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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ..... VARA CRIMINAL DE PRADO /CE. MARIANO, brasileiro , solteiro , comerciante, nascido em 23/ 01 /1960 residente e domiciliado na Rua Monsenhor Andrade, nº. 12, Itaim, São Paulo- SP, por seu advogado e procurador infra assinado (instrumento de mandato anexo, doc. 1) vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro no artigo 5º, L VII da Constituição Federal e 312 do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir aduzidas: I – DOS FATOS Foi instaurado contra o requerente, inquérito policial a fim de apurar a prática do delito de fabricação de moeda falsa. Uma vez intim ado a comparecer à delegacia, o requerente, acompanhado de advogado, confessou o crime, inclusive, indicando o local onde falsificava as moedas. Alegou , porém, que não as havia colocado em circulação. Ocorre que, as testemunhas foram ouvidas e declararam que não sofreram qualquer ameaça por parte do indiciado. Contudo, o delegado relatou o inquérito e representou pela decretação da prisão preventiva do requerente, fundamentando o pedido na garantia da instrução criminal . Por conseguinte, foi oferecida denúncia contra o acusado pelo crime de fabricação de moeda falsa. O juiz competente para julgamento do feito decretou a custódia cautelar do réu, a fim de garantir a instrução criminal. Vale lembrar que o requerente, é residente nesta cidade ,não possui antecedentes criminais e possui ocupação lícita. Ademais, as cédulas falsificadas eram quase idênticas às cédulas autênticas. É a síntese do ocorrido. II – DO DIREITO Verifica-se dos autos que o requerente foi recolhido à prisão pela autoridade policial, sob acusação do crime de fabricação de moeda falsa, previsto no artigo 289 do Código Penal , uma vez que as cédulas falsificadas eram qua se idênticas às cédulas autênticas, que estabelece: “Art. 289: Falsificar, fabricando-a ou adulterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro”. Ademais, o requerente não deve permanecer recluso pelo fato de a Constituição Federal estabelecer que: “Art. 5º, LVII: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Desta forma, de acordo com o princípio da presunção de inocência, importante princípio constitucional elencado no rol dos direitos fundamentais , o requerente não deve permanecer recolhido na prisão antes da sentença penal condenatória transitar em julgado e o mesmo ser declarado culpado pela prática da infração penal. Como também, o requerente não se enquadra em nenhuma das hipóteses da prisão preventiva previstas no artigo 312 do Código de Processo Penal, que estabelece: Art. 312: “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”. Observa-se que, apesar de existir prova da materialidade do d elito e indícios suficientes de autoria, o requerente não possui antecedentes criminais, e como conseqüência, o mesmo se permanecer em liberdade não representará riscos à coletividade, à ordem pú blica. Mas também, o requerente n ão praticou crime contra o sistema financeiro, razão pela qual não se enquadra na hipótese de garantia da ordem econômica. Como também, as testemunhas foram ouvidas e declararam que não sofreram qualquer ameaça por parte do requerente, logo n ão h á motivos para decretar a prisão preventiva pela conveniência da instrução crimi nal. E, finalmente, o requerente possui residência nesta cidade , além do mais o mesmo apresentou-se espontaneamente para confessar o crime, não havendo possibilidade de ocorrer f uga, não sendo necessária então a decretação da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal. Diante do exposto, o requerente não deve permanecer recolhido na p risão, pelo fato de ter se apresentado espontaneamente, não havendo então a configuração de um possí vel flagrante, m as também por ser assegurado constitucionalment e o direito de permanecer em liberdade graças ao princípio da presunção de inoc ência, como também o requerente não incorreu em nenhuma das hipóteses de prisão preventiva, logo deve ser revogada a prisão preventiva decretada. Sumula 73 stj Art. 316cpp III – DO PEDIDO Diante de todo o exposto, ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva e, comprometendo-se a comparecer a todos os atos do processo, requer, após ouvido o Digno Representante do Ministério Público, seja concedida a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA e a ex pedição do alvará de soltura em favor d o requerente, como medida de JUSTIÇA. Termos em que, Pede Deferimento. Prado-CE ....., de ................. de 20..... Advogado/OAB
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