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RESUMO DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

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RESUMO DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Direito
· Direito é a ferramenta para implementar a igualdade, deveres e direitos- regulamentado pela sociologia.
· É o conjunto de normas postas, que regulam a sociedade para a vida comum.
· O direito estabelece padrões de convivência.
· É o conhecimento que busca equacionar as diferenças da sociedade em todas as suas formas. É essencial ter conhecimento dos direitos e deveres.
· O positivismo jurídico é a analise do direito de uma forma diferente.
· Conceito de direito= “o direito é o principio de adequação e ordenação do homem a vida social”.
ANÁLISE DAS FRASES
· Norma= direito como norma, forma obrigatória, regra social.
· Faculdade= direito como poder, prerrogativa do estado de fazer leis.
· Justo= direito é o que é devido a justiça.
· Ciência= ex:penal, civil.
· Fato social= direito como fenômeno da vida coletiva.
MIGUEL REALE
· Direito objetivo= equivale ao ordenamento jurídico vigente.
· Direito subjetivo= direito de uma ação regulada pela ótica do individuo sujeito.
· Direito como fato social= é um fenômeno histórico- cultural.
· Direito como forma de justiça= se refere a luta, aos embates, lutar pelos valores.
Características do direito
· Heteronomia= as normas são postas pelos legisladores, juízes, etc..As leis são gerais e abstratas.
· Coercibilidade= no direito é a ordenação coercível da conduta humana. É uma ordem que coage o nosso agir, prevendo um desvio de conduta (corrige os desvios sociais).
· Bilateralidade atributiva= é uma proporção intersubjetiva em função da qual...Vai impor as normas de direito como obrigação.
DIVISÃO DO DIREITO POSITIVO (DIREITO ROMANTICO):
· Critério de divisão clássico: utilidade ou interesse, usado pela norma.
· Direito publico= alude os interesses do estado ou sociedade.
· Direito privado= refere se ao interesse dos indivíduos.
CRITÉRIO DO INTERESSE PREPONDERANTE (DE MAIS IMPORTÂNCIA):
· Esse critério serve para suprir a insuficiência do critério clássico, acrescentando o adjetivo preponderante utilidade.
· Publica= regra que visa o interesse de mais importância do Estado (podendo visa também o interesse particular).
· Privada= regra que visa o interesse particular dos indivíduos como o interesse de mais importância.
CRITÉRIO DO PODER DE IMPÉRIO
Sellineck
· Publica=regula relações em que está presente o poder de império (um comanda e o outro é subordinado).
· Privada=regula relações onde se encontram indivíduos em situação de igualdade.
CREITÉRIO DO PRAGMÁTICO E MISTO:
· Conjuga critérios de prevalência e imediatidade.
· Fundamento: o direito cuida de relações sociais, com o objetivo de ordenar a vida social.
· As relações sociais são de 2 espécies:
· Relações em que a sociedade (Estado) é parte.
· Relações entre os indivíduos particulares, participantes da sociedade.
Norma jurídica
· Conceito: a norma jurídica é um esquema é um esquema de organização da conduta do homem com seus semelhantes.
· Esta estrutura de organização é garantida pela eventual aplicação da força social.
· E este modelo terá sempre em vista a realização de um ideal de justiça.
CARACTERISTICAS DA NORMA JURÍDICA
· Heterenomia.
· Bilateralidade atributiva
· Coercibilidade
· Imperatividade= impõe aos destinatários um dever ou obrigação de obediência ao que está previsto na norma.
· Generalidade/ universalidade= norma direcionada de forma geral. A norma é aplicada para qualquer pessoa, sem distinção de qualquer natureza desde que o individuo se encontre na mesma situação prevista na norma.
· Abstratividade= a norma não é criada para regular uma situação concreta, mas sim para ordenar de modo abstrato, abrangendo um maior número de casos semelhantes. As normas, portanto, apresentam verdadeiros modelos pois é impossível para o legislador prever todas as situações e relações sociais.
