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MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD O átomo contém imensos espaços vazios; No centro do átomo existe um núcleo muito pequeno e denso; O núcleo do átomo tem carga positiva, uma vez que as partículas alfa (positiva) foram repelidas ao passar perto do núcleo; Para equilibrar essa carga positiva, existem elétrons ao redor do núcleo orbitando numa região periférica denominada eletrosfera. Rutherford elaborou um modelo de átomo semelhante a um minúsculo sistema planetário, em que os elétrons se distribuíam ao redor do núcleo como planetas em torno do Sol. Contradições que impediram sua total aceitação: Antes de tudo o Sistema Solar é gravitacional e o sistema atômico é elétrico. As leis físicas que regem esses dois sistemas são diferentes. Além disso, como partículas de cargas opostas se atraem, os elétrons iriam perder energia gradualmente percorrendo uma espiral em direção ao núcleo e, à medida que isso ocorresse, emitiriam energia na forma de luz. TEORIA DE MAX PLANCK Fenômenos relacionando o aquecimento e a cor de objetos e corpos celestes foram observados por muito tempo sem que tivessem uma explicação satisfatória. Por volta de 1900, o físico e matemático alemão Max Planck admitiu que a energia não era contínua como se pensava. Os corpos aquecidos emitem radiação não sob a forma de ondas, mas sob a forma de pequenos “pacotes” de energia denominados quantum (fóton), ou seja, a energia é descontínua. MODELO ATÔMICO DE BOHR Em 1913, baseando-se no modelo atômico de Rutherford, na teoria quântica da energia de Max Planck e nos espectros de linhas dos elementos, Bohr propôs os seguintes postulados: O elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo atômico central. Para cada elétron de um átomo existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem definida – um nível de energia- que não varia enquanto o elétron estiver nessa órbita. Os espectros dos elementos são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados, ou seja, só são permitidas certas quantidades de energia para o elétron cujos valores são múltiplos inteiros do fóton. Só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores de energia múltiplos inteiros de um fóton. Ele concluiu que o conjunto núcleo/elétron será mais estável quanto mais próxima for a órbita permitida do elétron em relação ao núcleo. Se atribuirmos a cada nível de energia n valores inteiros que vão de 1 até infinito, a energia do elétron que se move no n=1 é menor que a do elétron que se move no n=2, e assim por diante. O átomo está no seu estado fundamental (mais estável) quando todos os seus elétrons estiverem se movimentando em seus respectivos níveis de menor energia. Se um elétron no estado fundamental absorve um fóton, ele “salta para o nível de energia imediatamente superior e entra num estado ativado (instabilidade). Esse modelo atômico explicava satisfatoriamente o átomo de hidrogênio, que possui apenas um 1 elétron ao redor do núcleo, mas falha ao explicar os átomos dos demais elementos. MODELO ATÔMICO DE SOMMERFELD Quando um átomo possui mais de um elétron, esses elétrons passam a interagir uns com os outros (exemplo: repulsão elétrica). Cada nível de energia n está dividido em n subníveis, correspondentes a uma órbita circular e a n-1 órbitas elípticas de diferentes excentricidades. O núcleo do átomo ocupa um dos focos da elipse. O primeiro nível (n=1) possui apenas uma órbita circular (possui 1 subnível); O segundo nível (n=2) possui uma órbita circular e uma órbita elíptica (possui 2 subníveis); O terceiro nível (n=3) possui uma órbita circular e duas órbitas elípticas (possui 3 subníves), e assim por diante. NÚMERO ATÔMICO (Z) É o número de cargas positivas (prótons) existentes no núcleo dos átomos. Elemento químico é um conjunto de átomos com o mesmo número atômico. ISÓTOPOS E NÊUTRONS Thomson descobriu massas atômicas diferentes para o elemento neônio. Apesar de terem massas atômicas diferentes, os átomos apresentavam as mesmas propriedades químicas, comprovando serem de um mesmo elemento. Apenas as propriedades físicas que se relacionavam com a massa eram diferentes. Deu-se a esse fenômeno o nome isotopia, e aos átomos de um mesmo elemento químico que apresentavam massas atômicas diferentes chamou-se isótopos (isso= mesmo, tópos=lugar, em referência ao fato de ocuparem o mesmo lugar na tabela periódica). O fenômeno da isotopia ficou sem explicação até 1932, quando Chadwick solucionou a questão, descobrindo uma nova