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Artigo Ficha de Leitura Tópicos Contemporâneos de Contabilidade

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TÓPICOS CONTEMPORÂNEOS DE CONTABILIDADE 
FICHA DE LEITURA OBRIGATÓRIA 
Profº Givanildo Souza 1 
 
Contabilidade Internacional – Uma breve história 
e significados. 
Normas Internacionais de Contabilidade 
Introdução 
No mundo globalizado, a necessidade de informações mais rápidas e precisas vem sendo 
desenvolvida ao longo do tempo, e com isso estão havendo várias mudanças, principalmente 
na área contábil, em que é o setor por onde passam todas as informações de qualquer 
entidade, sendo micro, pequena, média ou grande porte. As mudanças a qual nos referimos já 
são realidade, em que podemos vivenciar, é a criação das normas internacionais de 
contabilidade. 
Essas normas foram criadas a partir do momento em que a economia mundial, vive em 
constante transformação, e a pressão desde investidores vem crescendo constantemente, em 
relação aos seus investimentos, tornando-se uma importante ferramenta de decisão para a 
gestão dos administradores. 
Siglas inglesas importantes: 
 IASC (International Accounting Standards Committee) 
 IASB (International Accounting standards Board) 
 IAS (International Accounting Standard) 
 SIC (Standing Interpretations Committee) 
 IFRS (International Financial Reporting Standard) 
 IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee) 
Estrutura conceptual da Contabilidade internacional 
Os princípios fundamentais da estrutura conceptual da Contabilidade internacional estão 
definidos no texto chamado “Framework” em inglês (“Estrutura conceptual”). O texto não é 
uma norma internacional de contabilidade. Ele é uma descrição dos conceitos básicos que 
devem ser respeitados na preparação e apresentação das demonstrações financeiras 
internacionais. O texto define o espírito intrínseco das normas internacionais, a filosofia geral 
das normas e tem também como objetivo ajudar a diretoria do IASB no desenvolvimento e 
interpretação das normas internacionais de contabilidade, os usuários na elaboração das 
demonstrações financeiras e, os auditores na formação de uma opinião de auditoria. Em caso 
de conflito entre qualquer norma internacional e o “framework”, as exigências da norma 
internacional prevalecem sobre as do “framework”. 
Os principais conceitos apresentados na Estrutura conceptual são: 
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 Os objetivos das demonstrações financeiras: dar informações sobre a posição financeira, 
os resultados, e as mudanças na posição financeira de uma entidade, que sejam úteis a um 
grande número de usuários (investidores, empregados, fornecedores, clientes, instituições 
financeiras ou governamentais, agencias de notação e publico) em suas tomadas de decisão. 
 Os pressupostos básicos: regimen de competência e continuidade. 
 As características qualitativas das demonstrações financeiras: clareza, relevância, 
confiabilidade, comparabilidade, equilíbrio entre custo e beneficio na preparação das 
demonstrações financeiras. 
 Os elementos das demonstrações financeiras: o balanço Patrimonial, a demonstração de 
resultado, a demonstração de fluxo de caixa, as notas e as divulgações incluindo informações 
por segmento de negocio. 
 Os critérios de reconhecimento dos ativos, passivos, receitas e despesas. 
 Os princípios de avaliação dos elementos das demonstrações financeiras: custo histórico, 
custo corrente, valor realizável e valor presente. 
NORMAS INTERNACIONAIS 
International Accounting Standards Committee ( IASC ) 
Conselho de Padrões de Contabilidade Internacional, constituída em 1973 por órgãos 
profissionais de contabilidade dos países Austrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, 
Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos. Entre 1983 à 2001 foram incluídos no 
IASC todos os membros da Federação Internacional de Contadores – IFAC , compreendendo 
143 membros em 104 países. 
Standing Interpretation Committee ( SIC ) 
Comitê Permanente de Interpretação, criado em 1997 por necessidade de considerar questões 
contábeis que possam representar questões divergentes ou inaceitáveis, devido à falta de 
conhecimento ou orientação oficial no local. 
O SIC interpreta questões que se refere às exceções, ou seja, assuntos relacionados à: 
 Pronunciamentos já emitidos (áreas nas quais a prática contábil é insatisfatória em relação 
às normas internacionais; 
 Pronunciamentos não emitidos (tópicos novos, que não existiam quando a norma foi 
desenvolvida). 
