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Livro Eletrônico
Aula 14
Direito Constitucional p/ TJ-PA (Analista Judiciário - Direito e Oficial
de Justiça Avaliador) 2019
Nádia Carolina, Equipe Ricardo e Nádia 01, Ricardo Vale, Equipe Ricardo e Nádia 02
84239417287 - Márcio Leon Azevedo Rosa
 
 
 
 
 
 
 
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AULA ヱヴ 
FINANÇASやPÚBLICASやEやORÇAMENTO 
 
Sumário 
Finanças Públicas .......................................................................................................................................3 
1 に Normas Gerais de Finanças Públicas ............................................................................................................ 3 
2 に Orçamento Público: ...................................................................................................................................... 5 
2.1 - Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição Federal de 1988: ............................................ 5 
2.2 - Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários: ......................................................................................... 10 
2.3 - Vedações Orçamentárias: .................................................................................................................................. 15 
2.4 - Processo Legislativo Orçamentário: ................................................................................................................... 18 
2.5 - Emenda Constitucional nº 86/2015 に A PEC do Orçamento Impositivo: ............................................................ 21 
Questões Comentadas ............................................................................................................................. 24 
Lista de Questões ..................................................................................................................................... 33 
Gabarito ................................................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FINANÇAS PÚBLICAS 
1 に NORMAS GERAIS DE FINANÇAS PÚBLICAS 
A Constituição Federal de 1988 reservou um Capítulo inteiro (Capítulo II do Título VI) para tratar das 
さaキミ;ミN;ゲ ヮ┎HノキI;ゲざく N; IラミIWヮN?ラ Iラミゲデキデ┌Iキラミ;ノが ;ゲ finanças públicas dizem respeito às matérias 
relacionadas à despesa, à receita e ao crédito público. As normas gerais de finanças públicas estão 
previstas no art. 163 e art. 164, da CF/88. 
O art. 163 relaciona uma série de matérias relativas às finanças públicas que deverão ser objeto de 
lei complementar. Vejamos: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas 
pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
Uma dúvida que surge, a partir da leitura do art. 163, é se todas as matérias nele relacionadas devem 
ser objeto de uma única lei complementar ou se, alternativamente, é possível que várias leis 
complementares tratem desses temas. 
O STF, chamado a apreciar o assunto, considerou que as matérias constantes do art. 163 podem ser 
reguladas por lei complementar de maneira fragmentada. Não há necessidade de que a referida lei 
complementar discipline o teor do art. 163 por inteiro (STF,ADI 2.238-MC, DJ de 06.10.2000). 
O デWヴマラ さfinanças públicasざが ;ラ ケ┌;ノ ゲW a;┣ マWミN?ラ ミラ キミIキゲラ Iが Y bastante abrangente. Nesse 
sentido, todos os demais incisos podem ser considerados abrangidos por esse termo. Atualmente, a 
Lei nº 4.320/64 é que estatui normas gerais sobre finanças públicas. Apesar de ser uma lei ordinária, 
reconhece-se que ela foi recepcionada pela CF/88 com o status de lei complementar. 
O art. 164, por sua vez, trata do Banco Central. Para entender melhor esse dispositivo, vale 
mencionar que é competência exclusiva da União emitir moeda (art. 21, VII). Essa competência é 
exercida exclusivamente pelo Banco Central. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional 
e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
 
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§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo 
de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
O § 1º determina que é vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos 
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Antes da 
CF/88, o banco central podia fazer empréstimos ao Tesouro Nacional, o que trazia fortes pressões 
inflacionárias.1 Destaque-se que, ao vedar a concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional, a 
CF/88 reforçou o papel do banco central enquanto autoridade monetária. 
O § 2º estabelece que o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros (art. 164, § 2º, CF). Ao 
comprar títulos do Tesouro Nacional, o banco central coloca mais dinheiro em circulação e, em 
consequência, aumenta a oferta de moeda, desvalorizando-a. 
O § 3º, por sua vez, determina que as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no 
banco central. Por outro lado, as disponibilidades de caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, serão 
depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. O valor 
subjacente a essa norma (cláusula de depósito compulsório nas instituições financeiras oficiais) é, 
segundo o STF, a moralidade administrativa (STF ADI. 2661-MC, DJ de 23.08.2002). 
 
As disponibilidades de caixa dos Estados, DF, Municípios e dos órgãos ou entidades públicas são 
depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Essa ressalvaabre, nesses casos, a possibilidade de que as disponibilidades de caixa sejam 
depositadas em instituições financeiras não oficiais, desde que haja previsão em lei. 
Segundo o STF, esta deverá ser uma lei ordinária editada pela União, de caráter nacional. Por isso, 
considera o STF que não podem as Constituições ou as leis estaduais dispor sobre a matéria2. 
 
 
1 A possibilidade de concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional poderia fazer com que o BACEN emitisse mais 
moeda quando lhe fosse solicitado. Com o aumento de moeda em circulação no mercado, esta acaba se desvalorizando 
e a inflação aumenta. 
2 STF. ADI 2.600-MC, DJ de 25.10.2002; ADI 2.661, DJ de 23.08.2002; ADI 3.075-MC, DJ de 18.06.2004. 
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(Advogado UFC に 2014) É permitido ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. 
Comentários: 
“Wェ┌ミSラ ラ ;ヴデく ヱヶヴが よ ヱ┨が CFっΒΒが さé vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeiraざく Questão errada. 
2 に ORÇAMENTO PÚBLICO: 
2.1 - Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição Federal de 1988: 
A Constituição Federal prevê 3 (três) importantes instrumentos de planejamento e orçamento: o 
Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
Trata-ゲW S;ゲ Iエ;マ;S;ゲ さleis orçamentáriasざが ケ┌W ヴWェ┌ノ;マ ラ ヮノ;ミWテ;マWミデラ W ラ ラヴN;mento dos entes 
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
O art. 165, § 9º, prevê que deverá ser editada lei complementar acerca desses instrumentos de 
planejamento e orçamento. Até hoje, essa lei não foi editada, motivo pelo qual ainda hoje é utilizada 
a Lei nº 4.320/64, que, todavia, não é mais suficiente para atender às necessidades do orçamento e 
planejamento governamental. 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. 
O Plano Plurianual (PPA) se destina ao planejamento de médio prazo do Governo Federal. Essa lei, 
de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF/88), estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, 
os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165, § 1º, CF/88). A 
elaboração regionalizada do PPA busca promover o desenvolvimento equilibrado das diversas 
regiões do Brasil, tendo como fundamento, em última análise, a isonomia. 
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Lembre-se: o PPA está relacionado às diretrizes, objetivos e metas. As iniciais dessas palavras 
formam a sigla さDOMざ, que você deve memorizar! 
 
