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09 - REVISÃO

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REVISÃO
ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
SURGIMENTO DAS CIDADES
A pré-história é dividida em 3 períodos considerando como base o desenvolvimento técnico.
I. Paleolítico – “Idade da Pedra Lascada”: do surgimento do ser humano até
aproximadamente 12.000 anos atrás;
II. Neolítico – “Idade da Pedra Polida”: de 12.000 anos até 6.000 anos atrás;
III. Idade dos Metais: de 6.000 anos atrás até o surgimento da escrita
Ciências que estudam a Pré-história:
I. Paleontologia: estuda fósseis humanos
II. Arqueologia: estuda os objetos feitos pelos homem (esculturas, pinturas, instrumentos...)
⬗ Nenhum grupo humano, povo, tribo, etnia ... existe sem arte, seja ela a edificação de
templos e casas ou a realização de pinturas e esculturas, ou outros.
⬗ A arte pré-histórica transmite a necessidade de sobrevivência do homem primitivo
além do registro do cotidiano, comportamentos, valores e crenças.
⬗ Uma edificação era erigida com finalidade. Uma estátua ou pintura também tinha
uma função, utilidade. Tudo tinha um propósito e não destinadas a contemplação.
PALEOLÍTICO
⬗ Paleolítico: Naturalismo (natureza representada
como ela é captada)
⬗ Armas e instrumentos “lascados”, ou seja,
produzidos de modo a adquirir bordas cortantes.
⬗ Primeiras expressões de arte eram muito simples:
traços nas paredes das cavernas ou mãos em
negativo, desenvolvendo-se a desenhos e pinturas de
animais. Manifestações artísticas: pinturas rupestres,
figura entalhadas em pedra, modelagem em barro.
⬗ Poder das imagens
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Vênus de Willendorf, 
encontrada na Áustria e 
datação aprox. de 
24.000 anos
⬗ Esculturas: predomínio de figuras femininas
⬗ Sociedade de homens caçadores (caça e pesca) e
coletores (frutos, grãos e raízes) – subsistência
⬗ Instrumentos: madeira, osso e pedra.
⬗ Descoberta do fogo: triunfo do homem sobre o
meio ambiente (frio, animais e fome)
⬗ Início da organização social para garantir a
sobrevivência: cooperação e organização social –
eficiência de uma caçada.
⬗ Comunidades nômades que acabaram evoluindo
para sedentárias com as conquistas sobre a natureza.
Vênus de Dolní
Vestonice
ARQUITETURA
⬗ Ocupação das cavernas – refúgios em abrigos
naturais: aberturas em rochas, cavernas e grutas.
Transformação dos elementos da natureza a
serviço das necessidades humanas
⬗ Primeiras cabanas : Amata França
- Estruturada por ossadas ou toras de árvores.
- Revestidas com peles de animais.
- Fogueira central.
- Furo central no teto para exaustão da fumaça.
Representação de 
uma cabana em 
Amata, datação 
de 400.000 a.C.
NEOLÍTICO
⬗ Armas e instrumentos com pedras polidas por atrito, tornando-as
mais afiadas.
⬗ Revolução Neolítica: domesticação de animais e início da
agricultura, que leva ao sedentarismo e rápido aumento populacional,
gerando os primeiros núcleos familiares.
⬗ Constrói as primeiras moradias (madeira, adobe e pedra) – aldeias;
trabalho com metais, cerâmica e tecelagem.
⬗ Pinturas rupestres: ser humano passa a ser representado em suas
atividades cotidianas e coletivas, há o desafio de sugerir o movimento.
⬗ Surgimento da primeira forma de escrita: escrita pictográfica
Pintura rupestre nas cavernas de 
Tassili n’Ajjer, Argéliav
ARQUITETURA
Nuragues:
⬗ Edificações em pedra, sem
nenhuma argamassa e em
forma de cone truncado.
Nuragues. Aldeia de 
Barumini, na Sardenha.
