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Steel frame Edificações

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Educação Técnica Profissional 
 
 
 
 
 
LIGHT STEEL FRAMING - USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO 
TECNOLOGIA CONSTRUTIVA. 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIGHT STEEL FRAMING - USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO 
TECNOLOGIA CONSTRUTIVA. 
 
 
 
 
Ana Cristina Casimiro 
Nayara Carla Sobral 
Nicholas Nakao 
Shirley Lorente 
 
 
 
Junho de 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIGHT STEEL FRAMING - USO DA ESTRUTURA DE AÇO COMO 
TECNOLOGIA CONSTRUTIVA. 
 
 
 
 
 
TRABALHO APRESENTADO A ESCOLA 
EDUTEC, COM REQUESITO PARCIAL PARA 
OBTENÇÃO DO GRAU DE TÉCNICO EM 
EDIFICAÇÕES. 
 
 Junho de 2013. 
 
 ORIENTADOR M. Sc. RAFAEL BARRETO CASTELO DA CRUZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
 
Primeiramente a Deus pela vida. 
 
Aos nossos pais e familiares pela ajuda e carinho constante, companheirismo, pelas broncas e 
empurrões, direcionando-nos de forma a ultrapassarmos as barreiras e conquistarmos nossos 
objetivos. 
Aos professores que tão pacientemente (ufa), coloca paciência nisso... Transmitiram-nos 
e ensinaram não só o conteúdo, mas nos mostraram através das conversas e experiências um 
pouquinho do que vamos encontrar no mercado de trabalho. 
 
A todos que direta ou indiretamente fazem parte de nossas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 
São de extrema importância que atualmente no ramo da construção civil, sejam desenvolvidos 
novos projetos e inovações tecnológicas que visem à redução dos impactos ambientais 
causados devido a grande quantidade de resíduos que são gerados em obra. Sendo assim, o 
sistema construtivo Light Steel Frame está dentro dos padrões referentes à construção 
sustentável. Light Steel Frame é um sistema construtivo racional e industrial em que o aço é o 
principal material da estrutura do edifício, o sistema pode ser chamado também de Estrutura 
de Aço Leve. O sistema construtivo não necessita de equipamentos e maquinaria pesada na 
construção. O realce em projetos de construção sustentável apresenta oportunidade para o 
crescimento do LSF, devido o aço ser 100% reciclável. Além de a Light Steel Frame ser 
considerado uma construção sustentável, o sistema proporciona diversas vantagens, ou seja, 
benefícios significativos em relação ao sistema convencional, padronização do sistema que 
facilita o controle de qualidade e rapidez com relação à entrega final da obra. Como se não 
bastasse, devido à versatilidade do sistema, este pode se adaptar a qualquer tipo de projeto. 
 
 
 
Lista de Abreviaturas e Siglas 
LSF - Light Steel Frame; 
CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço; 
OSB Oriented Strand Board -Painel de Tiras de Madeira Orientadas; 
 NBR - Norma Brasileira; 
AISI - American Iron and Steel Institute – Instituto Americano do Ferro e aço; 
IBDA- Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura. 
 
 
 
Sumário 
1. Introdução ....................................................................................................... 5 
1.1 Objetivo .................................................................................................................................. 6 
3. Características do Light Steel Framing.............................................................6 
4. Sistema construtivo ......................................................................................... 7 
4.1 Perfis metálicos ....................................................................................................................... 8 
5. Etapas construtivas ....................................................................................... 10 
5.1 Fundação .............................................................................................................................. 10 
5.1.1 Radier ............................................................................................................................ 10 
5.2 Estrutura ...................................................................................................................................... 12 
5.2.1 Pisos Estruturais ............................................................................................................ 13 
5.3 Sistemas de cobertura ............................................................................................................ 15 
5.4 Fechamento e Revestimento .................................................................................................. 15 
5.4.1 Placas Cimentícias ................................................................................................................ 15 
5.4.2 Painéis de Madeira ............................................................................................................... 16 
5.4.3 Placas de gesso acartonado................................................................................................... 16 
5.5 Isolamentos térmicos /Acústico .................................................................................................. 17 
5.6 Instalações Elétricas e Hidráulicas ............................................................... 18 
5.7 Lajes e coberturas .......................................................................................... 19 
5.7.1 Características ................................................................................................................... 20 
5.8 Cobertura ..................................................................................................................................... 20 
5.9 Acabamentos ................................................................................................ 22 
5.9.1 Revestimentos Interno .............................................................................................................. 22 
5.9.2 Revestimento externo ............................................................................................................... 22 
6. Vantagens e Desvantagem ............................................................................. 23 
6.1 Vantagens .................................................................................................................................... 24 
6.2 Desvantagem ........................................................................................................................... 25 
7. Normas Técnicas ABNT ........................................................................... 26 
8. Conclusão ....................................................................................................... 27 
9. Referencias Bibliográficas ............................................................................. 28 
 
 
 
