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DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1 OS: 0018/9/18-Gil DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS MÓDULO COMPLETO Prof. Gleydson Alexandre OS: 0018/9/18-Gil DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 2 OS: 0018/9/18-Gil CONCURSO: ASSUNTO: Direito Tributário 1. DIREITO TRIBUTÁRIO: CONCEITO. • Ramo autônomo do direito público; • Desvinculação do direito financeiro. Conceitos: "...o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”1. “ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder”2. 01. (FCC – PGE/SE – 2005) Direito tributário é o conjunto de normas que A) regula o destino dos valores arrecadados a título de tributo dentro da máquina do Estado. B) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária da Administração Pública Direta e Indireta. C) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária apenas da Administração Pública Direta. D) regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos. E) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 2. TRIBUTO Receita derivada: Decorre do patrimônio do particular pelo uso da supremacia do interesse público sobre o particular. Ex: tributos, multas e reparação de guerra. 2.1. Conceito CTN: “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 1 Rubens Gomes de Souza - "Compêndio de Legislação Tributária". Edições Financeiras S.A.. - RJ: 2ª ed., 1954. Pp. 13 e 14. 2 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 29ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2008. P. 49. administrativa plenamente vinculada”. a) prestação pecuniária em moeda ou cujo valor se possa exprimir: pecúnia significa dinheiro. Logo, o tributo deve ser uma prestação em dinheiro. Não há tributo in natura ou in labore. Contudo, o art. 3º, com o uso da expressão “cujo valor se possa exprimir”, autoriza que o tributo seja estipulado em unidades de referência (UFIR, UFIRCE etc). b) compulsória: não há facultatividade no pagamento de tributos. Consagra o Poder de Império do Estado e a essência de receita derivada do tributo. c) que não constitua sanção de ato ilícito: a única distinção conceitual entre tributos e multa. Obs: Princípio “pecunia non olet”: as atividades ilícitas não podem ser tributadas, mas o produto dessas atividades podem e devem sofrer a tributação. Art. 118, CTN. STF: “(...) Jogo do Bicho. Possibilidade jurídica de tributação sobre valores oriundos de prática ou atividade ilícita. Princípio do Direito Tributário do non olet. (…) 2. A jurisprudência da Corte, à luz do art. 118 do Código Tributário Nacional, assentou entendimento de ser possível a tributação de renda obtida em razão de atividade ilícita, visto que a definição legal do fato gerador é interpretada com abstração da validade jurídica do ato efetivamente praticado, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Princípio do non olet. (HC 94240, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 23/08/2011). d) instituída em lei (princípio da legalidade): decorre do art. 5º, II, da CF/88: “II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”. Lei e Medida Provisória: CF/88: “art. 62, § 2º: “Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 3 OS: 0018/9/18-Gil EXERCÍCIOS: 02. Conforme o artigo 3º do Código Tributário Nacional, tributo: A) é a prestação pecuniária postulada pelo ente político de forma aleatória. B) não constitui sanção por ato ilícito. C) não precisa ser instituído por legislação específica. D) tem sua cobrança exercida de acordo com a necessidade de cada ente político e não por meios administrativos. 03. (CESPE – TJBA/2013 – Cartórios) É correto afirmar que tributo é A) considerado uma fonte de receita originária por parte do ente tributante. B) toda prestação pecuniária compulsória cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. C) toda prestação pecuniária cobrada mediante atividade administrativa discricionária instituída em lei. D) toda prestação pecuniária referente a sanção pela prática de ato ilícito e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. E) toda prestação pecuniária que o contribuinte faz ao ente tributante de forma facultativa. 04. João auferiu renda superior a R$ 100.000,00 no ano calendário de 2005, mas não apresentou declaração ao fisco federal em virtude de essa renda ter sido proveniente da prática de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. Em regular atividade fiscal, João foi compelido a pagar multa pecuniária pelo atraso na entrega de sua declaração de renda. Considerando a situação hipotética apresentada acima e as normas do sistema tributário nacional, assinale a opção correta. A) Constitui tributo a multa imposta a João pelo atraso na entrega de sua declaração de renda. B) João não está obrigado a pagar o imposto de renda em razão de os valores por ele auferidos terem sido provenientes de atividade ilícita. C) O imposto de renda poderá ser instituído por lei complementar, lei ordinária, medida provisória ou decreto. D) O imposto de renda deve ser informado pelo princípio da legalidade, anterioridade e da capacidade contributiva. 05. (FCC - 2012 - Auditor Fiscal do Município de São Paulo) Um contribuinte deixou de emitir o documento fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput, inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11) Essa penalidade pecuniária A) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS. B) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza compulsória. C) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme estabelece o Código Tributário Nacional. D) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser definida como tributo. E) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo descumprimento de uma obrigação acessória. 06. (ESAF/SEFAZ/2006) Segundo definição contida no art. 3º do Código Tributário Nacional,tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir que: A) as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. B) as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. C) medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. D) a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. E) as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria tributária, em nenhuma situação. 2.2. Funções dos Tributos a) FISCALIDADE: a principal função do tributo é a arrecadação de receitas. É a principal função da maioria dos tributos. Ex: IR, ICMS e ISS. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 4 OS: 0018/9/18-Gil b) EXTRAFISCALIDADE: a principal função é intervir nos setores social e econômico. Ex: II, IE, IPI, IOF, CIDE. c) PARAFISCALIDADE: a sua função é a arrecadação de recursos para o custeio de atividade desenvolvidas por outras entidades. Relacionada à delegação da capacidade tributária. Ex: Contribuições do Sistema “S” (SESI, SESC, SENAI, etc.) e Contribuições de interesse de categorias profissionais (anuidades do CREA, CRC, etc.). 