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PADRÃO, SISTEMAS E OPERAÇÕES POLICIAIS

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IES - Instituto de Ensino Superior 
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E-mail: contato@institutodeensinosuperior.com.br 
Disciplina de Padrão, Sistemas e Operações Policiais. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A presente disciplina tem como objetivo dotar o aluno de conhecimentos na 
área de segurança pública, desde o policiamento ostensivo preventivo até a área de polícia 
judiciaria. Estudando a Constituição Federal e a Constituição Estadual, quais são os órgãos que 
integram a segurança pública e quais suas atribuições. 
Demonstrar ao discente a importância da aplicação dos direitos humanos pelos 
responsáveis pela aplicação da Lei. 
Estudar o atual modelo de policiamento em nosso país e debater sobre o que pode ser mudado 
com a finalidade de prevenir o crime e ressocializar o infrator da lei 
 
 SEGURANÇA PÚBLICA 
Segurança pública é o conjunto de ações e processos jurídicos, administrativos 
e judiciais integrados que visam à ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
Em outras palavras, são as atitudes que o estado (todos os três poderes) toma para garantir 
(pelo menos em teoria) a segurança da população e seus bens. 
 É um sistema integrado que envolve desde a prevenção contra delitos até a 
reparação dos danos causados. É a vigilância, o tratamento das causas, a repressão, a defesa dos 
direitos, a reinclusão na sociedade. Polícia, exército, promotores, juízes, políticos. Tudo 
funcionando de maneira conjunta. 
“O direito a segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido 
mediante a implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar 
condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. É possível ao Poder 
Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas públicas 
constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão que envolve o poder 
discricionário do Poder Executivo.” (RE 559.646-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 
7-6-2011, Segunda Turma, DJE de 24-6-2011.) 
Antes de iniciar o tema segurança pública, há a necessidade de se dar uma visão 
sobre o conceito de poder de polícia. Trata-se da faculdade de que dispõe a Administração 
Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em 
benefício da coletividade ou do próprio Estado. Pode-se afirmar, contudo, que o poder de 
polícia é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os 
abusos do direito individual. 
Entretanto, se os representantes da Administração Pública extrapolarem os 
limites da legalidade deverão, observados o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei, serem punidos pelo crime de abuso de poder ou de autoridade 
descrito na lei 4898, de 09 de dezembro de 1965. O artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal 
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=624471
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reza que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma senão em virtude de lei”. O 
artigo 37, parágrafo 6º, do mesmo texto federal, trata da responsabilidade civil e objetiva da 
Administração Pública. 
O artigo 144, da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, nos ensina que 
a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, policias 
civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares e, também, guardas municipais. 
 
SEGURANÇA PÚBLICA SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
 Polícia Federal – artigo 144, inciso I, parágrafo 1º. 
Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de 
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim 
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija 
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei. 
Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de competência. 
Exercer as funções de polícia marítima, aéreo-portuária e de fronteiras. 
Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal - Artigo 144, 
incisos II e III, parágrafos 2º e 3º. 
 
Trata-se de órgãos permanentes, estruturados em carreira e destinam-se, na 
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias e ferrovias federais. 
Vale frisar que o patrulhamento das rodovias e ferrovias estaduais é matéria de 
competência das polícias dos Estados. 
POLÍCIA CIVIL 
Ás polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, 
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações 
penais, exceto as militares. 
POLÍCIA MILIAR E CORPOS DE BOMBEIRO MILITAR 
Ás polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem 
pública. 
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Aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, 
incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva 
do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios. 
 GUARDA MUNICIPAL 
“Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de 
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”, texto extraído do Artigo 144, 
parágrafo 8º. 
 
SEGURANÇA PÚBLICA SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL 
Art. 121 - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para assegurar a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas, 
do patrimônio e do meio ambiente e o pleno e livre exercício dos direitos e garantias 
fundamentais, individuais, coletivos, sociais e políticos, estabelecidos nesta e na Constituição da 
República, por meio dos seguintes órgãos: 
I - Polícia Civil; 
II - Polícia Militar; 
III - Corpo de Bombeiros Militar. 
Art. 122 – As Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar 
subordinam-se ao Governador do Estado, sendo os direitos garantias, deveres e prerrogativas de 
seus integrantes definidos em leis específicas, observados os seguintes princípios: 
I - o exercício da função policial é privativo de membro da respectiva carreira, 
recrutado por concurso público de provas, ou de provas e títulos, e submetido a curso de 
formação policial ou de bombeiro. 
II - a função policial é considerada perigosa e a de bombeiro militar, perigosa e 
insalubre; 
III - será adotada política de especialização de policiais e bombeiros que se 
destacarem em suas atribuições, com a colaboração das universidades e cursos especializados; 
IV - a Polícia Militar será organizada sob o comando de Oficial do último posto 
da corporação, com curso superior de polícia; 
V - o Corpo de Bombeiros Militar será organizado sob comando de Oficial do 
último posto da corporação, com curso superior de Bombeiro Militar ou curso superior de 
polícia e curso de bombeiro para oficial; 
IV - na divulgação, pelos órgãos de segurança pública, aos veículos de 
comunicação social, de fatos referentes à apuração de infrações penais, será assegurada a 
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preservação da intimidade, da honra e da imagem das pessoas envolvidas, inclusive das 
testemunhas. 
V – a criação de delegacia da polícia civil far-se-á por lei específica. 
POLÍCIA CIVIL 
 Polícias civis – Artigo 144, inciso IV, parágrafo 4º da Carta Magna. 
Às policias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incubem, 
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações 
penais, exceto as militares. 
A Constituição Estadual também vem no mesmo sentido: 
Art. 123. À Polícia Civil, dirigida por Delegados de Polícia, cuja carreira 
integra, para todos os fins, as carreiras jurídicas do Estado, incumbem as funções de polícia 
judiciária e a apuração das infrações penais, exceto as militares e as de competência da União. 
 POLÍCIA MILITAR 
Já a Constituição Estadual diz que: 
Art. 124 - A Polícia Militar é instituição permanente, organizada com base na 
disciplina e na hierarquia, competindo-lhe, entre outras, as seguintes atividades: 
I - o policiamento ostensivo de segurança; 
II - a preservação da ordem pública; 
III - a polícia judiciária militar, nos termos da lei federal; 
IV - a orientação e instrução da Guarda Municipal, quando solicitadas pelo 
Poder Executivo municipal; 
V - a garantia do exercício do poder de polícia, dos poderes e órgãos públicos 
estaduais, especialmente os das áreas fazendária, sanitária, de uso e ocupação do solo e do 
patrimônio cultural. 
Parágrafo único - A estrutura da Polícia Militar conterá obrigatoriamente uma 
unidade de polícia florestal, incumbida de proteger as nascentes dos mananciais e os parques 
ecológicos, uma unidade de polícia rodoviária e uma de trânsito. 
Compete às policiais militares estaduais a realização do policiamento ostensivo 
preventivo visando à manutenção e a preservação da ordem pública e da paz social. 
A sociedade civil identifica o policial militar, ostensivamente, quer através de 
seu fardamento, armamento e viatura e seu acionamento ocorre através do COPOM - Centro de 
Operações da Polícia Militar, discando-se 190, o qual empenha a ocorrência à sua área de 
operação. 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR 
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Art. 125 - O Corpo de Bombeiros Militar é instituição permanente, 
organizada com base na hierarquia e na disciplina, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes 
atribuições: 
I - a execução de atividades de defesa civil; 
II - a prevenção e o combate a incêndios e a situações de pânico, assim como 
ações de busca e salvamento de pessoas e bens; 
III - o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas com a defesa civil 
e a prevenção de incêndio e pânico; 
IV - a análise de projetos e inspeção de instalações preventivas de proteção 
contra incêndio e pânico nas edificações, para fins de funcionamento, observadas as normas 
técnicas pertinentes e ressalvada a competência municipal definida no Art. 64, incisos V e VI, e 
no art. 69, inciso VIII, desta Constituição. 
Tratando-se de ocorrências que envolvam “acidentes e salvamentos em geral” e, 
nesse sentido, especificamente, sinistro com fogo e acidente automobilístico, deve-se acionar o 
contingente do Corpo de bombeiro militar, através do número 193 (Resgate) e, se necessário 
for, 192 (SAMU) – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, da Prefeitura Municipal. 
Às policias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva 
do exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados e 
do Distrito Federal. 
 