5 
 
1. Introdução 
 
O grande desenvolvimento da industrialização na construção civil vem gerando novas 
tecnologias, capazes de aumentar a produtividade, diminuir desperdícios, contribuindo para o 
cumprimento de prazos, atendendo as demandas exigidas. Um dos sistemas que engloba estas 
qualidades é o Ligth Steel Frame, a utilização de aço leve proporciona maior rapidez na 
execução, economia, aproveitamento dos recursos tornando uma construção sustentável, fator 
este de maior necessidade na área da construção civil. Os perfis Light Steel frame são 
produzidos em aço galvanizado, tornando a construção limpa, segura e eficaz, em relação às 
construções convencionais. Composta por placas cimentícias, lãs minerais e painéis de 
gesso acartonado, entre outros. É um sistema que segue padrões rigorosos de controles de 
qualidade. 
O sistema Steel Frame originou-secom construções de habitações de madeira, realizadas 
pelos colonizadores em território americano, ficando conhecido como Wood Frame, com o 
crescimento da economia americana ao longo dos anos foram necessário métodos mais 
eficazes, com a produção do aço no período pós-segunda guerra possibilitou a evolução nos 
processos de fabricação de perfis, o uso dos perfis de aço substituiu o de madeira, tornando-se 
vantajoso pela resistência, durabilidade, eficiência estrutural, resistindo a catástrofes naturais 
como terremoto e furacões. No Brasil, a aplicação do sistema Light Steel Frame iniciou-se no 
final da década de 90, desde então ganhando projeção no mercado, sendo executado em várias 
regiões do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1.1 Objetivo 
 
O presente trabalho tem como objetivos: 
 
 
Apresentar o método Light Steel Framing ainda pouco aceito no Brasil, segundo 
levantamento bibliográfico, ampliar o conhecimento sobre o assunto. Demonstrar as 
principais características, as inúmeras vantagens e etapas envolvidas no aspecto construtivo, 
levando em consideração o meio de escolha para a fundação, estruturação e tipos de 
fechamentos externo e interno. 
 
 
2. Definição 
A definição “Steel Framing” vem do inglês steel que significa aço e framing que vem 
de frame que significa moldura, estrutura ou esqueleto. O “Steel Framing” pode ser definido 
como um processo pelo qual um “esqueleto” estrutural em aço é composto por diversos 
elementos individuais ligados entre si, estes passa a funcionar como um conjunto resistente às 
cargas solicitadas na edificação e dá forma a mesma. O “Light Steel Frame” ou LSF não pode 
ser resumido apenas a sua estrutura, ele é composto de vários componentes como fundação, 
isolamento termoacústico, fechamento interno e externo, instalações elétricas e hidráulicas 
(FREITAS, 2006). 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA), o LSF é um 
sistema construtivo construídos em perfis de aço galvanizado formado a frio, esses perfis são 
projetados para suportar as cargas da edificação para garantir os requisitos de funcionamento 
desta. Este sistema construtivo é aberto, e permite a utilização de diversos materiais. Sendo 
flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos, racionalizando e criando condições 
favoráveis à utilização dos recursos e o gerenciamento das perdas. É customizado permitindo 
total controle dos gastos já na fase de projeto, além de ser durável e reciclável. 
Apesar de o LSF ser um sistema construtivo bastante utilizado nas construções 
industrializadas, o Brasil mantém seu sistema construtivo artesanal, e por isso aqui o LSF não 
é muito conhecido. Assim, para uma melhor visualização do sistema, podemos compará-lo ao 
“drywall” que é utilizado como sistema de vedação interna no Brasil. Apesar do “Steel 
Frame” e o “drywall” serem visualmente semelhantes, conceitualmente apresentam 
características bem distintas. O “Steel Frame” é a conformação do esqueleto estrutural 
composto por painéis em perfis leves. Já o “drywall” é um sistema de vedação, não estrutural, 
que utiliza aço galvanizado em sua sustentação, com espessura menor do que a “Light Steel 
Framing” que necessita de uma estrutura externa ao sistema para suportar as cargas da 
edificação. 
 
 
 
7 
 
3. Características do Light Steel Framing 
FREITAS (2006) define o LSF como um sistema construtivo de concepção racional, 
sua principal característica é sua estrutura constituída por perfis formados a frio de aço 
galvanizado que são utilizados na composição de painéis estruturais ou não, vigas de piso, 
vigas secundárias, tesouras de telhado e outros componentes. Por ser um sistema 
industrializado, possibilita uma construção a seco com grande rapidez de execução. Devido a 
essas características o sistema LSF é também conhecido por Sistema Auto-portante de 
Construção a seco. Como um sistema destinado a construção de edificações, ele é um 
composto por vários componentes e subsistemas. Esses subsistemas são, além de estrutural, 
de fundação, de isolamento termo-acústico, de fechamento interno e externo, de instalações 
elétricas e hidráulicas (CONSULSTEEL, 2002). 
 
4. Sistema construtivo 
 
A estrutura da construção é constituída de painéis metálicos, composto de perfis de 
aço conforme dimensionamento dado pelas normas técnicas da AISI - American Iron and 
Steel Institute (pé-direito mínimo: 2,70m pav. térreo e 2,40m pav. superior) de 0,95 mm de 
espessura, com revestimento anticorrosivo zincado por imersão a quente. 
 
Os perfis são fixados entre si, através de parafusos autobrocantes, compondo painéis de 
paredes, lajes de piso/forro e estrutura de telhado. Constituindo dessa forma, um conjunto 
único de grande resistência e apto a absorver as cargas e esforços solicitados pela edificação e 
agentes da natureza (vento, chuva, etc). 
 
 
O dimensionamento e espaçamentos padronizados dos perfis estruturais seguem também a 
normalização da AISI e são definidos conforme necessidade do projeto arquitetônico e 
estrutural. 
 
Demais elementos estruturais como cantoneiras e fitas de aço, utilizados para rigidez e 
contraventamento são compostos do mesmo tipo de aço dos perfis. A estrutura de aço é 
ancorada junto à fundação com parafusos e pinos específicos. 
 
