Buscar

enfermagem portfólio recup pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ENFERMAGEM 
 
EDIULENE DA SILVA OLIVEIRA GOMES 
JADE NAISA PONTES FRANÇA 
MARCIA DE MIRANDA ALBINO RODRIGUES 
NATALHA APARECIDA SOUZA MORAES 
NEIDE DE OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENDIMENTO HOLISTICO AO PACIENTE COM DIABETES MELITTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Velho 
2019 
EDIULENE DA SILVA OLIVEIRA GOMES 
JADE NAISA PONTES FRANÇA 
MARCIA DE MIRANDA ALBINO RODRIGUES 
NATALHA APARECIDA SOUZA MORAES 
NEIDE DE OLIVEIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENDIMENTO HOLISTICO AO PACIENTE COM DIABETES MELITTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso 
enfermagem da UNOPAR - Universidade Pitágoras 
Unopar, para as disciplinas de Terapia Medicamentosa, 
Didática Aplicada a Enfermagem, Fundamentos 
Técnicos de Enfermagem e Enfermagem na Saúde do 
Adulto; Seminário Interdisciplinar. 
Profs.º Franciely Midori Bueno de Freitas, Maria 
Aparecida dos Santos Silva Canario, Dayane 
Aparecida Scaramal e Renata Cristina Góes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Velho 
2019 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 5 
2.1 ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS DO ENFERMEIRO PARA PROMOÇÃO DA 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE..............................................................................................,....6 
3 TERAPÊUTICAS MEDICAMENTOSAS RELACIONADAS A DIABETES MELITTOS 
TIPO II...............................................................................................................................7 
4 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO RELACIONADOS AO 
CUIDADO...........................Erro! Indicador não definido. 
5 A PATOLOGIA...............................................................................................................9 
CONCLUSÃO..................................................................................................................13 
REFERÊNCIAS...............................................................................................................14 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O trabalho em tela foi construído a partir de pesquisa bibliográfica, onde 
realizamos consultas em artigos científicos, materiais utilizados nas webs aulas e 
biblioteca digital da Unopar. 
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá como 
temática Atendimento Holístico ao paciente com Diabetes Melittus. Possibilitando assim 
a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse 
semestre. 
Esse trabalho possui como objetivo geral interpretar a proposta de produção 
textual em grupo (PTG), a partir dela, compreender a relação entre as patologias e suas 
implicações, analisando prognósticos e as características peculiares de cada paciente no 
trabalho da equipe de enfermagem. Práticas educativas em saúde, com articulação de 
teoria e prática, contribuindo para a reflexão do discente acerca do saber científico e da 
prática profissional. Elaborando produções científicas conforme as normas da ABNT. 
Através dessa situação geradora de aprendizagem veremos a importância de 
realizar o diagnóstico de enfermagem, estabelecendo as condutas necessárias para o 
reestabelecimento da saúde, aplicando o conhecimento de todas as áreas de cuidado 
para um atendimento individual e humanizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
Situação-problema: 
 
E. P. C., 67 anos, viúvo, aposentado, ex-motorista de caminhão, baixo nível de 
instrução, tabagista há 48 anos, com uso de dois maços de cigarro por dia, reside em 
região ribeirinha, sem saneamento básico com difícil acesso à Unidade Básica de Saúde 
(UBS). Portador de dislipidemia e hipertensão arterial, altura 1,63m e 96 kg, há três dias 
iniciou com sintomatologia de polidipsia e poliúria, levando-o a procurar atendimento na 
UBS. 
A partir do primeiro atendimento foi encaminhado para acompanhamento via 
ambulatório devido a níveis glicêmicos elevados em jejum, compatíveis com quadro de 
DM tipo II. Foram propostas uma terapia medicamentosa a esse paciente e um 
acompanhamento em grupo de atenção nutricional em sua UBS de abrangência, 
entretanto E. P. C. não aderiu ao tratamento e evoluiu com quadro de parestesia em 
membros inferiores (MMII), principalmente à esquerda, onde já apresenta lesão ulcerativa 
com tecido necrótico em 4ª e 5º pododáctilo e calcâneo. Após um almoço familiar, 
apresentou confusão, seguida de rebaixamento de nível de consciência e síncope. 
Foi atendido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel e Urgência), e recebeu 
tratamento para cetoacidose diabética com insulina de ação rápida, sendo encaminhado 
para unidade hospitalar de referência. No hospital, foi internado em leito de UTI onde 
passou a receber insulinoterapia por bomba de infusão contínua além de monitorização 
glicêmica. Com sua internação prolongada, a lesão de MIE apresentou piora, com 
aumento do tecido necrótico para região posterior do pé, ausência de pulso pedioso 
palpável e odor fétido. O médico angiologista avaliou o caso e realizou desbridamento 
cirúrgico. 
Após estabilização do quadro, recebeu alta da UTI para o setor de internação, 
onde a equipe de enfermagem realiza curativo uma vez ao dia em MIE. A lesão, em 
região de calcâneo, apresenta 1cm de profundidade, 3 cm de largura e 3 cm de 
comprimento, estendendo a região posterior do pé esquerdo; há presença de tecido 
fibrinoso em grande quantidade, pequenos pontos de necrose, e exsudato purulento em 
grande quantidade, bordas irregulares e com pouco tecido de granulação. Considerando 
6 
 