07. (VUNESP – TJSP/2017 – Juiz Substituto) A extrafiscalidade pode ser conceituada como: A) a possibilidade de delegação da capacidade tributária ativa e da aptidão de exigir e arrecadar tributo, desde que o faça por lei, a outra pessoa de direito público ou privado que preste serviços públicos. B) o mecanismo pelo qual a pessoa política, por meio de lei, transfere sua capacidade ativa a outra pessoa de direito público, como as autarquias. C) a atividade que se expressa na atuação estatal de exigência de tributos com o objetivo exclusivo de arrecadação, e a geração de receitas, operando-se em desvio de finalidade. D) o emprego de instrumentos tributários para o alcance das finalidades não arrecadatórias, mas incentivadoras ou inibidoras de comportamentos, com vista à realização de valores constitucionalmente relevantes. 08. (FGV – TJPA/2009 – Juiz Substituto) O Estado Moderno é caracterizado pelas finanças funcionais, ou seja, pela atividade financeira do Estado orientada no sentido de influir sobre a conjuntura econômica. Prova desse fato é: A) o mix tributário diversificado dos Estados. B) a criação de multas elevadas no âmbito fiscal. C) a extrafiscalidade marcante de alguns tributos. D) o tabelamento de preços, em situações de crise. E) a despersonalização dos impostos. 09. (FCC – 2016 – Procurador do Estado/MA) Considerando as funções do tributo, considera-se na concepção de tributo com finalidade extrafiscal a A) seletividade de alíquotas do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU em razão do uso do imóvel ser comercial ou residencial. B) progressividade de alíquotas do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana − IPTU em razão do valor venal do imóvel. C) progressividade de alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física – IRPF em razão da renda e dos proventos auferidos no ano-base. D) aplicação de alíquota interestadual para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS nas operações e prestações que destinem serviços a consumidor final. E) aplicação de alíquotas diferenciadas para o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA em razão do tipo de combustível. 2.3. Espécies de Tributo Tributo é um gênero com diversas espécies tributárias. Quais são as espécies de tributos e, principalmente, quantas são? a) Corrente Tricotômica: imposto, taxa e contribuição de melhoria. CTN: “Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. CF/88: “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas”. b) Corrente pentapartida ou quinquinária: Cinco espécies tributárias. I - IMPOSTOS II - TAXAS III - CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA IV - EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIO V - CONTRIBUIÇÕES. 10. (FGV – 2014 – PGM-Niterói/RJ) Em um precedente específico, o STF detalhou as espécies tributárias à luz do Sistema Tributário implantado pela Constituição de 1988. Isso se deu no julgamento do Recurso Extraordinário nº 138.284-CE, do qual foi Relator o Ministro Carlos Velloso, cujo voto foi acompanhado pela unanimidade dos demais DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 5 OS: 0018/9/18-Gil Ministros. Em tal precedente, o STF concluiu que as espécies tributárias são A) impostos e taxas. B) impostos, taxas e contribuições de melhoria. C) impostos, taxas e empréstimos compulsórios. D) taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios. E) impostos, taxas, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria e parafiscais. 11. (FGV – 2013 – Juiz/AM) A Constituição da República prevê, em seu art. 145, que "A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas". Isso significa que A) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pela Constituição. B) estas são as únicas espécies tributárias admitidas pelo Supremo Tribunal Federal. C) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras previstas na própria Constituição da República. D) estas são as espécies tributárias que podem ser instituídas tanto pela União quanto pelos Estados/DF e Municípios, sem prejuízo de outras previstas na Constituição dos Estados ou nas Leis Orgânicas dos Municípios. E) os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais não têm natureza tributária. 2.4. NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO • A natureza jurídica do tributo é determinado pelo fato gerador. Então para diferenciar entre as várias espécies tributárias basta analisar o FG. • É irrelevante para a caracterização do tributo: a denominação e a destinação da arrecadação. • Exceção: ??? CTN: “Art. 4º.A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I – a denominação e as demais características formais adotadas pela Lei; II– a destinação legal do produto da sua arrecadação.” 12. (FCC – SEFIN/RO – 2010) Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-se, em regra, A) o fato gerador da respectiva obrigação tributária. B) a destinação legal do produto de sua arrecadação. C)a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes. (D) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos. E) a denominação e demais características formais adotadas pela lei. 13. A destinação do produto da arrecadação, à luz da constituição de 1988, é: A) relevante, em se tratando de impostos municipais; B) relevante, em se tratando de taxas de polícia; C) relevante, em se tratando de contribuição de melhoria; D) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório; E) irrelevante. 3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: • Poder de Tributar: poder de instituir tributos; • Compreende a competência legislativa plena; • Poder conferido pela CF; • CF não cria tributos. Características: – indelegável: a competência tributária não pode ser delegada, pois assim alteraria a CF. Pode-se delegar a capacidade tributária (funções de cobrar, fiscalizar e executar as leis) para outra pessoa jurídica de direito público. Obs1: Com a delegação da capacidade tributária, as garantias e prerrogativas processuais são repassadas à pessoa jurídica delegada. Obs2: Não se constitui delegação, repassar a função de arrecadar à pessoas jurídicas de direito PRIVADO. Ex: bancos. – Intransferível: DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 6 OS: 0018/9/18-Gil Obs: A repartição de receitas não configura transferência de competência tributária. Ex: ICMS e FPE. – Incaducabilidade: o não exercício da competência tributária não configura a perda do direito de instituir o tributo. Ex: IGF. – Irrenunciável: princípio da indisponibilidade do interesse público. – Facultativa: a CF/88 não obriga a instituição dos tributos elencados. Cuidado: LRF: “Art. 11: Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos”. CTN: “Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído”. 14. A Constituição Federal estabelece regras de competência tributária. São características da competência tributária, EXCETO: A) Exclusividade. B) Indelegabilidade. C) Cadubilidade. D) Inalterabilidade. 15. A União instituiu certo tributo federal e atribuiu a uma autarquia a função de arrecadar e fiscalizar o mencionado tributo. Tendo como referência inicial a situação acima apresentada, assinale a opção correta acerca da competência tributária. A) Em havendo discussão judicial acerca do tributo instituído, a autarquia não será beneficiada pelas garantias e privilégios processuais atribuídos à União. B) A atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar o tributo instituído pela União poderia ter sido conferida a pessoa jurídica de direito privado. C) É lícito que a União revogue, a qualquer tempo e por ato unilateral, as atribuições conferidas à autarquia. D) A situação apresentada constitui hipótese de delegação da competência tributária da União. 