Buscar

BIOSSEGURANÇA E A ENFERMAGEM (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA
DISCIPLINA: BIOSSEGURANÇA E ERGONOMIA 
PROFESSOR: TIAGO COELHO
ALUNO: FRANCISCA MAURICIANA DE SOUZA
ENF-02 / 06
DATA: 08/05/2018
ASSUNTO (TEMA) - BIOSSEGURANÇA E A ENFERMAGEM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE AC; SENNA MC. Ensino de Biossegurança na Graduação de Enfermagem: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília 2007, set-out; vol. 60, núm. 5, pp. 569-572.
RAUBER GALAS, Samanta; FONTANA, Rosane Teresinha. Biossegurança e a enfermagem nos cuidados clínicos: contribuições para a saúde do trabalhador. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília 2010, set-out; vol. 63, núm. 5, pp. 786-792.
Manual de Biossegurança, Hirata & Mancini Filho – 2002. 
Ministério do Trabalho e Emprego (BR). Norma Regulamentadora n°. 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego; 2005
Revista Brasileira de Enfermagem 2005 jul-ago; 58(4) 458-61.
BIOSSEGURANÇA E A ENERMAGEM
A temática em estudo põe em evidência a relação entre os profissionais da enfermagem e a biossegurança. Tal relação tem um real sentido, por se tratar de profissionais que estão diretamente em contato com os riscos à saúde, uma vez que no exercício de suas atividades laborais, lidam com pessoas acometidas de diferentes contaminações, infecções e patologias de natureza psíquica. Surgindo assim, a necessidade de serem estudadas e colocadas em prática formas de evitar ou minimizar esses riscos a que estão expostos esses profissionais. 
A Biossegurança caracteriza-se como um conjunto de procedimentos de ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisas e produção de ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente, e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, é de fundamental importância em laboratórios de ensino e pesquisa, (Hirata & Mancini Filho – 2002). 
Segundo a Revista Brasileira de Enfermagem, Jul/Ago 2005, foi dada a devida importância à Biossegurança por volta de 1970, quando se iniciaram as discussões acerca da proteção e segurança dos trabalhadores, principalmente aqueles envolvidos com pesquisa, ou seja, profissionais que estão em contato direto com os riscos à saúde do trabalhador, como por exemplo, o organismo geneticamente modificado, sendo importante ressaltar o uso de EPIS nesse tipo de pesquisa. Diante de tais discursões, a questão da exposição ocupacional e o conceito de biossegurança foram sendo desenvolvidos pela comunidade científica. Inicialmente, o principal foco foram os trabalhadores dos laboratórios de análise de material biológico, levando em consideração a predisponência destes profissionais, que podem desencadear doenças como a tuberculose e hepatite B. Em decorrência destas informações, pode-se frisar que, em grande parte dos cenários de prestação de cuidados de enfermagem, negligenciam-se normas de biossegurança; os equipamentos de proteção individual (EPI) são mais utilizados na assistência ao paciente cujo diagnóstico é conhecido, subestimando-se a vulnerabilidade do organismo humano a infecções. 
Baseado nos cuidados com a saúde do trabalhador, é de suma importância alertá-los quanto a forma de se proteger sempre que se deparar com atividades que impliquem no contato com material biológico e, também, durante a assistência cotidiana aos pacientes, independente de conhecer o diagnóstico ou não, utilizando-se, portanto, das precauções universais padrão. 
Diante do levantamento de informações publicadas na REBEn, foram demonstrados que as maiores causas de acidentes ocorridos entre os trabalhadores da enfermagem, estão nas práticas de risco como o reencape de agulhas, o descarte inadequado de objetos perfurocortantes e a falta de adesão aos EPIs. Devendo-se acrescentar também a exposição a material biológico, o que potencializa o risco de adquirir doenças como o HIV, hepatite B e hepatite C. 
É importante frisar que algumas evidências científicas demonstram que o risco para acidentes com material biológico é evidenciado em muitos cenários, uma vez que os trabalhadores da área da saúde encontram-se em contato diário com agentes biológicos (vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais e laboratórios e, até mesmo na agricultura e pecuária).
A observância aos princípios de biossegurança na assistência aos pacientes e no tratamento de seus fluidos, bem como no manuseio de materiais e objetos contaminados em todas as situações de cuidado, é de fundamental importância para minimizar ou até mesmo eliminar os riscos à saúde dos profissionais. Tais princípios devem ser observados não apenas quando o paciente é portador de alguma doença transmissível, mas, frise-se, no cotidiano das atividades de saúde independetemente de se conhecer ou não o diagnóstico do paciente.