O aço utilizado para obtenção destes perfis é mais usualmente o A653 que leva um tratamento 
anticorrosivo por imersão em zinco quente ou liga zinco-alumínio que permite garantir a 
durabilidade das peças metálicas durante centenas de anos. Testes realizados indicam que na 
situação a qual o aço é empregado deste tipo de construção sua durabilidade pode chegar a 3 
mil anos. 
 
Sua comercialização é feita pela indústria siderúrgica em forma de bobinas com 1,20m de 
largura que posteriormente são cortadas (slitadas) em tiras de menor largura e moldadas a frio 
em perfiladeiras na forma desejada. 
 
Os perfis variam tanto em espessura como na dimensão da alma. Quando utilizado em paredes 
variam de 90 mm a 140 mm de largura e 0,8mm a 1,18mm de espessura. Na utilização em 
lajes variam de 200 mm a 400 mm de largura e 0,95mm a 2,5mm de espessura. 
8 
 
 
A engenharia utilizada é voltada para que o prédio, além de suportar as cargas verticais, 
resista a fenômenos sísmicos. Para permitir a flexibilidade necessária para garantir esta 
estabilidade todos os elementos metálicos são aparafusados entre si. 
 
O revestimento do esqueleto metálico é mais frequentemente realizado com placas OSB que 
também contribui para o suporte de esforços verticais e horizontais. 
 
 
4.1 Perfis metálicos 
 
4.1.1 Elementos dos perfis 
 
a) Montantes e guias 
 
 
Perfis formados a frio utilizados na confecção dos painéis do sistema LSF. 
 
 
 
 
 Figura 1 – Montante e guia (Fonte: Revista Téchne, 135). 
 
Formação dos painéis. 
 
9 
 
a) Cantoneiras 
 
Figura 2 – Cantoneira (Fonte: Revista Téchne, 135). 
 
b) Chapas 
 
Figura 3 – Chapas (Fonte: Revista Téchne, 135). 
 
Formando assim uma espécie de esqueleto que se torna a estrutura da edificação, como mostra 
a (figura 4). 
 
Figura 4 - Estrutura em Steel frame (Fonte: Revista Téchne, 135). 
 
 
10 
 
5. Etapas construtivas 
5.1 Fundação 
 
A estrutura de LSF e os componentes de fechamento exigem bem menos da fundação do que 
outras construções pelo fato de serem mais leves. O tipo de fundação mais utilizada nesse método é o 
Radie, sendo realizado da mesma forma como no processo da construção convencional e deve-se 
observar atentamente o isolamento contra a umidade. (FREITAS; DE CRASTO, 2006). 
FREITAS, de CRASTO (2006) mencionam ainda que devido à estrutura distribuir uniformemente a 
carga ao longo dos painéis estruturais, a fundação deverá ser contínua suportando os painéis em toda a 
sua extensão, levando em consideração que o tipo de fundaçãovai depender de alguns fatores como a 
topografia, tipo do solo, nível do lençol freático e da profundidade de solo firme. Todas essas 
informações podem ser obtidas pela sondagem do terreno. Segundo FREITAS; de CRASTO, (2006) 
para uma maior eficiência estrutural, deve-se considerar um bom projeto e execução da fundação, pois 
a precisão da montagem da estrutura e outros componentes dependem de uma base nivelada 
corretamente e em esquadro. 
Conforme a revista Téchne, nº 135 de junho 2008 o “Light Steel Framing” geralmente é 
montado sobre uma fundação tipo radier, executada sobre isolamento hidrófugo e com as 
alimentações elétricas e hidráulicas já instaladas. O sistema de fundação tipo radier é o mais 
utilizado, entretanto o cálculo estrutural indicará o tipo mais adequado de fundação. Após a 
fabricação dos painéis de aço, os mesmos são fixados à fundação através de chumbadores 
Instalações provisórias de painéis, através da utilização de pinos fixados por pólvora, também 
é usuais na fase de montagem, entretanto, esta fixação não fornece ancoragem suficiente, 
sendo indispensável o uso dos chumbadores para garantir a transferência das cargas da 
edificação para a fundação e dessa para o terreno. 
 
 
5.1.1 Radier 
 
O radier é constituído por uma laje de concreto armado executada bem próxima da 
superfície do terreno e recebe todo o apoio da estrutura. “Neste caso, o solo é visto como um 
meio elástico formando infinitas molas que agem sob a porção inferior da placa, gerando uma 
reação proporcional ao deslocamento”. (TERNI; SANTIAGO; PIANHERI, 2008, p.88). É um 
tipo de fundação rasa que estruturalmente, pode ser liso ou formado por lajes com vigas de 
bordas e internas para aumentar sua rigidez. Sempre que o terreno permite, o radier é o tipo de 
fundação mais utilizado em LSF (figura 5). (FREITAS; de CRASTO, 2006). 
A fundação em radier é constituída por um único elemento que distribui toda a carga da 
edificação para o terreno, constituindo-se em uma distribuição de carga tipicamente 
superficial. O radier é uma laje de concreto armado, que distribui a carga total da edificação 
uniformemente pela área de contato. 
Como qualquer outra fundação, requer uma boa impermeabilização a fim de evitar infiltração 
e umidade. A execução do radier (figura 6) permite locar as furações para as instalações 
hidráulicas, sanitárias, elétricas e de telefonia, onde devem ser precisas às posições e diâmetro 
dos furos para evitar um desalinhamento na montagem dos painéis. 
11 
 
 
Figura 5 – Corte esquemático de uma laje radier. 
Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf 
 
A ancoragem da estrutura deve ser bem dimensionada e executada, para que interaja com a 
fundação de maneira que não ocorra deslocamento. Ancoragem é a maneira construtiva que a 
estrutura deve se prender à fundação e permitir que a transmissão dos esforços impeça 
qualquer deslocamento indesejável. Todos os tipos de ancoragem requerem uma guia, um 
perfil estrutural horizontal, onde nele são presos os montantes chamados de perfis verticais. 
 