a previsão de alta hospitalar próxima, a enfermeira Roberta foi realizar a orientação para 
o paciente e familiares sobre as técnicas de curativo e os cuidados necessários com pé 
diabético. 
 
2.1 ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS DO ENFERMEIRO PARA PROMOÇÃO DA 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
 
O termo educação em saúde vem sendo utilizado desde as primeiras décadas do 
século XX e para sua melhor compreensão faz-se necessário o entendimento da história 
da saúde pública no Brasil (BRASIL, 2012). O Ministério da Saúde (2012) acrescenta 
ainda que a expansão da medicina preventiva para algumas regiões do país, a partir da 
década de 1940, com o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), apresentava 
estratégias de educação em saúde autoritárias, tecnicistas e biologicistas, em que as 
classes populares eram vistas e tratadas como passivas e incapazes de iniciativas 
próprias. As ações do Estado se davam por meio das chamadas campanhas sanitárias. 
 A promoção da saúde ocorre quando a comunidade se apropria dos 
conhecimentos necessários para melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo 
maior participação dos indivíduos no controle deste processo. O conceito de promoção 
da saúde engloba os determinantes relacionados aos aspectos comportamentais e de 
estilo de vida, e também às condições sociais e ambientais em que as pessoas vivem e 
trabalham (GIOVANELLA, 2010). 
 Refere às atividades voltadas para o desenvolvimento de capacidades individuais 
e coletivas visando a melhoria da qualidade de vida e saúde. Desse modo, dentre as 
ações da ESF, emergem as ações educativas como ferramenta fundamental para 
estimular tanto o autocuidado como a autoestima de cada indivíduo, e muito mais que 
isso, de toda a família e comunidade, promovendo reflexões que conduzam a 
modificações nas atitudes e condutas dos usuários (TOMASI, 2015). 
A oferta das estratégias nas ações educativas, estão voltadas ao 
acompanhamento do pré-natal e puerpério - aleitamento materno e prevenção do câncer 
de colo de útero e de mama. Há necessidade de aumento da proporção de equipes que 
realizem ações direcionadas para uso e dependência de drogas lícitas, ilícitas e 
7 
 
ansiolíticos/benzodiazepínicos,e prevenção da tuberculose e hanseníase (VENANCIO, 
2016). 
Incluindo ainda estrategias que ofereçam ações a população idosa, como a 
promoção do envelhecimento ativo e a garatia da atenção à saúde do idoso. Assim são 
nece3ssárias ações de promoção da saúde orientadas ao envelhecimento saudável 
(SASAKI, 2013). 
 Diante o exposto é importante ressaltar que exitem dois tipos de educação em 
saúde, são elas: permanente e continuada. A educação permante refere-se A Educação 
Permanente é a política de formação que norteia as ações de Desenvolvimento do Grupo 
de Seleção e Desenvolvimento de Recursos Humanos/CRH (OGUISSO, 2000). 
Em seu estudo Ferraz (2005) que esta tem como objetivo promover os processos 
formativos definidos a partir da problematização do seu processo de trabalho, em que a 
sua função é a de transformar as práticas profissionais e da própria organização do 
trabalho, com referência nas demandas de saúde dos indivíduos, do controle social em 
saúde, além da gestão setorial. 
Enquanto a educação continuada é a educação que tem como base a filosofia de 
que nunca é cedo ou tarde demais para se aprender algo novo. Vale citar que a educação 
continuada é atitudinal, isto é, os indivíduos podem e devem estar com a mente aberta 
para ideias, comportamentos ou habilidades. Saiba que a educação continuada nota as 
pessoas como aptos a desfrutar de oportunidades de aprendizado em todas as idades 
(RIBEIRO, 1996). 
 
