado as 
ideias e a sociedade, não havendo ainda regras e leis morais. 
2.3.2 – A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE 
 Aqui resumiremos a educação na antiguidade com fatos e civilizações que 
marcaram a evolução. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92058/constitui%C3%A7%C3%A3o-dos-estados-unidos-do-brasil-46
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108164/lei-de-diretrizes-e-base-de-1961-lei-4024-61
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 Para a civilização egípcia o conhecimento era reservado aos altos funcionários, 
sacerdotes e militares. Posteriormente, o conhecimento passou a ser difundido, porém 
aos níveis mais altos, ao qual só teria acesso, a classe dominante. Com o tempo 
criaram escolas para o povo, parafilhos de funcionários. O funcionamento acontecia 
nos templos, contava com forte teor religioso, não esquecendo as questões práticas, 
assim, formavam médicos, engenheiros e arquitetos. 
 O dia-a-dia da civilização, marcada por diferentes momentos históricos, era 
registrada através da pintura, em meados de 3.000 a.C. Foi no Egito, a partir de 3500 
a.C., que desenvolveu a escrita em hieróglifos. 
 Na Babilônia predominava o poder da classe sacerdotal. Estes possuíam 
bibliotecas, tinham noções de astrologia e procuravam a aplicação prática do 
conhecimento. Para este povo, a ciência misturava-se à magia. 
 A Índia era uma civilização marcada pela divisão social em castas, onde todos 
derivam do corpo do Deus Brahma. A educação acontecia de forma discriminatória, 
privilegiando os brâmanes, os sacerdotes. Aos sudras, camponeses, artesãos e 
operários, era negada qualquer forma de educação. 
 A educação chinesa era conservadora mantendo-se até recentemente voltada à 
transmissão, apoiada nos livros interpretativos de Lao Tsé e Confúcio que datam do 
terceiro milênio a.C. 
 Para os Hebreus a educação era marcada pela religiosidade, professada pelos 
profetas, acontecia nas sinagogas. Nela se aprendiam as verdades da Bíblia, 
especificamente do Antigo testamento. 
 
2.3.3 – A EDUCAÇÃO NA GRÉCIA 
 Foi a partir da Grécia que a educação nos âmbitos familiar, intelectual e social 
começou a dar seus primeiros passos. Considerada o berço da civilização, tinha como 
seus principais representantes: Sócrates, Aristóteles e Platão. Seus princípio era o 
desenvolvimento individual do ser humano, a preparação para o desenvolvimento 
intelectual da personalidade e a cidadania, e os ideais eram pautados na liberdade 
política e moral e no desenvolvimento intelectual. 
 A escola era elitizada e atendia apenas aos jovens de famílias tradicionais da 
antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos. A educação dos menos abastados 
era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. 
 
 
 O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já que 
nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual. 
2.3.4 - A EDUCAÇÃO EM ROMA 
 No período romano não existia democratização. A educação dava ênfase à 
formação moral e física (formação do guerreiro). 
 A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a 
formar em particular a consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Tal 
consciência era, porém, formada antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas 
também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família 
em comparação com a Grécia. 
 A mulher em Roma era valorizada e reconhecida como sujeito educativo, que controlava 
a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, era o papel 
do pai, cuja autoridade era destinada a formar o futuro cidadão, era colocada no centro da 
vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho, desde 
a moral até os estudos, as letras e a vida social. 
 
2.3.5 – A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA 
 Na idade média a sociedade era dirigida pelo poder da Igreja Católica, poder 
que era dividido com os proprietários das grandes fazendas, ou feudos, os senhores 
feudais. 
 A educação que privilegiava a visão teocêntrica de mundo, onde Deus ocupava 
posição privilegiada e estudo ficou restrito aqueles que seguiriam a carreira religiosa. 
 Os que não seguiriam a formação religiosa destinavam-se, de acordo com sua 
função social, ou à formação militar ou ao trabalho, no campo e nas cidades, quando 
essas tinham alguma expressão. 
 Santo Anselmo, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, pensadores cristãos 
medievais, buscaram harmonizar a fé com a razão, cada um a seu modo, e abordavam 
as questões pedagógicas atreladas à interpretação dos textos sagrados. 
 Durante a Idade Média, a maioria das pessoas eram analfabetas, uma estratégia 
da Igreja para impedir a livre interpretação das escrituras. Os servos, que trabalhavam 
desde pequenos no campo, não tinham tempo para aprender nem achavam alguma 
utilidade nisso, também não havia escolas para eles, mesmo muitos nobres eram 
analfabetos. 
 
