Buscar

DireitoTributário 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 84 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO 
TRIBUTÁRIO 
PARA CONCURSOS 
MÓDULO COMPLETO 
 
 
Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
2 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
CONCURSO: 
 
ASSUNTO: Direito Tributário 
 
1. DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO. 
• Ramo autônomo do direito público; 
• Desvinculação do direito financeiro. 
Conceitos: 
"...o ramo do direito público que rege as relações 
jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da 
atividade financeira do Estado no que se refere à 
obtenção de receitas que correspondam ao conceito de 
tributos”1. 
“ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco 
e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de 
qualquer espécie, limitando o poder de tributar e 
protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”2. 
 
01. (FCC – PGE/SE – 2005) Direito tributário é o 
conjunto de normas que 
 
A) regula o destino dos valores arrecadados a 
título de tributo dentro da máquina do Estado. 
B) regula o comportamento dos agentes públicos 
na condução orçamentária da Administração 
Pública Direta e Indireta. 
C) regula o comportamento dos agentes públicos 
na condução orçamentária apenas da 
Administração Pública Direta. 
D) regula o comportamento das pessoas de levar 
dinheiro aos cofres públicos. 
E) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual 
e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
 
 
2. TRIBUTO 
Receita derivada: Decorre do patrimônio do particular 
pelo uso da supremacia do interesse público sobre o 
particular. Ex: tributos, multas e reparação de guerra. 
 
2.1. Conceito 
CTN: “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade 
 
1 Rubens Gomes de Souza - "Compêndio de Legislação Tributária". 
Edições Financeiras S.A.. - RJ: 2ª ed., 1954. Pp. 13 e 14. 
2 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª Ed. 
São Paulo: Malheiros, 2008. P. 49. 
administrativa plenamente vinculada”. 
a) prestação pecuniária em moeda ou cujo valor se 
possa exprimir: pecúnia significa dinheiro. Logo, o 
tributo deve ser uma prestação em dinheiro. Não há 
tributo in natura ou in labore. Contudo, o art. 3º, com o 
uso da expressão “cujo valor se possa exprimir”, 
autoriza que o tributo seja estipulado em unidades de 
referência (UFIR, UFIRCE etc). 
 
b) compulsória: não há facultatividade no pagamento de 
tributos. Consagra o Poder de Império do Estado e a 
essência de receita derivada do tributo. 
c) que não constitua sanção de ato ilícito: a única 
distinção conceitual entre tributos e multa. 
Obs: Princípio “pecunia non olet”: as atividades ilícitas 
não podem ser tributadas, mas o produto dessas 
atividades podem e devem sofrer a tributação. Art. 118, 
CTN. 
STF: “(...) Jogo do Bicho. Possibilidade jurídica de 
tributação sobre valores oriundos de prática ou atividade 
ilícita. Princípio do Direito Tributário do non olet. (…) 2. A 
jurisprudência da Corte, à luz do art. 118 do Código 
Tributário Nacional, assentou entendimento de ser 
possível a tributação de renda obtida em razão de 
atividade ilícita, visto que a definição legal do fato 
gerador é interpretada com abstração da validade 
jurídica do ato efetivamente praticado, bem como da 
natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Princípio do 
non olet. (HC 94240, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, 
Primeira Turma, julgado em 23/08/2011). 
 
d) instituída em lei (princípio da legalidade): decorre do 
art. 5º, II, da CF/88: “II - ninguém será obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”. 
 
Lei e Medida Provisória: 
CF/88: “art. 62, § 2º: “Medida provisória que implique 
instituição ou majoração de impostos, exceto os 
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi 
editada”. 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
3 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
EXERCÍCIOS: 
 
02. Conforme o artigo 3º do Código Tributário Nacional, 
tributo: 
 
A) é a prestação pecuniária postulada pelo ente 
político de forma aleatória. 
B) não constitui sanção por ato ilícito. 
C) não precisa ser instituído por legislação 
específica. 
D) tem sua cobrança exercida de acordo com a 
necessidade de cada ente político e não por 
meios administrativos. 
 
03. (CESPE – TJBA/2013 – Cartórios) É correto afirmar 
que tributo é 
 
A) considerado uma fonte de receita originária 
por parte do ente tributante. 
B) toda prestação pecuniária compulsória 
cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
C) toda prestação pecuniária cobrada mediante 
atividade administrativa discricionária 
instituída em lei. 
D) toda prestação pecuniária referente a sanção 
pela prática de ato ilícito e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente 
vinculada. 
E) toda prestação pecuniária que o contribuinte 
faz ao ente tributante de forma facultativa. 
 
04. João auferiu renda superior a R$ 100.000,00 no ano 
calendário de 2005, mas não apresentou declaração 
ao fisco federal em virtude de essa renda ter sido 
proveniente da prática de tráfico ilícito de 
substâncias entorpecentes. Em regular atividade 
fiscal, João foi compelido a pagar multa pecuniária 
pelo atraso na entrega de sua declaração de renda. 
Considerando a situação hipotética apresentada 
acima e as normas do sistema tributário nacional, 
assinale a opção correta. 
 
A) Constitui tributo a multa imposta a João pelo 
atraso na entrega de sua declaração de renda. 
B) João não está obrigado a pagar o imposto de 
renda em razão de os valores por ele auferidos 
terem sido provenientes de atividade ilícita. 
C) O imposto de renda poderá ser instituído por 
lei complementar, lei ordinária, medida 
provisória ou decreto. 
D) O imposto de renda deve ser informado pelo 
princípio da legalidade, anterioridade e da 
capacidade contributiva. 
 
 
05. (FCC - 2012 - Auditor Fiscal do Município de São 
Paulo) Um contribuinte deixou de emitir o 
documento fiscal referente a uma prestação de 
serviço tributada pelo ISS, tributo de competência 
municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada 
penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa 
obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea 
"a" do Decreto Municipal 52.703/11) Essa 
penalidade pecuniária 
 
A) é imposto, pois está prevista na legislação do 
ISS. 
B) não é imposto, mas é tributo, em sentido 
amplo, pois tem natureza compulsória. 
C) é tributo, porque é cobrado por meio de 
atividade vinculada, conforme estabelece o 
Código Tributário Nacional. 
D) não é tributo, pois sanção pelo cometimento 
de ato ilícito não pode ser definida como 
tributo. 
E) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o 
erário pelo dano causado pelo 
descumprimento de uma obrigação acessória. 
 
06. (ESAF/SEFAZ/2006) Segundo definição contida no 
art. 3º do Código Tributário Nacional,tributo é uma 
prestação pecuniária que, entre outras 
características, é instituída em lei. A partir daí, e 
considerando os dispositivos constitucionais sobre 
as espécies normativas, podemos concluir que: 
 
A) as medidas provisórias, por veicularem 
necessariamente matéria relevante e urgente, 
são incompatíveis com o princípio 
constitucional da anterioridade, razão pela 
qual não podem cuidar de matéria tributária. 
B) as medidas provisórias podem, em 
determinadas situações, versar sobre matéria 
tributária. 
C) medidas provisórias são aptas a instituir, mas 
não a aumentar tributos. 
D) a fim de que se compatibilizem com as 
limitações constitucionais ao poder de tributar, 
as medidas provisórias somente poderão 
cuidar de normas gerais em matéria tributária, 
mas não da instituição de tributos. 
E) as medidas provisórias, assim como as leis 
delegadas, não podem cuidar de matéria 
tributária, em nenhuma situação. 
 
 
2.2. Funções dos Tributos 
a) FISCALIDADE: a principal função do tributo é a 
arrecadação de receitas. É a principal função da maioria 
dos tributos. Ex: IR, ICMS e ISS. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
4 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
b) EXTRAFISCALIDADE: a principal função é intervir nos 
setores social e econômico. Ex: II, IE, IPI, IOF, CIDE. 
 
c) PARAFISCALIDADE: a sua função é a arrecadação de 
recursos para o custeio de atividade desenvolvidas por 
outras entidades. Relacionada à delegação da capacidade 
tributária. Ex: Contribuições do Sistema “S” (SESI, SESC, 
SENAI, etc.) e Contribuições de interesse de categorias 
profissionais (anuidades do CREA, CRC, etc.). 
 
