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Descolonização Africana e Asiática

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
Profª. Joselia de Castro Silva
AULA 7 – DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA E ASIÁTICA
AULA 7: DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA E ASIÁTICA
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTA AULA
- Relacionar a conjuntura europeia do pós Segunda Guerra com a perda das possessões coloniais asiáticas e africanas; 
 
- Reconhecer a emancipação da Índia como uma exceção entre as demais independências; 
 
- Comparar os diversos processos de emancipação; 
 
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Nesta aula, estudaremos os processos de independência de diversos países da África e da Ásia, ocorridos após a Segunda Guerra Mundial, e a nova configuração política constituída com a formação de países independentes.
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Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria – ascensão de novas potências e necessidade de mundo livre.
O mundo que emerge após a Segunda Guerra Mundial não dialoga com exploração colonial.
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Após o final da Segunda Guerra, a Europa via-se envolvida em uma dupla questão: equacionar os interesses capitalistas sem entrar em choque com os soviéticos e manter suas possessões coloniais. Os exércitos europeus haviam sofrido perdas consideráveis durante a guerra e as economias internas estavam completamente desorganizadas, o que levou estes países à recorrerem ao crédito estadunidense, proporcionado pelo Plano Marshall. Este claro enfraquecimento político e econômico das metrópoles europeias permitiu o surgimento de movimentos nacionalistas que tinham como objetivo a emancipação destas colônias. 
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Índia
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A Índia possuía duas importantes forças políticas: o Partido do Congresso, formado por hindus em 1885, e a Liga Muçulmana, formada em 1906. Ainda que tivessem sido submetidos aos ingleses, estas organizações sempre fortaleceram o movimento nacionalista, que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, sobretudo na década de 1920, quando ganha destaque a participação política de Mahatma Gandhi, que logo se tornaria a principal figura na independência do país. 
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O país passava por forte cisão religiosa entre hindus e muçulmanos. Esta atuava a favor dos ingleses, pois as disputas religiosas eram um obstáculo à emancipação. Por isso a atuação de Gandhi foi tão significativa, já que o advogado, formado em Londres, defendia uma solução não violenta e acaba por conciliar os interesses de autonomia tanto de hindus quanto de muçulmanos.
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Gandhi pregava a não violência e a desobediência civil, o que significava, sobretudo, boicotar produtos ingleses e o estímulo ao não pagamento de impostos à coroa britânica. A postura pacifista de Gandhi desestimulava os ingleses a repressão violenta, pois corriam o risco de transformá-lo em um mártir, o que só fortaleceria a causa da independência colonial A atuação de Gandhi acabou por obrigar a Inglaterra a conceder a independência da Índia em 1947 e a forma pacífica como ela ocorreu permitiu aos ingleses manter seus interesses econômicos na região, tornando-se um parceiro comercial e político. Internamente, entretanto, a Índia acabou cedendo a sua cisão interna que provocou o surgimento de dois países: a Índia (União Indiana) de maioria hindu e o Paquistão, de maioria muçulmana
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Gandhi não combateu a divisão entre hindus e muçulmanos, sendo por isso considerado um traidor pelos nacionalistas. Em 1948, o líder indiano foi assassinado por um radical hindu, que não aceitava a formação do Paquistão. Esta separação gerou um conflito que tem se arrastado desde então, a disputa pela região da Caxemira pois Paquistão e Índia reivindicam parte deste território. Gandhi conseguiu a independência, mas não a paz e seu país natal, cujos conflitos internos impedem seu pleno desenvolvimento. 
