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TCC ESTEIRA TRANSPORTADORA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS 
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a 
promoverem as transformações futuras”. 
 
 
 
 
 
GUILHERME MANDELLI CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA PARA MANDIOCA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu - PR 
2019 
 
 
 
GUILHERME MANDELLI CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA PARA MANDIOCA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao corpo docente do Centro 
Universitário Dinâmica das Cataratas, 
como requisito parcial de avaliação da 
disciplina de Trabalho de Conclusão de 
Curso (TCC II) do Curso de Engenharia 
Mecânica. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Katiani Pereira 
da Conceição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu – PR 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C266p Cardoso, Guilherme Mandelli 
 Projeto de uma esteira transportadora para mandioca / 
Guilherme Mandelli Cardoso - Foz do Iguaçu: UDC / 2019 
 
 Orientadora: Dra. Katiani Pereira da Conceição 
 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
 Centro Universitário Dinâmica das Cataratas 
 
1.Automação. 2.Trabalho Manual. 3.Transporte 
 
CDU:658 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a memória de meu pai Osmar Silveira Cardoso. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço minha mãe Nair Mandelli, meu pai Osmar Silveira Cardoso, meu 
irmão Gabriel Mandelli Cardoso e minha namorada Alessandra Castilho pelo o apoio, 
paciência e incentivo prestados. 
A orientadora Katiani Pereira, pelo apoio no desenvolvimento deste projeto e 
pela ajuda nos momentos de dúvida. 
A meus amigos Bruno Feitas, Carlos Gava, Luan Martins, Wesley Martins por 
todos os anos de amizade, apoios e incentivos prestados em todos momentos da 
minha vida. 
Ao coordenador Daniel Salinas que sempre incentivou e ajudou durante todo o 
curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quando tudo parecer dar errado em sua 
vida, lembre-se que o avião decola contra o 
vento, e não a favor dele”. 
Henry Ford 
 
RESUMO 
 
CARDOSO, Guilherme Mandelli. Projeto de uma esteira transportadora para 
mandioca. Foz do Iguaçu: UDC, 2019. (Trabalho de Conclusão de Curso). 
 
O projeto da Esteira transportadora automatizada foi idealizado com a necessidade 
de mecanização do processo de transporte de mandioca através de experiências 
vividas durante um período de 10 anos de trabalho na indústria de mandiocas Santa 
Terezinha, pois foi observado que a maioria dos trabalhos são feitos de maneira 
manual nos processos de fabricação do produto. A automação em algumas partes da 
empresa se mostra totalmente benéfica para o aumento de produção e velocidade do 
produto, além de diminuir o trabalho manual de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente do funcionário de acordo com NR 17. A 
automação das empresas vem trazendo vantagens em vários quesitos desde a 
revolução industrial. A necessidade de implementar uma esteira se deve a maior 
facilidade e rapidez para o transporte de mandiocas. 
 
Palavras chave: Automação, trabalho manual, transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
CARDOSO, Guilherme Mandelli. Design of a mat carrier to cassava. Foz do Iguaçu: 
UDC, 2019. (Course Conclusion Work). 
 
The automated conveyor belt project was conceived with the need of mechanization 
of the transportation process of cassava through experiences during a 10-year period 
of work in Santa Terezinha cassava industry, and it was observed that most of the 
duties in the product manufacturing processes are done manually. The automation in 
some parts of the company proves to be totally beneficial for the production and speed 
of the product increase, as well as reducing manual labor to provide comfort, safety, 
and efficient employee performance, according to NR 17.The need to install a 
conveyor is greater and faster to transport cassava. A design and study of all the 
advantages that will be made available as a conveyor will be done using the knowledge 
acquired during the course, being designed and simulated through the SolidWorks 
software. Seeking, therefore, to be an easy operation equipment, agile to use and able 
to occupy a space that does not disturb or affect the company’s operation. 
 
Keywords: Automation, manual work, transportation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Esteira usada no século 18. ..................................................................... 18 
Figura 2 - Esquemático de uma esteira transportadora. ........................................... 19 
Figura 3 - Componentes da correia-carcaça. ........................................................... 20 
Figura 4 - Cobertura superior e inferior. ................................................................... 21 
Figura 5 - Emenda Vulcanizada. .............................................................................. 21 
Figura 6 - Emenda mecânica. ................................................................................... 22 
Figura 7 - Motor elétrico............................................................................................ 23 
Figura 8 - Redutor de eixos paralelos ....................................................................... 24 
Figura 9 - Acoplamento flexível. ............................................................................... 25 
Figura 10 - Acoplamento hidrodinâmico. .................................................................. 25 
Figura 11 - Mancal bipartido. .................................................................................... 26 
Figura 12 - Inversor de frequência escalar. .............................................................. 26 
Figura 13 - Volante de inercia. .................................................................................. 27 
Figura 14 - Roletes de carga. ................................................................................... 28 
Figura 15 - Rolete em catenária. .............................................................................. 28 
Figura 16 - Rolete auto alinhador. ............................................................................ 29 
Figura 17 - Rolete Guia e rolete Guia Superior com Rosca. .................................... 30 
Figura 18 - Tambor. .................................................................................................. 31 
Figura 19 - Tambor de acionamento com eixo para acoplamento no motor e tambor 
de retorno. ................................................................................................................. 31 
Figura 20 - Tambor magnético. ................................................................................ 33 
Figura 21 - Limpadores por jato d’água. ................................................................... 33 
Figura 22 - Limpador em V com camada de borracha. ............................................ 34 
Figura 23 - Raspador de lâminas simples ................................................................ 35 
Figura 24 - Freio eletromagnético com duas sapatas. .............................................. 36 
Figura 25 - Guias laterais. ........................................................................................ 37 
Figura 26 - Borracha de ligação e alma. ................................................................... 37Figura 27 - Esticador por gravidade e parafuso. ....................................................... 38 
Figura 28 - Local onde será projetada a esteira transportadora ............................... 43 
Figura 29 - Gráfico para encontrar os roletes. .......................................................... 50 
Figura 30 - Gráfico de potência para acionar o transporte vazio. ............................. 52 
Figura 31 - Gráfico de potência para deslocamento de um material. ....................... 53 
file:///C:/Users/ALISSON/Downloads/GUILHERME%20MANDELLI%20CARDOSO%20FINAL.docx%23_Toc26484846
 
Figura 32 - Motor ideal para esteira. ......................................................................... 57 
Figura 33 - Motoredutor da esteira transportadora. .................................................. 58 
Figura 34 - Inversor de frequência CFW300............................................................. 60 
Figura 35 - Projeto e dimensões da estrutura da esteira. ......................................... 62 
Figura 36 - Vista horizontal da estrutura da esteira. ................................................. 62 
Figura 37 - Vista frontal da esteira. ........................................................................... 63 
Figura 38 - Vista superior da esteira. ........................................................................ 64 
Figura 39 - Esteira simulada por Von Misses ........................................................... 65 
Figura 40 - Simulação por energia de deformação ................................................... 66 
Figura 41 - Energia de deformação por deslocamento ............................................. 67 
Figura 42 - Imagem da esteira projetada no SolidWorks .......................................... 69 
Figura 43 - Imagem da esteira projetada no SolidWorks .......................................... 70 
Figura 44 - Imagem da esteira projetada no SolidWorks .......................................... 70 
Figura 45 - Imagens detalhadas do projeto realizado no SolidWorks ....................... 71 
Figura 46 - Tempo para descarregar a mandioca .................................................... 72 
Figura 47 - Aumento de produção estimado com a esteira ...................................... 73 
Figura 48 - Pesquisa realizada entre os funcionários da empresa. .......................... 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Especificações da esteira. ....................................................................... 42 
Tabela 2 - Fatores de correção da capacidade. ........................................................ 45 
Tabela 3 - Velocidades recomendadas ..................................................................... 45 
Tabela 4 - Capacidade Volumétrica dos Transportadores ........................................ 45 
Tabela 5 - Peso médio da correia, valores aproximados. ......................................... 48 
Tabela 6 - Tipos de esticador da correia. .................................................................. 48 
Tabela 7 - Tipo de serviço que vai ser executado. .................................................... 48 
Tabela 8 - Característica do Material. ....................................................................... 49 
Tabela 9 - Gráfico para encontrar os espaçamentos entre os roletes. ..................... 50 
Tabela 10 - Carga máxima no eixo do rolete ............................................................ 51 
Tabela 11 - Tabela de potência para acionar o transportador vazio (Nv). ................ 52 
Tabela 12 - Tabela de potência para deslocar 100 t/h de material em um comprimento 
L. ............................................................................................................................... 53 
Tabela 13 - Tabela de escolhas do conjunto de acionamento. ................................. 56 
Tabela 14 - Escolha do motor. .................................................................................. 57 
Tabela 15 - Resumo das características técnicas ..................................................... 57 
Tabela 16 - Especificações do Motoredutor .............................................................. 59 
Tabela 17 - Especificações do inversor de frequência CFW300............................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
NBR - Norma Brasileira Registrada 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
CEMA - Conveyor Equipment Manufacturers Association 
NR - Norma Regulamentadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 15 
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................... 16 
1.1.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................... 16 
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS. ........................................................... 16 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 17 
2.1 A HISTÓRIA DA AUTOMAÇÃO ....................................................... 17 
2.2 ESTEIRA TRANSPORTADORA ....................................................... 17 
2.3 COMPONENTES DE UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA........... 19 
2.3.1 CORREIA ........................................................................................ 19 
2.3.1.1 Carcaça...................................................................................... 20 
2.3.1.2 Cobertura superior e inferior ...................................................... 20 
2.3.1.3 Emenda das correias ................................................................. 21 
2.3.2 CONJUNTO DE ACIONAMENTO ................................................... 22 
2.3.2.1 Motores ...................................................................................... 22 
2.3.2.2 Redutores .................................................................................. 24 
2.3.2.3 Acoplamentos ............................................................................ 24 
2.3.2.4 Mancais...................................................................................... 25 
2.3.2.5 Inversor de Frequência .............................................................. 26 
2.3.2.6 Volante de inércia ...................................................................... 27 
2.3.3 ROLETES ........................................................................................ 27 
2.3.4 TAMBORES ..................................................................................... 30 
2.3.5 ACESSÓRIOS DE LIMPEZA ........................................................... 33 
2.3.5.1 Limpadores por jato d’água ........................................................ 33 
2.3.5.2 Limpadores Simples .................................................................. 34 
2.3.5.3 Chapas de proteção ................................................................... 34 
2.3.5.4 Raspadores ................................................................................ 34 
2.3.5.5 Viradores de correia ................................................................... 35 
2.3.6 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA .................................................. 35 
2.3.6.1 Freios ......................................................................................... 36 
2.3.6.2 Contra recuos ............................................................................ 36 
 