É válido ressaltar que em muitos locais de atuação da enfermagem, são insatisfatórias as condições de trabalho, evidenciadas por problemas de organização, deficiência de recursos humanos e materiais e área física inadequada do ponto de vista ergonômico, cujas situações potencializam a exposição dos colaboradores da saúde a riscos ocupacionais. Diante destas situações de riscos fez-se necessária a aplicação da Norma Regulamentadora número 32 (NR 32), do Ministério do Trabalho e Emprego (BR) que trata da Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, com o objetivo de agrupar o que já existe no país em termos de legislação e favorecer os trabalhadores da saúde em geral, estabelecendo diretrizes para implementação de medidas de proteção à saúde e segurança dos mesmos. 
É importante salientar que a NR 32 trata dos riscos biológicos, dos riscos químicos, das radiações ionizantes, dos resíduos, das condições de conforto por ocasião das refeições, das lavanderias, da limpeza e conservação, e da manutenção de máquinas e equipamentos em serviços que prestam assistência à saúde. 
Sendo os acidentes ocupacionais com perfuro cortantes ou por contato de secreções com mucosas muito comuns entre os trabalhadores da enfermagem, optou-se por pautar neste estudo a biossegurança contra riscos biológicos, de modo a propor reflexões acerca destas exposições. Sendo assim, é necessário que o profissional da enfermagem reflita sobre a biossegurança individual, bem como para levantar crenças e saberes dos trabalhadores sobre o tema, para que se possam propor medidas que diminuam os indicadores de adoecimento e dos acidentes laborais decorrentes do exercício profissional. As informações acima citadas pela REBEn têm como objetivo geral investigar concepções e práticas dos profissionais da área de saúde acerca da biossegurança e sua interface com os riscos biológicos, de modo que, diante da dificuldade de mudar os hábitos dos profissionais já atuantes, deve-se primar pela fiscalização da atuação desses profissionais, exigindo deles o uso de EPIs, a fim de minimizar e/ou eliminar os riscos à saúde desses colaboradoes. Por outro lado, deve-se investir na educação dos futuros profissionais da saúde, não somente dos futuros profissionais da enfermagem, o que deve ser feito ainda nos diversos cursos de saúde ministrados na rede de ensino, de modo a lançar no mercado profissionais mais conscientes dos riscos a que estão expostos em suas atividades laborais, bem como da obrigatoriedade de fazerem uso dos métodos necessários, inclusive EPIs, à preservação da sua saúde e de outrem. 
Assim, faz-se necessária a aplicação da NR 32, que determina meios de proteção à saúde do trabalhador, devendo assim ser assegurado o uso de materiais perfuro cortantes com dispositivo de segurança e a responsabilidade do descarte desses materiais é do trabalhador que os utilizarem. Outra informação relevante que parte da equipe é a relação existente entre o risco psicossocial e o risco biológico. Considerando-se que a unidade interna dos pacientes em sofrimentos psíquicos e dependentes químicos, a agitaçãoe/ou agressão por parte dos pacientes psiquiátricos pode ser fator agravante para o acidente por material biológico, como é de conhecimentos dos profissionais da saúde, o risco de contaminação aumenta, uma vez que a contaminação pode ser causada pelos próprios pacientes, risco de agressão por se tratar de pacientes psiquiátricos, muitos dependentes químicos, este tipo de ambiente de trabalho faz com que o profissional fique ainda mais exposto aos riscos citados acima. Outro fator que contribui para os riscos da saúde do trabalhador é a própria omissão/negligência por parte do próprio trabalhador que, corriqueiramente, se recusa a fazer uso dos EPIs, acreditando que apenas o fato de possuir domínio da técnica é suficiente para afastar os riscos inerentes à sua atividade laboral, o que lhe faz desconsiderar a sua vulnerabilidade e lhe expõe ainda mais aos riscos ocupacionais. 
As informações obtidas pela pesquisa publicada na REBEn, veio salientar a realidade vivenciada pelos profissionais que tem uma predisponência maior em ser vítima de acidentes do trabalho, caracterizando-se como riscos à saúde do trabalhador.

Outros materiais

Outros materiais