Norma jurídica e sua formulação lógica
· As normas jurídicas são comandos imperativos, permissões, atribuições de poder e competência.
· Kelsen= são juízos hipotéticos que enunciam que em sob certas condições ou pressupostos devem intervir certas consequências.
· Norma de conduta= se é um fato, deverá ter consequência.
· Norma de conduta relaciona se ao modo de agir de um individuo.
· A norma de organização possui caráter estrutural que visa o funcionamento ou a estruturação de órgãos, ou procuram disciplinar processos técnicos de aplicação de normas jurídica, a fim de assegurar uma convivência juridicamente organizada.
· As normas de organização descrevem ago, sem consequências punitivas.
Fontes do Direito
FONTES
· Fontes significa tudo aquilo que origina, que produz algo.
· As fontes no direito, denota diferentes formas de manifestação da norma jurídica.
· As fontes do direito servem para que o juiz utilize de critérios objetivos e pré-determinados para aplicar em casos concretos.
· De acordo com José Cratella Júnior= as fontes do direito significa o lugar de onde provém a norma jurídica, ou seja, de onde nascem as regras jurídicas não existentes na sociedade humana, retornar as fontes do direito é buscar a origem de seus enunciados.
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES MATERIAIS E IMATERIAIS
· FONTES MATERIAIS (DE PRODUÇÃO, SUBSTANCIAIS OU REAIS):
· Correspondem a fatos sociais.
· São os valores sociais (fontes) que informam e estão dentro do conteúdo das normas jurídicas.
· As fontes materiais também são consideradas fontes de produção porque apontam para a origem do direito posto.
· As fontes materiais não são ainda o direito pronto, perfeito.
· Fontes materiais são os fatores que criam o direito, dando origem aos dispositivos válidos, sendo assim, todas as autoridades, pessoas, grupos e situações que influenciam a criação do direito em determinada sociedade. 
· Nesse sentido, por fonte material indicam-se a busca de tais causas de forma mais filosófica do que jurídica.
· Concorrem para a formação do direito sob a forma de fatos sociais, econômicos, políticos, religiosos e morais.
· Fatores sociais influenciam a ordem jurídica.
· FONTES FORMAIS (DE COGNIÇÃO OU DE CONHECIMENTO)
· Diferente do sentido de fontes materiais, as fontes formais do direito servem para identificar o modo como o direito se articula com os seus destinatários, ou seja, como o direito manifesta-se.
· O termo fontes formais indica os lugares nos quais se encontram os dispositivos jurídicos e onde os destinatários das normas devem pesquisar sempre que desejam tomar conhecimento de uma norma em vigor.
· É o que da forma ao direito.
· São os modos de manifestação das normas jurídicas.
· Demonstra os meios que devem ser empregados pelo jurista para o funcionamento do direito.
· São fontes de conhecimento que decorrem do estado.
· Uma forma de expressão do direito positivo.
SUBDIVISÃO DAS FONTES FORMAIS- ENQUANTO EXPRESSÃO DE DIREITO
· Fontes formais estatais= Decorrem da ação direta dos poderes do estado.
- Legislativas (poder legislativo).
- jurisprudenciais (poder jurisdicional).
· Fontes formais não estatais= Decorrem da ação direta dos poderes sociais
-Direito consuetudinário/ Costume jurídico (poder social).
- Convenções em geral ou negócios jurídicos (poder negocial).
- Direito cientifico ou doutrinas.
FONTES FORMAIS ESTATAIS DIVIDEM- SE EM:
· Legislativas= É a legislação em geral. A legislação é o processo pelo qual um ou vários órgãos estatais formulam e promulgam as normas jurídicas de observância geral. EX: é a fonte jurídica por excelência.
· Jurisdicionais= É o conjunto de decisões uniformes e constantes dos tribunais. Resulta da aplicação de normas a casos semelhantes, constituindo uma normal geral aplicável a todas as hipóteses similares ou idênticas.
JURISPRUDÊNCIA
· De acordo com Miguel Reale= Por jurisprudência se entende, "a forma de revelação do direito que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais".