Çatalhüyük, Anatólia – Turquia
Um dos primeiros assentamentos, e não
possuía ruas e calçadas. As casas
aglomeradas no entorno de pátios, com
circulação e entrada para as moradias pelos
terraços.
Jericó, antiga cidade da Judéia, e próxima a Jerusalém.
É um oásis natural no deserto: atrativo populacional
que ainda serve a população atual.
Primeiras casas circulares com teto abobadado, e
posteriormente casas retangulares com tijolos de barro.
Cidade amuralhada.
IDADE DOS METAIS
⬗ Artista desenvolve o trabalho com o metal e as esculturas servem de
documento dos costumes do período.
⬗ Domínio de técnicas de fundição: permite a criação de instrumentos
agrícolas mais eficientes. A disputa pelas terras, leva a conflitos e ao
desenvolvimento de armas de metal.
ARQUITETURA
⬗ Emprego de blocos de pedra na alvenaria
⬗ Alvenaria de adobe (barro cru)
⬗ Coberturas de palha, ramagens e barro sobre armação simples de madeira
⬗ Traçado irregular para adaptar-se a topografia do terreno
Escultura neolítica em bronze, 
encontrada na Sardenha. Museu 
Pigotini, Roma
MENIR: monumento
representado por um
monólito cravado
verticalmente no solo.
CROMELEQUE:
conjunto de menires
alinhados.
DÓLMEN: monumento megalítico representada
por blocos verticais, coberto por bloco horizontal.
São câmaras funerárias coletivas.
CROMELEQUE TRILÍTICO: duas ou mais
pedras fincadas verticalmente no chão, com uma
grande pedra colocada horizontalmente sobre elas.
CIDADES
⬗ A cidade nasce da aldeia e se forma, quando determinados serviços já não são executados pelas
pessoas que cultivam a terra.
⬗ Contraste entre dois grupos sociais: dominantes (detentores da produção agrícola) e subalternos.
⬗ A especialização dos serviços leva a evolução da cidade.
⬗ Algumas sociedades neolíticas já conhecem: os cereais cultiváveis, o trabalho dos metais, a roda, o
carro puxado pelos bois, o burro de carga, as embarcações a remo ou a vela. Com um trabalho
organizado em comum, conseguem produzir recursos abundantes e evoluir continuamente seu
domínio técnico e militar da cidade sobre o campo.
MESOPOTâMIA
13
⬗ A pintura era quase inexistente. Há a presença de
relevos nas pedras representando mitos, amuletos,
pessoas comuns, cenas cotidianas e animais.
⬗ Escrita cuneiforme.
⬗ As casas se desenvolviam em torno de um pátio
central retangular.
⬗ Cidades muradas.
⬗ Zigurate: construção piramidal com degraus e base
quadrada ou retangular. É composto de vários pisos
sobrepostos, formados por sucessivos andares, cada
um menor que o anterior. Era a morada dos deuses
⬗ Materiais e elementos construtivos:
- Barro: matéria prima principal da arquitetura da Mesopotâmia, poderia dar origem ao tijolo seco
ao sol (adobe), ou cozido, que era mais raro devido a escassez de madeira na região.
- Pedra: embora a pedra não tenha sido amplamente usada, existiam algumas pedreiras de calcário
na região. Foram usados o diorito, o basalto, alabastro e granito. O giz natural e o lápis-lazúli eram
usados nas decorações dos templos, esculturas e joias.
- Madeira: a madeira mais abundante na região era pouco resistente, o tronco da palmeira e algum
salgueiro. Os sumérios buscavam o cedro nas longínquas florestas do Líbano, Já o ébano era uma
madeira nobre usada para esculpir estátuas.
- Betume: jorra naturalmente da terra e era recolhido e usado como argamassa de
impermeabilização dos tijolos.
EGITO
16
“O Egito é uma dádiva do Nilo” 
Heródoto
17
• Às margens do Rio Nilo
• Tudo no Egito era orientado pela religião
⬗ Antigo Império (3100 a.C. a 2040 a.C.) –construções das grandes pirâmides. Os faraós não
tinham controle entre todos os nobres.
