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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL I SIMPÓSIO EM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL OS DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO UMUARAMA- PR 2016 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL I SIMPÓSIO EM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL OS DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO 17 A 19 DE MARÇO DE 2016 ANFITEATRO PRINCIPAL DO CAMPUS DE UMUARAMA – Fazenda UMUARAMA – PR 2016 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM Reitor: Mauro Luciano Baesso Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação: Célia Regina Granhen Tavares Diretor do Centro de Ciências Agrárias: Ivanor Nunes do Prado Chefe do Departamento de Medicina Veterinária: Adriana Aparecida Pinto Coordenador do Curso de Pós Graduação: Antonio Campanha Martinez COMISSÃO ORGANIZADORA Antonio Campanha Martinez Cecília Menchon Tramontini Cecilie Papais João Marcelo Borghese Lígia do Carmo Grisolia Manoel Augusto Klempovus Villela Condessa Mateus Silva Ferreira Marilda Onghero Taffarel Oduvaldo Câmara Marques Pereira Júnior Renato Bacarin Zavilenski Sheila Rezler Wosiacki COMISSÃO CIENTÍFICA Ferenc Istvan Bankuti Flávio Augusto Vicente Seixas Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de Goes Sheila Rezler Wosiacki PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO PALESTRANTES Prof. Dr. Stelio Pacca Loureiro Luna – FMVZ - Unesp – Botucatu Prof. Dr. Cássio David da Silva – ECI – UEM Profa. Dra. Flávia Lombardi Lopes – FMVA –Unesp – Araçatuba Prof. Dr. Flávio Augusto Vicente Seixas – DBQ – UEM – Umuarama Prof. Dr. Alessandro Rocha – UEM - Cianorte Dr. Quirino Alves de Lima Neto - Comcap – UEM Prof. Dr. Marco Aurelio Schuler de Oliveira - DBQ – UEM Profa. Dra. Sara Ramos da Silva - UFES PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO PROGRAMAÇÃO Dia 17/03/2016 – Quinta-feira 08:30 – Inscrição e Entrega de materiais 09:30 – Abertura Oficial 10:30 – A Ética na experimentação animal Prof. Dr. Stelio Pacca Loureiro Luna FMVZ - Unesp – Botucatu 12:00 – Recesso 14:00 - Redação cientifica, a abordagem do artigo cientifico a visão do Editor Prof. Dr. Alessandro Rocha 16:00 - Revisão de literatura: busca e organização Profa. Dra. Sara Ramos - IFES - Vitoria – ES Dia 18/03/2016 – Sexta-feira 08:30 - Uso de organismos geneticamente modificados na pesquisa cientifica Profa. Dra. Flávia Lombardi Lopes – FMVA –Unesp – Araçatuba 08:30 – 17:30 – Apresentação de trabalhos na forma de pôster 10:10 - Bioinformática aplicada no desenvolvimento de fármacos Prof. Dr. Flávio Augusto Vicente Seixas – DBQ – UEM – Umuarama 12:00 – Recesso 14:00 - Como se preparar para a mobilidade estudantil internacional Prof. Dr. Cássio David da Silva – ECI – UEM 16:00 – Apresentação oral dos trabalhos selecionados Dia 19/03/2016 – Sábado 08:30 - Biotecnologia aplicada à identificação, desenvolvimento e purificação de macromoléculas Dr. Quirino Alves de Lima Neto - Comcap – UEM 10:30 – Purificação e caracterização de proteína Prof. Dr. Marco Aurelio Schuler de Oliveira - DBQ – UEM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO SUMÁRIO SEÇÃO I – RESUMOS CIENTÍFICOS EXPANDIDOS .................................................................................. 10 CORRELAÇÃO ENTRE A CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA DO MUCO CERVICAL E TEMPERATURA RETAL EM VACAS LEITEIRAS ......................................................................................................................... 11 EFICIÊNCIA NA TAXA DE CONCEPÇÃO DE TÉCNICOS NA INOVULAÇÃO DE EMBRIÃO BOVINO ........ 13 ESTUDO RETROSPECTIVO: INCIDÊNCIA DE MEDICAÇÃO SEM PRESCRIÇÃO NO SETOR DE PEQUENOS ANIMAIS DE UM HOSPITAL VETERINÁRIO ......................................................................................... 15 PROJETO DE ATENDIMENTO CLÍNICO EM ANIMAIS DE TRAÇÃO NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE – GO: CARROCEIRO LEGAL NÃO MALTRATA ANIMAL ................................................................................. 18 USO TÓPICO DE POMADA HOMEOPÁTICA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS INDUZIDAS EM EQUINOS ..................................................................................................................................... 21 SEÇÃO II – RESUMOS CIENTÍFICOS ............................................................................................................ 24 AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE ACETATO DE DESLORELINA NO TEMPO DE OVULAÇÃO EM ÉGUAS ............................................................................................................................................... 25 AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE CLÍNICA DE UMA ESCALA PARA DOR EM OVINOS ........................ 26 AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA NO PROJETO DE COLETA SELETIVA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – CAMPUS UMUARAMA ............................................. 27 AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA EPIDEMIOLÓGICA DO TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL NA POPULAÇÃO CANINA ATENDIDA NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UEM ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2013 .................................................................................................................................................. 28 CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA ARTRITE SÉPTICA EM EQUINOS NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE, GO ......................................................................................................................................... 29 COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS OBSERVADAS EM CÃES E GATOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ NO ANO DE 2015 ............................................................. 30 ESTUDO DE AFECÇÕES EM ANIMAIS TRIADOS EM UM PROJETO DE CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES E GATOS ................................................................................................................................... 31 LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DOS EXAMES DE ANÁLISES CLÍNICAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UEM – 2015 .......................................................................................................... 32 LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DOS PRONTUÁRIOS DE ATENDIMENTOS RELATIVOS AOS ANIMAIS DE GRANDE PORTE NO HV-UEM – DADOS DE 2013 .......................................................... 33 MAPEAMENTO RETROSPECTIVO DE ATENDIMENTOS CLÍNICO-CIRÚRGICOS E EXAMES PRECONIZADOS AOS ANIMAIS DE PEQUENO PORTE NA ROTINA DO HV-UEM - DADOS DE 2013 ... 34 MODELAGEM POR HOMOLOGIA DA ENZIMA ALANINA RACEMASE DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS MRSA COMPLEXADA COM LIGANTES: SIMULAÇÕES DE ANCORAGEM E DINÂMICA MOLECULAR .. 35 MODELAGEM POR HOMOLOGIA DA ENZIMA ALANINA RACEMASE DE VIBRIO CHOLERAE COMPLEXADA COM LIGANTES: SIMULAÇÕES DE ANCORAGEM E DINÂMICA MOLECULAR ............. 36 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO MODELAGEM MOLECULAR POR HOMOLOGIA DA ENZIMA CORISMATO SINTASE DE CANDIDA ALBICANS ........................................................................................................................................... 37 PERFIL PRODUTIVO E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS LEITEIRAS DURANTE O PERIPARTO ..... 38 PRESCRIÇÕES DE UNHA-DE-GATO NO SETOR DE CLINICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ ............................................. 39 PREVALÊNCIA DE PROBLEMAS REPRODUTIVOS EM VACAS ORIUNDAS DE REBANHOS LEITEIROS DO SUDOESTE DO PARANÁ..................................................................................................................... 40 SURTO DE INFECÇÃO HOSPITALAR OCASIONADO POR ENTEROCOCCUS SPP. EM UM HOSPITAL VETERINÁRIO ESCOLA ....................................................................................................................... 41 TEOR DE PROTEÍNA PLASMÁTICA DE CORDEIROS NEONATOS NUTRIDOS COM COLOSTRO BOVINO OU OVINO ......................................................................................................................................... 42 SEÇÃO III – RESUMOS EXPANDIDOS DE RELATOS DE CASOS .......................................................... 43 CINOMOSE EM FASE NEUROLOGICA TRATAMENTO COM RIBAVIRINA E DMSO – RELATO DE CASO .......................................................................................................................................................... 44 DIAGNOSTICO DE OSTEOMIELITE EM SETE ANIMAIS ATENDIDOS NO ANO DE 2015 NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, CAMPUS UMUARAMA – PR ................ 47 FRATURA COMPLETA DE OLÉCRANO EM POTRO – RELATO DE CASO .............................................. 50 HIDRONEFROSE ASSOCIADA A OBSTRUÇÃO URETRAL POR NEOPLASIA PROSTÁTICA EM CÃO – RELATO DE CASO ............................................................................................................................... 53 MEGACÓLON IDIOPÁTICO FELINO – RELATO DE CASO ..................................................................... 56 PARESIA UNILATERAL COMO CONSEQUÊNCIA DE ANESTESIA EPIDURAL CAUDAL EM ÉGUA QUARTO DE MILHA SUBMETIDA À CORREÇÃO DE FÍSTULA RETO-VAGINAL .................................... 59 PIOMETRA EM COELHO – RELATO DE CASO ..................................................................................... 62 SÍNDROME DO CÃO NADADOR – RELATO DE CASO .......................................................................... 