 
 
2.3.5 – O RENASCIMENTO 
 Diz-se Renascimento porque foi nessa época que o racionalismo proposto pela cultura 
clássica greco-romana foi revalorizado, o homem não queria mais ver tudo através dos olhos 
de Deus, queria retomar a direção de sua vida e deixava para trás o domínio imposto pela 
Igreja Católica. 
 Pensadores denominados humanistas acreditavam que o homem, com a educação 
adequada, seria capaz de dominar o seu destino, controlar e transformar a natureza. 
Essa nova concepção de mundo, chamada de Antropocêntrica, se opunha aos valores 
medievais, atribuindo ao homem, e não mais à vontade de Deus, a responsabilidade 
por suas conquistas e fracassos. Ainda que fosse grande produção intelectual no 
Renascimento, não havia propriamente uma filosofia específica da educação. 
 
2.3.6 – A REFORMA PROTESTANTE 
 Entre 1526 e 1529, Martinho Lutero, um monge agostiniano, organizou sua nova 
doutrina religiosa: o luteranismo. Além de propor a criação de uma nova religião, mais 
livre e menos dogmática, também voltou suas atenções para a educação das crianças 
e jovens, que seriam os responsáveis pela propagação e manutenção de sua Igreja. 
 Para Lutero a estabilidade da nova Igreja e da nova ordem espiritual dependia da 
capacidade das crianças compreenderem as sagradas Escrituras, o que se 
conseguiria através de uma boa educação. Dessa forma, a Igreja, juntamente com o 
Estado, deveria assumir a obra educativa. 
 O reformador propunha um plano de ensino que englobasse o estudo da língua 
materna, História, canto, música, matemática, ressaltando sempre a eficácia dos 
professores bem formados. As escolas, para atingirem os objetivos propostos, seriam 
mantidas por patrimônios e dotadas, sempre, de boas bibliotecas. 
 O aluno deveria passar parte do dia na escola e o restante trabalhando em casa 
ou aprendendo uma profissão, os estudos precisariam, segundo Lutero, ser 
completados pelo trabalho. 
 O reformado não aprovava, em nenhum caso, o uso dos castigos físicos e a 
memorização de conteúdos, práticas comuns nesse período histórico. 
 Em resposta ao protestantismo para o revigoramento da fé católica, surgiu a 
Companhia de Jesus, como uma das faces da contrarreforma. Santo Inácio de Loyola 
e os demais membros da Companhia conseguiam articular-se bem entre os colonos 
 
 
da América, incluindo o Brasil e, principalmente, entre os indígenas, promovendo a 
catequização e o ensino do latim aos gentios. Eram também objetivos da Companhia 
a educação das crianças e das pessoas analfabetas no cristianismo. 
 