07. (VUNESP – TJSP/2017 – Juiz Substituto) A 
extrafiscalidade pode ser conceituada como: 
 
A) a possibilidade de delegação da capacidade 
tributária ativa e da aptidão de exigir e 
arrecadar tributo, desde que o faça por lei, a 
outra pessoa de direito público ou privado que 
preste serviços públicos. 
B) o mecanismo pelo qual a pessoa política, por 
meio de lei, transfere sua capacidade ativa a 
outra pessoa de direito público, como as 
autarquias. 
C) a atividade que se expressa na atuação estatal 
de exigência de tributos com o objetivo 
exclusivo de arrecadação, e a geração de 
receitas, operando-se em desvio de finalidade. 
D) o emprego de instrumentos tributários para o 
alcance das finalidades não arrecadatórias, 
mas incentivadoras ou inibidoras de 
comportamentos, com vista à realização de 
valores constitucionalmente relevantes. 
 
08. (FGV – TJPA/2009 – Juiz Substituto) O Estado 
Moderno é caracterizado pelas finanças funcionais, 
ou seja, pela atividade financeira do Estado 
orientada no sentido de influir sobre a conjuntura 
econômica. Prova desse fato é: 
 
A) o mix tributário diversificado dos Estados. 
B) a criação de multas elevadas no âmbito fiscal. 
C) a extrafiscalidade marcante de alguns tributos. 
D) o tabelamento de preços, em situações de 
crise. 
E) a despersonalização dos impostos. 
 
09. (FCC – 2016 – Procurador do Estado/MA) 
Considerando as funções do tributo, considera-se 
na concepção de tributo com finalidade extrafiscal a 
 
A) seletividade de alíquotas do Imposto sobre a 
Propriedade Territorial Urbana – IPTU em razão 
do uso do imóvel ser comercial ou residencial. 
B) progressividade de alíquotas do Imposto sobre 
a Propriedade Territorial Urbana − IPTU em 
razão do valor venal do imóvel. 
C) progressividade de alíquotas do Imposto de 
Renda Pessoa Física – IRPF em razão da renda 
e dos proventos auferidos no ano-base. 
D) aplicação de alíquota interestadual para o 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços – ICMS nas operações e prestações 
que destinem serviços a consumidor final. 
E) aplicação de alíquotas diferenciadas para o 
Imposto sobre a Propriedade de Veículos 
Automotores – IPVA em razão do tipo de 
combustível. 
 
 
2.3. Espécies de Tributo 
Tributo é um gênero com diversas espécies tributárias. 
Quais são as espécies de tributos e, principalmente, 
quantas são? 
a) Corrente Tricotômica: imposto, taxa e contribuição de 
melhoria. 
CTN: “Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e 
contribuições de melhoria”. 
CF/88: “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas”. 
 
b) Corrente pentapartida ou quinquinária: Cinco 
espécies tributárias. 
I - IMPOSTOS 
II - TAXAS 
III - CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
IV - EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIO 
V - CONTRIBUIÇÕES. 
 
10. (FGV – 2014 – PGM-Niterói/RJ) Em um precedente 
específico, o STF detalhou as espécies tributárias à 
luz do Sistema Tributário implantado pela 
Constituição de 1988. Isso se deu no julgamento do 
Recurso Extraordinário nº 138.284-CE, do qual foi 
Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi 
acompanhado pela unanimidade dos demais 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
5 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
Ministros. Em tal precedente, o STF concluiu que as 
espécies tributárias são 
 
A) impostos e taxas. 
B) impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
C) impostos, taxas e empréstimos compulsórios. 
D) taxas, contribuições de melhoria e 
empréstimos compulsórios. 
E) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e 
contribuições de melhoria e parafiscais. 
 
11. (FGV – 2013 – Juiz/AM) A Constituição da República 
prevê, em seu art. 145, que "A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão 
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição; III - contribuição de 
melhoria, decorrente de obras públicas". Isso 
significa que 
 
A) estas são as únicas espécies tributárias 
admitidas pela Constituição. 
B) estas são as únicas espécies tributárias 
admitidas pelo Supremo Tribunal Federal. 
C) estas são as espécies tributárias que podem 
ser instituídas tanto pela União quanto pelos 
Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de 
outras previstas na própria Constituição da 
República. 
D) estas são as espécies tributárias que podem 
ser instituídas tanto pela União quanto pelos 
Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de 
outras previstas na Constituição dos Estados 
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios. 
E) os empréstimos compulsórios e as 
contribuições sociais não têm natureza 
tributária. 
 
 
2.4. NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO 
• A natureza jurídica do tributo é determinado pelo 
fato gerador. Então para diferenciar entre as várias 
espécies tributárias basta analisar o FG. 
• É irrelevante para a caracterização do tributo: a 
denominação e a destinação da arrecadação. 
• Exceção: ??? 
CTN: “Art. 4º.A natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, 
sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I – a denominação e as demais características formais 
adotadas pela Lei; 
II– a destinação legal do produto da sua arrecadação.” 
 
12. (FCC – SEFIN/RO – 2010) Para se identificar a 
natureza jurídica específica de um tributo 
considera-se, em regra, 
 
A) o fato gerador da respectiva obrigação 
tributária. 
B) a destinação legal do produto de sua 
arrecadação. 
C)a validade jurídica dos atos efetivamente 
praticados pelos contribuintes. (D) os efeitos 
dos atos jurídicos efetivamente ocorridos. 
E) a denominação e demais características 
formais adotadas pela lei. 
 
13. A destinação do produto da arrecadação, à luz da 
constituição de 1988, é: 
 
A) relevante, em se tratando de impostos 
municipais; 
B) relevante, em se tratando de taxas de polícia; 
C) relevante, em se tratando de contribuição de 
melhoria; 
D) relevante, em se tratando de empréstimo 
compulsório; 
E) irrelevante. 
 
 
3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: 
• Poder de Tributar: poder de instituir tributos; 
• Compreende a competência legislativa plena; 
• Poder conferido pela CF; 
• CF não cria tributos. 
 
Características: 
– indelegável: a competência tributária não pode ser 
delegada, pois assim alteraria a CF. 
Pode-se delegar a capacidade tributária (funções de 
cobrar, fiscalizar e executar as leis) para outra pessoa 
jurídica de direito público. 
Obs1: Com a delegação da capacidade tributária, as 
garantias e prerrogativas processuais são repassadas 
à pessoa jurídica delegada. 
Obs2: Não se constitui delegação, repassar a função 
de arrecadar à pessoas jurídicas de direito PRIVADO. 
Ex: bancos. 
 
– Intransferível: 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
6 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
Obs: A repartição de receitas não configura 
transferência de competência tributária. Ex: ICMS e 
FPE. 
 
– Incaducabilidade: o não exercício da competência 
tributária não configura a perda do direito de instituir 
o tributo. Ex: IGF. 
 
– Irrenunciável: princípio da indisponibilidade do 
interesse público. 
 
– Facultativa: a CF/88 não obriga a instituição dos 
tributos elencados. 
 Cuidado: LRF: “Art. 11: Constituem requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
tributos da competência constitucional do ente da 
Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de 
transferências voluntárias para o ente que não 
observe o disposto no caput, no que se refere aos 
impostos”. 
 
CTN: “Art. 6º A atribuição constitucional de competência 
tributária compreende a competência legislativa plena, 
ressalvadas as limitações contidas na Constituição 
Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e 
observado o disposto nesta Lei. 
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, 
no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito 
público pertencerá à competência legislativa daquela a 
que tenham sido atribuídos. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, 
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos 
do § 3º do artigo 18 da Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os 
privilégios processuais que competem à pessoa jurídica 
de direito público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, 
por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público 
que a tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o 
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo 
ou da função de arrecadar tributos. 
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a 
defere a pessoa jurídica de direito público diversa 
daquela a que a Constituição a tenha atribuído”. 
 