O SIC possui 12 membros votantes, incluindo profissionais de contabilidade, elaboradores e 
usuários das demonstrações financeiras originários de vários países. 
International Financial Reporting Interpretations Commitee ( IFRIC ) 
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Criado pelas trustees da Fundação do IASC, como sucessor da SIC, interpreta a aplicação dos 
padrões do IASC no contexto do seu referencial teórico ( frameworks ). O IFRIC é composto 
por 12 membros que são designados pelas trustees por um mandato de três anos. 
Standards Advisory Council (SAC) 
Conselho Consultivo de Padrões é um orgão internacional em que organizações ou indivíduos 
tem interesse nos relatórios financeiros que advêm de outras áreas geográficas. conselho se 
reuni três vezes por ano, sendo consultado sobre todos os seus principais projetos pelo IASB. 
International Accounting Standards Board ( IASB ) 
Desde sua criação passou a dedicar aos projetos do antigo IASC, e com uma lista de novos 
projetos, na sua primeira reunião em 2001, foram listados 42 tópicos indicados pelos próprios 
membros do IASB, sendo que em 2002, o IASB publicou um ED ( exposure draft ) sobre 
projetos de melhoria de 12 dos 34 padrões de contabilidade em vigor, onde seu objetivo é a 
melhoria e dar consistência aos relatórios financeiros com utilização de provenientes no mundo 
todo, eliminado os tratamentos alternativos permitidos pelos atuais IAS. 
 Consolidação ( incluindo as Special-Purpose Entities – SPE ); 
 receita – definição e reconhecimento – e aspectos relacionados a obrigações; 
 convergência nos tópicos em que soluções de alta qualidade estão disponíveis nos padrões 
internacionais e nacionais. 
 O IASB pretende empreender, em conjunto com os observadores de padrões contábeis 
nacionais, atividades de pesquisa em tópicos como: 
 contabilidade para pequenas e médias empresas e entidades de economias emergentes; 
 contabilização de leasing; 
 contabilização de instrumentos financeiros; 
 conceitos contábeis, incluindo uma revisão estratégica dos elementos básicos da 
contabilidade, e trabalhar na mensuração, focando inicialmente impairments. 
 Para o futuro, o IASB estimulará os observadores de padrões nacionais e outros a executar 
trabalhos iniciais de projetos que poderão ser incluídos na agenda do IASB, tais como: 
 relatórios gerenciais em relação aos relatórios financeiros ( geralmente designados de 
MD&A reporting ); 
 contabilidade para indústrias extrativas; 
 contabilidade para concessões públicas e privadas. 
A Preface to International Financial Reporting (the preface), prefácio para relatórios financeiros 
internacionais foi emitido pelo IASB em maio de 2002, onde é abordado objetivos, 
procedimentos e o devido processo pelo IASB, bem como explica o escopo e o poder do IFRS, 
em que o prefácio é de dedicar e esclarecer certas matérias controvertidas, relativas a padrões 
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de contabilidade emitidos, onde são debatidos há muito tempo, além de dedicar-se a atender 
tais objetivos do IASB, prefácio dedica-se às seguintes matérias: 
1. Escopo do IRFS: 
 os novos padrões a serem emitidos pelo IASB serão denominados padrões de relatórios 
financeiros internacionais – International Financial Reporting Standards – IFRS. 
 Todos os IAS e interpretaçõesdo SIC emitidas pelo IASC e SIC continuarão a ser aplicáveis 
até que sejam revisados ou revogados; 
 os IFRS são aplicáveis a todas as entidades com fins lucrativos, independentemente da sua 
forma legal. 
 Os IFRS são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais e consolidadas; 
Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos ( GAAP ) 
Definição 
O GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) se preocupa com mensuração das 
atividades econômicas, com o momento no qual tal mensuração será realizada ou registrada, 
com a evidenciação das atividades que a circundam e com a preparação e apresentação de 
informações econômicas resumidas na forma de demonstrações financeiras. Os GAAP 
desenvolveram questões sobre qual a melhor forma de executar essas atividades (mensuração, 
momento de reconhecimento, evidenciação ou apresentação), ele é um produto do ambiente 
econômicos no qual é o desenvolvimento da contabilidade e dos padrões de relatórios 
financeiros, tem até certo ponto retardado o avanço no aumento da complexidade das 
estruturas econômicas e transações. 