· Dada à existência de um caso concreto, é chamado um juiz para aplicar direito, interpretando as normas jurídicas, estas sempre suscetíveis a interpretações distintas. 
· Na criação de um conceitode jurisprudência deve se analisar, dentro de um tribunal, inúmeros julgamentos coerentes e contínuos, com substâncias coincidentes .
· A atividade jurisprudêncial, justamente implica em um poder de criação onde a jurisdição não se limita a uma atividade passiva diante dos textos legais. O juiz tem a liberdade de estabelecer normas, criando ou preenchendo lacunas nas leis, usando um esforço equitativo nos julgamentos de casos concretos para completar o objetivo do direito, justiça.
DIFERENÇA ENTRE JUSRISPRUDÊNCIA E SÚMULA VÍNCULANTE
· Jurisprudência= Constitui se de decisões reinteradas dos tribunais sobre casos concretos.
· Súmula Vinculante= é a síntese da jurisprudência.
-Seria a Súmula então, um novo método de trabalho, capaz de gerir, de modo mais eficiente, as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em situações similares.
- É o entendimento jurisprudencial mais recorrente e reinterado em decisões e reinterado nas decisões.
- A súmula emitida pelo STF e STJ, é a consolidação da jurisprudência, diante de várias decisões que adotam o mesmo entendimento.
-A súmula preestabelece posicionamentos, fixa parâmetros de julgamento para os tribunais inferiores.
FONTES FORMAIS NÃO ESTATAIS DIVIDEM SE:
· Direito consuetudinário (costume) , negócio jurídico e direito cientifico (doutrina):
COSTUME:
· É uma norma que deriva da longa prática uniforme ou geral e da repetição de dado comportamento sob o entendimento de que corresponde uma necessidade jurídica.
· A fonte jurídica formal é a prática consuetudinária.
· O costume não gera o direito, apenas é um meio de expressão, daí recorre a sua exigibilidade.
· O costume irá ser utilizado quando a lei for omissa, desse modo, o juiz irá decidir o caso de acordo com a analogia, o costume e os princípios gerais do direito.
· Elementos formadores do costume:
-objetivo= o uso que consagra o meio social.
-subjetivo= convicção de sua subjetividade.
· Requisitos para a vigência do costume de acordo com Maria helena Diniz: 
-uniformidade e continuidade.
-Público (todos são obrigados).
-Geral (é a totalidade das pessoas e seus atos).
-Deve ser conforme a moral e os bons costumes da ordem pública.
· No costume há um sentimento de dever jurídico de obrigatoriedade.
· Espécies de costumes:
- Costume secundum legem= É o costume que não infringe a lei, antes, serve de apoio a ela.
- Costume proeter legem= têm caráter supletivo, é o costume que preenche as lacunas da lei.
-Costume contra legem= Surge um sentido oposto ao que está contido na lei. Muitas vezes a lei "cai em desuso" pelo motivo de haver na sociedade um costume que vai contra a lei
.
NEGÓCIO JURÍDICO
· Trata se de uma norma estabelecida pelas partes, através da manifestação dos sujeitos envolvidos.
· O principal objetivo do negócio jurídico é produzir direitos e deveres.
· O principio da autonomia da vontade se revela no negócio jurídico, vez que os próprios sujeitos são autorizados a auto- regular seus interesses, dentro dos limites estabelecidos pela lei.
· É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos.
· No Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
DOUTRINA
· Refere se a atividade dos juristas e cientistas do Direito.
· Trata se do estudo, análise, sistematização, interpretação e elaboração das normas jurídicas.
· Com esse estudo existe uma facilitação da tarefa de aplicar o direito com justiça.
· São ensinamentos dos professores, juízes, promotores ou demais estudiosos do direito.
· Por meio da doutrina, buscam se enunciados para facilitar a compreensão dos conceitos jurídicos.
FONTES DIRETAS E INDIRETAS – OUTRA CLASSIFICAÇÃO DIFERENTE DA ANTERIOR
FONTES DIRETAS
· Legislação/ leis= Em um sentido amplo são normas gerais e impressas, valendo para o futuro e editada para um número ilimitados de pessoas.