16. (FCC - 2016 - Auditor Fiscal do Município de Teresina) O Código Tributário Nacional estabelece que a atribuição constitucional de competência tributária para os Estados instituírem impostos como o IPVA A) compreende o compartilhamento da competência legislativa com os Municípios localizados em seu território, em razão de parte da receita deste imposto pertencer aos Municípios. B) compreende a competência legislativa plena a respeito desse imposto, ressalvadas as limitações existentes, contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e observado o disposto no CTN. C) será, quando não exercida pelo Estado, exercida pelos Municípios nele localizados, que deverão fiscalizá-lo e cobrá-lo. D) pode ser delegada aos Municípios localizados em seu território, quando esses Municípios optarem, na forma da lei, por fiscalizá-lo e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art18§3 DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 7 OS: 0018/9/18-Gil cobrá-lo, e desde que essa delegação não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. E) pode ser definitivamente perdida, a favor da União, quando o Estado não a exercer por três anos consecutivos, ou por cinco intercalados, subsistindo a repartição de suas receitas com os Municípios localizados no Estado que não exerceu sua competência. 17. (FGV - 2014 - Auditor Fiscal do Município de Recife) Com relação à competência tributária, assinale a afirmativa correta. A) Permite que uma pessoa jurídica de direito público delegue a outra a atribuição de executar leis em matéria tributária, conforme a legislação. B) Significa que todos os entes políticos que compõem a Federação estão dotados de competência legislativa plena. C) Representa o poder que é outorgado pela Constituição Federal para a criação de tributos a todos os entes administrativos de direito público. D) Admite a delegação da administração dos tributos, porém não confere ao delegatário as garantias e privilégios do poder delegante. E) Autoriza que pessoa jurídica de direito público possa exercer, em caráter residual, a competência conferida a outrem que, entretanto, não a exerce. 18. (FCC - 2014 – SEFAZ/RJ) De acordo com o que estabelece a Constituição Federal, o IPVA é tributo de competência estadual e 50% de sua receita deve ser repassada aos municípios, observados os critérios constitucionais para isso. Nesse sentido, considere: I. As atribuições do Estado do Rio de Janeiro para arrecadar o crédito tributário do IPVA e para fiscalizá-lo são delegáveis aos municípios fluminenses, relativamente aos veículos neles licenciados. II. A competência do Estado do Rio de Janeiro para instituir o IPVA é delegável aos municípios fluminenses, em cujos territórios os proprietários de veículos tenham seus domicílios. III. Caso o Estado do Rio de Janeiro decida por não exercer sua competência tributária, tal fato só deferiráessa competência aos municípios fluminenses que tiverem veículos licenciados em seus territórios. IV. O Estado do Rio de Janeiro tem competência legislativa plena, em relação ao IPVA, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal e na Constituição Estadual Fluminense. V. O fato de os municípios fluminenses terem direito a receber 50% da receita do IPVA não retira a competência do Estado do Rio de Janeiro para legislar sobre esse imposto, mas permite o compartilhamento da atividade legislativa, em relação às obrigações tributárias acessórias. Com base no CTN, está correto o que se afirma APENAS em A) IV e V. B) I e II. C) III e V. D) II e III. E) I e IV. 19. (FCC - 2012 - Auditor Fiscal do Município de São Paulo) Município Deixa pra Lá, não conseguindo, hipoteticamente, exercer sua competência constitucional tributária para instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo com o Estado federado em que se localiza, para que esse Estado passasse a exercer, em seu lugar, a competência constitucional para instituir o referido imposto em seu território municipal e, ainda, para que exercesse as funções de fiscalizar e arrecadar esse tributo, recebendo, em contrapartida, um pagamento fixo anual, a título de "retribuição compensatória". Relativamente a essa situação, o Município Deixa pra Lá A) pode delegar sua competência tributária e suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra pessoa jurídica de direito público. B) não pode delegar sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar as funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária. C) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de fiscalizar tributos a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, embora possa delegar suas funções de arrecadar tributos de sua competência tributária. D) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 8 OS: 0018/9/18-Gil E) não pode delegar sua competência tributária, nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar tributos de sua competência tributária a qualquer outra pessoa jurídica de direito público, mas pode delegar as funções de arrecadação às instituições bancárias públicas e privadas. 20. O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto: A) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. B) não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido. C) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional. D) o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria. E) embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista. Gabarito 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 D B B D D B D C E E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C A D C C B A E B E __________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ ____________________________________________ 3.1 Espécies de Competência Tributária a) COMPETÊNCIA COMUM A competência comum é conferida a todos os Entes. As taxas e contribuições de melhoria podem ser instituídas pela União, Estados, DF e Municípios. b) COMPETÊNCIA PRIVATIVA A competência privativa está relacionada aos impostos. Cada entidade institui privativamente os impostos taxativamente previstos na CF. A União tem competência privativa para instituir os impostos do art. 153, CF; os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituir os do art. 155, CF; e os Municípios os do art. 156, CF. c) COMPETÊNCIA CUMULATIVA: Art. 147 da CF: “competem a União, em Território Federal, os impostos Estaduais e se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao DF cabem os impostos municipais e estaduais”. • Distrito Federal: impostos estaduais (competência privativa) e municipais (competência cumulativa), já que o DF não pode ser dividido em municípios (art. 32 da CF). • União: impostos estaduais nos Territórios Federais e, se não divididos em Municípios, também aos impostos municipais. d) COMPETÊNCIA EXCLUSIVA: - Empréstimos compulsórios e contribuições; - Só a União tem essa competência. e) COMPETÊNCIA RESIDUAL: CF/88: “Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição”; Art. 195, §4º: “A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I”. Art. 25, § 1º: “São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. • Impostos: - Só a União tem essa