Os princípios contábeis são geralmente endereçados para soluções que são objetivas, 
conservadoras e verificáveis. Existem duas grandes categorias de princípios contábeis – 
reconhecimento e evidenciação. 
Os princípios de reconhecimento determinam o momento e a mensuração de um item que faz 
parte do ciclo contábil e impacta nas demonstrações financeiras, referem-se então a padrões 
quantitativos, os quais requerem que a informação econômica seja refletida numericamente, 
e o princípios de evidenciação envolve informação qualitativa, que são ingredientes essenciais 
para que as demonstrações financeiras representem um conjunto completo, a sua ausência 
faria com que as demonstrações financeiras criadas por intermédio de princípios de 
reconhecimento enganassem a si mesma. 
Hierarquia dos GAAP 
O princípio contábil é aplicável em um conjunto de condições particulares, no SAS 69 o 
Conselho de Padrões de Auditoria (ASB) identificou as seguintes fontes de estabelecimento de 
princípios de contabilidade geralmente aceitos: 
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1. Princípios de contabilidade promulgados através de organismos designados pelo conselho do 
AICPA – AICPA Council, para estabelecer tais princípios, conforme estabelece a regra 203 
(seção 203.1) do código de conduta profissional do AICPA; 
2. Pronunciamentos de organismos compostos de experts em contabilidade, que deliberam sobre 
assuntos contábeis em fóruns públicos com a finalidade de estabelecer princípios de 
contabilidade ou descrever práticas contábeis existentes e que são geralmente aceitas, sendo 
que esses pronunciamentos teriam sido expostos a críticas públicas teriam sido esclarecidos 
por um organismo referido na categoria A; 
3. Pronunciamentos de organismos, organizados por um organismo referido na categoria A e 
composto de experts em contabilidade, que deliberam em fóruns públicos sobre assuntos 
contábeis com fins de interpretar ou estabelecer princípios contábeis ou descrever práticas 
contábeis existentes e que são geralmente aceitas, ou pronunciamentos referidos na categoria 
B que teriam sido esclarecidos por um organismo referido na categoria A, mas não teriam sido 
expostos a críticas públicas; 
4. Práticas ou pronunciamentos que são amplamente reconhecidos como sendo geralmente 
aceitos porque eles representam a prática prevalecente em uma atividade particular ou o 
conhecimento aplicado a circunstâncias especificas de pronunciamentos que são geralmente 
aceitos. 
Para fins de demonstrações financeiras, exceto para entidades governamentais, as categorias 
existentes são as seguintes: 
 Categoria A: princípios de contabilidade estabelecidos oficialmente, composto dos 
pronunciamentos (statements) do Financial Accounting Standards Board – FASB – (SFAS) e 
interpretações FASB I, das opiniões do conselho de Princípios Contábeis – APB e dos Boletins 
de Pesquisa Contábil – ARB. 
 Categoria B: composta do boletins técnicos do FASB – FASB TB e, desde que esclarecidos 
pelo FASB, dos guias de contabilidade e auditoria do AICPA – AICPA AIN, bem como dos 
pronunciamentos de posição do AICPA – SOP; 
 Categoria C: composta dos boletins de práticas do Comitê Executivo de Padrões de 
Contabilidade (AcSEC) – AICPA PB, que tenham sido esclarecidos pelo FASB e pelos consensos 
de posição da força-tarefa para assuntos de emergência – EITF; 
 Categoria D: inclui as interpretações contábeis do AICPA – AICPA AIN e os guias de 
implementação – guias de auditoria e de contabilidade (Qs e As) publicados pelo Staff do FASB 
e práticas que são amplamente reconhecidas como prevalecentes em geral ou em uma 
determinada indústria. 
PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE TERMOS 
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Normas Internacionais 
Os termos mais utilizados pelas normas internacionais: 
Associate/Entidade associada – uma entidade na qual o investidor tem influência significativa 
e que não é nem uma subsidiária nem uma joint venture do investidor, ou seja, um conceito 
similar ao de coligada nas normas brasileiras. 