2.3.7- O MÉTODO E A EDUCAÇAO 
 Diante desse conturbado contexto, a ciência e os processos educativos oscilaram 
entre dois pólos em luta. Os jesuítas, em seus inúmeros colégios, representantes do 
antigo modelo social dominado pela força da Igreja católica e as instituições laicas, 
que buscavam a formação do homem novo, capaz de se adequar à técnica. 
 A educação religiosa, como a da Companhia de Jesus, permaneceu forte, mas não 
conseguiu impedir o florescimento do pensamento pedagógico laico. O pensamento 
filosófico desse período ganhou destaque com Descartes, Locke e Bacon. 
 Descartes iniciou uma reflexão filosófica que valorizava o racionalismo, tendo a 
consciência como ponto de partida para a construção do conhecimento. 
 O mais significativo educador desse período foi Comenius, educador, cientista e 
escritor tcheco, reconhecido como o “pai da pedagogia”. Para ele todos os problemas 
que desestruturavam a humanidade seriam solucionados com o aprimoramentodo 
processo educativo que substituiria a estrutura formal de educação, por uma 
configuração psicológica. 
 O bispo Francês Fénelon se emprenhou em apresentar diretrizes para a educação 
feminina ao observar a corte e as mulheres que a frequentavam, que pouca ou 
nenhuma educação recebiam. Todavia, essa educação seria para o bom desempenho 
no lar, enriquecendo a vida doméstica de mães e esposas. A perspectiva dessa 
reflexão sobre a educação feminina não compreendia a mulher como uma pessoa 
autônoma em um universo essencialmente masculino. 
 Francis Bacon, um dos preconizadores do método indutivo de investigação 
científica, criador do lema: “saber é poder”, que revela uma firme disposição de fazer 
dos conhecimentos científicos um instrumento prático de controle da realidade. 
 John Locke, médico inglês, considerado o fundador do Liberalismo Político e pai 
do Empirismo, defendia que nada existe em nossa mente que não tenha sua origem 
nos sentidos. 
 
2.2.8 – O ILUMINISMO 
 
 
 O iluminismo foi uma das marcas mais importantes do século XVIII, onde as luzes 
significavam o poder da razão humana de interpretar e reorganizar o mundo. A escola 
defendida nesse período histórico deveria ser leiga e livre, independente de privilégios 
de classe, ao encargo do Estado, obrigatoriamente gratuita, com orientação prática 
voltada às ciências, técnicas e ofícios, não mais privilegiando o estudo exclusivamente 
humanístico. 
 No tocante à educação, trouxe o fortalecimento da tendência liberal e laica, que 
buscava a novos caminhos para a aprendizagem e a autonomia do educando e várias 
figuras intelectuais articuladores da nova forma de Estado. São alguns deles eles 
Voltaire, Kant e Rousseau. Cada um deles, ao seu modo e no seu momento, 
influenciou a sociedade da época. 
 Para Voltaire os homens poderiam dialogar e chegar a um acordo. Em vez da 
guerra e do preconceito, haveria a paz e o entendimento por existir algo que iguala 
todos os homens: todos são dotados de razão. Voltaire tinha restrições à 
escolarização dos menos abastados e defendia que o ensino das letras e das ciências 
não se prestava a toda a população. 
 Para Kant a educação deveria acontecer a partir de quatro conceitos: cuidado, 
disciplina, instrução e formação. Destaca os aspectos morais sobre os intelectuais na 
formação dos jovens, cabendo à educação, ao desenvolver a faculdade da razão, 
formar o caráter moral, permitindo ao indivíduo atingir seu objetivo individual e social 
 Para Rousseau, defensor da educação naturalista, os homens são originalmente 
bons e é a sociedade que os corrompe, pois a origem do mal e das desigualdades 
estaria na moral e na política. 
 
2.2.9 – EDUCAÇÃO NOS SÉCULOS XIX E XX – EDUCAÇÃO PARA A 
DEMOCRACIA 
 O século XIX, foi considerado o século da pedagogia. Momento emblemático da 
luta entre burguesia e proletariado, que envolveu sociedade, cultura, economia e 
política. Esta situação acarretou uma radicalização das ideias pedagógicas e 
educativas, consolidando-as como ferramentas de controle social. O ato de educar se 
torna um mecanismo de controle para a burguesia e de emancipação social para o 
povo. 
 