Figura 6 - Detalhe laje radier (Fonte - Revista Téchne, 135). Fonte: 
http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/135/imprime93203.asp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
5.2 Estrutura 
 
É necessário para qualquer edificação um sistema estrutural adequado, o qual possa 
possibilitar uma estabilidade e condições de uso onde possa está sujeita a diversas ações, Steel 
Frame traz estas condições para população, sua proposta é a de utilizar perfis dobrados a frio, 
fabricados a partir de bobinas de aço de alta resistência e revestidos com zinco ou liga de 
alumínio-zinco. As chapas têm entre 0,8 mm e 3,0 mm de espessura, sendo a mais utilizada a 
de espessura de 0,95 mm. Exemplo (figura7). 
 
 
Figura 7 – Designações dos perfis de aço formados a frio para uso em Light Steel Frame e suas respectivas 
aplicações. (Fonte - NBR15253: 2005) 
 
Composto basicamente por três tipos de subestruturas: 
5.2.1 Pisos estruturais; 
5.2.2 Paredes estruturais; 
5.2.3 Sistema de cobertura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Na ilustração (figura 8) é possível visualizar uma casa em LSF desde a parede, pisos e coberturas, que 
quando reunidos resistem aos esforços solicitantes. (FREITAS de CRASTO, 2006). 
 
 
 
Figura 8 – Desenho esquemático de uma residência em Light Steel Framing. 
Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf 
 
5.2.1 Pisos Estruturais 
 
A subestrutura de piso é basicamente composta por vigas apoiadas sobre as paredes 
estruturais, vencendo os vãos entre elas. As cargas aplicadas sobre essas vigas são os 
carregamentos permanentes e acidentais de pisos, e os modelos estruturais geralmente 
utilizados para o dimensionamento desses elementos, são os de viga bi- apoiada ou viga 
contínua. 
A (figura 9) ilustra o apoio dessas vigas sobre paredes centrais e paredes laterais. 
 
Figura 9- Vigas apoiadas sob-paredes centrais e lateral (Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço) 
http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf
14 
 
5.2.2 Paredes Estruturais 
 
Compostas por montantes que suportam as vigas de piso, estando ligado à arquitetura 
das edificações contendo aberturas de janela, portas e ventilação, sendo as cargas atuantes 
naturais do apoio das vigas de piso, as montantes das paredes externas estão sujeitos ao 
carregamento de vento, que atua diretamente sobre as paredes. Logo, esses elementos 
estruturais são dimensionados como se fossem colunas sujeitas a carregamentos de 
compressão e flexão. 
As figuras 10, 11 e 12 ilustram respectivamente detalhes da conexão desses elementos 
estruturais com as fundações, com os revestimentos e entre duas paredes: 
 
 
Figura 10 - Detalhes da conexão dos elementos Figura 11 - Detalhes da conexão dos 
estruturais com a fundação elementos estruturais com o revestimento 
 (Fonte: centro Brasileiro de Construção em Aço) 
 
Figura 12 - Detalhes da conexão dos elementos estruturais entre duas paredes. Fonte: Centro Brasileiro de 
Construção em Aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
5.2.3 Sistemas de cobertura 
 
Compostas de treliças e/ou caibros vencendo os vãos de telhado como mostra a figura 
13. 
 
Figura 13 - Subestrutura de cobertura (Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço). 
 
5.3 Fechamento e Revestimento 
 
5.3.1 Placas cimentícia; 
5.3.2 Painéis de madeira conhecidos como OSB; 
5.3.3 Placas de gesso acartonado. 
 
5.3.1 Placas Cimentícias 
 
São placas finas de concreto, fabricadas a partir de argamassas especiais contendo 
aditivos e uma elevada porcentagem de cimento. Geralmente são confeccionadas a partir de 
moldes metálicos, utilizando a mesma tecnologia do concreto pré-moldado. 
O fechamento com placa cimentícia é mais compatível com o sistema, pois suas placas são 
leves, pequena espessura, impermeáveis, resistente aos impactos, baixa condutividade 
térmica, durabilidade, permite diversos acabamentos. Quanto aos fabricantes, o que diferencia 
uma placa da outra é seu acabamento e composição. A fixação da placa cimentícia é feita com 
parafusos ponta-broca, cabeça auto-escariante e aletas de expansão, pois evitam que o 
parafuso faça rosca na placa, e facilita a instalação (figura 14). (REVISTA TÉCHNE n°.139, 
2008). 
16 
 
 
Figura 14 – As juntas internas não devem ser coincidentes. Fonte: Téchne, 2008, ed. 139, p.78. 
 
5.3.2 Painéis de Madeira 
 
Um dos seus componentes mais utilizado é o OSB (Oriented Strand Board), é um tipo 
de painel de madeira fabricado com três a cinco camadas de tiras de madeira reflorestada, 
cruzadasperpendicularmente. 
 
