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Patologia de Peixes 
Ichthyophthirius
1. Introdução
Na criação de peixes às doenças infecciosas, parasitárias, nutricionais causam sérios problemas sanitários e econômicos, e a demanda da criação de peixes de qualidade frescos e nutritivos para a alimentação da população humana está em alta, por isso nós médicos veterinários devemos ter conhecimentos destas principais patologias ao modo que poderemos evitá-las a fim de colaborar com a exploração aumento no índices econômicos.
É um protozoário ciliado que infecta peixes de água doce e fria , ele é o parasita mais patogênico para os peixes levando a morte causando perdas acentuadas na piscicultura. Esse protozoário é causador da doença conhecida popularmente como "pontos brancos".
 Diferentes fases do ciclo de vida. 
É um parasita cosmopolita, comum em todas a regiões onde há criação de peixes. 
Este ciliado pode parasitar todas as espécies de peixes, não existindo nenhuma espécie que tenha resistência natural contra eles, mas existem espécies mais ou menos susceptíveis.
Alguns condiçoes ambientais precisam estar presentes para que surtos de Ichthyophthiriasis ocorra, como por exemplo, elevação da temperatura da água acima de 25 °- 28°C, que propicia aumento da atividade desse parasita que completa seu ciclo de vida em um tempo menor comparada a baixas temperaturas; Estresse populacional entre os peixes, esse estresse pode ocorrer de várias formas; alta densidade populacional, pouco oxigênio na água, poluição química da água, altas temperaturas e atividade desova.
O ciclo do surto está relacionado a estresse populacional, altas temperaturas e imunidade dos peixes. 
 
Imagem representando estresse populacional. 
2. Ciclo de Vida do parasita 
O Ichthyophthirius torna-se parasito obrigatório somente na fase de trofonte, portanto, o peixe é essencial para que este ciliado sobreviva e consiga completar seu ciclo de vida. Para isso, formas de vida livres denominadas terontes, possuem um aparato na região apical denominado perforatorium que é responsável pela penetração ativa na pele (tecido epitelial) por meio de ação mecânica. Assim, o teronte se aloja entre as camadas de células epiteliais acima da derme, e inicia sua transformação em trofonte.
Após a penetração do tegumento, que se dá principalmente na pele (alojando-se entre as escamas), nadadeiras, córnea, cavidade oral e tecido branquial, o teronte sofre algumas mudanças estruturais, especialmente no aparato bucal primitivo, que passa a ter tamanho suficiente para ingerir detritos celulares relativamente grandes, quando então passa a ser denominado trofonte Nessa fase, alimenta-se de secreções, fragmentos teciduais e células inflamatórias do hospedeiro, até completar seu desenvolvimento, que é variável de acordo com a temperatura da água
. 
Ciclo de vida 
3. Transmissão
A principal forma de transmissão é a horizontal, na qual um peixe parasitado passa a atuar como fonte de infestação para o restante do lote. Neste elo, a fase de teronte é a responsável pela dispersão no ambiente aquático em busca de novos hospedeiros. Portanto, a água de cultivo atua como veículo dessas formas infectantes, bem como instrumentos utilizados na rotina da piscicultura, tais como peneiras, puçás, redes de arrasto, entre outros objetos. Atenção especial deve ser dada às propriedades que descarregam indiscriminadamente a água de transporte dos peixes recém-chegados diretamente nos viveiros de criação, pois essa água atua como importante meio de transmissão, não somente de protozoários, mas também de bactérias, fungos e vírus potencialmente patogênicos aos peixes.
Os peixes expostos a esses parasitas desenvolvem uma imunidade protetora, assim os sobreviventes serão resistentes às infecções subsequentes.
4. Sinal Clínico
O principal sinal clínico da ictiofitiríase é a presença de inúmeros pontos brancos situados em toda superfície corpórea dos peixes parasitados, incluindo pele, nadadeiras, córnea, cavidade bucal e brânquias. Além disso, é comum observar os peixes exibindo movimentos grosseiros de fricção contra as paredes, fundo ou telas dos viveiros ou tanques rede,Tal fato ocorre devido à ação irritante determinada pela movimentação do ciliado, possivelmente ocasionando prurido, ocorre aumento na produção de muco como uma resposta fisiológica a irritação, esse muco serve como barreira física e também possui um fator antiparasitário. Com o agravamento da condição clínica dos peixes, é possível observar peixes apáticos, com natação errática e sem vigor , além de anorexia, mudança da coloração da pele, aumento da produção de muco, dificuldade respiratória com aumento dos batimentos operculares, hiperplasia epitelial por todo o corpo inclusive das brânquias. 