14. A Constituição Federal estabelece regras de 
competência tributária. São características da 
competência tributária, EXCETO: 
 
A) Exclusividade. 
B) Indelegabilidade. 
C) Cadubilidade. 
D) Inalterabilidade. 
 
15. A União instituiu certo tributo federal e atribuiu a 
uma autarquia a função de arrecadar e fiscalizar o 
mencionado tributo. Tendo como referência inicial a 
situação acima apresentada, assinale a opção 
correta acerca da competência tributária. 
 
A) Em havendo discussão judicial acerca do 
tributo instituído, a autarquia não será 
beneficiada pelas garantias e privilégios 
processuais atribuídos à União. 
B) A atribuição das funções de arrecadar e 
fiscalizar o tributo instituído pela União 
poderia ter sido conferida a pessoa jurídica de 
direito privado. 
C) É lícito que a União revogue, a qualquer tempo 
e por ato unilateral, as atribuições conferidas à 
autarquia. 
D) A situação apresentada constitui hipótese de 
delegação da competência tributária da União. 
 
16. (FCC - 2016 - Auditor Fiscal do Município de 
Teresina) O Código Tributário Nacional estabelece 
que a atribuição constitucional de competência 
tributária para os Estados instituírem impostos 
como o IPVA 
 
A) compreende o compartilhamento da 
competência legislativa com os Municípios 
localizados em seu território, em razão de 
parte da receita deste imposto pertencer aos 
Municípios. 
B) compreende a competência legislativa plena a 
respeito desse imposto, ressalvadas as 
limitações existentes, contidas na Constituição 
Federal, nas Constituições dos Estados e 
observado o disposto no CTN. 
C) será, quando não exercida pelo Estado, 
exercida pelos Municípios nele localizados, que 
deverão fiscalizá-lo e cobrá-lo. 
D) pode ser delegada aos Municípios localizados 
em seu território, quando esses Municípios 
optarem, na forma da lei, por fiscalizá-lo e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art18§3
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
7 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
cobrá-lo, e desde que essa delegação não 
implique redução do imposto ou qualquer 
outra forma de renúncia fiscal. 
E) pode ser definitivamente perdida, a favor da 
União, quando o Estado não a exercer por três 
anos consecutivos, ou por cinco intercalados, 
subsistindo a repartição de suas receitas com 
os Municípios localizados no Estado que não 
exerceu sua competência. 
 
17. (FGV - 2014 - Auditor Fiscal do Município de 
Recife) Com relação à competência tributária, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Permite que uma pessoa jurídica de direito 
público delegue a outra a atribuição de 
executar leis em matéria tributária, conforme a 
legislação. 
B) Significa que todos os entes políticos que 
compõem a Federação estão dotados de 
competência legislativa plena. 
C) Representa o poder que é outorgado pela 
Constituição Federal para a criação de tributos 
a todos os entes administrativos de direito 
público. 
D) Admite a delegação da administração dos 
tributos, porém não confere ao delegatário as 
garantias e privilégios do poder delegante. 
E) Autoriza que pessoa jurídica de direito público 
possa exercer, em caráter residual, a 
competência conferida a outrem que, 
entretanto, não a exerce. 
 
18. (FCC - 2014 – SEFAZ/RJ) De acordo com o que 
estabelece a Constituição Federal, o IPVA é tributo 
de competência estadual e 50% de sua receita deve 
ser repassada aos municípios, observados os 
critérios constitucionais para isso. 
Nesse sentido, considere: 
 
I. As atribuições do Estado do Rio de Janeiro para 
arrecadar o crédito tributário do IPVA e para 
fiscalizá-lo são delegáveis aos municípios 
fluminenses, relativamente aos veículos neles 
licenciados. 
II. A competência do Estado do Rio de Janeiro 
para instituir o IPVA é delegável aos municípios 
fluminenses, em cujos territórios os 
proprietários de veículos tenham seus 
domicílios. 
III. Caso o Estado do Rio de Janeiro decida por não 
exercer sua competência tributária, tal fato só 
deferiráessa competência aos municípios 
fluminenses que tiverem veículos licenciados 
em seus territórios. 
IV. O Estado do Rio de Janeiro tem competência 
legislativa plena, em relação ao IPVA, 
ressalvadas as limitações contidas na 
Constituição Federal e na Constituição Estadual 
Fluminense. 
V. O fato de os municípios fluminenses terem 
direito a receber 50% da receita do IPVA não 
retira a competência do Estado do Rio de 
Janeiro para legislar sobre esse imposto, mas 
permite o compartilhamento da atividade 
legislativa, em relação às obrigações tributárias 
acessórias. 
 
Com base no CTN, está correto o que se afirma 
APENAS em 
 
A) IV e V. 
B) I e II. 
C) III e V. 
D) II e III. 
E) I e IV. 
 
19. (FCC - 2012 - Auditor Fiscal do Município de São 
Paulo) Município Deixa pra Lá, não conseguindo, 
hipoteticamente, exercer sua competência 
constitucional tributária para instituir o ITBI no seu 
território, celebrou acordo com o Estado federado 
em que se localiza, para que esse Estado passasse a 
exercer, em seu lugar, a competência constitucional 
para instituir o referido imposto em seu território 
municipal e, ainda, para que exercesse as funções 
de fiscalizar e arrecadar esse tributo, recebendo, 
em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título 
de "retribuição compensatória". Relativamente a 
essa situação, o Município Deixa pra Lá 
 
A) pode delegar sua competência tributária e 
suas funções de arrecadar e de fiscalizar 
tributos a outra pessoa jurídica de direito 
público. 
B) não pode delegar sua competência tributária a 
qualquer outra pessoa jurídica de direito 
público, embora possa delegar as funções de 
arrecadar e de fiscalizar tributos de sua 
competência tributária. 
C) não pode delegar sua competência tributária, 
nem suas funções de fiscalizar tributos a 
qualquer outra pessoa jurídica de direito 
público, embora possa delegar suas funções de 
arrecadar tributos de sua competência 
tributária. 
D) não pode delegar sua competência tributária, 
nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar 
tributos de sua competência tributária a 
qualquer outra pessoa jurídica de direito 
público. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
8 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
E) não pode delegar sua competência tributária, 
nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar 
tributos de sua competência tributária a 
qualquer outra pessoa jurídica de direito 
público, mas pode delegar as funções de 
arrecadação às instituições bancárias públicas 
e privadas. 
 
20. O conceito de tributo, nos termos do Código 
Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, 
exceto: 
 
A) o poder de tributar é prerrogativa do Poder 
Público, que o faz para custear suas ações no 
interesse da sociedade. 
B) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco 
importa para a legislação do imposto sobre a 
circulação de mercadorias e serviços, por 
exemplo, a origem lícita ou ilícita de 
determinadas mercadorias, desde que reste 
configurada a hipótese de incidência do 
referido tributo, qual seja, a circulação dessas 
mercadorias, para que possa ele ser exigido. 
C) nem toda prestação pecuniária prevista em lei 
constitui tributo, mas somente aquelas que 
reúnam o conjunto dos requisitos previstos na 
definição de tributo, consoante o Código 
Tributário Nacional. 
D) o Estado exige os tributos compulsoriamente 
das pessoas, portanto, a obrigação de pagar 
tributos não decorre da vontade do 
contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante 
nessa matéria. 
E) embora sendo uma obrigação de direito 
público, absolutamente indisponível por parte 
da administração, admite-se, desde que haja a 
respectiva previsão legal, a delegação dessa 
obrigação a outras pessoas jurídicas, como 
empresas públicas e sociedades de economia 
mista. 
 