competência; - previsto no art. 154, I da CF; DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 9 OS: 0018/9/18-Gil - mediante lei complementar; - impostos novos (desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo dos impostos discriminados nesta CF); - não-cumulativos; - repartição de receitas: 20% para os Estados. • Contribuições: - Só a União tem essa competência; - previsto no art. 195, §4º c/c 154, I, ambos da CF; - financiar para a seguridade social; - mediante lei complementar; - contribuições novas (desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo das contribuições discriminadas nesta CF); - não-cumulativos. • Taxas e contribuições de melhoria: - Estados e Distrito Federal; - previsto no art. 25, §1º c/c com o art. 145 da CF. EXERCÍCIOS 01. Sobre o imposto residual, é correto afirmar que A) é de competência comum da União, Estados e Distrito Federal. B) pode ser instituído por medida provisória, em caso de relevância e urgência na obtenção desta fonte de receita. C) tem por motivo a guerra externa ou sua iminência ou situação de calamidade pública. D) pode ser instituído sobre fato gerador ou base de cálculo já previsto na Constituição. E) vinte por cento do produto arrecadado será repassado pela União aos Estados e Distrito Federal. 02. A CF, ao disciplinar as competências tributárias das unidades da Federação, criou a competência residual. A respeito da competência tributária residual, assinale a opção correta. A) A competência tributária residual é aquela que possibilita aos estados instituíremtributos já criados na esfera federal. B) Esse tipo de competência rege a criação de tributos pela União na iminência de guerra externa. C) A competência tributária residual tem origem no fato de ser possível a todas as unidades da Federação criar taxas. D) A criação de novos tributos não previstos na CF depende de aprovação de lei complementar Federal. E) A competência tributária residual é exclusiva da União, que pode criar tributos cumulativos. 03. Além das inúmeras contribuições sociais instituídas no texto da Constituição Federal, há possibilidade de instituição de novas espécies de contribuição social? Assinale a assertiva que responde incorretamente à pergunta formulada. A) Pode haver contribuição social com o mesmo fato gerador de outra já existente. B) O rol de contribuições sociais não é taxativo. C) Há previsão constitucional de competência residual. D) A diversidade da base de financiamento permite outras contribuições sociais. E) A União pode instituir outras contribuições sociais. f) COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA: Art. 154, II, CF: Art. 154. A União poderá instituir: (...) II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação”. - Impostos extraordinários de guerra (IE); - Só a União tem essa competência; - previsto no art. 154, II, da CF; - Só precisa de lei ordinária, assim, poderá ser por Medida Provisória (não precisa ser convertida antes do fim do exercício para iniciar a cobrança); - Não atende aos princípios da anterioridade e na anterioridade nonagesimal; - Não precisa de fato gerador diferente dos impostos discriminados nesta CF. Ex: IR extraordinário, IPVA extraordinário, ISS extraordinário; - Não tem como fato gerador a guerra; - Deve cessar a cobrança até 5 anos do término do conflito: “Art. 76, CTN: Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir, temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração da paz”. EXERCÍCIOS: 04. Autoridades brasileiras constataram que as relações internacionais com determinado país vizinho começaram a se deteriorar velozmente, e todas as medidas diplomáticas ao alcance de nossas autoridades foram inúteis para reverter o quadro que DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 10 OS: 0018/9/18-Gil apontava para a eclosão de guerra iminente. Em razão disso, o País teve de começar a tomar medidas defensivas, visando a aparelhar as forças armadas brasileiras de modo a que pudessem defender o território nacional e sua população. Os ministérios das áreas competentes constataram que seria necessário incrementar a arrecadação de tributos em, pelo menos, 20%, para fazer face às despesas extraordinárias que essa situação estava ocasionando. Com base na situação hipotética descrita e nas regras da Constituição Federal, A) a União poderá instituir, mediante lei, tanto empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de guerra externa ou sua iminência, como impostos extraordinários, sendo estes últimos apenas no caso de guerra externa deflagrada. B) a União, não tendo despesas extraordinárias a atender, poderá instituir, na iminência de guerra externa, mediante lei complementar, empréstimo compulsório, que deverá ser cobrado, observados os princípios da anterioridade e da noventena (anterioridade nonagesimal). C) os Estados e os Municípios, por meio de lei, poderão instituir contribuições de beligerância, a serem lançadas e cobradas na fase pré-conflito, para custear as despesas necessárias à adaptação da infraestrutura urbana das cidades que fazem fronteira com a potência estrangeira hostil. D) a União, tendo ou não tendo despesas extraordinárias a atender, poderá instituir, na iminência de guerra externa, mediante lei, impostos extraordinários, dispensada a observância dos princípios da anterioridade e da noventena (anterioridade nonagesimal). E) a União, os Estados e os Municípios, na iminência de guerra externa, poderão, por meio de lei, instituir, respectivamente, adicionais do ITR, do IPVA e do IPTU sobre a propriedade de bens de estrangeiros residentes no Brasil, nacionais da potência estrangeira hostil. 05. Considerando as regras constitucionais sobre competência tributária, assinale a alternativa CORRETA. A) A competência residual para estabelecer impostos não previstos na Constituição Federal é comum aos entes federativos. B) A competência residual, que será exercida mediante lei complementar, permite criar impostos que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição. C) A competência residual poderá ser exercida pelos entes federativos para criar tributo destinado a fazer frente a investimento necessário e imprescindível decorrente de calamidade pública ou grave situação de risco à saúde pública. D) A União poderá criar impostos extraordinários em caso de guerra externa, respeitada sua competência tributária e a obrigação de suprimi-los, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. E) Compete à União a competência residual, bem como a competência para criação de impostos extraordinários no caso de guerra externa ou sua iminência, sempre por meio de lei complementar. 06. A Constituição Federal atribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios competências tributárias privativas, vedando que um ente político invada a competência do outro, exceto, em relação A) à União que, no exercício de sua competência residual, poderá invadir as competências tributárias dos entes políticos, para instituir impostos cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados na Constituição Federal. B) aos Estados-membros, que podem conceder moratória de caráter geral, em relação aos tributos municipais. C) à União que, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária. D) à União, que pode instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. E) aos Estados-membros, que podem conceder parcelamento, isenções e anistia de tributos municipais. 