64 TENORRAFIA DO TENDÃO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL – RELATO DE DOIS CASOS ....................... 67 VULVOPLASTIA DE CASLICK EM ÉGUA PURO-SANGUE INGLÊS ......................................................... 71 SEÇÃO IV – RESUMOS DE RELATOS DE CASOS ...................................................................................... 73 ACUPUNTURA EM PAPAGAIO – RELATO DE CASO ............................................................................ 74 CAMPANHA EM COMBATE AO CÂNCER DE MAMA EM GATAS E CADELAS - RELATO DE CASO ....... 75 DESEMPENHO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO ALIMENTADOS COM RAÇÃO UMEDECIDA – RELATO DE CASO ............................................................................................................................................ 76 ELABORAÇÃO DE ATLAS RADIOGRÁFICO DO SISTEMA OSTEOARTICULAR DE EQUÍDEOS, CANINOS E FELINOS ............................................................................................................................................. 77 EVOLUÇÃO CLÍNICA DE UM CÃO COM MENINGITE ARTERITE RESPONSIVA A ESTEROIDES – RELATO DE CASO ............................................................................................................................................ 78 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO PERFIL DE RESISTÊNCIA BACTERIANA DA MICROBIOTA DE LONTRA (LONTRA LONGICAUDIS)– RELATO DE CASO ............................................................................................................................... 79 SEÇÃO V – REVISÕES DE LITERATURA ..................................................................................................... 80 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL ENVOLVIDO NO SETOR PECUÁRIO, VISANDO REDUZIR IMPACTO AMBIENTAL NEGATIVO ..................................................................................................... 81 ALTERNATIVAS PARA A REDUÇÃO DA METANOGÊNESE EM ANIMAIS RUMINANTES ...................... 84 ASPECTOS ENVOLVIDOS NA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM BOVINOS EM PEQUENAS PROPRIEDADES .................................................................................................................................. 87 AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA DE TOUROS UTILIZADOS EM MONTA NATURAL NAS PROPRIEDADES DE AGRICULTURA FAMILIAR DE REALEZA-PR ......................................................................................... 90 AVALIAÇÃO DA DOR EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO ....................................................................... 93 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E COMPORTAMENTO DE CORDEIROS DESMAMADOS COM DIFERENTES TIPOS DE DESMAME ..................................................................................................... 95 BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS MULTIRRESISTENTES DE INTERESSE EM SAÚDE PÚBLICA E ANIMAL .......................................................................................................................................................... 97 BARREIRAS TÉCNICAS PARA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DE CARNE BOVINA – REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................................................... 101 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS EM GATOS - REVISÃO DE LITERATURA ............................. 104 COCCIDIOSE AVIÁRIA: FORMAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE ....................................................... 106 CONCENTRAÇÃO DE LACTATO MUSCULAR COMO LIMITANTE EM DESEMPENHO ATLÉTICO DE CAVALOS DE TRÊS TAMBORES ........................................................................................................ 109 CONCEITOS SOBRE A INFLUENZA AVIÁRIA E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS NA AVICULTURA BRASILEIRA ........................................................................................................................................................ 111 DESVIOS ANGULARES EM MEMBROS DE EQUINOS: UMA REVISÃO ............................................... 114 DIABETES MELLITUS EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 117 DIFERENCIAÇÃO DAS DOENÇAS VESICULARES – REVISÃO DE LITERATURA .................................... 120 REVISÃO DE LITERATURA: ELETROQUIMIOTERAPIA, UM NOVO MÉTODO ANTINEOPLÁSICO ....... 124 ESTRATÉGIAS PARA ELABORAÇÃO DE PRODUTOS CÁRNEOS DE QUALIDADE COM OVELHA DESCARTE ........................................................................................................................................ 127 ESTUDO ANATÔMICO E RADIOGRÁFICO DA FALANGE DISTAL DO EQUINO –REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................................................... 130 FATORES DE VIRULÊNCIA RELACIONADOS AO STAPHYLOCOCCUS SPP. NA MASTITE BOVINA ....... 133 FIBROSSARCOMA EM CÃES: REVISÃO DE LITERATURA ................................................................... 137 IMPACTO ECONÔMICO DE HEMATOMAS EM CARCAÇAS DE BOVINOS DE CORTE ........................ 139 LESÕES HEPÁTICAS CAUSADAS POR ESCHERICHIA COLI E SALMONELLA SPP. EM FRANGOS DE CORTE NO ABATE ............................................................................................................................ 143 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO LESÕES HEPÁTICAS CAUSADAS POR INFLAMAÇÕES POR STAPHYLOCOCCUS SPP. EM FRANGOS DE CORTE NO ABATE ............................................................................................................................ 147 LIPIDOSE HEPÁTICA BOVINA – REVISÃO DE LITERATURA ............................................................... 150 MELANOMA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 153 MÉTODOS DE SELEÇÃO ESPERMÁTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................. 156 MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS - REVISÃODE LITERATURA .... 159 MORFOFISIOLOGIA HEPÁTICA EM FRANGOS DE CORTE NO ABATE ............................................... 162 NEOSPOROSE EM BOVINOS ............................................................................................................ 165 OBESIDADE CANINA E FELINA - REVISÃO DE LITERATURA .............................................................. 168 OBTENÇÃO DE BIOGÁS NA PRODUÇÃO AVÍCOLA ........................................................................... 171 ÓLEOS ESSENCIAIS COMO ALTERNATIVA A PROMOTORES DE CRESCIMENTO EM AVES DE CORTE ........................................................................................................................................................ 173 OSTEOSSARCOMA APENDICULAR CANINO ..................................................................................... 175 OSTEOARTROSE UMA VISÃO GERAL ............................................................................................... 179 PREVALÊNCIA DE NEOPLASIAS DE PELE EM CÃES – REVISÃO DE LITERATURA ............................... 182 PRINCIPAIS ENTRAVES DA ADEQUAÇÃO AMBIENTAL NA BOVINOCULTURA LEITEIRA ................... 185 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS COMO FERRAMENTAS NA CRIOPRESERVAÇÃO DE SÊMEN OVINO ...... 188 RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DA FORRAGEM E CONSUMO ANIMAL .......................................... 191 TÉCNICA DE CRIODESIDRATAÇÃO EM VÍSCERAS PARA O ESTUDO DA ANATOMIA ANIMAL .......... 194 TERAPIA FOTODINÂMICA NO TRATAMENTO DE NEOPLASIAS EM PEQUENOS ANIMAIS ............... 196 TRICOMONOSE E CAMPILOBACTERIOSE EM BOVINOS LEITEIROS .................................................. 199 ULTRASSONOGRAFIA NO ACOMPANHAMENTO GESTACIONAL EM CADELAS – REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................................................... 202 USO DA CETAMINA PARA ANALGESIA EM EQUINOS ...................................................................... 205 UTILIZAÇÃO DE PROMOTORES DE CRESCIMENTO EM BOVINOS CONFINADOS ............................. 208 UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DA INDÚSTRIA LÁCTEA NA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL ...................... 210 10 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO SEÇÃO I – RESUMOS CIENTÍFICOS EXPANDIDOS 11 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO CORRELAÇÃO ENTRE A CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA DO MUCO CERVICAL E TEMPERATURA RETAL EM VACAS LEITEIRAS Correlation between eletric conductivity of cervical mucus and rectal temperature in dairy cows GONÇALES, Walter Antonio1; BEGA, Amanda Maristela1; DIAS, Eduardo Herrera1; PASCOTTO, Carlos Henrique Lopes1; SITÓ, Luan da Silva1; CONDESSA, Manoel Augusto Klempovus Villela2; MARTINEZ, Antonio Campanha3 1 Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá 2 Mestrando em Produção Sustentável e Saúde Animal- Universidade Estadual de Maringá 3 Professor do curso de Medicina Veterinária- Universidade Estadual de Maringá Palavras Chave: muco cervical, multímetro, temperatura Key Words: cervical mucus, multimeter, temperature Introdução A eficiência reprodutiva é um dos fatores que mais contribui para melhorar o desempenho e a lucratividade dos rebanhos (GROHN & RAJALA-SCHULTZ, 2000). Inúmeras são as tentativas pelo campo acadêmico de se buscar novas tecnologias para que se aperfeiçoe sistemas de produção promovendo maior lucratividade aos produtores. Se tratando de gado leiteiro as facilidades em acompanhar o manejo reprodutivo dos animais traz uma enorme vantagem a esse meio, devido ao manejo diário. Por esse motivo e também em busca de baratear seus custos, cada vez mais