2.3.7 GUIAS LATERAIS ........................................................................... 36 
2.3.8 BORRACHA DE LIGAÇÃO E ALMA ................................................ 37 
2.3.9 ESTICADORES ...............................................................................38 
2.3.10 CHUTE .......................................................................................... 39 
2.3 NORMAS........................................................................................... 39 
3. MATERIAS E MÉTODOS ...................................................................... 42 
3.1 DADOS DA ESTEIRA A SER PROJETADA E DIMENSIONADA ........ 42 
3.2 LEVANTAMENTOS FEITOS NO DIA A DIA DE TRABALHO NA 
EMPRESA MANDIOCA SANTA TEREZINHA ...................................................... 44 
3.3 DIMENSIONAMENTO DA ESTEIRA .................................................... 44 
3.3.1 CAPACIDADE DO TRANSPORTADOR .......................................... 44 
3.3.1.1 Fator de correção da capacidade .............................................. 44 
3.3.1.2 Velocidades máximas recomendadas em m/s ........................... 45 
3.3.1.3 Capacidade Volumétrica dos Transportadores .......................... 45 
3.3.2 SELEÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA CORREIA ...................... 46 
3.3.2.1 Seleção da largura da correia .................................................... 47 
3.3.2.2 Cálculo de tensões na correia .................................................... 47 
3.3.3 ESCOLHA DO ESTICADOR DA CORREIA .................................... 48 
3.3.4 SELEÇÃO DE ROLETES ................................................................ 48 
3.3.4.1 Espaçamento entre os roletes ................................................... 50 
3.3.4.2 Carga máxima suportada pelo tipo de rolamento escolhido ...... 50 
3.3.5 CÁLCULO DA POTÊNCIA DE ACIONAMENTO ............................. 51 
3.3.5.1 Potência para acionar o transporte vazio ................................... 51 
3.3.5.2 Potência para deslocamento de um material ............................. 52 
3.3.5.3 Tensao efetiva da correia........................................................... 55 
3.3.6 DIMENSIONAMENTO DE TAMBORES .......................................... 55 
3.3.7 CONJUNTO DE ACIONAMENTO ................................................... 56 
3.3.8 SELEÇÃO DO MOTOR IDEAL PARA ESTEIRA ............................. 57 
3.3.9 MOTOREDUTOR ............................................................................ 58 
3.3.10 INVERSOR DE FREQUÊNCIA ...................................................... 59 
3.3.11 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA INICIAL ......................... 61 
3.3.11.1 Tensão de Von Misses ............................................................ 65 
3.3.11.2 Energia de deformação ............................................................ 65 
 
3.3.12 ESCOLHA DE FREIOS E CONTRA RECUOS .............................. 67 
3.3.12.1 Dimensionamento do freio ....................................................... 68 
4. DISCUSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 69 
4.1 VIABILIDADE DO PROJETO ............................................................... 71 
4.2 MELHORIA DA QUALIDADE DO PRODUTO ...................................... 73 
4.3 RELAÇÃO DA ESTEIRA COM OS COLABORADORES ..................... 75 
5. CONSIDERAÇOES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS 
FUTUROS ................................................................................................................. 78 
5.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 78 
5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................... 78 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 80 
 
 15 
1. INTRODUÇÃO 
 
A automação industrial surgiu em 1920, quando um engenheiro americano 
chamado Henry Ford criou as linhas de montagem automobilística, e notou que era 
muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado, em que o 
automóvel passava por uma esteira de montagem em movimento e os operários 
colocavam as peças. A partir disso, a tecnologia vem se tornando fundamental em 
diversas áreas de automação industrial. Um processo ou procedimento realizado 
através da tecnologia, sem intervenção humana, pode ser definido como automação 
(SNOW, 2014; PRUDENTE, 2013). 
A idealização de uma máquina surge para suprir ou satisfazer uma necessidade 
industrial, comercial ou de lazer. Pretende-se com esse projeto, os tais objetivos: 
aumentar o controle de qualidade dos produtos, minimizar o tempo de produção, 
remover movimentos manuais dispensáveis garantindo a redução de tarefas que não 
sejam ergonomicamente aceitáveis, aumentar a capacidade de produção e, 
agregando todos esses objetivos, consequentemente reduzindo os custos para a 
empresa. 
A história de correias transportadoras começa na segunda metade do século 
XVII. O sistema de correia transportadora e de trabalho era muito simples nos 
primeiros dias, possuíam uma cama de madeira lisa e um cinto que viajava sobre a 
cama de madeira. Logo, começaram a ser feitas de lona, couro ou borracha 
(TRATORAÇO, 2011). 
As esteiras transportadoras são fundamentais, pois, através do seu uso 
consegue-se reduzir tempo e aumentar a velocidade de produção. O que facilita o 
transporte dentro da indústria em maior escala e menor tempo, por isso é comum 
localizar vários tipos de esteiras transportadoras nas indústrias. Para Canavezi et al 
(2008) a esteira é a melhor opção para se ter uma maior velocidade no transporte de 
materiais em uma célula de manufatura, agilizando a produção. 
Sabemos que existem modelos e mecanismos diferentes de esteiras 
transportadoras, sendo assim, é necessário definir a aplicação que será exercida pela 
mesma. Definindo o modelo, será projetado no software SolidWorks, trazendo uma 
abordagem mais ampla e detalhada do projeto, simulando as condições de trabalho 
que a esteira será solicitada. Logo após essa etapa, será feito um plano de 
manutenção preventiva evitando possíveis problemas e danos futuros. 
 16 
O presente trabalho foi idealizado após um período de 10 anos de trabalho na 
empresa Mandioca Santa Terezinha, que produz e comercializa mandioca. 
Observando-se que a sua produção é realizada de maneira totalmente manual e 
arcaica, evidenciando o potencial para um projeto de automação em suas etapas de 
produção. 
Juntamente com as vantagens na operação e produtividade, objetiva-se 
projetar uma esteira transportadora que efetue a locomoção de mandioca por uma 
distância de 10 metros, e altura de 1,0 metro, a fim de facilitar o processo que é 
executado de maneira braçal, passando a função a uma máquina, reduzindo assim a 
fadiga do operador. 
Diante disso, é feito um estudo detalhado de suas partes e suas localizações, 
formas, tamanhos, montagem e componentes, tais como: roletes, tambores, mancais, 
motor, sensores, entre outros. 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
 
O objetivo geral desse trabalho é projetar uma esteira transportadora para a 
empresa de Mandioca Santa Terezinha, especificamente na área de locomoção e 
transportes de mandioca. 
 
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 
 
• Dimensionar a esteira transportadora; 
• Analisar quais as melhorias que a esteira poderá trazer para a empresa e o 
funcionário; 
• Fazer um estudo sobre o rendimento e tempo de produção com a 
implementação da esteira; 
• Redução do tempo ocioso na linha de produção. 
 
 
 
 17 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 A HISTÓRIA DA AUTOMAÇÃO 
 
O marco inicial da Automação Industrial foi no século XVIII, com o surgimento 
da máquina a vapor, que proporcionou um aumento na produção manufatureira, que 
ocasionou a I Revolução Industrial. No século seguinte, a indústria cresceu e ganhou 
mais espaço, novas fontes de energia e a substituição do ferro pelo aço dispararam o 
desenvolvimento de indústrias na Europa e EUA. Neste cenário, nos anos seguintes, 
criaram os chamados relés, que eram dispositivos mecânicos, que rapidamente 
tomaram conta do contexto industrial. Atodas essas circunstâncias, e a outras que 
vinham surgindo, foi denominada a II Revolução Industrial. Mesmo com todas essas 
transições, no início do século XX, os ambientes fabris ainda realizavam os processos 
de automação de maneira muito primitiva (ROGGIA, FUENTES, 2016) 
Em 1909, surgiu uma ideia que mudou o bruscamente a indústria 
contemporânea, desenvolvida por Henry Ford e propagando-se até os dias atuais. O 
mesmo, idealizou a chamada Linha de Montagem, que foi o estopim para o grande 
desenvolvimento industrial (SNOW, 2014). 
Como um dos principais objetivos da Automação, pode-se destacar o aumento 
de produtividade, a viabilidade técnica e econômica e o maior aproveitamento da 
matéria prima que reduzirá os estoques. Sendo assim, a revolução e a evolução da 
automação são fatos e vem crescendo exponencialmente. De forma que as indústrias 
avaliem automatizar seus processos buscando crescer juntamente com as 
tecnologias, equipamentos e máquinas que vem se desenvolvendo (BRUCIAPAGLIA, 
2000). 
 
2.2 ESTEIRA TRANSPORTADORA 
 
A esteira transportadora consiste em duas ou mais polias que transportam 
materiais ou objetos ao longo de uma superfície. Que servem para redução de tempo 
e custos nas indústrias, podendo ser automatizados ou não, dependendo da 
necessária para cada indústria (ZURICH, 2012). 
Em meados do século XVII, teve início a história das esteiras. Em 1795, elas 
começam a ser um meio de transporte popular de materiais a granel. No ano de 1892, 
 18 
foi criada uma esteira transportadora para realizar o transporte de carvão, metal e 
outros produtos, idealizada por Thomaz Robins, na Figura 1 é possível visualizar uma 
esteira usada no século 18. Após alguns anos, criou-se também esteiras produzidas 
por meio do aço (SACRAMENTO, 2011). 
Segundo Snow (2014) na segunda guerra mundial, as esteiras transportadoras 
começaram aparecer no mercado devido a inclusão das correias transportadoras 
sintéticas. Precisa-se destacar, que Ford teve significativa importância na história das 
esteiras. Pois, o fabricante de automóveis usou o equipamento na montagem de seus 
veículos. Composto por uma prancha de madeira e sobre ela um cinto, era assim 
inicialmente o sistema, bem fácil e útil. As correias transportadoras foram feitas de 
borracha, lona ou couro. Construídas de modo bastante primitivo, mas mesmo assim 
de grande utilidade para o transporte de matérias de um lugar para outro (BORMAX, 
2017). 
Figura 1 - Esteira usada no século 18. 
 
