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Análise Gerencial da Companhia de Docas do Espírito Santo

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Secretaria Federal de Controle Interno 
 
 
Unidade Auditada: Companhia de Docas do Espírito Santo 
Exercício: 2017 
Município: Vitória - ES 
Relatório nº: 201801178 
UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
 
_______________________________________________ 
Análise Gerencial 
 
Senhor Superintendente da CGU-Regional/ES, 
 
 
A Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa) constitui-se em uma 
Sociedade de Economia Mista, vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação 
Civil e tem como competência principal administrar o Porto de Vitória. O objeto social 
da Companhia é exercer as funções de Autoridade Portuária no âmbito dos portos 
organizados no Estado do Espírito Santo. 
 
Segue quadro informativo com as principais siglas, abreviaturas e respectivas 
denominações utilizadas no corpo deste relatório. 
 
 
Quadro – Siglas, abreviaturas e denominações 
Sigla Denominação 
MTPA Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil 
MP Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão 
Sest Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais 
SNP Secretaria Nacional de Portos 
Antaq Agência Nacional de Transportes Aquaviário 
Confis Conselho Fiscal 
Consad Conselho de Administração 
Dirpre Diretor-Presidente 
Dirope Diretoria de Operações 
Dirafi Diretoria de Administração e Finanças 
Dirpad Diretor de Planejamento e Desenvolvimento 
Coarco Coordenação de Arrendamentos e Contratos 
Coaudi Coordenação de Auditoria Interna 
Codcon Coordenação de Contabilidade 
Coenge Coordenação de Engenharia 
Codfor Coordenação de Finanças e Orçamento 
Cogvts Coordenação de Gestão do VTS 
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Quadro – Siglas, abreviaturas e denominações 
Cogpro Coordenação de Gestão e Programação Portuária 
Cogemp Coordenação de Gestão Empresarial 
Comark Coordenação de Marketing 
Comast Coordenação de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho 
Comamb Coordenação de Meio Ambiente 
Codman Coordenação de Obras e Manutenção 
Coovid Coordenação de Ouvidoria 
Coplad Coordenação de Planejamento e Desenvolvimento 
Codrhu Coordenação de Recursos Humanos 
Cosnip Coordenação de Segurança Portuária 
Coserv Coordenação de Serviços Gerais 
Codsup Coordenação de Suprimentos 
Coinfo Coordenação de Tecnologia da Informação 
Cojuri Coordenação Jurídica 
Cocecs Coordenação de Comunicação Social 
Secpre Secretária do DIRPRE 
Secons Secretária dos Conselhos 
Segpre Secretaria geral da presidência 
Secdif Secretário(a) do Dirafi 
Secdop Secretário(a) do Dirope 
Secdep Secretário(a) do Dirpad 
Asstec Assessoria do Dirpre 
Assdip Assessoria do Dirope 
Assdif Assessoria do Dirafi 
Assdep Assessoria do Dirpad 
Supger Superintendência de projetos 
OI Orçamento de Investimento 
PDG Programa de Dispêndios Globais 
CGEEF/SE-
MTPA 
Coordenação-Geral de Empresas Estatais e Fundos do Ministério dos Transportes, 
Portos e Aviação 
Dest Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais 
PIDV Plano de demissão incentivada 
PDA Plano de demissão assistida 
BI Business Inteligence 
Labtrans Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina 
Direxe Diretoria Executiva da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo 
SDA Solicitação de atracação de navio 
Codesa 
Online Sistema de Informações de Gestão Portuária 
SGP Sistema de Gestão Portuária - substituído pelo Codesa Online 
PSP Previsão dos Serviços Portuários 
TDN Tabela de Navios 
Sapiens/ERP 
Plataforma tecnológica onde reside os Sistemas de Informações de Apoio 
Administrativo 
CPVV Companhia Portuária de Vila Velha 
TVV Terminal de Vila Velha 
PEIU Peiu Sociedade de Propósito Específico 
SPU Superintendência de Patrimônio da União 
Ogmo 
Órgão Gestor de Mão de Obra - Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga nos 
Portos do Estado do Espírito Santo 
Nepom Núcleo Especial de Policiamento Marítimo 
TJES Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo 
JFES Justiça Federal no Estado do Espírito Santo 
STJ Superior Tribunal de Justiça 
TRF2 Tribunal Regional Federal da 2ª Região 
AGU Advocacia Geral da União 
AI Agravo de Instrumento 
MPF Ministério Público Federal 
Cadin Cadastro de Inadimplentes 
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado da Fundação Getúlio Vargas 
Fonte: Sítio Eletrônico da Codesa e respectivas entidades 
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Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201801178, e consoante 
o estabelecido no Capítulo II, do Anexo da Instrução Normativa nº 03, da Secretaria 
Federal de Controle (SFC), de 9 de junho de 2017, são apresentados os resultados dos 
exames realizados sobre a prestação de contas anual da Companhia Docas do Espírito 
Santo. 
 
1. Introdução 
 
 
Os trabalhos de campo foram realizados no período de 9 de julho a 31 de agosto de 2018, 
por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do 
exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade 
auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público 
Federal. 
Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 
O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, 
que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados da Auditoria, que 
contém o detalhamento das análises realizadas. O relatório consiste, assim, em subsídio 
ao Tribunal de Contas da União (TCU) no julgamento das contas apresentadas pela 
Unidade. 
 
 
2. Resultados dos trabalhos 
 
 
Conforme consignado na ata da reunião realizada em 19 de março de 2018 entre a 
Controladoria Regional da União no Estado do Espírito Santo (CGU-Regional/ES) e a 
Secretaria de Controle Externo do Estado do Espírito Santo (Secex/ES) para tratar da 
certificação das contas de 2017 da Codesa, foi definido escopo de auditoria no qual a 
CGU-Regional/ES realizaria as seguintes análises: 
 
 
2.1 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão 
A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas, foram consideradas as seguintes 
questões de auditoria nesse item: 
 
(I) Os resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial quanto à eficácia e 
eficiência dos objetivos e metas físicas e financeiras planejadas ou pactuados para o 
exercício, foram cumpridos? 
 
 (II) As causas dos eventuais insucessos no desempenho da gestão foram identificadas? 
 
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A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise e conferência dos resultados 
quantitativos e qualitativos de gestão da Codesa, especificamente em relação ao resultado 
das ações relacionadas aos macroprocessos finalísticos definidos como “Gestão das 
Operações Portuárias”, “Fiscalização de Contratos de Arrendamento” e “Fomento de 
Negócios Portuários”, sendo tais ações caracterizadas como fundamentais para 
cumprimento da Missão e Visão definidas pela Unidade. 
 
A Codesa definiu como missão “desenvolver, administrar e fiscalizar o Porto de Vitória 
e Barra do Riacho, oferecendo serviços e infraestrutura eficientes aos armadores, 
arrendatários, operadores portuários e terminais de uso privado (TUP), bem como 
apoiar o poder público, o comércio e o desenvolvimento econômico com 
responsabilidade socioambiental ”, e como visão “ ser uma Autoridade Portuáriamodelo 
em agilidade e competitividade, líder em eficiência, segurança e sustentabilidade, com 
foco em resultados e orientada à valorização do capital humano, de forma a tornar o 
Porto de Vitória cada vez mais competitivo ”. 
 
Sendo assim, a Codesa vem sendo monitorada por meio do resultado atingido quanto ao 
cumprimento de metas de desempenho estabelecidas em função dos objetivos definidos 
no Plano Estratégico Codesa 2014-2029, no Programa de Dispêndios Globais (PDG) e 
nas diretrizes da Secretaria Nacional de Portos (SNP). Foram definidas metas de melhoria 
de desempenho referentes a operação portuária e movimentação de cargas, execução 
orçamentária, rentabilidade do negócio, meio ambiente, capacitação de pessoal, melhoria 
da infraestrutura e modernização da gestão. A seguir apresenta-se o resultado alcançado 
quanto às principais metas de desempenho estabelecidas para a Unidade no ano de 2017. 
 
Com relação à execução das receitas, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado no 
ano de 2017: 
 
Tabela – Execução do orçamento das receitas da Codesa no ano de 2017 
Categoria 
Valor 
Orçado (R$) 
Programa de 
Dispêndios 
Globais 
[A] 
Valor 
Executado 
(R$) [B] 
Diferença 
(R$) 
[B] - [A] 
% de 
Execução 
Receita Operacional 114.818.788 112.287.942 (2.530.846) 97,8% 
. Cais Codesa 57.537.532 55.721.785 
. Terminais Privativos 21.275.696 22.198.281 
. Berços arrendados 36.005.560 34.367.876 
Receita Não Operacional 34.960.502 34.736.275 (224.227) 99,4% 
. Aluguéis e arrendamentos 26.741.526 26.629.846 
. Receita Financeira 7.618.976 7.475.312 
. Demais rec. não oper. 600.000 631.117 
Total das receitas 149.779.290 147.024.217 (2.755.073) 98,2% 
Fonte: Demonstrativo das Receitas do Exercício de 2017 da planilha Gerencial Consad anexo I. 
 
Quanto aos resultados alcançados em relação às receitas, a empresa cumpriu 98,2% do 
total das receitas orçadas. Destaca-se que a receita operacional alcançou 
R$ 138,91 milhões no ano (R$ 112,28 milhões + R$ 26,62 milhões), valor 3,57% 
superior ao ano anterior, estabelecendo assim um novo recorde. 
 