Destaca-se que, segundo o art. 167, § 1o, CF/88, nenhum investimento cuja execução ultrapasse 
um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Tem-se aqui o princípio da 
plurianualidade das despesas de investimento. 
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidindo com o mandato presidencial. É que, segundo 
o ADCT (art. 35, § 2º, I), o início da vigência do PPA é no segundo exercício financeiro do mandato 
do Chefe do Poder Executivo; o término da vigência, por sua vez, será no fim do primeiro exercício 
financeiro do mandato subsequente. Assim, o primeiro ano do mandato presidencial tem como base 
o PPA elaborado por seu antecessor. 
Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I) o PPA deverá ser encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso 
Nacional até 4 (quatro) meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Poder Executivo deverá encaminhar 
o PPA ao Congresso até 31 de agosto do primeiro exercício financeiro. Sendo o PPA aprovado, o 
início de sua vigência começará no segundo exercício financeiro do mandato presidencial. 
O art. 165, § 4º, da Constituição, determina ainda que os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. Isso porque o PPA estabelece, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o elo entre o planejamento estratégico (representado 
pelo PPA) e o operacional (representado pela LOA). Com isso, possibilita que as diretrizes e os 
objetivos delimitados pelo PPA sejam respeitados no orçamento. 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO compreenderá: 
PPA
DIRETRIZES
OBJETIVOS
METAS
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a) as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subsequente; 
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual; 
c) disporá sobre as alterações na legislação tributária e; 
d) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Guarde a informação: a LDO compreende as metas e prioridades da Administração Pública. Muitas 
questões tentarão confundir você, trocando as competências da LDO e do PPA. 
 
A LDO tem como função, ainda, autorizar: 
a) a concessão de vantagens ou aumentos de remuneração; 
b) a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras; 
c) a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta. 
Isso é o que se depreende a partir da leitura do art. 169, § 1º, CF/88: 
Art. 169 (...) 
 
LDO
Compreenderá as METAS E PRIORIDADES da administração pública 
federal
Fixará as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente
Orientará a elaboração da LOA
Disporá sobre as alterações na legislação tributária
Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais 
de fomento
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§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e 
funções ou alteração de estrutura de carreiras,bem como a admissão ou contratação de pessoal, a 
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e 
aos acréscimos dela decorrentes; 
 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA), por seu vez, é o orçamento propriamente dito. Consiste em 
instrumento pelo qual o Poder Público realiza a previsão de receitas e a fixação de despesas para o 
exercício seguinte. Tem como objetivo dar concretude aos objetivos e metas estabelecidos no PPA, 
em conformidade com o que foi estabelecido na LDO. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei apenas Wマ ゲWミデキSラ さmeramente formalざが ヮラキゲ ;ヮWミ;ゲ 
autoriza gastos, não obrigando o administrador público a executá-los. Falta-lhe os requisitos de 
generalidade e abstração. Em razão disso, é considerada uma lei de efeitos concretos. Apesar disso, 
o entendimento atual do STF é de que é possível o controle abstrato de constitucionalidade de leis 
orçamentárias. 
“Wェ┌ミSラ ; CラヴデW “┌ヮヴWマ;が さo STF deve exercer sua função precípua de fiscalização da 
constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvérsia 
constitucional suscitada em abstrato, independente do caráter geral ou específico, concreto ou 
;Hゲデヴ;デラ SW ゲW┌ ラHテWデラざく 3 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 5º), a LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da 
seguridade social e o orçamento de investimento das empresas estatais: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, 
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
Segundo o art. 165, § 7º, CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional. Cuidado! O examinador tentará confundir você, dizendo 
que o orçamento da seguridade social tem essa função! 
 
3 ADI 4.048-MC. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 14.05.2008 
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(TJ / PB に 2015) A lei de iniciativa do presidente que instituir o plano plurianual estabelecerá, entre 
outros temas, as metas da administração federal, incluindo-se as despesas de capital para o exercício 
seguinte e as orientações para a elaboração da lei orçamentária anual. 
Comentários: 
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que irá contemplar as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subsequente Questão errada. 
(TCM-RJ に 2015) O Plano Plurianual compreenderá as metas e prioridades da Administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da Lei Orçamentária Anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Comentários: 
Essas são as funções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e não do PPA. Questão errada. 
(TRT 8a Região に 2015) Caberá à lei ordinária dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual. 
Comentários: 
Segundo o art. 165, § 9º, cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual. Questão errada. 
(TRT 24a Região に 2014) Cabe à lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma 
regionalizada, as diretrizes e metas da Administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes, bem como estabelecer a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
Comentários: 
O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração 
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada (art. 165, § 1º, CF/88). No entanto, o estabelecimento da política 
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de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é matéria prevista na LDO. Questão 
errada. 
 