3 TERAPÊUTICAS MEDICAMENTOSAS RELACIONADAS A DIABETES MELITTOS 
TIPO II 
 
O diabetes mellitus consiste em uma síndrome metabólica caracterizada por níveis 
elevados de glicose sanguínea. É causado por uma combinação de desordens 
metabólicas, que resultam de defeitos múltiplos, como: resistência à insulina nas células 
adiposas e musculares, um progressivo declínio na secreção pancreática de insulina, 
produção de glicose no fígado descontrolada e outras deficiências hormonais 
(BRAZ,2012). 
O tratamento após a alta hospitalar inclui como terapeutica medicamentosa a 
8 
 
metiformina e a glibenclamida. Dentro de suas classes medicamentosas estão: 
 
Biguanidas: a principal representante dessa classe é a metformina, via oral. A 
metformina reduz a produção hepática de glicose e combate a resistência à 
insulina e não causa hipoglicemia. Pelo seu efeito de agir diretamente na causa 
do diabetes tipo II, que é a resistência insulínica, é o primeiro medicamento a ser 
pensado para começar o tratamento do diabetes tipo II. Pode causar intolerância 
gastrointestinal e existem opções de comprimidos com liberação lenta que podem 
ser utilizados naqueles pacientes que apresentam intolerância gastrointestinal. 
Sulfonilureias: Estimulam a produção pancreática de insulina pelas células beta 
do pâncreas, mas podem causar hipoglicemia. São representantes mais 
conhecidos e utilizados desta classe: glibenclamida, gliclazida e glimepirida, 
todos via oral (RANG, 2012, p. 217). 
 
 A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, e tem como função metabolizar 
a glicose (açúcar no sangue) para produção de energia, no qual a via mais utilizada para 
a aplicação de insulina é a subcutanea, camada de gordura que fica logo abaixo da pele. 
Os locais indicados para aplicação de insulina, são os seguintes: Abdômen, Coxas 
Braços e Nádegas (BAZ, 2012). 
 Deste modo a enfermagem tem papel fundamental na prestação da informação 
ao paciente frente às medidas preventivas, tanto envolvendo as ações de prevenção 
primária, que incluem mudanças no estilo de vida da população saudável e ações de 
prevenção secundária, que abarcam a incorporação do tratamento diante do diabetes, e 
nos casos de complicações decorrentes do diabetes o paciente é assistido em sua 
reabilitação social, física e emocional (BRASIL, 2013). 
 
4 ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO RELACIONADOS AO CUIDADO 
 
O enfermeiro tem papel fundamental na identificação das necessidades do 
paciente, na educação dos familiares e, portanto, coordenação do planejamento da alta. 
Este profissional deve avaliar as habilidades do paciente para o autocuidado, assim como 
o interesse e as condições da família em ajudá-lo, incluindo seu cuidado no domicílio 
e/ou o adequado preparo da família para assumir tais cuidados (BRAZ, 2012). 
 A tratamento das feridas e cuidados com a perda dos tecidos cutâneos é umas 
das mais antigas preocupações da medicina, de acordo com Smaniotto et al. (2010). 
Esse tratamento pode ser realizado por meio de procedimentos cirúrgicos ou clínicos, 
9 
 
sendo o último o mais utilizado para a reparação tecidual, segundo o autor. 
Para a realização destes tratamentos, é imprescindível o conhecimento 
fisiopático e bioquímico dos “mecanismos de cicatrização e reparação tissular” 
(SMANIOTTO et al., 2012, p. 623). 
Algumas feridas podem ter sua ocorrência devido a traumatismos, lesões por 
pressão, diabetes, entre outros exemplos, e podem ser classificadas como: feridas 
simples e feridas complexas, sendo a ferida simples como “aquela que evolui 
espontaneamente para a resolução, seguindo os três estágios principais da cicatrização 
fisiológica: inflamação, proliferação celular e remodelagem tecidual” (SMANIOTTO et 
al., 2012, p. 624). 
Já as feridas mais complexas são definidas por Ferreira et 
al. (2006, apud SMANIOTTO, 2012, p. 624) de acordo com alguns critérios: 
 