Cabe observar que as atividades desenvolvidas pela Codesa são custeadas com recursos 
próprios, advindos das receitas tarifárias arrecadadas em decorrência da movimentação 
de carga, receita patrimonial (calculada por metro quadrado de área, MMC – 
Movimentação Mínima Contratual), oriundas dos arrendamentos de áreas e, ainda, 
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receitas de aplicações financeiras. Parte da receita patrimonial é destinada a investimentos 
na infraestrutura portuária. 
Com relação à execução das despesas, a tabela a seguir apresenta o resultado alcançado 
no ano de 2017: 
 
Tabela – Execução do orçamento das despesas da Codesa no ano de 2017 
Categoria 
Valor 
Orçado (R$) 
Programa de 
Dispêndios 
Globais 
[A] 
Valor 
Executado 
(R$) [B] 
Diferença 
(R$) 
[B] - [A] 
% de 
Execução 
Dispêndios Correntes 
. Pessoal e Encargos Sociais 77.794.293 79.724.323 1.930.030 102,5% 
. Materiais e Produtos 400.000 188.574 (211.426) 47,1% 
. Serviços de Terceiros 38.389.088 37.661.836 (727.252) 98,1% 
. Utilidades e Serviços 3.700.000 3.637.164 (62.836) 98,3% 
. Tributos e Enc. Parafiscais 19.661.824 16.752.599 (2.909.225) 85,2% 
. Demais Dispêndios Correntes 9.931.316 8.527.405 (1.403.911) 85,9% 
Total dos dispêndios correntes 149.876.521 146.491.901 (3.384.620) 97,7% 
Fonte: Demonstrativo das Despesas Correntes do Relatório Gerencial Diraf de dezembro/2017. 
 
Quanto aos resultados alcançados em relação ao orçamento das despesas, a empresa 
cumpriu 97,7% do total dos dispêndios orçados. 
 
Entretanto, destaca-se que a Codesa comprometeu 102,5% com as despesas orçadas com 
pessoal e encargos, chegando a R$ 79,7 milhões. Nessa rubrica são lançadas todas as 
despesas relativas às remunerações, encargos sociais, provisão de 13º salário e férias, 
assim como planos de saúde dos empregados. 
 
Em seu Balanço Contábil a empresa esclareceu que o crescimento do item de Pessoal e 
Encargos foi derivado dos desembolsos motivados pelo Plano de Incentivo à Demissão 
Voluntária (PIDV) e pelo Plano de Demissão Assistida (PDA), e que, apesar de 
pressionarem os gastos no curto prazo, as adesões a esses planos acarretarão em uma 
significativa redução na folha de pagamentos nos próximos anos. 
 
Com relação à execução do investimento, a tabela a seguir apresenta o resultado 
alcançado no ano de 2017: 
 
Tabela - Execução do orçamento de investimento da Codesa no ano de 2017 
Código 
da ação 
/ 
projeto 
Descrição da ação / projeto 
 
Valor Orçado 
(R$) 
Orçamento de 
Investimento 
Valor 
Executado 
(R$) 
% de 
execução 
 Recursos Próprios 6.000.000 1.528.569 25,5% 
4101 Manut. Adeq. de bens Imóveis - rec. próp. 500.000 340.572 
4102 
Manut. e Adeq. de Bens 
Mov.Veíc.eEquip. - recurso próprio 
500.000 55.562 
4103 
Manut.Adeq.Ativos Informática e 
Teleproc - recurso próprio 
2.000.000 4.798 
20HL 
Estudos Projetos p/ Infraestrutura 
Portuária – recurso próprio 
3.000.000 1.127.637 
 Recursos da União 58.568.327 39.098.182 66,7% 
14KJ 
Implantação Sistema Apoio Gestão 
Trafego de Navios 
3.873.217 2.267.876 
14KM 
Implantação Sist.Port.Monit.Cargas da 
Cadeia.Logística 
10.476.729 6.590.132 
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Tabela - Execução do orçamento de investimento da Codesa no ano de 2017 
Código 
da ação 
/ 
projeto 
Descrição da ação / projeto 
 
Valor Orçado 
(R$) 
Orçamento de 
Investimento 
Valor 
Executado 
(R$) 
% de 
execução 
14RC 
Programa de Conformidade do 
Gerenciamento de Resíduos e Efluentes 
Líquidos 
1.132.089 0 
20HL 
Estudos e Projetos p/ Infraestrutura 
Portuária 
6.317.684 1.500.000 
20HM 
Estudos para Planejamento do Setor 
Portuário 
1.000.000 0 
143D 
Construção Cais Região Dolfins Atalaia 
Porto deVitória 
35.768.608 28.740.174 
Total do Investimento 64.568.327 40.626.751 62,9% 
Fonte: Demonstrativo Orçamentário dos Investimentos do Relatório Gerencial Dirafi de dezembro/2017. 
 
Quanto aos resultados alcançados em relação aos investimentos, a empresa cumpriu 
62,9% do total dos investimentos orçados. 
 
Destacam-se os seguintes projetos de investimento: a) Conclusão da dragagem de 
aprofundamento do canal, com o calado passando a ser de 11,20m, cujos resultados da 
batimetria final estão em processo de homologação na Marinha do Brasil; b) Conclusão 
da implantação do Sistema de Gerenciamento do Tráfego de Navios (VTMIS), sendo o 
primeiro porto do Brasil a contar com um conjunto homologado de equipamentos e 
radares que permitem maior segurança das operações, assim como maior produtividade, 
ampliando a capacidade operacional; c) Avanço nas obras do Cais de Atalaia e nas obras 
das novas portarias do porto, totalmente equipadas com tecnologia de ponta e preparadas 
para contribuir com o projeto Cadeia Logística Portuária para eliminação da fila de 
caminhões e trens no acesso ao Porto; e d) Reformulação do parque tecnológico de 
informática, substituindo todos os computadores da empresa por estações modernas, com 
tecnologia de fibra ótica alimentando o acesso à internet em todo o cais, de forma 
ininterrupta e com alto padrão de qualidade. 
 
Cabe observar que para execução de investimentos de grande porte na infraestrutura 
(projetos específicos e obras), a Codesa conta com a participação da União (acionista 
majoritário) através de recursos repassados pelo Tesouro Nacional, mediante lei 
específica, e contabilizados como créditos para aumento de capital. 
 
Com relação às metas operacionais, segue tabela com resultado do volume de cargasmovimentadas no ano de 2017: 
 
Tabela - Movimentação de cargas em tonelagem 
Terminal / Cais 2016 2017 
Variação (%) 
2017-2016 
Porto de Vitória 6.508.711 6.915.287 6,2% 
. Terminais Codesa 3.218.511 3.579.281 11,2% 
 . Cais Comercial 275.308 456.447 
 . Cais Capuaba 1.782.194 1.738.427 
 .Cais Paul-Gusa 1.161.009 1.384.407 
. Terminais Arrendados 3.290.200 3.336.006 1,4% 
 . Terminal Vila Velha – TVV 2.919.783 2.899.811 
 . Terminal Peiú 229.646 365.733 
 . Flexibrás 66.602 69.094 
 . CPVV 74.170 1.368 
Terminais Privativos 28.581.309 30.225.256 5,7% 
 . Praia Mole 18.759.955 20.764.583 
 . Barra do Riacho 9.507.994 9.460.673 
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7 
 . Barra do Riacho – Portocel 6.722.152 6.851.432 
 . Barra do riacho – Barcaças 2.785.842 2.403.062 
 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 313.360 206.179 
Total Geral 35.090.020 37.140.543 5,8% 
Total Geral Contêineres (em TEUS *) 187.442 200.775 7,1% 
* TEU – Twenty Feet or Equivalent Unit. 
Fonte: Demonstrativo operacional apresentado no Relatório de Gestão de 2017. 
 
Quanto ao volume de cargas movimentadas, houve crescimento em todos os terminais, 
sendo de 11,2% nos terminais da Codesa, de 1,4% nos terminais arrendados e de 5,7% 
nos terminais privativos, assim como crescimento de 7,1% na movimentação de 
contêineres. 
 
Especificamente em relação ao Porto de Vitória, a Codesa destacou a importância do 
crescimento de 6,2% no volume de cargas movimentadas em relação ao ano anterior, 
mesmo com impactos operacionais importantes ao longo do ano, por conta da obstrução 
temporária de berços para conclusão da obra de dragagem, e reflexos da crise de 
segurança enfrentada pelo Estado do Espírito Santo no início do ano. 
 
Ainda em relação às metas operacionais, segue tabela com a quantidade de navios 
atendidos no ano de 2017: 
 
Tabela – Quantidade de navios atendidos 
Terminal / Cais 2016 2017 
Variação (%) 
2017-2016 
Porto de Vitória 1.759 1.270 -27,8% 
. Terminais Codesa 836 736 -11,9% 
. Terminais Arrendados 923 534 -42,1% 
Terminais Privativos 1.993 1.712 -14,1% 
 . Praia Mole 525 524 
 . Barra do Riacho 1.394 1.127 
 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 74 61 
Total Geral 3.752 2.982 -20,5% 
Fonte: Desempenho operacional apresentado no Balanço Contábil de 2017. 
 
Quanto à quantidade de navios atendidos, houve queda em todos os terminais. No Porto 
de Vitória, o impacto maior foi a menor quantidade de embarcações de apoio nas 
operações de plataformas de petróleo devido à crise na Petrobrás. Nos terminais 
arrendados e privativos, o impacto foi causado pela retração da economia. 
 
Para finalizar quanto às metas operacionais, segue tabela com o tempo médio de espera 
para atracação obtido no ano de 2017: 
 
Tabela – Tempo médio de espera para atracação em horas 
Terminal / Cais 2016 2017 
Variação (%) 
2017-2016 
Porto de Vitória 
. Terminais Codesa 
 . Cais Comercial 7,6 17,3 126,7% 
 . Cais Capuaba 30,9 52,5 69,7% 
 .Cais Paul-Gusa 32,9 53,0 60,7% 
. Terminais Arrendados 
 . Terminal Vila Velha – TVV 11,3 22,6 98,5% 
 . Terminal Peiú 10,0 14,9 48,1% 
 . Flexibrás 6,1 3,3 -46,1% 
 . CPVV 20,2 6,2 -69,4% 
Terminais Privativos 
 . Praia Mole 133,3 375,6 181,6% 
 . Barra do Riacho 12,0 86,7 622,5% 
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 . Barra do Riacho – TABR Petrobrás 93.9 25,5 -72,8% 
Fonte: Desempenho operacional apresentado no Relatório da Administração - exercício de 2017. 
 