Business Combination / Combinação de Negócios – união de entidades distintas em uma única 
entidade econômica em função de uma empresa ter-se unido a outra ou obtido o controle 
sobre os seus ativos líquidos e operações. 
Consolidation finacial stantements / Demonstrações Financeiras consolidadas – demonstrações 
financeiras de um grupo de entidades, apresentadas como se fossem demonstrações 
financeiras de uma única entidade. 
Control/Controle – é definido, nas normas internacionais, como o poder de dirigir as políticas 
financeiras e operacionais de uma entidade, de modo a beneficiar-se de suas atividades. 
Cost method/Método do custo – é o método de contabilização segundo o qual investimento é 
registrado ao preço de custo histórico. Em função disso, nesse método a demonstração do 
resultado do exercício reflete a receita do investimento apenas na extensão em que receber 
distribuições de lucros da investida, realizadas após a data da aquisição. 
Equity method/ Método de equivalência patrimonial – é o método de contabilização segundo o 
qual o investimento é inicialmente registrado ao custo histórico. A partir de então é ajustado, 
pelas mudanças subsequentes ocorridas na participação do investidor no patrimônio líquido da 
investida. Em função disso, nesse método a demonstração do resultado do exercício reflete a 
parcela do investidor no resultados das operações da investida. 
Fair value/Valor Justo – é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras do assunto e dispostas a negociar em uma transação 
sem favorecimentos. 
Minoritary interests/Participação de minoritários – é a parcela do lucro líquido do exercício e 
do patrimônio líquido de uma subsidiária destacada nas demonstrações financeiras 
consolidadas possuídas, direta ou indiretamente, por outros acionistas que não a controladora. 
Parent/Controladora – entidade que possui uma ou mais subsidiárias. 
Significative influence/Influência significativa – é o poder de participar nas decisões sobre as 
políticas financeiras e operacionais da entidade na qual se investe, mas sem propiciar o controle 
dessas políticas, ou seja, é similar à expressão “influência na administração de coligadas” 
utilizada nas normas brasileiras. 
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Subsidiary/Entidade Subsidiária – uma entidade que é controlada por outra entidade 
denominada parent. O termo parent é similar ao conceito de controladora utilizado nas normas 
brasileiras. 
Normas norte-americanas 
As principais definições relacionadas a contabilidade internacional com os seus respectivos 
significados.Accounting consolidation / Consolidação – é o processo de combinação de demonstrações 
financeiras da companhia controladora e de uma ou mais subsidiárias. 
Accrual/Provisão – processo contábil de reconhecimento dos efeitos de futuros recebimentos 
e pagamentos em dinheiro no período corrente. 
Accrual accounting/Registro pelo regime de competência – esforço de registrar os efeitos 
financeiros na entidade de transações e outros eventos ou circunstâncias que tenham 
conseqüências para entidade, no período em que eles ocorreram independentemente do 
período em que eles sejam recebidos ou pagos pela entidade. 
Acquisition/Aquisição – ocorre quando uma empresa paga em dinheiro, ou através da emissão 
de ações ou ainda através de dívidas contraídas, por todas ou parte das ações com direito a 
voto de uma empresa. A empresa adquirida permanece intacta como uma entidade separada 
legalmente. Essa relação entre a controladora e a subsidiária é registrada pelo método de 
compra. 
Allocation/Alocação – é o processo de destinar as despesas para um determinado período, 
quando as transações ou eventos que causaram o consumo de benefícios não podem ser 
identificados, ou podem ser identificados, mas o valor real do benefício utilizado não pode ser 
confiavelmente mensurado. 
Available-for-sale securities/Valores mobiliários disponíveis para venda – investimentos 
(dívidas ou ações ) que não são classificados como valores mobiliários, que serão mantidos até 
o vencimento (held-to-maturity ) ou comercializáveis em curto prazo (trading). 
Combination/Combinação – qualquer transação onde uma empresa obtém o controle sobre os 
ativos e propriedades de uma outra empresa, independentemente da forma resultante da 
transação de combinação. 