 Figura 15 - Placas OSB (Fonte: Revista Téchne edição 136) 
 
5.3.3 Placas de gesso acartonado 
 
É fabricado a partir do minério de gesso ou Gipsita, em duas fases. Na primeira fase é 
feita a moagem e a calcinação da Gipsita, enquanto que a segunda etapa consiste na 
fabricação dos painéis propriamente dito, dividi-se o sistema de vedação vertical em três 
partes: 
a) A Primeira corresponde aos fechamentos externos como mostra a (figura 16), onde se 
pode analisar que se delimitam as áreas molháveis; 
b) A segunda refere-se aos isolantes térmicos e acústicos, que são colocados entre as 
placas e entre os montantes; 
c) Os fechamentos internos, instalados nas áreas secas ou úmidas, mas não molháveis. 
17 
 
 
Figura 16- Fechamento de parede em Steel frame (Fonte: Revista Téchne edição 139) 
 
5.4 Isolamentos térmicos /Acústico 
 
O desempenho termo-acústico é determinado pela capacidade de proporcionar 
condições adequadas de qualidade para as atividades para o qual foi projetada. É uma forma 
de controlar a qualidade do conforto dentro de m ambiente desde que as condições externas 
não influenciem as internas (FREITAS; de CRASTRO, 2006). Tradicionalmente, os 
princípios de isolação consideram que materiais de grande massa ou densidade são melhores 
isolantes. Porém, é errado pensar que estruturas e vedações mais leves que têm 
consequentemente uma menor massa para isolamento dos ambientes pode levar a condições 
de conforto não satisfatórias. Para aumentar o desempenho diversas combinações podem ser 
feitas, a fim de aumentar o desempenho do sistema, através da colocação de mais camadas de 
placas ou aumentando a espessura da lã mineral (figura 17). 
 
Neste sistema combinam-se placas leves de fechamento, formando por duas placas onde é 
totalmente preenchida com um material isolante (lã mineral) como mostra a Figura 18. O 
isolamento térmico é um dos argumentos fortes para o emprego da tecnologia Steel Frame em 
qualquer ambiente. 
 
Figura 17 - Colocação das mantas isolantes no interior das paredes 
(Fonte: Revista Téchne, edição 139). 
 
18 
 
 
Figura 18 – Instalação de lã de vidro em painel. 
Fonte: http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_manuais_arquitetura.pdf 
 
5.5 Instalações Elétricas e Hidráulicas 
 
Para as edificações em Steel frame, utilizam-se as mesmas instalações para edificações 
convencionais, apresentando o mesmo desempenho, desta forma utiliza-se os mesmos 
materiais empregados em construções convencionais, sendo seus princípios de projetos os 
mesmos aplicados em edificações convencionais e, portanto, as considerações para projeto, 
dimensionamento e uso das propriedades dos materiais não divergem do tratamento 
tradicional nessas instalações. 
As paredes do sistema Steel frame funciona como shafts visíveis, facilitando a execução e a 
manutenção desses subsistemas (figura 19, 20 e 21). 
 
Figura 19 - Paredes em Steel frame com instalações elétricas e hidráulicas (Fonte: Revista Téchne edição 141) 
 
Figura 20 - detalhe instalação elétrica (Fonte: Revista Equipe de Obra). 
 
19 
 
 
Figura 21- Parede em Steel frame funcionando como shaft (Fonte: Revista Téchne). 
 
O fato de as paredes e lajes funcionarem como shafts visíveis permite que as interferências 
entre os sistemas elétricos e hidráulicos, sejam fáceis de serem visualizadas durante a 
execução das instalações, facilitando o trabalho e diminuindo a chance de acidentes como, por 
exemplo, danificar algum tubo ao furar quando se executa a instalação elétrica, recomenda-se 
que a execução das instalações ocorra após as finalizações completa das montagens das 
estruturas das paredes, lajes e coberturas. Também é desejável que os revestimentos externos 
e a cobertura já estejam instalados, minimizando o risco de danos às instalações em virtude de 
vento e chuva, e assim diminuir a chance de acidentes com os profissionais envolvidos. 
O sistema Steel frame, com sua concepção racionalizada, permitem a execução das 
instalações com o mínimo de transtornos, pouco desperdício e grande facilidade de controle e 
inspeção dos serviços concluídos. 
 
5.6 Lajes e coberturas 
 
A laje do sistema construtivo Steel Frame obtém os mesmos princípios de separação e 
modulação determinada pelas cargas submetidas. São perfis denominados vigas de piso, 
sujeitos ao peso próprio, pessoas, mobiliários e ainda servem de estrutura de apoio do 
contrapiso. Tem a altura da alma determinada pelo vão entre apoios, podendo ser trabalhada 
muitas vezes com treliças planas para vencer maiores vãos, como demonstra a Figura 22. 
 
 
Figura 22- estrutura laje e cobertura (Fonte: LpBrasil) 
20 
 
Composta de perfis de aço galvanizado e placas rígidas. Entre as duas camadas de chapas 
fixadas em sentido alternado existem uma proteção acústica de um painel rígido para piso 
para redução do nível de ruído entre pavimentos. 
 
 
5.6.1 Características 
 
 Material leve; 
 Fácil manutenção e instalação 
 Rápida instalação; 
 Possui os mesmos princípios das estruturas convencionais; 
 Mesmos materiais das estruturas convencionais telhas metálicas, cerâmicas, 
fibrocimento entre outras (Figura 23). 
 
 
 
Figura 23 - estrutura da cobertura. (Fonte: Brasiplac – Brasilit) 
 
 
5.6.2 Cobertura 
 
A cobertura depende da dimensão, dos vãos que deverão ser vencidos, ações da 
natureza, opções arquitetônicas e estéticas, relação custo-benefício, entre outros. Os 
elementos da cobertura são: 
 
 Vedação (telhas); elementos que dão suporte à cobertura, como as ripas, caibros, 
tesouras; 
 Sistema de escoamento das águas pluviais, como condutores, calhas e rufos. 
 