⬗ Médio Império (2040 a.C. a 1640 a.C.) – os faraós restauraram o poder. Povo egípcio é invadido
pelos hicsos (civilização semita de origem asiática ).
⬗ Novo Império (1550 a.C. a 1070 a.C.) – os hicsos foram expulsos do Egito. O costume de levantar
pirâmides tinha sido abandonado, mas permanece a grandiosidade dos monumentos.
⬗ Para os egípcios, eram as práticas rituais que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência após a
morte. A religião, portanto, permeava toda a vida egípcia: Interpretando o Universo; Justificando a
organização social e política; Determinado o papel das classes sociais; Orientando toda a produção
artística.
⬗ A arte: obedecia a uma série de padrões e regras,o que
limitava a criatividade ou imaginação pessoal do artista.
Assim, o artista egípcio criou uma arte anônima, pois a
obra deveria revelar perfeito domínio das técnicas de
execução, e não o estilo de quem a executava.
⬗ Entre as regras seguidas na pintura e nos baixos-relevos,
destaca-se a lei da frontalidade, na qual o tronco das
figuras representado de frente, enquanto a cabeça, as
pernas e os pés vistos de perfil.
Tumba de Tutankamon
⬗ Na pintura do Novo Império: abandona a rigidez de
postura das figuras, elas parecem ganhar movimento.
⬗ Data também dessa época a utilização dos hieróglifos como
elemento estético e que passaram a fazer parte da
ornamentação das obras arquitetônicas
Nebamun, Hatshepsut e a filha 
dos dois
Templo de Abu-Simbell
⬗ O simbolismo da relação entre o poente e o nascente
do sol é primordial para compreendermos as formas de
implantação das cidades e construções egípcias.
OESTE = POENTE = MORTE
Lugar de morada dos mortos (necrópoles)
LESTE = NASCENTE = VIDA
Lugar de morada dos vivos (templos)
Tipos de simetria:
⬗ Simetria axial ou bilateral: resulta do uso vertical como princípio de organização.
⬗ Simetria translativa ou série: resulta da repetição rítmica das formas (remonta à pré-história) criando
ordem compositiva.
Os conceitos geométricos da 
arquitetura egípcia exemplificados 
na seção longitudinal e na planta 
do templo de Consu, em Carnac. 
Simetria axial e em série.
23
⬗ A cidade divina é construída de pedra, para permanecer imutável no curso do tempo; é povoada
de formas geométricas simples: prismas, pirâmides, obeliscos ou estátuas gigantescas como a
grande esfinge, que não observam proporção com as medidas do homem e se aproximam, pela
grandeza, dos elementos da paisagem natural. É habitada pelos mortos, que repousam cercados
de todo o necessário para a vida eterna, mas é feita para ser vista de longe, como o fundo sempre
presente na cidade dos vivos. A cidade divina é uma cópia fiel da cidade humana, onde todas as
personagens e os objetos da vida cotidiana são reproduzidos e mantidos imutáveis.
⬗ Já a cidade dos vivos é construída de tijolos, inclusive os palácios dos faraós no poder.
⬗ A arquitetura egípcia é composta por monumentos funerários, religiosos e lugares
destinados para a moradia.
⬗ Suas principais características são:
- Dimensões grandiosas / monumentalidade;
- Simplicidade nas formas;
- Aspecto maciço e pesado;
- Arquitrave (lintel ou viga que repousa sobre os capiteis das colunas);
- Teto abobadado (convexo, encurvado - não usavam arco)
- Policromia (muitas cores)
- Uso inicial da madeira, adobe e ladrilho.
⬗ Os monumentos funerários podem ser divididos em: mastabas, pirâmides e hipogeus.
⬗ Em relação as habitações, essas se diferenciam em:
residência para a população agrícola e residência para
população de pastores e caçadores.
⬗ A população agrícola, sedentária, precisava de uma
habitação mais sólida, estável e protegida contra as
inundações. Já a população de pastores e caçadores,
nômade, necessitava de um programa mínimo e tinha sua
estrutura móvel e feita com troncos, ossos e peles de
animais.