Combined Financial statements/Demonstrações financeiras combinadas – Apresentam as 
posições financeiras e resultados das operações de entidades separadas legalmente, que estão 
sob controle comum, como se fossem uma única entidade. 
Consolidation/Empresa resultante da Fusão – uma nova empresa é criada para adquirir duas 
ou mais empresas através de uma troca de ações votantes. As empresas adquiridas deixam de 
existir como entidades legalmente separadas. 
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Contigent consideration/Pagamento contigente – surge quando a forma envolve uma 
incerteza, ou seja, depende de um evento futuro incerto, a exemplo de uma transação na qual 
o preço de compra será pago com base nos objetivos de lucros da assembléia para o próximo 
cinco anos. 
Control/Controle – é a capacidade de uma empresa de dirigir as atividades de outra, tendo em 
vista realizar os objetivos do fundador. 
Cost method/Método de custos – método de contabilização de investimentos por meio do qual 
o investidor reconhece somente dividendos recebidos como resultado de uma investida. 
Deferral/Diferimento – processo contábil de reconhecer uma obrigação resultante de 
pagamento atual em dinheiro. 
Entity concept/Conceito de entidade – método de preparação das demonstrações financeiras 
consolidadas de uma controladora e de uma subsidiária que envolve a apresentação dos ativos 
líquidos desta pelo valor justo na data da aquisição tanto da participação dos acionistas 
controladores, quanto dos acionistas minoritários. 
Fair value / Valor Justo – é o valor pelo qual um ativo ou passivo pode ser comparado ou 
vendido em uma transação corrente entre partes dispostas, isto é, exceto em vendas forçadas 
ou em liquidação. 
Goodwill/Goodwill – é o excesso de preço pago em uma aquisição sobre o valor justo dos ativos 
líquidos adquiridos, o qual é registrado como um ativo, e o seu valor somente é modificado 
quando e se uma perda por impairment for identificada e mensurada, com base em condições 
e eventos futuros. 
Held-to-maturity/Valores mobiliários que serão mantidos até o vencimento – investimentos em 
dívidas mobiliárias que a entidade possui tanto a capacidade econômica e financeira quanto a 
intenção de mantê-los até o vencimento. 
Impairment test/Teste para Impairment – consiste na comparação entre o valor contábil do 
ativo com o seu valor justo. Se o valor contábil exceder o valor justo, uma perda por impairment 
é reconhecida contabilmente. 
Investee/Investida – termo utilizado para designar uma sociedade emissora de ações votantes 
que são detidas por um investidor. 
Matching/Confronto de receitas e despesas correlaciondas – é o simultâneo reconhecimento 
de receitas despesas que resultam direta e conjuntamente de uma mesma transação ou 
evento. 
Merger/Incorporação – ocorre quando a empresa adquire todos os ativos líquidos de uma ou 
mais empresas através da troca de ações, pagamento em dinheiro ou outros ativos ou ainda 
através da assunção de dívidas. 
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Minoritary interests/Participação de minoritários – qualquer ação votante em circulação de uma 
subsidiária não adquirida pela empresa investidora. 
Negative goodwill/Goodwill negativo – excesso de valor justo sobre o custo dos ativos líquidos 
adquiridos. Esse valor representa o excesso líquido de valor justo dos ativos líquidos adquiridos 
em uma aquisição, após a redução pro rata do valor dos ativos adquiridos, exceto caixa, 
equivalentes de caixa, contas a receber, estoques, ativos financeiros registrados pelo justo, 
ativos disponíveis para venda e impostos diferidos. Esse excesso normalmente é registrado 
como um ganho extraordinário no resultado do excercício no qual ocorreu a combinação de 
negócio, exceto quando a aquisição envolve uma pagamento contingente, quando então o 
excesso é registrado em uma conta de crédito diferido, até que a contingência seja resolvida. 
Other comprehensive income/outros resultados totais – receitas, despesas, ganhos e perdas 
que sob os US-GAAP são incluídos na receita total, mas excluídos dos lucros. 
Parent company / Controladora – termo utilizado para designar a companhia que possui 
participações em subsidiária. 