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O caso das colônias francesas na Ásia foi bastante diferente do que ocorrera na Índia. Os franceses dominavam a região conhecida como Indochina, invadida pelo Japão durante a segunda Guerra. A invasão japonesa motivou a reação das forças locais e o movimento nacionalista rapidamente ganhou corpo. Mesmo com a derrota da Japão, a luta continuou, mas desta vez, visando a expulsão dos franceses. O líder da resistência, Ho Chi-minh, fundou o movimento de libertação do Vietnã (que fazia parte da Indochina), denominada Vietminh, que empreendeu uma guerrilha contra o exército francês. Enfraquecido e sem recursos, a França perde a guerra e, consequentemente, a posse da Indochina, que seria desmembrada em três países diferentes: Laos, Camboja e Vietnã. 
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Esta ficou conhecida como a primeira guerra da Indochina e gerou a independência destes países, reconhecida pela Conferência de Genebra, na Suíça, em 1954. Nesta mesma conferência, o Vietnã, principal foco da resistência, foi dividido, em mais uma demonstração da influência da Guerra Fria: criou-se o Vietnã do Norte, liderado por Ho Chi-minh, que adotou o comunismo e o Vietnã do Sul, capitalista. Esta cisão e o impasse gerado em torno da unificação do país levaria a guerra do Vietnã, que se iniciaria em 1965. 
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Em 1955 ocorreu a Conferencia de Bandung, na Indonésia, reunindo dezenas de países, sobretudo asiáticos ee africanos, como Índia, Sri Lanka, Paquistão, Gana, Etiópia, Libéria e Sudão. africanos, como Índia, Sri Lanka, Paquistão, Gana, Etiópia, Libéria, marcando, a política de não-alinhamento, conhecida como terceira via. 
Princípios da conferência: 
o respeito aos direitos fundamentais e a soberania e integridade destas nações;
além do reconhecimento da igualdade racial, repudiando o apartheid, em vigor na África do Sul;
o não alinhamento a nenhum dos blocos, seja ele capitalista ou socialista; 
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Argélia – independência obtida a partir de uma guerra entre franceses e argelinos. (1962)
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Mesmo com tudo o que lhe aconteceu na Segunda Guerra, França não abremão da posse de seus territórios. Após a perda da Indochina, a Argélia começa a buscar também a sua independência, entrando em confronto com o exército francês, que ocupava o país. Charles de Gaulle, que atuou na resistência francesa durante a Segunda Guerra, negocia a independência do país com a Frente de Libertação Nacional argelina, propondo um plebiscito, que opta pela independência, consolidada em 1962.
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Sudão – Em finais do século XIX, o Sudão estava dividido entre a posse da Inglaterra e do Egito. Este domínio compartilhado dividiu o Sudão e agravou suas diferenças internas, agravando os problemas sócio econômicos e provocando uma intensa divisão entre muçulmanos (no sul) e cristãos (no norte). Com o fim da Segunda Guerra, o Egito viu a oportunidade de dominar todo o Sudão, e exigiu a retirada dos ingleses do país. Isso levou um impasse que culminaria com a independência do país em 1956, mas esta independência evidencia os intensos problemas internas que meio século de dominação havia provocado. Não havia uma unidade interna e as guerras civis se tornaram uma constante. 
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Portugal foi um dos últimos países europeus a abrir mão de suas colônias africanas, o que só ocorre nos anos 1970 do século XX, também mediante um conflito, a Revolução dos Cravos, que eclode em 1974. Esta revolução, que teve lugar em Portugal, derrubou o salazarismo, que vigorava no país desde antes da Segunda Guerra e libertou as colônias portuguesas, como Angola. 
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Guiné-Bissau – 1974
Angola – 1975
Cabo Verde – 1975
Moçambique – 1975
São Tomé e Príncipe - 1975 
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Se o imperialismo do século XIX não se deu sem resistência dos povos, a descolonização no século XX tampouco foi um processo pacifico, com a clara exceção da Índia. Mesmo emancipados, estes países precisam lidar com o legado da dominação. As independências promoveram fronteiras arbitrárias o que faz da África o único continente em que algumas fronteiras são linhas retas, em uma notória desconsideração das diferenças internas. O mundo ocidental entendia a África como um bloco, e não como regiões com culturas e sociedades próprias. 
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NESSA AULA VOCÊ:
 Nesta aula, vimos o processo de descolonização da Ásia e da África, destacando o caso notório da Índia e sua emancipação pacífica, em contraste com a violência dos conflitos ocorridos no continente africano. 
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