pecuaristas do ramo leiteiro tentam aprender a manejar reprodutivamente seus rebanhos sozinhos. Tendo em mente que o conhecimento técnico destas pessoas é baixo a obtenção de ferramentas que os auxiliem no trabalho com o rebanho mostra-se necessária. A detecção de cio e inseminação artificial (IA) já é uma realidade em grande parte das propriedades de manejo semi intensivo e intensivo, podendo esta estabelecer sucesso reprodutivo. O principal entrave desta técnica é a observação do animal que está apto a ser inseminado (LUCY, 2001). Além da falha na observação, a inseminação realizada pode obter insucesso devido a falhas e/ou atrasos na ovulação dos animais (PLASSE et al., 1970). Baseados nessas premissas, tentativas são constantes de desenvolvimento de aparelhos com fácil utilização e custo reduzido para uma ideal detecção do momento certo para a IA. Estes testes possuem como auxílio estudos já feitos onde aparelhos obtiveram sucesso na medição da condutibilidade elétrica do muco cervical e assim correlacionar esse valor com o momento da ovulação (LARSEM, 2008). Fator esse que pode contribuir para o aumento na taxa de concepção, devido a inseminação se aproximar mais da ovulação (WOODS, et. al, 1990). Vários fatores de nível biológico podem interferir nos resultados das medições de condutibilidade elétrica em um organismo animal, como percentual hídrico celular e temperatura onde se encontram eletrodos de medição (SANTOS et. al, 2007). Assim sendo o presente trabalho visa analisar dados de condutibilidade elétrica do muco cervical em vacas leiteiras, obtidas a partir de um multímetro convencional, correlacionando-os a temperatura retal dos animais durante a IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo). Objetivos Correlacionar medições da condutibilidade elétrica do muco cervical de vacas leiteiras, obtidas por multímetro convencional, com temperatura retal durante a IATF. Materiais e Métodos O trabalho foi realizado com um Multímetro convencional na escala de medida de resistência em miliamperes (mA) de 20, 200 e 2000. A probe adaptada com dois eletrodos em sua extremidade mede 25 cm e tem um calibre de 25mm, com uma distância de 5mm entre um eletrodo e outro. Durante um protocolo de sincronização do estro com uso de progestágeno, foi realizada mensuração com a probe intravaginal e aferição da temperatura retal, simultaneamente, em 19 vacas leiteiras lactantes da raça Holandesa de uma propriedade colaboradora em Umuarama-PR. Duas mensurações foram realizadas, uma no dia de retirada do implante de progesterona (D8) e outra no momento da inseminação artificial (D10). Os dados obtidos foram analisados pelo teste de coeficiente de correlação de Pearson. 12 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO Resultados e discussão O teste estatístico demonstrou que há correlação negativa da temperatura retal com o valor da condutibilidade no dia da IA, nas escalas de 20 mA (-99,89%) e 2000 mA (-99,76%), demonstrando que quanto mais a temperatura corpórea se eleva menor é o valor da condutividade elétrica do muco cervical. BONATO et. al, (2014) demonstraram a diminuição significativa em índices reprodutivos de animais que apresentaram temperatura retal acima da média do rebanho, demonstrando que a aferição da temperatura retal é um parâmetro confiável para mensuração de estresse térmico em animais de produção. É amplamente estudado o efeito da temperatura ambiente em índices reprodutivos promovendo diferenças no resultado final. A condutividade elétrica do muco cervical dos animais leiteiros já foi estudada e demonstrou aumento quando há maior proximidade ao momento da ovulação (FELDMAN et al., 1978). No presente trabalho o que se obteve pode mostrar boas perspectivas do protótipo, pois a correlação negativa entre essas duas medidas demonstram um padrão dentre os animais, possibilitando a correlação da condutividade elétrica com outros dados como por exemplo o momento da ovulação e consequentemente na taxa de concepção. Conclusão Essa correlação negativa existente mostra uma linearidade entre os animais dos valores obtidos pelo multímetro, realçando que em valorsignificante de animais, o comportamento da medição de condutividade elétrica pelo protótipo acompanhou as variações de temperatura retal. Apesar dos resultados, muito ainda tem de ser testado, buscando maior quantidade de dados e significância dos mesmos, podendo comparar a condutividade a outros resultados de interesse produtivo. Referências BONATO, G. L; LEITE, M. B; OLIVEIRA, M; CAMPOS, C. C; SANTOS, R. M. Sazonalidade da Temperatura Retal e da Taxa de Concepção de Vacas Jersey Leiteiras. B. Indústr. Anim., Nova Odessa, v. 71, n.2, p.143- 146, 2014 FELDMAN, R., Aizinbud, E., Schindler, H. and Brode, H. The electrical conductivity inside the bovine vaginal wall. Anim. Prod. 26: 61-65, 1978. GROHN YT, Rajala-Schultz PJ. Epidemiology of reproductive performance in dairy cows. Anim. Reprod. Sci. 60-61:6505-6514, 2000. LARSEN, S.T., Can vaginal electrical impedance beused to characterize estrus and ovulation in the mare? Theriogenology. 576–591, 2008. LUCY, M. C. Reproductive loss in high-producing dairy cattle: where will it end? J Dairy Sci, v.84, p.1277- 1293, 2001. PLASSE, D.; WARNICK, A.C., KOGER, M. Reproductive behavior of Bos indicus females in a subtropical environment. IV. Length of estrous cycle, duration of estrus, time of ovulation, fertilization and embryo survival in Grade Brahman heifers. J. Anim. Sci., v.30, p.63-71, 1970. SANTOS, P. M.M; Desenvolvimento de um sistema de medição de condutividade elétrica para tecidos biológicos, Universidade de trás o monte e alto douro, 2007. WOODS, J.; BERGFELT, D.R.; GINTHER, O.J. Effects of time of insemination relative to ovulation on pregnancy rate and embryonic-loss rate in mares. Equine Vet. J., v.22, p.410-5, 1990. 13 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO EFICIÊNCIA NA TAXA DE CONCEPÇÃO DE TÉCNICOS NA INOVULAÇÃO DE EMBRIÃO BOVINO Technician Efficiency of conception rates in Bovine Embryo Transfer BEGA, Amanda Maristela1; DE SOUZA, Augusto Fontana P. 1; CATUSSI, Bruna Lima Chechin1; GONÇALES, Walter Antonio1; MARTINEZ, Antonio Campanha2 1Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária- Universidade estadual de Maringá 2Professor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá acmartinez@uem.br Introdução A fertilização in vitro (FIV) de embriões começou a ser conhecida em bovinos em 1981 através do nascimento do primeiro bezerro (ZANIN, 2013). Essa técnica é utilizada para maximizar o potencial reprodutivo dos rebanhos, aumentando em larga escala o número de descendentes em um curto intervalo entre gerações e acelerando o melhoramento genético animal (ANDRADE et al., 2012). Para que ocorra a produção in vitro de embriões (PIVE) são necessárias algumas etapas, como, aspiração folicular (OPU), maturação ooocitária in vitro (MIV), fertilização in vitro (FIV), cultivo in vitro e a transferência de embriões para fêmeas receptoras (inovulação). A OPU é uma técnica guiada por ultrassonografia, os óvulos imaturos são aspirados diretamente dos ovários, depois levados ao laboratório para a maturação e fertilização. A FIV é realizada pela recuperação e maturação dos oócitos colhidos das doadoras e fertilização dos oócitos maturados pelo imediato cultivo in vitro dos embriões produzidos (MACHATY et al., 2012). A taxa de prenhez está diretamente ligada à qualidade do embrião, qualidade e disponibilidade das receptoras e não menos importante à mão de obra técnica (ZANIN, 2013). A habilidade do operador pode estar relacionada ao tempo para transpor a cérvix, a possibilidade de inoculação de microorganismos no lúmen uterino e o grau de lesão interna do útero que afetam a taxa de concepção (PIERONI, 2009). Segundo Pieroni (2009) o embrião pode ser depositado em qualquer parte do corno uterino ipslateral ao corpo lúteo, sendo considerada uma maior dificuldade e demora na inovulação na porção cranial em relação a caudal. Além disso, salienta-se que há uma maior manipulação uterina e ocorrência de possíveis lesões endometriais, principalmente se o profissional for inexperiente, o que compromete taxa de concepção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do técnico na taxa de concepção através de análise estatística de dados. Materias e Método O trabalho foi realizado através da análise de dados obtidos em estágio curricular de Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da UEM – Campus Umuarama, as fichas analisadas continham os resultados obtidos no período de Janeiro até Agosto de 2015. Para a utilização dos resultados foi estipulado, previamente, um número mínimo de pelo menos 1000 embriões transferidos por técnico. Utilizou-se transferências embrionárias realizadas por sete técnicos que trabalhavam com embriões produzidos em um único laboratório de produção de embriões in vitro. Os resultados foram comparados pelo teste de Qui-quadrado. Resultados e Discussão De sete técnicos que realizaram as transferências dos embriões, foram analisados os resultados de cinco que atingiram o mínimo de 1000 transferências realizadas. Destes cinco técnicos obteve-se de 12.996 embriões transferidos, uma taxa média de concepção de 40,94%. Os resultados obtidos estão dispostos na Tabela 1 e mostraram que há interferência do técnico na taxa de concepção (p < 0,01). Tabela-1: Índices de concepção obtidos por diferentes técnicos ao realizarem a transferência de embriões produzidos in vitro. Técnico Gestante (%) Não Gestante (%) n 1AC 42,32 57,68 2800 2AC 40,02 59,98 1297 3B 32,69 67,31 1346 4C 43,44 56,56 5612 5A 38,02 61,98 1941 Letras diferentes na mesma coluna p< 0,01 14 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO O técnico 3 apresentou os piores resultados gestacionais, atingindo 32,69% de taxa de concepção. O técnico 4 apresentou a maior taxa de concepção com 43,44 %, não sendo estatisticamente diferente dos técnicos 1 e 2. Várias são as possibilidades dentro de um programa de PIV que podem trazer diminuições nas taxas de sucesso. A grande maioria dos trabalhos busca problemas em receptoras, sêmen, técnicas utilizadas, e viabilidade embrionária (SREENEN e DISKIN, 1987). Entretanto a melhoria dos índices de concepção em programas de PIVE pode estar em um segmento, não menos importante, que é quem realiza a inovulação; evitando perdas no momento considerado a etapa final da PIVE. Além de ser necessária uma grande capacitação técnica do profissional responsável pelo ato da transferência embrionária. Conclusão Há interferência do técnico que realiza a transferência embrionária na taxa de concepção de embriões bovinos produzidos in vitro. Referências Andrade, G. A., Fernandes, M. A., Knychala, R. M., Pereira Junior, M. V., Oliveira, A. J., Nunes, D. P., Bonato, G. L., Santos, R. M. Fatores que afetam a taxa de prenhez de receptoras de embriões bovinos produzidos in vitro. Ver. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v. 36, n. 1, p. 66-69, jan./mar. 2012. Machaty, Z., Peippo, J., Peter, A. Production and manipulation of bovine embryos: techniques and terminology. Theriogenology, v. 78, p. 937-950, April 2012. Pieroni, J. S. P. Influência do local de inovulação de embriões produzidos in vivo e in vitro sobre as taxas de concepção de fêmeas bovinas e sua relação com a morfologia uterina. Universidade estadual paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de ciências agrárias e veterinárias campus de Jaboticabal. Jaboticabal-São Paulo, Jun. 2009. Sreenan, J. M., Diskin, M. G. Factors affecting pregnancy rate following embryo transfer in the cow. Theriogenology, v. 27, n. 1, Jan. 1987. Zanin, R. Eficiência da produção de embriões in vitro através da aspiração folicular transvaginal em bovinos da raça Girolando, Brangus e Nelore. FMZV/USP. 2013. 15 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO ESTUDO RETROSPECTIVO: INCIDÊNCIA DE MEDICAÇÃO SEM PRESCRIÇÃO NO SETOR DE PEQUENOS ANIMAIS DE UM HOSPITAL VETERINÁRIORetrospective study: Incidence of Medication without prescription in the small animal service of a Veterinary Hospital ALBUQUERQUE Ana Paula Lourenço¹; BENEDITO Geovanna Santana¹; TAFFAREL Marilda Onghero²; BASTOS-PEREIRA Amanda Leite²* 1Acadêmica de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM/Campus de Umuarama-PR (aninha_allbuquerque@hotmail.com; geovanna_gsb@hotmail.com) 2Docente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá - UEM/Campus de Umuarama-PR (mtafarel@yahoo.com.br; amandalbp@gmail.com) *Função atual: Docente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC Palavras-chave: prescrição, cão, gato, farmacologia. Keywords: prescription, dog, cat, pharmacology. Introdução A automedicação é a utilização de medicamentos sem prescrição de um profissional capacitado, sendo um procedimento frequente em humanos visando a cura de patologias e a redução dos sintomas (MUSIAL et al., 2007). A administração de fármacos sem indicação médico-veterinária é prática comum na clínica de pequenos animais, devido à facilidade em adquirir medicamentos, tanto de uso veterinário quanto de uso humano (SILVA et al., 2009). O uso indiscriminado de fármacos pode acarretar riscos à saúde do paciente, resultando em erros de dosagem, falha terapêutica e intoxicação. Em longo prazo, pode causar problemas crônicos como insuficiência renal, hiperadrenocorticismo iatrogênico e insuficiência hepática (SPINOSA et al., 2011). A falta de informação da população em relação aos medicamentos e sua administração sem o acompanhamento de um profissional aumenta consideravelmente o risco de intoxicações (MEDEIROS et al., 2009). As intoxicações podem ocorrer, por exemplo, pela falta de cuidado do proprietário ao armazenar os medicamentos e pela má administração dos fármacos de uso humano em animais (FELDKIRCHER, 2014). O objetivo desse trabalho foi fornecer informações sobre o uso indiscriminado de fármacos na Medicina Veterinária, apontando os possíveis riscos e medidas de solução. Materiais e Métodos As informações foram adquiridas através da avaliação de prontuários dos pacientes atendidos no setor de pequenos animais do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá - Campus Umuarama, no período de Janeiro de 2011 a Agosto de 2015. Buscaram-se informações referentes ao uso de medicamentos sem indicação profissional. Quando havia essa informação, a classe do medicamento usado era registrada. Investigou-se também a ocorrência de efeitos adversos e/ou tóxicos em decorrência dessa administração. Os resultados estão descritos em número absoluto ou porcentagem. Informações adicionais ou situações individuais também são descritas. Resultados Foram avaliadas 2908 fichas clínicas, sendo a grande maioria de pacientes da espécie canina. Havia informação a respeito de medicações prévias sem indicação profissional em 1391 dos prontuários analisados, sendo que em 823 (59%) houve administração de algum medicamento previamente à consulta. Das fichas que continham essa informação, 1223 (88%) eram cães e 168 (12%) eram gatos. As raças de cães de maior destaque foram S.R.D (586 - 48%), Poodle (126 - 10%) e Dobermann Pinscher (110 - 9%). As raças de gato de maior destaque foram S.R.D (95 - 57%), Siamês (25 - 15%) e Persa (10 -6%). Os principais medicamentos utilizados sem prescrição foram, anti-inflamatórios não-esteroidais - AINEs (334 casos) e antibióticos (211), fármacos que atuam no trato gastrointestinal (89), antiparasitários (88), anti-inflamatórios esteroidais (58), hormônios (56), vitaminas e suplementos (51). Também foram administrados fármacos oftalmológicos (36), analgésicos (23), otológicos (19), antissépticos e desinfetantes (15), associação de anti-inflamatório e antibiótico (14), anti-histamínicos (8), diuréticos (6), antifúngicos (5) e psicofármacos (4). 16 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO Dos medicamentos oftalmológicos, 11 continham os antibióticos, tobramicina (8) e cloranfenicol (3). Dos otológicos, 11 apresentavam antibiótico em sua formulação: neomicina (4) gentamicina (4) ciprofloxacina (1) e enrofloxacina (1). Um dos antibióticos não foi especificado (1). Havia poucas informações condizentes a efeitos adversos ou tóxicos envolvendo essas administrações. Um felino apresentou vômito após a utilização de AINE. Destaca-se um caso do paciente que foi levado até o hospital em questão, apresentando sinais de intoxicação por acepromazina, a administração foi feita pelo proprietário sem indicação médico-veterinária. Foi administrado meio frasco de acrepromazina oral com a finalidade de transportar o animal em um veículo. No exame clínico foi observado sialorréia intensa e bradicardia (70 batimentos por minuto). Discussão Um grande número de fichas clínicas não continha a informação procurada, durante todo o período analisado. Esse fato pode ser consequência de uma falha na anamnese ou no preenchimento do prontuário. O atendimento clínico nesse hospital é realizado por estudantes e médicos veterinários em treinamento. Portanto, uma alteração na ficha clínica com a adição de um espaço específico para o preenchimento de medicações prévias poderia promover uma anamnese contendo mais informações, diminuindo assim o esquecimento desse dado. As classes de fármacos mais citadas foram anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs: dipirona, nimesulida, paracetamol, ibuprofeno, meloxicam e diclofenaco) e antibióticos de uso sistêmico (enrofloxacina, amoxicilina, cefalexina, sulfametoxazol + trimetoprim e doxicilina) e tópico (rifamicina, sulfadiazina de prata e neomicina). A dipirona, mesmo tendo fraca ação anti-inflamatória, é classificada aqui como AINE pelo seu mecanismo parcial de ação, ao inibir a enzima ciclooxigenase. A utilização ampla e descontrolada de antibióticos contribui com a permanência de bactérias resistentes no meio, acarretando complicações nos tratamentos. A seleção de microorganismos resistentes, além de comprometer os tratamentos veterinários, se tornou um problema de saúde pública, visto que é grande a utilização de medicamentos de uso humano na rotina, podendo ocasionar resistência bacteriana na espécie humana (MOTA et al., 2005). Os AINEs, quando administrados em doses inadequadas e por períodos prolongados, podem levar à formação de úlceras gastrointestinais e problemas renais (MICHELIN et al., 2006). Deve-se ter cautela no tratamento com AINEs em felinos mesmo em doses terapêuticas. O paracetamol é um fármaco do grupo de anti-inflamatórios não esteroidais, usado como antipirético e analgésico. É contraindicado em gatos devido a deficiência dessa espécie da enzima glicuroniltransferase, responsável pela metabolização do paracetamol. Devido ao baixo nível da glicuroniltransferase, ocorre o acúmulo de N-acetil-pbenzoquinona, um metabólito tóxico reativo. A inativação deste metabólito é feita pela conjugação com a glutationa hepática e eritrocitária. No entanto, essa via é facilmente saturável, levando a uma rápida depleção das reservas de glutationa, o que resulta em lesão hepatocelular, metemoglobinemia e presença de corpúsculo de Heinz (DORIGON et al., 2013). Há relato na literatura de três gatos que vieram a óbito apresentando úlcera na região do piloro, sendo que em um caso houve perfuração ocasionando peritonite após tratamento com doses terapêuticas de nimesulida, a dose utilizada foi de 0,7mg/kg uma vez ao dia durante três dias (ELIAS et al., 2015). No presente trabalho, 27 gatos tiveram como medicação prévia algum tipo de AINE. Vale ressaltar que um felino apresentou vômito após a utilização de diclofenaco