2.2 - Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários: 
A Constituição Federal, com o objetivo de disciplinar as finanças públicas, criou o instituto jurídico 
do orçamento. Trata-se de lei que contempla a previsão das receitas e a fixação das despesas para 
um determinado período, com o objetivo de permitir o adequado funcionamento do Estado. 
O Brasil adotou o orçamento-programa na organização do sistema-orçamentário. Trata-se de 
espécie de orçamento que tem como objetivo programar e planejar a ação governamental e a 
atividade econômica. São estabelecidos objetivos e metas, bem como os custos necessários à sua 
realização. Integra-se, assim, planejamento e orçamento. 
A Carta Magna prevê vários princípios referentes ao orçamento. São os chamados princípios 
orçamentários, de que trataremos a seguir: 
a) Princípio da legalidade: 
O princípio da legalidade determina que todas as leis orçamentárias devem ser aprovadas pelo 
Poder Legislativo. Veja o que a Carta Magna dispõe a respeito: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 
I – o plano plurianual; 
 
II – as diretrizes orçamentárias; 
 
III – os orçamentos anuais. 
 
(...) 
 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento 
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum. 
b) Princípio da Universalidade ou Globalização: 
O princípio da universalidade ou da globalização impõe que o orçamento deve conter todas as 
receitas e todas as despesas referentes à Administração Direta e à Indireta. Esse princípio não se 
aplica ao Plano Plurianual, pois essa norma não contempla todas as receitas e despesas. 
O princípio da universalidade se revela no art. 165, § 5º, CF/88, que mostra que a LOA compreenderá 
o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da 
seguridade social: 
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§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas peloPoder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha 
a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, 
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público. 
c) Princípio da Anualidade: 
O princípio da anualidade determina que o orçamento deve se referir ao período de um ano. 
Segundo o art. 167, §1º, さnenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
ヮWミ; SW IヴキマW SW ヴWゲヮラミゲ;HキノキS;SWくざ Em outras palavras, os investimentos cuja execução 
ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no plano plurianual. 
A previsão do Plano Plurianual, com duração de quatro anos, não é uma exceção ao princípio da 
anualidade. O Plano Plurianual (PPA) tem objetivo estratégico, necessitando da Lei Orçamentária 
Anual para sua operacionalização. 
 
As bancas examinadoras, tentando confundir os candidatos, adoram dizer que a anterioridade é um 
princípio orçamentário. Isso está ERRADO! A anterioridade é um princípio tributário. 
d) Princípio da Unidade: 
Pelo princípio da unidade, o orçamento deve ser uno; em outras palavras, cada ente federativo 
deverá ter um único orçamento. Uma pergunta importante de se fazer é a seguinte: será que a 
existência do orçamento fiscal, do orçamento de investimentos e do orçamento da seguridade social 
viola o princípio da unidade? 
A resposta é negativa. Não há violação ao princípio da unidade. Para José Afonso da Silva, o princípio 
da unidade orçamentária não se preocupa com a unidade documental. O que é relevante é que 
esses documentos estejam subordinados a uma unidade de orientação política. 
e) Princípio da Exclusividade: 
O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária também tem previsão constitucional. Esse 
princípio determina que o orçamento não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas 
e à fixação das despesas. Há, contudo, duas importantes exceções: (art. 165, § 8º) 
- a autorização para abertura de créditos suplementares e; 
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- autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, 
nos termos da lei. 
 
 
No sistema orçamentário brasileiro, há 3 (três) tipos de créditos adicionais. 
 
1) Créditos suplementares: consistem em um reforço de dotação orçamentária. Suponha que uma 
determinada Ação Orçamentária tenha uma dotação orçamentária de R$ 30.000.000,00. Caso esse 
valor seja insuficiente, podem ser solicitados os créditos suplementares. A dotação orçamentária 
será reforçada, por exemplo, para R$ 32.000.000,00. 
 
2) Créditos especiais: são créditos que se destinam a despesas que não possuem uma dotação 
orçamentária específica. Suponha que o Ministério da Fazenda queira, ao longo do exercício 
financeiro, criar uma nova Ação Orçamentária, para a qual não havia dotação prevista na LOA. Isso 
poderá ocorrer mediante os créditos especiais. 
 
3) Créditos extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como 
no caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. São abertos por medida provisória. 
 