· As leis merecem destaque, já que são a principal fonte do direito.
· Costumes= É a norma jurídica não escrita, que o uso continuo consagra e é respeitado pela sociedade.
· Os costumes são instalados como se tivesse força de lei, ou seja, os costumes são oriundos de uma convicção do grupo social, que o cumpre com rigor.
FONTES INDIRETAS	
· Doutrina= são trabalhos teóricos desenvolvidos por estudiosos do direito, que visam a interpretação das leis e preceitos jurídicos.
· Jurisprudência= É o conjunto de decisões proferidas pelo tribunal em segunda instância em casos concretos e específicos.
· Negócio Jurídico= É a norma concreta estabelecida pelas partes, que tem como objetivo produzir direitos e deveres.
FONTE DO DIREITO- HANS KELSEN COMO VALIDADE DO ORDENAMENTO JURÍDICO
· A norma fundamental (a constituição)= é a fonte primordial do direito, é onde deve estar as leis do ordenamento jurídico.
· Para Kelsen, uma norma só pode se originar de outra que lhe seja hierarquicamente superior e isso irá conferir a norma validade.
· Para o autor as fontes do direito, são as diversas formas de apresentação do direito, o lugar onde nascem ou surgem às normas jurídicas, e também onde buscamos tais normas, como também os princípios gerais o direito. (possui vários “significados”).
Ordenamento jurídico e antinomia
NOÇÃO GERAL DE ORDENAMENTO JURÍDICO
· As normas estão inseridas num contexto de normas que tem relações específicas entre si (as normas não existem isoladas ou sozinhas)
· As normas se concentram no ordenamento.
· O ordenamento Brasileiro é o conjunto de todas as normas jurídicas, em todas suas espécies.
· Normas jurídicas são compostas por regras e princípios que formam uma totalidade.
· Antigamente o direito era estudado de modo individualizado, ou seja, as normas eram individuais (sem conexão).
· Norberto Bobbio= “o ordenamento jurídico era considerado uma árvore, mas não a floresta”. 
· Bobbio diz que as normas jurídicas não existem isoladamente, mas sim em um contexto de normas que guardam relações particulares entre si; sendo que esse contexto chama-se ordenamento.
· Diz que a norma jurídica era a única perspectiva através da qual o direito era estudado, e que o ordenamento era um conjunto de normas, mas não um objeto autônomo de estudos. Faz então a metáfora “Até então, via-se a árvore, mas não a floresta ”.
· Tradicionalmente o principal objeto de estudo, foi à norma considerada em si mesma, sendo o ordenamento jurídico considerado uma árvore, mas não a floresta. 
· Para Bobbio houve carência de integração, porque entende que o direito não é norma, mas um conjunto de normas, já que uma norma jurídica nunca está sozinha, mas ligada a outras normas com as quais forma um sistema normativo.
TEORIAS SOBRE O ORDENAMENTO JURÍDICO
· Teoria da instituição= Essa teoria veio para derrubar a teoria normativa (valoriza a norma isolada), a teoria da instituição ressalta que a norma jurídica nunca estará sozinha, mas sim ligada a outras normas formadoras do sistema normativo.
· Teoria integrativa de Kelsen= É a teoria que resulta na ideia de importância da hierarquia normativa, ou seja, a norma só será eficaz através de uma organização complexa que determinará a natureza e importância das sanções, além de determinar como exerce las e executa las.
CONSISTÊNCIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO
· O direito na prática, pode ser considerado um conjunto hierárquico e coerente de normas jurídicas, compõe um todo consistente.
· O ordenamento jurídico não admite antinomias.
· Antinomia significa conflito entre normas.
· EX: duas leis não podem dizer o oposto, por exemplo, uma lei não pode proibir determinada ação se em outra lei essa mesma ação for obrigatória.