1. extensa e profunda perda de tegumento; 
2. presença de infecção local; 
3. comprometimento da viabilidade dos tecidos com necrose; e 
4. associação a doenças sistêmicas que dificultam o processo fisiológico de 
reparação tecidual. 
 
O tratamento dessas feridas é realizado por meio de curativos, que são, de 
acordo com Harding, Morris e Patel (2006) “um meio terapêutico que consiste na limpeza 
e aplicação de material sobre uma ferida para sua proteção, absorção, e drenagem, com 
o intuito de melhorar as condições do leito da ferida e auxiliar sua resolução”. 
O enfermeiro deverá higienizar no local antes de aplicar o curativo, cuidar 
também dos líquidos que irão vazar do ferimento, e também lembrar que vai ser preciso 
trocar o curativo depois(dependendo sempre do ferimento). 
Lavar as mãos com sabonete antes de prestar os primeiros socorros, lavar 
completamente o ferimento com água e sabonete suave, aplicar um ungüento antibiótico, 
se houver e por fim, aplicar o curativo limpo. 
 
5 A PATOLOGIA 
 
 
ACETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD) é uma complicação aguda do Diabetes 
Mellitus (DM) caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e cetose, 
10 
 
na vigência de deficiência profunda de insulina. Acomete principalmente pacientes com 
DM tipo 1 (DM1) e geralmente é precipitada por condições infecciosas ou omissão da 
administração de insulina (CASTRO E CUNHA, 2013). 
Cetoacidose diabética é uma condição grave que pode resultar em coma ou até 
mesmo a morte. A cetoacidose diabética acontece quando os níveis de açúcar (glicose) 
no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos. A insulina é responsável por 
fazer com que a glicose que está na corrente sanguínea entre nas células do nosso corpo 
e gere energia. 
A Insulina exerce efeitos muito pronunciados sobre o metabolismo da maior parte 
dos diferentes tipos de alimentos – carboidratos, gorduras e proteínas. Sem insulina um 
animal ou um ser humano não consegue crescer, em parte por não poder utilizar mais 
que parte bem pequena do carboidrato que ingere, mas também por suas células serem 
incapazes de sintetizar proteínas (BRAZ, 2012). 
O mesmo autor acrescenta que facilita a entrada de glicose nas células, para não 
ocorrer hiperglicemia (aumento de glicose na corrente sanguínea). Já o glucagon provoca 
o efeito oposto ao da insulina, aumenta o nível de glicose no sangue pela transformação 
do glicogênio hepático. 
A CAD resulta da deficiência profunda de insulina, seja ela absoluta ou relativa, 
e do excesso de hormônios contra-reguladores, como glucagon, cortisol ecatecolaminas. 
Nesta circunstância, tecidos sensíveis à insulina passam a metabolizar principalmente 
gorduras ao invés de carboidratos. Como a insulina é um hormônio anabólico, sua 
deficiência favorece processos catabólicos, como lipólise, proteólise e glicogenólise 
(ISPAD,2017). 
Na maioria das vezes, a CAD é precipitada por fatores desencadeantes 
identificáveis, dos quais os mais comuns são as infecções (30–39%) e a omissão do uso 
de insulina (21–49%). Apesar de existirem inúmeros fatores já conhecidos associados ao 
desenvolvimento de CAD, algumas vezes essa complicação aguda ocorre sem que 
nenhum evento precipitante consiga ser evidenciado(ISPAD,2017). 
Segundo Braz (2012, p.57), os principais fatores precipitantes da CAD são: 
 