⬗ A Vila de Deir el-Médina, vila operária, é uma das mais conhecidas e estava destinada para
moradia dos artesãos e construtores designados para edificar as tumbas reais durante o Novo
Império.
⬗ A vila tinha uma rua principal, e cerca de 70 moradias dentro das muralhas. As casas
possuíam uma sala de recepção, uma segunda sala de estar, quarto e cozinha com adega e
escadas, além de um terraço para dormir.
⬗ Mastabas: túmulo egípcio. A palavra mastaba provém do
termo árabe maabba, que significa “banco”, pois à
distância esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra
ou lama. As mastabas podiam ser construídas com pedra
calcária ou tijolo de barro (adobe).
⬗ A câmara mortuária, em geral, localizava-se bem abaixo da
base, ligando-se a ela por uma passagem em forma de
poço. Suas paredes se erguiam em talude e o teto era
ligeiramente abobadado. O interior era decorado com
mármores, baixos-relevos e pinturas que faziam referência
a cenas de vida eterna.
⬗ Imhotep construiu a pirâmide escalonada de Saqqara a partir de uma mastaba retangular com
câmara subterrânea e em blocos de adobe. Progressivamente foi aumentando o templo à
medida que o fazia, entendeu que seria melhor fazê-lo em blocos de pedra.
⬗ A pirâmide de Saqqara tinha quase 100 metros de base por 60 de altura, e suas fazes em
conformadas como triângulos isósceles. Com a pirâmide de Zoser nasce o período da história
egípcia conhecido como a “etapa das pirâmides”, e que finaliza com a invasão dos hicsos.
⬗ A pirâmide de Meidum ou Falsa Pirâmide se encontra em El Fayum e foi construída como
escalonada e revestida com pedra calcária. Essa é a primeira pirâmide de faces lisas e foi
iniciada pelo último faraó da III dinastia, e acrescida por Sneferu. A pirâmide media 147
metros de base e 93,5 de altura, atualmente com 65 metros de altura.
⬗ As pirâmides representam o apogeu plástico da expressão arquitetônica egípcia atingida no
Antigo Império. A pirâmide curvada de Sneferu, faraó da IV dinastia, mede cerca de 190 de
base por 102 de altura. Ela tem este nome por ter suas faces quebradas em dois ângulos, o
plano mais baixo possui inclinação de 52º e o superior de 42º.
⬗ A pirâmide vermelha é a maior das três pirâmides localizadas no complexo funerário de
Dashur, e a terceira maior do Egito. Acredita-se que foi a primeira verdadeira pirâmide com
os lados lisos. Foi construída durante o reinado do faraó Sneferu, e alguns sugerem ter sido
local de seu descanso final.
⬗ As obras arquitetônicas mais famosas, são as pirâmides do deserto de Gizé, construídas por ordem
de três importantes faraós do Antigo Império: Quéops (a maior), Quéfren e Miquerinos. Todas as
pirâmides estão orientadas segundo os pontos cardeais.
TEMPLO
⬗ Os templos determinam duas constantes fundamentais: a simetria axial e o sistema de pórtico
(pilares e vigas).
Templo de Amon em 
Luxor
⬗ O templo funerário chamado Hipogeu é uma câmara funerária escavada, com a fachada esculpida
diretamente na montanha. O Templo Hipogeu de Abu Simbel é um templo construído pelo
faraó Ramsés II (XIX disnastia), dedicados ao seu culto como deus e de sua esposa Néfertari.
⬗ Os templos hipogeus de Mentuhotep I e o Templo de Hatshepsout, foram planejados pelo
arquiteto Senmut, e construídos em pedra, estão situados no Vale dos Reis. A característica
compositiva principal do hipogeu é a linearidade da planta que expressa uma edificação que se
desenvolve através da simetria axial e em série.
⬗ As formas das composições estruturais no Egito basearam-se nos recursos naturais do país. As
hastes dos papiros foram amarradas para fazer os primeiros suportes (colunas), e os muros foram
coroados com palmas e com flores de lótus (capitéis - parte superior, remate de uma coluna, que
pode ser decorada ou simples). Essas formas foram transladadas para a construção.