 
ORDEM PÚBLICA 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
Constituição: É o conjunto de normas, fixando a estrutura fundamental do Estado, 
determinando as funções e competência de seus órgãos principais, estabelecendo os processos 
de designação dos governantes e declarando os direitos essenciais das pessoas e suas respectivas 
garantias. É a lei reguladora ou suprema de um país. 
 
 Polícia Militar: É a Instituição Pública, organizada com base na hierarquia e disciplina, 
incumbida da preservação da ordem pública e da polícia ostensiva, nos respectivos Estados, 
Territórios e no Distrito Federal. 
 
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Poder de polícia: 
a) O poder de polícia, um dos poderes administrativos, é a faculdade de que dispõe a 
administração pública para o controle dos direitos e liberdades das pessoas, naturais ou 
jurídicas, inspirado nos ideais do bem COMUM; 
b) São atributos do poder de polícia: 
1) Discricionariedade: compete ao policial aferir e valorar a atividade policiada, 
segundo critérios de conveniência, oportunidade e justiça, inclusive quanto à sanção de polícia a 
ser imposta, tudo nos limites da lei. 
2) Auto-executoriedade: o ato de polícia independe de prévia aprovação ou autorização 
do Poder Judiciário para ser concretizado. 
3) Coercibilidade: o ato de polícia é imperativo, admitindo-se o emprego de força para 
concretizá-lo. Entretanto, não pode descambar para o arbítrio, caracterizado pela violência, pelo 
excesso. 
c) São modos de atuar do poder de polícia: 
1) Ordem de polícia: preceito pelo qual o Estado impõe limitação às pessoas, naturais 
ou jurídicas, para que não se faça aquilo que pode prejudicar o bem comum ou não se deixe de 
fazer aquilo que poderia evitar prejuízo público. 
2) Consentimento de polícia: controle prévio feito pelo Estado, compatibilizando o 
interesse particular com o interesse público. Manifesta-se pela licença, vinculada a um direito, 
ou pela autorização, discricionária e revogável a qualquer tempo. 
3) Fiscalização de polícia: é a verificação, de ofício ou provocada, do cumprimento das 
ordens e consentimentos de polícia. Tem dupla utilidade, a prevenção e a repressão das 
infrações. Quando a fiscalização de polícia é exercida em matéria de ordem pública, recebe a 
denominação de policiamento. 
4) Sanção de Polícia: é a intervenção punitiva do Estado para reprimir a infração. 
Tratando-se de ofensa à ordem pública, é o constrangimento pessoal, direto e imediato, na justa 
medida para restabelecê-la. 
4 - Segurança pública 
a) Estado antidelitual, de valor comunitário, que resulta da observância dos preceitos contidos 
na legislação penal, podendo resultar das ações policiais preventivas ou repressivas ou ainda da 
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simples ausência, mesmo que temporária, dos delitos. A segurança pública é aspecto da ordem 
pública e tem nesta o seu objeto. 
b) A comunidade tem direito e responsabilidade pela segurança pública, dela participando, 
quando adota meios de defesa, que visem a sua segurança física e, também, de seu patrimônio. 
 
5 - Ordem pública 
a) Fundamenta-se em um conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento 
jurídico da Nação, tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis, do interesse 
público, estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder 
de polícia, e constituindo uma situação ou condição que conduza ao bem comum. 
Situação de tranquilidade e normalidade que o Estado deve assegurar às instituições e a 
todos os membros da sociedade, consoante as normas jurídicas legalmente estabelecidas. A 
ordem pública existe quando estão garantidos os direitos individuais, a estabilidade das 
instituições, o regular funcionamento dos serviços públicos e a moralidade pública, afastando-se 
os prejuízos à vida em sociedade, istoé, atos de violência, de que espécie for, contra as pessoas, 
bens ou o próprio Estado. 
b) A ordem pública é, sempre, uma noção de valor nacional, composta pelos seguintes 
aspectos: 
1) Tranquilidade pública: clima de convivência pacífica e bem-estar social, onde reina 
a normalidade das coisas, isenta de sobressaltos ou aborrecimentos. É a paz pública nas ruas, 
uma situação de bem estar social. 
2) Salubridade pública: situação em que se mostram favoráveis às condições de vida. 
3) Segurança pública- vide conceito no item anterior. 
 
6 - Preservação da ordem pública: A preservação da ordem pública comporta duas fases: a 
primeira, em situação de normalidade, quando é assegurada mediante ações preventivas com 
atitudes dissuasivas e a segunda, em situação de anormalidade, estando ofendida a ordem 
pública, quando deverá ser restabelecida mediante ações repressivas imediatas, com atitudes 
de contenção. 
 
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7 - Policiamento ostensivo: É ação exclusiva das Polícias Militares, em cujo emprego o homem 
ou a fração de tropa sejam identificados de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento, 
armamento ou viatura, objetivando a preservação da ordem pública. 
 
8 - Polícia Ostensiva 
a) Denominação brasileira que evoluiu da expressão "policiamento ostensivo", 
ganhando dignidade constitucional com a Carta de 1988 e destinada a preservar a ordem 
pública. 
b) A polícia ostensiva apresenta o seguinte perfil: 
1) atua preventivamente para assegurar a ordem pública; 
2) atua repressivamente para restabelecer a ordem pública. No tocante às infrações penais 
comuns, limita-se à repressão imediata, caracterizada no atendi- mento da ocorrência, incluído o 
estado de flagrância; 
3) compreende os quatro modos de atuar do poder de polícia; 
4) possui investidura militar; 
5) exerce as funções de força policial nos termos da lei; 
6) exerce as funções de polícia judiciária militar estadual sobre seus componentes; 
7) integra-se ao sistema de defesa territorial da Nação como força auxiliar e reserva do Exército. 
 
9 - Estratégia Policial-Militar 
São alternativas e decisões que caracterizam um conjunto integrado de ações, destinadas a 
viabilizar o alcance dos objetivos institucionais. 
 
10 - Tática policial militar: É a arte de empregar a tropa em operações policiais- militares que 
visam a assegurar ou restabelecer a ordem pública. 
 
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11 - Técnica policial militar: É o conjunto de métodos e procedimentos usados para a execução 
eficiente das atividades policiais-militares nas ações e operações que visem à preservação da 
Ordem Pública. 
 
12 - Ocorrência policial-militar: É todo fato que exige intervenção policial-militar, por 
intermédio de ações ou operações. 
 
13 - Ação policial-militar: É o desempenho isolado de fração elementar ou constituída, com 
autonomia para cumprir missões rotineiras de Policiamento Ostensivo. 
 
14 - Operação policial-militar: É a conjugação de ações, que exige planejamento específico, 
executadas por frações de tropa constituída, podendo, inclusive, contar com a participação de 
outros órgãos, públicos ou privados. 
 
B - CARACTERÍSTICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO 
São aspectos gerais de que se reveste a atividade policial- militar, definindo lhe o campo de 
atuação e as razões de seu desencadeamento. 
 
1 - Ação pública: O policiamento ostensivo é exercido, visando a preservar o interesse geral de 
segurança pública nas comunidades, resguardando o bem comum em sua maior amplitude. Não 
se confunde com zeladoria - atividade de vigilância particular de bens ou áreas -, nem com a 
segurança pessoal de indivíduos sob ameaça. A eventual atuação, nessas duas situações, poderá 
ocorrer por conta das excepcionalidades e não como regra de observância imperativa. 
 