• Omissão da insulinoterapia; 
• Infecções (principalmente pulmonares); 
11 
 
• Situações de stress agudo: Acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo 
do miocárdio (IAM), pancreatite aguda, traumatismo, choque, hipovolemia, 
queimaduras, embolismo pulmonar, isquemia mesentérica etc; 
• Gestação; 
• Outras patologias associadas (acromegalia, hemocromatose, hipertireoidismo) 
• Problemas na bomba de insulina ; 
• Abuso de substâncias (álcool, cocaína) ; 
• Uso de medicamentos: corticosteróides, diuréticos (tiazídicos, clortalidona), 
agentes simpaticomiméticos (albuterol, dopamina, dobutamina, terbutalina, 
ritodrina), bloqueadores α-adrenérgicos, bloqueadores βadrenérgicos, 
pentamidina, inibidores de protease, somatostatina, fenitoína, antipsicóticos 
atípicos (loxapina, glucagon, interferon, bloqueador de canal de cálcio, 
clorpromazina, diazóxido, cimetidina, encainida, ácido etacrínico); 
• Transtornos alimentares (compulsão alimentar, bulimia) Nos pacientes em uso 
de sistemas de bomba de infusão subcutânea de insulina (BISCI), também 
chamados de “bomba de insulina”, os fatores estão associados ao 
desenvolvimento de CAD por problemas intrínsecos à bomba (obstrução ou 
perda do posicionamento correto da cânula de infusão, presença de bolhas ou 
dobras no circuito de infusão, término de insulina contida no dispositivo, presença 
de infecção no local da cânula ou bateria fraca) ou por problemas extrínsecos ao 
sistema (baixa adesão do paciente às orientações recebidas, permanecendo 
desconectado do sistema por tempo superior àquele recomendado, sem 
administração compensatória de insulina por via convencional); 
 
No período antecedendo a CAD, há manifestações referentes à 
descompensação metabólica, como poliúria, polifagia, polidipsia e cansaço. Com a 
instalação da CAD, são observados anorexia, náuseas e vômitos, que podem agravar a 
desidratação. Cefaléia, mal-estar, parestesia e dor abdominal também são comuns. 
Com progressão da CAD, pode haver alteração do nível de consciência, embora 
coma só ocorra em cerca de 10% dos pacientes. É importante lembrar que a existência 
de DM nem sempre é mencionada, pois a CAD pode ser a forma de apresentação inicial 
da doença (ISPAD,2017). 
O exame físico revela desidratação, com mucosas ressecadas, turgor cutâneo 
diminuído e língua pregueada. Há taquicardia, hálito cetônico (de “maçã passada”) e 
alterações do ritmo respiratório. Inicialmente há taquipnéia, que é seguida por ritmo de 
Kussmaul, podendo evoluir para respiração superficial em casos mais graves. Pode ainda 
haver hipotensão arterial. Na avaliação clínica, devem ser pesquisados sinais e sintomas 
sugestivos de possíveis condições desencadeantes, para que estas possam ser 
corrigidas, facilitando a recuperação da CAD. Alguns fatores são considerados como 
sugestivos de pior prognóstico, como a ocorrência da complicação em pacientes nos 
extremos etários, a presença de hipotensão arterial ou de hipotermia (ISPAD,2017). 
12 
 
A cetoacidose leve a moderada pode ser tratada fora de unidade intensiva. Casos 
mais graves devem ser conduzidos em CTI. A CAD pode ser classificada quanto à 
gravidade, utilizando-se critérios como bicarbonato sérico, pressão arterial, anion gap, 
excesso de base e osmolaridade sérica. Em todos casos, é necessária hidratação, 
insulinoterapia e correção de possíveis anormalidades hidro-eletrolíticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CONCLUSÃO 
 