As coberturas para LSF, por sua leveza, podem ser usadas em edificações convencionais, e 
são capazes de vencer grandes vãos. Para executar estruturas de coberturas de LSF, utilizam-
se os mesmo perfis usados nas paredes, que são U e Ue, com alma de 90 mm, 140 mm ou 200 
mm de altura. (REVISTA TÉCHNE n°.144, 2009). Segundo Freitas; de Crasto (2006) os 
tipos de coberturas são variados. 
21 
 
 Coberturas Planas: são menos comuns, geralmente resolvidas como uma laje úmida 
onde a inclinação para o caimento da água é obtida variando a espessura do contrapiso 
de concreto. Para vãos maiores sem apoios intermediários, são utilizadas as treliças 
planas, de perfis Ue galvanizadas. 
 
 De acordo com a BRASILIT, em construções LSF, as telhas shingle são as mais 
usadas. São duráveis, flexíveis, pois são compostas de manta asfáltica com grão 
mineral e possui beleza estética. Onde essa proporciona um isolamento térmico e 
acústico superior às convencionais, alta resistência mecânica, resistência à força dos 
ventos, não absorve umidade e têm menor peso. Essa característica oferece uma maior 
versatilidade e adaptação aos diversos projetos e durabilidade superior. Fabricadas 
com grãos de cerâmica pré-pintados, em véu estrutural de fibra de vidro embebido em 
emulsão asfáltica. (figura 24-25). 
 
 
Composição: 
a) Subcobertura aumenta a proteção contra a infiltração e proporciona a aderência das 
telhas; 
b) Telhas shingle, produzidas por uma base asfáltica, fibra de vidro, coberta com grão; 
c) Cumeeiras de ventilação, que melhoram a circulação do ar e garante um conforto 
térmico; 
d) As telhas por serem flexíveis, permitem uma adaptação perfeita nas diversas partes de 
união entre as águas do telhado. 
 
 
Figura 24 – Composição do telhado. Figura 25 - cobertura com telha shingle 
Fonte: http://www.brasilit.com.br/produtos/telhas-shingle (Fonte Brasilit) 
 
 
 
 
http://www.brasilit.com.br/produtos/telhas-shingle
22 
 
5.7 Acabamentos 
5.7.1Revestimentos Interno 
 
Aplica-se sob as placas ou chapas, os matérias mais utilizados são: 
 
 Cerâmica; 
 Pintura; 
 Textura; 
 Ou outros usualmente aplicados na construção civil convencional (Figura 26). 
 
 
 
Figura 26 - acabamento interno, pintura lisa, base acrílica (Fonte: Brasiplac – Brasilit). 
 
 
5.7.2 Revestimento externo 
 
 Pastilhas; 
 Pedras (mármore ou granito); 
 Reboco; 
 Pintura (figuras 27 e 28). 
 
Atualmente, no Brasil já existem revestimentos desenvolvidos especialmente para o 
sistema Steel Framing, como o Siding Vinílico. 
 
 
 
Figura 27- Superfície lisa e uniforme. Figura 28 - acabamento externo texturizado, base acrílica. 
(Fonte: Brasiplac – Brasilit) 
 
 
 
 
23 
 
6. Vantagens e Desvantagem 
 
Especialista alemão defende impacto ambiental nulo na construção de novos edifícios, 
da fabricação dos materiais à destinação dos resíduos ao fim de sua vida útil. 
Werner Sobek formou-se em Arquitetura e Engenharia Estrutural em Stuttgart em 1980, onde 
também fez pós-graduação e PhD em Engenharia Estrutural. Em 1991, tornou-se diretor do 
Instituto de Projeto Estrutural e Métodos Construtivos. Entre 1991 e 1994 foi professor na 
Universidade de Hannover (Alemanha), quando passou a lecionar na Universidade de 
Stuttgart. Sobek fundou em 1992 sua consultoria de engenharia e projeto que hoje está 
presente em Stuttgart, Frankfurt, Nova York, Istambul, Moscou, Cairo, Dubai e São Paulo, 
além de ser um dos fundadores do German Sustainable Building Council DGNB, em 2007, 
tendo sido eleito presidente para 2008-2010. 
O nível de compreensão da sustentabilidade já ultrapassou o conceito puramente ecológico 
para abranger outras questões, como a funcionalidade das construções e seu custo. Este custo, 
porém, deve ser avaliado globalmente, e Werner Sobek alerta que devemos considerar a vida 
útil dos materiais e do empreendimento em si em uma avaliação de longo prazo, que chega até 
à demolição total da edificação. Assim, é preciso pensar no impacto dos materiais não só na 
sua produção, mas em seu descarte no final da vida do edifício, que fatalmente vai ocorrer, 
mais cedo ou mais tarde. Esta visão de longo prazo está presente no conceito desenvolvido 
por Sobek, o Triple Zero, segundo o qual a construção deve demandar zero energia em seu 
funcionamento, ter zero emissões de CO2 em todo o seu processo e produzir zero resíduos em 
toda sua vida útil. A reciclagem, aqui, é uma grande aliada na escolha de materiais, poupando 
o planeta de receber resíduos em aterros. O mesmo ocorre para matérias com grande 
durabilidade: seu resíduo “melhora” sua cota de energia, além de amortizar o custo. E, se um 
investimento inicial para uma construção verdadeiramente sustentável é maior, o retorno 
econômico é certo, defende Sobek.·. 
Diz-se muito que um empreendimento é sustentável só porque colocou dois aquecedores 
solares na cobertura e um sistema coletor de água de chuva, que mal se aproveita. O conceito 
de "sustentabilidade" na construção não teria virado apenas marketing? 
É verdade que algumas pessoas usam os termos como "green building" e "sustentabilidade" 
puramente para intenção de marketing. Isto é muito triste, mas, felizmente, é a exceção e mão 
a regra. A maior parte das pessoas, ao menos na Alemanha, entendeu que a sustentabilidade é 
muito mais que o uso de um selo ou por em funcionamento o uso de certas ferramentas 
consideradas úteis para o meio ambiente. Mas, por sua vez, painéis solares e coletores de água 
de chuva não são inerentemente "verdes" — apenas quando é desenvolvida uma abordagem 
holística que considere as qualidades ecológicas, econômicas e funcionais de um edifício. Aí 
se pode falar de real sustentabilidade. Alias, é por este motivo que dizemos "Sustentabilidade 
é mais que o verde" ("Sustainability is more than green", em livre tradução). 
 Sustentabilidade Tripla 
12/03/2012 | Revista Téchne - Fevereiro 2012 
 
