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III_teorico

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Prévia do material em texto

Fotografia de Retrato, 
Book e Newborn
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Mário Gustavo Coelho
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Características da Luz, Iluminação de 
Cenas em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
• Iluminação de Estúdio em Retratos;
• Iluminação de Cena;
• Tipos de Retratos e Composição;
• Short Light e Broad Light.
• Desenvolver os conceitos de iluminação em estúdio para retratos em questões de quali-
dade, volume e dureza;
• Exercitar a prática de tipos de cortes, ângulos e simetria em retratos;
• Aprimorar a prática de retratos com uso de fl ashes;
• Avaliar os resultados de iluminação dos diferentes lados de um retratado.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Características da Luz, Iluminação de 
Cenas em Retratos, Tipos de Retratos 
e Composição
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Iluminação de Estúdio em Retratos
Hoje, dominar o uso de iluminação artificial em um estúdio fotográfico é uma 
necessidade para o fotógrafo contemporâneo. O desenvolvimento das tecnologias 
tornou os equipamentos básicos acessíveis para fotógrafos iniciantes investirem, ao 
mesmo tempo que oferece mais uma diversidade de recursos tecnológicos de ponta 
por custos elevados.
Mas o mercado de retratos também mudou muito com o desenvolvimento dos 
softwares de edição, cada vez mais aprimorados como o Photoshop, e extrema-
mente versáteis e intuitivos como o Lightroom. Assim, a diferença tecnológica de 
equipamentos pode ser minimizada pela criatividade daqueles que explorarem o 
elemento mais importante do retrato, a luz, com adaptações simples que geram 
efeitos similares aos flashes e modificadores de luz extremamente custosos.
Acesse o vídeo a seguir e veja como fazer um hazy light caseiro: https://youtu.be/Fwd60CAMczo
E neste vídeo, veja o resultado das imagens iluminadas com o hazy light e um snoot caseiro: 
https://youtu.be/wWJdxwmA4yo 
Ex
pl
or
Faz-se necessária uma exploração sobre os conceitos das características e qua-
lidade da luz, sob um olhar diferenciado para o retrato, já que a atmosfera de luz 
que o fotógrafo pode criar em uma imagem pode direcionar completamente os 
objetivos da linguagem escolhida para ela.
Simplesmente mudando a fundo em uma imagem, podemos ter um retrato com 
tons mais fechados, sombras escuras e luz dura, obtendo uma imagem com maior 
dramaticidade, enquanto com tons mais abertos transmitimos uma sensação maior 
de leveza.
Figura 1
Fonte: Acervo do conteudista
8
9
De qualquer forma, o mais importante no mercado de hoje não é quanto o fo-
tógrafo investiu no equipamento, mas sim como ele usa os recursos que tem para 
obter um bom portfólio no competitivo mercado da fotografia de retratos.
Luz
A luz é a principal responsável por nos revelar a tridimensionalidade na nature-
za, onde temos, por meio da visão, a percepção de profundidade, extensão, textu-
ra. Mas na fotografia temos uma área bidimensional, na qual o fotógrafo, com bom 
uso da luz, pode gerar sensações equivalentes no espectador nesse plano único.
A seguir, temos uma escala de cinzas e podemos perceber que quanto maior a 
variedade de tons, como no degradê entre branco e preto, maior a sensação de 
tridimensionalidade de uma imagem. 
Figura 2
Fonte: Acervo do conteudista
Dureza da luz
A dureza da luz é uma característica que depende do tamanho, distância e difu-
são da própria fonte de luz.
Nosso principal fornecedor de luz é o sol, uma fonte muito grande (com um raio 
cerca de 100 vezes maior que o da terra), mas que colocada a uma grande distância 
acaba por ser uma fonte pequena e direcional, quase pontual, que gera sombras 
marcadas, e nesse caso, a luz resultante é definida como dura. Por outro lado, em 
um dia nublado é correto dizer que a luz é suave, pois as sombras resultantes são 
menos marcadas. Obviamente, o tamanho e a distância do sol não mudaram, mas 
9
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
as camadas de nuvens atuam como um difusor, tornando-se elas mesmas a fonte 
de luz grande, pois cobrem todo o céu e estão próximas, ao menos em respeito ao 
sol. Na fotografia de estúdio, poderemos usar fontes de luz suaves e duras.