Fonte: http://engenharia24h.blogspot.com/2015/07/correia-transportadora-historia.html 
Acesso em 21/05/2019. 
 
Atualmente, são fabricadas com uma grande diversidade de materiais. Levando 
em consideração a carga a ser aplicada, atrito e a distância que será necessário o 
transporte. Depois de levantar essas especificações poderá ser determinada a sua 
aplicação e realização. Os processos industriais podem ser realizados com maior 
rapidez, produzindo maior quantidade em menos tempo, por meio da instalação de 
esteiras transportadoras (ELETROBRAS, 2009). 
 Na produção em larga escala gera-se maior peso, impedindo muitas vezes, 
que a movimentação seja feita de forma manual ou através de outros equipamentos. 
Necessitando da instalação de esteiras transportadoras (VIEIRA, 2009). 
http://engenharia24h.blogspot.com/2015/07/correia-transportadora-historia.html%20Acesso%20em%2021/05/2019
http://engenharia24h.blogspot.com/2015/07/correia-transportadora-historia.html%20Acesso%20em%2021/05/2019
https://www.fabrimetalarmazenagem.com.br/blog/sistemas-de-armazenagem-e-movimentacao/
 19 
No Brasil, aproximadamente 80% de esteiras transportadoras estão instaladas 
em mineradoras, siderúrgicas e empresas de celulose, com a largura máxima de 48". 
O restante, 20%, está em correias de 49" até 100" (MERCURIO, 2019). 
 
2.3 COMPONENTES DE UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA 
 
Uma esteira transportadora é constituída por vários componentes, todos com 
suas devidas funções, vamos detalhar e mostrar todos componentes necessários para 
realização de uma esteira (SACRAMENTO, 2011). A Figura 2 é apresentado um 
esquemático de alguns componentes que compõe a esteira transportadora. 
 
Figura 2 - Esquemático de uma esteira transportadora. 
 
Fonte: Transportadores Contínuos para Granéis Sólidos (2011). 
 
2.3.1 CORREIA 
 
A correia é o principal componente da esteira transportadora, representando 
uma boa parte do investimento inicial, pois é o componente que sempre estará em 
contato com o material a ser transportado, assim necessitando ter uma alta resistência 
a tensões, flexões e impactos. É através do seu movimento que gera o transporte 
(NORTON, 2013; FAÇO, 1996). 
Fatores para levar em considerações para escolha da correia certa: 
• Tempo de percurso da correia; 
 20 
• Capacidade do transportador; 
• Características do material a ser transportado; 
• Tensão máxima; 
• Largura da correia; 
• Tipo de rolete; 
• Condições de serviços. 
A correia transportadora basicamente é formada por: 
 
2.3.1.1 Carcaça 
 
A carcaça é o componente que deve suportar as flexões e tensões causadas 
durante o funcionamento do transportador, além de suportar os impactos causados 
pelos materiais transportados, mantendo a estabilidade e alinhamento necessário 
para o correto funcionamento da esteira transportadora, mais habitualmente 
fabricadas construídas por fibras têxteis que são mais comuns e economicamente 
mais viáveis, ou cabos de aços que são mais usadas para longas distancias e para 
altas capacidades. Na Figura 3 é possível visualizar os componentes de uma correia-
carcaça (ELETROBRAS, 2009). 
 
Figura 3 - Componentes da correia-carcaça. 
 
Fonte: http://www.multibelt.com.br/camadas-correia-transportadora-multibelt/ Acesso em 21/05/2019. 
 
2.3.1.2 Cobertura superior e inferior 
 
As coberturas são projetadas para proteger a carcaça de todos os danos e 
http://www.multibelt.com.br/camadas-correia-transportadora-multibelt/
 21 
deterioração que podem ocorrer com o funcionamento da esteira, geralmente é usado 
borracha vulcanizadas para fazer as coberturas, assim como pode-se visualizar na 
Figura 4 (MERCURIO, 2019). 
 
Figura 4 - Cobertura superior e inferior. 
 
Fonte: Mercúrio, 2019. 
 
2.3.1.3 Emenda das correias 
 
De acordo com Gavi (2011) uma das principais responsáveis para a maior 
resistência da correia são as emendas, são dois tipos usadas para tal processo a 
ementa vulcanizada ilustrada na Figura 5 e a emenda mecânica ilustrada na Figura 6: 
 
• Emenda vulcanizada: A vulcanizada garante uma vida útil e resistência maior, 
porem seu custo é bem mais elevado e o processo de emenda leva mais tempo 
para ser realizada (MERCURIO, 2019). 
 
Figura 5 - Emenda Vulcanizada. 
 
Fonte: http://www.borboremaservicos.com.br/area-de-atuacao/vulcanizacao-de-correia-
transportadora.html Acesso em 18/05/2019. 
 
http://www.borboremaservicos.com.br/area-de-atuacao/vulcanizacao-de-correia-transportadora.html
http://www.borboremaservicos.com.br/area-de-atuacao/vulcanizacao-de-correia-transportadora.html
 22 
 
• Emenda mecânica: A emenda mecânica traz como vantagens econômicas e 
aplicações com maior facilidade e rapidez, porem podem causar danos aos 
componentes da esteira como roletes, raspadores, tambores entre outros, pois 
produzem uma superfície áspera e expõe a correia na parte que será cortada 
a umidade e ao contato direto ao material a ser transportado, causando danos 
a carcaça (GAVI, 2011). 
 
Figura 6 - Emenda mecânica. 
 
Fonte: http://www.vulcamil.com.br/servicos.php Acesso em 21/05/2019. 
 
2.3.2 CONJUNTO DE ACIONAMENTO 
 
O conjunto de acionamentos são os responsáveis de movimentar a esteira 
transportadora, produzindo torque no tambor e controlando sua velocidade de 
trabalho. O conjunto pode ser fixado no caso de potencias maiores ou parafusado no 
caso de menores potência, localizado no centro, no retorno e na cabeceirada esteira 
transportadora. Para seu dimensionamento são estudados o sentido da correia, o tipo 
de esteira, tensões presentes, espaço e potência (ELETROBRAS, 2009). 
Seus componentes são: 
 
2.3.2.1 Motores 
 
O motor é o núcleo da esteira transportadora, responsável por movimentar a 
correia, acionar o torque e de gerar o torque para o tambor motriz trabalhar. 
Geralmente usa dois tipos de motores (SACRAMENTO, 2011). 
Fatores importantes que devem ser analisados para a escolha do motor são as 
velocidades constantes, condições de frenagem, diâmetro das rodas, massa, 
http://www.vulcamil.com.br/servicos.php%20Acesso%20em%2021/05/2019
 23 
geometria, forças requerias no acionamento, condições de serviços, tipo de 
movimento a ser realizado, coeficientes de segurança, reversões com carga/sem 
carga, número de partidas requeridas pelo acionamento (NORTON, 2013). 
 
• Motores elétricos: Os motores elétricos transformam energia elétrica em 
energia mecânica. As vantagens que os motores elétricos trazem e o porquê 
são os mais utilizados se dá pelo seu baixo custo, facilidade de instalação e 
limpeza, simplicidade na manutenção e operação, e flexibilidade de tensões e 
variações de carga na correia. Os problemas que os motores elétricos podem 
causar é que devido ao seu uso demasiado ocasionando a queima, em vez de 
realizar a troca de motor ele acaba sendo rebobinado, acarretando na perca de 
rendimento e diminuição no fator de potência tornando se uma circunstância 
desfavorável ao seu uso, a ilustração de um motor elétrico é apresentado na 
Figura 7 (ELETROBRAS, 2009). 
 
Figura 7 - Motor elétrico. 
 
Fonte: http://fersiltec.com.br/blog/manutencao-industrial/7-causas-falhas-em-motores-eletricos/ 
Acesso em 12/05/2019. 
 
• Motores de alto rendimento: Os motores de alto rendimento têm um valor bem 
mais elevado do que motor elétrico comum, mas a longo prazo trazem 
benefícios que valem a pena a sua escolha. Uma das maiores vantagens de 
seu uso é o baixo consumo de energia acarretando a redução de custos de 
operação. Geralmente as esteiras transportadoras são submetidas a trabalhos 
de longa escala, submetendo ao motor condições de trabalhos contínuas, 
sendo assim o motor de alto rendimento traz um resultado mais satisfatório do 
que o motor elétrico, pois sua temperatura de funcionamento é menor 
(ELETROBRAS, 2009). 
http://fersiltec.com.br/blog/manutencao-industrial/7-causas-falhas-em-motores-eletricos/
 24 
 
2.3.2.2 Redutores 
 
Os redutores são conjuntos de polias ou engrenagens fixadas em uma caixa, 
com a função de aumentar o torque no acionamento e baixar a velocidade de rotação 
na saída motor. São um dos elementos mais importantes dentro da esteira 
transportadora pois dão apoio para todo sistema de acoplamento, evitando atritos que 
podem correr no trabalho da esteira. Para conservar e manter seu funcionamento 
correto é preciso que as engrenagens fiquem sempre revestidas de óleo lubrificante, 
aumentando sua vida útil, um redutor de eixo paralelos pode ser visualizado na Figura 
8 (GAVI, 2011). 
 
Figura 8 - Redutor de eixos paralelos 
 
Fonte: http://www.directindustry.com/pt/prod/motovario/product-2245-964291.html Acesso em 
13/05/2019. 
 