Gabarito 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
D B B D D B D C E E 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C A D C C B A E B E 
 
 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
 
3.1 Espécies de Competência Tributária 
a) COMPETÊNCIA COMUM 
A competência comum é conferida a todos os Entes. As 
taxas e contribuições de melhoria podem ser instituídas 
pela União, Estados, DF e Municípios. 
 
b) COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
A competência privativa está relacionada aos impostos. 
Cada entidade institui privativamente os impostos 
taxativamente previstos na CF. A União tem competência 
privativa para instituir os impostos do art. 153, CF; os 
Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir 
os do art. 155, CF; e os Municípios os do art. 156, CF. 
 
c) COMPETÊNCIA CUMULATIVA: 
Art. 147 da CF: 
“competem a União, em Território Federal, os impostos 
Estaduais e se o Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao DF cabem os 
impostos municipais e estaduais”. 
• Distrito Federal: impostos estaduais (competência 
privativa) e municipais (competência cumulativa), já que 
o DF não pode ser dividido em municípios (art. 32 da 
CF). 
• União: impostos estaduais nos Territórios Federais e, se 
não divididos em Municípios, também aos impostos 
municipais. 
 
d) COMPETÊNCIA EXCLUSIVA: 
- Empréstimos compulsórios e contribuições; 
- Só a União tem essa competência. 
 
e) COMPETÊNCIA RESIDUAL: 
CF/88: 
“Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei 
complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição”; 
Art. 195, §4º: “A lei poderá instituir outras fontes destinadas 
a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, 
obedecido o disposto no art. 154, I”. 
Art. 25, § 1º: “São reservadas aos Estados as competências 
que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. 
• Impostos: 
- Só a União tem essa competência; 
- previsto no art. 154, I da CF; 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
9 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
- mediante lei complementar; 
- impostos novos (desde que não tenham fato gerador ou 
base de cálculo dos impostos discriminados nesta CF); 
- não-cumulativos; 
- repartição de receitas: 20% para os Estados. 
 
• Contribuições: 
- Só a União tem essa competência; 
- previsto no art. 195, §4º c/c 154, I, ambos da CF; 
- financiar para a seguridade social; 
- mediante lei complementar; 
- contribuições novas (desde que não tenham fato gerador 
ou base de cálculo das contribuições discriminadas nesta 
CF); 
- não-cumulativos. 
 
• Taxas e contribuições de melhoria: 
- Estados e Distrito Federal; 
- previsto no art. 25, §1º c/c com o art. 145 da CF. 
 
EXERCÍCIOS 
 
01. Sobre o imposto residual, é correto afirmar que 
 
A) é de competência comum da União, Estados e Distrito 
Federal. 
B) pode ser instituído por medida provisória, em caso de 
relevância e urgência na obtenção desta fonte de 
receita. 
C) tem por motivo a guerra externa ou sua iminência ou 
situação de calamidade pública. 
D) pode ser instituído sobre fato gerador ou base de 
cálculo já previsto na Constituição. 
E) vinte por cento do produto arrecadado será repassado 
pela União aos Estados e Distrito Federal. 
 
02. A CF, ao disciplinar as competências tributárias das 
unidades da Federação, criou a competência residual. 
A respeito da competência tributária residual, 
assinale a opção correta. 
 
A) A competência tributária residual é aquela que 
possibilita aos estados instituíremtributos já criados 
na esfera federal. 
B) Esse tipo de competência rege a criação de tributos 
pela União na iminência de guerra externa. 
C) A competência tributária residual tem origem no fato 
de ser possível a todas as unidades da Federação criar 
taxas. 
D) A criação de novos tributos não previstos na CF 
depende de aprovação de lei complementar Federal. 
E) A competência tributária residual é exclusiva da União, 
que pode criar tributos cumulativos. 
 
03. Além das inúmeras contribuições sociais instituídas 
no texto da Constituição Federal, há possibilidade de 
instituição de novas espécies de contribuição social? 
Assinale a assertiva que responde incorretamente à 
pergunta formulada. 
 
A) Pode haver contribuição social com o mesmo fato 
gerador de outra já existente. 
B) O rol de contribuições sociais não é taxativo. 
C) Há previsão constitucional de competência residual. 
D) A diversidade da base de financiamento permite 
outras contribuições sociais. 
E) A União pode instituir outras contribuições sociais. 
 
 
f) COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA: 
Art. 154, II, CF: Art. 154. A União poderá instituir: (...) 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, 
cessadas as causas de sua criação”. 
- Impostos extraordinários de guerra (IE); 
- Só a União tem essa competência; 
- previsto no art. 154, II, da CF; 
- Só precisa de lei ordinária, assim, poderá ser por 
Medida Provisória (não precisa ser convertida antes do 
fim do exercício para iniciar a cobrança); 
- Não atende aos princípios da anterioridade e na 
anterioridade nonagesimal; 
- Não precisa de fato gerador diferente dos impostos 
discriminados nesta CF. Ex: IR extraordinário, IPVA 
extraordinário, ISS extraordinário; 
- Não tem como fato gerador a guerra; 
- Deve cessar a cobrança até 5 anos do término do 
conflito: “Art. 76, CTN: Na iminência ou no caso de 
guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, 
impostos extraordinários compreendidos ou não entre os 
referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no 
prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da 
paz”. 
 
EXERCÍCIOS: 
 
04. Autoridades brasileiras constataram que as relações 
internacionais com determinado país vizinho 
começaram a se deteriorar velozmente, e todas as 
medidas diplomáticas ao alcance de nossas 
autoridades foram inúteis para reverter o quadro que 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
10 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
apontava para a eclosão de guerra iminente. Em 
razão disso, o País teve de começar a tomar medidas 
defensivas, visando a aparelhar as forças armadas 
brasileiras de modo a que pudessem defender o 
território nacional e sua população. Os ministérios 
das áreas competentes constataram que seria 
necessário incrementar a arrecadação de tributos 
em, pelo menos, 20%, para fazer face às despesas 
extraordinárias que essa situação estava 
ocasionando. Com base na situação hipotética 
descrita e nas regras da Constituição Federal, 
 
A) a União poderá instituir, mediante lei, tanto 
empréstimos compulsórios para atender a despesas 
extraordinárias, decorrentes de guerra externa ou sua 
iminência, como impostos extraordinários, sendo 
estes últimos apenas no caso de guerra externa 
deflagrada. 
B) a União, não tendo despesas extraordinárias a atender, 
poderá instituir, na iminência de guerra externa, 
mediante lei complementar, empréstimo compulsório, 
que deverá ser cobrado, observados os princípios da 
anterioridade e da noventena (anterioridade 
nonagesimal). 
C) os Estados e os Municípios, por meio de lei, poderão 
instituir contribuições de beligerância, a serem 
lançadas e cobradas na fase pré-conflito, para custear 
as despesas necessárias à adaptação da infraestrutura 
urbana das cidades que fazem fronteira com a 
potência estrangeira hostil. 
D) a União, tendo ou não tendo despesas extraordinárias 
a atender, poderá instituir, na iminência de guerra 
externa, mediante lei, impostos extraordinários, 
dispensada a observância dos princípios da 
anterioridade e da noventena (anterioridade 
nonagesimal). 
E) a União, os Estados e os Municípios, na iminência de 
guerra externa, poderão, por meio de lei, instituir, 
respectivamente, adicionais do ITR, do IPVA e do IPTU 
sobre a propriedade de bens de estrangeiros 
residentes no Brasil, nacionais da potência estrangeira 
hostil. 
 