partícula nuclear, obtida como consequência do bombardeamento de berílio com partículas alfa. A partícula descoberta por Chadwick tinha massa praticamente igual à massa do próton (um pouco maior) e não tinha carga elétrica, sendo por essa razão denominada nêutron. Os nêutrons explicam tanto a diferença de massas atômicas dos isótopos, uma vez que as propriedades físicas dependem da massa, como também a igualdade no seu comportamento químico, já que isso é função das cargas elétricas existentes nos átomos. Átomos isótopos possuem o mesmo número de prótons e diferente número de nêutrons. ESTRUTURA ATÔMICA BÁSICA O modelo atômico básico considera o átomo dividido em duas regiões distintas denominadas núcleo e eletrosfera. Nesse modelo, o núcleo, que é a região central do átomo, contém dois tipos e partículas, os prótons e os nêutrons; e a eletrosfera, que é a região periférica ao redor do núcleo, contém apenas os elétrons. O núcleo localiza-se no centro do átomo e é uma região compacta, maciça e muito densa, embora não seja indivisível. A eletrosfera é uma região imensa em relação ao núcleo e de densidade muito baixa (rarefeita); isso significa que a maior parte do átomo é um grande vazio. NÚMERO DE MASSA: como praticamente toda a massa do átomo está no núcleo, o número de partículas nucleares (soma dos prótons e dos nêutrons) é denominado número de massa, cujo símbolo é a letra A. O número atômico (Z) designa o número de prótons existentes no núcleo do átomo. O número de massa (A) é um número inteiro que indica o total de partículas (prótons + nêutrons) do núcleo de um átomo. Z AX ou ZX A A massa atômica oficial de cada elemento químico é a média ponderada das massas atômicas dos isótopos naturais do elemento, multiplicada pela abundância (% em massa) de cada isótopo. Moléculas são estruturas de massa molar conhecida formada por um número relativamente pequeno e determinado de átomos (de mesmo elemento ou não) ligados entre si pelo compartilhamento de elétrons de valência. ELETROSFERA O próton e o elétron possuem cargas elétricas de mesma intensidade e sinais opostos, por isso elas se anulam mutuamente. Todo átomo possui o mesmo número de prótons e de elétrons, portanto todo átomo é eletricamente neutro. A= p + n ou A= Z + n As substâncias que se formam a partir de um grupo de átomos de elementos químicos iguais ou diferentes também possuem equilíbrio de carga elétrica, isto é, são eletricamente neutras. Quando um átomo, ou um grupo de átomos, perde a neutralidade elétrica, passa a ser denominado íon. O número de prótons não varia para átomos de mesmo elemento químico, tanto que o número dessas partículas identifica o elemento (é o seu número atômico). O íon é formado quando um átomo, ou um grupo de átomos, ganha ou perde elétrons. Quando um átomo ganha elétrons e fica com excesso de carga negativa, ele se torna um íon negativo, ou seja, um ânion. Quando um átomo perde elétrons e fica com falta de carga negativa, ele se torna um íon positivo, ou seja, um cátion. DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA Um átomo no estado fundamental possui todos os seus elétrons num estado de mínima energia possível (mais estável), e a energia total de cada elétron está relacionada a suas energias potencial e cinética.A energia potencial de um elétron na eletrosfera de um elétron na eletrosfera de um átomo é dada tomando-se o núcleo como referencial e é fornecida por um número inteiro n que varia de 1 a infinito e indica o nível de energia ocupado pelo elétron (modelo atômico de Bohr). O número n indica o nível de energia (potencial) do elétron. Para os elementos conhecidos (de número atômico até 112) no estado fundamental, n varia de 1 até 7. A energia cinética de um elétron está relacionada ao seu movimento na eletrosfera e é fornecida por um número inteiro ℓ que varia, para cada valor de n, de 0 até (n-1). Diagrama de Linus Pauling A “distribuição de elétrons” no átomo deve ser feita necessariamente em ordem de energia, que é indicada pelas setas no diagrama. A distribuição eletrônica em ordem energética termina com os elétrons mais energéticos do átomo no estado fundamental, aqueles que possuem maior energia potencial e cinética (que não são necessariamente os mais externos do átomo). O nível de energia mais externo de um átomo no estado fundamental é denominado camada de valência. A camada de valência é ocupada pelos elétrons de valência. RAIO ATÔMICO Em uma família da tabela periódica, o raio aumento de cima para baixo, conforme aumenta o número atômico