· Se nos depararmos com duas normas conflitantes, que terá ocorrido por descuido do legislador, uma das normas deverá ser revogada, de modo que essa revogação fará com que essa norma perca a sua validade na ordem jurídica nacional.
REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA DE UMA ANTINÔMIA
· As normas conflitantes devem emanar de autoridades competentes em um mesmo âmbito normativo.
· As normas devem reger, de modo oposto, comportamentosem um espaço comum.
ANTINOMIA- APROFUNDAMENTO
· Critérios para a solução de antinomias:
· Critério hierárquico= lei superior revoga a lei inferior, a ordem hierárquica entre as fontes servirá para solucionar conflitos de normas em diferentes níveis.
· Critério cronológico= lei posterior revoga a lei anterior, a existência de duas normas incompatíveis, prevalece à norma posterior.
· Obs: Essa regra se explica pelo fato de a eficácia da lei no tempo ser limitada ao prazo de sua vigência, que começa com a sua publicação e perdura até a sua revogação.
· Critério de especialidade= lei especial revoga a lei geral, o entendimento nesse critério diz respeito à norma especial contemplar um processo natural de diferenciação das categorias, possibilitando, assim, a aplicação da lei especial aquele grupo que contempla as peculiaridades nela presentes, sem ferir a norma geral, ampla por demais. Além do mais, a aplicação da regra geral importaria no tratamento igual de pessoas que pertencem a categorias diferentes, e, portanto, numa injustiça.
· O critério mais sólido é o hierárquico.
· Espécies de antinomias jurídicas:
· Antinomias Reais: pressupõem um conflito ou uma colisão entre normas jurídicas, que se excluem reciprocamente, por ser impossível remover a contradição com os critérios existentes no ordenamento jurídico, até mesmo porque esses são conflituosos.
· Antinomias Aparentes: pressupõem a existência de critérios que permitam sua solução. Constatada a existência de antinomias aparentes, cumpre ao operador jurídico conhecer os critérios que podem ser utilizados na solução do impasse ocasionado entre as normas aparentemente incompatíveis, eis que não demonstram verdadeiramente inconsistência do ordenamento jurídico, (possui critérios para a resolução: hierárquico, especialidade e cronológico). 
· Existem casos em que os critérios para a resolução de antinomia não podem ser utilizados, é quando a antinomia é real, ela poderá ser suprida através da anulação ou a limitação da validade de uma das normas antagônicas com uma norma derrogatória. 
Validade, vigência e eficácia
· Qual a relação da interpretação com os temas, vigência, validade e eficácia?
· Vigência= força da norma.
· Validade= existência da norma.
· Eficácia= aplicação da norma.
VALIDADE DA NORMA
· É a condição de existência da norma jurídica. Se a norma existe, ela é válida.
· A norma é válida se existe no ordenamento.
· A norma existe se for criada segundo um procedimento previsto e uma autoridade competente além de observar o conteúdo material previsto por lei superior.
· A validade da norma jurídica, sua capacidade de legitimamente obrigar a conduta de seus destinatários, representa um conjunto de requisitos que comporta três aspectos - validade formal, fática e ética.
· Validade formal= A validade formal de uma norma depende da atividade estatal, representada pelo Poder Legislativo que cria conteúdo, enuncia e publica a norma através de procedimentos obrigatórios prescritos na lei. Ao conjunto dos procedimentos que resultam na edição de uma lei denomina-se processo legislativo.
· Validade fática= A validade fática da norma jurídica, pode se distinguir em dói pontos; a eficácia e a condição da vigência da norma. Os órgãos competentes que criam normas, podem criar normas que tem vigência mais não tem eficácia, um exemplo disso é o da jornada de trabalho, que é de 8 horas diária expressa em lei,passando disso tem que pagar hora extra, é uma normal que é constantemente descumprida.
· Validade ética= a norma além de ser válida, há assim de possuir valor, isto é, alem de ser válida formalmente, (...) deve sê-lo também sobre o ângulo material. Além da validade, a norma jurídica há de ter valor, através de seu conteúdo ético (..) dever ser concretizado pelos critérios de justiça e de legitimidade”
VIGÊNCIA DA NORMA
· Qualidade das normas jurídicas de produzir efeito. É o tempo de validade da norma (período entre o momento em que ela entra em vigor até a sua revogação).