 
05. Considerando as regras constitucionais sobre 
competência tributária, assinale a alternativa 
CORRETA. 
 
A) A competência residual para estabelecer impostos não 
previstos na Constituição Federal é comum aos entes 
federativos. 
B) A competência residual, que será exercida mediante 
lei complementar, permite criar impostos que sejam 
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base 
de cálculo próprios dos impostos discriminados na 
Constituição. 
C) A competência residual poderá ser exercida pelos 
entes federativos para criar tributo destinado a fazer 
frente a investimento necessário e imprescindível 
decorrente de calamidade pública ou grave situação 
de risco à saúde pública. 
D) A União poderá criar impostos extraordinários em caso 
de guerra externa, respeitada sua competência 
tributária e a obrigação de suprimi-los, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
E) Compete à União a competência residual, bem como a 
competência para criação de impostos extraordinários 
no caso de guerra externa ou sua iminência, sempre 
por meio de lei complementar. 
 
06. A Constituição Federal atribui à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios competências 
tributárias privativas, vedando que um ente político 
invada a competência do outro, exceto, em relação 
 
A) à União que, no exercício de sua competência residual, 
poderá invadir as competências tributárias dos entes 
políticos, para instituir impostos cumulativos, com fato 
gerador e base de cálculo já relacionados na 
Constituição Federal. 
B) aos Estados-membros, que podem conceder 
moratória de caráter geral, em relação aos tributos 
municipais. 
C) à União que, na iminência ou no caso de guerra 
externa, poderá instituir impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência 
tributária. 
D) à União, que pode instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
E) aos Estados-membros, que podem conceder 
parcelamento, isenções e anistia de tributos 
municipais. 
 
07. Cobrança de contribuição sindical rural patronal. 
Identidade de base de cálculo e sujeição passiva com 
o imposto territorial rural - ITR. Nesse caso, de 
simultânea cobrança da contribuição e do ITR, pode-
se dizer que: 
A) É inexigível a cobrança da contribuição por incidir o 
art. 154, I. da Carta Magna; 
B) É indevida a cobrança da contribuição porquanto 
haveria bitributação; 
C) Tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe 
a coincidência da sua base de cálculo com a do 
imposto, o que é vedado relativamente às taxas; 
D) Mesmo as contribuições criadas na forma do § 4°, do 
art. 195, da Constituição Federal, podem ter fato 
gerador e base de cálculo próprios das contribuições 
existentes, quando a União obedece à regra da 
competência residual. 
 
 
 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
11 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
4. AS DIFERENTES ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
4.1. Impostos 
CTN: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por 
fato geradoruma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 
- Tributo não vinculado; 
- servem para cobrir os gastos com os serviços gerais (Uti 
universi). 
- princípio da não-afetação: é vedado vincular receita de 
imposto. 
“Art. 167. São vedados: (…) IV - a vinculação de receita de 
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que 
se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para 
as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades 
da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem 
como o disposto no § 4º deste artigo; 
- Exceções ao princípio da não-afetação: repartição de 
receitas; saúde, educação, administração tributária e ARO. 
 
EXERCÍCIOS 
 
08. (CESPE – 2016 – MPOG/Contador) Define-se como 
imposto o tributo cuja obrigação tem por fato gerador 
situação vinculada a uma atividade estatal 
específica dirigida ao contribuinte. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
09. (CESPE – 2017 – PGM/Fortaleza) O imposto é espécie 
tributária caracterizada por indicar fato ou situação 
fática relativa ao próprio contribuinte no aspecto 
material de sua hipótese de incidência. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
10. (CONSULPLAN – 2017 – TJMG) À luz do princípio da 
não afetação, marque a alternativa correta: 
 
A) O regime constitucional atual adota o princípio da não 
afetação, proibindo a vinculação de receita de 
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas 
algumas situações. 
B) A Constituição Federal atual veda a afetação da 
receita, relativamente às taxas e contribuição de 
melhoria. 
C) O Supremo Tribunal Federal não reconhece a 
possibilidade de a lei estabelecer a afetação de receita 
de taxa a determinado órgão, fundo ou despesa 
públicos. 
D) O regime constitucional atual veda a vinculação do 
produto da arrecadação de qualquer tributo a 
determinado órgão, fundo ou despesa. 
 
 
4.2. Taxa 
CF/88: “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (…) II - 
taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição”; 
 “§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos”. 
- tributo vinculado; 
- na realização efetiva do poder de polícia; 
- na prestação ou disponibilização de serviço público 
específico e divisível. 
- serviços públicos individuais (uti singuli). 
 
 TAXA E PREÇO PÚBLICO (TARIFA): 
Súmula 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não 
se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são 
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia 
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. 
TAXA PREÇO PÚBLICO (TARIFA) 
Regime jurídico tributário 
(legal) 
Regime jurídico contratual 
Regime jurídico de direito 
publico 
Regime jurídico de direito 
privado 
Não há autonomia da 
vontade 
(cobrança compulsória) 
Decorre da autonomia da 
vontade do usuário (é 
facultativo) 
Pode ser cobrada por 
utilização potencial do 
serviço 
Só a utilização efetiva enseja 
cobrança 
Sujeita aos princípios 
tributários 
(legalidade, anterioridade 
etc) 
Não sujeito aos princípios 
tributários 
Os serviços públicos 
propriamente estatais são 
indelegáveis 
São delegáveis 
Receita derivada Receita originária 
 
EXERCÍCIOS 
 
11. (FCC – 2014 – SEFAZ/ES) Consideram-se divisíveis os 
serviços públicos justificadores da cobrança de taxas 
quando 
 
A) forem de utilização compulsória e postos à disposição 
mediante atividade estatal. 
B) puderem ser usufruídos a qualquer título. 
C) forem suscetíveis de utilização, separadamente, pelos 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
12 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
usuários. 
D) forem suscetíveis de utilização efetiva pela 
coletividade, e não somente pelo usuário. 
E) puderem ser destacados em unidades autônomas de 
atuação da administração. 
 
12. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) O Município de Caruaru-PE, 
mediante a edição da Lei no 5.658/2014, instituiu a 
cobrança de TLP − Taxa de Limpeza Pública, que tem 
como fato gerador os serviços de conservação e 
limpeza de logradouros públicos pelo referido 
município. Na situação hipotética, a cobrança desse 
tributo é 
 
A) ilegítima, pois a competência para estabelecer 
cobrança de taxa sobre serviços de conservação e 
limpeza de logradouros públicos é do Estado. 
B) ilegítima, pois o fato gerador corresponde a serviço 
público universal e indivisível, que não possibilita a 
individualização dos respectivos usuários. 
C) legítima, pois visa a custear a prestação de serviços 
públicos específicos e divisíveis, ostentando o caráter 
retributivo inerente às taxas. 
D) legítima, pois o fato gerador corresponde a serviço 
público universal e indivisível, prescindindo da 
individualização dos respectivos usuários. 
E) ilegítima, pois o fato gerador, próprio de imposto, deve 
ser custeado pelas receitas decorrentes de sua 
exigência. 
 
13. (CESPE-2017-DPU) No cálculo do valor de determinada 
taxa, pode haver elementos da base de cálculo de 
algum imposto, desde que não haja total identidade 
entre uma base e outra. 
 (  ) Certo (  ) Errado 
 
14. (FCC – 2016 – Técnico da Receita Estadual/MA) De 
modo geral, a Constituição Federal não contém 
normas referentes à base de cálculo de tributos, mas 
esse fato não impede que ela, em alguns casos, 
estabeleça regras que digam respeito à base de 
cálculo deles. Uma dessas regras constitucionais 
estabelece que 
 
A) as taxas e as contribuições de melhoria não poderão 
ter base de cálculo própria de impostos. 
B) os impostos não poderão ter base de cálculo própria 
das taxas. 
C) as taxas cobradas em razão do exercício do poder de 
polícia não poderão ter a mesma base de cálculo das 
taxas cobradas pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis. 
D) serão inconstitucionais, tanto o imposto como a taxa, 
quando ambas tiverem a mesma base de cálculo. 
E) as taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
 
 
15. (FGV – 2011 – SEFAZ/RJ) Lei Estadual instituiu 
pedágio a ser cobrado por empresa privada, 
concessionária, para os usuários de determinada 
rodovia que passa pelo território de diferentes 
municípios, sem, no entanto, estabelecer via 
alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a 
hipótese acima, assinale a alternativa correta. 
 
A) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, 
apresenta obrigatoriamente a característica da 
compulsoriedade. 
B) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito 
privado é compatível com o princípio da 
indelegabilidade da competência tributária. 
C) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de 
taxa, não podendo ser cobrado pela empresa 
concessionária, conforme aduz o princípio da 
irrenunciabilidade. 
D) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição 
necessária para a cobrança de pedágio. 
E) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego 
de pessoas ou bens, por meio de pedágio, por 
imposição constitucional. 
 
16. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) Sobre a constitucionalidade 
das taxas, é correto afirmar: 
 
A) É constitucional a taxa cobrada em face do 
fornecimento de iluminação pública, pois 
consubstancia atividade estatal apta a ser remunerada 
por meio dessa espécie tributária. 
B) É inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em 
razão dos serviços públicosde coleta, remoção e 
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos 
provenientes de imóveis, uma vez que realizados em 
benefício da população em geral e de forma 
indivisível. 
C) É constitucional a instituição e a cobrança de taxas por 
emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento 
de tributos, visto que consubstancia atuação estatal 
específica e divisível. 
D) É constitucional a exigência de taxa de prevenção de 
incêndio, cuja base de cálculo é cobrada em função do 
valor venal do imóvel, pois mensura indiretamente a 
quantidade de trabalho ou atividade que o poder 
público se vê obrigado a desempenhar. 
E) É constitucional a taxa de renovação da licença de 
funcionamento e localização municipal, desde que 
efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado 
pela existência de órgão e estrutura competentes para 
o respectivo exercício. 
 
 
4.3. Contribuição de Melhoria 
CTN: “Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela 
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é 
instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
13 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a 
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de 
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. 
- valorização imobiliária decorrente de obra pública; 
- tributo vinculado; 
- 2 limites: 
• limite global: valor total da obra; 
• limite individual: valorização do respectivo imóvel. 
 
EXERCÍCIOS 
 
17. (FCC – 2016 – Técnico da Receita Estadual/MA) Um 
Município brasileiro criou, por meio de lei, uma 
determinada exação, a ser paga pelos habitantes 
daquele Município, em decorrência da realização de 
obra pública que culminou com o incremento do 
turismo na cidade e que também aumentou o 
faturamento do comércio da região. À luz das normas 
do Código Tributário Nacional e da Constituição 
Federal, interpretadas sistematicamente, essa exação 
 
A) denomina-se taxa e esse Município tem competência 
para instituí-lo. 
B) é inconstitucional. 
C) denomina-se contribuição social e esse Município tem 
competência para instituí-lo. 
D) denomina-se contribuição de melhoria e esse 
Município tem competência para instituí-lo. 
E) denomina-se imposto e esse Município tem 
competência para instituí-lo. 
 
 
4.4. Empréstimo Compulsório 
CF/88: “Art. 148. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de 
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição”. 
- Aplicação dos recursos: vincula-se à despesa que 
fundamentou sua instituição (calamidade pública, guerra, 
investimento); 
- Trata-se de um tributo restituível; 
- somente mediante Lei Complementar. 
I) despesas extraordinárias decorrentes de calamidade 
pública, guerra externa ou sua iminência: 
- não se aplicam os princípios da anterioridade e 
anterioridade nonagesimal. 
II) investimento público: 
- aplicam-se os princípios da anterioridade e anterioridade 
nonagesimal. 
 
EXERCÍCIOS 
 
18. Relativamente aos empréstimos compulsórios, é 
certo dizer: 
 
A) São de competência da União e do Distrito Federal. 
B) São instituídos, via de regra, por lei complementar. 
C) A guerra externa ou sua iminência, a calamidade 
pública ou ainda o investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional constituem 
fato gerador do empréstimo compulsório. 
D) A aplicação dos recursos arrecadados é vinculada às 
despesas que fundamentaram sua instituição. 
 
 
4.5. Contribuições 
CF/88: “Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 
150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o 
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de 
que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da 
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da 
União.” 
a) Contribuições sociais, incluindo as da seguridade social; 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a 
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho 
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência 
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e 
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos”. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
14 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
- Não se aplica a anterioridade: 
“Art. 195, §6º As contribuições sociais de que trata este 
artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias 
da data da publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, 
"b"”. 
 
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico; 
- função nitidamente extrafiscal; 
- instrumento de intervenção na economia. 
 
c) Contribuições de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas. 
- função parafiscal. 
Obs: Contribuição de Iluminação Pública 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a 
que se refere o caput, na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
 
EXERCÍCIOS 
 
19. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) De acordo com a 
Constituição Federal, 
 
A) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na 
iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
B) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, 
impostos não compreendidos em sua competência 
tributária, desde que sejam não cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na Constituição Federal. 
C) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente 
de obra pública, ainda que não haja valorização 
imobiliária dela decorrente. 
D) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, 
mediante medida provisória, no caso de investimento 
público de cará- ter urgente e de relevante interesse 
nacional. 
E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderãoinstituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública. 
 
 
 
20. (FGV – 2011 – SEFAZ/RJ) A respeito das espécies de 
tributos, é correto afirmar que 
 
A) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os 
Municípios poderão instituir, exclusivamente, os 
seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. 
B) de acordo com o Código Tributário Nacional, 
considera-se imposto o tributo vinculado a qualquer 
atividade estatal específica. 
C) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação 
estatal específica e tem, como possível fato gerador, o 
exercício regular do poder de polícia. 
D) a instituição de contribuições sociais, de intervenção 
no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, é de competência 
exclusiva da União. 
E) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em 
função da realização de obras e prestação de serviços. 
 
 
5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
(Limitações ao Poder de Tributar) 
Como o Poder de Tributar decorre do Poder de Império, 
sendo este muitas vezes utilizado de forma arbitrária pelos 
governantes, a Constituição Cidadã estipulou várias 
limitações à Competência Tributária, os quais são 
comumente denominados de princípios constitucionais 
tributários. Os princípios estão descritos principalmente 
nos art. 150 a 152 da CF/88, além de outros implícitos no 
Texto Constitucional. 
Obs: o STF entende que as limitações ao poder de tributar 
são garantias individuais do contribuinte, portanto são 
cláusulas pétreas. 
DECISÃO DO STF: “A EC 3, de 17-3-1993, que, no art. 2º, 
autorizou a União a instituir o IPMF, incidiu em vício de 
inconstitucionalidade, ao dispor, no § 2º desse dispositivo, 
que, quanto a tal tributo, não se aplica “o art. 150, III, b, e 
VI”, da Constituição, porque, desse modo, violou os 
seguintes princípios e normas imutáveis (somente eles, não 
outros): o princípio da anterioridade, que e garantia 
“individual do contribuinte (art. 5º, § 2º; art. 60, § 4º, IV; e 
art. 150, III, b, da Constituição)”. [ADI 939, rel. min. Sydney 
Sanches, j. 15-12-1993, P, DJ de 18-3-1994.] 
 
