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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Secretaria Federal de Controle Interno Unidade Auditada: Companhia de Docas do Espírito Santo Exercício: 2017 Município: Vitória - ES Relatório nº: 201801178 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Superintendente da CGU-Regional/ES, A Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa) constitui-se em uma Sociedade de Economia Mista, vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e tem como competência principal administrar o Porto de Vitória. O objeto social da Companhia é exercer as funções de Autoridade Portuária no âmbito dos portos organizados no Estado do Espírito Santo. Segue quadro informativo com as principais siglas, abreviaturas e respectivas denominações utilizadas no corpo deste relatório. Quadro – Siglas, abreviaturas e denominações Sigla Denominação MTPA Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil MP Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão Sest Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais SNP Secretaria Nacional de Portos Antaq Agência Nacional de Transportes Aquaviário Confis Conselho Fiscal Consad Conselho de Administração Dirpre Diretor-Presidente Dirope Diretoria de Operações Dirafi Diretoria de Administração e Finanças Dirpad Diretor de Planejamento e Desenvolvimento Coarco Coordenação de Arrendamentos e Contratos Coaudi Coordenação de Auditoria Interna Codcon Coordenação de Contabilidade Coenge Coordenação de Engenharia Codfor Coordenação de Finanças e Orçamento Cogvts Coordenação de Gestão do VTS http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 2 Quadro – Siglas, abreviaturas e denominações Cogpro Coordenação de Gestão e Programação Portuária Cogemp Coordenação de Gestão Empresarial Comark Coordenação de Marketing Comast Coordenação de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho Comamb Coordenação de Meio Ambiente Codman Coordenação de Obras e Manutenção Coovid Coordenação de Ouvidoria Coplad Coordenação de Planejamento e Desenvolvimento Codrhu Coordenação de Recursos Humanos Cosnip Coordenação de Segurança Portuária Coserv Coordenação de Serviços Gerais Codsup Coordenação de Suprimentos Coinfo Coordenação de Tecnologia da Informação Cojuri Coordenação Jurídica Cocecs Coordenação de Comunicação Social Secpre Secretária do DIRPRE Secons Secretária dos Conselhos Segpre Secretaria geral da presidência Secdif Secretário(a) do Dirafi Secdop Secretário(a) do Dirope Secdep Secretário(a) do Dirpad Asstec Assessoria do Dirpre Assdip Assessoria do Dirope Assdif Assessoria do Dirafi Assdep Assessoria do Dirpad Supger Superintendência de projetos OI Orçamento de Investimento PDG Programa de Dispêndios Globais CGEEF/SE- MTPA Coordenação-Geral de Empresas Estatais e Fundos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Dest Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais PIDV Plano de demissão incentivada PDA Plano de demissão assistida BI Business Inteligence Labtrans Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina Direxe Diretoria Executiva da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo SDA Solicitação de atracação de navio Codesa Online Sistema de Informações de Gestão Portuária SGP Sistema de Gestão Portuária - substituído pelo Codesa Online PSP Previsão dos Serviços Portuários TDN Tabela de Navios Sapiens/ERP Plataforma tecnológica onde reside os Sistemas de Informações de Apoio Administrativo CPVV Companhia Portuária de Vila Velha TVV Terminal de Vila Velha PEIU Peiu Sociedade de Propósito Específico SPU Superintendência de Patrimônio da União Ogmo Órgão Gestor de Mão de Obra - Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga nos Portos do Estado do Espírito Santo Nepom Núcleo Especial de Policiamento Marítimo TJES Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo JFES Justiça Federal no Estado do Espírito Santo STJ Superior Tribunal de Justiça TRF2 Tribunal Regional Federal da 2ª Região AGU Advocacia Geral da União AI Agravo de Instrumento MPF Ministério Público Federal Cadin Cadastro de Inadimplentes IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio Vargas Fonte: Sítio Eletrônico da Codesa e respectivas entidades http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 3 Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201801178, e consoante o estabelecido no Capítulo II, do Anexo da Instrução Normativa nº 03, da Secretaria Federal de Controle (SFC), de 9 de junho de 2017, são apresentados os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual da Companhia Docas do Espírito Santo. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 9 de julho a 31 de agosto de 2018, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados da Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. O relatório consiste, assim, em subsídio ao Tribunal de Contas da União (TCU) no julgamento das contas apresentadas pela Unidade. 2. Resultados dos trabalhos Conforme consignado na ata da reunião realizada em 19 de março de 2018 entre a Controladoria Regional da União no Estado do Espírito Santo (CGU-Regional/ES) e a Secretaria de Controle Externo do Estado do Espírito Santo (Secex/ES) para tratar da certificação das contas de 2017 da Codesa, foi definido escopo de auditoria no qual a CGU-Regional/ES realizaria as seguintes análises: 2.1 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas, foram consideradas as seguintes questões de auditoria nesse item: (I) Os resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial quanto à eficácia e eficiência dos objetivos e metas físicas e financeiras planejadas ou pactuados para o exercício, foram cumpridos? (II) As causas dos eventuais insucessos no desempenho da gestão foram identificadas? http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 4 A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise e conferência dos resultados quantitativos e qualitativos de gestão da Codesa, especificamente em relação ao resultado das ações relacionadas aos macroprocessos finalísticos definidos como “Gestão das Operações Portuárias”, “Fiscalização de Contratos de Arrendamento” e “Fomento de Negócios Portuários”, sendo tais ações caracterizadas como fundamentais para cumprimento da Missão e Visão definidas pela Unidade. A Codesa definiu como missão “desenvolver, administrar e fiscalizar o Porto de Vitória e Barra do Riacho, oferecendo serviços e infraestrutura eficientes aos armadores, arrendatários, operadores portuários e terminais de uso privado (TUP), bem como apoiar o poder público, o comércio e o desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental ”, e como visão “ ser uma Autoridade Portuáriamodelo em agilidade e competitividade, líder em eficiência, segurança e sustentabilidade, com foco em resultados e orientada à valorização do capital humano, de forma a tornar o Porto de Vitória cada vez mais competitivo ”. Sendo assim, a Codesa vem sendo monitorada por meio do resultado atingido quanto ao cumprimento de metas de desempenho estabelecidas em função dos objetivos definidos no Plano Estratégico Codesa 2014-2029, no Programa de Dispêndios Globais (PDG) e nas diretrizes da Secretaria Nacional de Portos (SNP). Foram definidas metas de melhoria de desempenho referentes a operação portuária e movimentação de cargas, execução orçamentária, rentabilidade do negócio, meio ambiente, capacitação de pessoal, melhoria da infraestrutura e modernização da gestão. A seguir apresenta-se o resultado alcançado quanto às principais metas de desempenho estabelecidas para a Unidade no ano de 2017. Com relação à execução das receitas, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado no ano de 2017: Tabela – Execução do orçamento das receitas da Codesa no ano de 2017 Categoria Valor Orçado (R$) Programa de Dispêndios Globais [A] Valor Executado (R$) [B] Diferença (R$) [B] - [A] % de Execução Receita Operacional 114.818.788 112.287.942 (2.530.846) 97,8% . Cais Codesa 57.537.532 55.721.785 . Terminais Privativos 21.275.696 22.198.281 . Berços arrendados 36.005.560 34.367.876 Receita Não Operacional 34.960.502 34.736.275 (224.227) 99,4% . Aluguéis e arrendamentos 26.741.526 26.629.846 . Receita Financeira 7.618.976 7.475.312 . Demais rec. não oper. 600.000 631.117 Total das receitas 149.779.290 147.024.217 (2.755.073) 98,2% Fonte: Demonstrativo das Receitas do Exercício de 2017 da planilha Gerencial Consad anexo I. Quanto aos resultados alcançados em relação às receitas, a empresa cumpriu 98,2% do total das receitas orçadas. Destaca-se que a receita operacional alcançou R$ 138,91 milhões no ano (R$ 112,28 milhões + R$ 26,62 milhões), valor 3,57% superior ao ano anterior, estabelecendo assim um novo recorde. Cabe observar que as atividades desenvolvidas pela Codesa são custeadas com recursos próprios, advindos das receitas tarifárias arrecadadas em decorrência da movimentação de carga, receita patrimonial (calculada por metro quadrado de área, MMC – Movimentação Mínima Contratual), oriundas dos arrendamentos de áreas e, ainda, http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 