Figura 3 – Relação entre distância, tamanho da fonte de luz e dureza
Fonte: Acervo do conteudista
Queda da luz
A propagação da luz segue a chamada regra do quadrado inverso, que afirma 
que a intensidade é reduzida a um quarto dobrando-se a distância. A implicação 
desta lei é que se a intensidade de uma fonte é medida em um metro, essa intensi-
dade valerá um determinado diafragma, com uma certa velocidade de obturador, 
em uma dada sensibilidade ISSO. Medindo-se com o mesmo tempo e sensibilidade 
a 2 metros, o novo valor de abertura será dois pontos a menos. 
Consequentemente, se a fonte de luz é colocada em uma diagonal a 60 cm da 
frente do sujeito, a luz que chegará aos ombros, 30 cm mais baixos, terá aproxima-
damente uma intensidade de um diafragma a menos.
Figura 4 – A figura acima representa os diafragmas obtidos com um objeto a 
1 metro e dois metros. A diferença da luz entre 1 e 2 metros é de dois pontos de exposição
Fonte: Acervo do conteudista
10
11
Figura 5
Fonte: Acervo do conteudista
Diferença da exposição de luz no lado oposto à fonte, com o aumento da distân-
cia da luz.
Na Figura 5a, uma fonte de luz dura foi colocada a 30 cm de distância do assun-
to e resultou numa fotometria de ISO 100, 1/125s, ƒ/16.
Percebe-se que a luz que chega até o ombro esquerdo do retratado chega com 
maior contraste. Uma vez que a iluminação é colocada a 60 cm de distância do retra-
tado (Figura 2), percebe-se uma maior iluminação das áreas de sombra (Figura 5b),
gerando menor diferença de exposição entre o rosto e as áreas de sombra, compro-
vando-se, assim, a lei dos quadrados apresentada acima.
Esse efeito, muitas vezes chamado por diminuição da luz, é um conhecimento de 
suma importância para o fotógrafo de retratos. O fotógrafo precisa realizar sempre 
uma análise sobre qual área deve ser iluminada para pensar a distância e tamanho 
de fonte de luz a serutilizada, para evitar ou não evidenciar efeitos de vinheta de 
luz indesejados no retrato.
Difusão da luz
A difusão de luz é a característica de alguns materiais de transmitir de maneira de-
sordenada a luz que recebem. A difusão da luz pode aumentar a grandeza relativa da 
fonte de luz. Não à toa, utilizamos cortinas (às vezes de material bastante translúcido, 
como o voal) nas janelas para suavizar a luz externa em um dia de sol. Fotógrafos 
costumam se aproveitar dessa luz de janela difusa pela cortina para realizar retratos 
com iluminação bastante suave, revelando o rosto do assunto por completo.
11
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Figura 6
Fonte: Getty Images
Figura 7
Fonte: Getty Images
Figura 8
Fonte: Acervo do conteudista
12
13
O Hazy light é um modificador de luz que recebe esse nome pois gera uma luz 
nebulosa semelhante à de um dia nublado, ou seja, suave, pois possui uma tela 
difusora e geralmente é de grande dimensão (40x60cm ou maior). Mas se o fotó-
grafo o afastar demasiadamente do assunto, poderá ter resultados de luz dura, pois 
em relação ao retratado, o tamanho da fonte de luz se tornará pequeno, como na 
situação que temos do sol em relação à Terra.
Existem acessórios modificadores de dimensões gigantes, que promovem enor-
me fonte de luz, para haver equilíbrio de exposição de luz no corpo inteiro de uma 
pessoa ou de uma cena inteira. Acesse os seguintes links e descubra a infinidade 
de acessórios para a fotografia em estúdio.
Figura 9
Fonte: Getty Images
ATEK. Disponível em: http://bit.ly/31V5t09
BRONCOLOR. Disponível em: http://bit.ly/31YEaC5
GODOX. Disponível em: http://bit.ly/322RqWH
Ex
pl
or
Reflexão da luz
A reflexão da luz é a capacidade de determinados materiais de refletirem de ma-
neira ordenada a luz que os golpeia. A reflexão é utilizada para multiplicar a fonte 
de luz ou a concentrar.
13
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Figura 10
Fonte: Acervo do conteudista
No exemplo a seguir, podemos ver que um espelho côncavo tem a capacidade 
de receber todos os raios de luz ordenados e agrupá-los ao centro, aumentando a 
exposição de luz onde estão dirigidos. Esse efeito é chamado de concentração e 
também é baseado na reflexão, mas é usado para diminuir o tamanho relativo da 
fonte ou para iluminar áreas delimitadas.