É importante destacar que somente os créditos suplementares, por determinação da Constituição, 
podem ter sua abertura autorizada pelo orçamento (a lei orçamentária anual). Só eles é que são 
exceção ao princípio da exclusividade. Os especiais e os extraordinários não! 
Para melhor entendimento das exceções ao princípio da exclusividade, cabe elucidarmos o conceito 
de operações de crédito. Trata-se de operações semelhantes a empréstimos, podendo ser 
contraídas pelo Poder Público com o objetivo de cobrir suas despesas. No caso de operações de 
crédito por antecipação de receita, esses empréstimos são, em regra, saldados no mesmo exercício 
financeiro. 
Por meio do princípio da exclusividade, busca-se impedir a inclusão, no orçamento, de dispositivos 
sem qualquer relação com a matéria orçamentária, como por exemplo, previsões referentes a 
direito penal ou civil. 
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f) Princípio da Quantificação dos créditos orçamentários: 
Outro importante princípio orçamentário é o da quantificação dos créditos orçamentários. Por esse 
princípio, veda-se a concessão ou a utilização de créditos ilimitados. Veja como se dá sua previsão 
pela Carta Magna: 
Art. 167. São vedados: (...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
g) Princípio da proibição do estorno: 
O princípio da proibição do estorno, também previsto pela Constituição, determina que o Poder 
Público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Havendo falta de 
recursos, deve-se recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar ao Legislativo a transposição, 
remanejamento ou transferência de recursos. 
Busca-se, com isso, evitar a deformação do orçamento pelo Executivo, ou seja, a modificação de 
tudo aquilo que foi determinado pelo legislador. Veja como a Constituição trata dessa matéria: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. 
Os conceitos de transposição, remanejamento e transferência de recursos deveriam ser 
disciplinados, conforme a doutrina, por lei complementar. Tal lei ainda não foi editada. Com base no 
texto da Constituição, percebe-se que eles constituem formas de destinação de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. 
Com a EC nº 85/2015, foi inserido o § 5º no art. 167, estabelecendo que a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, mediante ato 
do Poder Executivo. Assim, não haverá necessidade de autorização legislativa para a transferência 
de recursos no âmbito dessas atividades. 
h) Princípio da não-vinculação de receitas ou da não-afetação: 
PRINCÍPIO DA 
EXCLUSIVIDADE
O orçamento deve conter apenas previsão de receitas e fixação 
de despesas
Exceções
Autorização para operações de 
crédito, mesmo que por antecipação 
de receita
Abertura de créditos suplementares
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O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada para atender a um gasto específico, salvo aquelas com destinação 
prevista pela Constituição. Esse princípio é previsto pela Constituição no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto 
da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as 
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de 
atividades da administração tributária, como determinado,respectivamente, pelos arts. 198, § 2.º, 212 
e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no 
art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º deste artigo. 
Busca-se, com isso, conferir flexibilidade ao planejamento, evitando-se que determinadas despesas 
se tornem obrigatórias. Assim, os recursos estatais podem ser usados de maneira mais livre pelo 
legislador, conforme as necessidades verificadas naquele momento. Destaca-se que, respeitadas 
suas peculiaridades, os demais entes federativos poderão estabelecer as mesmas vinculações 
previstas para a União na CF/1988. 
i) Princípio da Programação: 
Pelo princípio da programação, o orçamento deverá evidenciar os programas nacionais, regionais 
e setoriais; associa-se, assim, o orçamento ao atingimento da finalidade do plano plurianual. Em 
outras palavras, o orçamento deverá apresentar os objetivos da ação governamental. 
 
(Procurador de Curitiba に 2015) Nenhuma despesa cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciada sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
Comentários: 
Os investimentos cuja execução ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no plano 
plurianual. Questão errada. 
(TJDFT に 2015) Segundo o STF, é inconstitucional a abertura de crédito extraordinário por meio de 
medida provisória, ainda que em virtude de calamidade pública, por ofender o princípio da 
legalidade, que rege a organização do orçamento público. 
Comentários: 
Os créditos extraordinários serão abertos por medida provisória. Questão errada. 
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(TCM-SP に 2015) A Lei Orçamentária Anual não pode conter autorização para contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
Comentários: 
Pelo princípio da exclusividade, a LOA não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e 
à fixação das despesas. Entretanto, há duas exceções: a) a autorização para abertura de créditos 
suplementares e; b) a autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
Assim, a LOA poderá conter autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita. Questão errada. 
2.3 - Vedações Orçamentárias: 
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 167, diversas vedações relacionadas à matéria 
orçamentária. Sobre algumas delas, nós já comentamos anteriormente, pois são verdadeiros 
princípios orçamentárias. Outras, porém, serão novidade em seu estudo. 
Art. 167. São vedados: 
 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
O Plano Plurianual (PPA), como sabemos, tem a vigência de 4 anos; logo, os programas e projetos 
nele previstos devem ser executados ao longo desse período. Assim, é plenamente possível que um 
programa ou projeto previsto no PPA não seja incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA). 
No entanto, um programa ou projeto que não seja incluído na LOA não poderá ser iniciado. Para 
seu início, ele deve constar da LOA. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
Esse dispositivo está relacionado à necessidade de manutenção do equilíbrio orçamentário. Por 
esse princípio, as despesas autorizadas não poderão ser superiores à previsão de receitas. 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 
Eゲゲ; Y ; さヴWェヴ; SW ラ┌ヴラざ S;ゲ aキミ;ミN;ゲ ヮ┎HノキI;ゲく “Wェ┌ミSラ WゲゲW Sキゲヮラゲキデキ┗ラが ラ endividamento (mediante 
a realização de operações de crédito) somente poderá ser admitido para a realização de 
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investimentos (despesas de capital). Em outras palavras, não se admite o endividamento para que 
se possa arcar com despesas correntes. 
A CF/88 estabelece, todavia, uma exceção a essa regra: é possível a realização de operações de 
crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria absoluta) créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do 
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos 
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
Esse é o princípio da não-afetação. Em regra, não pode haver vinculação da receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa. As exceções a esse princípio são as seguintes: 
a) Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos (art. 158 e art. 159). 
b) Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
c) Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino 
d) Destinação de recursos para a realização de atividades da administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita. 
f) Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com 
esta (art. 167, § 4º). 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação 
dos recursos correspondentes; 
Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei. Dada a autorização legislativa, eles 
serão abertos mediante decreto do Poder Executivo. 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
Esse é o princípio da proibição do estorno, sobre o qual já comentamos anteriormente. 
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VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Esse é o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Também já falamos sobre ele 
anteriormente. 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive 
dos mencionados no art. 165, § 5º; 
O orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social somente poderão ser utilizados para suprir 
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos mediante autorização legislativa 
específica. 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa; 
A criação de fundos de qualquer natureza será feita mediante lei. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação 
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de 
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios. 
Esse dispositivo estabelece que é vedada a entrega voluntária de recursos ou a concessão de 
empréstimos por um ente da federação a outro para pagamento de despesas de pessoal (ativo, 
inativo e pensionista). 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, 
para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201. 
As contribuições sociais previstas no art. 195, I e II, estão vinculadas às despesas com pagamento 
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). 
 