· Vacatio legis= é o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório.
· É período de assimilação da nova lei que entrará em vigor depois do prazo determinado. Esse período é em média de 45 dias, contando da data da publicação da lei. É possível também que a nova lei dispense a Vacatio Legis e assim deve conter o seguinte artigo: "Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação".
· Para que uma norma seja vigente é necessário que ela atenda determinados requesitos:
a) A elaboração da norma deve ser feita por um órgão competente, legítimo.
b) A matéria do objeto da norma deve estar contida na competência do órgão.
c) É necessário a observância dos processos ou procedimentos estabelecidos em lei para sua produção.
· A vigência e a validade se coincidem, pois quando uma lei é aprovada, ela tem que ter uma relação entre as regras, para que a norma tenha validade.
· É possível ter uma lei válida, mas não vigente, porque só será vigente se a lei for emanada do poder competente aos trâmites legais.
HIPÓTESES PARA QUE UMA LEI ENTRE EM VIGOR EM TERRITÓRIO NACIONAL E NO EXTERIOR
· A obrigatoriedade da norma de direito não se inicia no dia da publicação no diário oficial, salvo se ela assim o determinar, a escolha de uma ou outra determinação é arbitrária do órgão elaborador.
· Se a lei simplesmente não diz nada a respeito de sua entrada em vigor, a lei entra em vigor 45 dias depois de publicada em território nacional.
· Para que uma norma brasileira seja obrigatória no exterior, na ausência de dispositivo legal, estipulando lapso temporal para sua entrada em vigor, o prazo é de três meses depois de oficialmente publicada.
EFICÁCIA DE UMA NORMA
· Possibilidade da norma produzir efeitos concretos.
· Ou seja, a eficácia é uma qualidade d norma que se refere a adequação em vista da produção concreta de efeitos.
· A norma será eficaz se tiver condições fáticas de atuar (por se adequar a realidade), condições técnicas de atuação, por estarem presentes os elementos normativos para adequa la a efeitos concretos e condições sociais que é a aceitação da população em relação a norma estabelecida.
· A norma deixará de ser vigente se permanecer ineficaz.
· Se a norma nunca poderá ser utilizada, ou não é obedecida por seu destinatário, essa norma perderá sua vigência.
REVOGAÇÃO, AB-ROGAÇÃO E DERROGAÇÃO
· Revogar é tornar sem efeito uma norma, retirando sua obrigatoriedade.
· A revogação é o gênero de revogar, contem duas espécies: a ab- rogação e a derrogação.
· A ab- rogação é a supressão total da norma anterior.
· A derrogação torna sem efeito parte da norma, então, se derrogada, a norma não sai de circulação jurídica, somente os dispositivos atingidos é que perdem sua obrigatoriedade.
 
 Hermenêutica/ Interpretação e integração das normas jurídicas
INTRODUÇÃO
· As leis são fórmulas gerais e abstratas aplicáveis a todos os casos da mesma espécie.
· Cabe ao aplicador do direito a tarefa de transpor a abstração legal ao caso concreto.
· A interpretação refere se ao problema da aplicação do Direito.
INTERPRETAÇÃO
· Conceito de interpretação: É fixar o verdadeiro sentido da norma e determinar o alcance ou extensão da lei.
· Elementos do conceito da interpretação:
-Fixar o sentido e o alcance da norma jurídica/ lei (fórmula normativa).
-Finalidade de fornecer ao aplicador o conteúdo e o alcance dos conceitos jurídicos.
· Interpretar não é só esclarecer termos de modo abstrato, é entender o sentido apropriado a vida real, sendo assim, capaz de conduzir uma aplicação justa.
· Compete ao intérprete procurar entre os pensamentos possíveis, o mais possível para o caso concreto.