Figura 11
Fonte: Acervo do conteudista
Absorção da luz
A luz que atinge o material opaco é absorvida. Esse recurso é usado para mas-
carar completamente ou parcialmente as fontes de luz, com uso de superfícies es-
curas sem brilho, chamadas comumente de bloqueadores. Isso porque, em muitos 
estúdios, os recuos das paredes e do teto não são tão grandes e, por haver muitas 
paredes próximas, parte da luz que está iluminando o retratado pode retornar e 
preencher áreas em que o fotógrafo deseje um sombreamento denso e escuro.
14
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Importante!
Mesmo utilizando um fundo branco, é possível realizar uma fotografia e obter preto. 
Para isso, é importante que nenhuma das luzes que iluminam o retratado chegue até o 
fundo, que sem luz se torna preto..
Você Sabia?
Baseado nesse conceito, os bloqueadores de luz são extremamente eficientes 
para realizar essa função, assim como afastar o assunto do fundo faz com que a 
incidência de luz no fundo seja menor, tornando-o preto.
Iluminação de Cena
Tudo em termos de luz para obter um retrato bem iluminado é uma janela, um 
painel para rebater luz e um belo dia de sol, mas, infelizmente, a última dessas 
necessidades não é disponível entre as 18h e 6h ou em um dia nublado. Daí a exi-
gência de serem utilizadas luzes artificiais para se poder fotografar quando quiser, 
independentemente das condições climáticas.
As luzes utilizadas normalmente no retrato são as apresentadas a seguir.
Luz principal (main light ou key light)
A luz principal é equivalente à janela da observação acima. É ela que determina 
o contraste principal do retrato, dependendo do ângulo, direção e fonte de luz, 
podendo ser dura ou suave, de acordo com o modificador utilizado, em função dos 
resultados pretendidos.
Na foto a seguir está sendo utilizado um hazy light a 45º, conforme mapa de 
estúdio, com o assunto a 2 metros do fundo branco.
Figura 12
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Figura 13
Fonte: Acervo do conteudista
Luz de preenchimento ou compensação (fill-in light)
A luz de preenchimento determina o nível de escuro no contraste entre áreas 
claras e escuras ou o brilho das sombras. Geralmente, para a luz de preenchimento, 
é usada uma fonte de luz suave para evitar a formação de sombras duplas (som-
bras geradas pela luz principal e pela luz de preenchimento), que podem parecer 
antinaturais para nós, acostumados a uma única fonte, o sol, mas diversos fatores 
podem gerar esse preenchimento, mesmo não sendo fontes de iluminação, como 
simplesmente rebatedores ou espelhos.
No exemplo a seguir, a luz de preenchimento não provém de outra fonte de luz, 
mas simplesmente do uso de rebatedor branco do lado escuro da cena, refletindo 
parte da luz principal nas sombras. Diferente de uma segunda fonte de luz, onde 
é possível controlar a potência da luz nas sombras, o rebatedor pode variar suas 
compensações das sombras pela proximidade ou afastamento do retratado, como 
no exemplo a seguir.
Figura 14
Fonte: Acervo do conteudista
16
17
Figura 15
Fonte: Acervo do Conteudista
Foto à esquerda (Figura 15a): rebatedor colocado na posição 1, a 20 cm de distância. 
Foto à direita (Figura 15b): rebatedor colocado na posição 2, a 40 cm de distância. 
Luz de fundo (background light)
Como sugere o nome, a luz de fundo serve para iluminar o plano de fundo. 
Quando este fundo não é preto, as outras luzes (principal e de preenchimento) po-
dem iluminar parcialmente o fundo, mas de maneira descontrolada e com o risco 
de criar sombras.
Figura 16
Fonte: Acervo do conteudista
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UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Nas fotos realizadas acima para os exemplos de luz principal e de preenchimen-
to, temos um fundo branco que se acinzentou, pois parte da luz principal vazou de 
maneira descontrolada para o fundo, iluminando-o ligeiramente, transformando-o 
em cinza. Ao incluir uma outra luz para o fundo, pode-se optar por um fundo com-
pletamente branco, iluminando-o de forma ampla, ou ainda gerar efeitos junto à luz 
de fundo para criar degradê de luz, como nos exemplos a seguir.
Figura 17
Fonte: Acervo do conteudista
Na foto à esquerda (Figura 17a), a fonte de luz de fundo foi colocada na posição 1, 
conforme mapa de estúdio, gerando uma luz mais plena e linear com a imagem, 
iluminando por completo o fundo. Na foto à direita (Figura 17b), a fonte de luz foi 
colocada na posição 2, angulada no fundo, gerando um degradê radial, por ter sido 
utilizado um refletor parabólico.