Sinais clínicos. 
Sinais Clínicos
Essas alterações na pele interferem na osmorregulação, aumenta estresse entre os peixes, favorece a entrada de outros agentes patogênicos e a junção de todos esses fatores influencia grandes números de mortes.
5. Patogenia
As lesões no tecido branquial são as mais preocupantes, pois se trata de um órgão sensível a agressões. Infestações branquiais maciças induzem a severa hiperplasia epitelial, bem como hiperplasia das células produtoras de muco, com infiltrado inflamatório composto por granulócitos e células mononucleares (responsáveis pela defesa do organismo), que resultam em fusão das lamelas secundárias e impermeabilização do epitélio branquial, responsável pelas trocas gasosas, equilíbrio osmorregulatório e ácido-básico, podendo causar asfixia e acúmulo de compostos tóxicos no sangue, como a amônia. Situações mais graves podem ser observadas nas zonas de necrose (morte tecidual) na brânquia e pele.
Cortes histológico, principais lesões 
6. Diagnóstico
O diagnóstico da ictiofitiríase é realizado de forma simples e rápida, a partir do raspado, tanto da pele quanto das brânquias, e pesquisa pelo parasito em microscópio óptico. A partir desta análise é possível observar o protozoário com o aumento de 40 vezes (objetiva de 4x), exibindo movimento rotativo, além da coloração escurecida do corpo e um macronúcleo mais claro, em forma de ferradura, apenas presente nos organismos adultos. Além da visualização macroscópica das manchas brancos pelo corpo. 
Ictio em diferentes fases de desenvolvimento observado em brânquia de tilápia do , além de terontes, trofontes imaturos e maduros diagnosticados a partir de raspado cutâneo
7. Prevenção e Controle e Tratamento.
O tratamento contra a ictiofitiríase não é eficaz em ambientes de criação, uma vez que os parasitos localizados sob o epitélio do hospedeiro e aqueles protegidos dentro do cisto de proteção secretado pelo tomonte não são atingidos pelos fármacos administrados. A prevenção e o controle da doença, em um sistema de produção intensivo de peixes, depende de um programa integrado de manejo. 
Os elementos básicos são:
· Prevenção do contato dos peixes com os parasitas;
· Rápida Identificação da doença;
· Tratamento e imunização ( se possível) dos peixes;
A prevenção de uma doença. sempre é mais efetiva do que o tratamento. 
Algumas dicas a serem seguidas; 
· Peixes introduzidos de outros locais, deverão ficar de quarentena de 2 a 3 semanas, se identificado algum doente, faz se o tratamento. 
· O tratamento tem o objetivo de quebrar o ciclo da infecção.
· O teronte que é a forma infectante nada livremente na água, logo a remoção dos terontes na água e uma forma de tratamento simples. 
· A transferência repetida de peixes para diferentes tanques é efetiva, transfere os peixes 1 vez ao dia por 7 dias já é eficiente para quebrar o ciclo.
· em sistemas fechados, onde água é reciclada, a doença pode ser controlada pela exposição de agua a luz ultravioleta.
· O controle da doença em surtos precisa de um bom manejo junto ao uso de agentes terapêuticos.
· peixes mortos devem ser retirados imediatamente do tanque , pois os trofontes abandonamo hospedeiro e encistam rapidamente
· Os terontes são destruídos em temperatura de 30°C, se a espécie suportar, indica e elevar a temperatura afim de eliminar as formas infectantes.
· O método ideal para prevenir seria imunização ;
· Adotar práticas criteriosas de desinfecção de instrumentos utilizados na rotina da piscicultura, além de antissepsia da mão de funcionários que entram em contato com os animais de cultivo.
· Realizar periodicamente o diagnóstico do plantel, a partir de uma amostragem de peixes para monitorar as condições higiênico-sanitárias de toda a propriedade.
· Realizar um monitoramento detalhado das condições de qualidade da água.
8. Perspectivas da elaboração de uma vacina comercial
A utilização de vacinas para enfermidades bacterianas e virais em peixes já é uma realidade em vários países, sendo recente no Brasil. Entretanto, vale ressaltar que pesquisadores já se esforçam em desenvolver uma vacina específica para a ictiofitiríase.
9. Referências 
https://panoramadaaquicultura.com.br/ictiofitiriase-conhecendo-a-doenca-para-elaborar-estrategias-de-controle-2/
Apostila Aqui. 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/133079/333787.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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