e paracetamol por um período de três dias. Notou-se também, um número significativo de administrações de hormônios anticoncepcionais, tanto em cadelas como em gatas. Esse fato gera uma preocupação muito grande devido às conseqüênciasque esse uso pode acarretar. O uso de progestágenos é contraindicado, pois aumenta a incidência de piometra e tumores mamários, sendo a esterilização a melhor forma de prevenção de gestação (CHEN et al., 2007). Os tranquilizantes maiores como a acepromazina podem ocasionar apatia, sonolência, excitação paradoxal em animais com predisposição, hipotermia, redução do limiar convulsivo, hipotensão e taquicardia reflexa. São considerados medicamentos seguros, pois possuem alto índice terapêutico, porém o uso é contraindicado em portadores de insuficiência hepática, doença cardíaca, caquexia, choque hipovolêmico, tétano ou intoxicação por estricnina. Indica-se o uso com cautela em gestantes e pacientes geriátricos (SPINOSA et al., 2011). Conclusão A administração de fármacos sem prescrição de um profissional é rotina na clínica de pequenos animais, sendo importante verificar essa informação durante a anamnese, para o sucesso do tratamento, 17 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO prevenção de efeitos colaterais, preparação dos profissionais para possíveis interações farmacológicas, entre outras consequências desse uso indiscriminado de fármacos. Referências CHEN, R.F.F.; ADDEO, P.M.D.; SASAKI, A.Y. Piometra aberta em uma cadela de 10 meses. Rev. Acad.. Curitiba, v. 5, n. 3, p. 317-322, 2007. DORIGON, O. et al. Intoxicação por paracetamol em gatos. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v.12, n.1, p. 88-93, 2013. ELIAS, F. et al. Aspectos clínico-patológicos da gastrite ulcerativa em gatos associadas ao uso de anti- inflamatórios não esteroidais. Acta Veterinaria Brasilica. v. 9, n. 3, p.279-283, 2015. FELDKIRCHER, K.C.G. Intoxicação medicamentosa em animais domésticos. Revista Científica de Medicina Veterinária das FACIPLAC. Brasília, v. 1, n. 1, p. 1-7, 2014. MEDEIROS, R.J.et al. Casos de intoxicações exógenas em cães e gatos atendidos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense durante o período de 2002 a 2008. Ciência Rural. Santa Maria, p. 1-6, 2009. MICHELIN, A.F. et al. Toxicidade renal de inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 : celecoxib e rofecoxib. Rev. Ciênc. Méd. Campinas, v. 15, n. 4, p. 321-332, 2006. MOTA, R.A. et al. Utilização indiscriminada de antimicrobianos e sua contribuição a multirresistência bacteriana. Braz J vet Res anim Sci. São Paulo, v. 42, n. 6, p. 465-470, 2005. MUSIAL, D.C.; DUTRA, J.S.; BECKER, T.C.A. A automedicação entre os brasileiros. SaBios-Rev. Saúde e Biol. Campo Mourão, v. 2, n. 2, p. 5-8, 2007. SILVA, E.B.; STERZA, A.; CAMPOS, F.L. Automedicação em medicina veterinária estudo retrospectivo dos atendimentos da clínica escola veterinária CEVET – Unicentro nos anos de 2007 e 2008. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão, 2009. SPINOSA, H.S. et al. Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 18 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO PROJETO DE ATENDIMENTO CLÍNICO EM ANIMAIS DE TRAÇÃO NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE – GO: CARROCEIRO LEGAL NÃO MALTRATA ANIMAL Clinical Service in draft animals in Rio Verde - GO:Cool traction not mistreat animals MOTTA Rodrigo Garcia1; RIBEIRO Marcio Garcia2; OLIVEIRA Maria Cristina de3; AGOSTINO Ferdinando4; TREICHEL Tiago Luis Eirles5; MARTINEZ Antônio Campanha6; MARTINS Lorrayne de Souza Araújo7 1 Docente responsável pela Disciplina de Clínica Médica de Grandes Animais – Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, rgmottafmvz@gmail.com. 2 Prof. Adj. III – Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública – FMVZ – UNESP Botucatu/SP, mgribeiro@fmvz.unesp.br. 3 Coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, mccorv@ig.com.br 4 Pró Reitor de Extensão da Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, ferdinando@unirv.edu.br 5 Docente responsável pela Disciplina de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais – Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, tletreichel@gmail.com 6 Docente responsável pela Disciplina de Reprodução Animal – Universidade Estadual de Maringa - UEM, antunico@gmail.com 7 Médica Veterinária autônoma, graduada pela Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, lorrayne- vip@hotmail.com Palavras - chave: equinos de tração, bem estar animal, saúde pública Key – words: equine traction, animal welfare, public health Introdução A relação homem e equídeo tem uma história longa e variada, a princípio motivada pelo interesse em sua carne, progressivamente na importância dos cavalos como ferramenta para o trabalho, transporte, companhia e esporte (WSPA, 2004), atualmente, o uso da equitação e na equoterapia tornou-se popular, aliando aos equídeos a função terapêutica em programas sociais (ANDERSON et al. 1999). Bem estar animal designa uma ciência voltada ao conhecimento e a satisfação das necessidades básicas dos animais mantidos sob o controle do homem (PAIXÃO, 2001), podendo ser avaliado de forma útil e direta pelas “5 liberdades”: livre de fome e sede; livre de dor, lesões e doenças; livre de desconforto; livre de medo e estresse e livre para expressar seu comportamento natural (WSPA, 2004). Os carroceiros diariamente utilizam os animais para tração, mas na maioria das vezes não possuem os conhecimentos mínimos sobre bem estar animal, pois apresentam baixo nível sócio econômico e cultural, o que impossibilita seu acesso a assistência veterinária e as informações gerais de posse responsável de animais de tração (RESENDE, 2004). Pelo papel desempenhado pelos carroceiros, como responsáveis pela remoção do entulho originado em obras domésticas, limpeza de jardins, além da opção do frete barato, faz se necessária, sua conscientização sobre bem estar animal, guarda responsável, sanidade e destino adequado do material coletado, assim este projeto repercute em importante ferramenta de difusão cultural (PALHARES, 2005). Aos problemas relacionados ao bem estar animal, soma se o risco de transmissão de doenças ao homem (zoonoses), e a outros equídeos de populações controladas, como: jóquei, centro hípico, cavalaria, haras, esportes equestres. As principais zoonoses potencialmente transmitidas pelo cavalo são: raiva, leptospirose, febre maculosa, borreliose, mormo e brucelose (MOTA, 2000). O termo posse responsável tem sido substituída por guarda responsável, o qual caracteriza se como uma das práticas para a promoção do bem estar animal, diretamente relacionada ao papel do médico veterinário na sociedade (RESENDE, 2004). Considerando a quantidade de equinos de tração e o grande número de pessoas que utilizam essas atividades como fonte de renda única, é imprescindível a discussão de conceitos relacionados ao bem estar animal, guarda responsável, riscos à segurança pública e sanidade animal (MOTTA, 2000). O município de Rio Verde em Goiás detém uma população estimada de 7100 cabeças de equinos segundo dados do IBGE 2010, com aproximadamente 120 carroceiros cadastrados junto a prefeitura municipal, como a maioria dos centros urbanos, enfrenta sérios problemas devido a presença de equídeos em atividades de trabalho pelas ruas ou soltos nas vias públicas e as margens da rodovia, soma – se a isto o fato de a classe dos 19 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO carroceiros ser uma categoria profissional de baixo nível econômico e cultural, os quais necessitam de informações básicas quanto aos cuidados para com seus animais. Desta forma, faz-se necessário o desenvolvimento de um trabalho de conscientização junto aos carroceiros e ao público infantil de escolas públicas, para a disseminação de conhecimentos sobre: manejo básico na equideocultura, bem estar animal e guarda responsável, para que se melhorem as condições de trabalho, consequentemente reduzindo a elevada casuística de afecções nestes animais decorrentes de esforço repetitivo e nutrição desequilibrada (RESENDE, 2004). O Projeto “Carroceiro Legal não Maltrata Animal”, objetivou promover o bem estar dos equídeos de tração, aliado a orientação geral dos proprietários sobre posse responsável de animais, bem como a formação complementar dos acadêmicos do curso Medicina Veterinária e orientação da população carente do município de Rio Verde – GO, com relação a conceitos básicos de higiene veterinária e saúde pública. Materiais e Método O projeto contou com a parceria dos discentes, docentes dos cursos de medicina veterinária e odontologia da UNIRV, órgãos públicos e privados do município também apoiaram o projeto. A divulgação deste projeto foi realizada com auxilio de panfletos distribuídos por toda cidade, além do apoio das rádios municipais com chamadas diárias e entrevista ao vivo com comissão organizadora do evento. O trabalho foi desenvolvido no período de 01 de abril de 2015 a 15 de junho de 2015, com um dia de campo com atendimento dos animais pela equipe da veterinária e dos proprietários e familiares pela equipe da odontologia. O evento foi promovido em um centro comunitário, no bairro que havia maior fluxo de carroceiros, facilitando o acesso ao local. Inicialmente, os proprietários respondiam ao questionário epidemiológico, na sequência os animais eram encaminhados para o atendimento clínico, coleta de material biológico para exames complementares a destacar: hemograma, exame sorológico para detecção de algumas enfermidades infectocontagiosas (leptospirose e brucelose) e coproparasitológico, na sequência eram submetidos a vermifugação oral profilática. Resultados e Discussão Foram atendidos 56 animais, sendo 26 machos e 30 fêmeas com idade aproximadamente entre 