(Procurador Autárquico / Manausprev - 2015) A Constituição da República, em matéria 
orçamentária, veda a realização de quaisquer operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital. 
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Comentários: 
O art. 167, III, CF/88, estabelece que é vedada さ; ヴW;ノキ┣;N?ラ SW ラヮWヴ;NロWゲ SW IヴYSキデラゲ ケ┌W W┝IWS;マ 
o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
Assim, nota-se que é possível a realização de operações de crédito se o Poder Legislativo aprovar 
(por maioria absoluta) créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa. Questão errada. 
(TJ-PB に 2015) É vedada a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras públicas para 
pagamento de despesas com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
Comentários: 
É isso mesmo! O art. 167, X, CF/88, veda a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de 
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de 
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Questão correta. 
2.4 - Processo Legislativo Orçamentário: 
O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF), devendo ser apreciadas 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos parâmetros do regimento comum (art. 166, CF). Seu 
processo legislativo apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir. 
O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que: 
Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar: 
 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como 
condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados 
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das 
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. 
Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei 4.320/64, recepcionada como lei complementar, que 
prevê as normas gerais de direito financeiro para os entes federados. 
O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As leis orçamentárias são, 
conforme o art. 165 da Constituição Federal, de iniciativa do Poder Executivo. Na esfera federal, essa 
iniciativa é de competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). Trata-se de 
iniciativa vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente pelo seu titular em 
determinado período, por disposição constitucional e legal. Nesse sentido, o art. 85 da Constituição 
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Federal determina que são crime de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentem contra a lei orçamentária. 
Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia administrativa e financeira tanto ao 
Poder Judiciário quanto ao Ministério Público (art. 99 c/c art. 127, CF). Tanto os tribunais (art. 99, § 
1º, CF) quanto o Ministério Público (art. 127, § 3º, CF) elaborarão suas propostas orçamentárias, 
dentro dos limites estabelecidos na LDO. 
Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados pelo art. 35, § 2º, I a III, 
do ADCT: 
Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.º, I e II, serão 
obedecidas as seguintes normas: 
 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato 
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro 
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
 
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do 
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período 
da sessão legislativa; 
 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis orçamentárias: um para 
encaminhamento da proposta e outro para devolução. O primeiro consiste na data limite para o 
Executivo enviar ao Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde à data 
limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe do Executivo. 
Esquematizando: 
 
PPA
ひEncaminhamento: até 4 meses antes do encerramento do 1.°
Exercício financeiro (31.08).
ひDevolução : até o encerramento da sessão legislativa (22.12).
LDO
ひEncaminhamento: até 8 meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro (15.04).
ひDevolução : até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa (17.07).
LOA
ひEncaminhamento : até 4 meses antes do encerramento do exercício
financeiro (31.08).
ひDevolução : até o encerramento da sessão legislativa (22.12).
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Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios constam das respectivas 
Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas. 
A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas (emendamento), voto do relator, 
redação final e proposição em Plenário. Nela, os parlamentares debatem sobre a proposta 
legislativa. A apreciação dos projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF). 
No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as emendas aos projetos 
de leis orçamentárias serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e 
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. Essa 
comissão, como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e senadores (art. 166, § 2º, 
CF/88). 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88): 
a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientesde anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos ou serviço da 
dívida, ou, ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal; 
c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto 
do projeto de lei. 
A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também é objeto de 
limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, § 4º) que as emendas ao projeto de 
lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano 
plurianual. 
É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que embora a iniciativa dos 
projetos de leis orçamentárias seja de competência reservada do Chefe do Poder Executivo, podem 
os membros do Legislativo oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de emendar 
projetos de lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da atividade legislativa 
(ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante ressaltar que o STF entende que o plano 
plurianual não pode ser modificado para aumentar as despesas (ADI 2.810, DJ de 25.04.2003 e ADI 
1.254-MC, DJ de 18.08.1995). 
No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis orçamentárias. Nesse 
sentido, dispõe a Constituição que a sessão legislativa não deverá ser interrompida sem a 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma exceção 
à regra. É possível a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art. 166, § 8º: 
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Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, 
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o instrumento usado na 
comunicação entre o Presidente da República e o Congresso Nacional. A mensagem serve para 
encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor 
modificação nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja 
alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF). 
 
(TRT 21a Região に 2015) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, 
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum. 
Comentários: 
A apreciação dos projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF). Questão correta. 
(TCM-RJ に 2015) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
Comentários: 
A mensagem presidencial pode ser enviada ao Congresso Nacional com o objetivo de propor 
modificação nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
Mista, da parte cuja alteração é proposta. Questão correta. 
2.5 - Emenda Constitucional nº 86/2015 に A PEC do Orçamento Impositivo: 
Antes de mais nada, é importante entendermos o porquê de a Emenda Constitucional nº 86/2015 
ter ficado conhecida como さPEC Sラ OヴN;マWミデラ Iマヮラゲキデキ┗ラざ. 
É bem comum que alguns recursos que estão no orçamento não sejam executados. Por exemplo, 
suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões para a Segurança Pública. Desse valor, nem tudo é gasto, 
ou seja, nem tudo é executado. 
Quando se fala em さラヴN;マWミデラ キマヮラゲキデキ┗ラざ, a referência que se faz é à obrigatoriedade de que 
ocorra a execução das despesas previstas na LOA. Em outras palavras, os gestores públicos deverão 
efetivamente gastar aquilo que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de さラヴN;マWミデラ 
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;┌デラヴキ┣;デキ┗ラざ, segundo a qual a LOA apenas autoriza despesas, sem impor ao gestor público que 
lhes execute. 
Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86? 
Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de さPEC S;ゲ EマWミS;ゲ P;ヴノ;マWミデ;ヴWゲ 
Iマヮラゲキデキ┗;ゲざ (e não PEC do Orçamento Impositivo!). Explico.... 
As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização para o gasto pelos gestores 
públicos. Todavia, estabeleceu-se que as emendas parlamentares (aprovadas no limite de 1,2% da 
receita corrente líquida) serão obrigatoriamente executadas. 
Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas não é só isso... 
Com a EC nº 86/2015, os parlamentares (considerando-se o universo total de Deputados e 
Senadores!) terão direito a apresentar emendas à LOA em um montante total de 1,2% da receita 
líquida prevista no projeto de lei orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo. Algumas 
observações relevantes: 
a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual. Até a EC nº 86/2015, 
não se sabia exatamente o valor dos recursos a serem destinados às emendas parlamentares. 
Com a nova Emenda Constitucional, o valor das emendas parlamentares individuais passa a 
ser um valor certo, definido em 1,2% da Receita Corrente Líquida. 
b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade (50%) será 
destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
c) As programações orçamentárias efetuadas com b;ゲW ミ;ゲ さWマWミS;ゲ ヮ;ヴノ;マWミデ;ヴWゲ 
キマヮラゲキデキ┗;ゲざ ゲラマWミデW não serão de execução obrigatória nos casos de impedimentos de 
ordem técnica. 
A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da União com ações e 
serviços públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198, §2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 
15% da sua Receita Corrente Líquida em ações e serviços públicos de saúde. 
 