· Leis com o mesmo sentido podem ter alcances diferentes.
FUNÇÕES DA INTERPRETAÇÃO
· Conferir a aplicabilidade da norma ás relações sociais que lhe deram origem.
· Estender o sentido da norma a relações novas, em relação ao seu tempo de criação.
· Temperar o alcance do preceito normativo para faze lo corresponder ásnecessidade reais e atuais da sociedade.
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
· As normas parecem claras, porém seus contornos são imprecisos.
· É sempre necessário determinar o sentido e alcance das normas.
· Clareza é algo subjetivo.
· Uma palavra pode ter um sentido vulgar e outro jurídico.
HERMENÊUTICA COMO ARTE DE INTERPRETAR
· Hermenêutica é um método guiado por critérios e diretrizes para fixar o sentido e alcance da norma jurídica.
· Existem duas teorias:
· Teoria subjetiva: a finalidade da interpretação nessa teoria é chegar, através do enunciado da norma, à vontade de quem a elaborou ou de quem provém, e no caso da lei, à vontade do legislador.
· Teoria objetiva: A lei não seria produto de uma só vontade, mas resultado do querer social. Maximiliano: “o indivíduo que legisla é mais ator do que autor, traduz apenas o pensar e o sentir alheios”.
ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO
· A análise de interpretação utilizada pelo intérprete pode ser quanto ao método:
· Gramatical= é aquela que busca o sentido literal do texto. Toma por base o sentido literal das palavras.
· Lógico- sistemática= é aquela que a interpretação busca correlacionar todos os dispositivos normativos de uma Constituição. Todos os componentes da pirâmide (Constituição federal, supra legal e legislação infra- constitucional) tem que ser interpretados juntamente com a Constituição, todas as normas jurídicas devem ser lidas e relidas através da Constituição.
· Histórica= é aquela fundada na investigação dos antecedentes da norma, histórico do processo legislativo ou antecedentes fáticos históricos. 
· Sociológica= é aquela que adapta o sentido das leis a realidade e necessidade social.
· Interpretação quanto à origem de que a fonte emana:
· Judiciária ou usual= é realizada pelos juízes ao sentenciar, possui força obrigatória.
· Legal ou autêntica= quando é dada pelo próprio legislador, lei interpretativa.
· Administrativa= é realizada pelos órgãos da administração, em despachos, instruções, portarias e ordens.
· Doutrinária ou cientifica= aquela realizada pelos juristas em seus livros, feita com base legal e princípios.
· Efeitos ou resultados do ato interpretativo:
· Declarativo: limita se a declarar o pensamento expresso na lei, sem estende lá ou restringi lá.
· Extensivo: O intérprete conclui que o alcance da norma é mais amplo do que indicam os termos, e aplica na lei a situação não prevista. É quando o legislador escreveu menos o que deveria.
· Restritivo: O intérprete restringe se ao sentido da lei, a fim de ser justo, é quando o legislador escreveu mais do que realmente pretendia.
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO (relação)
· A interpretação é feita com base com base em uma norma jurídica preexistente aplicável ao caso.
· A integração cabe no caso de lacuna legal, devendo ao aplicador do direito encontrar ou criar uma norma especial para o caso concreto.
INTEGRAÇÃO
· A integração é necessária para o bom funcionamento dos ordenamentos em que valem duas regras:
1. O juiz é obrigado a julgar todas as controvérsias que se apresentam.
2. O juiz é obrigado a julga las com base em uma norma pertencente ao sistema.
· Integração de norma jurídica nada mais é do a utilização de uma das ferramentas de correção de vazios no sistema previstas no art. 4º da Lei de Introdução (analogia, costumes ou princípios gerais do direito).
LACUNA DA LEI
· Lacuna é o vazio real dentro de um espaço preenchido.
· Lacunas do Direito= São espaços juridicamente vazios em razão do silencio do sistema legal.
INTEGRAÇÃO JURÍDICA E O PROBLEMA DAS LACUNS DAS LEIS
· Existem lacunas porque o direito- lei- não consegue prever todas as situações presentes e futuras.