5 receitas de aplicações financeiras. Parte da receita patrimonial é destinada a investimentos na infraestrutura portuária. Com relação à execução das despesas, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado no ano de 2017: Tabela – Execução do orçamento das despesas da Codesa no ano de 2017 Categoria Valor Orçado (R$) Programa de Dispêndios Globais [A] Valor Executado (R$) [B] Diferença (R$) [B] - [A] % de Execução Dispêndios Correntes . Pessoal e Encargos Sociais 77.794.293 79.724.323 1.930.030 102,5% . Materiais e Produtos 400.000 188.574 (211.426) 47,1% . Serviços de Terceiros 38.389.088 37.661.836 (727.252) 98,1% . Utilidades e Serviços 3.700.000 3.637.164 (62.836) 98,3% . Tributos e Enc. Parafiscais 19.661.824 16.752.599 (2.909.225) 85,2% . Demais Dispêndios Correntes 9.931.316 8.527.405 (1.403.911) 85,9% Total dos dispêndios correntes 149.876.521 146.491.901 (3.384.620) 97,7% Fonte: Demonstrativo das Despesas Correntes do Relatório Gerencial Diraf de dezembro/2017. Quanto aos resultados alcançados em relação ao orçamento das despesas, a empresa cumpriu 97,7% do total dos dispêndios orçados. Entretanto, destaca-se que a Codesa comprometeu 102,5% com as despesas orçadas com pessoal e encargos, chegando a R$ 79,7 milhões. Nessa rubrica são lançadas todas as despesas relativas às remunerações, encargos sociais, provisão de 13º salário e férias, assim como planos de saúde dos empregados. Em seu Balanço Contábil a empresa esclareceu que o crescimento do item de Pessoal e Encargos foi derivado dos desembolsos motivados pelo Plano de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV) e pelo Plano de Demissão Assistida (PDA), e que, apesar de pressionarem os gastos no curto prazo, as adesões a esses planos acarretarão em uma significativa redução na folha de pagamentos nos próximos anos. Com relação à execução do investimento, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado no ano de 2017: Tabela - Execução do orçamento de investimento da Codesa no ano de 2017 Código da ação / projeto Descrição da ação / projeto Valor Orçado (R$) Orçamento de Investimento Valor Executado (R$) % de execução Recursos Próprios 6.000.000 1.528.569 25,5% 4101 Manut. Adeq. de bens Imóveis - rec. próp. 500.000 340.572 4102 Manut. e Adeq. de Bens Mov.Veíc.eEquip. - recurso próprio 500.000 55.562 4103 Manut.Adeq.Ativos Informática e Teleproc - recurso próprio 2.000.000 4.798 20HL Estudos Projetos p/ Infraestrutura Portuária – recurso próprio 3.000.000 1.127.637 Recursos da União 58.568.327 39.098.182 66,7% 14KJ Implantação Sistema Apoio Gestão Trafego de Navios 3.873.217 2.267.876 14KM Implantação Sist.Port.Monit.Cargas da Cadeia.Logística 10.476.729 6.590.132 http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 6 Tabela - Execução do orçamento de investimento da Codesa no ano de 2017 Código da ação / projeto Descrição da ação / projeto Valor Orçado (R$) Orçamento de Investimento Valor Executado (R$) % de execução 14RC Programa de Conformidade do Gerenciamento de Resíduos e Efluentes Líquidos 1.132.089 0 20HL Estudos e Projetos p/ Infraestrutura Portuária 6.317.684 1.500.000 20HM Estudos para Planejamento do Setor Portuário 1.000.000 0 143D Construção Cais Região Dolfins Atalaia Porto deVitória 35.768.608 28.740.174 Total do Investimento 64.568.327 40.626.751 62,9% Fonte: Demonstrativo Orçamentário dos Investimentos do Relatório Gerencial Dirafi de dezembro/2017. Quanto aos resultados alcançados em relação aos investimentos, a empresa cumpriu 62,9% do total dos investimentos orçados. Destacam-se os seguintes projetos de investimento: a) Conclusão da dragagem de aprofundamento do canal, com o calado passando a ser de 11,20m, cujos resultados da batimetria final estão em processo de homologação na Marinha do Brasil; b) Conclusão da implantação do Sistema de Gerenciamento do Tráfego de Navios (VTMIS), sendo o primeiro porto do Brasil a contar com um conjunto homologado de equipamentos e radares que permitem maior segurança das operações, assim como maior produtividade, ampliando a capacidade operacional; c) Avanço nas obras do Cais de Atalaia e nas obras das novas portarias do porto, totalmente equipadas com tecnologia de ponta e preparadas para contribuir com o projeto Cadeia Logística Portuária para eliminação da fila de caminhões e trens no acesso ao Porto; e d) Reformulação do parque tecnológico de informática, substituindo todos os computadores da empresa por estações modernas, com tecnologia de fibra ótica alimentando o acesso à internet em todo o cais, de forma ininterrupta e com alto padrão de qualidade. Cabe observar que para execução de investimentos de grande porte na infraestrutura (projetos específicos e obras), a Codesa conta com a participação da União (acionista majoritário) através de recursos repassados pelo Tesouro Nacional, mediante lei específica, e contabilizados como créditos para aumento de capital. Com relação às metas operacionais, segue tabela com resultado do volume de cargasmovimentadas no ano de 2017: Tabela - Movimentação de cargas em tonelagem Terminal / Cais 2016 2017 Variação (%) 2017-2016 Porto de Vitória 6.508.711 6.915.287 6,2% . Terminais Codesa 3.218.511 3.579.281 11,2% . Cais Comercial 275.308 456.447 . Cais Capuaba 1.782.194 1.738.427 .Cais Paul-Gusa 1.161.009 1.384.407 . Terminais Arrendados 3.290.200 3.336.006 1,4% . Terminal Vila Velha – TVV 2.919.783 2.899.811 . Terminal Peiú 229.646 365.733 . Flexibrás 66.602 69.094 . CPVV 74.170 1.368 Terminais Privativos 28.581.309 30.225.256 5,7% . Praia Mole 18.759.955 20.764.583 . Barra do Riacho 9.507.994 9.460.673 http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 7 . Barra do Riacho – Portocel 6.722.152 6.851.432 . Barra do riacho – Barcaças 2.785.842 2.403.062 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 313.360 206.179 Total Geral 35.090.020 37.140.543 5,8% Total Geral Contêineres (em TEUS *) 187.442 200.775 7,1% * TEU – Twenty Feet or Equivalent Unit. Fonte: Demonstrativo operacional apresentado no Relatório de Gestão de 2017. Quanto ao volume de cargas movimentadas, houve crescimento em todos os terminais, sendo de 11,2% nos terminais da Codesa, de 1,4% nos terminais arrendados e de 5,7% nos terminais privativos, assim como crescimento de 7,1% na movimentação de contêineres. Especificamente em relação ao Porto de Vitória, a Codesa destacou a importância do crescimento de 6,2% no volume de cargas movimentadas em relação ao ano anterior, mesmo com impactos operacionais importantes ao longo do ano, por conta da obstrução temporária de berços para conclusão da obra de dragagem, e reflexos da crise de segurança enfrentada pelo Estado do Espírito Santo no início do ano. Ainda em relação às metas operacionais, segue tabela com a quantidade de navios atendidos no ano de 2017: Tabela – Quantidade de navios atendidos Terminal / Cais 2016 2017 Variação (%) 2017-2016 Porto de Vitória 1.759 1.270 -27,8% . Terminais Codesa 836 736 -11,9% . Terminais Arrendados 923 534 -42,1% Terminais Privativos 1.993 1.712 -14,1% . Praia Mole 525 524 . Barra do Riacho 1.394 1.127 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 74 61 Total Geral 3.752 2.982 -20,5% Fonte: Desempenho operacional apresentado no Balanço Contábil de 2017. Quanto à quantidade de navios atendidos, houve queda em todos os terminais. No Porto de Vitória, o impacto maior foi a menor quantidade de embarcações de apoio nas operações de plataformas de petróleo devido à crise na Petrobrás. Nos terminais arrendados e privativos, o impacto foi causado pela retração da economia. Para finalizar quanto às metas operacionais, segue tabela com o tempo médio de espera para atracação obtido no ano de 2017: Tabela – Tempo médio de espera para atracação em horas Terminal / Cais 2016 2017 Variação (%) 2017-2016 Porto de Vitória . Terminais Codesa . Cais Comercial 7,6 17,3 126,7% . Cais Capuaba 30,9 52,5 69,7% .Cais Paul-Gusa 32,9 53,0 60,7% . Terminais Arrendados . Terminal Vila Velha – TVV 11,3 22,6 98,5% . Terminal Peiú 10,0 14,9 48,1% . Flexibrás 6,1 3,3 -46,1% . CPVV 20,2 6,2 -69,4% Terminais Privativos . Praia Mole 133,3 375,6 181,6% . Barra do Riacho 12,0 86,7 622,5% http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 8 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 93.9 25,5 -72,8% Fonte: Desempenho operacional apresentado no Relatório da Administração - exercício de 2017. Quanto ao tempo médio de espera dos navios para atracação, observa-se que os navios ficaram retidos por mais tempo aguardando autorização para atracação. Nos berços públicos, esse aumento de tempo de espera foi causado pela obstrução das obras de dragagem do canal e obras no berço 207. Com relação aos indicadores de desempenho e de rentabilidade, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado dos principais indicadores no ano de 2017: Tabela – Principais Indicadores de Desempenho da Codesa Indicador Fórmula Interpretação Meta Resultado Movimentação de Carga Granel Tonelagem movimentada (1.000 tons) maior melhor 2.800,00 3.468,77 Movimentação de Carga geral Tonelagem movimentada (1.000 tons) maior melhor - 3.445,07 