2.3.2.3 Acoplamentos 
 
De acordo com Shigley (2008) acoplamentos servem para absorver 
desalinhamentos que podem acontecer nos eixos. São elementos que unem eixos de 
tambores, motores e redutores. Existem dois tipos de acoplamentos o acoplamento 
flexível ilustrado na Figura 9 e o acoplamento hidrodinâmico ilustrado na Figura 10: 
 
• Acoplamentos flexíveis: São dispositivos capazes de unir eixos de alto e baixo 
acoplamentos, entre tambor/motor e redutor, de modo que proteja os 
equipamentos de excesso de cargas, evita vibrações, alinha os eixos e evitando 
http://www.directindustry.com/pt/prod/motovario/product-2245-964291.html
 25 
torções demasiadas (NORTON, 2013). 
 
Figura 9 - Acoplamento flexível. 
 
Fonte: https://www.lojabrafer.com.br/acoplamento-de-correia-flexivel-elastico-ac-co-150-acriflex 
Acesso em 13/05/2019. 
 
• Acoplamentos Hidrodinâmicos: São dispositivos encarregados de controlar o 
torque do motor, elevando a frequência do torque até que se alcance o máximo 
torque. Sem o seu uso a correia sofre uma tensão elevada, ocorrendo o risco 
de rompimento. Os acoplamentos hidrodinâmicos podem ser substituídos por 
um inversor de frequência (VULKAN, 2010). 
 
Figura 10 - Acoplamento hidrodinâmico. 
 
Fonte: http://www.directindustry.com/pt/prod/voith-gmbh-co-kgaa/product-39449-1833876.html 
Acesso em 13/05/2019. 
 
2.3.2.4 Mancais 
 
Mancais são estruturas que tem a função de resistir a cargas radiais e axiais. 
Em transportadores de correia são utilizados mancais radiais com rolamentos de rolos 
cilíndricos, os quais podem ser bipartidos para facilitar a montagem, ou podem ter a 
https://www.lojabrafer.com.br/acoplamento-de-correia-flexivel-elastico-ac-co-150-acriflex
http://www.directindustry.com/pt/prod/voith-gmbh-co-kgaa/product-39449-1833876.html
 26 
forma de um círculo completo chamado de bucha, na Figura 11 é possível visualizar 
um mancal bipartido (NORTON, 2013). 
 
Figura 11 - Mancal bipartido. 
 
Fonte: https://romaco.com.br/technews/mancais-bipartidos-snhl-%E2%80%93-opcoes-de-material/ 
Acesso em 14/05/2019. 
 
2.3.2.5 Inversor de Frequência 
 
Os inversores de frequência são de grande importância, pois como pode haver 
variações nas quantidades de tempo e volume trabalhados, ele traz uma redução na 
corrente da partida, trazendo uma suavidade e assim evita danos a correia e trancos. 
Podendo controlar o aumento de torque, trazendo um melhor proveito e racionalização 
de potência, pois se reduz a rotação consequentemente a potência consumida será 
menor, podendo chegar a economizar 25% de potência consumida, na Figura 12 é 
apresentado um inversor de frequência escalar (ELETROBRAS, 2009). 
 
Figura 12 - Inversor de frequência escalar. 
 
Fonte: http://sort-rio.com.br/metaltex/vfd-l-inversor-de-frequencia-escalar/ Acesso em 16/05/2019. 
 
https://romaco.com.br/technews/mancais-bipartidos-snhl-%E2%80%93-opcoes-de-material/
http://sort-rio.com.br/metaltex/vfd-l-inversor-de-frequencia-escalar/
 27 
2.3.2.6 Volante de inércia 
 
O volante de inercia, assim como apresentado na Figura 13, é necessário 
quando se precisa acrescentar inercia no transportador, ou seja, quando precisa que 
seja aumentado o tempo de parada da esteira transportadora. Seu uso acrescenta um 
equilíbrio no sistema da esteira. O volante é adicionado ao eixo e assim evitando 
entupimentos obstruções no chute (RODRIGUES E MARTINS, 2010). 
 
Figura 13 - Volante de inercia. 
 
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/c%C3%A1lculo-de-in%C3%A9rcia-transportador-correia-caio-
bertholdi Acesso em 24/052019. 
 
2.3.3 ROLETES 
 
Roletes são conjuntos de rolos, normalmente cilíndricos que são os elementos 
utilizados para sustentação da correia e também para guiá-la, capazes de fazer livre 
rotação devido ser fixados em um eixo central nos rolamentos. Os roletes precisam 
ser fabricados em materiais de alta resistência como tubo de ferro fundido e aço. 
Necessitando-se sempre de uma boa manutenção, alinhamento e lubrificação para 
evitar o aumento de tensão que possa ocasionar na correia (GAVI, 2011). Existem 
vários tipos de roletes, exemplos: 
 
• Roletes de carga: São encarregados por suportar todo o peso do material 
transportados e o peso da correia. Roletes de carga podem estar na 
configuração plana, duplo, triplo, seletor, quíntuplo e em catenária (NBR 6177, 
2016). Os roletes em catenária, duplo e triplo suportam mais cargas devido ao 
apoio que fornece a correia, na Figura 14 é apresentado rolete de carga em 
catenária. 
https://www.linkedin.com/pulse/c%C3%A1lculo-de-in%C3%A9rcia-transportador-correia-caio-bertholdi
https://www.linkedin.com/pulse/c%C3%A1lculo-de-in%C3%A9rcia-transportador-correia-caio-bertholdi28 
 
Figura 14 - Roletes de carga. 
 
Fonte: http://www.equipecon.com.br/roletes-carga-esteiras-transportadoras Acesso em 20/05/2019. 
 
• Roletes de retorno: Roletes são responsáveis pelo retorno da correia e também 
suportar o peso dela durante esse período, ajudando a manter o alinhamento 
da mesma. Apresenta uma montagem com maior distância entre si e 
geralmente se encontram em um plano horizontal. Roletes de retorno podem 
estar na configuração plana, duplo em “V” e em Catenária (NBR 6177, 2016). 
 
• Rolete em catenária: O rolete de catenária diferente dos outros, não tem sua 
estrutura presa e podem ser usados tanto no retorno, quanto ao carregamento. 
São conjuntos de rolos que ficam suspensos com articulações interligadas, 
Figura 15, permitindo o livre movimento da mesma, conseguindo dessa 
maneira se adaptar a configuração da correia e realizando a centralização 
(MERCURIO, 2019). 
 
Figura 15 - Rolete em catenária. 
 
Fonte: http://www.imepel.com.br/produto/rolete-catenario-160 Acesso em 20/05/2019. 
 
http://www.equipecon.com.br/roletes-carga-esteiras-transportadoras
http://www.imepel.com.br/produto/rolete-catenario-160
 29 
• Rolete em espiral: Roletes em forma espiral, que tem a função de remover 
materiais que ficam grudados na correia, a sua forma facilita tal atividade 
(FAÇO, 1996). 
 
• Roletes auto alinhadores: Dotados por um mecanismo giratório e pequenos 
rolos acionados a correia, controlando assim o deslocamento. Possui dois 
braços que avançam junto com a correia em sentidos opostos, criando um 
desvio angular em relação a correia, assim mantendo em sua posição original, 
resultando no seu alinhamento, um rolete auto alinhador é apresentado na 
Figura 16 (MERCURIO, 2019). 
 
Figura 16 - Rolete auto alinhador. 
 
Fonte: http://www.imepel.com.br/produto/flange-up-193 Acesso em 20/05/2019. 
 
• Roletes de transição: São os roletes que tem a função de auxiliar e guiar a 
variação de trabalho da correia entre o tambor e os roletes, fazendo que as 
mudanças de planos sejam amortecidas e leves sem desequilíbrios de tensões. 
Esses roletes são localizados próximo as concavidades da correia e possuem 
rolos laterais que podem ser fixos ou moveis (GAVI, 2011). 
 
• Roletes de impacto: São os roletes responsáveis em absorver o impacto que o 
material causa na correia, depois que ele é colocado na esteira transportadora. 
É localizado na área de descarregamento da esteira, é feito de cilindros de aços 
revestido com borracha para melhor absorção de impacto e proteger a correia 
de danificações que possam ocorrer. Roletes de impacto são instalados em 
uma estrutura especial destinada a suportar os roletes, chamada de mesa de 
http://www.imepel.com.br/produto/flange-up-193
 30 
impacto (NBR 6177, 2016). 
 
• Rolete de anéis: Como já diz o nome, roletes que são constituídos por anéis de 
borracha, que realizam a remoção do material que fica preso quando entra em 
contato com a correia, evitando assim uma acumulação de material no rolete e 
na correia (ELETROBRÁS, 2009). 
 
• Roletes guias: Esse rolete será usado só em últimos casos, devido a destruição 
que provoca nas bordas da correia e a ruptura das lonas da carcaça. Sua 
principal e única função é guiar a correia e são localizados verticalmente, 
evitando que a correia entre em contato com a estrutura da esteira 
transportadora. Na Figura 17 é possível visualizar um rolete guie e outro rolete 
guia superior com rosca. (SACRAMENTO, 2011). 
 
Figura 17 - Rolete Guia e rolete Guia Superior com Rosca. 
 
Fonte: http://www.superroletes.com.br/roletes-guia# Acesso em 20/05/2019. 
 
2.3.4 TAMBORES 
 
Geralmente construídos de aço, o tambor é o componente que efetua desvios, 
auxilia no apoio, realiza dobras na correia e a traciona gerando movimento, Figura 18. 
São compostos de discos internos e laterais, corpo, casca externa, cubos, elementos 
para transmissão de torque, anéis de fixação, eixo e revestimento e fixados pelos 
mancais (FAÇO,1996). 
http://www.superroletes.com.br/roletes-guia
 31 
Figura 18 - Tambor. 
 
Fonte: https://www.abecom.com.br/produtos/tambores-para-correias-transportadoras/ Acesso em 
23/05/2019. 
 