EXERCÍCIOS: 
01) As opções a seguir apresentam princípios 
expressamente albergados na Constituição da 
República aprovada em 1988, à exceção de uma. 
Assinale-a. 
A) Princípio da Legalidade 
B) Princípio da Isonomia 
C) Princípio da Irretroatividade 
D) Princípio da Anterioridade 
E) Princípio da Anualidade 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
15 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
5.1 Princípio da Legalidade Tributária 
Decorre do princípio da legalidade geral inscrito no art. 5º, 
II, da CF/88: “II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” 
CF/88: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”; 
CTN: ”Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o 
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária 
principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 
52, e do seu sujeito passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de 
cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 
65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões 
contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela 
definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de 
créditos tributários, ou de dispensa ou redução de 
penalidades. 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da 
sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. 
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do 
disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor 
monetário da respectiva base de cálculo”. 
DECISÕES DO STF: 
“A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal 
de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei 
pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas 
judiciárias”. [ADI 1.709, rel. min. Maurício Corrêa, j. 10-2-
2000, P, DJ de 31-3-2000.] 
“Não se compreendendo no campo reservado à lei a 
definição de vencimento das obrigações tributárias, 
legítimo o Decreto 34.677/1992, que modificou a data de 
vencimento do ICMS. Improcedência da alegação no 
sentido de infringência ao princípio da anterioridade e da 
vedação de delegação legislativa”. [RE 182.971, rel. min. 
Ilmar Galvão, j. 5-8-1997, 1ª T, DJ de 31-10-1997.] 
“É inconstitucional a majoração do IPTU sem edição de lei 
em sentido formal, vedada a atualização, por ato do 
Executivo, em percentual superior aos índices oficiais”. 
[RE 648.245, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2013, P, DJE 
de 24-2-2014] 
SÚMULA Nº 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o 
IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice 
oficial de correção monetária. 
EXCEÇÕES: Não há exceções em relação ao princípio da 
legalidade tributária para INSTITUIR tributos. 
Há exceções descritas na CF/88 no tocante ao aumento de 
tributos: 
 II, IE, IPI e IOF. 
CF/88: “Art. 153, § 1º É facultado ao Poder Executivo, 
atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, 
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, 
II, IV e V”. 
 CIDE – Combustível 
CF/88: “Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de 
intervenção no domínio econômico relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleo e seus 
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível 
deverá atender aos seguintes requisitos: 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não 
se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b”; 
 
EXERCÍCIOS 
02) O art. 150, I, da Constituição Federal, estipula que, 
sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar 
tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo 
enuncia o Princípio da 
A) Uniformidade Tributária, e admite exceções. Dentre 
estas, a redução e o restabelecimento por ato do 
Poder Executivo da alíquota da Contribuição de 
Intervenção no Domínio Econômico − CIDE relativa às 
atividades de importação de petróleo. 
B) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre 
estas, a fixação das alíquotas máximas e mínimas do 
ISS por meio de Resolução do Senado Federal, 
aprovada por 1/3 dos Senadores. 
C) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre 
estas, o aumento da base de cálculo do IOF por meio 
de decreto do Poder Executivo Federal. 
D) Uniformidade Tributária, e não admite exceções. 
E) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre 
estas, a redução e o restabelecimento por ato do 
Poder Executivo da alíquota da Contribuição de 
Intervenção no Domínio Econômico − CIDE relativa às 
atividades de comercialização de álcool combustível. 
 
03) Considere os impostos abaixo: 
I. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica; 
II. Imposto sobre Produtos Industrializados; 
III. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguros; 
IV. Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação 
de quaisquer Bens ou Direitos; 
V. Imposto sobre a Prestação de Serviços de 
Comunicação. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
16 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
Dentre eles, quaispodem ter a alíquota modificada pelo 
Presidente da República, desde que atendidas as 
condições e os limites estabelecidos em lei? 
A) I e II. 
B) III e V. 
C) II e III. 
D) III e IV. 
E) I e IV. 
04) A Constituição consagra, em seu art. 150, I, o 
princípio da legalidade, segundo o qual não se pode 
exigir ou majorar tributo sem lei. Considerando esse 
princípio, julgue os itens a seguir. 
I A data de pagamento do ICMS, por ser dado que 
repercute na exigibilidade do tributo, não pode ser 
alterada por decreto. 
II É possível a instituição ou majoração de impostos por 
medida provisória, uma vez que esta tem força de lei. 
A medida provisória, contudo, somente produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia do exercício em que 
tiver sido editada. 
III Existem exceções ao princípio da legalidade. Assim, as 
alíquotas do Imposto de Importação (II), Imposto de 
Exportação (IE), Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), e do Imposto sobre Operações 
de Crédito, Câmbio e Seguro, relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários (IOF) podem ser alteradas por 
meio de decreto. 
IV Território Federal pode instituir taxa. 
 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
 
5.2) Princípio da Irretroatividade 
CF/88: “III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;” 
Tem como função conceder estabilidade e segurança a 
relação jurídico-tributária (Estado e particular). 
Chamado pela doutrina como um dos subprincípios do 
PRINCÍPIO DA NÃO-SURPRESA. 
DECISÕES DO STF: “Não é legítima a aplicação retroativa do 
art. 1º, I, da Lei 7.988/1989 que majorou a alíquota 
incidente sobre o lucro proveniente de operações 
incentivadas ocorridas no passado, ainda que no mesmo 
exercício. Relativamente a elas, a legislação havia conferido 
tratamento fiscal destacado e mais favorável, justamente 
para incrementar a sua exportação”. [RE 183.130, rel. p/ o 
ac. min. Teori Zavascki, j. 25-9-2014, P, DJE de 17-11-2014.] 
EXCEÇÕES: Não há nenhuma exceção ao princípio da 
irretroatividade tributária. 
5.3) Princípio da Anterioridade 
CF/88: “III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou”; 
Constitui-se um dos subprincípios do PRINCÍPIO DA NÃO-
SURPRESA. 
Não confundi com o princípio da anualidade, segundo o 
qual a cobrança de tributos em um exercício financeiro 
dependia da autorização anual na lei orçamentária. O 
princípio da anualidade não vigora mais no ordenamento 
jurídico pátrio. 
DECISÕES DO STF: “Somente por via de lei, no sentido 
formal, publicada no exercício financeiro anterior, é 
permitido aumentar tributo, como tal havendo de ser 
considerada a iniciativa de modificar a base de cálculo do 
IPTU, por meio de aplicação de tabelas genéricas de 
valorização de imóveis, relativamente a cada logradouro, 
que torna o tributo mais oneroso. Caso em que as novas 
regras determinantes da majoração da base de cálculo não 
poderiam ser aplicadas no mesmo exercício em que foram 
publicadas, sem ofensa ao princípio da anterioridade”. 
[RE 234.605, rel. min. Ilmar Galvão, j. 8-8-2000, 1ª T, DJ de 
1º-12-2000.] 
EXCEÇÕES: 
 II, IE, IPI e IOF; empréstimos compulsórios de guerra e 
impostos extraordinários. 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; 
 CIDE - Combustível 
Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção 
no domínio econômico relativa às atividades de importação 
ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool combustível deverá 
atender aos seguintes requisitos: 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não 
se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; 
 Contribuições sociais da seguridade social 
STF: “As contribuições sociais da seguridade social previstas 
no art. 195 da CF que foram incluídas no capítulo do 
Sistema Tributário Nacional poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, b, do Sistema Tributário, posto que 
excluídas do regime dos tributos”. [AI 174.540 AgR, rel. min. 
Maurício Corrêa, j. 13-2-1996, 2ª T, DJ de 26-4-1996.] 
 Fim da Isenção e o Princípio da Anterioridade: 
STF: “Promovido aumento indireto do ICMS por meio da 
revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância 
ao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, 
constante das alíneas b e c do inciso III do art. 150 da Carta. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
17 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
Precedente – ADI 2.325 MC/ DF, de minha relatoria, julgada 
em 23 de setembro de 2004”. [RE 564.225 AgR, rel. min. 
Marco Aurélio, j. 2-9-2014, 1ª T, DJE de 18-11-2014.] 
STF: “A revisão ou revogação de benefício fiscal, por se 
tratar de questão vinculada à política econômica que pode 
ser revista pelo Estado a qualquer momento, não está 
adstrita à observância das regras de anterioridade 
tributária previstas na Constituição”. [RE 617.389 AgR, rel. 
min. Ricardo Lewandowski, j. 8-5-2012, 2ª T, DJE de 22-5-
2012.] 
 