Quanto ao tempo médio de espera dos navios para atracação, observa-se que os navios 
ficaram retidos por mais tempo aguardando autorização para atracação. Nos berços 
públicos, esse aumento de tempo de espera foi causado pela obstrução das obras de 
dragagem do canal e obras no berço 207. 
 
Com relação aos indicadores de desempenho e de rentabilidade, a tabela a seguir 
apresenta o resultado alcançado dos principais indicadores no ano de 2017: 
 
Tabela – Principais Indicadores de Desempenho da Codesa 
Indicador Fórmula Interpretação Meta Resultado 
Movimentação de 
Carga Granel 
Tonelagem movimentada (1.000 
tons) 
maior 
melhor 
2.800,00 3.468,77 
Movimentação de 
Carga geral 
Tonelagem movimentada (1.000 
tons) 
maior 
melhor 
- 3.445,07 
Taxa Média de 
Ocupação de 
Berços 
Tempo ocupação / tempo disponível menor 
melhor 
64,0% 47,8% 
Índice de Eficiência 
Operacional 
Despesa total com pessoal / Receita 
Líquida Operacional 
menor 
melhor 
73,0% 75,9% 
Índice de Eficiência 
Administrativa 
Despesas Administrativa – despesas 
com pessoal administrativo) / 
Receita Líquida Operacional 
menor 
melhor 
18,0% 19,1% 
Execução 
Orçamentária de 
Investimento 
Valor realizado / valor previsto maior 
melhor 
53,0% 63,0% 
Retorno sobre o 
Capital 
((EBITDA* do exercício / (PL + 
empréstimo + financiamentos)) * 
100 
maior 
melhor 
7,0% -3,9% 
Fonte: Indicadores de Desempenho apresentados no item 3.5 do Relatório de Gestão de 2017, os quais 
tiveram seu resultado recalculado em função do encerramento definitivo das demonstrações contábeis. 
* EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). 
 
Quanto aos indicadores de desempenho, observa-se que a Codesa não alcançou êxito na 
maioria das metas pactuadas, especificamente as de natureza econômico-financeira. 
 
Com relação ao desempenho financeiro, a Codesa obteve um prejuízo de 
R$ 25,625 milhões, conforme Demonstração do Resultado do Exercício de 2017. 
Ao se comparar o resultado de 2017 com os resultados de anos anteriores, observa-se que 
mesmo alcançando uma Receita Bruta de R$ 138,9 milhões no último ano, a empresa 
obteve prejuízo recorde em função, principalmente, de Custos e Despesas totais terem 
ultrapassado a Receita Líquida, chegando-se a um Resultado Operacional negativo no 
valor de R$ 11,0 milhões. 
 
Esse resultado operacional negativo refletiu em um déficit de R$ 3,38 milhões no 
EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O EBTIDA é o 
parâmetro contábil utilizado para verificar a capacidade de geração de caixa na atividade 
operacional e identificar a evolução da produtividade e da eficiência da empresa ao longo 
dos anos. 
 
O desempenho apresentado dos indicadores e das metas físicas e financeiras foi 
confirmado por meio de amostragem com a análise e conferência dos dados cadastrados 
em sistemas de informações, relatório financeiro/operacional, relatório de gestão e 
balanço divulgado pela empresa. 
 
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9 
Com base no escopo dos trabalhos de auditoria, verificou-se, especialmente naquilo que 
se refere à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas físicas e financeiras 
planejadas para o exercício, que a Unidade atingiu boa parte das metas operacionais 
pactuadas mais relevantes, principalmente em relação ao volume de cargas 
movimentadas, entretanto, as metas de natureza econômico-financeiras ficaram 
comprometidas em sua maioria. Para as metas não atingidas, as causas foram 
identificadas pela empresa e ações de correção estão sendo planejadas e/ou 
implementadas. 
 
Observa-se que para aquelas metas não alcançadas, principalmente as metas relacionadas 
aos custos e despesas com pessoal que se apresentam com tendência de forte crescimento, 
deverão merecer maior atenção ao longo dos próximos exercícios, realizando análise 
crítica e implementando os ajustes e reestruturações necessários em busca do reequilíbrio 
econômico-financeiroda empresa. Um exemplo de modificação a ser implementada é 
relativa à escala de trabalho dos guardas portuários, que atualmente onera indevidamente 
a folha de pagamentos da companhia e acarreta despesas com horas extras habituais, 
conforme tratado em constatações específicas deste relatório. 
 
##/Fato## 
 
 
2.2 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ 
A auditoria realizada sobre a gestão de compras e contratações da Codesa teve por 
objetivo avaliar a regularidade dos processos licitatórios, bem como a regularidade das 
contratações e aquisições feitas por dispensa e inexigibilidade de licitação na gestão do 
exercício de 2017, além de avaliar a consistência dos controles internos administrativos 
relacionados à área em questão. 
 
Com o intuito de viabilizar os trabalhos de auditoria foi elaborada uma amostra não 
probabilística composta por processos de contratações por dispensa de licitação e 
processos de pregões homologados no exercício. Ressalta-se que não foram realizadas 
contratações por inexigibilidade de licitação no exercício de 2017. 
 
As informações para elaboração da amostra foram extraídas do sítio eletrônico da 
Codesa (www.codesa.gov.br). 
 
Para a amostra de compras diretas, foram selecionados 10 processos cujos montantes 
somados equivalem a 22% do total contratado por dispensa de licitação no exercício de 
2017. O quadro a seguir resume as informações relacionadas a tais processos: 
Quadro – Dispensas de licitação avaliadas 
Descrição 
Quantidade de 
processos 
Valor envolvido 
(R$) 
Processos de dispensa 136 2.979.963,54 
Processos avaliados 10 663.200,35 
Processos em que foi detectada 
alguma desconformidade 
0 0 
Fonte: Sítio eletrônico da Codesa (www.codesa.gov.br)/Prestação de Contas Anual 
2017. 
 
No tocante à amostra das contratações e aquisições feitas por dispensa de licitação, não 
foi identificada irregularidade em nenhum dos processos analisados. 
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10 
Para a amostra de compras por pregões foram selecionados 4 processos equivalentes a 
30% do total das licitações homologadas no mesmo período. O quadro a seguir resume 
as informações relacionadas a tais processos. 
Quadro – Licitações avaliadas 
Descrição 
Quantidade de 
processos 
Valor envolvido 
(R$) 
Processos licitatórios 12 10.562.925,72 
Processos avaliados 4 3.208.103,25 
Processos em que foi detectada 
alguma desconformidade* 
1 2.365.000,00 
* O valor mencionado na última linha corresponde ao total das aquisições e não 
indica necessariamente a existência de prejuízos. 
Fonte: Sítio eletrônico da Codesa (www.codesa.gov.br) / Prestação de Contas 
Anual 2017. 
 
Quanto à regularidade dos processos de pregões analisados, foram constatadas 
fragilidades na elaboração do orçamento referencial no Processo n° 1983/2016, que está 
apresentado nos Achados da Auditoria deste Relatório. 
 
Com vistas a avaliar a consistência dos controles internos administrativos relacionados 
ao macroprocesso de compras e contratações da Codesa, foi submetido à área responsável 
da companhia o Questionário de Avaliação de Controles Internos – QACI, com 22 
perguntas, para fins de definição do nível de maturidade dos sistemas de controles 
internos da gestão de licitações e contratos, sendo que o total de pontos possíveis, 
correspondente a 100%, é 63 pontos. 
 
Assim, na avaliação da CGU acerca dos sistemas de controle interno da atividade de 
gestão de compras e contratações, a Codesa obteve 43 pontos, o que corresponde a um 
percentual de 68% da pontuação total possível e classifica tais controles como de nível 
intermediário. 
 
##/Fato## 
 
 
2.3 Avaliação da Gestão de Pessoas 
A auditoria realizada sobre a gestão de recursos humanos da Codesa teve por objetivo 
analisar os seus controles internos em relação: à sua consistência; à aderência da 
legislação na criação de cargos comissionados; e à observância da legislação, 
especialmente trabalhista, sobre os pagamentos de adicional de risco, diárias e horas 
extras. 
 
A metodologia utilizada pela equipe de auditoria foi diferenciada conforme o item sob 
análise. Para se aferir a consistência dos controles internos administrativos relacionados 
à gestão de pessoas, foi submetido ao responsável pela área de pessoal da companhia 
um questionário com 20 perguntas que equivaleria a 60 pontos. No que tange à criação 
de cargos comissionados, foi realizado um confronto entre os normativos internos da 
empresa com a legislação sobre o tema. Quanto ao adicional de risco, foi realizada uma 
análise das justificativas de pagamentos a esse título feitos aos empregados do setor 
mais representativo da Codesa em termos de recursos humanos. No que tange à 
regularidade dos pagamentos a título de horas extras, foi feita uma análise dos principais 
motivos que ensejaram o seu pagamento. Por sua vez, a avaliação dos pagamentos de 
diárias foi realizada por meio de uma amostra não probabilística dos processos de 
prestação de contas de viagens realizadas em 2017. 
 
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11 
Nesse contexto, os principais resultados dos exames evidenciaram as seguintes situações: 
 
 a) Consistência dos Controles Internos na Gestão de Pessoas 
 
De acordo com as respostas dadas (e as evidências apresentadas que a suportaram) ao 
Questionário de Avaliação de Controles Internos (QACI) aplicado ao responsável pelo 
setor de recursos humanos da Codesa, esse setor tem nível aprimorado de maturidade 
dos sistemas de controles internos, obtendo 86,66% da pontuação possível. 
 
b) Cargos Comissionados 
 
As seguintes constatações foram consignadas neste relatório, ocasionadas do confronto 
entre o número de cargos comissionados existentes na Codesa e seus normativos 
internos e externos: 
 
(1) Gastos irregulares no total de R$ 681.257,98 em 2017, referentes a cargos 
comissionados criados em quantidades não autorizadas, além de alocação de cargos em 
desconformidade com o estabelecido no Plano de Cargos e Funções Comissionadas de 
2014 da Codesa. 
 