Dependendo da sua utilização e montagem, os tambores podem ser lisos e 
revestidos se apresentando em três formas distintas como planos utilizado em todas 
aplicações, abaulados usado quando necessita de um alinhamento melhor e 
nervurados utilizado em materiais de elevada dureza e materiais compostos por 
partículas pequenas que podem aderir a correia causando danos (GAVI, 2011). 
 A seguir os tipos de tambores: 
 
• Tambor de Acionamento: Localizada no centro, na cabeceira ou no retorno, é 
usado para transmitir o torque (MERCURIO, 2019). 
 
• Tambor de Retorno: Sempre localizada na extremidade ao terminal de 
descarga, responsável pelo tensionamento da correia e realiza o retorno da 
mesma a sua posição inicial (FAÇO,1996). 
 
Figura 19 - Tambor de acionamento com eixo para acoplamento no motor e tambor de 
retorno. 
 
Fonte: http://www.sociedademineracao.ind.br/images/6.jpg Acesso em 23/05/2019. 
https://www.abecom.com.br/produtos/tambores-para-correias-transportadoras/
http://www.sociedademineracao.ind.br/images/6.jpg
 32 
 
Na Figura 19 é apresentado um tambor de acionamento com eixo para 
acoplamento no motor e um tambor de retorno. 
 
• Tambor motriz: Conectado ao sistema de acionamento, normalmente são 
envolvidos por cerâmica, assim evitando o escorregamento e produzindo um 
coeficiente de atrito maior, sua função é receber o torque do acionamento e 
transmitir para a correia transportadora (ELETROBRAS, 2009). 
 
• Tambor movido: Normalmente são envolvidos por uma camada de borracha, 
provocando assim uma melhor aderência com a correia, não possuem torque 
próprio, mas contém diversas funções como alinhar, encosto, tencionar e 
desvio (MERCURIO, 2019). 
 
• Tambor de esticamento: É o tambor que ocorre o esticamento da correia, 
mantendo a tensão ideal para funcionamento da esteira transportadora, devido 
as variações de trabalho que a correia é submetida acaba causando mudanças 
no comprimento, que acabam sendo absorvidas pelo tambor de esticamento 
(ELETROBRAS, 2009). 
 
• Tambor de encosto: Tambor utilizado para aumentar o ângulo de contato com 
outro tambor, utilizado para elevar o envolvimento com outro tambor 
(FAÇO,1996). 
 
• Tambor de desvio: Tambor usado para desviar e curvar o curso da correia, 
necessários em alguns casos como acionamento duplo (SACRAMENTO, 
2011). 
 
• Tambor Magnético: Sua principal função é separar os elementos magnéticos 
que passam pela esteira transportadora, localizado no terminal de descarga, 
uma ilustração de um tambor magnético é apresentada na Figura 20 (FAÇO, 
1996). 
 33 
Figura 20 - Tambor magnético. 
 
Fonte: https://www.bramis.com.br/tambor-magnetico-permanente.html Acesso em 27/05/2019. 
 
2.3.5 ACESSÓRIOS DE LIMPEZA 
 
Conforme Gavi (2013) os acessórios de limpeza são equipamentos de grande 
importância para a conservação da correia transportadora, servem para evitar que os 
materiais entrem em contato com os roletes, tambores e a correia aumentando assim 
a sua vida útil. Existem no mercado alguns acessórios de limpezas, como: 
 
2.3.5.1 Limpadores por jato d’água 
 
 Os limpadores por jato de água servem para soltar os materiais não desejáveis 
que aderem na correia, através de um jato de água direcionado na parte suja, assim 
como mostrado na Figura 21. Conservando assim a correia, os tambores e os roletes 
(ELETROBRAS, 2009). 
Figura 21 - Limpadores por jato d’água. 
 
Fonte: http://www.karcher-cvi.com.br/solucoes-de-limpeza-industria-em-geral/ Acesso em 
12/05/2019. 
https://www.bramis.com.br/tambor-magnetico-permanente.html
http://www.karcher-cvi.com.br/solucoes-de-limpeza-industria-em-geral/
 34 
 
2.3.5.2 Limpadores Simples 
 
Os limpadores simples são utilizados para limpar o ladoque não entra em 
contato com o material, mesmo não tendo o contato seu uso é imprescindível para 
evitar vazamentos de materiais para parte inferior da correia, evitando acúmulo de 
materiais que possam causar danificações nos roletes, correias e tambores. 
Geralmente tem seu formato de reta ou em V, com uma camada de borracha 
encaixada na sua extremidade e usando seu próprio peso para pressionar a correia, 
Figura 22 (SACRAMENTO, 2011). 
 
Figura 22 - Limpador em V com camada de borracha. 
 
Fonte: https://portuguese.alibaba.com/product-detail/self-adjusting-v-plough-conveyor-belt-cleaner-
60673602758.html Acessado em 10/05/2019. 
 
2.3.5.3 Chapas de proteção 
 
As chapas de proteção são responsáveis por evitar que resíduos e materiais 
caiam na correia, são chapas fixadas na estrutura e parafusadas, se o material for 
para as laterais da correia essa chapa não deixará acontecer o contato entre ambos. 
O número de fixadores depende do tamanho da esteira (FAÇO, 1996). 
 
2.3.5.4 Raspadores 
 
Os raspadores são feitos de uma lâmina de aço, mas para evitar danificações 
a parte que entra em contato com a correia é feita de plástico ou borracha, operado 
https://portuguese.alibaba.com/product-detail/self-adjusting-v-plough-conveyor-belt-cleaner-60673602758.html
https://portuguese.alibaba.com/product-detail/self-adjusting-v-plough-conveyor-belt-cleaner-60673602758.html
 35 
por contrapesos ou molas para forçar o contato com a correia, ocasionando a 
raspagem. 
 
Figura 23 - Raspador de lâminas simples 
 
Fonte: https://www.martin-eng.com.br/content/product_category/3605/raspadores-de-correia Acesso 
em 10/05/2019. 
 
Existem vários tipos de raspadores no mercado alguns exemplos são 
raspadores de lâminas múltiplas, raspador rotativo de escovas, raspador de lâmina 
dupla com contrapeso e raspadores de lâminas simples como mostrado na Figura 23 
(MERCURIO, 2019). 
 
2.3.5.5 Viradores de correia 
 
Os viradores de correia são considerados um dos mais eficientes meio de 
limpezas de correia, pois giram a correia em 180º após passar pelo tambor, girando 
para o sentido oposto, fazendo assim que o lado sujo não entre em contato com a 
correia, considerando sempre a distância de giro quer deve ser de 10 a 12 vezes a 
largura da borda da correia para evitar tensões. Com todo esse processo é possível 
manter a limpeza da área ao longo da esteira (GAVI, 2011; MERCURIO, 2019) 
 
2.3.6 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 
 
Para que não ocorram problemas e situações indesejáveis, se mostram 
necessários que a esteira possua alguns dispositivos de segurança, conseguindo 
manter sua funcionalidade. 
 
 36 
2.3.6.1 Freios 
 
Os freios são responsáveis por suspender o trabalho do tambor matriz, 
resultando na parada da correia. 
 
Figura 24 - Freio eletromagnético com duas sapatas. 
 
Fonte: http://tecnopower-mg.com.br/?portfolio=freios-eletromagneticos-duas-sapatas Acesso em 
18/05/2019. 
 
Tem função também de evitar acúmulos de materiais nos chutes, evitando 
travamentos ou entupimentos na esteira transportadora, são usados geralmente em 
emergências parando a máquina. Seu uso é mais comum é em esteiras com declive 
e sequenciais, para que não haja perca de controle e velocidade. Na Figura 24 é 
possível visualizar um freio eletromagnético com duas sapatas (SHIGLEY, 2008). 
 
2.3.6.2 Contra recuos 
 
Contra recuo praticamente contém as mesmas funções do freio, mas são 
usados em esteiras transportadores com aclive. Em caso de emergências como falha 
em algum componente da esteira ou a falta de energia, automaticamente ele impede 
a correia de realizar seu trabalho, evitando danos a estrutura, entupimentos e o 
acúmulo de matérias (MERCURIO, 2019). 
 
2.3.7 GUIAS LATERAIS 
 
As guias laterais, Figura 25, são utilizadas na zona de carregamento, e para 
evitar as vibrações e o derramamento de material na correia, mantendo um equilíbrio 
http://tecnopower-mg.com.br/?portfolio=freios-eletromagneticos-duas-sapatas
 37 
entre a correia e a velocidade do material transportado, seu material é composto por 
borrachas e placas verticais (SACRAMENTO, 2011). 
 
Figura 25 - Guias laterais. 
 
Fonte:http://www.directindustry.com/pt/prod/martin-engineering/product-63425-1298097.html Acesso 
em 22/05/2019. 
 
2.3.8 BORRACHA DE LIGAÇÃO E ALMA 
 
Borracha de ligação e alma, Figura 26, são usadas para dar resistência a 
correia evitando atrito, causando um amortecimento. São fabricadas com cabo de aço 
e fibras têxteis, ligando as coberturas com a carcaça da correia (MERCURIO, 2019). 
 
Figura 26 - Borracha de ligação e alma. 
 
Fonte: Catálogo Flexsteel® Correias Transportadoras com Cabos de Aço. 
 
http://www.directindustry.com/pt/prod/martin-engineering/product-63425-1298097.html
 38 
2.3.9 ESTICADORES 
 
Segundo Gavi (2011) os esticadores são elementos fundamentais para um 
ótimo desempenho da correia transportadora, sua função é de manter a correia 
esticada durante todo tempo de trabalho, garantindo a tensão necessário para realizar 
o trabalho e facilidade para reparar a correia. Se a correia não estiver bem esticada 
poderá ocorrer vazamento de material, desalinhamento da correia, escorregamento. 
Ao longo do trabalho que a correia vai sendo submetida, ela vai perdendo sua 
resistência e aumentando seu tamanho, sendo assim imprescindível o uso de 
esticadores. Os esticadores são separados em dois tipos por parafuso e por 
gravidade, conforme pode ilustrado na Figura 27: 
 
• Esticadores por parafuso: Esticamento realizado de modo que o tambor é 
posicionado no trilho que realiza o deslocamento em somente uma direção. O 
esticamento é realizado manualmente através do rosqueamento das porcas, os 
parafusos são presos nos mancais e o esticamento é realizado. São indicados 
para esteiras de pequeno porte (SACRAMENTO, 2011). 
 