⬗ Arquitrave: trave horizontal que se apoia em duas (trilítico) ou
mais colunas.
⬗ Fuste: é a parte da coluna entre o capitel e a base, ou seja, é o
próprio apoio. Pode ser monolítico ou constituído por
diversas pedras chamadas tambores.
⬗ Base: é o ponto de ligação do fuste com o pedestal ou
pavimento do edifício. Surge inicialmente como uma simples
placa de pedra, consequência da necessidade de evitar que a
umidade do chão danificasse as primeiras colunas de madeira.
⬗ Ábaco: significa prancha. Em arquitetura, refere-se ao
elemento sobre o capitel de uma coluna onde apoia a
arquitrave ou de onde parte um arco. Este elemento é
geralmente achatado e mais largo que o capital, pois a sua
função principal é servir de base de apoio ao peso exercido pelo
elemento superior.
⬗ Capitel: faz a união entre o elemento vertical (fuste) e
horizontal (arquitrave) de características estáticas muito
diferentes. Assim, o capitel não só soluciona problemas
técnicoscomo assume, acima de tudo, papel estético, sendo
normalmente a parte mais trabalhada da coluna, a parte mais
característica de uma dada ordem ou estilo.
GRÉCIA
46
CIVILIZAÇÃO MINÓICA
⬗ Por volta de 2.500 a.C. a ilha de Creta já possuía cidades com construções de pedra e tijolo.
⬗ Elaborada produção de joias e outros objetos de metal.
⬗ Os cretenses contavam com uma desenvolvida marinha mercante, o que lhes permitiu
dominar o comércio no Mediterrâneo e entrar em contato com diferentes povos, como os
mesopotâmicos e os egípcios. A prosperidade daí resultante traduziu-se em grande
desenvolvimento urbanístico.
⬗ A cultura egéia tem início na ilha de Creta.
⬗ Sociedade independente e pacífica, dotada de apurado sentido estético.
⬗ A arquitetura centra-se nos palácios e não nos túmulos e templos.
PALÁCIOS
⬗ Grandes estruturas arquitetônicas.
⬗ Formavam um conjunto orgânico que integrava funções religiosas, econômicas e políticas.
Eram compostos por armazéns, escritórios e pequenas capelas. Seriam moradas régias e
centros administrativos e comerciais.
⬗ Planta em torno de um pátio central com a agregação de sucessivos espaços.
⬗ Materiais usados: tijolo e madeira.
⬗ Elementos arquitetônicos: colunas de madeira com forma cônica.
PALÁCIO DE CNOSSOS
⬗ Data de 1.700 a 1.500 a.C.
⬗ Planta arquitetônica evoluída em torno de um pátio
central dispondo muitas salas, algumas delas agrupadas
de forma que uma conduza à outra, segundo uma
ordem bem planejada.
Palácio de Cnossos
Palácio de Cnossos
Palácio de Cnossos
⬗ O Palácio de Cnossos foi erguido sobre as ruina de outro palácio, destruído cerca de 1.700
a.C.
⬗ Dentre os espaços dispostos em torno do pátio central, temos: santuários, armazéns,
oficinas, aposentos e adegas.
⬗ Não houve preocupação de uma unidade monumental, resultou de sucessivas ampliações,
de um crescimento gradual, orgânico e espontâneo.
⬗ A sua concepção de espaços é orientada para o bem estar, como o aproveitamento da luz
natural e enriquecida por uma requintada decoração de afrescos.
⬗ Colunas de madeira
com fuste liso e estreito
na parte inferior.
⬗ Capitel arredondado e
achatado.
⬗ Ábaco quadrado
PINTURA
⬗ Ela mostra menos rigidez e imobilidade
que a pintura egípcia.
⬗ Há preocupação no efeito causado pela
combinação das cores: utilizava cores
vivas e contrastantes, com tons de
vermelho, azul e branco, bem como de
marrom, amarelo e verde.