(2) Gastos irregulares no total de R$ 1.691.021,15 em 2017, referentes a doze cargos 
comissionados integrantes do Regimento Interno da Codesa, sem respaldo no Plano de 
Cargos e Salários de 2002 e sem autorização da Secretaria de Coordenação e 
Governança das Empresas Estatais. 
 
c) Horas extras 
 
Na análise de dados apresentados pela Codesa, verificou-se que a empresa vem pagando 
horas extras a seus funcionários de maneira habitual desde, ao menos, 2015. O setor da 
Codesa que mais teve dispêndios com o pagamento de horas extras foi a Coordenação 
de Segurança Portuária – Cosnip, responsável pela segurança patrimonial. Ao se 
analisar os motivos de tais pagamentos, constatou-se o seguinte: 
 
(1) Valor de R$ 1.479.966,55 pago pela Codesa em 2017 em horas extras habituais 
geradas, principalmente, por escala de trabalho resultante de Acordo Coletivo de 
Trabalho prejudicial à companhia; e 
 
(2) Prejuízo acumulado em 2017 no valor estimado de R$ 1.601.135,95, decorrente da 
adoção de escala de trabalho estabelecida em Acordo Coletivo de Trabalho desfavorável 
à Codesa e destoante da prática de mercado consagrada pelo Tribunal Superior do 
Trabalho. 
 
d) Adicional de risco 
 
A fim de avaliar a regularidade dos pagamentos de verbas trabalhistas pela Codesa, foi 
selecionada para análise a folha de pessoal de julho de 2017 do setor responsável pela 
segurança patrimonial da companhia, a Cosnip, por representar cerca de 45% dos 
empregados efetivos da empresa. Dessa análise, foram identificadosfuncionários que 
não estavam exercendo as atividades sujeitas ao risco, especificamente aquelas 
relacionadas à segurança patrimonial, portanto, não estavam expostos ao risco e não 
faziam jus ao recebimento do adicional, gerando a seguinte constatação: 
 
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12 
(1) Prejuízo de R$ 89.782,63 com pagamentos de adicional de risco em 2017 a 
funcionários que não faziam jus ao benefício. 
##/Fato## 
 
 
2.4 Avaliação da Conformidade das Peças 
A avaliação da conformidade das peças cuja elaboração era da responsabilidade da 
Codesa em 2017, exigidas nos incisos I, II e III do art. 13 da Instrução Normativa nº 
63/2010 do Tribunal de Contas da União levou em consideração a natureza jurídica e o 
negócio da companhia. O resultado dessa avaliação está na sequência, conforme as peças 
analisadas: 
I – Rol de Responsáveis: contém o dirigente máximo, os três diretores constantes do 
organograma da companhia no período e os membros do Conselho Administrativo – 
Consad, todos com os respectivos períodos de exercício, não tendo sido identificada 
ausência de responsáveis; 
II – Relatório de Gestão: contém os tópicos determinados no Anexo II da Decisão 
Normativa TCU nº 161/2017, não tendo sido identificada ausência de tópicos, 
ressalvando que, ao contrário do informado no tópico 4.5 de tal relatório, a companhia 
está vinculada, para fins de correição, ao Ministério da Transparência e Controladoria-
Geral da União - CGU, e não mais à Secretaria de Controle Interno da Presidência da 
República – Ciset/PR; e 
III – Relatórios e pareceres de órgãos, entidades ou instâncias que devam se pronunciar 
sobre as contas ou sobre gestão dos responsáveis pela unidade prestadora de contas: as 
demonstrações contábeis contêm o Relatório de Administração, o Parecer do Auditor 
Independente, o Parecer do Conselho de Administração, o Parecer do Conselho Fiscal e 
peças contábeis nos termos da Lei nº 6.404/1976; e a Carta Anual de Governança 
Corporativa, nos termos do art. 8º da Lei nº 13.303/2016, não tendo sido identificada 
ausência de peças legalmente exigíveis. 
 
##/Fato## 
 
 
2.5 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU 
Procedeu-se ao exame dos Acórdãos prolatados pelo Tribunal de Contas da União que se 
referem à Companhia Docas do Espírito Santo nos exercícios de 2016 e 2017. Não houve 
determinações específicas ao órgão de controle interno sob cuja jurisdição está a Codesa, 
no caso, a Secretaria de Controle Interno da Presidência da República – Ciset/PR durante 
o exercício de 2016 e a CGU durante o exercício de 2017. Por isso essa avaliação não foi 
feita nesta auditoria. 
##/Fato## 
 
 
2.6 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU 
Na avaliação, buscou-se responder às seguintes questões de auditoria: 
I) A companhia mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das 
recomendações emanadas pelo órgão de controle interno? 
II) Existem recomendações pendentes de atendimento e que impactam a gestão da 
unidade? 
Para tanto, examinou-se o cumprimento das recomendações expedidas à Codesa nos dois 
últimos relatórios de auditoria de gestão elaborados pela Secretaria de Controle Interno 
da Presidência da República – Ciset/PR, quais sejam, o Relatório nº 21/2014, referente à 
auditoria de contas do exercício de 2013, e o Relatório nº 08/2016, referente à auditoria 
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13 
de contas do exercício de 2015, e também referentes às Notas Técnicas nº 1/2016 - 
CGAP/CISET/SG-PR e nº 5/2016/CGCOR/CISET/SG-PR, bem como a adequação do 
acompanhamento dessas recomendações. 
 
Verificou-se que a Codesa mantém uma rotina de acompanhamento adequada e que as 
medidas adotadas foram suficientes para elidir ou mitigar a maioria das impropriedades 
verificadas nos referidos relatórios. 
 
Ressalva-se que as recomendações de encaminhamento à área disciplinar para avaliação 
e realização de juízo de admissibilidade quanto à necessidade de apuração de 
responsabilidade de empregados que elaboraram termos de referência e planilhas de custo 
de contratos (nº 1.2.1, 1.2.2 e 1.2.3 do Relatório nº 08/2016) não foram adequadamente 
tratadas pela companhia. Das recomendações de efetiva apuração de responsabilidade (nº 
4.1.1 do Relatório nº 08/2016 e Nota Técnica nº 5/2016/CGCOR/CISET/SG-PR) somente 
a primeira foi atendida, gerando retorno financeiro de R$ 149.829,79 e demonstrando que 
a companhia carece de dispensar maior atenção a essa questão, de modo a evitar a 
prescrição de ilícitos administrativos porventura praticados por agentes públicos e 
promover outros eventuais ressarcimentos aos cofres da Codesa. As recomendações 
consideradas pendentes de atendimento, descritas em item específico deste relatório, bem 
como as respectivas providências corretivas, serão incluídas no Plano de Providências 
Permanente ajustado com a Codesa e monitorado pela CGU. 
##/Fato## 
 
 
2.7 Avaliação dos Controles Internos - Demonstrações Contábeis 
Na avaliação, buscou-se responder à seguinte questão de auditoria: 
I) Os controles internos relacionados à elaboração das demonstrações contábeis e de 
relatórios financeiros são confiáveis e efetivos? 
Para tanto, efetuou-se análise mediante metodologia Coso (“Committee of Sponsoring 
Organizations of the Treadway Commission traduzido para Comitê de Organizações 
Patrocinadoras da Comissão Treadway”), na qual se constatou as fragilidades que 
consistem: 
• na inexistência de documentos ou manuais formalizados para padronização de 
procedimentos para identificar gargalos e pontos críticos relacionados à elaboração de 
demonstrações contábeis e relatórios financeiros, o que torna o conhecimento 
altamente dependente das pessoas atualmente em atividade e afeta a identificação de 
riscos e seu adequado registro e provisionamento contábil; 
• na incompatibilidade entre os registros contábeis e os saldos bancários relativos a 
contas de depósitos judiciais; 
• na falta de transparência de informações contábeis de saldos relevantes, relacionados 
a gastos com assistência médica e odontológica. 
Embasam essa opinião as seguintes informações e constatações constantes dos Achados 
da Auditoria: 
1) Fragilidades em controles internos contábeis referentes aos componentes “Avaliação 
de Riscos”, “Informações e Comunicações” e “Monitoramento”; 
2) Risco de impacto negativo nas contas da Codesa entre R$ 74.109.007,78 e R$ 
177.107.736,58, concernente a déficit atuarial, referente ao plano de previdência 
complementar dos funcionários da empresa. Possibilidade de interrupção de pagamento 
de benefícios de previdência complementar a funcionários da Codesa; 
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14 
3) Insustentabilidade no modelo de custeio do Plano de Saúde da Codesa, evidenciada em 
um montante de créditos a receber de R$ 11.308.132,41, acumulado entre janeiro de 2013 
e dezembro de 2017, em razão do descumprimento da coparticipação financeira dos 
beneficiários nas despesas arcadas pela companhia, estabelecida no regulamento do plano 
e em acordo coletivo de trabalho; 
4) Risco de impacto negativo nas contas da Codesa entre R$ 9.322.840,59 (perdas 
prováveis) e R$ 40.050.658,60 (perdas possíveis), relativo a ações judiciais em que a 
empresa figura como ré. 
 
##/Fato## 
 
 
 
 
3. Conclusão 
 
 
Com base no escopo dos trabalhos de auditoria, verificou-se, especialmente naquilo que 
se refere à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos e metas físicas e financeiras 
planejadas para o exercício,que a companhia atingiu boa parte das metas operacionais 
pactuadas mais relevantes, principalmente em relação ao volume de cargas 
movimentadas, entretanto, as metas de natureza econômico-financeiras ficaram 
comprometidas em sua maioria. 
 