07. Cobrança de contribuição sindical rural patronal. Identidade de base de cálculo e sujeição passiva com o imposto territorial rural - ITR. Nesse caso, de simultânea cobrança da contribuição e do ITR, pode- se dizer que: A) É inexigível a cobrança da contribuição por incidir o art. 154, I. da Carta Magna; B) É indevida a cobrança da contribuição porquanto haveria bitributação; C) Tratando-se de contribuição, a Constituição não proíbe a coincidência da sua base de cálculo com a do imposto, o que é vedado relativamente às taxas; D) Mesmo as contribuições criadas na forma do § 4°, do art. 195, da Constituição Federal, podem ter fato gerador e base de cálculo próprios das contribuições existentes, quando a União obedece à regra da competência residual. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 11 OS: 0018/9/18-Gil 4. AS DIFERENTES ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 4.1. Impostos CTN: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato geradoruma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. - Tributo não vinculado; - servem para cobrir os gastos com os serviços gerais (Uti universi). - princípio da não-afetação: é vedado vincular receita de imposto. “Art. 167. São vedados: (…) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; - Exceções ao princípio da não-afetação: repartição de receitas; saúde, educação, administração tributária e ARO. EXERCÍCIOS 08. (CESPE – 2016 – MPOG/Contador) Define-se como imposto o tributo cuja obrigação tem por fato gerador situação vinculada a uma atividade estatal específica dirigida ao contribuinte. ( ) Certo ( ) Errado 09. (CESPE – 2017 – PGM/Fortaleza) O imposto é espécie tributária caracterizada por indicar fato ou situação fática relativa ao próprio contribuinte no aspecto material de sua hipótese de incidência. ( ) Certo ( ) Errado 10. (CONSULPLAN – 2017 – TJMG) À luz do princípio da não afetação, marque a alternativa correta: A) O regime constitucional atual adota o princípio da não afetação, proibindo a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas algumas situações. B) A Constituição Federal atual veda a afetação da receita, relativamente às taxas e contribuição de melhoria. C) O Supremo Tribunal Federal não reconhece a possibilidade de a lei estabelecer a afetação de receita de taxa a determinado órgão, fundo ou despesa públicos. D) O regime constitucional atual veda a vinculação do produto da arrecadação de qualquer tributo a determinado órgão, fundo ou despesa. 4.2. Taxa CF/88: “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (…) II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”; “§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos”. - tributo vinculado; - na realização efetiva do poder de polícia; - na prestação ou disponibilização de serviço público específico e divisível. - serviços públicos individuais (uti singuli). TAXA E PREÇO PÚBLICO (TARIFA): Súmula 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. TAXA PREÇO PÚBLICO (TARIFA) Regime jurídico tributário (legal) Regime jurídico contratual Regime jurídico de direito publico Regime jurídico de direito privado Não há autonomia da vontade (cobrança compulsória) Decorre da autonomia da vontade do usuário (é facultativo) Pode ser cobrada por utilização potencial do serviço Só a utilização efetiva enseja cobrança Sujeita aos princípios tributários (legalidade, anterioridade etc) Não sujeito aos princípios tributários Os serviços públicos propriamente estatais são indelegáveis São delegáveis Receita derivada Receita originária EXERCÍCIOS 11. (FCC – 2014 – SEFAZ/ES) Consideram-se divisíveis os serviços públicos justificadores da cobrança de taxas quando A) forem de utilização compulsória e postos à disposição mediante atividade estatal. B) puderem ser usufruídos a qualquer título. C) forem suscetíveis de utilização, separadamente, pelos DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 12 OS: 0018/9/18-Gil usuários. D) forem suscetíveis de utilização efetiva pela coletividade, e não somente pelo usuário. E) puderem ser destacados em unidades autônomas de atuação da administração. 12. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) O Município de Caruaru-PE, mediante a edição da Lei no 5.658/2014, instituiu a cobrança de TLP − Taxa de Limpeza Pública, que tem como fato gerador os serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos pelo referido município. Na situação hipotética, a cobrança desse tributo é A) ilegítima, pois a competência para estabelecer cobrança de taxa sobre serviços de conservação e limpeza de logradouros públicos é do Estado. B) ilegítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e indivisível, que não possibilita a individualização dos respectivos usuários. C) legítima, pois visa a custear a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, ostentando o caráter retributivo inerente às taxas. D) legítima, pois o fato gerador corresponde a serviço público universal e indivisível, prescindindo da individualização dos respectivos usuários. E) ilegítima, pois o fato gerador, próprio de imposto, deve ser custeado pelas receitas decorrentes de sua exigência. 13. (CESPE-2017-DPU) No cálculo do valor de determinada taxa, pode haver elementos da base de cálculo de algum imposto, desde que não haja total identidade entre uma base e outra. ( ) Certo ( ) Errado 14. (FCC – 2016 – Técnico da Receita Estadual/MA) De modo geral, a Constituição Federal não contém normas referentes à base de cálculo de tributos, mas esse fato não impede que ela, em alguns casos, estabeleça regras que digam respeito à base de cálculo deles. Uma dessas regras constitucionais estabelece que A) as taxas e as contribuições de melhoria não poderão ter base de cálculo própria de impostos. B) os impostos não poderão ter base de cálculo própria das taxas. C) as taxas cobradas em razão do exercício do poder de polícia não poderão ter a mesma base de cálculo das taxas cobradas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis. D) serão inconstitucionais, tanto o imposto como a taxa, quando ambas tiverem a mesma base de cálculo. E) as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 15. (FGV – 2011 – SEFAZ/RJ) Lei Estadual instituiu pedágio a ser cobrado por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodovia que passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a alternativa correta. A) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoriamente a característica da compulsoriedade. B) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com o princípio da indelegabilidade da competência tributária. C) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobrado pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade. D) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança de pedágio. E) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de pedágio, por imposição constitucional. 16. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) Sobre a constitucionalidade das taxas, é correto afirmar: A) É constitucional a taxa cobrada em face do fornecimento de iluminação pública, pois consubstancia atividade estatal apta a ser remunerada por meio dessa espécie tributária. B) É inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicosde coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, uma vez que realizados em benefício da população em geral e de forma indivisível. C) É constitucional a instituição e a cobrança de taxas por emissão ou remessa de carnês/guias de recolhimento de tributos, visto que consubstancia atuação estatal específica e divisível. D) É constitucional a exigência de taxa de prevenção de incêndio, cuja base de cálculo é cobrada em função do valor venal do imóvel, pois mensura indiretamente a quantidade de trabalho ou atividade que o poder público se vê obrigado a desempenhar. E) É constitucional a taxa de renovação da licença de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o respectivo exercício. 4.3. Contribuição de Melhoria CTN: “Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 13 OS: 0018/9/18-Gil decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. - valorização imobiliária decorrente de obra pública; - tributo vinculado; - 2 limites: • limite global: valor total da obra; • limite individual: valorização do respectivo imóvel. EXERCÍCIOS 17. (FCC – 2016 – Técnico da Receita Estadual/MA) Um Município brasileiro criou, por meio de lei, uma determinada exação, a ser paga pelos habitantes daquele Município, em decorrência da realização de obra pública que culminou com o incremento do turismo na cidade e que também aumentou o faturamento do comércio da região. À luz das normas do Código Tributário Nacional e da Constituição Federal, interpretadas sistematicamente, essa exação A) denomina-se taxa e esse Município tem competência para instituí-lo. B) é inconstitucional. C) denomina-se contribuição social e esse Município tem competência para instituí-lo. D) denomina-se contribuição de melhoria e esse Município tem competência para instituí-lo. E) denomina-se imposto e esse Município tem competência para instituí-lo. 4.4. Empréstimo Compulsório CF/88: “Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição”. - Aplicação dos recursos: vincula-se à despesa que fundamentou sua instituição (calamidade pública, guerra, investimento); - Trata-se de um tributo restituível; - somente mediante Lei Complementar. I) despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência: - não se aplicam os princípios da anterioridade e anterioridade nonagesimal. II) investimento público: - aplicam-se os princípios da anterioridade e anterioridade nonagesimal. EXERCÍCIOS 18. Relativamente aos empréstimos compulsórios, é certo dizer: A) São de competência da União e do Distrito Federal. B) São instituídos, via de regra, por lei complementar. C) A guerra externa ou sua iminência, a calamidade pública ou ainda o investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional constituem fato gerador do empréstimo compulsório. D) A aplicação dos recursos arrecadados é vinculada às despesas que fundamentaram sua instituição. 4.5. Contribuições CF/88: “Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.” a) Contribuições sociais, incluindo as da seguridade social; Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos”. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 14 OS: 0018/9/18-Gil - Não se aplica a anterioridade: “Art. 195, §6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b"”. b) Contribuições de intervenção no domínio econômico; - função nitidamente extrafiscal; - instrumento de intervenção na economia. c) Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. - função parafiscal. Obs: Contribuição de Iluminação Pública Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. EXERCÍCIOS 19. (FCC – 2014 – SEFAZ/PE) De acordo com a Constituição Federal, A) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. B) a União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos não compreendidos em sua competência tributária, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. C) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição de melhoria, decorrente de obra pública, ainda que não haja valorização imobiliária dela decorrente. D) a União poderá instituir empréstimos compulsórios, mediante medida provisória, no caso de investimento público de cará- ter urgente e de relevante interesse nacional. E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderãoinstituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública. 20. (FGV – 2011 – SEFAZ/RJ) A respeito das espécies de tributos, é correto afirmar que A) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir, exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria. B) de acordo com o Código Tributário Nacional, considera-se imposto o tributo vinculado a qualquer atividade estatal específica. C) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e tem, como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia. D) a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é de competência exclusiva da União. E) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em função da realização de obras e prestação de serviços. 5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS (Limitações ao Poder de Tributar) Como o Poder de Tributar decorre do Poder de Império, sendo este muitas vezes utilizado de forma arbitrária pelos governantes, a Constituição Cidadã estipulou várias limitações à Competência Tributária, os quais são comumente denominados de princípios constitucionais tributários. Os princípios estão descritos principalmente nos art. 150 a 152 da CF/88, além de outros implícitos no Texto Constitucional. Obs: o STF entende que as limitações ao poder de tributar são garantias individuais do contribuinte, portanto são cláusulas pétreas. DECISÃO DO STF: “A EC 3, de 17-3-1993, que, no art. 2º, autorizou a União a instituir o IPMF, incidiu em vício de inconstitucionalidade, ao dispor, no § 2º desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica “o art. 150, III, b, e VI”, da Constituição, porque, desse modo, violou os seguintes princípios e normas imutáveis (somente eles, não outros): o princípio da anterioridade, que e garantia “individual do contribuinte (art. 5º, § 2º; art. 60, § 4º, IV; e art. 150, III, b, da Constituição)”. [ADI 939, rel. min. Sydney Sanches, j. 15-12-1993, P, DJ de 18-3-1994.] EXERCÍCIOS: 01) As opções a seguir apresentam princípios expressamente albergados na Constituição da República aprovada em 1988, à exceção de uma. Assinale-a. A) Princípio da Legalidade B) Princípio da Isonomia C) Princípio da Irretroatividade D) Princípio da Anterioridade E) Princípio da Anualidade DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 15 OS: 0018/9/18-Gil 5.1 Princípio da Legalidade Tributária Decorre do princípio da legalidade geral inscrito no art. 5º, II, da CF/88: “II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” CF/88: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”; CTN: ”Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo”. DECISÕES DO STF: “A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias”. [ADI 1.709, rel. min. Maurício Corrêa, j. 10-2- 2000, P, DJ de 31-3-2000.] “Não se compreendendo no campo reservado à lei a definição de vencimento das obrigações tributárias, legítimo o Decreto 34.677/1992, que modificou a data de vencimento