Parent company concept / Conceito de companhia controladora ou da matriz – método de 
comparação das demonstrações financeiras consolidadas de uma controladora e de uma 
subsidiaria que envolve a apresentação dos ativos líquidos desta pelo valor justo na data da 
aquisição somente da participação dos acionistas controladores. A participação dos minoritários 
é registrada pelo valor contábil. 
Pooling-of-interests method/Método de comunhão de interesses – é o método de 
contabilização de combinações de negócios requerido em determinadas circunstâncias, de 
acordo com o APB 17. Nesse método, os ativos e passivos são reconhecidos nas combinações 
de negócios pelos seus valores contábeis. 
Preacquisition contingencies/Contingências existentes antes da aquisição – incertezas 
existentes na data em que uma aquisição é contabilizada pelo método de compra, que, se 
resolvida dentro de um ano, contada da data da aquisição, resulta na alocação ao preço de 
compra. 
Purchase method/Método de compra – é o método de contabilização requerido pelo 
pronunciamento SFAS 141 para todas as combinações de negócios. Nesse método os ativos 
adqueridos e as obrigações assumidas são registrados pelos seus valores justos e a diferença 
entre esses valores e o valor pago é registrada como goodwill. 
Purchased preacquisition earnings/Ganhos antes de a aquisição ser realizada – é a conta 
utilizada para registrar os ganhos de uma subsidiária, em relação ao percentual de participação 
adquirido, nos resultados do período corrente obtidos antes da aquisição. 
Realization/Realização – é o processo de converter ativos não-caixas em caixas. 
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Recognition/Reconhecimento – é o processo de formalizar a incorporação de uma transação 
ou outro evento nas demonstraçõesfinanceiras. 
Reporting unit/Unidade que apresenta relatório – diz respeito a um segmento operacional, ou 
um nível menor (denominado componente ), que é utilizado para realizar o teste de impairment 
do goodwill. 
Reporting entity/ Entidade que apresenta o relatório – entidades que devem apresentar 
relatórios financeiros, pois para essas presume-se que as informações serão imprescindíveis 
para a tomada de decisão dos usuários. 
Reverse acquisition/Aquisição reversa – é uma aquisição onde uma entidade, nominalmente o 
adquirente, emite uma grande parcela das ações para os proprietários da entidade alvo, de tal 
forma que os proprietários da entidade alvo se tornam os proprietários majoritários da entidade 
resultante. 
Special purpose entity / Entidade para fins específicos – trata-se de uma entidade criada para 
fornecer um serviço estritamente definido em benefício de seu patrocinador, a qual, sob os 
padrões de contabilidade norte-americanos atuais, pode ser em alguns casos, excluída das 
demonstrações consolidadas do patrocinador. Patrocinador é a entidade que constituiu essa 
entidade com fins específicos. 
Contabilidade Internacional e o papel do IASB 
O papel do IASB, é um organismo privado e sem fins lucrativos, onde participam mais de 100 
(cem) países, tem um papel importante no comprometimento de reduzir as diferenças, 
buscando harmonizar as regulamentações, normas contábeis e procedimentos relacionados 
com a preparação e apresentação de suas demonstrações. Hoje o IFRS e USGAAP são os 
princípios aceitos no mundo, e o IASB está com um papel de harmonização destes princípios, 
tendo como meta a harmonização destes até o ano de 2010. 
O Brasil no processo de convergência das normas internacionais 
Essa mudança no perfil da contabilidade brasileira é defendida por muitos pesquisadores, com 
destaque para o recém-eleito presidente do Conselho Consultivo de Normas do IASB – 
International Accounting Standards Board e membro da Comissão Consultiva de Normas 
Contábeis da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, professor Nelson Carvalho. Para 
Carvalho, “Uma linguagem universal e única para medir e relatar o desempenho empresarial 
tem seus bons frutos. As boas empresas, bem administradas, serão muito melhor entendidas.” 
(IBEF, 2005, pg 1). Segundo o IBEF (2005), Carvalho ressalta que medir coisas iguais, da 
mesma forma, em qualquer latitude do planeta, permitirá que os investidores façam 
comparações de desempenho. O custo de capital cairá para os negócios promissores e bem 
administrados, e baixos custos de captação para as empresas que migrarem para as normas 
internacionais significam, no fundo, geração de emprego e renda. 