2 - Totalidade: O Policiamento Ostensivo é uma atividade essencialmente dinâmica, que tem 
origem na necessidade comum de segurança da comunidade, permitindo-lhe viver em 
tranquilidade pública. É desenvolvido sob os aspectos preventivo e repressivo, consoante seus 
elementos motivadores, assim considerados os atos que possam se contrapor ou se 
contraponham à Ordem Pública. Consolida-se por uma sucessão de iniciativas de planejamento 
e execução ou em razão de clamor público. Deve fazer frente a toda e qualquer ocorrência, quer 
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por iniciativa própria, quer por solicitação, quer em razão de determinação. Em havendo 
envolvidos (pessoas, objetos), quando couber, serão encaminhados aos órgãos competentes, ou 
estes cientificados para providências, se não implicar em prejuízo para o início do atendimento. 
 
3 - Dinâmica 
a) O desempenho do sistema de policiamento ostensivo será feito, com prioridade, no 
cumprimento e no aperfeiçoamento dos planos de rotina, com o fim de manter continuado o 
íntimo engajamento da tropa com sua circunscrição, para obter o conhecimento pormenorizado 
do terreno e dos hábitos da população, a fim de melhor servi-Ia. O esforço é feito para 
manutenção dos efetivos e dos meios na execução daqueles planos - que conterão o rol de 
prioridades - pela presença continuada, objetivando criar e manter na população a sensação de 
segurança que resulta na tranquilidade pública, objetivo final da manutenção da ordem pública. 
As operações policiais-militares, destinadas a suprir exigências não atendidas pelo policiamento 
existente em determinados locais, poderão ser executadas esporadicamente, em caráter 
supletivo, por meio de saturação - concentração maciça de pessoal e material para fazer frente à 
inquietante situação temporária, sem prejuízo para o plano de policiamento. 
b) Toda análise e trabalho de planejamento administrativo ou operacional de- vem levar 
em conta objetivos globais, de forma que conheçamos o todo, para ter- mos eficiência 
operacional e o máximo de aproveitamento. 
c) O policiamento ostensivo não deve ser organizado de maneira rígida e imutável. Terá 
de ser flexível para adaptar-se às situações anormais atendendo o clamor da comunidade 
objetivando o pronto e pleno restabelecimento da ordem pública. 
 
4 - Legalidade 
As atividades de policiamento ostensivo desenvolvem-se dentro dos limites que a lei estabelece. 
O exercício do poder de polícia é discricionário, mas não arbitrário. Seus parâmetros são a 
própria Lei, em especial os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. 
Há situações em que o policial-militar atua discricionariamente em defesa da moralidade 
pública e do bem comum, nesses casos seus limites continuam sendo as garantias 
constitucionais. 
 
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5 - Ação de presença 
a) É a manifestação que dá à comunidade a sensação de segurança, pela certeza de 
cobertura policial-militar. Ação de presença real consiste na presença física do policial-militar, 
agindo por dissuasão nos locais onde a probabilidade de ocorrência seja grande. 
Ação de presença potencial é a capacidade de o policiamento ostensivo, num espaço de tempo 
mínimo (tempo de resposta), acorrer a local onde uma ocorrência policial-militar é iminente ou 
já se tenha verificado. 
b) Entre outras são ações de policiamento ostensivo: 
1) verificações localizadas de pessoas e/ou instalações; 
2) patrulhamento apé e motorizado; 
3) investigações de campo; 
4) fiscalização das normas de trânsito; 
5) colaboração no fluxo de trânsito local; 
6) atendimento de acidente de trânsito; 
7) segurança escolar; 
8) prevenção de tumultos. 
E - PROCEDIMENTOS BÁSICOS 
São Comportamentos padronizados, que proporcionam as condições básicas para o 
pleno exercício das funções policiais-militares, e, por isso, refletem o nível de qualificação 
profissional do homem e da corporação. Compreendem os requisitos básicos, as formas de 
empenho em ocorrências, os fundamentos legais e as técnicas mais usuais. 
 
1). Requisitos Básicos 
1 - Conhecimento da missão: O desempenho das funções de policiamento ostensivo impõe 
como condição essencial para eficiência operacional, o completo conhecimento da missão, que 
tem origem no prévio preparo técnico-profissional, decorre da qualificação geral e específica e 
se completa com o interesse do PM. 
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2 - Conhecimento do local de atuação: Compreende o conhecimento de todos os aspectos 
físicos do terreno, de interesse policial-militar, assegurando a familiarização indispensável ao 
melhor desempenho operacional. 
3 - Acessibilidade: Deve ser facilitado à comunidade, o acesso aos serviços da Polícia Militar 
seja pelo telefone ou pelo local de estacionamento da patrulha. Também devem ser amplamente 
divulgados os endereços das unidades policiais- militares. 
4 - Relacionamento: Compreende o estabelecimento de contatos com os integrantes da 
comunidade, proporcionando a familiarização com seus hábitos, costumes e rotinas, de forma a 
assegurar o desejável nível de controle policial-militar, para detectar e eliminar as situações de 
risco, que alterem ou possam alterar o ambiente de tranquilidade pública. 
5 - Postura e compostura: A atitude, compondo a apresentação pessoal e a correção de 
maneiras no encaminhamento de qualquer ocorrência, influi decisivamente na confiabilidade do 
público em relação à Corporação e mantém elevado o posicionamento do PM, facilitando-lhe, 
em consequência, o desempenho operacional. 
6 - Comportamento na ocorrência: O caráter impessoal e imparcial da ação policial-militar 
revela a natureza eminentemente profissional da atuação, em qualquer ocorrência, e requer seja 
revestida de urbanidade, energia serena, brevidade compatível e, sobretudo, isenção. 
 
2). Formas de empenho em ocorrências 
 
1 – Averiguação: É o empenho do PM, visando à constatação do grau de tranqüilidade 
desejável e (ou) à tomada de dados e exame de indícios, que poderão conduzir a providências 
subsequentes. 
A averiguação normalmente se processa para esclarecimento de comportamento 
incomum ou inadequado e de alteração na disposição de objetos e instalações. Merecem a 
atenção especial do policial-militar os seguintes eventos, dentre outros: 
- pessoa encostada em carro, altas horas da noite; 
- pessoa retirando-se furtivamente por ruas mal iluminadas; 
- estabelecimentos comerciais às escuras, quando normalmente permanecem 
iluminados, ou vice-versa; 
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- aglomeração em torno de pessoa caída na via pública; 
- veículos estacionados de maneira irregular ou abandonados; 
- elementos em terrenos baldios; 
- elementos rondando escolas, parques infantis etc. 
2 – Advertência: É o ato de interpelar o cidadão encontrado em conduta inconveniente, 
buscando a mudança de sua atitude, a fim de evitar o cometimento de contravenção penal ou 
crime. 
1) Em sendo a prevenção das infrações a principal meta do policiamento os- tensivo, o 
policial-militar intervirá, advertindo quem se encontre em atitude antissocial, que possa ser 
sanada. Advertir não significa ameaçar ou proferir lição de educação moral. A advertência é, 
antes, uma interpelação feita pelo PM, para que alguém mude de atitude, e compreende apenas: 
- dizer que aquilo que o indivíduo está fazendo poderá constituir-se em contravenção 
penal ou crime; 
- solicitar que o advertido adote conduta conveniente. 
2) Jamais o PM deverá dizer o que pode fazer, como por exemplo: posso prendê-lo por 
isso", ou "se eu quisesse, poderia prendê-lo". Se atacado, mudando o advertido seu 
comportamento, o caso será encerrado; mantendo-se intolerante o admoestado, o PM deverá 
conduzi-lo ao Distrito Policial respectivo. As advertências serão feitas em tom de voz 
compatível e atitudes profissionais e impessoais. Devemos considerar que ninguém recebe uma 
advertência sem argumentar, alegando sempre ter razão; a inabilidade do policial-militar poderá 
transformar uma simples advertência em ocorrência mais grave. Em tais tipos de contato, é 
importante a forma de interpelação, que poderá ser realizada da seguinte maneira: 
- encaminhar-se ao cidadão com naturalidade, sem qualquer gesto ou atitude que 
denuncie exaltação de ânimo; 
- manter a cabeça erguida e os membros eretos, refletindo atitude de firmeza; 
- não empunhar talão de notificação, caneta ou bastão, antes da interpelação, pois isso 
demonstra uma conduta preconcebida da parte do policial-militar. 
3) Lembrar sempre que firmeza, com serenidade, desencoraja reação. Nada poderá ser 
alegado contra sua conduta se a mesma for de cortesia e firmeza ao fazer cumprir a Lei. 
 