(TRT 21a Região に 2015) As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no 
limite de 2,4% (dois inteiros e quatro décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no 
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a 
ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
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As emendas individuais aos projeto de lei orçamentárias serão aprovadas no limite de 1,2% da 
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Desse valor, metade 
deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Questão errada. 
(Procurador de Curitiba に 2015) As emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão 
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida 
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo o total desse montante destinado a 
ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
Metade do total previsto para as emendas parlamentares individuais deverá ser destinado para 
ações e serviços públicos de saúde. Questão errada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (VUNESP/ Câmara de Marília に 2016) A destinação do produto de arrecadação de imposto 
não pode ir vinculada, como regra, a nenhum órgão, fundo ou despesa. Essa é a formulação do 
princípio constitucional do orçamento 
a) da clareza. 
b) da especificação ou discriminação. 
c) do equilíbrio com exatidão. 
d) da programação regionalizada. 
e) da não afetação. 
Comentários: 
Trata-se do princípio da não afetação ou não vinculação. Segundo esse princípio, nenhuma receita 
de impostos poderá ser reservada para atender a um gasto específico, salvo aquelas com destinação 
prevista pela Constituição. Esse princípio é previsto no art. 167, IV, da CF/88. O gabarito é a letra E. 
2. (VUNESP/ CRO/SP に 2015) Princípios constitucionais orçamentários são enunciados lógicos, 
que buscam orientar o modo como os orçamentos públicos devem ser elaborados, aprovados e 
executados. Na Constituição Federal de 1988, é vedado à lei orçamentária conter matéria estranha 
à fixação da despesa e à previsão da receita. Tal preceito corresponde ao princípio da 
a) unidade orçamentária. 
b) não afetação da receita. 
c) quantificação das receitas orçamentárias. 
d) programação orçamentária. 
e) pureza ou da exclusividade orçamentária. 
Comentários: 
O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária determina que o orçamento não poderá 
conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Vale a pena destacar que 
há duas importantes exceções (art. 165, § 8º, CF) a esse princípio: 
a) a autorização para abertura de créditos suplementares e; 
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b) autorização para contratação de operações de crédito. 
O gabarito é a letra E. 
3. (VUNESP/ Câmara Municipal de Itatiba に 2015) さA lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da ノWキくざ O dispositivo constitucional transcrito 
representa o denominado princípio orçamentário da 
a) unidade. 
b) exclusividade. 
c) especialização. 
d) não afetação. 
e) universalidade. 
Comentários: 
O dispositivo transcrito representa o princípio da exclusividade, previsto no art. art. 165, § 8º, da 
Constituição Federal: 
Art. 165, § 8º, CF - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos 
da lei. 
O gabarito é a letra B. 
4. (VUNESP / EMPLASAに 2014) Os princípios constitucionais orçamentários orientam como 
devem ser elaborados, aprovados e executados os orçamentos públicos. Assim, prevê a 
Constituição Federal que a lei orçamentária anual deverá compreender o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social. Esta previsão, 
constante do art. 165, § 5.º da Constituição, é denominada princípio constitucional. 
a) do equilíbrio orçamentário 
b) da pureza orçamentária. 
c) da legalidade orçamentária 
d) da não afetação de receita. 
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e) da universalidade orçamentária. 
Comentários: 
O enunciado traduz o princípio da universalidade ou da globalização orçamentária. Esse princípio 
impõe que o orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas referentes à 
Administração Direta e à Indireta (art. 165, § 5º, CF/88). O gabarito é a letra E. 
5. (VUNESP / UNICAMPに 2014) さEゲゲW princípio decorreu do abuso que se verificava na votação 
dos orçamentos durante a República Velha, ふぐぶ o que gerava as chamadas caudas orçamentárias 
ou orçamentos rabilongos na expressão de Ruy B;ヴHラゲ;ざ (José Afonso da Silva). 
Essa referência doutrinária do autor, reproduzida, que diz respeito ao aparecimento de norma 
orçamentária em vigor na atual Constituição Federal, trata do princípio orçamentário da 
a) unidade. 
b) universalidade. 
c) programação. 
d) exclusividade. 
e) anualidade. 
Comentários: 
O enunciado trata do princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária. Segundo esse princípio, 
o orçamento não pode conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas, 
salvo no caso de exceções previstas pela própria CF/88. Gabarito: Letra D. 
6. (FGV / CGE-MA に 2014) Nos termos das regras gerais sobre finanças públicas inscritas na 
Constituição Federal, a competência da União para a emissão de moeda cabe: 
a) ao Órgão do Tesouro Nacional. 
b) ao Conselho Monetário Nacional. 
c) ao Ministério da Fazenda. 
d) à Secretaria do Planejamento. 
e) ao Banco Central. 
Comentários: 
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A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central (art. 
164, CF). O gabarito é a letra E. 
7. (FGV/OAB に 2011) A Constituição da República de 1988 reclama lei complementar para 
dispor sobre: 
a) o estatuto jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista. 
b) as formas de participação do usuário na administração pública. 
c) finanças públicas. 
d) contratação por tempo determinado na administração pública. 
Comentários: 
Esta questão poderia ser resolvida sem o conhecimento dos tópicos de Administração Pública 
cobrados nas letras A e D, por isso foi selecionada para esta aula.  
A letra A está incorreta. De acordo com o art. 173, § 1o, da Constituição, lei estabelecerá o estatuto 
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. Exige-se, 
portanto, lei ordinária, e não lei complementar, para tratar dessa matéria. 
A letra B está incorreta. O art. 37, § 3o, da Constituição, prevê que a lei disciplinará a forma de 
participação do usuário na administração pública. O instrumento adequado é a lei ordinária, não a 
lei complementar. 
A letra C está correta. O art. 163 prevê que lei complementar disporá sobre: i) finanças públicas; ii) 
dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades 
controladas pelo Poder Público; iii) concessão de garantias pelas entidades públicas; iv) emissão e 
resgate de títulos da dívida pública; v) fiscalização financeira da administração pública direta e 
indireta; vi) operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; vii) compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito 
da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
A letra D está incorreta. O art. 37, IX, da Carta Magna, estabelece que a lei estabelecerá os casos de 
contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional 
interesse público. Exige-se lei ordinária para tratar desse assunto, não lei complementar. 