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A importância da convergência da contabilidade nacional para a contabilidade internacional, 
materializa-se, especialmente, na iniciativa do Reports on the Observance of Standards and 
Codes (ROSC) do Banco Mundial (World Bank), que estabelece um programa para auxiliar seus 
países membros na implementação de padrões internacionais de contabilidade. Os objetivos 
desse programa são os seguintes: 
 Análise comparativa da contabilidade e dos padrões de auditoria nacionais para 
determinar o grau de conformidade com os padrões internacionais, para avaliar a 
qualidade dos relatórios financeiros; 
 Capacidade do país de desenvolver e executar um plano de ação para melhorar a 
capacidade do país, buscando o fortalecimento da qualidade dos relatórios financeiros. 
(BANCO de WORD, 2006). 
A adoção de normas internacionais de contabilidade poderá trazer grandes vantagens para a 
economia brasileira, mas também exigirá uma série de investimentos das empresas nacionais 
em treinamento e adaptação de sistemas de informações. Mas, mesmo com esses 
investimentos, as vantagens dessa convergência, a princípio, superam as poucas desvantagens 
que poderão acarretar essas mudanças. 
Algumas iniciativas isoladas dessa convergência já foram definidas no Brasil, como é o caso da 
divulgação de informações por segmento de negócios, que passou a ser incentivada pela CVM, 
segundo os padrões definidos pelas normas internacionais (IAS 14). 
Dentre as ações brasileiras, uma das que mais caracterizou a tendência brasileira de convergir 
para a contabilidade internacional, foi a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
(CPC) através da Resolução Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 1.055 de 07.10.2005. 
O CFC justifica que a criação do CPC deve-se a crescente importância da internacionalização 
das normas contábeis e que esse fato vem levando inúmeros países a caminhar para um 
processo de convergência que tenha como conseqüência: 
a)a redução de riscos nos investimentos internacionais (quer os sob a forma de empréstimo 
financeiro quer os sob a forma de participação societária), bem como os créditos de natureza 
comercial, redução de riscos essa derivada de um melhor entendimento das demonstrações 
contábeis elaboradas pelos diversos países por parte dos investidores, financiadores e 
fornecedores de crédito; 
b)a maior facilidade de comunicação internacional no mundo dos negócios com o uso de uma 
linguagem contábil bem mais homogênea; 
c)a redução do custo do capital que deriva dessa harmonização, o que no caso é de interesse, 
particularmente, vital para o Brasil. 
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O Art. 3º Resolução CFC nº 1.055, determina que o CPC tem por objetivo o estudo, o 
preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a 
divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade 
reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, 
levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões 
internacionais. 
Essa preocupação dom a harmonização não está limitada ao meio profissional contábil, 
tanto que para o mercado financeiro nacional, um dos aspectos prioritários para a adequação 
do Brasil às exigências dos investidores internacionais, segundo a Revista RI (2005), aponta a 
harmonização das normas contábeis como um assunto que ganha importância crescente junto 
às companhias, mobilizando um grande número de especialistas. O tema, segundo especialista 
financeiros do mercado brasileiro, não pode ficar ausente da agenda dos profissionais de 
Relações com Investidores, até porque a adoção de padrões contábeis compreensíveis para o 
universo global de investidores é um ponto vital no processo de atração de recursos externos. 
Essa linguagem contábil e de auditoria deve ser cada vez mais uniforme para assegurar a 
confiança dos investidores depois dos recentes problemas contábeis e fiscais que abalaram 
empresas norte-americanas e todo o mercado financeiro mundial. 
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) participou, 
como um dos apoiadores institucionais, do Seminário Internacional “A Convergência das 
Normas Contábeis no Brasil e no Mundo”, organizado pela Associação dos Analistas e 
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec/SP). Esse 
seminário incluiu um amplo debate sobre os diferentes estágios desse processo no mundo e a 
importância da implantação do modelo IRFS no Brasil, além da visão do Governo Federal e o 
ritmo de implantação da convergência contábil no País. 
Esse cenário desencadeou um processo irreversível para a convergência brasileira às 
normas internacionais de contabilidade, culminando com algumas mudanças econômicas e 
políticas no país, destacadas por Clark (2004): 
• Representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em recente encontro 
com o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, enfatizaram a importância das IFRS para o contexto 
brasileiro e a relevância de encorajaras empresas a adotarem esse padrão internacional. 