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3 – Orientação: É o ato de prevenir a ocorrência de delitos através do esclarecimento ao 
cidadão, sobre as medidas de segurança que o mesmo deve tomar. 
1) Sendo o policial-militar o responsável pela segurança pública, deve ser o principal 
orientador da comunidade nesse mister. A orientação segura e precisa faz com que o cidadão 
sinta-se protegido, ou seja, um alvo de atenção por parte do PM, o que proporciona o 
desenvolvimento da confiança e do respeito ao serviço executado. A confiança e o respeito, por 
sua vez, trarão ao PM grandes benefícios na área das informações sobre delitos e pessoas, 
facilitando em muito o seu serviço. 
2) Os estabelecimentos comerciais de qualquer espécie, merecem atenção especial do 
PM, no sentido da orientação quanto às medidas de segurança que devem ser tomadas. Também 
o cidadão comum deve ser observado e orientado, sempre com correção de atitudes e cortesia 
sobre as maneiras pelas quais poderá prevenir ou dificultar o arrombamento de sua casa, o furto 
de sua bolsa, um "assalto", o roubo de seu automóvel etc. 
4 – Prisão: É o ato de privar da liberdade alguém encontrado em flagrante delito ou em virtude 
de mandado judicial. 
1) Flagrante delito 
- Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender 
quem: 
- está cometendo a infração penal; 
- acaba de cometê-la; 
- é perseguido pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, logo após cometer 
a infração penal, 
- é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos ou papéis que façam presumir 
ser ele o autor da infração. 
2) Mandado Judicial 
- É a ordem escrita da autoridade competente (juiz de direito) determinando a: 
- prisão preventiva; 
- prisão em virtude de pronúncia; 
- prisão por efeito de condenação. 
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- O mandado judicial deve: ser lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade que o expede; 
- designar a pessoa, que deve ser presa, pelo seu nome, alcunha e sinais característicos; 
- mencionar a infração penal que motivara prisão; 
- ser dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. 
c) Precauções 
1) A prisão pode ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, desde que respeitadas 
as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
2) Para efetuar a prisão, é admissível que o policial-militar empregue força física 
moderada, sempre sem violência arbitrária ou abuso de poder, nos casos de: 
- resistência; 
- agressão; 
- tentativa de fuga. 
3) É necessário, portanto, que o policial-militar, ao efetuar a prisão, adote cautelas 
apropriadas, não se excedendo no emprego de força, mesmo sendo provoca- do. Prendendo 
alguém, o policial militar é responsável pela preservação da sua integridade física. A 
inexistência de testemunho não impedirá que uma prisão seja feita. Em havendo testemunhas, 
serão relacionadas, preferencialmente, as que presenciaram os fatos. 
4) Diante de anormalidade ou irregularidade que não puder solucionar, a intervenção do 
policial-militar, quer solicitando a presença de seu superior, quer conduzindo o cidadão à 
delegacia, far-se-á, sempre, no sentido de resguardar o interesse social e evitar mal maior. 
Em havendo fundadas suspeitas de responsabilidade em crime ou contravenção, isto é, 
quando os elementos de convicção do PM forem suficientes e necessários para estabelecer nexo 
entre o suspeito e um fato ocorrido, não constitui constrangimento ilegal conduzir alguém ao 
Distrito Policial para esclarecimento mais amplo dos fatos. 
5) Através do COPOM ou outro local para consulta, o policial-militar poderá de 
imediato, via rádio ou fone, consultar os antecedentes criminais do detido, especialmente sobre 
a existência ou não de mandado de prisão contra ele. Da mesma forma poderão ser consultados 
veículos e armas. Com tais providências reduz-se a condução de pessoas a Distritos Policiais, ao 
mínimo necessário. 
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5 – Assistência: É todo auxílio essencial ao público, prestado pelo policial-militar de forma 
preliminar, eventual e não compulsória. 
Existem órgãos públicos e particulares incumbidos e especializados em prestar 
assistências diversas. Contudo, há circunstancias que exigem imediato auxílio, a fim de evitar 
ou minimizar riscos e danos à comunidade; nestes casos, o PM pode acorrer por iniciativa 
própria ou atendendo a solicitações. A assistência é prestada no interesse da segurança e do 
bem-estar público e deve contribuir para realçar o conceito da Corporação junto ao público 
externo. Gestos de civilidade e elegância repercutem favoravelmente e devem ser praticados, 
embora não constituam um dever legal. 
 
6 - Autuação 
É o registro escrito da participação do PM em ocorrência, retratando aspectos 
essenciais, para fins legais e estatísticos, normalmente feito em ficha, talão ou Boletim de 
Ocorrência da Polícia Militar (BO/PM), em se tratando de infração penal, terá sempre em vista 
o êxito da persecução criminal, 
O PM, ao registrar particularidades de ocorrência atendida, deve primar pela 
imparcialidade, somente mencionando circunstâncias relevantes constatadas. Não deve, sob 
qualquer pretexto, transcrever as versões apresentadas pelas partes envolvidas ou conclusões 
pessoais apressadas. 
 
3. Prevalência do aspecto preventivo sobre o repressivo na atuação da Policia Militar 
 
Embora a Corporação possa atuar, em determinadas circunstâncias, de maneira 
repressiva, a ação da Polícia Militar deve ser essencialmente preventiva, porque a presença 
constante e irrepreensível do PM tem, em termos concretos, maior influência no comportamento 
dos cidadãos do que o caráter intimidativo da própria lei. 
 Deve ser dada ênfase às ações preventivas, de modo que a patrulha fique liberada, para 
policiar o seu modulo, em pelo menos 90% de seu turno. Para que isso efetivamente ocorra há 
necessidade de adequar o modulo ao objetivo. 
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A atuação, em termos preventivos, da Polícia Militar, é importantíssima, porque a 
simples ação de presença ostensiva, hábil, atenta, apoiada sempre no exemplo e no espírito de 
justiça, constitui fator de desestímulo à prática de ilícitos penais e a melhor garantia da 
respeitabilidade da lei; 
 Em razão de a Polícia Militar atuar de maneira ostensiva, exercendo suas atribuições à 
vista de todos, utilizando uniforme que a identifica, o PM deve adotar, permanentemente, 
elevada conduta moral, quer no exercício funcional, quer na vida privada; 
 Na execução do policiamento ostensivo, o PM deve colocar-se, sempre, em condições 
de observar bem e, simultaneamente, ser facilmente visto, com o objetivo de melhor atender, em 
caso de informações e auxílio ao público, desestimulando, em decorrência, a prática de ações 
antissociais ou delituosas. 
 