Taxa Média de Ocupação de Berços Tempo ocupação / tempo disponível menor melhor 64,0% 47,8% Índice de Eficiência Operacional Despesa total com pessoal / Receita Líquida Operacional menor melhor 73,0% 75,9% Índice de Eficiência Administrativa Despesas Administrativa – despesas com pessoal administrativo) / Receita Líquida Operacional menor melhor 18,0% 19,1% Execução Orçamentária de Investimento Valor realizado / valor previsto maior melhor 53,0% 63,0% Retorno sobre o Capital ((EBITDA* do exercício / (PL + empréstimo + financiamentos)) * 100 maior melhor 7,0% -3,9% Fonte: Indicadores de Desempenho apresentados no item 3.5 do Relatório de Gestão de 2017, os quais tiveram seu resultado recalculado em função do encerramento definitivo das demonstrações contábeis. * EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Quanto aos indicadores de desempenho, observa-se que a Codesa não alcançou êxito na maioria das metas pactuadas, especificamente as de natureza econômico-financeira. Com relação ao desempenho financeiro, a Codesa obteve um prejuízo de R$ 25,625 milhões, conforme Demonstração do Resultado do Exercício de 2017. Ao se comparar o resultado de 2017 com os resultados de anos anteriores, observa-se que mesmo alcançando uma Receita Bruta de R$ 138,9 milhões no último ano, a empresa obteve prejuízo recorde em função, principalmente, de Custos e Despesas totais terem ultrapassado a Receita Líquida, chegando-se a um Resultado Operacional negativo no valor de R$ 11,0 milhões. Esse resultado operacional negativo refletiu em um déficit de R$ 3,38 milhões no EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O EBTIDA é o parâmetro contábil utilizado para verificar a capacidade de geração de caixa na atividade operacional e identificar a evolução da produtividade e da eficiência da empresa ao longo dos anos. O desempenho apresentado dos indicadores e das metas físicas e financeiras foi confirmado por meio de amostragem com a análise e conferência dos dados cadastrados em sistemas de informações, relatório financeiro/operacional, relatório de gestão e balanço divulgado pela empresa. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 9 Com base no escopo dos trabalhos de auditoria, verificou-se, especialmente naquilo que se refere à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas físicas e financeiras planejadas para o exercício, que a Unidade atingiu boa parte das metas operacionais pactuadas mais relevantes, principalmente em relação ao volume de cargas movimentadas, entretanto, as metas de natureza econômico-financeiras ficaram comprometidas em sua maioria. Para as metas não atingidas, as causas foram identificadas pela empresa e ações de correção estão sendo planejadas e/ou implementadas. Observa-se que para aquelas metas não alcançadas, principalmente as metas relacionadas aos custos e despesas com pessoal que se apresentam com tendência de forte crescimento, deverão merecer maior atenção ao longo dos próximos exercícios, realizando análise crítica e implementando os ajustes e reestruturações necessários em busca do reequilíbrio econômico-financeiroda empresa. Um exemplo de modificação a ser implementada é relativa à escala de trabalho dos guardas portuários, que atualmente onera indevidamente a folha de pagamentos da companhia e acarreta despesas com horas extras habituais, conforme tratado em constatações específicas deste relatório. ##/Fato## 2.2 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ A auditoria realizada sobre a gestão de compras e contratações da Codesa teve por objetivo avaliar a regularidade dos processos licitatórios, bem como a regularidade das contratações e aquisições feitas por dispensa e inexigibilidade de licitação na gestão do exercício de 2017, além de avaliar a consistência dos controles internos administrativos relacionados à área em questão. Com o intuito de viabilizar os trabalhos de auditoria foi elaborada uma amostra não probabilística composta por processos de contratações por dispensa de licitação e processos de pregões homologados no exercício. Ressalta-se que não foram realizadas contratações por inexigibilidade de licitação no exercício de 2017. As informações para elaboração da amostra foram extraídas do sítio eletrônico da Codesa (www.codesa.gov.br). Para a amostra de compras diretas, foram selecionados 10 processos cujos montantes somados equivalem a 22% do total contratado por dispensa de licitação no exercício de 2017. O quadro a seguir resume as informações relacionadas a tais processos: Quadro – Dispensas de licitação avaliadas Descrição Quantidade de processos Valor envolvido (R$) Processos de dispensa 136 2.979.963,54 Processos avaliados 10 663.200,35 Processos em que foi detectada alguma desconformidade 0 0 Fonte: Sítio eletrônico da Codesa (www.codesa.gov.br)/Prestação de Contas Anual 2017. No tocante à amostra das contratações e aquisições feitas por dispensa de licitação, não foi identificada irregularidade em nenhum dos processos analisados. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ http://www.codesa.gov.br/ http://www.codesa.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 10 Para a amostra de compras por pregões foram selecionados 4 processos equivalentes a 30% do total das licitações homologadas no mesmo período. O quadro a seguir resume as informações relacionadas a tais processos. Quadro – Licitações avaliadas Descrição Quantidade de processos Valor envolvido (R$) Processos licitatórios 12 10.562.925,72 Processos avaliados 4 3.208.103,25 Processos em que foi detectada alguma desconformidade* 1 2.365.000,00 * O valor mencionado na última linha corresponde ao total das aquisições e não indica necessariamente a existência de prejuízos. Fonte: Sítio eletrônico da Codesa (www.codesa.gov.br) / Prestação de Contas Anual 2017. Quanto à regularidade dos processos de pregões analisados, foram constatadas fragilidades na elaboração do orçamento referencial no Processo n° 1983/2016, que está apresentado nos Achados da Auditoria deste Relatório. Com vistas a avaliar a consistência dos controles internos administrativos relacionados ao macroprocesso de compras e contratações da Codesa, foi submetido à área responsável da companhia o Questionário de Avaliação de Controles Internos – QACI, com 22 perguntas, para fins de definição do nível de maturidade dos sistemas de controles internos da gestão de licitações e contratos, sendo que o total de pontos possíveis, correspondente a 100%, é 63 pontos. Assim, na avaliação da CGU acerca dos sistemas de controle interno da atividade de gestão de compras e contratações, a Codesa obteve 43 pontos, o que corresponde a um percentual de 68% da pontuação total possível e classifica tais controles como de nível intermediário. ##/Fato## 2.3 Avaliação da Gestão de Pessoas A auditoria realizada sobre a gestão de recursos humanos da Codesa teve por objetivo analisar os seus controles internos em relação: à sua consistência; à aderência da legislação na criação de cargos comissionados; e à observância da legislação, especialmente trabalhista, sobre os pagamentos de adicional de risco, diárias e horas extras. A metodologia utilizada pela equipe de auditoria foi diferenciada conforme o item sob análise. Para se aferir a consistência dos controles internos administrativos relacionados à gestão de pessoas, foi submetido ao responsável pela área de pessoal da companhia um questionário com 20 perguntas que equivaleria a 60 pontos. No que tange à criação de cargos comissionados, foi realizado um confronto entre os normativos internos da empresa com a legislação sobre o tema. Quanto ao adicional de risco, foi realizada uma análise das justificativas de pagamentos a esse título feitos aos empregados do setor mais representativo da Codesa em termos de recursos humanos. No que tange à regularidade dos pagamentos a título de horas extras, foi feita uma análise dos principais motivos que ensejaram o seu pagamento. Por sua vez, a avaliação dos pagamentos de diárias foi realizada por meio de uma amostra não probabilística dos processos de prestação de contas de viagens realizadas em 2017. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ http://www.codesa.