Observa-se que as metas relacionadas aos custos e despesas com pessoal, que se 
apresentam com tendência de crescimento, deverão merecer maior atenção ao longo dos 
próximos exercícios, realizando análise crítica e implementando os ajustes e 
reestruturações necessários em busca do reequilíbrio econômico-financeiro da empresa. 
Chama-se atenção para os riscos de impacto negativo para as contas da companhia, 
representados por déficit atuarial referente ao plano de previdência complementar dos 
funcionários, à insustentabilidade do plano de saúde e às ações judiciais em que a empresa 
figura como ré. 
Para as situações que tratam de potenciais prejuízos e gastos irregulares tratados neste 
relatório recomendou-se à companhia a apuração dos fatos ocorridos com o necessário 
aprofundamento dos exames. 
Em face dos exames realizados, opina-se no sentido de que a Unidade Gestora deve adotar 
medidas corretivas com vistas a elidirem os pontos ressalvados nos itens: 
1.1.1.1 Ausência de estudos e de simulações para subsidiar os gestores da Codesa na 
busca do reequilíbrio financeiro da empresa, tentando evitar a repetição do prejuízo de 
R$ 25,6 milhões verificado em 2017. 
 
1.1.2.1 Falhas na elaboração de indicadores de gestão, prejudicando a sua efetividade 
enquanto instrumentos de aferição de desempenho e de auxílio aos gestores da Codesa. 
 
2.1.1.1 Orçamento referencial de licitação com falhas na cotação de mercado relativas ao 
valor pesquisado e à transparência das cotações realizadas. 
 
3.1.1.1 Prejuízo acumulado em 2017 no valor estimado de R$ 1.601.135,95, decorrente 
da adoção de escala de trabalho estabelecida em Acordo Coletivo de Trabalho 
desfavorável à Codesa e destoante da prática de mercado consagrada pelo Tribunal 
Superior do Trabalho. 
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15 
 
3.1.1.2 Valor de R$ 1.479.966,55 pago pela Codesa em 2017 em horas extras habituais 
geradas, principalmente, por escala de trabalho resultante de Acordo Coletivo de 
Trabalho prejudicial à companhia. 
 
3.1.1.3 Gastos irregulares no total de R$ 681.257,98 em 2017, referentes a cargos 
comissionados criados em quantidades não autorizadas, além de alocação de cargos em 
desconformidade com o estabelecido no Plano de Cargos e Funções Comissionadas de 
2014 da Codesa. 
 
3.1.1.4 Gastos irregulares no total de R$ 1.691.021,15 em 2017, referentes a doze cargos 
comissionados integrantes do Regimento Interno da Codesa, sem respaldo no Plano de 
Cargos e Salários de 2002 e sem autorização da Secretaria de Coordenação e Governança 
das Empresas Estatais. 
 
3.1.1.5 Prejuízo de R$ 89.782,63 com pagamentos de adicional de risco em 2017 a 
funcionários que não faziam jus ao benefício. 
 
3.1.2.1 Insustentabilidade no modelo de custeio do Plano de Saúde da Codesa, 
evidenciada em um montante de créditos a receber de R$ 11.308.132,41, acumulado entre 
janeiro de 2013 e dezembro de 2017, em razão do descumprimento da obrigação de 
coparticipação financeira dos beneficiários nas despesas arcadas pela companhia, 
estabelecida no regulamento do plano e em acordo coletivo de trabalho. 
 
3.4.2.1 Saldos contábeis de Depósitos Judiciais em 31 de dezembro de 2017 registrados 
com montante R$ 4.817.920,60 inferior aos saldos bancários dessas contas naquela data. 
 
4.1.2.1 Fragilidades em controles internos contábeis referentes aos componentes 
"Avaliação de Riscos", "Informações e Comunicações" e "Monitoramento". 
 
4.1.2.2 Falta de registro, em conta de Ativo, de créditos de R$ 6.870.946,83 junto a 
usuários do Plano de Saúde Codesa. 
 
5.1.1.1 Incorreção e desatualização dos registros legais e contábeis relacionados à gestão 
do patrimônio imobiliário sob responsabilidade da Codesa. 
Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando 
identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências 
corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências 
Permanente ajustado com a Codesa e monitorado pela CGU. Os pontos requeridos pela 
legislação aplicável foram abordados, e o presente relatório é submetido à consideração 
superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. 
 
Vitória/ES, 12 de dezembro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
_______________________________________________ 
Achados da Auditoria - nº 201801178 
 
1 GESTÃO OPERACIONAL 
1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 
1.1.1 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 
1.1.1.1 CONSTATAÇÃO 
 
Ausência de estudos e de simulações para subsidiar os gestores da Codesa na busca 
do reequilíbrio financeiro da empresa, tentando evitar a repetição do prejuízo de 
R$ 25,6 milhões verificado em 2017. 
 
Fato 
 
De acordo com o Relatório de Gestão da Codesa e com seu Balanço Contábil, a 
companhia apurou prejuízo líquido de R$ 25,625 milhões em 2017. 
 
A tabela a seguir apresenta o detalhamento da Demonstração do Resultado no exercício: 
 
Tabela – Demonstração do Resultado do Exercício de 2017 
Categoria 
Valor 
Executado 
(R$) 
Receita Operacional Bruta 138.917.796 
 . Receita da Operação Portuária 112.287.941 
 . Utilização da infraestrutura portuária 55.684.306 
 . Armazenagem 5.400.437 
 . Movimentação de carga 21.960.165 
 . Serviços diversos 29.243.033 
 . Outras Receitas Operacionais (arrendamentos) 26.629.854 
Deduções da Receita (impostos sobre serviços) (15.397.145) 
Receita Operacional Líquida 123.520.650 
Custos da Operação Portuária (66.544.507) 
 . Pessoal e encargos sociais (44.294.288) 
 . Custos assistenciais (5.915.021) 
 . Serviços de terceiros (4.891.881) 
 . Utilidades e materiais (3.448.798) 
 . Seguros (330.780) 
 . Depreciação e amortização (7.361.762) 
 . Perdas estimadas com créditos duvidosos (301.977) 
Resultado Bruto 56.976.144 
Despesas Operacionais / Administrativas (67.230.436) 
 . Pessoal e encargos sociais (32.152.415) 
 . Despesas assistenciais (11.464.181) 
 . Serviços de terceiros (16.394.362) 
 . Despesas gerais e materiais (6.741.248) 
 . Depreciação e amortização (325.015) 
 . Outras despesas administrativas (153.214) 
Despesas Tributárias (813.965) 
Resultado Operacional antes do resultado financeiro (11.068.257) 
Receitas / despesas financeiras líquidas (6.252.128) 
 . receitas financeiras 9.620.599 
 . variação monetária ativa 741.287 
 . despesas financeiras (1.686.366) 
 . variação monetária passiva (créditos acionistas) (14.927.649) 
Outras receitas / despesas operacionais (8.304.781) 
 . receitas eventuais 2.251.704 
 . outros ganhos de capital 25.242 
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17 
 . provisões de ações judiciais (9.879.442) 
 . perdas de capital (702.285) 
Lucro Operacional antes do IR e da CSLL (25.625.164) 
IR e CSLL 0 
Lucro / Prejuízo do exercício (25.625.164) 
Fonte: Balanço Contábil da Codesa 2017 e Relatório de Gestão de 2017. 
 
A tabela a seguir traz o comparativo dos resultados em anos anteriores, conforme segue: 
 
Tabela – Demonstrações de Resultado da Codesa (2013-2017) Valores em R$ 
 2013 2014 2015 2016 2017 
Receita Bruta 110.768.365 130.443.179 132.951.965 134.131.401138.917.796 
(-) Deduções (11.775.243) (14.605.318) (14.683.581) (14.918.625) (15.397.145) 
Receita Líquida 98.993.122 115.837.861 118.268.385 119.212.776 123.520.650 
(-) Custos dos serviços portuários (44.231.851) (51.644.325) (55.279.305) (59.664.931) (66.544.506) 
Resultado Operacional Bruto 52.761.271 64.193.536 62.989.079 59.547.845 56.976.145 
(-) Despesas Administrativas (42.308.140) (50.237.783) (56.291.780) (62.041.308) (67.230.436) 
(-) Despesas Tributárias (802.377) (899.793) (1.171.451) (1.201.360) (813.965) 
Resultado Operacional antes do 
financeiro 
9.650.754 13.055.961 5.525.848 (3.694.823) (11.068.256) 
(+/-) variação monetária At./Pas. (5.416.925) (5.852.722) (4.631.098) (11.407.832) (14.186.362) 
(+/-) Receitas Financeiras Líquidas 1.047.317 6.678.888 5.130.446 10.107.181 7.934.233 
(+/-) Outras Rec/Desp Operacionais 3.981.401 4.139.359 6.385.233 5.742.632 (8.304.780) 
Lucro Operacional antes do IR e CSLL 9.262.548 18.021.485 12.410.430 747.159 (25.625.164) 
(-) Imposto de Renda e CSLL (2.419.863) (3.774.228) (1.272.144) - - 
Lucro Líquido do Exercício 6.842.685 14.247.257 11.138.286 747.159 (25.625.164) 
 
EBTIDA 18.241.839 23.318.079 15.932.480 4.430.256 (3.381.479) 
Fonte: Balanço Contábil da Codesa 2017 e Relatório de Gestão de 2017. 
 
Nos seus Relatórios de Gestão e Balanço Contábil, a Codesa apresentou diversas 
informações para esclarecimento sobre o resultado financeiro negativo. 
 
Esclareceu que, mesmo estabelecendo um novo recorde de faturamento, e alcançando 
R$ 123,52 milhões de receita operacional líquida, os custos dos serviços e despesas 
administrativas alcançaram R$ 134,58 milhões, chegando a um déficit de 
R$ 11,06 milhões no resultado operacional antes do resultado financeiro. 
 
Esse resultado operacional negativo refletiu em um déficit de R$ 3,38 milhões no 
EBTIDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). O EBTIDA é o 
parâmetro contábil utilizado para verificar a capacidade de geração de caixa na atividade 
operacional e identificar a evolução da produtividade e da eficiência da empresa ao longo 
dos anos. 
 