A importância da atuação da Polícia Judiciária na repressão e apuração de crimes 
 
Encontra-se em crise a polícia judiciária brasileira. Em tempos de crescente e vertiginosa 
violência nas capitais brasileiras, a sociedade chega a questionar o papel da polícia na repressão 
ao crime. O trabalho realizado, embora sério e provido de muita dedicação, sempre será um 
trabalho em construção, que se inicia na investigação policial, transita pela elaboração da 
respectiva peça informativa - por vezes, o inquérito - e culmina com o relatório da autoridade 
policial. 
A discussão travada entre o Ministério Público e a Polícia Judiciária sobre a ação investigativa e 
a titularidade deste trabalho, realizada nos últimos 20 anos, elevou o questionamento acerca da 
função policial, seu trabalho na investigação criminal e a utilidade do inquérito policial, peça 
considerada dispensável para a propositura da ação penal. Criou-se, portanto, na visão de alguns 
juristas, a ilusão de que o inquérito policial seria fruto de um trabalho igualmente dispensável, já 
que, em detrimento da denúncia do Ministério Público, pode ser totalmente descartado, diante 
de outra produção fática que corrobore a ação delituosa. 
Preservando o devido respeito às opiniões eventualmente deflagradas, o inquérito policial 
representa muito mais que uma mera peça informativa. Ele pode ser considerado um contexto 
fático, que mormente vem acompanhado de uma longa e extensa jornada de trabalho policial, de 
dedicação, de abdicação da própria segurança do policial, muito estudo tático e tempo de 
pesquisa. A atividade da Polícia Judiciária é, sobretudo, um trabalho técnico e requer atenção 
redobrada e minuciosa, para que até os ínfimos detalhes não sejam ignorados ao construir a 
informação da investigação. 
Se os penalistas acompanhassem o trabalho realizado pelos órgãos estatais de segurança 
pública, não se adiantariam em defender a dispensabilidade do inquérito ou sequer cogitariam a 
possibilidade de descartá-lo como peça informativa sem uma causa que plenamente justificasse 
tal atitude. 
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O momento mais importante na persecução criminal acontece no calor dos 
acontecimentos, exatamente quando, nos crimes que deixam vestígio, a autoridade isola o 
local do crime e toma providências para que nada seja alterado até a chegada da perícia. 
Quando um crime deixa vestígios, um erro do policial pode ser suficiente para invalidar 
um futuro processo. É de saber notório, entretanto, que os vícios do inquérito policial não 
maculam a ação penal instaurada ou impedem a propositura de uma ação; no entanto, um 
erro na abordagem policial, uma má manipulação de provas irrepetíveisou cautelares ou 
uma investigação malsucedida podem desarmar toda a operação policial criada para 
deflagrar uma atividade criminosa, invalidando um trabalho de vários dias ou até meses, 
não viabilizando a propositura de uma ação penal e permitindo, com isso, que os suspeitos 
fujam ou que as provas pereçam ou se destruam. 
A investigação 
Quando o Código de Processo Penal afirma que a autoridade policial deve isolar o local do 
crime, garantindo, por conseguinte, o trabalho da perícia, não detalha todo o procedimento que 
deve ser adotado pela polícia quando ocorre a sua abordagem. Os procedimentos para busca e 
apreensão dos elementos do crime são típicos da ação da Polícia Judiciária e comportam várias 
condutas inarredáveis para o bom andamento da investigação. 
Para alcançar este fim, a polícia utiliza os recursos e técnicas criminalísticas para o tratamento 
dos vestígios deixados pelos elementos de crime. A autoridade policial, por sua vez, isola o 
local do crime e inicia uma operação de investigação, chamando atenção da presença de 
testemunhas e passando, por conseguinte, a coletar evidências fáticas das testemunhas do crime. 
Ao encontrar objetos relacionados ao delito, a autoridade policial registra sua descoberta, 
manuseia técnica e devidamente esse objeto, que em seguida servirá como prova material, e, 
antes de recolhê-lo, realiza sua identificação, para que essas informações constem do auto de 
apreensão e, posteriormente, do laudo pericial. 
Depois de encaminhado ao Instituto de Criminalística, esse objeto de crime é catalogado, 
analisado, estudado por peritos, dando ensejo a uma série de atos envoltos em um ritual de 
cautela para com os elementos apreendidos, para sua guarda e proteção, denominada cadeia de 
custódia. A importância que esses atos de investigação na busca e apreensão têm na coleta dos 
elementos do crime é imensurável. Não se cogita, neste universo comprobatório, o erro 
inescusável, o que macula a ordem e a perfeita elucidação do fato criminoso. 
É na delegacia que chegam as primeiras impressões do crime e a primeira constatação dos seus 
elementos. As confissões, as impressões das testemunhas, as reações do(s) suspeito(s), tudo é 
analisado no auge da instabilidade emocional do próprio investigado e de todos os demais 
envolvidos no fato criminoso, quando a memória ainda não se mostra tão falível e os elementos 
de prova estão prontos para análise, juntamente com os demais indícios, nos autos. 
A equipe que investiga o crime está preparada para identificar o local, isolá-lo, estudar seus 
acessos, realizar buscas e fazer vigilância intermitente aos alvos de investigação. Analisando o 
modus operandi do autor, sua assinatura do crime ou outros elementos que o identifiquem, a 
investigação caminha para um momento mais tranquilo, voltado para análise intelectiva dos 
elementos probatórios, através dos datiloscopistas e dos peritos. 
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A cultura minimalista da atividade policial, que tende a submetê-la a uma 
apreciação dispensável, uma valoração degradante, que evolui dos vergonhosos ambientes 
de delegacia aos pouco instruídos policiais que nela trabalham, vem sendo, ao longo dos 
anos, totalmente modificada. Pode-se atribuir essa alteração ao aprimoramento da prática 
policial pelos estados que investem na cultura, na instrução, por meio de cursos 
presenciais e virtuais, bem como na melhoria do estado geral das viaturas, equipamentos, 
armas, imóveis e pessoal que hoje compõem as secretarias de segurança dos estados. 
Sendo a atividade policial bastante complexa, o engano reside em se considerar que a prática 
policial se basta na elaboração malfeita de um inquérito e aposição de algumas viaturas nas ruas 
para que a polícia atue com presteza. A Polícia Judiciária no Brasil é digna de reconhecimento 
ao obedecer fielmente ao princípio da eficiência da Administração Pública: ela é especialista em 
fazer muito e fazer rápido tudo aquilo que o povo dela espera, com o menor aparato disponível. 
Novos rumos para a Polícia Judiciária 
Uma reflexão sobre o desprestígio da instituição e seu real valor para a sociedade 
Texto: Líbero Penello de Carvalho Filho 
No século XIX, delegado de polícia e juiz de Direito eram um só. O Poder Judiciário detinha as 
funções policiais e, mesmo quando foram dissociadas, o delegado de polícia continuou detentor 
de poder. Apenas para exemplificar, as audiências de alistamento militar eram conduzidas pelo 
juiz e pelo delegado, incumbindo ao Ministério Público apenas acompanhar tais audiências. 
O tratamento constitucional dado aos delegados de Polícia e à Polícia Judiciária nunca foi 
claramente marcado, ao passo que o Ministério Público era mencionado nos textos 
constitucionais como função essencial à Justiça, mas a abordagem das constituições brasileiras, 
no que pertine aos membros do Parquet, era um tanto contida, resumida mesmo. 
A partir da vigência da Constituição Federal de 1988, a Polícia Civil e os delegados de Polícia 
passaram a ter tratamento específico no âmbito constitucional. Também o Ministério Público e 
o Poder Judiciário experimentaram mudanças nesta transição constituinte, da ordem jurídica 
anterior a 1988 para a que atualmente vige entre nós. 
Ocorre que, enquanto estas mudanças trouxeram vantagens, benefícios e mais poder para 
Ministério Público e Poder Judiciário, a Polícia Judiciária viu-se desprestigiada: o delegado já 
não mais solucionava as infrações de menor potencial ofensivo na própria Delegacia, já não 
mais tinha a iniciativa de expedir mandados de busca e apreensão. 
O Ministério Público conquistou o direito de exercer o controle externo da atividade policial. O 
Poder Judiciário recebeu os poderes retirados do delegado de polícia. E a Emenda 
Constitucional 19/1998 veio retirar o cargo de delegado do rol das profissões integrantes de 
carreira jurídica, suprimindo o texto original do artigo 241 e alterando o artigo 135, ambos da 
Constituição de 1988. 
SEGURANÇA PÚBLICA E A OA GRUPOS VUNERAVEIS 
 