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 11 Nesse contexto, os principais resultados dos exames evidenciaram as seguintes situações: a) Consistência dos Controles Internos na Gestão de Pessoas De acordo com as respostas dadas (e as evidências apresentadas que a suportaram) ao Questionário de Avaliação de Controles Internos (QACI) aplicado ao responsável pelo setor de recursos humanos da Codesa, esse setor tem nível aprimorado de maturidade dos sistemas de controles internos, obtendo 86,66% da pontuação possível. b) Cargos Comissionados As seguintes constatações foram consignadas neste relatório, ocasionadas do confronto entre o número de cargos comissionados existentes na Codesa e seus normativos internos e externos: (1) Gastos irregulares no total de R$ 681.257,98 em 2017, referentes a cargos comissionados criados em quantidades não autorizadas, além de alocação de cargos em desconformidade com o estabelecido no Plano de Cargos e Funções Comissionadas de 2014 da Codesa. (2) Gastos irregulares no total de R$ 1.691.021,15 em 2017, referentes a doze cargos comissionados integrantes do Regimento Interno da Codesa, sem respaldo no Plano de Cargos e Salários de 2002 e sem autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. c) Horas extras Na análise de dados apresentados pela Codesa, verificou-se que a empresa vem pagando horas extras a seus funcionários de maneira habitual desde, ao menos, 2015. O setor da Codesa que mais teve dispêndios com o pagamento de horas extras foi a Coordenação de Segurança Portuária – Cosnip, responsável pela segurança patrimonial. Ao se analisar os motivos de tais pagamentos, constatou-se o seguinte: (1) Valor de R$ 1.479.966,55 pago pela Codesa em 2017 em horas extras habituais geradas, principalmente, por escala de trabalho resultante de Acordo Coletivo de Trabalho prejudicial à companhia; e (2) Prejuízo acumulado em 2017 no valor estimado de R$ 1.601.135,95, decorrente da adoção de escala de trabalho estabelecida em Acordo Coletivo de Trabalho desfavorável à Codesa e destoante da prática de mercado consagrada pelo Tribunal Superior do Trabalho. d) Adicional de risco A fim de avaliar a regularidade dos pagamentos de verbas trabalhistas pela Codesa, foi selecionada para análise a folha de pessoal de julho de 2017 do setor responsável pela segurança patrimonial da companhia, a Cosnip, por representar cerca de 45% dos empregados efetivos da empresa. Dessa análise, foram identificadosfuncionários que não estavam exercendo as atividades sujeitas ao risco, especificamente aquelas relacionadas à segurança patrimonial, portanto, não estavam expostos ao risco e não faziam jus ao recebimento do adicional, gerando a seguinte constatação: http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 12 (1) Prejuízo de R$ 89.782,63 com pagamentos de adicional de risco em 2017 a funcionários que não faziam jus ao benefício. ##/Fato## 2.4 Avaliação da Conformidade das Peças A avaliação da conformidade das peças cuja elaboração era da responsabilidade da Codesa em 2017, exigidas nos incisos I, II e III do art. 13 da Instrução Normativa nº 63/2010 do Tribunal de Contas da União levou em consideração a natureza jurídica e o negócio da companhia. O resultado dessa avaliação está na sequência, conforme as peças analisadas: I – Rol de Responsáveis: contém o dirigente máximo, os três diretores constantes do organograma da companhia no período e os membros do Conselho Administrativo – Consad, todos com os respectivos períodos de exercício, não tendo sido identificada ausência de responsáveis; II – Relatório de Gestão: contém os tópicos determinados no Anexo II da Decisão Normativa TCU nº 161/2017, não tendo sido identificada ausência de tópicos, ressalvando que, ao contrário do informado no tópico 4.5 de tal relatório, a companhia está vinculada, para fins de correição, ao Ministério da Transparência e Controladoria- Geral da União - CGU, e não mais à Secretaria de Controle Interno da Presidência da República – Ciset/PR; e III – Relatórios e pareceres de órgãos, entidades ou instâncias que devam se pronunciar sobre as contas ou sobre gestão dos responsáveis pela unidade prestadora de contas: as demonstrações contábeis contêm o Relatório de Administração, o Parecer do Auditor Independente, o Parecer do Conselho de Administração, o Parecer do Conselho Fiscal e peças contábeis nos termos da Lei nº 6.404/1976; e a Carta Anual de Governança Corporativa, nos termos do art. 8º da Lei nº 13.303/2016, não tendo sido identificada ausência de peças legalmente exigíveis. ##/Fato## 2.5 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU Procedeu-se ao exame dos Acórdãos prolatados pelo Tribunal de Contas da União que se referem à Companhia Docas do Espírito Santo nos exercícios de 2016 e 2017. Não houve determinações específicas ao órgão de controle interno sob cuja jurisdição está a Codesa, no caso, a Secretaria de Controle Interno da Presidência da República – Ciset/PR durante o exercício de 2016 e a CGU durante o exercício de 2017. Por isso essa avaliação não foi feita nesta auditoria. ##/Fato## 2.6 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU Na avaliação, buscou-se responder às seguintes questões de auditoria: I) A companhia mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações emanadas pelo órgão de controle interno? II) Existem recomendações pendentes de atendimento e que impactam a gestão da unidade? Para tanto, examinou-se o cumprimento das recomendações expedidas à Codesa nos dois últimos relatórios de auditoria de gestão elaborados pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da República – Ciset/PR, quais sejam, o Relatório nº 21/2014, referente à auditoria de contas do exercício de 2013, e o Relatório nº 08/2016, referente à auditoria http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 13 de contas do exercício de 2015, e também referentes às Notas Técnicas nº 1/2016 - CGAP/CISET/SG-PR e nº 5/2016/CGCOR/CISET/SG-PR, bem como a adequação do acompanhamento dessas recomendações. Verificou-se que a Codesa mantém uma rotina de acompanhamento adequada e que as medidas adotadas foram suficientes para elidir ou mitigar a maioria das impropriedades verificadas nos referidos relatórios. Ressalva-se que as recomendações de encaminhamento à área disciplinar para avaliação e realização de juízo de admissibilidade quanto à necessidade de apuração de responsabilidade de empregados que elaboraram termos de referência e planilhas de custo de contratos (nº 1.2.1, 1.2.2 e 1.2.3 do Relatório nº 08/2016) não foram adequadamente tratadas pela companhia. Das recomendações de efetiva apuração de responsabilidade (nº 4.1.1 do Relatório nº 08/2016 e Nota Técnica nº 5/2016/CGCOR/CISET/SG-PR) somente a primeira foi atendida, gerando retorno financeiro de R$ 149.829,79 e demonstrando que a companhia carece de dispensar maior atenção a essa questão, de modo a evitar a prescrição de ilícitos administrativos porventura praticados por agentes públicos e promover outros eventuais ressarcimentos aos cofres da Codesa. As recomendações consideradas pendentes de atendimento, descritas em item específico deste relatório, bem como as respectivas providências corretivas, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a Codesa e monitorado pela CGU. ##/Fato## 2.7 Avaliação dos Controles Internos - Demonstrações Contábeis Na avaliação, buscou-se responder à seguinte questão de auditoria: I) Os controles internos relacionados à elaboração das demonstrações contábeis e de relatórios financeiros são confiáveis e efetivos? Para tanto, efetuou-se análise mediante metodologia Coso (“Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission traduzido para Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway”), na qual se constatou as fragilidades que consistem: • na inexistência de documentos ou manuais formalizados para padronização de procedimentos para identificar gargalos e pontos críticos relacionados à elaboração de demonstrações contábeis e relatórios financeiros, o que torna o conhecimento altamente dependente das pessoas atualmente em atividade e afeta a identificação de riscos e seu adequado registro e provisionamento contábil; • na incompatibilidade entre os registros contábeis e os saldos bancários relativos a contas de depósitos judiciais; • na falta de transparência de informações contábeis de saldos relevantes, relacionados a gastos com assistência médica e odontológica. Embasam essa opinião as seguintes informações e constatações constantes dos Achados da Auditoria: 1) Fragilidades em controles internos contábeis referentes aos componentes “Avaliação de Riscos”, “Informações e Comunicações” e “Monitoramento”; 2) Risco de impacto negativo nas contas da Codesa entre R$ 74.109.007,78 e R$ 177.107.736,58, concernente a déficit atuarial, referente ao plano de previdência complementar dos funcionários da empresa. Possibilidade de interrupção de pagamento de benefícios de previdência complementar a funcionários da Codesa; http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 14 3) Insustentabilidade no modelo de custeio do Plano de Saúde da Codesa, evidenciada em um montante de créditos a receber de R$ 11.308.132,41, acumulado entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017, em razão do descumprimento da coparticipação financeira dos beneficiários nas despesas arcadas pela companhia, estabelecida no regulamento do plano e em acordo coletivo de trabalho; 4) Risco de impacto negativo nas contas da Codesa entre R$ 9.322.840,59 (perdas prováveis) e R$ 40.050.658,60 (perdas possíveis), relativo a ações judiciais em que a empresa figura como ré. ##/Fato## 3. Conclusão Com base no escopo dos trabalhos de auditoria, verificou-se, especialmente naquilo que se refere à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas físicas e financeiras planejadas para o exercício,que a companhia atingiu boa parte das metas operacionais pactuadas mais relevantes, principalmente em relação ao volume de cargas movimentadas, entretanto, as metas de natureza econômico-financeiras ficaram comprometidas em sua maioria. Observa-se que as metas relacionadas aos custos e despesas com pessoal, que se apresentam com tendência de crescimento, deverão merecer maior atenção ao longo dos próximos exercícios, realizando análise crítica e implementando os ajustes e reestruturações necessários em busca do reequilíbrio econômico-financeiro da empresa. Chama-se atenção para os riscos de impacto negativo para as contas da companhia, representados por déficit atuarial referente ao plano de previdência complementar dos funcionários, à insustentabilidade do plano de saúde e às ações judiciais em que a empresa figura como ré. Para as situações que tratam de potenciais prejuízos e gastos irregulares tratados neste relatório recomendou-se à companhia a apuração dos fatos ocorridos com o necessário aprofundamento dos exames. Em face dos exames realizados, opina-se no sentido de que a Unidade Gestora deve adotar medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens: 1.1.1.1 Ausência de estudos e de simulações para subsidiar os gestores da Codesa na busca do reequilíbrio financeiro da empresa, tentando evitar a repetição do prejuízo de R$ 25,6 milhões verificado em 2017. 