3 e 20 anos distribuídos entre 30 proprietários. Todos os animais que apresentavam sinais clínicos foram separados e cadastrados a parte, para serem atendidos no transcorrer das aulas práticas de Clínica Médica de Grandes Animais, como consultas sem custo algum, por se tratar de aulas práticas. Todos os equinos receberam vermifugação oral com ivermectina em pasta e coleta de material biológico para posterior exames complementares, os quais irão dar origem a duas monografias de conclusão de curso. Após o atendimento dos animais foram distribuídos ração para os proprietários, e em conversa com os mesmos a maioria informou que não fornecia ração para seu animal, a dieta dos animais era composta por milho com casca moído (rolão de milho). Diferentemente dos primórdios de sua vida selvagem (SMYTHE, 1990). Os equídeos encontram – se submetidos a situações adversas nos grandes centros urbanos ondem são submetidos a tração de veículos (carroças ou charretes), transportando desde lixo a entulhos (REZENDE, 2004), até bens duráveis, alimentos e pessoas, sendo assim submetidos a condições exageradas de trabalho com excesso de carga transportada, alimentação inadequada, restrição hídrica e sinais sugestivos de maus tratos (GOODSHIP e BIRCH, 2001). Animais de trabalho apresentam características que são a soma de vários fatores aos quais estão submetidos como clima, manejo, treinamento, tipo de arreamento, superfície de trabalho e genética (JONES, 1987). Maranhão et al (2006) observou elevada incidência 31,9% de patologias mistas na palpação metacárpica e metatársica em animais de tração, atribuídas ao alto esforço articular decorrente do trabalho, e alterações biomecânicas provocadas por desequilíbrios podais e flacidez de ligamentos. Rutherford et al (2008), associarão pisos duros, como os de concreto com o aumento da incidência de laminite em animais estabulados. Desta forma faz se necessário a discussão sobre os principais conceitos referentes ao bem estar animal, guarda responsável, destino correto do lixo e entulho, transportados com o intuito de salvaguardar a saúde pública e higiene veterinária. O projeto superou as expectativas dos docentes e discentes envolvidos, já que a prefeitura local possui o cadastro de aproximadamente 105 animais, desta forma em um único dia de atendimento metade dos equinos de tração do município foram atendidos, possibilitando aos acadêmicos do curso de medicina veterinária ter contato com a pratica profissional, além de levar informações relevantes sobre bem estar animal e destino correto do lixo. 20 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO Conclusão Projetos de extensão como o carroceiro contribuem para conscientizar os proprietários sobre manejo sanitário dos animais, destino adequado do lixo e principalmente bem estar animal refletindo diretamente no desempenho no trabalho, além de levar conhecimento prático para os alunos do curso de medicina veterinária. Referências ANDERSON, M.K., FRIEND, T.H., EVANS, J.W., BUSHONG, D.M. Behavioural assessment of horses in therapeutic riding programs. Appl. Anim.Behac.Sci., v.63, n.1, p.11 – 24, 1999. JONES, W.E. Genética e criação de cavalos. São Paulo: Roca, 1987. 666p. GOODSHIP, A.E.; BIRCH, H.L. Exercise effects on the skeletal tissues. In: BACK, W.; CLAYTON, H. (Ed.). Equine locomotion. London: Saunders, 2001.. p. 227 – 250. MARANHÃO, R.P.A.; PALHARES, M.S.; MELO, U.P.; REZENDE, H.H.C.;BRAGA, C.E. SILVA FILHO, J.M.; VASCONCELOS, M.N.F. Afecções mais frequentes do aparelho locomotor dos equídeos de tração no município de Belo Horizonte. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.58, n.1, p.21 – 27, 2006. MOTA, R.A.; BRITO, M.F.; CASTRO, F.J.C.; Massa, M. Mormo em equídeos no Estados de Pernambuco e Alagoas. Pesq. Vet. Bras. v.20, n.4, p.155-159, 2000. PAIXÃO, R.L. Experimentação Animal: Razões e Emoções para uma Ética. 2001. 189 f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2001. PALHARES, M. S. Correção ambiental e reciclagem com carroceiros de Belo Horizonte. In: ENCONTRO DE EXTENSÃO DA UFMG, 8, Belo Horizonte – MG, 03 a 08 de Outubro de 2005. SMYTHE, R. H. A psique do cavalo. São Paulo: Livraria Varela Ltda, 1990. REZENDE, H.H.C. Perfil sócio – econômico dos carroceiros de belo Horizonte, entre 1998 e 2003. 2004. 71f. Dissertação (Mestrado em Clínica e Cirurgia veterinária) – Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004. RUTHERFORD, K.M.D.; LANGFORD, F.M.; JACK, M.C.;SHERWOOD, L; LAWRENCE. A.B.; HASKELL, M.J. HOCK injury prevalece and associated risk factors on organic and nonorganic WSPA – WORLD SOCIETY FOR THE PROTECTION OF ANIMAL – UNIVERSIDADE DE BRISTOL (UK) – “Conceitos em Bem Estar Animal” – CD desenvolvido para professores de faculdades de medicina Veterinária, 2004. 21 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO USO TÓPICO DE POMADA HOMEOPÁTICA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS INDUZIDAS EM EQUINOS Topical use of homeopathic ointment in healing of skin wounds induced in horses SELLA, Bruna Laís Afonso1; FERREIRA, Heloisa2; DIAS, Lucas Lopes Rino3; GONÇALVES, José Mário4; RIBEIRO, Max Gimenez5 1 Acadêmica do Curso de Medicina Veterinária - UEM/ Campus de Umuarama-PR. -bruna.sella@gmail.com 2 Residente em Clínica Cirúrgica de Grandes Animais na UEM/ Campus de Umuarama – PR - mhveterinaria@hotmail.com 3 Residente em Clínica Cirúrgica de Grandes Animais na UEM/ Campus de Umuarama – PR - l.lopesrinodias@gmail.com 4 Médico Veterinário - josemariovet@hotmail.com 5 Professor Adjunto da UEM/Campus de Umuarama-PR - mgrvet@bol.com.br Palavras-chave: Equinos, homeopatia, Cicatrização. Key-Words: Equine, homeopathy, healing Introdução O cavalo está sujeito a traumatismos (tanto agressões traumáticas como lesões) devido ao seu comportamento de reações rápidas e ativo, principalmente quando sua função está relacionada a tração e ao esporte. Além de fatores ligados a sua natureza, existem outros fatores de risco como pastagens sujas e instalações inadequadas, que predispõe o surgimento de feridas traumáticas. (PAGELA, J. C, et al., 2009) A primeira barreirade proteção do organismo contra agentes externos é a pele, por isso está sujeita a agressões constantes, tornando sua capacidade de reparação muito importante para a sobrevivência. O rompimento tecidual nos animais vertebrados faz com que se inicie o processo de reparo, que compreende uma sequência de eventos moleculares objetivando a restauração do tecido lesado. A cicatrização é o processo pelo qual um tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado, quer a lesão tenha sido traumática ou necrótica. Assim sendo, o processo de cicatrização tem como finalidade restabelecer a homeostasia tecidual. (OLIVEIRA, I. V. P e DIAS, I. R. V, 2012). Objetivo Problemas cutâneos são comuns em equinos e frequentemente determinam complicações e dificuldades diagnósticas. Desta forma procurou-se avaliar a eficácia da pomada homeopática na cicatrização de feridas provocadas em equinos comparando ao tratamento com soro fisiológico. Método Foram utilizadas duas éguas adultas, sem raça definida. Os animais foram pré-medicados com xilazina 10% na dose de 0,1mg/kg de peso vivo, por via endovenosa, e a anestesia local foi realizada com solução de lidocaína a 2% sem vasoconstritor. As feridas foram produzidas no metâmero esquerdo na região da garupa das éguas, em forma circular com 5 cm de diâmetro, com área equivalente a 19,6cm². Os tratamento utilizados foram soro fisiológico na ferida controle, e pomada homeopática na ferida teste. O produto testado é uma pomada simples com incorporação 10% (v/p), composto em sua forma farmacêutica por Aconitum nappelus CH6, Arnica montana CH6, Belladona CH6, Calendula officinalis CH6, Graphytes CH9, Hypericum perforatum CH6, Pyrogenium CH9, Silicea terra CH9. O desbridamento das feridas foi provocado dia sim dia não com o auxílio de gaze umedecida com soro e pinça anatômica, e na sequência foi feito o tratamento com soro ou pomada, até a fase final de cicatrização. Foram realizadas avaliações das feridas cutâneas de 10 em 10 dias após o início do tratamento até o final do experimento. O tratamento ocorreu 24h após as lesões terem sido provocadas. Os parâmetros macroscópicos relacionados à evolução do processo cicatricial observados foram: sensibilidade dolorosa, presença de tecido de granulação, secreções, crostas e epitelização. Esses parâmetros foram estimados em escala de 0 a 3, sendo 0 para ausência dos parâmetros avaliados, 1 ocorrência em até 30% da lesão, 2 ocorrência em 30% a 60%, 3 ocorrência em 60% a 100% da lesão. Este trabalho foi aprovado no Comitê de Conduta Ética no Uso de Animais em Experimentação, Protocolo nº 101/2014. 