e, portanto, o número de níveis de energia do átomo no estado fundamental. NÚMEROS QUÂNTICOS Número Quântico Principal (n): é aquele que indica os níveis de energia, ou seja, a camada eletrônica em que o elétron está. As camadas eletrônicas K, L, M, N, O, P e Q representam, respectivamente, os seguintes números quânticos principais 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7: K = 1, L = 2, M = 3, N = 4, O = 5, P = 6, Q = 7 Número quântico secundário, azimutal ou de momento angular (l) : é aquele que indica os subníveis de energia, ou seja, o subnível de energia a que o elétron pertence. Os subníveis de energia s, p, d e f representam, respectivamente, os seguintes números quânticos secundários 0, 1, 2 e 3: s: l = 0, p: l = 1, d: l = 2, f: l = 3 Número quântico magnético (m ou m1): é aquele que indica a órbita onde os elétrons se encontram: O subnível s possui 1 orbital, que é o orbital (0). O subnível p possui 3 orbitais, que são os orbitais (0), (+1) e (-1). O subnível d possui 5 orbitais, que são os orbitais (-2), (-1), (0), (+1) e (+2). O subnível f possui 7 orbitais, que são os orbitais (-3), (-2), (-1), (0), (+1), (+2) e (+3). Número quântico de spin (s ou ms): é aquele que indica o sentido de rotação do elétron: Se o orbital de um subnível for negativo, a rotação é no sentido negativo, o qual é representado por uma seta para cima. Mas, se o orbital de um subnível for positivo, a rotação é no sentido positivo, o qual é representado por uma seta para baixo. SÉRIE DE ÍONS ISOELETRÔNICOS Numa série de íons isoelêtronicos, o número de elétrons e, portanto, o número de níveis de energia, é o mesmo. A diferença está apenas no número atômico dos íons. Quanto maior o número atômico, maior será a carga nuclear efetiva e a atração núcleo/último nível de energia, implicando maior força de atração e menor raio. Numa série de íons isoeletrônicos, terá maior raio o íon que tiver menor número atômico. ENERGIA DE IONIZAÇÃO Quando retiramos um elétron de um átomo isolado, ele absorve energia e passa para um estado de instabilidade. Energia ou potencial de ionização é a energia necessária para retirar um elétron de um átomo (ou íon) isolado, portanto, no estado gasoso. Quanto maior o raio atômico do elemento, mais distante fica o núcleo do átomo do seu nível de energia mais externo (no estado fundamental). Nesse caso, a atração que os prótons exercem sobre os elétrons mais externos é menor (e a repulsão exercida pelos elétrons mais internos é maior), portanto será mais fácil retirar um elétron do átomo isolado, ou seja, menor energia de ionização do elemento. Quanto menor o raio atômico do elemento, maior é a atração que o núcleo exerce sobre os elétrons do nível mais externo e maior a energia necessária para retirar o elétron do átomo. Para elementos que ocupem uma mesma família ou período da tabela, quanto menor o raio atômico, maior a energia de ionização e vice-versa. ELETRONEGATIVIDADE Eletronegatividade é a tendência que um átomo possui de atrair elétrons para perto de si, quando se encontra “ligado” a outro átomo de elemento químico diferente, numa substância composta. Com base na variação do raio atômico dos elementos, temos: Quanto menor o raio atômico, maior será a atração do núcleo pelos elétrons do nível de energia mais externo e, portanto, maior a eletronegatividade. Quanto maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo pelos elétrons do nível de energia mais externo e menor será a eletronegatividade. A eletronegatividade do átomo de um elemento químico aumenta conforme o raio atômico diminui. ESTABILIDADE E A REGRA DO OCTETO Os únicos elementos cujos átomos são estáveis na forma isolada são os gases nobres. Os cientistas concluíram que a estabilidade dos gases nobres estava relacionada ao fato de os átomos desses elementos possuírem o último nível de energia (camada de valência) completo no estado fundamental. Isso significa ter 2 elétrons quando a camada de valência for o 1º nível de energia, e 8 elétrons quando for o 2º, 3º, 4º, 5º ou 6º nível de energia. Os átomos de diferentes elementos estabelecem ligações, doando, recebendo ou compartilhando elétrons para adquirir uma configuração eletrônica igual à de um gás nobre no estado fundamental: 8 elétrons no nível de energia mais externo ou, então, 2 elétrons se o nível mais externo for o primeiro (H). COMPARTILHAMENTO DE ELÉTRONS O compartilhamento de pares de elétrons de valência é o que caracteriza a chamada ligação covalente. Ocorre entre elementos que possuem diferença de eletronegatividade