 
 O modelo hierarquizado e autoritário de educação que caracterizou as épocas 
descritas até então, passou a ser questionado por educadores desta época e. 
impulsionados pelo desenvolvimento dos estudos de psicologia sobre aprendizagem 
e desenvolvimento humano, e com críticas a pedagogia tradicional e a forma como os 
conteúdos curriculares eram impostos aos alunos. 
 Através deste caminho pode-se melhor compreender métodos e teorias 
educacionais, pois observamos traços presentes nas práticas educativas atuais que 
remetem a herança deixada pelos modelos educativos analisados até aqui. 
 Voltando para a educação no Brasil, podemos dizer que foram muitas e 
consideráveis as mudanças vividas nesse período. Em 1932, chegaram ao Brasil um 
movimento conhecido como Escola Nova. Um grupo de 26 educadores se encarregou 
de divulgar as novas ideias através de um manifesto, intitulado “A reconstrução 
educacional do Brasil”. Eles iriam influenciar mudanças na organização do ensino 
brasileiro. 
 Segundo a tendência, a educação deveria servir como instrumento para 
democratização, integração e diminuindo as diferenças econômicas entre os diversos 
estratos sociais. Para tal, a educação deveria ser pública, obrigatória, gratuita, leiga e 
sem qualquer segregação de cor, sexo ou tipo de estudos. 
 A constituição da escola deveria ser desenvolvida e planejada em conjunto com 
cada comunidade local, pensando em atender suas necessidades. Neste sentido, os 
métodos pedagógicos e currículos deveriam também ser adequados a cada realidade. 
 A Era Vargas, que durou até 1945, apesar de ser uma ditadura, trouxe uma série 
de mudanças para a educação. A criação do Ministério da Educação, a padronização 
do ensino em todo o Brasil, a criação do supletivo, a reformulação do ensino médio 
com conteúdos que passaram a visar o duplo objetivo de fornecer cultura geral e 
preparar para o vestibular. 
 A Constituição de 1937 retomou a tendência do ensino tecnicismo. Foi criado o 
ensino médio profissionalizante, centrado na educação industrial, comercial e 
agrícola. 
 Um grande avanço conquistado pelo período da democracia populista ocorreu em 
1961, quando pela primeira vez no Brasil foi elaborada uma lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional. 
 
 
 
2.2.10 – A EDUCAÇÃO NOS DIAS ATUAIS - A ERA DA INFORMAÇÃO 
 A figura do professor mudou muito ao longo das décadas. Ele não é mais visto 
como alguém que detém todo o conhecimento disponível na área em que atua. 
Tampouco é preciso que o aluno passe horas na biblioteca com uma pilha de livros 
para que encontre o que busca. Na educação do século XXI, o conhecimento está 
fora da redoma. 
 Eis o grande desafio dos professores e escolas dos novos tempos: assimilar as 
transformações, criar métodos para atrair a atenção dos estudantes e agregar 
conhecimento a eles, oferecendo algo além do que eles poderiam obter na internet. 
 A tecnologia ergueu-se implacável, e a necessidade de um novo olhar sobre o 
ensino fica bem evidente quando observamos dados estatísticos. Diversas instituições 
educacionais, em todos os níveis, já se deram conta da falta de sincronia da antiga 
metodologia de ensino com os novos tempos, e novas formas de se transmitir 
informação estão sendo pesquisadas e testadas. 
 O fenômeno demonstra uma quebra de paradigma, pois abandona a ideia de que 
conhecimento é poder, de que o poder está com quem o detém, e de que não deve, 
portanto, ser compartilhado. 
 Um outro modelo que também está em sintonia com a educação do século XXI, e 
que é bastante similar ao anterior, é o aprendizado ativo. Nele, a participação do aluno 
é instigada pelo professor que conduz a aula. No método ativo, a ideia não é que o 
aluno escute e anote, e sim que ele interaja, critique, escreva, faça. O processo não 
acontece sem o engajamento dele. 
 Em uma época em que há tanta abundância de informação, é impensável a ideia 
de que o estudante chega em sala de aula vazio. Ele também traz conhecimento, 
então tem a necessidade de interagir, agregar, fazer parte do processo. 
 Para se fazer um ensino aderente à educação do século XXI, é importante o 
entendimento de que o aluno de hoje não se conforma em apenas absorver conteúdo, 
ele também quer colocá-lo para fora. É uma grande mudança de mentalidade em 
relação à forma de se ensinar de outros tempos, mas a capacidade de adaptação é a 
chave do sucesso. 
3 - OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 Fora feita uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de sites, do livro 
didático desta disciplina disponibilizado no portal da Estácio, de artigos científicos com 
https://www.clipescola.com/5-motivos-porque-os-estudantes-de-hoje-precisam-de-tecnologia-na-sala-de-aula/https://www.clipescola.com/ensino-hibrido/
https://www.clipescola.com/voz-do-aluno-na-escola/
 
 
produção focada na História da Educação, bem como em um livro didático de história 
do 7º ano. 
 