1.1.2.1 Falhas na elaboração de indicadores de gestão, prejudicando a sua efetividade enquanto instrumentos de aferição de desempenho e de auxílio aos gestores da Codesa. 2.1.1.1 Orçamento referencial de licitação com falhas na cotação de mercado relativas ao valor pesquisado e à transparência das cotações realizadas. 3.1.1.1 Prejuízo acumulado em 2017 no valor estimado de R$ 1.601.135,95, decorrente da adoção de escala de trabalho estabelecida em Acordo Coletivo de Trabalho desfavorável à Codesa e destoante da prática de mercado consagrada pelo Tribunal Superior do Trabalho. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 15 3.1.1.2 Valor de R$ 1.479.966,55 pago pela Codesa em 2017 em horas extras habituais geradas, principalmente, por escala de trabalho resultante de Acordo Coletivo de Trabalho prejudicial à companhia. 3.1.1.3 Gastos irregulares no total de R$ 681.257,98 em 2017, referentes a cargos comissionados criados em quantidades não autorizadas, além de alocação de cargos em desconformidade com o estabelecido no Plano de Cargos e Funções Comissionadas de 2014 da Codesa. 3.1.1.4 Gastos irregulares no total de R$ 1.691.021,15 em 2017, referentes a doze cargos comissionados integrantes do Regimento Interno da Codesa, sem respaldo no Plano de Cargos e Salários de 2002 e sem autorização da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais. 3.1.1.5 Prejuízo de R$ 89.782,63 com pagamentos de adicional de risco em 2017 a funcionários que não faziam jus ao benefício. 3.1.2.1 Insustentabilidade no modelo de custeio do Plano de Saúde da Codesa, evidenciada em um montante de créditos a receber de R$ 11.308.132,41, acumulado entre janeiro de 2013 e dezembro de 2017, em razão do descumprimento da obrigação de coparticipação financeira dos beneficiários nas despesas arcadas pela companhia, estabelecida no regulamento do plano e em acordo coletivo de trabalho. 3.4.2.1 Saldos contábeis de Depósitos Judiciais em 31 de dezembro de 2017 registrados com montante R$ 4.817.920,60 inferior aos saldos bancários dessas contas naquela data. 4.1.2.1 Fragilidades em controles internos contábeis referentes aos componentes "Avaliação de Riscos", "Informações e Comunicações" e "Monitoramento". 4.1.2.2 Falta de registro, em conta de Ativo, de créditos de R$ 6.870.946,83 junto a usuários do Plano de Saúde Codesa. 5.1.1.1 Incorreção e desatualização dos registros legais e contábeis relacionados à gestão do patrimônio imobiliário sob responsabilidade da Codesa. Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a Codesa e monitorado pela CGU. Os pontos requeridos pela legislação aplicável foram abordados, e o presente relatório é submetido à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Vitória/ES, 12 de dezembro de 2018. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 16 _______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201801178 1 GESTÃO OPERACIONAL 1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 1.1.1.1 CONSTATAÇÃO Ausência de estudos e de simulações para subsidiar os gestores da Codesa na busca do reequilíbrio financeiro da empresa, tentando evitar a repetição do prejuízo de R$ 25,6 milhões verificado em 2017. Fato De acordo com o Relatório de Gestão da Codesa e com seu Balanço Contábil, a companhia apurou prejuízo líquido de R$ 25,625 milhões em 2017. A tabela a seguir apresenta o detalhamento da Demonstração do Resultado no exercício: Tabela – Demonstração do Resultado do Exercício de 2017 Categoria Valor Executado (R$) Receita Operacional Bruta 138.917.796 . Receita da Operação Portuária 112.287.941 . Utilização da infraestrutura portuária 55.684.306 . Armazenagem 5.400.437 . Movimentação de carga 21.960.165 . Serviços diversos 29.243.033 . Outras Receitas Operacionais (arrendamentos) 26.629.854 Deduções da Receita (impostos sobre serviços) (15.397.145) Receita Operacional Líquida 123.520.650 Custos da Operação Portuária (66.544.507) . Pessoal e encargos sociais (44.294.288) . Custos assistenciais (5.915.021) . Serviços de terceiros (4.891.881) . Utilidades e materiais (3.448.798) . Seguros (330.780) . Depreciação e amortização (7.361.762) . Perdas estimadas com créditos duvidosos (301.977) Resultado Bruto 56.976.144 Despesas Operacionais / Administrativas (67.230.436) . Pessoal e encargos sociais (32.152.415) . Despesas assistenciais (11.464.181) . Serviços de terceiros (16.394.362) . Despesas gerais e materiais (6.741.248) . Depreciação e amortização (325.015) . Outras despesas administrativas (153.214) Despesas Tributárias (813.965) Resultado Operacional antes do resultado financeiro (11.068.257) Receitas / despesas financeiras líquidas (6.252.128) . receitas financeiras 9.620.599 . variação monetária ativa 741.287 . despesas financeiras (1.686.366) . variação monetária passiva (créditos acionistas) (14.927.649) Outras receitas / despesas operacionais (8.304.781) . receitas eventuais 2.251.704 . outros ganhos de capital 25.242 http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 17 . provisões de ações judiciais (9.879.442) . perdas de capital (702.285) Lucro Operacional antes do IR e da CSLL (25.625.164) IR e CSLL 0 Lucro / Prejuízo do exercício (25.625.164) Fonte: Balanço Contábil da Codesa 2017 e Relatório de Gestão de 2017. A tabela a seguir traz o comparativo dos resultados em anos anteriores, conforme segue: Tabela – Demonstrações de Resultado da Codesa (2013-2017) Valores em R$ 2013 2014 2015 2016 2017 Receita Bruta 110.768.365 130.443.179 132.951.965 134.131.401138.917.796 (-) Deduções (11.775.243) (14.605.318) (14.683.581) (14.918.625) (15.397.145) Receita Líquida 98.993.122 115.837.861 118.268.385 119.212.776 123.520.650 (-) Custos dos serviços portuários (44.231.851) (51.644.325) (55.279.305) (59.664.931) (66.544.506) Resultado Operacional Bruto 52.761.271 64.193.536 62.989.079 59.547.845 56.976.145 (-) Despesas Administrativas (42.308.140) (50.237.783) (56.291.780) (62.041.308) (67.230.436) (-) Despesas Tributárias (802.377) (899.793) (1.171.451) (1.201.360) (813.965) Resultado Operacional antes do financeiro 9.650.754 13.055.961 5.525.848 (3.694.823) (11.068.256) (+/-) variação monetária At./Pas. (5.416.925) (5.852.722) (4.631.098) (11.407.832) (14.186.362) (+/-) Receitas Financeiras Líquidas 1.047.317 6.678.888 5.130.446 10.107.181 7.934.233 (+/-) Outras Rec/Desp Operacionais 3.981.401 4.139.359 6.385.233 5.742.632 (8.304.780) Lucro Operacional antes do IR e CSLL 9.262.548 18.021.485 12.410.430 747.159 (25.625.164) (-) Imposto de Renda e CSLL (2.419.863) (3.774.228) (1.272.144) - - Lucro Líquido do Exercício 6.842.685 14.247.257 11.138.286 747.159 (25.625.164) EBTIDA 18.241.839 23.318.079 15.932.480 4.430.256 (3.381.479) Fonte: Balanço Contábil da Codesa 2017 e Relatório de Gestão de 2017. Nos seus Relatórios de Gestão e Balanço Contábil, a Codesa apresentou diversas informações para esclarecimento sobre o resultado financeiro negativo. Esclareceu que, mesmo estabelecendo um novo recorde de faturamento, e alcançando R$ 123,52 milhões de receita operacional líquida, os custos dos serviços e despesas administrativas alcançaram R$ 134,58 milhões, chegando a um déficit de R$ 11,06 milhões no resultado operacional antes do resultado financeiro. Esse resultado operacional negativo refletiu em um déficit de R$ 3,38 milhões no EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O EBTIDA é o parâmetro contábil utilizado para verificar a capacidade de geração de caixa na atividade operacional e identificar a evolução da produtividade e da eficiência da empresa ao longo dos anos. Em seu relatório, a Codesa apontou que o aumento dos custos dos serviços portuários e das despesas administrativas foi decorrente do forte crescimento do item “pessoal e encargos”, que representa a maior parcela dos custos e despesas administrativas. Ressaltou, ainda, que parte dessas despesas foi derivada dos desembolsos para o Plano Incentivado à Demissão Voluntária (PIDV) e para o Plano de Demissão Assistida (PDA), e que, apesar de pressionarem os gastos no curto prazo, as adesões a esses planos acarretarão em uma significativa redução na folha de pagamento nos próximos anos. A Codesa registrou ainda que procurou implantar medidas saneadoras em 2017, as quais, apesar de afetarem o resultado econômico no curto prazo, proporcionarão ganhos financeiros futuros e permitirão a continuidade da prestação dos serviços portuários para as próximas décadas. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 18 Considerando esse cenário, foi solicitado que a Unidade relacionasse as ações em andamento e/ou planejadas para reequilibrar os “custos e despesas com pessoal e encargos” aos níveis anuais estimados para receita operacional líquida, assim como apresentar quadro demonstrando ano a ano a perspectiva de busca do reequilíbrio entre os custos e despesas com pessoal e a receita operacional líquida estimada, informações essas resultantes de eventuais estudos e simulações já realizadas. ##/Fato## Causa Falha na gestão estratégica da Codesa, que não adotou instrumentos para projetar os gastos com pessoal e buscar adequá-los às expectativas de receita da companhia, minimizando as chances de déficit no seu resultado operacional. ##/Causa## Manifestação da Unidade Examinada A Codesa manifestou-se nos seguintes termos: “[...] Em atenção a solicitação de Auditoria nº 201801178-06 de 23.07.2018, as informações que esta CODFOR tem a prestar com a relação ao incremento de receitas, estão com base nos dados repassados pela SUPGER, para fins de justificativas junto ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, relativo a Proposta do Programa de Dispêndios Globais – PDG do exercício de 2019, a saber: 1 - Com relação a movimentação de cargas, a previsão foi obtida junto aos principais Clientes, Operadores Portuários, Arrendatários e Terminais Privativos, que apresentaram suas projeções de acordo com os mercados em que atuam. Além disso, levou-se em consideração alguns fatores específicos da própria CODESA, tais como: a) Conclusão da dragagem de aprofundamento do Canal de Acesso, bacia de Evolução e de todos os berços, tanto de uso público como arrendados, que resultará no aumento das consignações dos navios, ou seja, podendo os mesmos entrarem no Porto com maior quantidade de carga. Além disso, os navios que não faziam escala no Porto de Vitória, poderão passar a fazer devido estas novas condições de acesso; b) Conclusão da obra de construção do Berço 207 – Cais de Atalaia. Esta obra passa a oferecer/disponibilizar um local a mais para atracação de navios, portanto, movimentando um volume maior de cargas. 2 – Conclusão das obras de Implantação do Sistema Cadeia Logística portuária Inteligente. Este projeto envolve processo inovador de sequenciamento do acesso de caminhões aos Portos organizados, com uso intensivo de tecnologias e automatização das informações, por meio da implantação de um sistema denominado PORTOLOG, capaz de monitorar o veículo destinado ao porto desde sua origem, permitindo assim o fornecimento de dados e informações com antecedência à respectiva Autoridade Portuária, facilitando o planejamento e a programação dos recursos para agilizar as operações logísticas e o trafego de veículos de carga dentro do Porto. 3 – Estudos em andamento, para um reajuste nas tarifas portuárias na ordem de 15%. 4 – Com relação as despesas com Pessoal e Encargos Sociais, está em andamento estudos do arrendamento/terceirização do Terminal de cereais de Capuaba, com isso, o pessoal lotado naquele Terminal, bem como, o pessoal ligado a manutenção, seriam desligados http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 19 do quadro de pessoal. Também estamos aguardando a conclusão dos trabalhos de auditoria, que está sendo realizado no Instituto de Seguridade Social – PORTUS, que norteará o equilíbrio financeiro daquele Instituto, podendo com isso ocorrer o desligamento de diversos empregados da Companhia. 5 – Finalizando, informamos que, para esta CODFOR apresentar um quadro demonstrativo ano a ano das perspectivas da busca do equilíbrio financeiro entre as receitas e despesas, principalmente a de pessoal, necessitamos que as áreas nos forneçam os dados. [...]”. ##/ManifestacaoUnidadeExaminada## Análise do Controle Interno Em análise do pronunciamento da Unidade, foram identificadas diversas ações planejadas e em andamento com o objetivo de melhoria dos indicadores operacionais e de faturamento, entretanto, constatou-se a inexistência de estudos e simulações que apresentem a projeção das despesas com pessoal e encargos para os próximos anos, em confronto com a previsão de receita operacional líquida. Importante notar que a empresa vinha com resultado operacional positivo até 2015, virando para resultado negativo em 2016 e 2017. Diante disso, a empresa estruturou ações como o Plano Incentivado à Demissão Voluntária (PIDV) e o Plano de Demissão Assistida (PDA), com o objetivo de obter uma significativa redução na folha de pagamento para os próximos anos. Independentementeda adoção desses planos demissionais, é de suma importância a realização de estudos e simulações de cenários que apresentem demonstrativos ano a ano das perspectivas de resultado da Codesa, para que seus gestores possam adotar eventuais medidas buscando o reequilíbrio financeiro da companhia. Em 07 de dezembro de 2018, a Codesa envia manifestação adicional CA/DIRPRE/LM/336/2018, conforme segue: “[...] conforme reunião de busca conjunta de soluções realizada com a CGU, a CODESA está adotando diversas ações para aumentar a receita da Companhia. Seguem links do Plano Mestre e PDZ, e o Plano de Redução de Despesas, Plano de aumento de Receita, que seguem em anexo. O PDG (Programa de Dispêndios Globais) foi enviado à CGU quando da elaboração do presente relatório. http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos- 1/pnpl [...]” Em análise do pronunciamento adicional da Unidade e respectivos documentos anexados, não foram apresentadas projeções da evolução das despesas totais com pessoal em confronto com a evolução da receita operacional líquida, permanecendo assim a recomendação para possibilitar verificações posteriores de sua efetivação e dos resultados alcançados. ##/AnaliseControleInterno## Recomendações: Recomendação 1: Realizar estudos e simulações que apresentem a projeção das despesas com pessoal e encargos para os próximos anos, em confronto com a previsão de receita operacional liquida, de modo a subsidiar a tomada de decisões em busca do reequilíbrio financeiro da Codesa. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 20 1.1.2 RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 1.1.2.1 CONSTATAÇÃO Falhas na elaboração de indicadores de gestão, prejudicando a sua efetividade enquanto instrumentos de aferição de desempenho e de auxílio aos gestores da Codesa. Fato Os apontamentos a seguir incluem análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício e contidas no relatório de acompanhamento da gestão nº 201701888, que compõem o presente relatório por serem relevantes para a avaliação da gestão da companhia. Com vistas a avaliar os indicadores de gestão utilizados pela Codesa, verificou-se que a Companhia apresenta em seu Relatório de Gestão os indicadores relativos a desempenho e rentabilidade utilizados. De início, examinou-se os indicadores apresentados no Relatório de Gestão de 2016. No Relatório de Gestão do exercício de 2016, os indicadores foram informados conforme quadro a seguir. Quadro – Indicadores de Gestão apresentados pela Codesa no Relatório de Gestão do exercício anterior (2016) Indicador Fórmula Unidade Frequência de apuração Resultado 2015 Metas 2016 Resultado 2016 Fonte Índice de Desempenho Ambiental* Ponderação entre indicadores de conformidade da gestão ambiental portuária Nota Semestral 46,10 50,00 62,08 Comamb (atual Comast) Avaliação Colegiada CGPAR / Consad Sem fórmula Nota Anual - 8 7,6 Consad Execução Orçamentária de Investimentos (Valor realizado até o mês / Valor previsto até o mês) * 100 % Mensal 55,64 53,00 41,87 Codfor Retorno Sobre Capital Ebitda do exercício corrente / (Patrimônio Líquido + Empréstimos + Financiamentos) * 100 % Mensal 4,93 7,00 3,18 Codcon Movimentação de Cargas Granel (Movimentação em 2016/ Movimentação em 2015) -1 1000 Ton Trimestral 2.693,65 2.800,00 2.999,84 Coplad Carga Movimentada por Funcionário Próprio Toneladas movimentadas / Total de funcionários próprios da Cia Ton / Funcionário Trimestral 19.779,02 20.500,00 19.188,00 Coplad Movimentação de Contêineres (Movimentação em 2016 / Movimentação em 2015) -1 TEU Trimestral 221.424 2.285 187.656 Coplad Taxa Média da Ocupação dos Berços Tempo total Ocupação / Tempo total disponível % Trimestral 55,96 64 51 Coplad Crescimento da Movimentação da Cabotagem (Movimentação em 2016 / Movimentação % Trimestral -0,0441 0,040 -0,15 Coplad http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 21 Quadro – Indicadores de Gestão apresentados pela Codesa no Relatório de Gestão do exercício anterior (2016) Indicador Fórmula Unidade Frequência de apuração Resultado 2015 Metas 2016 Resultado 2016 Fonte em 2015) -1 Manutenção do Calado Operacional Conforme Norma Portuária - - 10,67 10,67 10,67 Codpro AALP – Áreas de Apoio Logístico Portuário Elaborar Resolução de Credenciamento de áreas de Apoio Logístico entorno do Porto de Vitória % - - 100 100 Dirpad Índice de Eficiência Operacional Receita Operacional / Despesa com Pessoal % Trimestral - 52,56 72,94 Codcon Índice de Eficiência Administrativa (Despesas Administrativas totais - Desp. Com Pessoal (Sal+Enc+Benf.))