· No passado se não havia lei ajustada para julgar, o julgador se abstinha de julgar.
· Na atualidade, deve o juiz em uma omissão legal agir de acordo certos parâmetros.
INTEGRAÇÃO JURÍDICA
· Pode haver lacunas na lei, porém NÃO pode existir vazios no ornamento jurídico.
· A lei é apenas uma das fontes do direito.
· Processo seguido na ausência de norma explicita, o juiz recorrerá: 
· A analogia= Consiste em aplicar a um caso semelhante a norma que rege outro semelhante, para que a analogia seja utilizada é necessário, a semelhança de casos e situações e a existência da mesma razão que justifique o preceito.
· O costume= O juiz recorrerá ao costume explicado acima.
· Aos princípios gerais do direito= são utilizados na ausência de preceito análogo, esses princípios para André Franco Motoro corresponde aos princípios de justiça.
Para as doutrinas esses princípios correspondem a inspiração para a formação da legislação. E por último, para as concepções racionalistas, os princípios possuem origem aos princípios universais, absolutos e eternos.
Para compreender esses princípios gerais do direito devemos entender que é uma mistura das concepções positivas e racionalistas, e os conceitos são de valores variáveis e contingentes e dos princípios universais.
No contexto esses princípios servem para dar a cada um o que é seu, respeitar a dignidade pessoa e contribuir para o bem comum.
· A equidade= é uma forma de correção do direito (suprir lacunas nas leis). Busca se o “mau menor” para ambas partes envolvidas. É buscar equilíbrio no caso.
A equidade é a justiça do caso particular, mas não se confunde com caridade ou misericórdia, como se fosse um ato religioso, uma vez que a equidade serve à realização de justiça na área do Direito.
Aristóteles e justiça
· Aristóteles separou a justiça em: universal e particular.
· A justiça universal é aquele em o conceito de justiça tem sentido amplo, o qual, de todos os sentidos é o mais genérico, daí ser também denominado de justiça total ou integral, haja vista que tem aplicação mais abrangente e extensa, pois “as leis valem para o bem de todos, para o bem comum”.
· A justiça particular é uma espécie de justiça que, ao contrário do que ocorre com a justiça universal, se corresponde a apenas uma parte da virtude e não à virtude total. Portanto, o justo particular é espécie do gênero justo total.
Divide-se em duas espécies, a saber, justiça distributiva e justiça corretiva.
JUSTIÇA DISTRIBUTIVA E JUSTIÇA CORRETIVA ( justiça particular).
· A justiça distributiva é uma espécie de justiça total que visa uma igualdade.
· Possui uma noção de proporcionalidade.
· “dar a cada um o que é seu de acordo com suas necessidades”.
· “tratar os iguais com igualdade e os desiguais com as suas desigualdades”.
· EX: cotas, bolsa família.
· A justiça corretiva/ comutativa regula as relações mutuas entre as pessoas ou grupos (análise).
· Essa justiça leva em conta o objeto da relação jurídica.
· Justiça comutativa é aplicada principalmente em relações particulares/ contratuais.
· Serve para corrigir ilegalidades.
· A figura do mediador é essencial.
· Essa igualdade é aritmética.
· Subdivisões da justiça comutativa/ corretiva: comutativa e reparativa.
· EX: aplicação das penas.
SUBDIVISÕES DA JUSTIÇA CORRETIVA/ COMUTATIVA (justiça particular)
· Justiça comutativa: é aquela voluntária, que pressupõe a vontade de ambas as partes para resolver o conflito. EX: contratos e aplicação de pena.
· Justiça reparativa: visa reprimir a injustiça, a reparar ou indenizar o dano, estabelecendo, se for o caso, a punição. É aquela justiça involuntária que serve para reparar o dano e impor dano.
· O justo é uma forma de igualdade que poderá ser aritmética ou proporcional.
· A justiça que o Direito faz é objetiva.
· Fazer justiça= aplicar a lei.
· O contrato é uma fonte do direito.

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