4 - RESULTADOS E CONCLUSÃO 
 Encaminhando conclusões no tocante a História da Educação, é notório que 
desde os primórdios da humanidade, a Educação se faz presente e está intimamente 
ligada à formação da pessoa humana. No princípio tratava-se de questão de aprender 
suas origens, sua cultura e suas leis. Ao passar do tempo, a educação tomava os 
moldes de cada época, às necessidades de cada sociedade, de cada indivíduo, e 
assim permanece até os dias atuais. 
 Encaminhando conclusões no tocante às observações feitas do livro didático 
escolhido para o desenvolvimento da atividade, foram verificadas as várias expositivas 
das características que evidenciam o modelo de formação dos sujeitos e das 
sociedades, uma vez que apresenta conteúdo diversificado de civilizações e suas 
culturas. 
 Na unidade 9, página 218, o capítulo 2 exemplifica fatos e situações que se 
destacam da história da educação no Brasil e no mundo ao abordar as missões 
jesuíticas no processo de expansão e colonização do território português na América, 
no contexto da contrarreforma de expansão da fé católica com a chegada da 
Companhia de Jesus. O texto cita a criação de colégios próximos as aldeias indígenas, 
a catequese de nativos e a opressão do modo de vida e cultura daquela civilização. 
 O diálogo interétnico é exposto explicitamente no texto ao mencionar que os 
nativos aprendiam música, teatro, leitura e escrita na língua geral, um idioma de base 
indígena utilizado pelos nativos e pelos portugueses, possibilitando a comunicação 
entre essas duas comunidades. 
 O livro expõe contribuições dos povos e dos fatos históricos na constituição dos 
modelos de formação do sujeito e na instituição do conhecimento ao abordar os 
impactos da colonização, e a relação: eurocentrismo X diversidade cultural indígena. 
 Atendendo ao propósito, os textos, as imagens e atividades apresentadas no livro 
didático analisado, oferecem oportunidades de reflexão sobre a importância da 
história na construção e evolução da humanidade. Oferecem também ferramentas 
para o desenvolvimento de habilidades de comunicação para as mais diversas 
situações de interação em sociedade. 
 
 
 Por fim, no material didático, aspectos sobre valores universais como justiça, 
respeito, solidariedade, responsabilidade, honestidade e criatividade são 
apresentados de várias formas ao educando, contribuindo para a formação de um 
indivíduo atuante na sociedade do século XXI, capaz de questionar a realidade em 
que vive, e de buscar respostas e soluções para os desafios presentes e para os que 
estão por vir. 
 
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BORTOLOTI, Karen Fernanda. História da Educação. Rio de Janeiro: SESES, 2015 
 
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SAGGIOMO, Thais Gonçalves; VIEIRA, Bruno Azevedo; RIBEIRO, Lory Silveira; 
Breve História da Educação. Disponível em: 
http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/breve-historia-da-educacao. Acesso em: 11 
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da Informação, 2008-2020. Consultado em 11/05/2020 às 18:08. Disponível na 
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BASTOS, Maria Helena Camara. Histórias e memórias da educação no Brasil - 
Vol. III - Século XX, Volume 3. Acesso em: 11 Maio 2020. 
Disponível na Internet em https://books.google.com.br/books?hl=pt-
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%A7%C3%A3o+no+Brasil+e+no+mundo&ots=UXw65p8CUM&sig=qSiMOmtIMeDxK
vc0vyjrcow4OLI#v=onepage&q=hist%C3%B3ria%20da%20educa%C3%A7%C3%A3
o%20no%20Brasil%20e%20no%20mundo&f=false. 
 
http://www.pedagogia.com.br/historia/grego.php

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