/ Receita Líquida Operacional % Trimestral - 23,10 17,94 Codcon Margem Operacional Despesas Operacionais / Receita Operacional % Trimestral - 46 53,05 Codcon Fonte: Relatório de Gestão do exercício de 2016 Em que pese tratar-se de dados referentes ao exercício anterior (2016), diante do objetivo de aprimorar a forma de apuração, apresentação e acompanhamento dos indicadores para o exercício de 2017 e seguintes, foi feito exame ao conjunto de indicadores relacionado, sendo constatadas as falhas a seguir: A) Inconsistências na apresentação dos dados de indicadores. A.1) Quanto ao índice Movimentação de Cargas Granel O número apresentado foi a movimentação bruta em milhares de toneladas no exercício, em desacordo com a fórmula de cálculo, que é uma razão entre a movimentação no exercício e a movimentação no exercício anterior. A.2) Quanto ao índice Movimentação de Contêineres O número apresentado foi a movimentação bruta em TEUs (“Twenty Foot Equivalent Unit”) no exercício, em desacordo com a fórmula de cálculo, que é uma razão entre a movimentação no exercício e a movimentação no exercício anterior. Verificou-se que a meta para este indicador também foi apresentada como movimentação em milhares de TEUs, em desacordo com a unidade utilizada, que é o TEU unitário. * TEU é uma medida padrão de volume de contêineres. B) Inobservância da frequência de cálculo dos indicadores. Constatou-se que os indicadores utilizados pela Codesa não são calculados de forma periódica conforme estipulado no quadro anterior. Os valores dos indicadores apresentados no Relatório de Gestão de 2016 foram calculados uma única vez, de forma anual, de modo a contribuir com a elaboração do relatório de gestão e também compor, quando cabível, o cálculo da remuneração variável anual dos diretores e empregados da companhia. Embora os dados que compõem os indicadores sejam apurados, na frequência estipulada, pelas coordenações responsáveis em relatórios periódicos, usualmente mensais ou trimestrais, e sejam emitidos por essas coordenações para apoio à gestão da http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 22 companhia, o acompanhamento e cálculo dos indicadores decorrentes não é feito na mesma frequência e converge para um cálculo anual. C) Ausência de apresentação integral, no Relatório de Gestão, dos indicadores que compõem o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados – PLR dos empregados da Codesa. Para o exercício de 2017, os indicadores para a PLR foram definidos por meio da Nota Técnica nº 3.399/2017-MP, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - Sest/MP, de 23 de maio de 2017, conformequadro a seguir: Quadro – Indicadores de Gestão da Codesa a serem utilizados para o cálculo de Participação nos Lucros e Resultados – PLR do exercício de 2017 Indicador Fórmula Unidade Peso Meta Sest 2017 Execução Orçamentária de Investimentos (Investimento Executado / Orçamento para investimento anual com efetiva disponibilidade financeira)*100 % 12 53 Índice de Desempenho Ambiental Conforme metodologia da Agência Nacional de Transportes Aquaviários - Antaq % 12 63 Índice de Eficiência Operacional IEO = 1 – (Despesas 2017 – Folha 2017) / (Despesas 2016 – Folha 2016) % 10 10 Margem Operacional Despesas Operacionais / Receita Operacional % 12 53,05 Movimentação de Carga Tonelagem Movimentada / Total de Empregados Mil Toneladas / Ermpregado 12 3.260,40 Utilização da Capacidade Instalada Tonelagem Movimentada / Capacidade Instalada % 12 58,37 Ações Realizadas do Plano de Negócios (Valor realizado durante o exercício / Valor previsto para o exercício) * 100 % 10 100 Produtividade per capita Valor da Receita Operacional / Nº Total de Empregados R$ 1000,00 / Empregado 20 399,2 Fonte: Nota Técnica nº 3399/2017-MP, da Sest, de 23 de maio de 2017 Embora muitos dos indicadores apresentados no Relatório de Gestão da Codesa referente ao exercício de 2016 componham o cálculo da PLR, verificou-se que nem todos os indicadores apresentados no quadro anterior constaram de forma completa e unificada, com as mesmas fórmulas, naquele relatório, a exemplo de: Índice de Eficiência Operacional; Movimentação de Carga; Utilização da Capacidade Instalada; Ações Realizadas no Plano de Negócios; e Produtividade per Capita. A existência da PLR condiciona-se à obtenção de lucro no exercício por parte da Companhia, sendo amparada pela Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, e regulamentada anualmente por Notas Técnicas e Ofícios da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – Sest, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – MTPA, e do Conselho de Administração da Codesa – Consad. D) Ausência de definição completa e aprovação dos Indicadores que compõem o cálculo da Remuneração Variável Anual – RVA dos diretores da Codesa. A RVA é um dos componentes da remuneração variável dos diretores da Companhia, amparada pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, ao lado do Honorário Variável Mensal – HVM, metodologia denominada Programa de Honorário Variável Mensal para os dirigentes das Companhias Docas, definida pela antiga Secretaria de Portos da Presidência da República – SEP/PR (atual Secretaria Nacional de Portos do Ministério http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 23 dos Transportes, Portos e Aviação Civil – SNP), por meio do Ofício nº 177/GM/2014/SEP-PR, de 31 de janeiro de 2014. A RVA é um múltiplo de honorário apurado anualmente e pago parceladamente ao longo de 4 anos, e concedido de acordo com o atingimento de metas operacionais do porto. O HVM é apurado trimestralmente e pago mensalmente em três parcelas iguais, e concedido de acordo com o atingimento de metas administrativas de curto prazo definidas pela Sest/MP. Verificou-se que a Codesa tem acompanhado e apurado o HVM na periodicidade estabelecida, porém, no que tange à RVA, somente em 3 de fevereiro de 2017 a companhia enviou ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil a proposta de remuneração variável anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017, consubstanciada na Nota Técnica nº 01/2017, de 17 de janeiro de 2017, elaborada pela Coordenação de Gestão Empresarial – Cogemp. O Ministério, por sua vez, encaminhou à Sest a referida proposta, cujos indicadores se encontram, em resumo, no quadro a seguir: Quadro – Proposta de Indicadores de Gestão a serem utilizados no cálculo da Remuneração Variável Anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017 Indicadores Fórmula Unidade Fonte Resultados Anteriores Média Meta 2017 2014 2015 2016 G lo b ai s Execução Orçamentária de Investimentos Orçamento Executado / (Orçamento para investimento anual com efetiva disponibilidade financeira) * 100 % Codesa 24.34% 55.64% 35,81% 38,60% 54% Ganho de Capacidade Será calculado com base na metodologia do Plano Nacional de Logística Portuária - PNLP Toneladas Codesa - - - - 500,00 Indice de Eficiêncía Operacional (Despesa de Pessoal (Salários + Benefícios + Encargos) + Custo de Pessoal (Salário + Encargos + Benefícios)) / Receita Líquida Operacional % SDP / Antaq - - - - 70% Índice de Desempenho Ambiental Conforme metodologia Antaq % IDA / Antaq 43,92% 46,10% 62,08% 50,7% 63% Carga movimentada por funcionário próprio Toneladas movimentadas / Total de funcionários próprios da Companhia Tonelada / funcionário SDP / Antaq e Siest / Dest 20.443,45 19.779,02 5232,04 15.151,50 19.972 D e Á re a Ações realizadas do Plano de Negócio (Valor realizado no exercício / Valor previsto para o exercício) * 100 % Execução Codesa - - - - 100 In d i v id u ai s Plano de capacitação do setor Realizado / Planejado % Codesa - - 12,50% 4% 100 http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 24 Quadro – Proposta de Indicadores de Gestão a serem utilizados no cálculo da Remuneração Variável Anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017 Indicadores Fórmula Unidade Fonte Resultados Anteriores Média Meta 2017 2014 2015 2016 Avaliação de desempenho Realizado / Planejado % Codesa - - - - 75 Fonte: Nota Técnica nº 01/2017, de 17 de janeiro de 2017, da Cogemp. A Sest encaminhou resposta em 7 de março de 2017, consubstanciada na Nota Técnica nº 2.628/2017-MP, em suma rejeitando a proposta e requerendo o envio de uma nova proposta, nos seguintes termos: “[...]4. A CODESA encaminhou proposta de Programa de RVA 2017. Contudo, o aludido programa diverge significativamente do Programa de RVA 2016; não se encontra em conformidade com as diretrizes pactuadas entre esta Secretaria e o MTPA para o Programa de todas as Cias Docas; e ainda não atende as orientações exaradas por esta Secretaria por meio do Ofício Circular n° 536/2016-MP de 19.09.16. 