Usar diferentes modificadores de luz, de formas e características diferentes (sua-
ve, dura), pode gerar efeitos muito interessantes em retratos de estúdio.
Luzes de acentuação (hair light ou kick light)
Este tipo de luz é usado para acentuar certas áreas do sujeito, em particular o 
cabelo (e por isso é comumente chamada de “luz de cabelo”), a fim de aumentar o 
desprendimento com o fundo, especialmente se preto. Para este tipo de luz, ferra-
mentas como snoots e colmeias são usadas, tomando-se cuidado para que quais-
quer reflexos não atinjam áreas indesejadas (por exemplo, a testa) ou retornem para 
a câmera gerando aberrações cromáticas.
18
19
Figra 18
Fonte: Acervo do conteudista
Figura 19
Fonte: Acervo do conteudista
Contra um fundo escuro, a luz de cabelo se destaca mais por provocar uma sen-
sação de “descolar” o assunto do fundo. Mas na foto abaixo também é possível ver 
que no caso de fundos claros, a luz de cabelo gera bastante diferençae é de extrema 
importância para gerar contrastes maiores na imagem.
19
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Figura 20
Fonte: Acervo do conteudista
Medição de luz
A medição de luz é realizada com medidores de luz externos, conhecidos como 
fotômetros de mão. Os fotômetros geralmente são equipados com duas cúpulas de 
proteção do sensor, uma semiesférica e uma plana.
A cúpula plana é usada para medir individualmente cada fonte de luz, de modo 
individual. Para isso, é necessário que o fotógrafo dispare apenas a fonte de luz que 
deseja medir. A medição deve ser feita na área do retratado, girando o sensor em 
direção à fonte de luz.
A tampa semiesférica serve para medir a luz incidente geral, em direção à câme-
ra. A medição deve ser realizada a partir da área do retratado, girando o sensor em 
direção à câmera e com todas as luzes acesas.
As medições para a luz principal e luz de preenchimento são realizadas no nível 
dos olhos ou na testa do sujeito (cúpula plana). O mesmo para a medição da luz 
para a câmera (cúpula esférica).
A medição das luzes de cabelo deve ser realizada a partir da área em causa com 
a cúpula virada para a fonte de luz.
As medições das luzes de fundo devem ser realizadas diretamente sobre o fundo, 
em direção à fonte, e possivelmente em mais pontos do fundo para verificar sua 
homogeneidade. No caso de um fundo não plano, essa medição pode ser feita com 
uma cúpula hemisférica e sensor virado para a câmera.
20
21
Na figura que segue, temos o resumo das medições:
Figura 21
Fonte: Acervo do conteudista
Tipos de Retratos e Composição
Corte
O corte no retrato se entende pela porção do sujeito que será incluída na ima-
gem a ser registrada:
• Plano geral ou figura Inteira: o sujeito é enquadrado por inteiro;
• Plano americano: é um enquadramento tipicamente cinematográfico, onde o 
sujeito vem enquadrado acima dos joelhos até a cabeça;
• Plano médio: o enquadramento é feito da cintura à cabeça;
• Meio busto: enquadramento muito usado na televisão em telejornais, onde o 
sujeito vem enquadrado da altura do peito à cabeça;
• Primeiro plano: o enquadramento é realizado da altura dos ombros à cabeça.
• Close-up: o enquadramento é realizado do pescoço para cima. É possível 
também realizar esse enquadramento com um corte na testa, acima das so-
brancelhas, e às vezes se inicia do queixo.
21
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Figura 22
Fonte: Acervo do conteudista
Ângulo
Por ângulo, entende-se a posição da cabeça do sujeito em respeito ao plano do 
sensor da câmera.
• Frontal: o rosto do sujeito está voltado para a câmera.
Figura 23
Fonte: Acervo do conteudista
22
23
• Perfil: o rosto do sujeito é virado a 90º em respeito à câmera e vem enquadrada 
somente metade do rosto.
Figura 24
Fonte: Acervo do conteudista
• Três quartos (3/4): o rosto do sujeito é virado em um ângulo inferior aos 90º 
do perfil. Existem várias denominações deste enquadramento baseadas em um 
ângulo intermediário como o ⅔ (dois terços).