22 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO Resultados Estudos relacionam o uso de Hypericum perforatum positivamente no processo cicatricial e na velocidade de cicatrização das feridas. A natureza adstringente deste componente possui a propriedade de coagular as albuminas das mucosas e dos tecidos, criando assim uma camada de coagulação isoladora e protetora, cujo efeito é reduzir a irritabilidade e a dor, deter os pequenos derrames de sangue, etc. (PARAGUASSU, L. A. A e GUEDES, A. S, 2009) Outros componentes fitoterápicos da pomada apresentam também efeitos satisfatórios. A Silicea, um bom remédio para tecidos, exercendo ação benéfica. A Arnica montana, limita a hemorragia subcutânea e acelera a resolução de coágulos de sangue e hematoma sobre o sistema esquelético em geral. E a Aconitum napellus muito utilizado em casos agudos de febre, dores e inflamações súbitas. (LIGNON, G. B e BOTTECCHIA, R. J, 2005) Dentre os fatores locais, a infecção é a causa mais importante do retardo da cicatrização. Deve-se considerar que toda ferida está colonizada, já que as bactérias existentes na pele podem colonizar a lesão, mas isso não significa que esteja infectada (OLIVEIRA, I. V. P e DIAS, I. R. V, 2012). A ação da pomada homeopática comparada ao tratamento controle demostrou melhores resultados no processo cicatricial das lesões, como pode ser observado nas Tabelas e na Figura abaixo em conseguinte. TABELA 1. Evolução do Processo Cicatricial Animal 1 – Ferida 1 Avaliações SD* TG** Secreções Crostas Epitelização Feridas 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 18/04 3 3 0 0 1 1 0 0 0 0 28/04 3 3 2 1-2 1 1-2 3 2-3 1 1 07/05 3 3 2 2-3 0 0 0-1 1 2-3 2 17/05 3 3 2-3 2-3 0-1 0-1 0-1 0-1 2-3 3 27/05 2 2 2-3 2 0 0 0 0-1 2 3 06/06 2 2 1 1 1 0-1 0-1 0-1 3 3 *Sensibilidade Dolorosa **Tecido de Granulação TABELA 2. Evolução do Processo Cicatricial Animal 1 – Ferida 2 Avaliações SD* TG** Secreções Crostas Epitelização Feridas 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 18/04 3 3 0 0 2 2 0 0 0 0 28/04 3 3 2-3 2-3 1 0-1 3 3 1 1 07/05 3 3 2 1-2 1 1 2 1 2 2 17/05 3 3 2-3 1 0 0 1 1 2-3 2 27/05 2 2 2 1-2 0 0 0 1 3 2 06/06 2 2 1 1-2 0-1 0-1 2 1-2 3 2-3 *Sensibilidade Dolorosa **Tecido de Granulação Na primeira avaliação das feridas o Animal 2 apresentou posturas de larvas as quais foram retiradas miíase na ferida 2 no terceiro dia de experimento, a partir deste momento a ferida passou a ser lavada duas vezes ao dia com soro. Figura 1. Evolução da Área Cicatricial 23 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO O tecido de Granulação passou a ser visível aproximadamente cinco dias após feita a lesão. A epitelização em conjunto com a contração centrípeta dos bordos pôde ser notada dentro de dez dias, e as feridas tratadas com a pomada apresentaram menos secreção e menor sensibilidade dolorosa ao toque. A cicatrização das feridas no grupo controle ocorreu em média de 110 dias, já no grupo tratado, ocorreu em média de 90 dias. Desde o início do projeto até a 6º avaliação do experimento, as feridas 1 e 2 respectivamente, que antes possuíam área cicatricial equivalente a 19,6cm², passaram a ter, 1,94cm² e 2,48cm² - Animal 1 e 1,61cm² e 3,97cm² Animal 2. Avaliação 1 Avaliação 10 Conclusão Foram obtidos melhores resultados em relação à cicatrização, e a velocidade de fechamento da ferida, e a sensibilidade dolorosa nas feridas tratadas com a pomada. Porém o número de animais utilizados no experimento deve ser reavaliado. Referências LIGNON, G. B.; BOTTECCHIA, R. J. Criação de animais sob influência de um sistema integrado de produção agroecológica. In: AQUINO, A. M. de; ASSIS, R. L. de. (Ed.). Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2005. p. 342-386 OLIVEIRA, I. V. P. M; DIAS, R. V. C. Cicatrização de Feridas: Fases e Fatores de Influência. Acta veterinária Brasilica, v.6, n.4, p. 267-271, 2012. PARAGUASSU, L. A. A; GUEDES, A. S. Avaliação do efeito cicatrizante do hipérico (hypericum perforatum l.) Em hamsters (mesocricetus auratus). Diálogos & Ciência, n17, 2009. PAGELA, J. C; RIBAS, L. M; SANTOS, C. A; FEIJÓ, L. S; NOGUEIRA, C. E. W; CRISTINA G.FERNANDES, C. G. Abordagem Clínica de Feridas cutâneas em equinos. Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias, v.104, n.569-572, p. 13-18, 2009. 24 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO SEÇÃO II – RESUMOS CIENTÍFICOS 25 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE ACETATO DE DESLORELINA NO TEMPO DE OVULAÇÃO EM ÉGUAS Evaluation administration the deslorelin acetate in the time of ovulation in mares 1DIAS, Eduardo Herrera; 2MEZALIRA, Taniara Suelen; 3GONÇALES, Walter Antonio; 4BEGA, Amanda Maristela; 5PASCOTTO, Carlos Henrique Lopes; 6MARTINEZ, Antonio Campanha 1 Acadêmico do curso de Medicina Veterinária UEM. e-mail: eduhd_herreradias@hotmail.com 2 Mestranda do Programa de Pós-graduação em Produção Sustentável e Produção Animal – UEM. e-mail: tani_mezalira@hotmail.com 3 Acadêmico do curso de Medicina VeterináriaUEM. e-mail: waltervetuem@hotmail.com 4 Acadêmico do curso de Medicina Veterinária UEM. e-mail: amanda_bega@hotmail.com 5 Acadêmico do curso de Medicina Veterinária UEM. e-mail: carloshenrique_pascotto@hotmail.com 6 Professor – UEM – Umuarama – Departamento de Medicina Veterinária. e-mail: antunico@gmail.com Fisiologicamente, a duração do cio na égua apresenta variações, entre o início do estro até o momento da ovulação e no tamanho dos folículos pré-ovulatórios. Devido a isso a ovulação induzida gera um maior sincronismo com a inseminação, visto que as taxas de concepção aumentam quando o sêmen é depositado próximo ao momento da ovulação (BEAL, 2008). Avaliar o uso de indutor de ovulação associado ao uso de dispositivo intra-vaginal de bovinos de liberação de progesterona no controle do ciclo estral de fêmeas equinas. O experimento foi realizado no laboratório de Criação e Reprodução Animal da Universidade Estadual de Maringá, Campus Umuarama, utilizando-se cinco éguas em idade reprodutiva. Exames ultrassonográficos diários foram realizados do início do tratamento até o momento da ovulação. Foi aplicado uma dose de 5mg via IM de prostaglandina F2 α (Lutalyse®) no D0 e inserido um dispositivo intra-vaginal (CIDR®) que foi removido no D8, sendo concomitante a remoção aplicado um dose de prostaglandina. Após isso as éguas foram dividas em dois tratamentos, em uma distribuição de quadrado latino, onde os que participaram do T1 foram tratados como o T2 e vice-versa; e acompanhados com aparelho de ultrassonografia, no qual T1 avaliou o crescimento folicular em intervalos de 12/12h até a ovulação e T2 avaliou o crescimento folicular em intervalos de 12/12h, assim que o folículo atingiu diâmetro médio de >35mm, foi administrado uma dose de 750µg de acetato de deslorelina por via IM, e feito o acompanhamento ultrassonográfico pós-aplicação até confirmada a ovulação. Neste trabalho observou-se que nas éguas tratadas com acetato de deslorelina o tempo de ovulação foi em média de 43,2h ±6,57 enquanto o grupo não tratado foi de 84h ±14,70, apresentando diferença significativa p<0,01. Tais resultados colaboram com os obtidos por MELO et al. (2012) e SAMPER et al. (2002), no qual as ovulações concentraram-se entre 36 e 48 horas após a utilização do acetato de deslorelina. No presente estudo foi possível concluir que a deslorelina antecipa o tempo de ovulação contribuindo para um melhor manejo reprodutivo em éguas. Palavras -chave: égua, acetato de deslorelina, indução a ovulação Key- words: mare, deslorelin acetate, ovulation induction 26 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE CLÍNICA DE UMA ESCALA PARA DOR EM OVINOS Evaluation of the clinical aplicability of a scale for pain in ovines DUBIELLA, Gustavo Zavan¹; GONÇALES, Walter Antonio;¹ OLIVEIRA, Flávia Augusta²; MARTINEZ, Antônio Campanha³; TAFFAREL, Marilda Onghero³. ¹ Aluno em graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Maringá – Campus Umuarama, e-mail: gustavo_dubiella@hotmail.com. ² Professor do Departamento de Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí. ³ Professor do Departamento de Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Maringá – Campus Umuarama. Objetivou-se com este estudo avaliar a aplicabilidade clínica, validade de construto e confiabilidade de uma escala de dor desenvolvida para bovinos, quando utilizada em animais da espécie ovina. Foram utilizados onze ovinos (Ovis aries) hígidos, macho, adultos, de raça indefinida, com peso médio de 43 quilos, habituados com o local, convivência com os pesquisadores e o manejo diário, provenientes do setor de Reprodução e Produção Animal da Universidade Estadual de Maringá – Campus Umuarama. Para estímulo doloroso padrão foi realizada orquiectomia eletiva sob anestesia local com lidocaína 1% via intratesticular (5 ml por testículo e na linha de incisão). Duas horas após o procedimento cirúrgico todos os animais receberam administração intravenosa de morfina e cetoprofeno (0,2 e 3,0 mg/kg respectivamente). A dor foi avaliada por um avaliador presencial foi (considerado como padrão-ouro) utilizando a Escala Unidimensional para Avaliação da Dor em Bovinos da UNESP-Botucatu – EUADB, nos momentos: pré-operatório (T1); antes da intervenção analgésica (T2); uma hora após a intervenção analgésica (T3); e 24 horas de pós-operatório (T24). Para testar a confiabilidade inter e intra-observador os animais foram filmados por um período de 20 minutos em cada momento, e os vídeos obtidos editados de forma que os comportamentos observados fossem representados em filmes com duração aproximada de 3 minutos. Estes filmes foram assistidos por três avaliadores com experiência com o manejo da espécie em duas ocasiões com intervalo de 30 dias. A validade da escala foi avaliada por comparação dos escores entre os momentos, pelo teste de Kruskal-Wallis. Para avaliar a confiabilidade inter e intra-observador, foram comparados os escores de cada avaliador pelo teste de correlação intraclasse (entre os observadores e entre as duas avaliações do mesmo observador). Os escores em T2 e T3 foram significativamente maiores quando comparados com T1 e T24. Contudo, a EUADB apresentou confiabilidade inter-observador ruim, e moderada a boa confiabilidade intra-observador. Conclui-se que a escala apresenta validade de construto, contudo, talvez haja necessidade de adaptação de alguns itens se melhorar a confiabilidade da mesma. Palavras chave: reprodutibilidade dos testes, validade dos testes, ruminantes, dor. Key words: reproducibility of results, validity of tests, ruminants, pain. 27 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA NO PROJETO DE COLETA SELETIVA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – CAMPUS UMUARAMA Evaluation of the academic community participation in the selective garbage collection project of the State University of Maringa - Campus