 POPULAÇÃO DE RUA 
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Conceito: 
Silva (2006), em sua dissertação de mestrado define a população de rua como: 
Grupo populacional heterogêneo, que tem em comum a pobreza absoluta, os 
vínculos familiares fragilizados ou interrompidos, é não possui moradia convencional, regular 
fazendo da rua espaço de moradia é sustento por contingência temporária ou de forma 
permanente, podendo utilizar albergues para pernoitar e abrigos, repúblicas, casa de acolhida 
temporária ou moradia provisórias, no processo de construção de saída das ruas. 
Esta definição é utilizada pela SENASP. 
 
Estas pessoas se encontram em extrema vulnerabilidade social, expostas aos 
perigos das ruas das cidades brasileiras, bem como ao preconceito por parte do restante da 
população, muito comunmente possuem histórico de rompimento familiar, com o trabalho e por 
fim com a própria moradia. Aparecida de Goiânia por ser uma cidade pertencente à região 
metropolitana de Goiânia e com grande desigualdade social, vem apresentando crescente 
numero de pessoas nestas condições, tendo alem da população de rua fixa a flutuante que 
transita e permanece de forma temporária no município. 
 
Muitas destas pessoas utilizam as proximidades de instalações públicas 
municipais para passarem a noite, utilizando destes como abrigos temporários, principalmente 
pelo fato de serem espaços monitorados e com isso oferecem maior segurança aos mesmos. 
Assim o Guardo Civil Municipal de Aparecida de Goiânia por ter como missão a proteção 
destes locais, comunmente ira se deparar comsituações envolvendo estes cidadãos brasileiros, 
devendo estar preparado para resolução de demandas que eventualmente venham a surgir. 
Em muitos casos estas pessoas sobrevivem com pouca ou nenhuma renda, 
sendo comum exercerem atividades informais e em muitos casos marginalizadas por uma 
parcela da sociedade tais como catadores de material recicláveis, lavadores e vigias de carro por 
exemplo, existindo ainda os que vivem de pedir esmolas é aqueles que não se fixam em uma 
cidade, recebendo estes últimos o apelido de trecheiros. 
 
Inúmeros são os casos de portadores de deficiência mental, dependentes 
químicos, alcoólatras, é situações de conflitos familiares que levaram a pessoa a sair de casa e 
decidir morar nas ruas. 
 
IMPORTANTE! 
GCM Procure saber locais em sua cidade que recepcione pessoas em situação 
de rua, tais como abrigos e albergues, para caso seja necessário você saiba para onde 
encaminhar uma pessoa nesta situação. 
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Contagem realizada no ano de 2007 em setenta e uma cidades, pelo Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, apontam que: 
82% das pessoas em situação de rua são do sexo masculino; 
53% das pessoas em situação de rua possuem entre 25 e 44 anos; 
39,1% das pessoas em situação de rua se declararam pardas, 29,5 brancas e 27,9 
negras; 
74% dos entrevistados sabem ler e escrever; 
95% não estavam estudando. 
 
IMPORTANTE! 
É missão constitucional das Guardas Municipais a proteção a serviços do 
município, assim caso você GCM esteja acompanhando agentes da prefeitura em operações 
envolvendo população de rua, lembre-se que sua função ali é única e exclusivamente proteger 
os executores do serviço prestado é não humilhar ou constranger pessoas que se encontrem 
nesta situação. 
 
As pessoas em situação de rua fazem parte de um grupo marcado por uma 
invisibilidade social, sua realidade representa graves violações a diversos conceitos 
constitucionais, tais como: 
Principio da Dignidade da Pessoa Humana e da Vedação à Discriminação 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos: 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana. 
Comentário: 
Todos podem buscar seus direitos e devem ser tratados com respeito, 
independentemente da aparência ou qualquer outra condição física, psicológica ou social. 
Principio da Justiça Social 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
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 regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação 
Comentário 
Quando uma pessoa estiver vivendo em situações precárias, deve ser atendida e 
encaminhada aos órgãos competentes, para que possa recuperar uma condição de vida digna. 
 
Principio da Igualdade ou Isonomia 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. 
Comentário 
As pessoas em situação de rua são cidadãos como qualquer outro que vive neste 
pais, e assim devem ser tratadas pelas autoridades e por todas as pessoas. 
 
Principio da Legalidade 
Art. 5º 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei. 
Comentário 
As pessoas na rua não são obrigadas a fazer nada que não seja exigido por lei, é 
desde que não estejam cometendo crime são livres para estarem em qualquer lugar. 
 
Principio da Vedação à Tortura e Tratamentos Desumanos ou Degradantes 
Art. 5º 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante. 
Comentário 
Como qualquer outra pessoa, o morador de rua deve ser tratado com respeito, 
sem violência de qualquer natureza. 
 
Principio da Função Social da Propriedade 
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Art. 5º. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social. 
Comentário 
Entende-se que quando um morador de rua estiver próximo ou nas 
dependências de uma propriedade privada, sem estar causando tumulto ou cometendo algum 
crime, estará apenas dando a este imóvel uma função social. 
O GCM deve aplicar estes conceitos constitucionais de maneira mais adequada 
e humana possível de acordo com sua missão institucional, contribuindo com a recuperação da 
confiança nos serviços públicos. 
 
 
 PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
 
É importante que o GCM compreenda a situação das pessoas com deficiência 
no Brasil, de modo a prestar um atendimento adequado. O espaço público quase sempre não 
está preparado para as necessidades dessas pessoas. 
No ano de 2000 havia no Brasil 24,6 milhões de pessoas com alguma 
deficiência, sendo a deficiência visual a mais significativa, acometendo 16,6 milhões de pessoas 
ou o equivalente a 68% das deficiências e 9,8% da população. Em segundo lugar, a dificuldade 
de caminhar ou subir escadas incidia sobre 7,9 milhões de pessoas. 
 
Tipo de Deficiência Quantidade de Pessoas 
Mental 2.844,937 
Físicas 1.416.060 
Visual 16.644.842 
Auditiva 5.735.099 
Motora 7.939.784 
Fonte IBGE, Censo 2010. 
 
As regiões Sudeste e Nordeste juntas correspondem a 71% do total, sendo que o 
público feminino e maior no quantitativo geral de pessoas que apresentam algum tipo de 
deficiência. 
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As causas mais frequentes de deficiência identificadas nas áreas de maior 
carência estão ligadas fundamentalmente, as condições socioeconômicas do país que se refletem 
sobre a população mais vulnerável. 
A Constituição Federal em seus artigos 227 §2º e 244 dispõe sobre a temática 
referente a acesso adequado às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida por meio 
de eliminação de barreiras em espaços públicos. 
Constituição Federal: 
Art. 227. § 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos 
edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir 
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso 
público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso 
adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme o disposto no art. 227, § 2º. 
Como o GCM deve realizar o atendimento a pessoas com deficiência: 
Sempre! 
Olhar diretamente para a pessoa ao falar com ela; 
Utilizar mais de uma forma de comunicação se necessário; 
Dirigir-se diretamente a pessoa com deficiência mesmo que ela esteja 
acompanhada; 
Não enfatizar o atendimento ou dialogo; 
Ser paciente e atencioso, principalmente se ela tiver dificuldade de fala ou 
audição. 
Nunca! 
Ser apresado e desatencioso no dialogo; 
Completar as frases ou falar pela pessoa que esta sendo atendida; 
Ficar olhando de maneira fixa para algo que lhe chame a atenção na pessoa; 
Ajudar sem ser solicitado, excetose a pessoa sofrer acidente ou passar mal. 
Lembre-se! 
A pessoa atendida tem alguma deficiência, mas, como todo ser humano tem 
talentos é possui habilidades em áreas especificas; 
Importante o GCM se colocar no lugar da pessoa atendida para melhor 
compreender suas necessidades. 
 