• Esticadores por gravidade: Esticamento realizado de modo que o tambor é 
fixado no contrapeso, com um peso previamente determinado para executar a 
força necessária para esticar a correia e obter a tensão esperada. O parafuso 
consiste em duas roscas, por ser de aplicação menos trabalhosa é o tipo de 
esticamento mais usado (FAÇO,1996). 
 
Figura 27 - Esticador por gravidade e parafuso. 
 
Fonte: Eletrobrás, 2009. 
 
 39 
2.3.10 CHUTE 
 
 O chute é um componente fundamental para o funcionamento da esteira 
transportadora, é responsável por conectar os elementos de ligação nos sistemas da 
esteira e pelo equilíbrio do descarregamento do material. Sua estrutura é feita de aço 
reforçado para suportar os fenômenos recorrentes que possam acontecer como a 
corrosão e o atrito, podendo ser revestidas por camadas de borracha, pedra, 
poliuretano e areia. Traz como retorno um aumento de vida útil, aliviar tensões e 
impactos na correia. O chute tem a necessidade de sempre ser centralizado de acordo 
com a correia, pois quando ela apresentar desalinhamento pode ocorrer o rompimento 
da mesma (ELETROBRAS, 2009; SACRAMENTO, 2011). 
 
Podem ser encontrados nas seguintes configurações: 
• Chute com cascata; 
• Chute com caixa de pedra; 
• Chute telescópico; 
• Chute espiral; 
• Chute com comporta regulável; 
• Chute para transferência de material fino; 
• Chute com peneiramento. 
 
2.3 NORMAS 
Para realização do projeto temos que considerar algumas normas 
regulamentadoras, e normas de segurança e ergonomia, para que a esteira seja 
adequada ao uso e mantenha a segurança do trabalhador. Abaixo vemos as 
seguintes normas NBR E NR: 
• NBR 6110 - Transportadores contínuos -Transportadores de correia – 
Larguras de correias transportadoras: Esta Norma padroniza as larguras das 
correias transportadoras e suas tolerâncias na própria largura e no 
comprimento. 
 
• NBR 6172 - Transportadores contínuos -Transportadores de correia - 
 40 
Tambores – Dimensões: Esta Norma padroniza as dimensões básicas e 
alguns critérios de qualidade de tambores de transportadoresde correia. Ela 
se aplica aos seguintes tipos de tambores: 
a) quanto à superfície de contato: tambores revestidos; tambores sem 
revestimento; 
b) quanto à forma geométrica: tambores planos; tambores abaulados; 
c) quanto ao acionamento: tambores de acionamento; tambores livres. 
 
• NBR 6177 - Transportadores contínuos - Transportadores de correia -
Terminologia: Esta Norma define os termos empregados em transportadores 
de correia. Devendo ser analisado o tipo de transportador e o tipo de rolete, 
por exemplo, para desenvolver sua aplicação. 
 
• NBR 6678 - Transportadores contínuos, transportadores de correias - 
Roletes - Projeto, seleção e padronização: Esta Norma especifica dimensões 
de rolos e suportes, arranjo e folgas de roletes, cargas e procedimentos para 
seleção e inspeção de roletes de transportadores de correia. 
 
• NBR 8011 - Cálculo da capacidade de transportadores contínuos - 
Transportadores de correia: Esta Norma fixa as condições exigíveis para 
determinação da capacidade dos transportadores de correia planos ou 
côncavos com roletes planos, duplos ou triplos de rolos iguais. 
 
• NBR 8205 - Cálculo de força e potência – Transportadores contínuos – 
Transportadores de correia: Esta norma fixa os procedimentos para 
determinação de potência necessária no tambor de acionamento, bem como 
as forças decorrentes que aparecem na correia de transportes contínuos, 
como roletes triplos iguais. 
 
• NBR 14762 - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por 
perfis formados a frio: Esta Norma, com base no método dos estados-limites, 
estabelece os requisitos básicos que devem ser obedecidos no 
dimensionamento, à temperatura ambiente, de perfis estruturais de aço 
 41 
formados a frio, constituídos por chapas ou tiras de aço-carbono ou aço de 
baixa liga, conectados por parafusos ou soldas e destinados a estruturas de 
edifícios. 
 
• Norma regulamentadora NR 10 - Segurança em instalações e serviços 
em eletricidade: Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos 
e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle 
e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações 
elétricas e serviços com eletricidade. 
 
• Norma regulamentadora NR 11 - Transporte, movimentação, 
armazenagem e manuseio de materiais: Este Regulamento Técnico define 
princípios fundamentais e medidas de proteção para preservar a saúde e a 
integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho no comércio e na indústria 
de beneficiamento, transformação, movimentação, manuseio e 
armazenamento. 
 
• Norma regulamentadora NR 17 - Ergonomia: Esta Norma 
Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação 
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança 
e desempenho eficiente. 
 42 
3. MATERIAS E MÉTODOS 
 
Os métodos que foram utilizados para realizar o projeto da esteira 
transportadora, foram voltados ao modo que a esteira irá operar, etapas de cálculos e 
levantamentos de medidas, dimensionamento de componentes, estudo de esteiras já 
utilizadas no mercado, seguir normas regulamentadoras, buscar aprimorar para as 
necessidades que será exposta no trabalho e após estas etapas o desenho onde será 
utilizado o programa SolidWorks. 
Para realizar dimensionamentos foram utilizadas as seguintes normas: NBR 
6110, NBR 6678, NBR 8205, NBR 6172, NBR 8011. Que fornecem dados para o início 
do dimensionamento de máquinas de levantamento e movimentação de cargas. 
Existem alguns passos que devem ser utilizados para o início do dimensionamento, 
como: 
• Distância que o material precisa percorrer; 
• Carga máxima que a esteira poderá ser solicitada; 
• Características gerais da carga e dos componentes. 
 
3.1 DADOS DA ESTEIRA A SER PROJETADA E DIMENSIONADA 
 
A realização do projeto, se mostrou necessário para melhorar a produção da 
empresa Mandioca Santa Terezinha. A produção é feita quase toda manualmente, 
sem uso de máquinas para facilitar o seu processo, que também se explica com a 
dificuldade de automatizar alguns processos, sendo que nem todas as máquinas em 
suas condições normais se encaixariam para tal feito. 
A esteira poderá se encaixar em vários desse processos pela sua grande 
produção diária. Após levantamentos feitos na empresa, foi realizado o projeto 
utilizando os parâmetros descritos na Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Especificações da esteira. 
 
 
 
 
Fonte: Autor (2019). 
 
Dados da esteira Metros 
Comprimento 10 
Largura 1,20 
Largura da correia 1 
Altura 1 
 43 
Fonte: Ambiente de trabalho da empresa Mandioca Santa Terezinha. 
 
Na Figura 28 é possível observar onde o projeto da esteira foi realizado, 
localizada no corredor que separa as bancadas de trabalho e que liga os recipientes 
onde são descarregadas as mandiocas. 
 
 
 
Figura 28 - Local onde será projetada a esteira transportadora 
 44 
3.2 LEVANTAMENTOS FEITOS NO DIA A DIA DE TRABALHO NA EMPRESA 
MANDIOCA SANTA TEREZINHA 
 
• As caixas de mandioca são carregadas manualmente entre distancias de 1 a 10 
m; 
• Se leva de 1 a 3 minutos para cada caixa de mandioca depositada no recipiente 
para tratamento; 
• Cada caixa pesa de 20 a 30 kg; 
• Existem percursos durante o transporte da mandioca podendo ocasionar 
acidentes de trabalho; 
• Existe cerca de 14 bancadas de trabalho acarretando ainda mais na perca de 
produtividade do transporte manual da mandioca; 
• Usado diariamente de 10 a 16 tanques de 450 kg bruto (contando peso da água) 
de mandioca; 
• Cerca de 5 toneladas de produção diária. 
 
3.3 DIMENSIONAMENTO DA ESTEIRA 
 
Para dimensionar a esteira tem que levar alguns aspectos em consideração 
como as características do material que vai ser transportado, a velocidade requerida, 
horas trabalhadas da esteira e outros fatores. 
 
3.3.1 CAPACIDADE DO TRANSPORTADOR 
 
A capacidade de um transportador é uma relação entre o peso específico do 
material e a velocidade da correia. A capacidade é dada por as somas das áreas da 
secção com a do segmento circular, e a da largura da correia é dada pelo número de 
rolos e sua inclinação nos roletes e o ângulo do material na correia. 
 
3.3.1.1 Fator de correção da capacidade 
 
Para obter o fator de correção, Tabela 2, tem que se observar o ângulo de 
inclinação, que para a esteira transportadora estabelecida é 0º. 
 45 
 
Tabela 2 - Fatores de correção da capacidade. 
λ 0º 
K 1 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
Foi escolhido o ângulo 0º, pois, não terá ângulo de inclinação na esteira, será 
feito o transporte sem a necessidade de inclinação. 
 
3.3.1.2 Velocidades máximas recomendadas em m/s 
 
A Tabela 3 apresenta as velocidades recomendadas de acordo com as 
características dos materiais que serão transportados. Será usado a velocidade 1,0 
m/s. 
 
Tabela 3 - Velocidades recomendadas 
Materiais a serem transportados Velocidades 
Correias transportadoras para pacotes ou caixas 0,2 a 1,0 
Fonte: Adaptado em 11/09/19 de FAÇO, 1996. 
 
3.3.1.3 Capacidade Volumétrica dos Transportadores 
 
Para o cálculo da capacidade volumétrica é preciso definir e analisar a Tabela 
4, podendo analisar se o transportador vai ter inclinação e quantos e em que planos 
os rolos serão usados. Para o transportador do projeto o ângulo de inclinação e 
acomodação que é de 0º e usaremos rolos planos. 
 