5. Foram identificados os seguintes pontos que precisam de esclarecimentos/ajustes: a) não foi encaminhado relatório com as premissas utilizadas para a estipulação de metas, tais como: estimativa do comportamento das receitas, custos e despesas; Regras gerais: b) não menciona a hipótese de reversão das parcelas diferidas em caso de queda de 20% ou mais do lucro líquido; c) não limita o valor financeiro total a ser recebido por toda a diretoria a 10% do lucro líquido; d) não explicita o valor do montante em número de honorários; e) não vincula as parcelas a serem pagas ao honorário vigente na data do pagamento; Indicadores e metas: f) a tabela de bonificação não está de acordo com a tabela padrão desta Secretaria; g) foram excluídos indicadores considerados padrão das empresas de Docas; h) foram incluídos novos indicadores, sem consulta prévia à SEST e, tais indicadores são de gestão, não sendo adequados para fins de RVA; e i) não há indicador de retomo de capital no nível corporativo. 6. Ademais, informa-se que a empresa não atendeu às recomendações feitas pela SEST, notas técnicas n° 162/2016-MP, de 13.01.16 e n° 7647/2016-MP, de 27.06.16, referentes ao programa de RVA 2016, principalmente no que diz respeito à inclusão dos índices de eficiência operacional e administrativa.7. Dessa forma, solicita-se que a empresa encaminhe novo programa, aprovado pelo Conselho de Administração, alinhado às notas técnicas nº 162/2016-MP, de 13.01.16 e n° 7647/2016-MP, de 27.06.16, além das observações desta Nota Técnica, em até 60 dias.”. Verificou-se que a proposta para a RVA 2017 foi aprovada apenas ao fim do exercício de 2017, por meio do Ofício nº 80639/2017-MP, de 11 de outubro de 2017, enviado pela Sest, encaminhando a Nota Técnica nº 10.799/2017-MP, que aprovou as regras gerais, indicadores e metas do Programa RVA 2017. Cabe notar que, mesmo que não haja lucro no exercício, é obrigatório para a Codesa o registro dos indicadores aprovados. ##/Fato## Causa Falhas na apresentação de determinados indicadores em relatório de gestão; inobservância da frequência de cálculo de indicadores; discordâncias entre a Companhia http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 25 e a instância de tutela ministerial, no caso a Sest/MP, no tocante à metodologia de elaboração de indicadores. ##/Causa## Manifestação da Unidade Examinada “Esta CODESA mantém três programas de controle de gestão por meio de indicadores, a saber: Remuneração Variável Anual – RVA e Honorário Variável Mensal – HVM beneficiando os dirigentes e Participação nos Lucros ou Resultados – PLR beneficiando os empregados. A RVA e a PLR são recepcionadas anualmente, ao final de cada exercício, com validade para o ano posterior, pela CODESA oriundos da SEST/SNP por meio do instrumento denominado Nota Técnica para que a CODESA conheça das metas e indicadores. Portanto, dispondo de tempo suficiente para análise e questionamentos quanto aos indicadores, e, em sendo necessária alguma alteração\adequação, proceder ao crivo do Conselho de Administração com as devidas justificativas solicitando alterações que se fizerem necessárias, e, ato continuo, devolução para apreciação da SNP/SEST visando acatamento das alterações necessárias e posteriormente a consolidação dos programas. Caso a empresa não necessite de tal procedimento, deverá elaborar o seu programa que seguirá o rito processual de aprovação na DIREXE, CONSAD, SNP e SEST, nesta ordem, onde após sua aprovação resta a implementação e posterior monitoramento ao longo do período em questão. Com relação aos questionamentos apontados pela CGU, temos a informar: 1 – Inconsistências na apresentação dos dados de determinados indicadores. Efetivamente, nos itens apontados, quais sejam: Movimentação de Carga a Granel e Movimentação de contêineres, houve um desencontro entre a fórmula apresentada e o critério de medição executado. Não obstante, mesmo com o desacordo procedimental, as avaliações foram feitas tomando-se por base a meta a ser atingida. Registramos, ainda, que no mês de setembro 2016, recebemos a Nota Técnica ( NT ) da RVA 2017, sendo que, após diversas correções/adequações, seu processo de aprovação se delongou, efetivando-se somente em Outubro/2017, ainda que com algumas condicionantes, que ora estão sendo analisadas para posterior encaminhamento a DIREXE/CONSAD. 2 – Inobservância da frequência de cálculo de indicadores. Em decorrência do ato discricionário, caracterizado por decisão de DIREXE determinando atualização do Planejamento Estratégico, o que se deu por meio do Plano de Negócios, os indicadores propostos pela CODESA se obrigaram ao alinhamento com o citado instrumento de Planejamento. Oportuno registrar que a atribuição operacional de controle e acompanhamento desta Coordenação de Gestão Empresarial é ato vinculado e subordinado, carecendo de uma perfeita sintonia entre recepção de dados e informações ( coletânea ) elaborado e encaminhados por cada uma das instâncias administrativas desta CODESA, sendo, portanto, um fluxo de trabalho dependente, funcionando com uma causa ( elaboração e remessa ), tarefa das demais instâncias, e, uma consequência ( recepção, tabulação e encaminhamento ), tarefa desta COGEMP, tendo ocorrido um “ vácuo “ por força da solução de continuidade no período em tela. Apesar de todo relatado, não observamos, salvo melhor entendimento, qualquer prejuízo na apuração final dos resultados. http://www.portaldatransparencia.gov.br/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 26 3 – Ausência da apresentação integral no Relatório de Gestão, dos indicadores que compõem o cálculo da PLR dos empregados da CODESA. Efetivamente, ocorreu uma ausência de parte mínima de indicadores que compunham o cálculo da PLR 2016. Não obstante, salvo melhor entendimento, tal supressão, involuntária, bom que se registre, não teve qualquer efeito prejudicial na distribuição da PLR 2016 aos empregados desta CODESA. 4 – Ausência de definição completa e aprovação dos Indicadores que compõem o cálculo da RVA dos diretores da CODESA. Efetivamente, em uma análise preliminar, esta CODESA entendeu que os indicadores apresentados para composição do cálculo da RVA dos diretores para 2017 poderiam ser aperfeiçoados e adequados ao nosso cotidiano de negócios com a inclusão de indicadores mais arrojados e desafiadores, com a perspectiva de obtenção de um maior lucro e resultado, o que tinha por meta aumentar, em um movimento ganha-ganha, os dividendos a serem distribuídos. Tendo, portanto, seguido o fluxo autorizativo para implementação desses novos indicadores, envolvendo DIREXE, CONSAD e SEST/SNP. Após a primeira tentativa de alteração, fomos rechaçados pelas instâncias superiores de Brasília, apesar de termos logrado aprovação do nosso CONSAD. Em um segundo momento, procedemos ao reencaminhamento, tendo sido reafirmado que deveríamos adequar-nos ao mesmo procedimento de todas as demais Docas. No mês de outubro último recebemos a decisão final da SEST aprovando o Programa RVA 2017 na formatação original ou seja, definitivamente, não foram aceitas nossas propostas, ainda que inovadoras e desafiadoras em nosso entendimento.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada## Análise do Controle Interno No tocante às inconsistências na apresentação de determinados indicadores em relatório de gestão, a companhia concordou com o ocorrido. Quanto à inobservância da frequência de cálculo de indicadores de gestão, constata-se que, de forma geral, a sua apuração está focada no objetivo de atender o cálculo de remuneração variável de dirigentes e de participação nos lucros dos empregados, sendo feita uma vez por ano, usualmente após o encerramento do exercício. Portanto, os indicadores calculados intempestivamente não têm se prestado à sua função principal, que é servirem de instrumentos gerenciais para subsidiar a identificação de eventuais medidas a serem adotadas pelos gestores ao longo do ano. Especificamente para o exercício de 2017, a intempestividade na definição desses indicadores decorreu de discordâncias entre a Companhia e a instância de tutela ministerial, no caso a Sest, fazendo com que a Companhia atravessasse quase todo o ano sem uma definição do conjunto de indicadores de gestão, o que inviabilizou a gestão cotidiana por meio de indicadores. No que tange à ausência de apresentação integral, no Relatório de Gestão de 2016, dos indicadores que compõem o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados – PLR dos empregados da Codesa, cabe consignar que, a despeito dessa falha na transparência da gestão da companhia, não foi identificado efeito prejudicial à empresa na distribuição da PLR 2016 aos empregados da Codesa. No exercício de 2017, a empresa apresentou prejuízo e, por conseguinte, não houve distribuição da PLR 2017 aos seus empregados. Por fim, a constatação do atraso na definição completa e aprovação dos indicadores que compõem o
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