⬗ Preferência pelos movimentos à verdade
anatômica, com tentativa de
representação do esforço e da perspectiva.
Damas de Cnossos, afresco no Palácio de Cnossos
CIVILIZAÇÃO MICÊNICA
⬗ Foi um dos maiores centros da civilização grega e
uma potência militar que dominou a maior parte do
sul da Grécia.
⬗ A arquitetura de Micenas é muito diferente da
Minóica: os palácios do continente eram fortalezas
erigidas sobre colinas, rodeadas de muralhas
defensivas, de enormes blocos de pedra. As colinas
fortificadas eram rodeadas de pequenos povoados
rurais, em contraste com a densa urbanização da
costa.
⬗ Da arte que se desenvolveu na cidade de Micenas, merece destaque a arquitetura, que
apresentou traços próprios. Um exemplo é a Tumba dos Átridas, ou Tesouro de Atreu.
⬗ A Tumba de Átridas: feita no interior de uma colina.
⬗ Um corredor conduz a uma sala circular coberta por uma
grande cúpula de 14 metros de diâmetro e 13 metros de
altura. A sala comunica-se com o compartimento
retangular onde ficavam os restos mortais dos príncipes
micênicos.
⬗ O aspecto mais interessante da construção é a cúpula, uma
vez que, para sustenta-la, não foram usados arcos. As pedras
foram dispostas horizontalmente, ficando cada bloco um
pouco desalinhado em relação ao anterior, de modo a
provocar um afunilamento até o encontro total das fileiras
concêntricas de pedra.
GRÉCIA
Dos povos da antiguidade, os gregos apresentam a 
produção cultural mais livre
⬗ Do ponto de vista de sua produção artística, são relevantes os seguintes períodos históricos da
Grécia antiga:
- Período arcaico: da formação das cidades-Estados, em meados do século VII a.C. até a época
das Guerras Greco-Pérsicas, no século V a.C.
- Período clássico: das Guerras Greco- Pérsicas até o fim da Guerra do Peloponeso (século IV
a.C.)
- Período helenístico: do século IV a.C. até o século II a.C.
A EVOLUÇÃO DA ESCULTURA
⬗ Aproximadamente no final do século VII a.C., os gregos começaram a esculpir, em
mármore, grandes figuras de homens. Era evidente nessas esculturas, a influência do
Egito, não só como fonte inspiradora, mas também da própria técnica de esculpir
grandes blocos.
⬗ Mas enquanto os egípcios procuravam fazer uma figura realista de um homem, o
escultor grego acreditava que uma estátua que representasse um homem não deveria
ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo.
⬗ O escultor grego do período arcaico, assim como o
escultor egípcio, apreciava a simetria natural do corpo
humano. Para deixar clara ao observar essa simetria, o
artista esculpia figuras masculinas nuas, eretas, em
rigorosa posição frontal e com o peso do corpo
igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse
tipo de estátua é chamado de kouros, palavra grega que
significa homem jovem.
Kouros, final do século VII a.C. – Metropolitan
Museum of Art, Nova York
⬗ Na Grécia, os artistas não estavam submetidos a
convenções rígidas, pois as estátuas não tinham uma
função religiosa, como no Egito. Em vista disso, a
escultura grega pôde evoluir livremente. Assim, o
escultor grego começou a não se satisfazer mais com a
postura rígida e forçada do kouros.
⬗ A estátua Efebo de Crítios, mostra alterações nesse
aspecto: em vez de olhar para a frente, o modelo
tem a cabeça ligeiramente voltada para o lado; em
vez de apoiar-se igualmente sobre as duas pernas, o
corpo descansa sobre uma delas, que assume o
quadril desse lado um pouco mais alto.Efebo de Crítios, cerca de 480 a.C. – Museu da Acrópole, Atenas.
⬗ Nessa procura de superação da rigidez das estátuas, o mármore
mostrou-se um material inadequado: era pesado demais e se
quebrava sob seu próprio peso, quando determinadas partes do
corpo não estavam apoiadas. Os braços estendidos de uma
estátua, por exemplo, corriam sério risco de se quebrar.