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SAIBA MAIS! 
 
WWW.adfego.com.br (Associação Dos Deficientes do Estado de Goiás) 
WWW.asgoiania.org.br (Associação dos Surdos de Goiânia) 
Lei 7.853 de 24 de Outubro de 1989 Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras 
de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos 
dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras 
providências. 
 ASSISTÊNCIA A IDOSO 
 
A Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003, também conhecida como “Estatuto do 
Idoso” define como pessoa idosa aquela com idade igual ou superior a 60 anos. 
 
Os profissionais de Segurança Pública durante o desenvolvimento de suas 
atividades poderão se deparar com situações envolvendo pessoas da terceira idade, deve-se 
respeitar sua idade e condições de saúde, em qualquer situação. 
 
Será apresentada a seguir situações inerentes as previsões legais contidas no 
Estatuto do Idoso, através de exemplos práticos inerentes a realidades vividas por Guardas 
Municipais, bem como a postura a ser adotada por estes agentes para a resolução destas 
demandas: 
 
Saúde 
O Artigo 15 do Estatuto do Idoso diz que o idoso tem atendimento preferencial 
no Sistema Único de Saúde e o artigo 114 alterou a redação do artigo 1º da Lei 10.048 de 08 de 
novembro de 2000 (Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e da outras 
providências) e passou a ter a seguinte redação: 
 Art. 1º As pessoas portadoras de deficiência, os idosos, as gestantes, as 
lactantes e as pessoas com crianças de colo terão atendimento prioritário nos termos da lei. 
 
Situações Práticas 
CASO 1: Imagine que você GM está de serviço em um posto de saúde 
municipal (CAIS) é de repente e procurado por uma pessoa acompanhada da mãe dela de 80 
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anos de idade, lhe relatando que sua mãe esta muito mal, e lhe pede ajuda, pois a fila está grande 
e ninguém quer ceder lugar a sua mãe. 
Como você agiria? 
RESPOSTA: A mãe desta pessoa deve ser atendida primeiro, desde que não 
haja um caso de maior gravidade envolvendo outra pessoa idosa na sua frente. 
CASO 2: Um senhor de 63 anos lhe procura é relata necessitar de uma 
medicação controlada para diabetes e se você pode ajuda-lo adquirir gratuitamente o referido 
medicamente. 
Como você agiria? 
RESPOSTA: Neste caso você deve orientar o mesmo a procurar um órgão de 
saúde da prefeitura é fazer um cadastro para o recebimento dos remédios. 
 
Estatuto do Idoso Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por 
intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, 
em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e 
recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os 
idosos. 
§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, 
medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros 
recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. 
 
FIQUE ATENTO! 
GCM Procure saber o órgão municipal local responsável pelo cadastramento e 
distribuição gratuita de remédios para idosos. 
 
Transporte 
Estatuto do Idoso Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica 
assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos 
serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. 
§ 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer 
documento pessoal que faça prova de sua idade. 
§ 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão 
reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a 
placa de reservado preferencialmente para idosos. 
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§ 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 
(sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para 
exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo. 
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos 
termos da legislação específica: (Regulamento) 
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual 
ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos; 
II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, 
para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-
mínimos. 
Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os 
critérios para o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II. 
 
Situação Prática 
Você trabalha na rodoviária e é solicitado por uma senhora de 75 anos de idade 
que relata que não pode viajar em um coletivo interestadual pois a empresa não autoriza a 
liberação de assento gratuito para ele. 
Como você agiria? 
RESPOSTA: Neste caso, se a pessoa está dentro dos requisitos exigidos por lei, 
a empresa de transporte e obrigada a emitir as passagens gratuitamente com base no inciso I, do 
artigo 40 e com desconto de 50% no caso do inciso II. Em caso de resistência por parte da 
empresa a Polícia Militar deve ser acionada ou o solicitante deve deslocar ate uma Delegacia de 
Policia Civil. 
IMPORTANTE: Os órgãos responsáveis pela fiscalização e proteção dos 
direitos do idoso são o Ministério Público e os Conselhos Municipais, Estadual e Nacional do 
idoso. 
 
SAIBA MAIS! 
Acesse os links abaixo e informe-se mais 
• Portal do Envelhecimento 
• Direito do Idoso 
• Núcleo de informações do idoso 
• Idade maior: a revista da terceira idade 
 
 FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS: 
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Abuso físico, psicológico, sexual, abandono, negligência, abuso financeiro e 
autonegligencia. Deve-se lembrar que a negligencia conceituada como a recusa, omissão ou 
fracasso por parte do responsável pelo idoso e uma forma de violência. 
 
CURIOSIDADES: 
No ano de 2050 um quinto da população mundial será formada por idosos; 
Segundo o IBGE, a população de idosos representa um contingente de 15 
milhões de pessoas (8,6% da população Brasileira), as mulheres são maioria. 
 
 
 DIREITOS HUMANOS 
 
As cidades greco-romanas são os primeiros modelos de Estado que se tem 
conhecimento. Foi justamente nelas que, nos séculos VI e V a. c., surgiram as primeiras 
cogitações filosóficas sobre o direito: Aristóteles, Sócrates e Platão. Entretanto, já existiam leis 
escritas como o Código de Hamurabi e de Manu, que datam respectivamente dos séculos XVII e 
XII a.c. 
Em todos os modelos da sociedade antiga, a mulher para efeito político, 
igualava-se aos escravos. 
 
Na Idade Média, exemplos de processos evolutivos das Instituições Medievais, 
no sentido de proteger a pessoa humana, encontram-se,nos seguintes documentos: 
a – A Carta Magna firmada pelo inglês João Sem-Terra, em 12.05.1225, feita 
para proteger os privilégios dos barões e os direitos dos homens livres. É considerada o 
documentos básicos das liberdades inglesas. 
b – A Bula, de André II, da Hungria, de 1222, que reconheceu o direito de 
resistência dos governados aos governantes. 
c – As Leis de Leão de Castela, denominada as “Sete Partidas”, que visavam 
proteger a inviolabilidade da vida, da honra, do domicilio e da propriedade, assegurando aos 
acusados um processo legal, que evitasse a punição injusta. A primeira dessas regras dispunha: 
“os juízes devem garantir a liberdade”. 
d – O Código de Magnus Erikson, da Suécia, 1350, segundo o qual o rei deveria 
jurar “ser leal e justo com seus cidadãos, de modo que não prive nenhum, pobre ou rico, de sua 
vida ou de sua integridade corporal sem processo judicial e em devida forma, como prescrevem 
o direito e a justiça do país, e que tampouco a ninguém prive de seus bens senão de 
conformidade com o direito e mediante processo legal”. 
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e – As pragmáticas de Fernando e Isabel, de Castela, em 1480, declarando a 
liberdade de residência. 
 