Adicionalmente, o BID tem incentivado o Banco Central do Brasil, inclusive com subsídios 
financeiros, a desenvolver normas contábeis convergentes com as internacionais para 
instituições financeiras brasileiras; 
 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social brasileiro (BNDES) oferece 
linhas de crédito exclusivas, com condições favoráveis, a empresas que adotam as boas 
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práticas de governança corporativa e apresentam suas demonstrações contábeis de 
acordo com as normas internacionais de contabilidade; 
 O uso crescente da linguagem comum XBRL (Extensible Business Reporting Language) 
pelas empresas brasileiras facilita o tratamento e a comparação de informações 
financeiras por parte dos analistas e investidores, deverá contribuir para o aumento dos 
investimentos transnacionais, criando condições para uma ampliação do uso das IFRS. 
Essa busca pela padronização contábil internacional propiciou que a Bolsa de Valores 
de São Paulo (BOVESPA) criasse algumas exigências para que as Companhias brasileiras 
detentoras de padrão de governança corporativa Nível 2 (“Companhias do Nível 2”) ou de Novo 
Mercado devam elaborar demonstrações contábeis de acordo com Padrões Internacionais. Para 
isso, segundo a BOVESPA (2006), após o encerramento de cada exercício social a Companhia 
deverá, adicionalmente ao previsto na legislação societária vigente, observar as seguintes 
exigências: 
 elaborar demonstrações contábeis ou demonstrações consolidadas, conforme 
previsto nos padrões internacionais IFRS ou US GAAP, em reais ou dólares 
americanos, que deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês, 
acompanhadas do relatório da administração, de notas explicativas, que informem 
inclusive o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício 
segundo os princípios contábeis brasileiros e a proposta de destinação do resultado, 
e do parecer dos auditores independentes; ou divulgar, no idioma inglês, a íntegra 
das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas explicativas, 
elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira, acompanhadas de nota 
explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do 
patrimônio líquido apurados segundo os critérios contábeis brasileiros e segundo os 
padrões internacionais IFRS ou US GAAP, conforme o caso, 5 evidenciando as 
principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos 
auditores independentes. 
Esse processo de convergência brasileira em direção aos padrões internacionais de 
contabilidade, culminou com a publicação da deliberação 488 da CVM, determinando como 
compulsória essa harmonização para as Companhias de capital aberto no Brasil. 
Esse pronunciamento, segundo a CVM (2006) dispõe sobre considerações gerais para 
a apresentação de demonstrações contábeis, diretrizes para sua estrutura e requisitos mínimos 
de seu conteúdo, incluindo a descrição das práticas contábeis. Ao dispor sobre a estrutura e 
conteúdo das demonstrações contábeis, este pronunciamento trata também de normas 
específicas para a elaboração do Relatório da Administração aos investidores, reafirma a 
prevalência do princípio da essência econômica sobre a forma e traz para o ambiente das 
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informações contábeis divulgadas para o mercado de capitais brasileiros o alinhamento à 
norma internacional IAS 1 (International Accounting Standards 1 – framework for the preparation and 
presentation of financial statements). 
Os principais elementos das demonstrações financeiras internacionais IFRS: 
 Balanço Patrimonial IFRS 
 Demonstração de Resultados IFRS 
 Demonstração de fluxo de caixa IFRS 
 As notas explicativas e as divulgações IFRS 
BIBLIOGRAFIA 
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves. Introdução à 
Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas 
SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; FERNANDES, Luciane Alves. Fundamentos à 
Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Normas_internacionais_de_contabilidade_IAS_/_IFRS 
http://www.iasb.org/Home.htm http://www.ibracon.com.br/noticias/destaque.asp?ide
ntificador=2939 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Demonstra%C3%A7%C3%A3o_de_Resultados&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Normas_internacionais_de_contabilidade_IAS_/_IFRS
http://www.iasb.org/Home.htm
http://www.ibracon.com.br/noticias/destaque.asp?identificador=2939
http://www.ibracon.com.br/noticias/destaque.asp?identificador=2939

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