O gabaritoé a letra C. 
8. (FGV/SEAD-AP に 2010) Com relação ao tema "Finanças Públicas", analise as afirmativas a 
seguir. 
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I) O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o 
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros, bem como conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
II) A Constituição determina que lei complementar disporá sobre as operações de câmbio 
realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios bem 
como sobre a compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, 
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento 
regional. 
III) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por 
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
d) se somente a afirmativa I estiver correta. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários: 
O item I está incorreto. O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Todavia, é vedado ao 
banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira (art. 164, § § 1o e 2o, CF). 
O item II está correto. É o que prevê o art. 163 da Constituição. 
O item III está correto. É o que dispõe o art. 164, § 3o, da CF/88. 
O gabarito é a letra A. 
9. (FGV / TJ-AM に 2013) O processo legislativo relativo às leis orçamentárias possui diversas 
particularidades, devido às especificidades da matéria. Sobre as emendas ao projeto de lei do 
orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem, assinale a afirmativa correta. 
a) As emendas são apresentadas em Comissão do Senado Federal, que sobre elas emitirá parecer, e 
apreciadas pelo plenário das duas casas do Congresso nacional. 
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 29 
b) Tais emendas somente poderão ser aprovadas caso sejam compatíveis ao menos com o plano 
plurianual ou a lei de diretrizes orçamentárias. 
c) As emendas em questão devem, necessariamente, indicar os recursos necessários, vedados os 
provenientes de anulação de despesa. 
d) É possível que as emendas sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões. 
e) Estas emendas devem ser propostas pelo parlamentar ao líder do seu partido, que as encaminhará 
para a mesa diretora. 
Comentários: 
A letra A está incorreta. As emendas serão apresentadas na Comissão mista permanente de 
Deputados e Senadores, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo 
Plenário das duas Casas do Congresso Nacional (art. 166, § 2º, CF). 
A letra B está incorreta. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a 
lei de diretrizes orçamentárias (art. 166, § 3º, CF). 
A letra C está incorreta. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, admitidos 
apenas os provenientes de anulação de despesa (art. 166, § 3º, CF). 
A letra D está correta. É o que prevê o art. 166, § 3º, III, CF. 
A letra E está incorreta. Qualquer parlamentar pode propor emendas às leis orçamentárias. 
O gabarito é a letra D. 
10. (FGV / TJ-AM に 2013) Assinale a alternativa que apresenta vedação constitucional 
relacionada às leis do orçamento. 
a) O início de programas ou projetos incluídos na lei orçamentária anual. 
b) A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto quando a própria 
Constituição trouxer autorização para tal vinculação. 
c) A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização do Tribunal de Contas. 
d) A transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, pelos Governos Federal e 
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, não se 
aplicando esta vedação ao pagamento de despesas com pessoal inativo. 
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e) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização do ministro da pasta 
correspondente. 
Comentários: 
A letra A está incorreta. A CF/88 veda o início de programas ou projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual (art. 167, I, CF). 
A letra B está correta. É o que prevê o art. 167, IV, da CF/88. 
A letra C está incorreta. A autorização para a abertura dos créditos suplementares ou especiais se 
dá por lei (art. 167, V, CF). 
A letra D está incorreta. Essa vedação se estende ao pagamento de despesas com pessoal ativo e 
pensionista (art. 167, X, CF). 
A letra E está incorreta. A autorização para a realização de transposição, remanejamento ou 
transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro 
se dá por lei (art. 167, VI, CF). 
O gabarito é a letra B. 
11. (FGV / SEFAZ-RJ に 2011) O projeto de lei relativo ao plano plurianual relacionado ao 
orçamento da união deve ser apreciado: 
a) Pelas duas casas legislativas. 
b) Por comissão permanente do senado federal. 
c) Na forma do regimento do senado. 
d) De acordo com o regimento da câmara. 
e) Por comissão mista do executivo 
Comentários: 
Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e 
aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do 
regimento comum (art. 166, さI;ヮ┌デざが CF). O gabarito é a letra A. 
12. (FGV/2008 に Senado Federal) A respeito da disciplina constitucional da elaboração do 
orçamento público, assinale a alternativa incorreta. 
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a) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da lei. 
b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
c) Cabe a lei complementar dispor sobreo exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e 
a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual. 
d) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, será 
obrigatoriamente incluído na lei orçamentária anual. 
e) A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, 
excluídas as entidades de administração indireta que possuam autonomia econômica e financeira. 
Comentários: 
A letra A está correta. É o que prevê o art. 165, § 8º, da Carta Magna. 
A letra B está correta. É o que dispõe o art. 165, § 2º, da Carta Magna. 
A letra C está correta. Cabe à lei complementar: i) dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; ii) estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração 
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos (art. 165, § 9º, 
CF). 
A letra D está correta e a E está incorreta. A lei orçamentária anual compreenderá (art. 165, § 5º, 
CF): 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a 
maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
O gabarito é a letra E. 
13. (FGV/2008/TCM-RJ) A abertura de crédito extraordinário, para atender a despesas, como 
comoção interna, será realizada, especialmente, mediante: 
a) lei delegada. 
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b) decreto legislativo. 
c) medida provisória. 
d) decreto executivo. 
e) resolução. 
Comentários: 
A abertura de créditos extraordinários se dá por meio de medida provisória. A letra C é o gabarito. 
14. (FGV/2008 に Senado Federal) O art. 163 da Constituição brasileira determina a edição de lei 
para regulamentar os gastos públicos, denominada de lei de responsabilidade fiscal que alguns 
autores indicam como influência de países unitários, como a Nova Zelândia. A lei em foco tem 
natureza de lei: 
a) Regulamentar. 
b) Complementar. 
c) Delegada. 
d) Reforçada. 
e) Provisória. 
Comentários: 
O art. 163 da Constituição exige que lei complementar regulamente os gastos públicos. O gabarito é 
a letra B. 
 