 
 
24 
 
6.1 Vantagens 
 
a) Custo preciso da construção, a partir do projeto de execução aprovado. 
 
b) Menor prazo de execução - A fabricação da estrutura em paralelo com a execução das 
fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços simultaneamente, a 
diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da estrutura não ser afetada pela 
ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até 40% no tempo de execução quando 
comparado com os processos convencionais. 
 
c) Melhoria no desempenho acústico e térmico através da instalação da lã de rocha e lã 
de vidro entre as paredes e forro. Cerca de duas vezes e meio superior a parede de alvenaria 
convencional; 
 
d) Facilidade e baixo custo na manutenção de instalações de hidráulica, elétrica, ar 
condicionado, gás, etc. Mesmo no caso de necessidade de intervenções em algum dos 
sistemas a praticidade com que se executa o serviço é muito grande, não gerando sujeira ou 
barulho, instalação flexível e fácil das tubulações hidráulicas, elétricas, etc. 
 
e) Reciclagem e reaproveitamento de vários materiais aplicados no sistema em especial o 
aço. O aço é o único material que pode ser reaproveitado inúmeras vezes sem nunca perder 
suas características básicas de qualidade e resistência. Não por acaso, o aço, em suas várias 
formas, é o material mais reciclado em todo o mundo; 
 
f) Os perfis de aço galvanizado não contribuem para a propagação do fogo. 
 
g) Resistência à corrosão, os perfis de aço galvanizado exibem maior estabilidade 
dimensional. Ao contrário da madeira, não empenam nem trincam por causa da dilatação. 
 
h) Alta Durabilidade: de acordo com as especificações de revestimento mínimo exigido 
pelo sistema, o zinco, utilizado para a proteção do aço, pode facilmente garantir a proteção do 
aço para toda vida útil da habitação. 
 
i) Segurança: este é provavelmente um dos aspectos mais relevantes no processo de 
decisão do sistema construtivo. O fato de se utilizar materiais leves em comparação ao peso 
da alvenaria. O avanço na tecnologia dos materiais vai levar cada dia mais a busca por 
soluções mais resistentes com menor utilização de insumos. 
 
25 
 
j) O “Steel Frame” garante ainda agilidade às obras, especialmente quando há pouco 
espaço para canteiro. Racionalização de materiais e mão de obra - Numa obra, através de 
processos convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A estrutura 
em aço possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com que o desperdício seja 
sensivelmente reduzido. 
 
k) Flexibilidade de modulação e layout, ampliação das possibilidades de uso do espaço. 
O processo industrial de fabricação resulta em peças de qualidade controlada e de precisão 
dimensional. Quanto ao aspecto estético, garante ângulos e esquadros precisos, o que implica 
qualidade superior de acabamento. 
 
l) Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura em aço ocorre dentro de uma 
indústria e conta com mão de obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a garantia de 
uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle existente durante todo o processo 
industrial. 
 
m) Organização do canteiro de obras - Como a estrutura em aço é totalmente pré-
fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência de grandes 
depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo também o inevitável 
desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor geração de entulho oferece ainda 
melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na 
obra. 
 
6.2 Desvantagens 
 
a) Barreira cultural: comodismo por parte de construtores e consumidores impede a 
aceitação de novas tecnologias; 
 
b) Falta de visão sistêmica dos construtores:o potencial de racionalização oferecido pelo 
sistema não é totalmente explorado; 
 
c) Uso de diferentes placas para o fechamento: na execução deve-se estar atento para não 
utilizar as placas de gesso recomendadas para áreas secas em áreas molháveis; 
 
d) Falta de conhecimento técnico: na elaboração de projetos e de mão de obra qualificada 
para execução do sistema; 
 
e) Fatores climáticos: o não conhecimento do sistema construtivo leva as pessoas a 
pensarem que o uso da técnica não é adaptado a todas às regiões – quentes ou frias. 
26 
 