⬗ A solução para esse problema foi trabalhar com um material
mais resistente. Começaram então, no período clássico, a fazer
em bronze, pois esse metal permitia ao artista criar figuras
que expressassem melhor o movimento, como na estátua O
Zeus de Artemísio, em que os braços e as pernas dessa estátua
mostram uma atividade vigorosa. Seu tronco, porém, traduz
imobilidade.
Zeus de Artemísio, cerca de 470 a.C. –
Museu Arqueológico Nacional, 
Atenas.
⬗ Já no período helenístico podemos observar
o crescente naturalismo: os seres humanos
não eram representados apenas de acordo
com a idade e a personalidade, mas também
segundo as emoções e o estado de espírito
de um momento. O grande desafio e a grande
conquista da escultura do período helenístico
foi a representação não de uma figuras apenas,
mas de grupos de figuras que mantivessem a
sugestão de mobilidade e fossem bonitos de
todos os ângulos que pudessem ser observados.
Toro Farnese
ARQUITETURA
⬗ As edificações que despertam maior interesse são os templos. Essas obras não foram construídas
para reunir dentro delas um grupo de pessoas para o culto religioso, mas para proteger das chuvas
ou do sol excessivo as escultura dos seus deuses e deusas.
Parthenon
⬗ A característica mais evidente dos templos
gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos.
⬗ As colunas e entablamento eram
construídos segundo os modelos da ordem
dórica, jônica e coríntia.
⬗ Os principais monumentos da arquitetura grega são:
- Templos: dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas. Na Acrópole, também, se
encontram as Cariátides, que homenageavam as mulheres de Cária.
- Teatros: eram construídos em lugares abertos (encosta)e que compunham de três partes:
1. A skene ou cena, para os atores;
2. A konistra ou orquestra, para o coro;
3. O koilon ou arquibancada, para os espectadores.
- Ginásios: edifícios destinados à cultura física.
- Praça: ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles a
filosofia.
⬗ A vida pública era polarizada entre as atividades culturais e esportivas. A primeira tratava da
ciência e da filosofia, onde a política era uma consequência. As construções podiam ser de
duas formas: com âmbito as atividades ao ar livre ou em recintos fechados. O uso de ambos
os espaços era democrático.
⬗ Construções ao ar livre: teatro, estádio, ginásio – palestra.
⬗ Construções em recintos fechados: casa de cultura ou biblioteca, senado, hospital.
⬗ O teatro na Grécia Antiga teve suas
origens ligadas a Dionísio, e durante
as celebrações, que duravam seis dias,
em honra ao deus e em meio a
procissões e com o auxílio de fantasias
e mascaras, eram entoados cantos
líricos, que mais tarde evoluíram para
a forma de representação plenamente
cênica.
⬗ Seu florescimento ocorreu entre
550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado
em especial na cidade de Atenas.
Reconstrução do Teatro de Dionísio em Atenas
⬗ Os prédios teatrais gregos eram
construções ao ar livre, formadas
em encostas para facilitar o
escalonamento das
arquibancadas e aproveitar a
acústica do vale.
⬗ O ginásio / palestra era um centro esportivo,
cultura e social, composto por alojamentos ao
redor de um grande pátio peristilo, no qual os
atletas profissionais praticavam a luta livre ou boxe.
⬗ O homem é considerado como a medida de todas as coisas: antropometria
Escala humana
“O homem é a medida de todas as coisas; daquelas que são enquanto são e daquelas que
não são enquanto não são” (Parmênides, século V a.C.)
⬗ Se o homem é a medida de todas as coisas, a escala humana determinará a proporção ou o
cânone de beleza.
⬗ Ordem: regras objetivas que dispõem de maneira regular e perfeita as partes (escala e
módulos), que concorrem para a composição de um conjunto belo (proporções estáticas).