do ICMS. Improcedência da alegação no sentido de infringência ao princípio da anterioridade e da vedação de delegação legislativa”. [RE 182.971, rel. min. Ilmar Galvão, j. 5-8-1997, 1ª T, DJ de 31-10-1997.] “É inconstitucional a majoração do IPTU sem edição de lei em sentido formal, vedada a atualização, por ato do Executivo, em percentual superior aos índices oficiais”. [RE 648.245, rel. min. Gilmar Mendes, j. 1º-8-2013, P, DJE de 24-2-2014] SÚMULA Nº 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. EXCEÇÕES: Não há exceções em relação ao princípio da legalidade tributária para INSTITUIR tributos. Há exceções descritas na CF/88 no tocante ao aumento de tributos: II, IE, IPI e IOF. CF/88: “Art. 153, § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V”. CIDE – Combustível CF/88: “Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b”; EXERCÍCIOS 02) O art. 150, I, da Constituição Federal, estipula que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Este dispositivo enuncia o Princípio da A) Uniformidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabelecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico − CIDE relativa às atividades de importação de petróleo. B) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a fixação das alíquotas máximas e mínimas do ISS por meio de Resolução do Senado Federal, aprovada por 1/3 dos Senadores. C) Inafastabilidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, o aumento da base de cálculo do IOF por meio de decreto do Poder Executivo Federal. D) Uniformidade Tributária, e não admite exceções. E) Legalidade Tributária, e admite exceções. Dentre estas, a redução e o restabelecimento por ato do Poder Executivo da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico − CIDE relativa às atividades de comercialização de álcool combustível. 03) Considere os impostos abaixo: I. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica; II. Imposto sobre Produtos Industrializados; III. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros; IV. Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos; V. Imposto sobre a Prestação de Serviços de Comunicação. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 16 OS: 0018/9/18-Gil Dentre eles, quaispodem ter a alíquota modificada pelo Presidente da República, desde que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei? A) I e II. B) III e V. C) II e III. D) III e IV. E) I e IV. 04) A Constituição consagra, em seu art. 150, I, o princípio da legalidade, segundo o qual não se pode exigir ou majorar tributo sem lei. Considerando esse princípio, julgue os itens a seguir. I A data de pagamento do ICMS, por ser dado que repercute na exigibilidade do tributo, não pode ser alterada por decreto. II É possível a instituição ou majoração de impostos por medida provisória, uma vez que esta tem força de lei. A medida provisória, contudo, somente produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia do exercício em que tiver sido editada. III Existem exceções ao princípio da legalidade. Assim, as alíquotas do Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) podem ser alteradas por meio de decreto. IV Território Federal pode instituir taxa. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. 5.2) Princípio da Irretroatividade CF/88: “III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;” Tem como função conceder estabilidade e segurança a relação jurídico-tributária (Estado e particular). Chamado pela doutrina como um dos subprincípios do PRINCÍPIO DA NÃO-SURPRESA. DECISÕES DO STF: “Não é legítima a aplicação retroativa do art. 1º, I, da Lei 7.988/1989 que majorou a alíquota incidente sobre o lucro proveniente de operações incentivadas ocorridas no passado, ainda que no mesmo exercício. Relativamente a elas, a legislação havia conferido tratamento fiscal destacado e mais favorável, justamente para incrementar a sua exportação”. [RE 183.130, rel. p/ o ac. min. Teori Zavascki, j. 25-9-2014, P, DJE de 17-11-2014.] EXCEÇÕES: Não há nenhuma exceção ao princípio da irretroatividade tributária. 5.3) Princípio da Anterioridade CF/88: “III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”; Constitui-se um dos subprincípios do PRINCÍPIO DA NÃO- SURPRESA. Não confundi com o princípio da anualidade, segundo o qual a cobrança de tributos em um exercício financeiro dependia da autorização anual na lei orçamentária. O princípio da anualidade não vigora mais no ordenamento jurídico pátrio. DECISÕES DO STF: “Somente por via de lei, no sentido formal, publicada no exercício financeiro anterior, é permitido aumentar tributo, como tal havendo de ser considerada a iniciativa de modificar a base de cálculo do IPTU, por meio de aplicação de tabelas genéricas de valorização de imóveis, relativamente a cada logradouro, que torna o tributo mais oneroso. Caso em que as novas regras determinantes da majoração da base de cálculo não poderiam ser aplicadas no mesmo exercício em que foram publicadas, sem ofensa ao princípio da anterioridade”. [RE 234.605, rel. min. Ilmar Galvão, j. 8-8-2000, 1ª T, DJ de 1º-12-2000.] EXCEÇÕES: II, IE, IPI e IOF; empréstimos compulsórios de guerra e impostos extraordinários. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; CIDE - Combustível Art. 177, § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; Contribuições sociais da seguridade social STF: “As contribuições sociais da seguridade social previstas no art. 195 da CF que foram incluídas no capítulo do Sistema Tributário Nacional poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b, do Sistema Tributário, posto que excluídas do regime dos tributos”. [AI 174.540 AgR, rel. min. Maurício Corrêa, j. 13-2-1996, 2ª T, DJ de 26-4-1996.] Fim da Isenção e o Princípio da Anterioridade: STF: “Promovido aumento indireto do ICMS por meio da revogação de benefício fiscal, surge o dever de observância ao princípio da anterioridade, geral e nonagesimal, constante das alíneas b e c do inciso III do art. 150 da Carta. DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 17 OS: 0018/9/18-Gil Precedente – ADI 2.325 MC/ DF, de minha relatoria, julgada em 23 de setembro de 2004”. [RE 564.225 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 2-9-2014, 1ª T, DJE de 18-11-2014.] STF: “A revisão ou revogação de benefício fiscal, por se tratar de questão vinculada à política econômica que pode ser revista pelo Estado a qualquer momento, não está adstrita à observância das regras de anterioridade tributária previstas na Constituição”. [RE 617.389 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 8-5-2012, 2ª T, DJE de 22-5- 2012.] EXERCÍCIOS: 05) O princípio da anterioridade genérica significa que: A) as pessoas políticas não podem cobrar tributos levando em conta fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou. B) as pessoas políticas não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. C) as pessoas políticas não podem exigir ou majorar tributos antes de decorridos três meses da entrada em vigor da lei que os instituiu ou aumentou. D) as pessoas políticas não podem exigir tributos sem que haja prévia autorização orçamentária para a cobrança deles em cada exercício financeiro. 