Na Idade Moderna e Contemporânea profundas transformações culturais, 
sociais e econômicas se produziram na Europa, entre elas a expansão do comercio marítimo, o 
reflorescimento das cidades, a formação e a expansão da burguesia mercantil, os 
descobrimentos marítimos portugueses. Tudo isso resultou em novas atitudes filosóficas e 
cientificas que situaram o homem no centro dos estudos e acontecimentos. 
No século XVIII tivemos igualmente três documentos expressivos de 
preocupação com o individuo: 
1 – A Declaração dos Direitos do Bom Povo da Virginia, de 12. 01. 1776 – 
trata-se da primeira declaração de direitos fundamentais no sentido moderno. Consagrava o 
principio da isonomia, tripartição do poder, eleições livres para os representantes do Executivo e 
Legislativo. 
II – Declaração da Independência dos Estados Unidos, 04. 01. 1776 ( Thomaz 
Jefferson) – Caracterizou-se como afirmação dos direitos inalienáveis do ser humano e a 
proclamação de que os poderes dos governos derivam do consentimento dos governados. 
III – Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 27. 08. 18789 – 
emergiu da Revolução Francesa ocorrida no mesmo ano e sintetiza o pensamento político, mora 
e social de todo o século XVIII. Proclama os seguintes princípios: Isonomia, Liberdade, 
Propriedade, Reserva Legal, Anterioridade da Lei Penal, Presunção de inocência, Liberdade 
religiosa, Livre manifestação do pensamento. Seu preâmbulo afirmava que “a ignorância e os 
desprezos aos direitos dos homens são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos 
governos”. 
 
DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas – ONU 
aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que arrola os direitos básicos e as 
liberdades fundamentais que pertencem a todos os seres humanos, sem distinção de raça, cor, 
sexo, religião, opinião política, origem nacional ou social, ou qualquer outra. Seu conteúdo 
distribui-se por um preâmbulo (reconhece solenemente: a dignidade da pessoa humana, ideal 
democrático, o direito da resistência a opressão e a concepção comum desses direitos); uma 
Proclamação e 30 artigos, que compreendem (ou estão classificados) em cinco categorias de 
direitos: civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. 
 
EVOLUÇÃO HISTORICO-CONSTITUCIONAL DOS DIREITOS HUMANOS NO 
BRASIL 
 
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Nos países de Constituição rígida (o Brasil tradicionalmente é um desses) a 
constituição é a lei maior, Carta Magna, superior às demais leis. Lei que contraria a Constituição 
é inconstitucional. E entende-se por constitucional tudo que diz respeito aos limites e 
atribuições dos poderes políticos, bem como aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. 
O Brasil esta em sua oitava Constituição, tendo sido a primeira a Constituição 
Imperial, de 1824. Trazia em seu bojo em direito conservador dos cidadãos e, em seu artigo 179, 
trazia, a Constituição uma declaração de direitos individuais e garantias que, nos seus 
fundamentos, permaneceu nas constituições posteriores. 
A segunda Constituição Brasileira foi a Constituição Imperial de 1891, tendo 
sido a primeira Constituição Republicana, Introduziu o sistema de governo presidencialista. O 
presidente da Republica, chefe do Poder Executivo, passou a ser eleito pelo voto direto, para um 
mandato de quatro anos em direito à reeleição. Tinham direito a voto todos os homens 
alfabetizados, maiores de vinte e um anos. 
A seguir (a 3ª) foi a Constituição Brasileira de 1934, que estabeleceu o voto 
obrigatório para maiores de 18 anos, propiciou o voto feminino, direito muito reivindicado, que 
já havia sido instituído, em 1932, pelo Código Eleitoral do mesmo ano, previu a criação da 
Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral. 
A quarta Constituição Brasileira, ou Constituição Brasileira de 1937, foi 
outorgada por Getulio Vargas, implantando a Ditadura do Estado Novo. Esta Constituição 
rompeu com a tradição liberal do Brasil, colocando-se em sintonia com os modelos fascistas, 
em moda em diversas partes do mundo. 
Nove anos depois, foi promulgada a nossa quinta Constituição, a Constituição 
Brasileira de 1946, que trazia, de volta, as liberdades expressas na constituição de 1934. Foram 
dispositivos básicos regulados pela carta: a igualdade de todos perante a lei; a liberdade de 
manifestação de pensamento, sem censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas; a 
inviolabilidade do sigilo de correspondência; a liberdade de consciência, de crença e de 
exercício de cultos religiosos; a liberdade de associação para fins ilícitos; a inviolabilidade da 
casa como asilo do indivíduo; a prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade 
competente e a garantia ampla de defesa do acusado. A Constituição Brasileira de 1946, 
bastante avançada para a época, foi notadamente um avanço da democracia e das liberdades 
individuais do cidadão. 
1967 – a sexta Constituição – A Constituição Brasileira de 1967: 
Comparada com a Constituição de 1946 a Constituição de 24 de janeiro de 1967, que entrou 
em vigor a 15 de março, apresenta graves retrocessos: Restringiu a liberdade de opinião 
e expressão, deixou o direito de reunião a descoberto de garantias plenas, estendeu o foro 
militar aos civis, nas hipóteses de crimes contra a segurança interna, entre outros. A 
Constituição de 1967 inovou em alguns pontos: a redução para 12 anos da idade mínima de 
permissão do trabalho; a supressão da estabilidade, como garantia constitucional, e o 
estabelecimento do regime de fundo de garantia, como alternativa; as restrições ao direito de 
greve; a supressão da proibição de diferença de salários, por motivo de idade e nacionalidade, 
a que se referia a Constituição anterior. 
 
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Nossa atual Constituição, a sétima,Constituição Brasileira de 1988: É a Lei 
Maior vigente no Brasil, segundo o qual se rege todo o ordenamento jurídico do país. A 
Constituição proclama que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, que tem como 
fundamento a cidadania e a dignidade da pessoa humana (artigo 1º, incisos II e III), e rege-se 
nas relações internacionais pelo princípio de prevalênciados direitos humanos (artigo 4º, inciso 
II). Estabelece também que, além dos direitos e garantias expressos no texto constitucional, o 
sistema jurídico brasileiro reconhece a possibilidade da proteção judicial de direitos 
fundamentais decorrentes dos tratados internacionais em que a Republica Federativa do Brasil 
seja parte (artigo 5º, parágrafo 2). 
 
Direitos Humanos (conceito): São aqueles assegurados pelas constituições 
políticas a todo indivíduo, como parte da coletividade, objeto de amparo da lei e das instituições 
sociais, e inerentes à dignidade da pessoa humana, assim se compreende os direitos 
concernentes à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
 
Nossa Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, assim diz: “Todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança, e a propriedade nos seguintes termos: ...” (grifo nosso). 
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Conatituição; 
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradantes; 
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI – a casa é asilo inviolável do individuo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento 
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o 
dia, por determinação judicial; 
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
XV – e livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação legal; 
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes 
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evita-los, se 
omitiram; 
XLVII – não haverá penas: 
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a – de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b – de caráter perpétuo; 
c – de trabalhos forçados; 
d – de banimento; 
e – cruéis. 
XLVII – é assegurado ao preso o respeito à integridade física e moral; 
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII – ninguém será considerado culpado até o transito em julgado da sentença penal 
condenatória; 
LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas 
hipóteses previstas em lei; 
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela permanecer, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII – não haverá prisão civil por divida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII – conceder-se-á hábeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito liquido e certo, não 
amparado por hábeas corpus ou hábeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade publica ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder 
publico; ... 
 
Lei N 9.455, de 7 de abril de 1997 
 
Define os crimes de tortura e dá outras providências. 
 
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei: 
 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento 
físico ou mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa. 
 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave 
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida 
de caráter preventivo. 
 
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos. 
 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a 
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não 
resultante de medida legal. 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, incorre na pena de detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de 4 
(quatro) a 10 (dez) anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: 
I - se o crime é cometido por agente público; 
II - se o crime é cometido contra criança, gestante, deficiente e adolescente; 
III - se o crime é cometido mediante seqüestro. 
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para 
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento 
dapena em regime fechado. 
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Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em 
Território 
Nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição 
brasileira. 
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 - Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Nelson A. Jobim 
 
 
 
 
 
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