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CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0216 Título Caso Concreto 2 Descrição O Contratualismo possa ser considerado um tipo de teorização bastante cara não somente ao campo da chamada Ciência política, mas também à Filosofia e ao Direito, é difícil precisar e delimitar sua área de alcance. Embora os principais contratualistas sejam oriundos do campo da filosofia (como se sabe, Hobbes, Locke e Rousseau são nomes consagrados no campo filosófico), a teoria construída se estende largamente por todas as demais áreas citadas. Assim, o contratualismo, como uma linha teórica abrangente, tem por pretensão analisar os fundamentos que explicam o surgimento da sociedade, do Estado, bem como aqueles que justificam a autoridade política. Porém, ao seguirmos este caminho, acabamos, consequentemente, por nos defrontar com conceitos fundamentais da área da Política, que adquirem sentido quando associados às premissas teóricas do contratualismo.( Livro do Proprietário: Ciência política / Marcelo Machado Lima ; Guilherme Sandoval Góes. Rio de Janeiro : SESES, 2015, pag. 46) Diante do texto acima e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 2, responda: a) Para Hobbes o estado de natureza é de paz? Justifique sua resposta. b) Para Hobbes o pacto seria de submissão ou de cooperação entre os indivíduos e o governante? Justifique sua resposta. c) Qual a finalidade do Estado em Hobbes? Justifique sua resposta. RESPOSTAS A) Não, Hobbes afirma que o estado de natureza dos homens podem todas as coisas. Por isso, eles utilizam todos os meios disponíveis para consegui-las. Podemos fortalecer isso com a citação do livro, Ciências Politicas dos autores Guilherme Sandoval Góes e Marcelo Machado Lima, quando no capítulo 2, no item sobre “O estado de naturaza em Hobbes” diz que “Na falta de um poder superior que limitasse o poder de cada um, é aquele orgulho e aspiração de glória a que nos referimos acima, que vai transformar “o homem em lobo do próprio homem”. Observe que neste caso não teríamos nem mesmo uma organização social, razão pela qual se diz que o homem hobbesiano é “associal”. Isso acarreta um estado de guerra per-pétuo, que Hobbes define como a “guerra de todos contra todos”, em que a vio-lência parece ser incontornável.” B) Subordinação. Para Hobbes os individuos se submetem ao Estado. Conforme citado no livro de Ciências Políticas cap. 2 “De toda forma, é de observar que a soberania do Estado é absoluta porque é resultado da renúncia de direitos ilimitados do indivíduo em favor do gover-nante. Por isso, nenhum dos sujeitos (participantes do acordo) estará autoriza-do a censurar qualquer ação do Estado, porque cada um autorizou previamente essa ação, reconhecendo-a como sua.” C) A finalidade de Estado para Hobbes é tripla. Sendo elas, segundo o livro Ciências Políticas, “a) representar os cidadãos, pois, personificando aqueles que a ele (Estado) livremente delegaram todos os seus direitos e poderes, encontra legi-timada a submissão de todos à sua autoridade soberana;b) assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopo-lizando o uso da força estatal (este ponto será retomado por Max Weber, no Século XX, que reafirmará este poder monopolístico do Estado de usar legiti-mamente, em seu território, a força física e a coerção, a fim de garantir a ordem legal);c) ser a única fonte da lei, porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto.” CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0216 Título Caso Concreto 4 Descrição Com mais de 26 milhões de pessoas, os curdos formam a maior nação do mundo sem Estado. Essa nação está distribuída nos territórios da Armênia, Azerbaijão, Irã, Iraque, Síria e Turquia. Nesse sentido, esse grupo étnico reivindica a criação de um país próprio, denominado Curdistão.(https://alunosonline.uol.com.br/geografia/oscurdos.html Pergunta-se: Podemos afirmar que os curdos formam um Estado, mesmo sem ter um território? Justifique sua resposta. RESPOSTA Não formam um Estado. Segundo Celso Ribeiro Bastos existem cinco elementos do Estado: (1) povo; (2) território; (3) governo; (4) ordem jurídica: leis; (5) poder. “No nosso Curso de teoria do Estado e ciência política tivemos o ensejo de definir o Estado como a ‘organização política... resultante de um povo vivendo sobre um território delimitado e governado por leis que se fundam num poder não sobrepujado por nenhum outro externamente e supremo internamente...” (BASTOS, 1990, p. 7) Sendo assim, Curdos é considerado uma nação. Conforme vemos a definição segundo Prof. Rodolfo F. Alves Pena “Uma Nação, por sua vez, é um conceito um pouco mais subjetivo que o de Estado, estando relacionada com questões de identidade da população, cultura, idioma, valores históricos, entre outros fatores. Por isso, uma nação pode não corresponder necessariamente a um Estado, ou sequer possuir um, como é o caso dos Curdos, que vivem no Oriente Médio e são conhecidos como a maior nação sem Estado do mundo.” https://alunosonline.uol.com.br/geografia/oscurdos.html https://alunosonline.uol.com.br/geografia/oscurdos.html CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0216 Título Caso Concreto 6 Descrição O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno estando expresso em praticamente todas as constituições modernas. A Constituição brasileira tem alguns dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal referência, senão vejamos: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; (...) III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; (...) Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. (...)? (grifo nosso) Diante do acima exposto, pergunta-se: a) Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? RESPOSTA No Art. 4 temos o aspecto interno e externo. Sendo o interno voltado a supremacia estatal e o externo independência. Segundo o livro Ciências Políticas, “Internamente, o conceito de soberania acaba por expressar uma específi-ca situação de quem comanda, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, a soberania também pode significar, sob uma perspectiva externa, o atributo que possui o Estado Nacional de não ser submetido às vontades estatais estrangeiras, já que situado em posição de igualdade para com elas. Nessa linha, a soberania consiste na capacidade de subsistência por si da ordem jurídica estadual, não dependente quanto à sua validade, de qualquer outra ordem jurídica. Somente o Estado é dotado de soberania, pois é ela que o distingue de todas as outras comunidades ou pessoas coletivas de direito in-terno que, no limite, podem tão somente ser dotadas de autonomia (é o caso de cada um dos Estados da Federação).” Já no Art. 14, trata-se da soberania popular não com conceito de Estado. É a Democracia (manifestação da soberania popular). Segundo Rousseau “Soberania popular é a doutrina pela qual o Estado é criado e sujeito à vontade das pessoas, que são a fontede todo o poder político”
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