7. Normas Técnicas ABNT 
 
 NBR 14323 - Dimensionamentos de estruturas de aço em situação de incêndio – 
Procedimento; 
 NBR 14432 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos – 
Procedimento; 
 NBR 14513 - Telhas de aço revestido de seção ondulada - Requisitos gerais; 
 NBR 14514 - Telhas de aço revestido de seção trapezoidal - Requisitos gerais; 
 NBR 14718 - Guarda-corpos para edificação; 
 NBR 14762 - Dimensionamento de Estruturas de Aço constituídas por perfis formados 
a frio; 
 NBR 15217 - Perfis de aço para sistemas de gesso acartonado – Requisitos; 
 NBR 15253 – Perfis de Aço Formados a Frio, com Revestimento Metálico para 
painéis Reticulados em Edificações: Requisitos Gerais; 
 NBR 15980 - Perfis laminados de aço para uso estrutural — Dimensões e tolerâncias; 
 NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; 
 NBR 5920 - Chapas finas a frio e bobinas finas a frio, de aço baixa liga, resistentes à 
corrosão atmosférica, para uso estrutural – requisitos; 
 NBR 5921- Chapa fina a quente e bobinas finas a quente de aço baixa liga, resistentes 
à corrosão atmosférica, para uso estrutural – requisitos; 
 NBR 6355 – Perfis Estruturais de Aço Formados a Frio – Padronização; 
 NBR 6657 – Perfis de estruturas de aço; 
 NBR 5008 - Chapa grossa e bobina grossa, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão 
atmosférica, para uso estrutural – requisito; 
 NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; 
 NBR 5884 - Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico - Requisitos gerais; 
 NBR 6008/6009 - Perfis I e H de abas paralelas, de aço, laminados a quente - 
Padronização. 
 NBR 6120 - Carga para cálculo de estruturas de edificações – Procedimento; 
 NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento; 
 NBR 6355 - Perfis estruturais de aço formados a frio – Padronização; 
 NBR 7007 - Aços carbono e microligados para barras e perfis laminados a quente para 
uso estrutural; 
 NBR 8681 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento; 
 NBR 8800 - Projeto de Estruturas de aço e de Estruturas mistas de aço e concreto de 
edifícios. 
 
 
 
 
 
 
27 
 
8. Conclusão 
 
Atualmente a preocupação com impacto ambiental e utilização sustentável de recursos faz do 
aço e do método LSF uma opção promissora em função da economia energética, do menor 
consumo de matérias-primas e da diminuição na geração de detritos. Percebe-se que a 
montagem da estrutura deste sistema se encaixa perfeitamente no conceito de construção seca 
e industrializada, pois não há utilização de concreto ou argamassa. 
A maior velocidade na execução da obra condiz com o atual crescimento do setor da 
construção civil e na preocupação em reduzir custos. Além disso, haverá um ganho adicional 
pela ocupação antecipada do imóvel e na rapidez do retorno do capital investido. 
Com relação ao custo das estruturas de aço em alguns casos á maior do que os ditos 
convencionais, porém estes sistemas industrializados são concebidos para resultar em 
vantagens para o conjunto da obra, que podem facilmente reverter o custo final da obra, 
mesmo que o custo específico do aço tenha sido maior. 
Ainda que as vantagens deste sistema sejam evidentes, a construção civil nacional ainda é 
predominantemente artesanal por questões histórico-culturais e ainda há uma carência de 
informações sobre os princípios de execução e montagem deste método. Todo este panorama 
dificulta a análise da viabilidade econômica relativa à sua adoção e a comparação com outros 
sistemas. Há problema ainda na formação universitária deficiente de engenheiros inaptos a 
trabalhar com estruturas metálicas. O engenheiro sabe usar, calcular e produzir com o 
concreto, mas geralmente não tem quase nenhuma informação sobre estrutura metálica devido 
a pouca informação nas universidades. Sugere-se desta forma a inclusão de disciplinas no 
currículo que supram esta deficiência. A construção em aço e suas diversas aplicações com o 
uso de sistemas industrializados são alternativas que garantem a evolução do conceito de 
qualidade, racionalidade e economia no processo da construção civil no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
9. Referencias Bibliográficas 
 
FREITAS, A. M. S; CRASTO, R. C. M. Steel Framing: Arquitetura. Manual de Construção 
em Aço. Rio de Janeiro, CBCA, 2006. 
CONSTRUTORA SEQUÊNCIA Portfólio de Obras. Disponível em: 
http://www.construtorasequencia.com.br/potifoli_obrassteel.html. Acesso entre maio 2013 e 
jun. 2013. TERNI, A. 
FARIA R. Industrialização econômica. Revista TÉCHNE 136 - Julho de 2008. 
HERNANDES. H. Sistema industrializado de construção – Steel framing edificações leves. 
Disponível em: <http://www.metalica.com.br/sistema/bin/pg_dinamica. Php?id_pag=1793>. 
Acesso em: 10 de março de 2013. 
RODRIGUES, F. C. Steel Framing: Engenharia. Manual de Construção em Aço. Rio de 
Janeiro, 2006. 
JUNIOR. C.J.P. Edifícios de pequeno porte contraventados com perfis de chapa fina de aço. 
Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro 2004. 
MANUAL DE CONSTRUÇÃO EM AÇO – Interfaces aço-concreto IBS – Instituto 
Brasileiro de Siderurgia/ CBCA – Centro Brasileiro de Construção em aço - CBCA. 
MANUAL DE CONSTRUÇÃO EM AÇO – STELL FRAMING: Engenharia Instituto 
Brasileiro de Siderurgia CBCA. 
 
 
http://relativa.com.br/defaultlivros.asp?Origem=Pesquisa&TipoPesquisa=Autor&PalavraChave=IBS%20-%20INSTITUTO%20BRASILEIRO%20DE%20SIDERURGIA%20/%20CBCA%20-%20CENTRO%20BRASILEIRO%20DA%20CONSTRUCAO%20EM%20ACO
http://relativa.com.br/defaultlivros.asp?Origem=Pesquisa&TipoPesquisa=Autor&PalavraChave=IBS%20-%20INSTITUTO%20BRASILEIRO%20DE%20SIDERURGIA%20/%20CBCA%20-%20CENTRO%20BRASILEIRO%20DA%20CONSTRUCAO%20EM%20ACO
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