Umuarama MENDONÇA, Marcela de Almeida1; LAZARI, Gabriela1; BRITO, Hulle Lívia Costa1; SANTANA, Jheniffer Larissa Custódio1; MAZZUCATTO, Barbara Cristina2; LEITE, Fabrício3 1Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM/Campus de Umuarama-PR. 2Docente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM/Campus de Umuarama-PR. 3Docente do Curso de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá – UEM/Campus de Umuarama-PR. A partir da Revolução Industrial observou-se um vertiginoso crescimento populacional. Desde então, os impactos ambientais passaram a ter um elevado grau de magnitude, devido aos mais diversos tipos de poluição, dentre eles, a poluição gerada pelo lixo. Por isso, a gestão de resíduos sólidos vem se tornando um grande desafio para a saúde pública. Diante desse cenário em constante evolução, foi desenvolvida a “Reciclagem”, junto às ideias de “Reduzir” a produção e “Reaproveitar” os materiais usados. O objetivo do presente levantamento é de avaliar o grau de conscientização dos acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) sobre reciclagem e reaproveitamento de resíduos sólidos, assim como avaliar o nível de conhecimento dos mesmos em relação à educação ambiental. Questionários aplicados aos alunos de medicina veterinária e agronomia da UEM, Campus Regional de Umuarama, avaliaram o conhecimento dos mesmos sobre questões, como separação adequada do lixo e uso correto das lixeiras. Além disso, os alunos puderam dar opiniões para a melhora contínua da coleta no campus. No total, 196 questionários foram avaliados e os resultados foram registrados, independente da idade e série dos respondentes, retratando uma visão geral da situação no campus. Um comparativo entre os questionários aplicados em anos anteriores e o presente (2015), foi realizado. O questionário foi elaborado baseado na metodologia proposta porNunesmaia (1996) e Grimberg & Blauth (1998), e tabelas e gráficos gerados no Excel. De acordo com os dados analisados, nos anos de 2009 e 2012, a quantidade de alunos que tinham conhecimento da coleta seletiva no campus era de 26% e 54%, respectivamente. Já em 2015 aumentou para 82%, mostrando que existe maior atenção ao tema. A porcentagem de alunos que tem conhecimento da separação adequada de resíduos também aumentou gradativamente, apresentando os seguintes resultados em 2009, 2012 e 2015: 58%, 79% e 81%, respectivamente. Outras questões como a economia de água e energia foram abordadas, mostrando resultados positivos. O trabalho revelou que 58% dos entrevistados economizam sempre energia, 33% às vezes e 9% não economizam, talvez por falta de conhecimento da relação entre energia e meio ambiente. Já 69% dos acadêmicos que responderam os questionários em 2015 economizam água, 28% às vezes e 3% não economizam. Entre os entrevistados, 80% possuem constante preocupação sobre o destino do lixo e poluição do planeta, corroborando com a necessidade da continuidade de conscientização da comunidade acadêmica sobre o destino adequado do resíduo sólido. De acordo com os dados apresentados pelos questionários conclui-se que apesar de lenta, a conscientização dos alunos e técnicos do campus regional de ciências agrárias de Umuarama – UEM apresenta resultados positivos de forma crescente. Palavras-chave: resíduos sólidos, ambiente, reciclagem. Key words: solid waste, environment, recycling 28 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA EPIDEMIOLÓGICA DO TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL NA POPULAÇÃO CANINA ATENDIDA NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UEM ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2013 Epidemiological retrospective evaluation of Transmissible Venereal Tumor in the canine population attended by Veterinary Hospital of UEM between 2011 and 2013 LAZARI, Gabriela¹; TAFFAREL, Marilda Onghero ²; BASTOS-PEREIRA, Amanda Leite2* 1Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM/Campus de Umuarama-PR. 2Docente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM/Campus de Umuarama-PR.(mtafarel@yahoo.com.br ; amandalbp@gmail.com) *Função atual: Docente do Curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC Incluída no grupo de “tumores de células redondas”, esta neoplasia tem caráter transmissível por células transplantáveis, com localização preferencialmente genital. No entanto, pode ser transmitida por lambeduras ou contato direto para outras regiões do cão. Além do aspecto morfológico, por vezes característico, sugere-se diagnóstico diferenciado através de citologia somado ao hemograma e análises bioquímicas, e seu exame confirmatório, a histologia. Este trabalho tem por objetivo verificar a prevalência deste tumor nos atendimentos da Clínica Médica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá – UEM, seus aspectos epidemiológicos e diagnósticos, entre os anos de 2011 e 2013. O estudo retrospectivo foi realizado a partir das fichas clínicas dos pacientes, os dados foram obtidos a partir da confirmação para a neoplasia. Anamnese, exame clínico, exames complementares, diagnóstico e tratamento de cada paciente foram analisados, e algumas informações registradas em planilhas do Excel. Foram identificados 28 pacientes nos anos abordados pelo estudo, de um total de 1720 fichas. Os animais apresentavam idade média de 4,4 anos, sendo mais frequentes em animais entre três e quatro anos. Acesso livre à rua foi evidenciado em quinze desses cães, assim como 15 mantinham contato frequente com outros cães em casa. No entanto, nem todas as fichas de anamnese continham esta informação para se confirmar este número, que pode ser maior. Em relação à raça, 19 dos pacientes eram mestiços, seguidos de Poodles, Rottweilers e Basset- hound. Apesar de relatos de que o sexo não teria influência para o acometimento da afecção, os resultados obtidos mostraram a grande maioria dos pacientes (71%) como sendo fêmeas. Quase 90% das neoplasias tinham localização genital, as demais no plano nasal. O diagnóstico foi definido por citologia, tanto pela técnica de “imprint”, como por CAAF (citologia aspirativa com agulha fina), e o hemograma completo foi solicitado ao retorno dos pacientes, para início do tratamento. Entretanto, apenas 46% (13) do número total de casos confirmados, retornaram ao HV após terem o resultado. O controle e tratamento instituído em todos os casos foi o uso de quimioterápico, em sessões semanais de sulfato de vincristina, na dose de 0,75mg/m² somadas a orientações ao proprietário sobre alimentação e comportamentos dos animais. O número de sessões de quimioterapia até resolução variou de três a nove, com média de cinco por animal. Do presente estudo pôde-se concluir que o TVT demonstrou maior prevalência em animais sem raça definida, fêmeas, com predominância genital. O diagnóstico foi bem estabelecido através da citologia e o tratamento clínico foi eficaz. Campanhas de esclarecimento aos proprietários sobre os hábitos dos animais livres nas ruas podem ser uma ferramenta na prevenção do tumor venéreo transmissível. Palavras-chave: Tumor venéreo transmissível, cão, epidemiologia. Key words: Transmissible Venereal Tumour, dog, epidemiology. 29 PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E SAÚDE ANIMAL – PPS - DESAFIOS DA PÓS GRADUAÇÃO CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA ARTRITE SÉPTICA EM EQUINOS NO MUNICÍPIO DE RIO VERDE, GO Microbiological characterization of septic arthritis in horses in the municipality of Rio Verde, GO MOTTA Rodrigo Garcia1; RIBEIRO Marcio Garcia2; MOTTA Igor Garcia3; MARTINS Lorrayne de Souza Araújo4; BOTELHO Ana Carolina F. de Arruda5; OLIVEIRA Maria Cristina de6 1 Docente responsável pela Disciplina de Clínica Médica de Grandes Animais – Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, rgmottafmvz@gmail.com. 2 Prof. Adj. III – Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública – FMVZ – UNESP Botucatu/SP, mgribeiro@fmvz.unesp.br. 3 Graduando do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava/PR igorgmotta@hotmail.com 4 Médica Veterinária autônoma, graduada pela Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, lorrayne- vip@hotmail.com 5 Graduanda do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava/PR, ninafanhani@hotmail.com 6 Coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde/GO – UNIRV, mccorv@ig.com.br Artrite séptica é a enfermidade articular mais frequente para a espécie equina resultando em degeneração da cartilagem articular necessitando de diagnóstico rápido e intervenção terapêutica imediata, com a finalidade de reduzir os efeitos degenerativos desta afecção sobre as articulações. Este estudo trabalhou com 60 equinos portadores de artrite os quais submetidos à coleta de líquido sinovial para a realização de cultivo e antibiograma. Dentre as articulações acometidas foram coletadas 22 (36,66%) da articulação carpal (Joelho), 16 (26,66%) tarsal (Jarrete), 11 (18,33%) femurotibio patelar (soldra), 5 (8,33%) interfalangica proximal (quartela), 4 (6,66%) metacarpo metatársica falangeana (boleto) e 2 (1,2%) interfalangica distal. Quanto à articulação comprometida e sua correlação com linhagens bacterianas isoladas e perfil de sensibilidade as drogas também não houve resultados significativos estatísticos. Obteve-se o isolamento microbiológico em 45(75%) amostras. A cultura bacteriana positiva do líquido sinovial confirma o diagnóstico de artrite séptica, resultados negativos não excluem a possibilidade da afecção, onde o micro-organismo pode estar aderido à membrana sinovial, ao invés de estar difuso no líquido sinovial, ou então estar inibido pelo uso prévio de antimicrobianos, dificultando a recuperação microbiológica nestes casos. Dentre os micro-organismos
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