EXERCÍCIOS: 
05) O princípio da anterioridade genérica significa que: 
A) as pessoas políticas não podem cobrar tributos 
levando em conta fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou. 
B) as pessoas políticas não podem exigir tributos no 
mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou. 
C) as pessoas políticas não podem exigir ou majorar 
tributos antes de decorridos três meses da entrada 
em vigor da lei que os instituiu ou aumentou. 
D) as pessoas políticas não podem exigir tributos sem 
que haja prévia autorização orçamentária para a 
cobrança deles em cada exercício financeiro. 
 
06) Sobre os princípios constitucionais tributários, é 
correto afirmar: 
A) Revogada a isenção de um tributo, não se restabelece 
imediatamente a sua exigibilidade, pois deve-se 
observar o princípio da anterioridade. 
B) A substituição legal dos fatores de indexação de 
correção monetária dos tributos não se submete ao 
princípio da anterioridade. 
C) As contribuições devidas aos conselhos profissionais 
não possuem natureza tributária e, por isso, a sua 
instituição e majoração não devem observar o 
princípio da legalidade tributária. 
D) A instituição dos emolumentos cartorários pelo 
Tribunal de Justiça, por não possuir natureza 
tributária, não viola o princípio da legalidade 
tributária. 
E) A definição de vencimento das obrigações tributárias 
sujeita-se ao princípio da legalidade tributária. 
 
5.4. Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou 
Noventena 
CF/88: III - cobrar tributos: 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b; 
Incluído pela EC nº 42/03; 
Um dos subprincípios do PRINCÍPIO DA NÃO-SURPRESA. 
 
EXCEÇÕES: 
 II, IE, IR e IOF; empréstimos compulsórios de guerra; 
impostos extraordinários; e fixação da BC do IPVA e IPTU. 
(…) e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à 
fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 
155, III, e 156, I. 
DECISÕES DO STF: 
“Mostra-se relevante pedido de concessão de medida 
acauteladora objetivando afastar a exigibilidade da 
majoração do IPI, promovida mediante decreto, antes de 
decorridos os noventadias previstos no art. 150, III, c, da 
Carta da República”. [ADI 4.661 MC, rel. min. Marco 
Aurélio, j. 20-10-2011, P, DJE de 23-3-2012.] 
 
EXERCÍCIOS: 
07) É CORRETO afirmar que o Princípio da Anterioridade 
Nonagesimal previsto no art. 150, III, “c”, da 
Constituição da República Federativa do Brasil, não 
se aplica 
A) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao 
atendimento de despesas extraordinárias decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; ao imposto sobre a importação de 
produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação 
de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto 
sobre produtos industrializados; ao imposto sobre 
operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a 
títulos ou valores mobiliários; aos impostos 
extraordinários, previstos no art. 154, II, do Texto 
Constitucional; à fixação da base de cálculo do 
imposto sobre a propriedade de veículos automotores 
e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana. 
B) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao 
atendimento de despesas extraordinárias decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; ao imposto sobre a importação de 
produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação 
de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto 
sobre serviços de qualquer natureza; ao imposto 
sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos 
extraordinários previstos no art. 154, II, do Texto 
Constitucional; à fixação da base de cálculo do 
imposto sobre a propriedade de veículos automotores 
e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana. 
C) aos empréstimos compulsórios instituídos nos casos 
de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional; ao imposto sobre a 
importação de produtos estrangeiros; ao imposto 
sobre a exportação de produtos nacionais ou 
nacionalizados; ao imposto sobre serviços de qualquer 
natureza; ao imposto sobre operações de crédito, 
câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
18 
 
OS: 0018/9/18-Gil 
mobiliários; aos impostos extraordinários previstos no 
art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base 
de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores e à fixação da base de cálculo do 
imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana. 
D) aos empréstimos compulsórios instituídos nos casos 
de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional; ao imposto sobre a 
importação de produtos estrangeiros; ao imposto 
sobre a exportação de produtos nacionais ou 
nacionalizados; ao imposto sobre produtos 
industrializados; ao imposto sobre operações de 
crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; aos impostos extraordinários 
previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à 
fixação da base de cálculo do imposto sobre a 
propriedade de veículos automotores e à fixação da 
base de cálculo do imposto sobre a propriedade 
predial e territorial urbana. 
E) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao 
atendimento de despesas extraordinárias decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; ao imposto sobre a importação de 
produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação 
de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto 
sobre a renda e os proventos de qualquer natureza; 
ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, 
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
aos impostos extraordinários, previstos no art. 154, II, 
do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo 
do imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores e à fixação da base de cálculo do 
imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana. 
 
08) O Município X publica Decreto elevando a alíquota 
da taxa para emissão de alvará de localização, 
prevendo sua incidência imediata. Determinado 
contribuinte, já detentor de seu alvará de localização 
e sem anunciar a intenção de abrir um novo 
estabelecimento que possa levar à solicitação de 
novo alvará, impetra Mandado de Segurança para 
questionar o Decreto que majorou a taxa. A 
autoridade coatora foi apontada corretamente na 
petição, sendo alegado violação aos princípios da 
legalidade, anterioridade e 
nonagesimalidade/noventena. Em defesa do 
Município, o argumento dotado de maior efetividade 
será 
A) a inexistência de violação ao princípio da legalidade, 
inaplicável às taxas. 
B) o descabimento do Mandado de Segurança, pois, 
inexistindo sequer iminência da exigência fiscal, ele é 
dirigido contra lei em tese. 
C) o descabimento de liminar no Mandado de Segurança, 
pois inexiste risco para o impetrante (ausência de 
periculum in mora). 
D) a inexistência de violação ao princípio da 
anterioridade, este inaplicável às taxas. 
E) a inexistência de violação ao princípio da 
nonagesimalidade / noventena, este inaplicável às 
taxas. 
 
09) Augusto José se insurge em face da cobrança de IPTU 
que recebeu, com valores majorados para o presente 
exercício fiscal. Segundo alegado e provado, a lei que 
alterou a legislação anterior sobre o referido imposto 
foi publicada, de forma parcial, no ano anterior ao 
presente exercício; a tabela relativa à Planta de 
Valores, contudo, foi publicada no mesmo exercício 
fiscal da cobrança dos novos valores. A Fazenda 
Municipal, entretanto, registra que a tabela 
representa mero regulamento editado pelo Poder 
Executivo local, não se confundindo com a lei 
anterior, esta regularmente publicada, conforme 
determina a Constituição. A cobrança com base na 
nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem 
ser caracterizadas como 
A) constitucionais, não havendo exigência para que o ato 
que fixa a Planta de Valores seja publicado em 
exercício anterior, sendo materialmente de natureza 
administrativa. 
B) inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo 
exercício fiscal fere o princípio da anterioridade, e a 
argumentação da Fazenda fere o princípio da 
legalidade. 
C) constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo 
certo que a Planta de Valores não majora o IPTU, mas 
sim a lei que instituiu as novas alíquotas. 
D) inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio 
da legalidade por parte da cobrança e ofensa ao 
princípio da irretroatividade na argumentação da 
Fazenda. 
E) constitucional a cobrança, já que houve a publicação 
da lei no exercício anterior ao de sua vigência e a 
posição da Fazenda é legal, por observar a natureza 
jurídica da Planta de Valores. 
 
10) Relativamente aos tributos estaduais que podem ser 
instituídos pelo Estado do Rio de Janeiro, NÃO está 
sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal, 
também chamada de princípio da “noventena”, 
A) o aumento da alíquota do ITD, nas doações de bens 
localizados no exterior. 
B) a fixação da base de cálculo e da alíquota do IPVA. 
C) a majoração da alíquota do ICMS, relativamente às 
prestações de serviços de comunicação, quando esse 
imposto tiver de ser retido antecipadamente, por 
substituição tributária. 
D) a instituição de taxa para atender a despesas 
extraordinárias urgentes, decorrentes de calamidade 
pública, ocasionada por convulsões sociais. 
E) a inclusão de determinadas operações com 
mercadorias na sistemática da retenção antecipada do 
ICMS por substituição tributária. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
19 
 
OS:

Outros materiais