Em seu relatório, a Codesa apontou que o aumento dos custos dos serviços portuários e 
das despesas administrativas foi decorrente do forte crescimento do item “pessoal e 
encargos”, que representa a maior parcela dos custos e despesas administrativas. 
Ressaltou, ainda, que parte dessas despesas foi derivada dos desembolsos para o Plano 
Incentivado à Demissão Voluntária (PIDV) e para o Plano de Demissão Assistida (PDA), 
e que, apesar de pressionarem os gastos no curto prazo, as adesões a esses planos 
acarretarão em uma significativa redução na folha de pagamento nos próximos anos. 
 
A Codesa registrou ainda que procurou implantar medidas saneadoras em 2017, as quais, 
apesar de afetarem o resultado econômico no curto prazo, proporcionarão ganhos 
financeiros futuros e permitirão a continuidade da prestação dos serviços portuários para 
as próximas décadas. 
 
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Considerando esse cenário, foi solicitado que a Unidade relacionasse as ações em 
andamento e/ou planejadas para reequilibrar os “custos e despesas com pessoal e 
encargos” aos níveis anuais estimados para receita operacional líquida, assim como 
apresentar quadro demonstrando ano a ano a perspectiva de busca do reequilíbrio entre 
os custos e despesas com pessoal e a receita operacional líquida estimada, informações 
essas resultantes de eventuais estudos e simulações já realizadas. 
 
##/Fato## 
Causa 
 
Falha na gestão estratégica da Codesa, que não adotou instrumentos para projetar os 
gastos com pessoal e buscar adequá-los às expectativas de receita da companhia, 
minimizando as chances de déficit no seu resultado operacional. 
 
##/Causa## 
Manifestação da Unidade Examinada 
 
A Codesa manifestou-se nos seguintes termos: 
 
“[...] 
Em atenção a solicitação de Auditoria nº 201801178-06 de 23.07.2018, as informações 
que esta CODFOR tem a prestar com a relação ao incremento de receitas, estão com 
base nos dados repassados pela SUPGER, para fins de justificativas junto ao Ministério 
dos Transportes, Portos e Aviação Civil, relativo a Proposta do Programa de Dispêndios 
Globais – PDG do exercício de 2019, a saber: 
 
1 - Com relação a movimentação de cargas, a previsão foi obtida junto aos principais 
Clientes, Operadores Portuários, Arrendatários e Terminais Privativos, que 
apresentaram suas projeções de acordo com os mercados em que atuam. Além disso, 
levou-se em consideração alguns fatores específicos da própria CODESA, tais como: 
 
a) Conclusão da dragagem de aprofundamento do Canal de Acesso, bacia de Evolução 
e de todos os berços, tanto de uso público como arrendados, que resultará no aumento 
das consignações dos navios, ou seja, podendo os mesmos entrarem no Porto com maior 
quantidade de carga. Além disso, os navios que não faziam escala no Porto de Vitória, 
poderão passar a fazer devido estas novas condições de acesso; 
 
b) Conclusão da obra de construção do Berço 207 – Cais de Atalaia. Esta obra passa a 
oferecer/disponibilizar um local a mais para atracação de navios, portanto, 
movimentando um volume maior de cargas. 
 
2 – Conclusão das obras de Implantação do Sistema Cadeia Logística portuária 
Inteligente. Este projeto envolve processo inovador de sequenciamento do acesso de 
caminhões aos Portos organizados, com uso intensivo de tecnologias e automatização 
das informações, por meio da implantação de um sistema denominado PORTOLOG, 
capaz de monitorar o veículo destinado ao porto desde sua origem, permitindo assim o 
fornecimento de dados e informações com antecedência à respectiva Autoridade 
Portuária, facilitando o planejamento e a programação dos recursos para agilizar as 
operações logísticas e o trafego de veículos de carga dentro do Porto. 
 
3 – Estudos em andamento, para um reajuste nas tarifas portuárias na ordem de 15%. 
 
4 – Com relação as despesas com Pessoal e Encargos Sociais, está em andamento estudos 
do arrendamento/terceirização do Terminal de cereais de Capuaba, com isso, o pessoal 
lotado naquele Terminal, bem como, o pessoal ligado a manutenção, seriam desligados 
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do quadro de pessoal. Também estamos aguardando a conclusão dos trabalhos de 
auditoria, que está sendo realizado no Instituto de Seguridade Social – PORTUS, que 
norteará o equilíbrio financeiro daquele Instituto, podendo com isso ocorrer o 
desligamento de diversos empregados da Companhia. 
 
5 – Finalizando, informamos que, para esta CODFOR apresentar um quadro 
demonstrativo ano a ano das perspectivas da busca do equilíbrio financeiro entre as 
receitas e despesas, principalmente a de pessoal, necessitamos que as áreas nos forneçam 
os dados. 
[...]”. 
 
##/ManifestacaoUnidadeExaminada## 
Análise do Controle Interno 
 
Em análise do pronunciamento da Unidade, foram identificadas diversas ações planejadas 
e em andamento com o objetivo de melhoria dos indicadores operacionais e de 
faturamento, entretanto, constatou-se a inexistência de estudos e simulações que 
apresentem a projeção das despesas com pessoal e encargos para os próximos anos, em 
confronto com a previsão de receita operacional líquida. 
 
Importante notar que a empresa vinha com resultado operacional positivo até 2015, 
virando para resultado negativo em 2016 e 2017. Diante disso, a empresa estruturou ações 
como o Plano Incentivado à Demissão Voluntária (PIDV) e o Plano de Demissão 
Assistida (PDA), com o objetivo de obter uma significativa redução na folha de 
pagamento para os próximos anos. 
 
Independentementeda adoção desses planos demissionais, é de suma importância a 
realização de estudos e simulações de cenários que apresentem demonstrativos ano a ano 
das perspectivas de resultado da Codesa, para que seus gestores possam adotar eventuais 
medidas buscando o reequilíbrio financeiro da companhia. 
 
Em 07 de dezembro de 2018, a Codesa envia manifestação adicional 
CA/DIRPRE/LM/336/2018, conforme segue: 
 
“[...] conforme reunião de busca conjunta de soluções realizada com a CGU, a CODESA 
está adotando diversas ações para aumentar a receita da Companhia. Seguem links do 
Plano Mestre e PDZ, e o Plano de Redução de Despesas, Plano de aumento de Receita, 
que seguem em anexo. O PDG (Programa de Dispêndios Globais) foi enviado à CGU 
quando da elaboração do presente relatório. http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-
1/pnpl [...]” 
 
Em análise do pronunciamento adicional da Unidade e respectivos documentos anexados, 
não foram apresentadas projeções da evolução das despesas totais com pessoal em 
confronto com a evolução da receita operacional líquida, permanecendo assim a 
recomendação para possibilitar verificações posteriores de sua efetivação e dos resultados 
alcançados. 
 
##/AnaliseControleInterno## 
Recomendações: 
Recomendação 1: Realizar estudos e simulações que apresentem a projeção das despesas 
com pessoal e encargos para os próximos anos, em confronto com a previsão de receita 
operacional liquida, de modo a subsidiar a tomada de decisões em busca do reequilíbrio 
financeiro da Codesa. 
 
 
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1.1.2 RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 
1.1.2.1 CONSTATAÇÃO 
 
Falhas na elaboração de indicadores de gestão, prejudicando a sua efetividade 
enquanto instrumentos de aferição de desempenho e de auxílio aos gestores da 
Codesa. 
 