Tabela 4 - Capacidade Volumétrica dos Transportadores 
Rolos (α) Largura da Correia 
16’’ 20’’ 24’’ 30’’ 36’’ 42’’ 48’’ 54’’ 60’’ 72’’ 84’’ 
Planos 
𝐵 = 0° 
0° - - - - - - - - - - - 
5° 4 7 10 17 25 35 44 59 74 108 153 
10° 10 16 25 40 59 82 100 140 174 254 369 
15° 15 26 39 63 93 129 163 219 272 397 569 
20° 2135 52 85 125 173 218 293 365 532 777 
25° 26 44 66 107 158 219 266 371 461 673 948 
30° 32 53 80 130 102 265 334 449 559 815 1021 
(α) = ângulo de acomodação do material. 
Fonte: Adaptado em 11/05/19 de FAÇO, 1996. 
 46 
 
Coletando os dados da Tabela 2, Tabela 3 e Tabela 5 foram então obtidos os 
seguintes resultados: 
 
 𝑑𝑝 = 0,55𝐵 + 0,9 (1) 
 𝐶 = 𝐶𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 × 𝑉 × 𝐾 (2) 
 
𝐷𝑝 = Distância padrão do material (𝑝𝑜𝑙). 
𝐵 = Largura da correia (𝑝𝑜𝑙). 
𝐶 = Capacidade volumétrica a uma velocidade 𝑉 em 𝑚/𝑠(𝑡/𝑚³). 
𝐶𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 = Capacidade volumétrica a uma velocidade de 𝑉 = 1,0 𝑚/𝑠(𝑡/𝑚³). 
𝑉 = Velocidade de um transportador (𝑚/𝑠). 
𝐾 = fator de correção devido a inclinação. 
 
A Equação 1 apresenta os cálculos de distância padrão do material e a 
capacidade volumétrica: 
 
𝑑𝑝 = 0,55 × 42 + 0,9 = 3,21′′ 
 
Para definir a distância padrão do material precisamos definir a largura da 
correia que é de 1 m e converter em polegadas o que resulta em 42’’. Aplicando na 
Equação 1 encontramos que a distância padrão é de 3,21””. 
Da Equação 2: 
 
𝐶 = 35 × 1,0 × 1,0 = 35 𝑚³/𝑠 
 
Para encontrar a capacidade volumétrica da esteira transportadora, precisa se 
encontrar o fator de correção que é de 1 devido a esteira não possuir inclinação, e 
também definir a velocidade da esteira que é de 1 m/s. Logo após definir esses 
parâmetros tem-se que a capacidade volumétrica da esteira é de 35m³/s. 
 
3.3.2 SELEÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA CORREIA 
 
As características da correia são dadas devido as funções das propriedades 
 47 
dos materiais a ser transportado, juntamente da largura da correia. No caso do 
material que será transportado que é a mandioca, se trata de um material que vai estar 
úmido as velocidades recomendadas para esse tipo de material, pode ter um aumento 
de 25% na velocidade. 
 
3.3.2.1 Seleção da largura da correia 
 
A escolha da largura da correia é determinada pelo tamanho do material a ser 
transportado e pela capacidade volumétrica os dados, obtemos a largura da correia 
necessária para executar o transporte. 
O tamanho do material transportado será de 55x36 cm (largura x comprimento) 
que se diz respeito a caixas de mandiocas com cerca de 25 kg e a largura da correia 
será de 1 m (cerca de 42”). 
 
3.3.2.2 Cálculo de tensões na correia 
 
O cálculo das tensões na correia é dado pela Equação 3, onde é possível 
encontrar o peso máximo do material: 
 
 
𝑊𝑚 = 0,277 ×
𝑄
𝑉
 
(3) 
 
𝑊𝑚 = Peso máximo do material (𝑘𝑔/𝑚). 
𝑄 = Capacidade do transportador (𝑘𝑔/ℎ). 
𝑉 = Velocidade da correia (𝑚/𝑠). 
 
Para calcular a Equação 3 deve-se localizar a velocidade da correia que é de 1 
m/s, e a capacidade do transportador que é cerca de 500 kg/h. 
 
𝑊𝑚 = 0,277 ×
500
1
= 138𝑘𝑔/𝑚 
 
Podendo concluir que o peso máximo do material transportado pela esteira 
idealizada é de 138kg/m. 
 48 
Pelo peso da correia: 
 
Tabela 5 - Peso médio da correia, valores aproximados. 
Largura da correia 42’’ 
Tipo Lona 17,7 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
Analisando a Tabela 5, encontra-se o peso médio da correia, usando os dados 
fornecidos pela Equação 3. 
 
3.3.3 ESCOLHA DO ESTICADOR DA CORREIA 
 
Para encontrar as dimensões e o tipo de esticador de correia, se é por 
gravidade ou parafuso, usa se Tabela 6: 
 
Tabela 6 - Tipos de esticador da correia. 
Largura da correia Distância entre centros L (m) 
>35 35 30 27 25 22 20 
42’’ g g g g g p p 
Fonte: Adaptado em 11/10/19 de FAÇO, 1996. 
 
𝑔 = Esticamento por gravidade. 
𝑝 = Esticamento por parafuso. 
 
Após definir a largura da correia encontramos na Tabela 6, quais tipos de 
esticadores serão usados na esteira. 
 
3.3.4 SELEÇÃO DE ROLETES 
 
Para a escolha do tipo de rolete deve-se calcular o fator de aplicação, que 
considera o tempo de operação e as características dos materiais dado pela Tabela 7 
e Tabela 8: 
 
Tabela 7 - Tipo de serviço que vai ser executado. 
Regime de 
Trabalho h/dia 
Tipo de instalação Peso do Material 
t/m³ 
Fator A 
6 a 9 Todas as instalações 1,6 a 1,8 12 
Fonte: Adaptado em 11/10/19 de FAÇO, 1996. 
 49 
 
Sabendo que o tamanho do materia transportado é cerca de 18”. 
 
Tabela 8 - Característica do Material. 
Tamanho Máx (pol) Peso do material t/m³ 
0,8 
18’’ 80 
Fonte: Adaptado em 11/10/19 de FAÇO, 1996. 
 
Depois de definir os fatores A (Tabela 7) e B (Tabela 8), calcula o tipo de rolete 
com a equação a seguir: 
 𝐶 = 𝐴 × 𝐵 (4) 
 
Verificando a Tabela 7 e Tabela 8, sabendo que o regime de trabalho da esteira 
será de 8 h diárias, achamos o fator de 𝐴 = 12, e definindo o tamanho do material 
transportado achamos o fator 𝐵 = 80. Da Equação 4: 
 
𝐶 = 12 × 80 = 960 
 
Após encontrar o 𝐶, pode-se então encontrar os roletes com o fator de 
aplicação de 960, na Figura 29. 
 
 50 
Figura 29 - Gráfico para encontrar os roletes. 
 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
O rolamento que será utilizado é o 2525 AD, como mostrado na Figura 29. 
 
3.3.4.1 Espaçamento entre os roletes 
 
Na Tabela 9 encontra-se os espaçamentos entre os roletes usando os dados 
da correia já encontrados. 
 
Tabela 9 - Gráfico para encontrar os espaçamentos entre os roletes. 
Largura da 
Correia (B) 
Espaçamento “A” dos Roletes de Carga Espaçamento 
‘’B’’ dos Roletes 
de Retorno 
Peso Específico do Material (t/m³) 
0,8 1,6 2,4 
 
42’’ 
 
1,35 m 
 
1,00 m 
 
0,90 m 
 
3,0 m 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
Foi escolhido o espaçamento de 1,00 metros que fica entre 1,6 toneladas. 
 
3.3.4.2 Carga máxima suportada pelo tipo de rolamento escolhido 
 
A Tabela 10 mostra a carga máxima no eixo do rolamento. 
 51 
Tabela 10 - Carga máxima no eixo do rolete 
Rolamentos Carga Dinâmica Série de roletes Carga máxima no eixo 
6205 1428 kgf 2525 AD 580 kgf/cm² 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
Após analisar a Tabela 10 podemos concluir que a carga máxima no eixo é de 
580kgf/cm² e a cara dinâmica é de 1428 kgf. 
 
3.3.5 CÁLCULO DA POTÊNCIA DE ACIONAMENTO 
 
O acionamento da correia pode ser feito por um ou dois tambores. Em ambos 
os casos pode se usar tambores de abraçamento para aumentar seu contato evitando 
o seu escorregamento e tensões na correia. A potência necessita suportar três 
fenômenos para: 
 
• Deslocar o material tanto na horizontal quando na vertical; 
• Necessidade de vencer o atrito que alguns componentes fornecem; 
• A capacidade de movimentar o transporte vazio, vencendo as forças dos 
roletes, correias e tambores. 
 
Método prático para calcular a potência, pela equação: 
 
 
𝑁𝑒 = 𝑉 × (𝑁𝑣 + 𝑁𝑔) +
𝑄
100
× (𝑁1 ± 𝑁ℎ) 
 
(5) 
𝑁𝑒 = Potência efetiva (𝐻𝑃). 
𝑁𝑣 = Potência para acionar o transportador vazio (𝐻𝑃). 
𝑁1 = Potência para deslocar 100t/h de material na horizontal (𝐻𝑃). 
𝑁ℎ = Potência para elevar ou descer 100t/h de material de uma altura (𝐻𝑃). 
𝑁𝑔 = Potência para vencer o atrito das guias laterais. 
 
3.3.5.1 Potência para acionar o transporte vazio 
 
Potência que a esteira necessita para seu funcionamento, ignorando o peso do 
material que será transportado usando suas condições normais. A potência é 
 52 
calculada usando a Tabela 11 e Figura 30: 
 
Tabela 11 - Tabela de potência para acionar o transportador vazio (Nv). 
Largura da Correia (B) Comprimento do Transportador = L (m) 
10 
42’’ 0,85 
Fonte: Adaptado em 11/06/19 de FAÇO, 1996. 
 
Usando o comprimento da esteira localizamos a potência para acionar o 
transporte vazio. 
 
Figura 30 - Gráfico de potência para acionar o transporte vazio. 
 
Fonte: Adaptado em 02/09/19 de FAÇO, 1996. 
 
Analisando o gráfico tem-se que a potência necessária para acionar o 
transporte vazio é de 1 HP. 
 