A CAD é um evento agudo que pode abrir o quadro de DM em pacientes que 
desconhecem seu diagnóstico, principalmente em pacientes portadores de DM do tipo 1. 
Podem ser observados a hiperglicemia, cetose ou cetonúria, desidratação e acidose 
metabólica, que dependendo da gravidade pode levar ao coma diabético e ao óbito. 
Tendo por fatores precipitantes dessa afecção as infecções, e também uso de 
substâncias ilícitas, álcool, antiinflamatórios esteroidais e mesmo patologias como o 
acidente vascular encefálico e o infarto do miocárdio (estressores), a prevenção de tais 
situações em pacientes sabidamente diabéticos, além do adequado uso da insulina e 
controle glicêmico capilar, são essenciais na diminuição da prevalência da CAD. 
Um manejo adequado da CAD é primordial no controle de tal evento, com 
hidratação, insulinoterapia e manejo dos distúrbios eletrolíticos. 
Este estudo mostrou, de maneira clara, que é necessário prover avaliação 
sistemática nos programas de atenção básica, utilizando-se estratégias de educação em 
saúde baseadas em tecnologias leve e média leve, na prevenção de complicações em 
pessoas com DM. 
Além de detectar possíveis problemas, a avaliação sistemática dos cuidados 
possibilita sensibilizar os indivíduos para o desenvolvimento de habilidades para o 
autocuidado na prevenção do adulto diabético. 
 A educação em saúde tem como objetivo sensibilizar, motivar e mudar atitudes 
da pessoa para incorporar a informação recebida sobre os cuidados. Uma das 
intervenções educativas para o autocuidado em serviços de atenção primária, em, 
consiste no registro sistemático das informações. 
Essa intervenção permite que os outros membros da equipe multiprofissional 
acompanhem a avaliação da doença realizada pelo enfermeiro, com vistas a assegurar 
a integralidade do cuidado em saúde. 
 
 
 
 
14 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
Brasil. Ministério da Saúde D de AB. Estratégias para o cuidado da pessoa com 
doença crônica: diabetes mellitus. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria 
de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica; 2013 [citado 20 de junho de 
2018]. 160 p:il. (Cadernos de Atenção Básica). Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_m 
ellitus_cab36.pd. Acesso em: 30/04/2019. 
 
Braz JM, Silva MR, Gois CFL, Braz TM, Santos V, Silva LASM. Sintomas depressivos 
e adesão ao tratamento entre pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Rev Rede 
Enferm Nordeste. 2012;13(5):1092-9. 
 
FERRAZ, F. Educação Permanente/Continuada no Trabalho: um direito e uma 
necessidade para o desenvolvimento pessoal, profissional e institucional, 2005. 
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Curso de Pós-Graduação em Enfermagem, 
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 263 p. KURCGANT, P. (coord.). 
Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991. 
 
GIOVANELLA L, Mendonça MHM, Moraes SME, Almeida PF, Fausto MCR, Senna MCM, 
et al. Potencialidades e obstáculos para a consolidação da Estratégia Saúde da 
Família em grandes centros urbanos. Saúde Debate. 2010 abr-jun;34(85):248-64. 
 
SASAKI AK, Ribeiro MPDS. Percepção e prática da promoção da saúde na estratégia 
saúde da família em um centro de saúde em São Paulo, Brasil. Rev Bras Med Fam 
Comunidade. 2013 jul-set;8(28):155-63. 
 
Ministério da Saúde (BR). Rede Interagencial de Informações de Informações para a 
Saúde. Indicadores e dados básicos [Internet]. 2012 [citado 21 dez 2017]. Disponível em: 
Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm. Acesso em: 
03/04/2019. 
 
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/matriz.htm
15 
 
OGUISSO, T. A educação continuada como fator de mudanças:visão mundial. Rev. 
Técnica de Enfermagem – Nursing. n.20, p. 22-25, jan./2000. 
RANG, H.P, DALE, M.M. Farmacologia. Editora Guanabara Koogan, 5a edição, 2012, 
pag. 2017. 
 
RIBEIRO, E.C.O.; MOTTA, J.I.J. Educação permanente como estratégia na 
reorganização dos serviços de saúde. Divulgação em Saúde Para Debate, n.12, jul. 
1996. p. 39-44. 
 
TOMASI E, Oliveira TF, Fernandes PAA, Thumé E, Silveira DS, Siqueira FV, et al. 
Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na 
Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade - 
PMAQ. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2015 abr-jun;15(2):171-80. 
 
VENANCIO SI, Rosa TEC, Bersusa AAS. Atenção integral à hipertensão arterial e 
diabetes mellitus: implementação da Linha de Cuidado em uma Região de Saúde do 
estado de São Paulo, Brasil. Physis. 2016 jan-mar;26(1):113-35.

Continue navegando