Fato 
 
Os apontamentos a seguir incluem análises e consolidação de informações coletadas ao 
longo do exercício e contidas no relatório de acompanhamento da gestão nº 201701888, 
que compõem o presente relatório por serem relevantes para a avaliação da gestão da 
companhia. 
Com vistas a avaliar os indicadores de gestão utilizados pela Codesa, verificou-se que a 
Companhia apresenta em seu Relatório de Gestão os indicadores relativos a desempenho 
e rentabilidade utilizados. De início, examinou-se os indicadores apresentados no 
Relatório de Gestão de 2016. No Relatório de Gestão do exercício de 2016, os indicadores 
foram informados conforme quadro a seguir. 
Quadro – Indicadores de Gestão apresentados pela Codesa no Relatório de Gestão do exercício anterior 
(2016) 
Indicador Fórmula Unidade 
Frequência 
de apuração 
Resultado 
2015 
Metas 
2016 
Resultado 
2016 
Fonte 
Índice de 
Desempenho 
Ambiental* 
Ponderação 
entre 
indicadores de 
conformidade 
da gestão 
ambiental 
portuária 
Nota Semestral 46,10 50,00 62,08 
Comamb 
(atual 
Comast) 
Avaliação 
Colegiada 
CGPAR / 
Consad 
Sem fórmula Nota Anual - 8 7,6 Consad 
Execução 
Orçamentária de 
Investimentos 
(Valor 
realizado até o 
mês / Valor 
previsto até o 
mês) * 100 
% Mensal 55,64 53,00 41,87 Codfor 
Retorno Sobre 
Capital 
Ebitda do 
exercício 
corrente / 
(Patrimônio Líquido 
+ 
Empréstimos + 
Financiamentos) * 
100 
% Mensal 4,93 7,00 3,18 Codcon 
Movimentação 
de Cargas 
Granel 
(Movimentação em 
2016/ 
Movimentação 
em 2015) -1 
1000 
Ton 
Trimestral 2.693,65 2.800,00 2.999,84 Coplad 
Carga 
Movimentada 
por 
Funcionário 
Próprio 
Toneladas 
movimentadas 
/ Total de 
funcionários 
próprios da 
Cia 
Ton / 
Funcionário 
Trimestral 19.779,02 20.500,00 19.188,00 Coplad 
Movimentação 
de Contêineres 
(Movimentação em 
2016 / 
Movimentação 
em 2015) -1 
TEU Trimestral 221.424 2.285 187.656 Coplad 
Taxa Média da 
Ocupação dos 
Berços 
Tempo total 
Ocupação / 
Tempo total 
disponível 
% Trimestral 55,96 64 51 Coplad 
Crescimento da 
Movimentação 
da Cabotagem 
(Movimentação em 
2016 / 
Movimentação 
% Trimestral -0,0441 0,040 -0,15 Coplad 
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Quadro – Indicadores de Gestão apresentados pela Codesa no Relatório de Gestão do exercício anterior 
(2016) 
Indicador Fórmula Unidade 
Frequência 
de apuração 
Resultado 
2015 
Metas 
2016 
Resultado 
2016 
Fonte 
em 2015) -1 
Manutenção do 
Calado 
Operacional 
Conforme 
Norma Portuária 
- - 10,67 10,67 10,67 Codpro 
AALP – Áreas 
de Apoio 
Logístico 
Portuário 
Elaborar 
Resolução de 
Credenciamento de 
áreas de 
Apoio Logístico 
entorno do 
Porto de Vitória 
% - - 100 100 Dirpad 
Índice de 
Eficiência 
Operacional 
Receita 
Operacional / 
Despesa com 
Pessoal 
% Trimestral - 52,56 72,94 Codcon 
Índice de 
Eficiência 
Administrativa 
(Despesas 
Administrativas 
totais - Desp. 
Com Pessoal 
(Sal+Enc+Benf.))/ 
Receita Líquida 
Operacional 
% Trimestral - 23,10 17,94 Codcon 
Margem 
Operacional 
Despesas 
Operacionais / 
Receita 
Operacional 
% Trimestral - 46 53,05 Codcon 
Fonte: Relatório de Gestão do exercício de 2016 
Em que pese tratar-se de dados referentes ao exercício anterior (2016), diante do objetivo 
de aprimorar a forma de apuração, apresentação e acompanhamento dos indicadores para 
o exercício de 2017 e seguintes, foi feito exame ao conjunto de indicadores relacionado, 
sendo constatadas as falhas a seguir: 
A) Inconsistências na apresentação dos dados de indicadores. 
A.1) Quanto ao índice Movimentação de Cargas Granel 
O número apresentado foi a movimentação bruta em milhares de toneladas no exercício, 
em desacordo com a fórmula de cálculo, que é uma razão entre a movimentação no 
exercício e a movimentação no exercício anterior. 
A.2) Quanto ao índice Movimentação de Contêineres 
O número apresentado foi a movimentação bruta em TEUs (“Twenty Foot Equivalent 
Unit”) no exercício, em desacordo com a fórmula de cálculo, que é uma razão entre a 
movimentação no exercício e a movimentação no exercício anterior. Verificou-se que a 
meta para este indicador também foi apresentada como movimentação em milhares de 
TEUs, em desacordo com a unidade utilizada, que é o TEU unitário. 
* TEU é uma medida padrão de volume de contêineres. 
B) Inobservância da frequência de cálculo dos indicadores. 
Constatou-se que os indicadores utilizados pela Codesa não são calculados de forma 
periódica conforme estipulado no quadro anterior. Os valores dos indicadores 
apresentados no Relatório de Gestão de 2016 foram calculados uma única vez, de forma 
anual, de modo a contribuir com a elaboração do relatório de gestão e também compor, 
quando cabível, o cálculo da remuneração variável anual dos diretores e empregados da 
companhia. Embora os dados que compõem os indicadores sejam apurados, na frequência 
estipulada, pelas coordenações responsáveis em relatórios periódicos, usualmente 
mensais ou trimestrais, e sejam emitidos por essas coordenações para apoio à gestão da 
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companhia, o acompanhamento e cálculo dos indicadores decorrentes não é feito na 
mesma frequência e converge para um cálculo anual. 
C) Ausência de apresentação integral, no Relatório de Gestão, dos indicadores que 
compõem o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados – PLR dos empregados da 
Codesa. 
Para o exercício de 2017, os indicadores para a PLR foram definidos por meio da Nota 
Técnica nº 3.399/2017-MP, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas 
Estatais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - Sest/MP, de 23 de 
maio de 2017, conformequadro a seguir: 
Quadro – Indicadores de Gestão da Codesa a serem utilizados para o cálculo de Participação nos 
Lucros e Resultados – PLR do exercício de 2017 
Indicador Fórmula Unidade Peso 
Meta Sest 
2017 
Execução 
Orçamentária de 
Investimentos 
(Investimento Executado / Orçamento 
para investimento anual com efetiva 
disponibilidade financeira)*100 
% 12 53 
Índice de 
Desempenho 
Ambiental 
Conforme metodologia da Agência 
Nacional de Transportes Aquaviários - 
Antaq 
% 12 63 
Índice de Eficiência 
Operacional 
IEO = 1 – (Despesas 2017 – Folha 
2017) / (Despesas 2016 – Folha 2016) 
% 10 10 
Margem Operacional 
Despesas Operacionais / Receita 
Operacional 
% 12 53,05 
Movimentação de 
Carga 
Tonelagem Movimentada / Total de 
Empregados 
Mil Toneladas / 
Ermpregado 
12 3.260,40 
Utilização da 
Capacidade Instalada 
Tonelagem Movimentada / 
Capacidade Instalada 
% 12 58,37 
Ações Realizadas do 
Plano de Negócios 
(Valor realizado durante o exercício / 
Valor previsto para o exercício) * 100 
% 10 100 
Produtividade per 
capita 
Valor da Receita Operacional / Nº 
Total de Empregados 
R$ 1000,00 / 
Empregado 
20 399,2 
Fonte: Nota Técnica nº 3399/2017-MP, da Sest, de 23 de maio de 2017 
Embora muitos dos indicadores apresentados no Relatório de Gestão da Codesa referente 
ao exercício de 2016 componham o cálculo da PLR, verificou-se que nem todos os 
indicadores apresentados no quadro anterior constaram de forma completa e unificada, 
com as mesmas fórmulas, naquele relatório, a exemplo de: Índice de Eficiência 
Operacional; Movimentação de Carga; Utilização da Capacidade Instalada; Ações 
Realizadas no Plano de Negócios; e Produtividade per Capita. 
A existência da PLR condiciona-se à obtenção de lucro no exercício por parte da 
Companhia, sendo amparada pela Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, e 
regulamentada anualmente por Notas Técnicas e Ofícios da Secretaria de Coordenação e 
Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e 
Gestão – Sest, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil – MTPA, e do 
Conselho de Administração da Codesa – Consad. 
D) Ausência de definição completa e aprovação dos Indicadores que compõem o 
cálculo da Remuneração Variável Anual – RVA dos diretores da Codesa. 
A RVA é um dos componentes da remuneração variável dos diretores da Companhia, 
amparada pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, ao lado do Honorário Variável 
Mensal – HVM, metodologia denominada Programa de Honorário Variável Mensal para 
os dirigentes das Companhias Docas, definida pela antiga Secretaria de Portos da 
Presidência da República – SEP/PR (atual Secretaria Nacional de Portos do Ministério 
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dos Transportes, Portos e Aviação Civil – SNP), por meio do Ofício nº 
177/GM/2014/SEP-PR, de 31 de janeiro de 2014. 
A RVA é um múltiplo de honorário apurado anualmente e pago parceladamente ao longo 
de 4 anos, e concedido de acordo com o atingimento de metas operacionais do porto. O 
HVM é apurado trimestralmente e pago mensalmente em três parcelas iguais, e concedido 
de acordo com o atingimento de metas administrativas de curto prazo definidas pela 
Sest/MP. 
Verificou-se que a Codesa tem acompanhado e apurado o HVM na periodicidade 
estabelecida, porém, no que tange à RVA, somente em 3 de fevereiro de 2017 a 
companhia enviou ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil a proposta de 
remuneração variável anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017, 
consubstanciada na Nota Técnica nº 01/2017, de 17 de janeiro de 2017, elaborada pela 
Coordenação de Gestão Empresarial – Cogemp. O Ministério, por sua vez, encaminhou 
à Sest a referida proposta, cujos indicadores se encontram, em resumo, no quadro a seguir: 
Quadro – Proposta de Indicadores de Gestão a serem utilizados no cálculo da Remuneração Variável 
Anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017 
Indicadores Fórmula Unidade Fonte 
Resultados Anteriores 
Média 
Meta 
2017 2014 2015 2016 
G
lo
b
ai
s 
Execução 
Orçamentária 
de 
Investimentos 
Orçamento 
Executado / 
(Orçamento 
para 
investimento 
anual com 
efetiva 
disponibilidade 
financeira) * 
100 
% Codesa 24.34% 55.64% 35,81% 38,60% 54% 
Ganho de 
Capacidade 
Será calculado 
com base na 
metodologia 
do Plano 
Nacional de 
Logística 
Portuária - 
PNLP 
Toneladas Codesa - - - - 500,00 
Indice de 
Eficiêncía 
Operacional 
(Despesa de 
Pessoal 
(Salários + 
Benefícios + 
Encargos) + 
Custo de 
Pessoal 
(Salário + 
Encargos + 
Benefícios)) / 
Receita 
Líquida 
Operacional 
% 
SDP / 
Antaq 
- - - - 70% 
Índice de 
Desempenho 
Ambiental 
Conforme 
metodologia 
Antaq 
% 
IDA / 
Antaq 
43,92% 46,10% 62,08% 50,7% 63% 
Carga 
movimentada 
por 
funcionário 
próprio 
Toneladas 
movimentadas 
/ Total de 
funcionários 
próprios da 
Companhia 
Tonelada / 
funcionário 
SDP / 
Antaq e 
Siest / 
Dest 
20.443,45 19.779,02 5232,04 15.151,50 19.972 
D
e 
Á
re
a Ações 
realizadas do 
Plano de 
Negócio 
(Valor 
realizado no 
exercício / 
Valor previsto 
para o 
exercício) * 
100 
% 
Execução 
Codesa - - - - 100 
In
d
i
v
id
u
ai
s 
Plano de 
capacitação 
do setor 
Realizado / 
Planejado 
% Codesa - - 12,50% 4% 100 
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24 
Quadro – Proposta de Indicadores de Gestão a serem utilizados no cálculo da Remuneração Variável 
Anual dos dirigentes da Codesa para o exercício de 2017 
Indicadores Fórmula Unidade Fonte 
Resultados Anteriores 
Média 
Meta 
2017 2014 2015 2016 
Avaliação de 
desempenho 
Realizado / 
Planejado 
% Codesa - - - - 75 
Fonte: Nota Técnica nº 01/2017, de 17 de janeiro de 2017, da Cogemp. 
A Sest encaminhou resposta em 7 de março de 2017, consubstanciada na Nota Técnica 
nº 2.628/2017-MP, em suma rejeitando a proposta e requerendo o envio de uma nova 
proposta, nos seguintes termos: 
“[...]4. A CODESA encaminhou proposta de Programa de RVA 2017. Contudo, o aludido 
programa diverge significativamente do Programa de RVA 2016; não se encontra em 
conformidade com as diretrizes pactuadas entre esta Secretaria e o MTPA para o 
Programa de todas as Cias Docas; e ainda não atende as orientações exaradas por esta 
Secretaria por meio do Ofício Circular n° 536/2016-MP de 19.09.16. 
5. Foram identificados os seguintes pontos que precisam de esclarecimentos/ajustes: 
a) não foi encaminhado relatório com as premissas utilizadas para a estipulação de 
metas, tais como: estimativa do comportamento das receitas, custos e despesas; 
Regras gerais: 
b) não menciona a hipótese de reversão das parcelas diferidas em caso de queda de 20% 
ou mais do lucro líquido; 
c) não limita o valor financeiro total a ser recebido por toda a diretoria a 10% do lucro 
líquido; 
d) não explicita o valor do montante em número de honorários; 
e) não vincula as parcelas a serem pagas ao honorário vigente na data do pagamento; 
Indicadores e metas: 
f) a tabela de bonificação não está de acordo com a tabela padrão desta Secretaria; 
g) foram excluídos indicadores considerados padrão das empresas de Docas; 
h) foram incluídos novos indicadores, sem consulta prévia à SEST e, tais indicadores são 
de gestão, não sendo adequados para fins de RVA; e 
i) não há indicador de retomo de capital no nível corporativo. 
6. Ademais, informa-se que a empresa não atendeu às recomendações feitas pela SEST, 
notas técnicas n° 162/2016-MP, de 13.01.16 e n° 7647/2016-MP, de 27.06.16, referentes 
ao programa de RVA 2016, principalmente no que diz respeito à inclusão dos índices de 
eficiência operacional e administrativa.7. Dessa forma, solicita-se que a empresa encaminhe novo programa, aprovado pelo 
Conselho de Administração, alinhado às notas técnicas nº 162/2016-MP, de 13.01.16 e 
n° 7647/2016-MP, de 27.06.16, além das observações desta Nota Técnica, em até 60 
dias.”. 
 