3.3.5.2 Potência para deslocamento de um material 
 
 53 
Como auxílio para encontrar a potência necessária para que a esteira realize otransporte do material é utilizada a Tabela 12 e a Figura 31. 
 
Tabela 12 - Tabela de potência para deslocar 100 t/h de material em um comprimento L. 
L (m) 10 
N1 (HP) 0,50 
Fonte: Adaptado em 31/10/19 de FAÇO, 1996. 
 
Figura 31 - Gráfico de potência para deslocamento de um material. 
 
Fonte: Adaptado em 02/06/19 de FAÇO, 1996. 
 54 
 
Usando a Tabela 12 e Figura 31 será possível resolver a seguinte equaçao, 
encontrando a potência efetiva da esteira transprtadora. 
 
 
𝑁𝑒 = 𝑉 × (𝑁𝑣 + 𝑁𝑔) +
𝑄
100
× (𝑁1 ± 𝑁ℎ) 
 
 
Analisando as Tabelas 11 e 12 e a Figura 31 pode-se definir que a potência 
para acionar o transporte vazio (Nv) é de 3,8 HP devido ao comprimento da esteira e 
analise ao Figura 30. A potência para deslocar 100t/h (N1) foi definida analisando a 
Tabela 12, assim chegnado na potência de 0,50 HP. Potência para elevar ou descer 
100t/h de material de uma altura (Nh) é definida como 0, porque na esteira não terá 
elevação de material. Já a potência para vencer o atrito das guias laterais (Ng), a 
potência é de 0 HP, pois, não será necessário exercer potência para tal atividade. 
Usando a Figura31 encontrasse a potência para deslocamento de um material, 
usando o tamanho da esteira que é de 10 metros, assim achando a vazão de 300t/h. 
Assim tem-se os seguintes dados: 
 
𝑁𝑒 = Potência efetiva (𝐻𝑃). 
𝑁𝑣 = 3,8 HP 
𝑁1 = 0,50 HP 
𝑁ℎ = 0 HP 
𝑁𝑔 = 0HP 
𝑄 = 300 t/h 
 
Da equação 5 obtém-se: 
 
𝑁𝑒 = 1,0 × (3,8 + 0) +
300
100
× (0,5 ± 0) = 5,05 𝐻𝑃 
 
Após coletas e levantamentos de dados, foi encontrado uma potência efetiva 
de 5,05 HP para transporte da esteira. 
 
 55 
3.3.5.3 Tensao efetiva da correia 
 
Depois de definir a potência total efetiva, pode-se obter a tensão efetiva da 
correia atraves da Equaçao 6: 
 
 
𝑇𝑒 =
75 × 𝑁𝑒
𝑉
 
(6) 
 
𝑇𝑒 = Tensao efetiva (𝑘𝑔𝑓) 
𝑁𝑒 = potencia efetiva (𝐻𝑃) 
𝑉 = velocidade da correia (𝑚/𝑠) 
 
Para realizar o cálculo da tensão efetiva da correia necessita da velocidade da 
correria que é de 1𝑚/𝑠 já definida, e da potência efetiva de 5,05 HP. 
 
𝑇𝑒 =
75 × 5,05
1
= 378,75 𝑘𝑔𝑓 
 
Seguindo os cálculos e parâmetros, encontrasse que a tensão efetiva da esteira 
é de 378,75 kgf. 
 
3.3.6 DIMENSIONAMENTO DE TAMBORES 
 
Para definir os dimensionamentos dos tambores algumas dimensões básicas 
já devem estar definidas como: 
• O diâmetro do tambor é determinado pela tensão atuante e em função 
da correia, 800 milímetros e revestido de borracha. 
• O comprimento do tambor é dado pelos seguintes aspectos para 
transportadores até 42’’ largura da correia mais 4’’ e para maiores que 
42’’ largura da correia mais 5’’. 
• A distância entre os discos é uma função entre a largura do cubo com o 
comprimento do tambor, cerca de 300 milímetros. 
 
 56 
3.3.7 CONJUNTO DE ACIONAMENTO 
 
Com as potências determinadas pode se selecionar o motor e o conjunto de 
acionamento, considerando as perdas de transmissão. Esse cálculo é realizado 
através da fórmula: 
 
 
𝑁𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =
𝑁𝑒
𝑛𝑡
 
(7) 
 
𝑁𝑒 = Potência efetiva. 
𝑁 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = Potência motor. 
𝑁𝑡 = Perda de transmissão. 
 
Na Tabela 13 pode-se encontrar a eficiência das correntes e redutores. 
 
Tabela 13 - Tabela de escolhas do conjunto de acionamento. 
Transmissão Eficiência 
Correias V e polias 0,94 
Corrente e rodas dentadas – s/ caixa de óleo 0,93 
Corrente e rodas dentadas – s/ caixa de óleo 0,95 
Redução simples em redutores de engrenagens helicoidais ou tipo espinha de 
peixe em moto-redutor 
0,95 
Redução dupla, idem 0,94 
Redução tripla, idem 0.93 
Redução dupla em redutores ‘’shaft-mounted’’ de engrenagens helicoidais 0,94 
Redutores de rosca sem fim com redução até 20:1 0,90 
Idem de 20:1 a 60:1 0,70 
Fonte: Faço, 1996. 
 
Analisando a Tabela 13 verifica-se que para a esteira transportadora a 
eficiência das correias e polias é de 0,94, já nos redutores é de 0,95, causando 
eficiência total de 0,94 x 0,95= 0,893. Resultando na potência do motor de: 
 
𝑁𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 =
5,05
0,893
= 6,15 𝐻𝑃 
 
Dessa forma foi encontrado uma potência necessária do motor de 6,15 HP para 
realizar o trabalho da esteira transportadora. Após definir a potência do motor deve-
se encontrar o conjunto de acionamento e o redutor, como mostra a Tabela 14. 
 57 
 
Tabela 14 - Escolha do motor. 
Motor HP Conjunto de acionamento 
FAÇO. ‘’shaft-mounted’’ 
Redutor FAÇO 
tamanho 
Redutor Falk 
tamanho 
5 
6 
7.5 
 
N° 2 
 
R-60 
1203 
1203 
1207 
Fonte: Adaptado em 11/09/19 de FAÇO, 1996. 
 
Analisando a Tabela 14 através da potência do motor encontra-se o redutor R-
60, 1203-1207. Conjunto de acionamento “shaft-mounted” número 2. 
 
3.3.8 SELEÇÃO DO MOTOR IDEAL PARA ESTEIRA 
 
Depois de realizar os cálculos necessários, tem-se que a potência necessária 
do motor para conseguir que a esteira realize o transporte é de 6HP, desse modo foi 
escolhido no catálogo WEG o motor ideal para a esteira. 
 
Figura 32 - Motor ideal para esteira. 
 
Fonte: Catálogo WEG 2019. 
 
Na Tabela 15 pode-se visualizar as características técnicas e de funcionamento 
do motor: 
 Tabela 15 - Resumo das características técnicas 
Norma IEC 60034-1 
Frequência 60 Hz 
Tensão 220/440 V 
Número de polos 4 
 58 
Grau de proteção IP55 
Rotação síncrona 1800 rpm 
Potência 6 HP 
Fixação Com pés 
Flange Sem 
Forma construtiva B3L(D) 
Caixa de ligação¹ Posição esquerda 
Refrigeração IC411 - TEFC 
Fonte: Catálogo WEG 2019. 
 
3.3.9 MOTOREDUTOR 
 
Acoplado no motor será realizado a instalação do motoredutor que tem como 
objetivo fornecer um movimento de forma rotativa com um torque elevado, reduzindo 
a velocidade de rotação de um acionador. Ou seja, ele faz a adequação da velocidade 
para a rotação necessária (SOUZA 2018). 
As principais vantagens de usar o moto redutor são aumento do torque, maior 
precisão, compactos não ocupam muito espaço, controle da velocidade da esteira, 
aumenta em até 90% permitindo economia do motor. 
 
Figura 33 - Motoredutor da esteira transportadora. 
 
Fonte: Catálogo WEG 2019. 
 
Para a esteira foi escolhido o seguinte motoredutor, foi selecionado nos 
 59 
catálogos WEG. Na Tabela 16 encontra-se as especificações do motoredutor. 
 
Tabela 16 - Especificações do Motoredutor 
Engrenagens Helicoidais retificadas + coroa e rosca sem-fim 
Disposição dos eixos Ortogonais 
Reduções 2 ou 3 estágios 7,4 a 500 
Reduções 4, 5 ou 6 estágios 200 a 23.000 
Torque 57 a 1.550 Nm 
Motores disponíveis 0,12 a 11 kW 
Opções de entrada Eixo Maciço, flange KTR, flange lanterna, Motor tipo 1 WEG 
Fixação Pés, flange, pés + flange, braço de torção 
Eixo de saída Maciço, oco com chaveta, oco com disco de contração 
Fonte: Catálogo WEG 2019. 
 
3.3.10 INVERSOR DE FREQUÊNCIA 
 
De maneira genérica, o inversor de frequência é um dispositivo eletrônico 
capaz de variar a velocidade de giro de um motor. É um dispositivo que transforma 
corrente elétrica alternada fixa em corrente elétrica CA variável controlando a potência 
consumida pela carga através da variação da frequência entregue pela rede 
(MATTEDE, 2019). 
Nas esteiras transportadoras a aplicação de inversores de frequência pode 
trazer uma série de benefícios, como: 
• Redução do consumo de energia; 
• Baixo custo de manutenção; 
• Aumenta vida útil da esteira; 
• Operação simples; 
• Automatização dos processos; 
• Bom custo benefício. 
O inversor foi escolhido no catálogo WEG, os critérios para sua escolha foram: 
valor; pesquisas sobre o produto; e aplicação. Na Figura 34 está ilustrado o inversor 
escolhido para esteira. 
 60 
Figura 34 - Inversor de frequência CFW300 
 
Fonte: Catálogo WEG 2019. 
 
O inversor de frequência CFW300 é um acionamento de velocidade variável de 
alta performance para motores de indução trifásicos, ideal para aplicações em 
máquinas ou equipamentos que necessitam de controle

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