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 33 
LISTA DE QUESTÕES 
1. (VUNESP/ Câmara de Marília に 2016) A destinação do produto de arrecadação de imposto 
não pode ir vinculada, como regra, a nenhum órgão, fundo ou despesa. Essa é a formulação do 
princípio constitucional do orçamento 
a) da clareza. 
b) da especificação ou discriminação. 
c) do equilíbrio com exatidão. 
d) da programação regionalizada. 
e) da não afetação. 
2. (VUNESP/ CRO/SP に 2015) Princípios constitucionais orçamentários são enunciados lógicos, 
que buscam orientar o modo como os orçamentos públicos devem ser elaborados, aprovados e 
executados. Na Constituição Federal de 1988, é vedado à lei orçamentária conter matéria estranha 
à fixação da despesa e à previsão da receita. Tal preceito corresponde ao princípio da 
a) unidade orçamentária. 
b) não afetação da receita. 
c) quantificação das receitas orçamentárias. 
d) programação orçamentária. 
e) pureza ou da exclusividade orçamentária. 
3. (VUNESP/ Câmara Municipal de Itatiba に 2015) さA lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da ノWキくざ O dispositivo constitucional transcrito 
representa o denominado princípio orçamentário da 
a) unidade. 
b) exclusividade. 
c) especialização. 
d) não afetação. 
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e) universalidade. 
4. (VUNESP / EMPLASAに 2014) Os princípios constitucionais orçamentários orientam como 
devem ser elaborados, aprovados e executados os orçamentos públicos. Assim, prevê a 
Constituição Federal que a lei orçamentária anual deverá compreender o orçamento fiscal, o 
orçamento de investimento das empresas e o orçamento da seguridade social. Esta previsão, 
constante do art. 165, § 5.º da Constituição, é denominada princípio constitucional. 
a) do equilíbrio orçamentário 
b) da pureza orçamentária. 
c) da legalidade orçamentária 
d) da não afetação de receita. 
e) da universalidade orçamentária. 
5. (VUNESP / UNICAMPに 2014) さEゲゲW princípio decorreu do abuso que se verificava na votação 
dos orçamentos durante a República Velha, ふぐぶ o que gerava as chamadas caudas orçamentárias 
ou orçamentos rabilongos na expressão de Ruy B;ヴHラゲ;ざ (José Afonso da Silva). 
Essa referência doutrinária do autor, reproduzida, que diz respeito ao aparecimento de norma 
orçamentária em vigor na atual Constituição Federal, trata do princípio orçamentário da 
a) unidade. 
b) universalidade. 
c) programação. 
d) exclusividade. 
e) anualidade. 
6. (FGV / CGE-MA に 2014) Nos termos das regras gerais sobre finanças públicas inscritas na 
Constituição Federal, a competência da União para a emissão de moeda cabe: 
a) ao Órgão do Tesouro Nacional. 
b) ao Conselho Monetário Nacional. 
c) ao Ministério da Fazenda. 
d) à Secretaria do Planejamento. 
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e) ao Banco Central. 
7. (FGV/OAB に 2011) A Constituição da República de 1988 reclama lei complementar para 
dispor sobre: 
a) o estatuto jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista. 
b) as formas de participação do usuário na administração pública. 
c) finanças públicas. 
d) contratação por tempo determinado na administração pública. 
8. (FGV/SEAD-AP に 2010) Com relação ao tema "Finanças Públicas", analise as afirmativas a 
seguir. 
I) O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o 
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros, bem como conceder, direta ou 
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
II) A Constituição determina que lei complementar disporá sobre as operações de câmbio 
realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios bem 
como sobre a compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, 
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento 
regional. 
III) As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público

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