menor que 1,7. Entre dois átomos (como os de hidrogênio), que estão próximos um do outro, se estabelecem continuamente forças de atração e repulsão que geram uma energia potencial. Forças envolvidas: Atração do núcleo (próton) de um átomo de hidrogênio pelo elétron do outro átomo. Repulsão entre os elétrons e os núcleos (prótons) de cada átomo. Exemplos: POLARIDADE DA LIGAÇÃO COVALENTE Quando dois átomos compartilham elétrons em uma ligação covalente, essa ligação pode ser apolar ou polar, conforme a diferença de eletronegatividade entre os átomos, como mostra a tabela a seguir: GEOMETRIA MOLECULAR O fato de uma molécula apresentar ligações covalentes polares não significa que ela será polar, pois essa característica depende também da geometria dessa molécula, ou seja, da forma que seus átomos se organizam no espaço. Modelo da Repulsão de Pares de Elétrons na Camada de Valência (RPECV) Esse modelo foi aperfeiçoado em 1957, por dois químicos que se basearam na teoria de Sidgwick-Powell, desenvolvida em 1940 sobre a geometria das moléculas. O modelo RPECV tem como base: 1. O número de átomos das moléculas; 2. As ligações do átomo central, ou seja, o átomo que está ligado a todos os outros átomos da molécula; 3. E se o átomo central possui ou não pares de elétrons disponíveis, isto é, que não estão envolvidos em nenhuma ligação química. POLARIDADE DA MOLÉCULA Há duas características que podem definir se uma molécula é ou não polar: a diferença de eletronegatividade entre os átomos ligados e a sua geometria. 4. Se não houver diferença de eletronegatividade entre os átomos (ligações 100% covalentes), a molécula provavelmente será apolar, qualquer que seja a sua geometria. LIGAÇÃO IÔNICA Quando a diferença de eletronegatividade entre dois átomos de elementos químicos for maior que 1,7, a ligação entre eles será iônica, ou seja, obtida pela formação de íons positivose negativos que permanecem juntos por atração eletrostática. A intensidade do dipolo formado entre os átomos aumenta com o aumento da diferença de eletronegatividade entre eles. LIGAÇÕES COVALENTES COORDENADAS Também chamada apenas de Ligação Coordenada, ocorre com o compartilhamento de pares de elétrons, porém, a diferença é que, na ligação covalente normal, os elétrons são provenientes dos átomos dos dois elementos, já na ligação covalente dativa, os elétrons são provenientes somente de um dos átomos. LIGAÇÕES METÁLICAS A alta positividade dos metais levou os cientistas a estabelecer um modelo de ligação química de natureza elétrica com base na atração entre íons positivos (cátions do metal) e elétrons semilivres. HIBRIDIZAÇÃO DO CARBONO Define-se como hibridização a união de orbitais atômicos incompletos. Um orbital é classificado como incompleto quando ele apresenta apenas um elétron em seu interior em vez de dois. A hibridização do carbono permite que os átomos desse elemento sejam capazes de realizar quatro ligações químicas, ou seja, o carbono só realiza quatro ligações após sofrer o fenômeno da hibridização. Na distribuição eletrônica do carbono, percebemos que o subnível 1s está completo (com dois elétrons), o 2s está completo (com dois elétrons) e o subnível 2p está incompleto (o subnível p suporta seis elétrons, mas há somente dois). Distribuindo os elétrons do 2p de forma representativa, temos que: O subnível p apresenta três orbitais – no caso do carbono, dois deles estão incompletos e um está vazio. Por essa razão, esse elemento deveria realizar apenas duas ligações, já que o número de orbitais incompletos sempre determina o número de ligações. No entanto, ao receber energia do meio externo, os elétrons presentes no Carbono são excitados. Assim, um dos elétrons presentes no subnível 2s desloca-se para o orbital do subnível p que estava vazio: Assim sendo, o carbono fica com quatro orbitais incompletos no seu segundo nível. Em seguida, o orbital do subnível 2s une-se aos três orbitais p, o que configura o fenômeno de hibridização. QUÍMICA ORGÂNICA A primeira separação da Química em orgânica e inorgânica ocorreu por volta de 1777 e foi proposta pelo químico sueco Torbern Olof Bergman (1735-1784), que definiu: ➢ Química inorgânica: é a parte da Química que estuda os compostos extraídos dos minerias. ➢ Química orgânica: é a parte da Química que estuda os compostos extraídos de organismos vivos, animais e vegetais. Química orgânica é a parte da Química que estuda praticamente todos os compostos do elemento carbono. Postulados de Kekulé 2
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