Verificou-se que a proposta para a RVA 2017 foi aprovada apenas ao fim do exercício de 
2017, por meio do Ofício nº 80639/2017-MP, de 11 de outubro de 2017, enviado pela 
Sest, encaminhando a Nota Técnica nº 10.799/2017-MP, que aprovou as regras gerais, 
indicadores e metas do Programa RVA 2017. Cabe notar que, mesmo que não haja lucro 
no exercício, é obrigatório para a Codesa o registro dos indicadores aprovados. 
 
 
##/Fato## 
Causa 
 
Falhas na apresentação de determinados indicadores em relatório de gestão; 
inobservância da frequência de cálculo de indicadores; discordâncias entre a Companhia 
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e a instância de tutela ministerial, no caso a Sest/MP, no tocante à metodologia de 
elaboração de indicadores. 
 
##/Causa## 
Manifestação da Unidade Examinada 
 
“Esta CODESA mantém três programas de controle de gestão por meio de indicadores, 
a saber: Remuneração Variável Anual – RVA e Honorário Variável Mensal – HVM 
beneficiando os dirigentes e Participação nos Lucros ou Resultados – PLR beneficiando 
os empregados. 
A RVA e a PLR são recepcionadas anualmente, ao final de cada exercício, com validade 
para o ano posterior, pela CODESA oriundos da SEST/SNP por meio do instrumento 
denominado Nota Técnica para que a CODESA conheça das metas e indicadores. 
Portanto, dispondo de tempo suficiente para análise e questionamentos quanto aos 
indicadores, e, em sendo necessária alguma alteração\adequação, proceder ao crivo do 
Conselho de Administração com as devidas justificativas solicitando alterações que se 
fizerem necessárias, e, ato continuo, devolução para apreciação da SNP/SEST visando 
acatamento das alterações necessárias e posteriormente a consolidação dos programas. 
Caso a empresa não necessite de tal procedimento, deverá elaborar o seu programa que 
seguirá o rito processual de aprovação na DIREXE, CONSAD, SNP e SEST, nesta ordem, 
onde após sua aprovação resta a implementação e posterior monitoramento ao longo do 
período em questão. 
Com relação aos questionamentos apontados pela CGU, temos a informar: 
1 – Inconsistências na apresentação dos dados de determinados indicadores. 
Efetivamente, nos itens apontados, quais sejam: Movimentação de Carga a Granel e 
Movimentação de contêineres, houve um desencontro entre a fórmula apresentada e o 
critério de medição executado. Não obstante, mesmo com o desacordo procedimental, as 
avaliações foram feitas tomando-se por base a meta a ser atingida. 
Registramos, ainda, que no mês de setembro 2016, recebemos a Nota Técnica ( NT ) da 
RVA 2017, sendo que, após diversas correções/adequações, seu processo de aprovação 
se delongou, efetivando-se somente em Outubro/2017, ainda que com algumas 
condicionantes, que ora estão sendo analisadas para posterior encaminhamento a 
DIREXE/CONSAD. 
2 – Inobservância da frequência de cálculo de indicadores. 
Em decorrência do ato discricionário, caracterizado por decisão de DIREXE 
determinando atualização do Planejamento Estratégico, o que se deu por meio do Plano 
de Negócios, os indicadores propostos pela CODESA se obrigaram ao alinhamento com 
o citado instrumento de Planejamento. Oportuno registrar que a atribuição operacional 
de controle e acompanhamento desta Coordenação de Gestão Empresarial é ato 
vinculado e subordinado, carecendo de uma perfeita sintonia entre recepção de dados e 
informações ( coletânea ) elaborado e encaminhados por cada uma das instâncias 
administrativas desta CODESA, sendo, portanto, um fluxo de trabalho dependente, 
funcionando com uma causa ( elaboração e remessa ), tarefa das demais instâncias, e, 
uma consequência ( recepção, tabulação e encaminhamento ), tarefa desta COGEMP, 
tendo ocorrido um “ vácuo “ por força da solução de continuidade no período em tela. 
Apesar de todo relatado, não observamos, salvo melhor entendimento, qualquer prejuízo 
na apuração final dos resultados. 
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3 – Ausência da apresentação integral no Relatório de Gestão, dos indicadores que 
compõem o cálculo da PLR dos empregados da CODESA. 
Efetivamente, ocorreu uma ausência de parte mínima de indicadores que compunham o 
cálculo da PLR 2016. Não obstante, salvo melhor entendimento, tal supressão, 
involuntária, bom que se registre, não teve qualquer efeito prejudicial na distribuição da 
PLR 2016 aos empregados desta CODESA. 
4 – Ausência de definição completa e aprovação dos Indicadores que compõem o cálculo 
da RVA dos diretores da CODESA. 
Efetivamente, em uma análise preliminar, esta CODESA entendeu que os indicadores 
apresentados para composição do cálculo da RVA dos diretores para 2017 poderiam ser 
aperfeiçoados e adequados ao nosso cotidiano de negócios com a inclusão de 
indicadores mais arrojados e desafiadores, com a perspectiva de obtenção de um maior 
lucro e resultado, o que tinha por meta aumentar, em um movimento ganha-ganha, os 
dividendos a serem distribuídos. Tendo, portanto, seguido o fluxo autorizativo para 
implementação desses novos indicadores, envolvendo DIREXE, CONSAD e SEST/SNP. 
Após a primeira tentativa de alteração, fomos rechaçados pelas instâncias superiores de 
Brasília, apesar de termos logrado aprovação do nosso CONSAD. Em um segundo 
momento, procedemos ao reencaminhamento, tendo sido reafirmado que deveríamos 
adequar-nos ao mesmo procedimento de todas as demais Docas. No mês de outubro 
último recebemos a decisão final da SEST aprovando o Programa RVA 2017 na 
formatação original ou seja, definitivamente, não foram aceitas nossas propostas, ainda 
que inovadoras e desafiadoras em nosso entendimento.” 
##/ManifestacaoUnidadeExaminada## 
Análise do Controle Interno 
 
No tocante às inconsistências na apresentação de determinados indicadores em relatório 
de gestão, a companhia concordou com o ocorrido. 
 
Quanto à inobservância da frequência de cálculo de indicadores de gestão, constata-se 
que, de forma geral, a sua apuração está focada no objetivo de atender o cálculo de 
remuneração variável de dirigentes e de participação nos lucros dos empregados, sendo 
feita uma vez por ano, usualmente após o encerramento do exercício. Portanto, os 
indicadores calculados intempestivamente não têm se prestado à sua função principal, 
que é servirem de instrumentos gerenciais para subsidiar a identificação de eventuais 
medidas a serem adotadas pelos gestores ao longo do ano. 
 
Especificamente para o exercício de 2017, a intempestividade na definição desses 
indicadores decorreu de discordâncias entre a Companhia e a instância de tutela 
ministerial, no caso a Sest, fazendo com que a Companhia atravessasse quase todo o ano 
sem uma definição do conjunto de indicadores de gestão, o que inviabilizou a gestão 
cotidiana por meio de indicadores. 
 
No que tange à ausência de apresentação integral, no Relatório de Gestão de 2016, dos 
indicadores que compõem o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados – PLR dos 
empregados da Codesa, cabe consignar que, a despeito dessa falha na transparência da 
gestão da companhia, não foi identificado efeito prejudicial à empresa na distribuição da 
PLR 2016 aos empregados da Codesa. No exercício de 2017, a empresa apresentou 
prejuízo e, por conseguinte, não houve distribuição da PLR 2017 aos seus empregados. 
 
Por fim, a constatação do atraso na definição completa e aprovação dos indicadores que 
compõem o

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