Figura 25
Fonte: Acervo do conteudista
O ângulo frontal tende a alargar a face e, portanto, não é recomendado para 
indivíduos que não têm uma face particularmente mais enxuta. É amplamente uti-
lizado em retratos de moda e glamour, mas conta com rostos finos e maquiagem 
elaborada realizada nos modelos.
23
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
O perfil por muitos anos não está na moda. No enquadramento do perfil é 
necessário certificar-se de que nenhum elemento do lado oculto do rosto apareça, 
como cílios, sobrancelhas ou o globo ocular. Também preste atenção à posição da 
pupila do olho visível, como se o retratado olhasse à frente dele. Caso o retratado 
olhe em outra direção, é possível que o olho fique inteiramente branco, causando 
uma sensação de extremo estranhamento.
Três quartos é o ângulo mais usado, pois torna o rosto mais fino. O ângulo má-
ximo utilizável é aquele que ainda permite que você veja parte da têmpora no lado 
da face mais distante da câmera e com o qual a ponta do nariz não sai do perfil 
da face mais distante. Este é, inclusive, o erro mais comum de retratistas ao dirigir 
modelos em três quartos.
Figura 26
Fonte: Acervo do conteudista
Foto à esquerda: equivocada, pois o nariz sai do perfil oposto. Foto à direita: 
correta, com o nariz dentro do perfil oposto da imagem.
Simetria
Nenhum rosto é absolutamente simétrico, mesmo quando lidamos com retratos 
das mais famosas modelos. Ou seja, existe diferença entre os dois lados do rosto, 
como é possível ver no exemplo a seguir.
Fotos da esquerda: rosto original. Fotos do meio: lado direito do rosto espelhado. 
Fotos da direita: lado esquerdo do rosto espelhado.
24
25
Figura 27 – Exemplos de rostos assimétricos
Fonte: Adaptado de Getty Images
Figura 28 – Exemplos de rostos assimétricos
Fonte: Getty Images
Figura 29 – Exemplos de rostos assimétricos
Fonte: Getty Images 
Devido a assimetria nos retratos angulados, é aconselhável, antes de começar 
a sessão de fotos, procurar pelo melhor lado do retratado. Essa operação se dá 
examinando os lados do rosto de diversos pontos de vista, observando diretamente 
pelo ocular da câmera, pois já estará aplicada a devida distância focal desejada, que 
pode alterar essa percepção visual.
25
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Short Light e Broad Light
Outra característica da composição do rosto em três quartos são os dois estilos 
de iluminação que podem ser realizados, iluminando-se com a luz principal o lado 
da face voltado para a câmera ou o outro lado.
Esses dois estilos são chamados de broad light e short light. A broad light (do 
inglês, iluminação ampla) significa que a luz principal estará posicionada de modo 
que o lado mais amplo do rosto, visível na fotografia, seja iluminado, conforme 
exemplo a seguir.
Figura 30
Fonte: Acervo do conteudista
À esquerda: exemplo de broad light. À direita: exemplo de short light. 
A short light (do inglês, iluminação curta) significa que a luz principal estará po-
sicionada de modo a iluminar o lado menos aparente do rosto. Este estilo é bastante 
utilizado quando o fotógrafo tem por objetivo tornar o rosto do retratado mais fino, 
conforme exemplo acima.
26
27
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Fotografia de book e retrato: ensaios com modelo, dicas de luz e produção, guia de referências
BRANCO, S. Fotografia de book e retrato: ensaios com modelo, dicas de luz e 
produção, guia de referências. São Paulo: Ed. Europa. 2017.
Iluminação: teoria e prática
RUSSO, D. Iluminação: teoria e prática. São Paulo: Iphoto, 2016.
 Vídeos
Iluminação básica para retratos #2
ÁLVARO ELOY GONÇALVES. Iluminação básica para retratos #2.
https://youtu.be/suitih19Jk0
 Leitura
Fotografia de retratos e books
MOURA, C. E. G. Focus Escola de Fotografia. Curso de fotografia. Fotografia de 
retratos e books.
http://bit.ly/2MjONfe
27
UNIDADE Características da Luz, Iluminação de Cenas 
em Retratos, Tipos de Retratos e Composição
Referências
BRANCO, S. Fotografia de book e retrato: ensaios com modelo, dicas de luz e 
produção, guia de referências. São Paulo: Ed. Europa, 2017.
HACKING, J. Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
KUBOTA, K. Diários de iluminação. Camboriú: Photos, 2013.
PEGRAM, B. Book: direção de modelos para fotógrafos. 4ª ed. Camboriú: Photos, 2014.
28

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