06) Sobre os princípios constitucionais tributários, é correto afirmar: A) Revogada a isenção de um tributo, não se restabelece imediatamente a sua exigibilidade, pois deve-se observar o princípio da anterioridade. B) A substituição legal dos fatores de indexação de correção monetária dos tributos não se submete ao princípio da anterioridade. C) As contribuições devidas aos conselhos profissionais não possuem natureza tributária e, por isso, a sua instituição e majoração não devem observar o princípio da legalidade tributária. D) A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça, por não possuir natureza tributária, não viola o princípio da legalidade tributária. E) A definição de vencimento das obrigações tributárias sujeita-se ao princípio da legalidade tributária. 5.4. Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena CF/88: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; Incluído pela EC nº 42/03; Um dos subprincípios do PRINCÍPIO DA NÃO-SURPRESA. EXCEÇÕES: II, IE, IR e IOF; empréstimos compulsórios de guerra; impostos extraordinários; e fixação da BC do IPVA e IPTU. (…) e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. DECISÕES DO STF: “Mostra-se relevante pedido de concessão de medida acauteladora objetivando afastar a exigibilidade da majoração do IPI, promovida mediante decreto, antes de decorridos os noventadias previstos no art. 150, III, c, da Carta da República”. [ADI 4.661 MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 20-10-2011, P, DJE de 23-3-2012.] EXERCÍCIOS: 07) É CORRETO afirmar que o Princípio da Anterioridade Nonagesimal previsto no art. 150, III, “c”, da Constituição da República Federativa do Brasil, não se aplica A) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao atendimento de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ao imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre produtos industrializados; ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos extraordinários, previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. B) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao atendimento de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ao imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre serviços de qualquer natureza; ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos extraordinários previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. C) aos empréstimos compulsórios instituídos nos casos de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; ao imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre serviços de qualquer natureza; ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS | Módulo Completo – Prof. Gleydson Alexandre CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 18 OS: 0018/9/18-Gil mobiliários; aos impostos extraordinários previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. D) aos empréstimos compulsórios instituídos nos casos de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; ao imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre produtos industrializados; ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos extraordinários previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. E) aos empréstimos compulsórios que sirvam ao atendimento de despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ao imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; ao imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; ao imposto sobre a renda e os proventos de qualquer natureza; ao imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; aos impostos extraordinários, previstos no art. 154, II, do Texto Constitucional; à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores e à fixação da base de cálculo do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. 08) O Município X publica Decreto elevando a alíquota da taxa para emissão de alvará de localização, prevendo sua incidência imediata. Determinado contribuinte, já detentor de seu alvará de localização e sem anunciar a intenção de abrir um novo estabelecimento que possa levar à solicitação de novo alvará, impetra Mandado de Segurança para questionar o Decreto que majorou a taxa. A autoridade coatora foi apontada corretamente na petição, sendo alegado violação aos princípios da legalidade, anterioridade e nonagesimalidade/noventena. Em defesa do Município, o argumento dotado de maior efetividade será A) a inexistência de violação ao princípio da legalidade, inaplicável às taxas. B) o descabimento do Mandado de Segurança, pois, inexistindo sequer iminência da exigência fiscal, ele é dirigido contra lei em tese. C) o descabimento de liminar no Mandado de Segurança, pois inexiste risco para o impetrante (ausência de periculum in mora). D) a inexistência de violação ao princípio da anterioridade, este inaplicável às taxas. E) a inexistência de violação ao princípio da nonagesimalidade / noventena, este inaplicável às taxas. 09) Augusto José se insurge em face da cobrança de IPTU que recebeu, com valores majorados para o presente exercício fiscal. Segundo alegado e provado, a lei que alterou a legislação anterior sobre o referido imposto foi publicada, de forma parcial, no ano anterior ao presente exercício; a tabela relativa à Planta de Valores, contudo, foi publicada no mesmo exercício fiscal da cobrança dos novos valores. A Fazenda Municipal, entretanto, registra que a tabela representa mero regulamento editado pelo Poder Executivo local, não se confundindo com a lei anterior, esta regularmente publicada, conforme determina a Constituição. A cobrança com base na nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem ser caracterizadas como A) constitucionais, não havendo exigência para que o ato que fixa a Planta de Valores seja publicado em exercício anterior, sendo materialmente de natureza administrativa. B) inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo exercício fiscal fere o princípio da anterioridade, e a argumentação da Fazenda fere o princípio da legalidade. C) constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo certo que a Planta de Valores não majora o IPTU, mas sim a lei que instituiu as novas alíquotas. D) inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio da legalidade por parte da cobrança e ofensa ao princípio da irretroatividade na argumentação da Fazenda. E) constitucional a cobrança, já que houve a publicação da lei no exercício anterior ao de sua vigência e a posição da Fazenda é legal, por observar a natureza jurídica da Planta de Valores. 10) Relativamente aos tributos estaduais que podem ser instituídos pelo Estado do Rio de Janeiro, NÃO está sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal, também chamada de princípio da “noventena”, A) o aumento da alíquota do ITD, nas doações de bens localizados no exterior. B) a fixação da base de cálculo e da alíquota do IPVA. C) a majoração da alíquota do ICMS, relativamente às prestações de serviços de comunicação, quando esse imposto tiver de ser retido antecipadamente, por substituição tributária. D) a instituição de taxa para atender a despesas extraordinárias urgentes, decorrentes de calamidade pública, ocasionada por convulsões sociais. E) a inclusão de determinadas operações com mercadorias na sistemática da retenção antecipada do ICMS por substituição tributária. 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