- Um conceito de categoria, de unidade, de razão e proporção
- Um instrumento regulador da arquitetura
- Um conjunto de regras, um sistema de controle que gera uma linguagem
- Um sistema estrutural que organiza elementos arquitetônicos
⬗ Ordem Dórica: era simples e maciça. O
fuste da coluna era monolítico e grosso. O
capitel era uma almofada de pedra. Nascida
do sentir do povo grego, nela se expressa o
pensamento. Sendo a mais antiga das
ordens arquitetônicas gregas, a ordem
dórica, por sua simplicidade e severidade,
empresta uma ideia de solidez e
imponência.
Templo da Concórdia
⬗ Ordem Jônica: representava a graça
e o feminismo. A coluna
apresentava fuste mais delgado e não
se firmava diretamente sobre o
estilobata, mas sobre uma base
decorada. O capitel era formado por
duas espirais unidas por duas curvas.
A ordem dórica traduz a forma do
homem e a ordem jônica traduz a
forma da mulher.
Templo de Athena Nike
⬗ Ordem Coríntia: o capitel era formado com
folhas de acanto e quatro espirais simétricas,
muito usado no lugar do capitel jônico, de um
modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere
luxo e ostentação.
⬗ Enquanto da dominação grega, a ordem coríntia
foi pouco explorada, sendo tratada como uma
derivação da ordem jônica plenamente em
ascensão.
⬗ Foram os romanos que realmente a estabeleceram
como ordem.
Templo de Zeus
⬗ Por volta do ano 200 a.C., pode-se dizer
que as casas erguidas nas modernas
cidades e inspiradas nas mesmas levantas
em Ur, na Mesopotâmia 2.000 anos antes,
tornam-se a habitação tipo. Nela se
inspiraria mais tarde a habitação romana.
⬗ A casa grega se desenvolve ao redor de
um pátio quadrado ou ligeiramente
retangular, circundado por colunas (pátio
peristilo).
POLIS
⬗ Origem: colina, onde se refugiavam os habitantes do campo para defender-se do inimigos.
⬗ Acrópole: cidade alta: onde ficam os templos dos deuses, e onde os habitantes da cidade
ainda podem refugiar-se para um última defesa.
⬗ Astu: cidade baixa: onde se desenvolvem os comércios e as relações civis.
⬗ Ambas são partes de um único organismo, pois a comunidade citadina funciona como um
todo único, qualquer que seja seu regime político.
⬗ Órgãos necessários para o funcionamento da polis:
- Pritaneu: o lar comum, consagrado ao deus protetor da cidade. Compreende um altar com
um fosso cheio de brasas, uma cozinha e uma ou mais salas de refeição.
- Bulé: o conselho dos nobres ou dos funcionários que representam a assembleia dos cidadãos,
e mandam seus representantes ao Pritaneu.
- Ágora: assembleia dos cidadãos, que se reúnem para ouvir as decisões dos chefes ou para
deliberar. O local de reuniões era usualmente a praça do mercado, que também se chama
ágora.
⬗ A Ágora era, antes de tudo, um espaço
aberto e definitivo como um cômodo
externo, o verdadeiro centro civil da pólis,
e para aonde se convergiam os cidadãos.
⬗ Como espaço urbano é um espaço flexível
e irregular, cujos componentes podiam ser
modificados constantemente.
⬗ Deste espaço se origina a praça.
Atenas
⬗ A população (excluídos os escravos e os estrangeiros) é sempre reduzida, não só pela pobreza dos
recursos mas por uma opção política: quando cresce além de certo limite, organiza-se um expedição
para formar uma colônia longínqua.
⬗ Esta medida não é considerada um obstáculo, mas, antes, a condição necessária para uma
organização suficientemente numerosa para formar um exército na guerra, mas não tanto que
impeça o funcionamento da assembleia, isto é, que permita aos cidadãos conhecerem-se entre si e
escolherem seus magistrados.
⬗ Os gregos têm consciência de sua comum civilização, porém não aspiram à unificação política,
porque sua superioridade depende justamente do conceito da polis, onde se realiza a liberdade
coletiva do corpo social (pode existir a liberdade individual, mas não é indispensável).
⬗ A cidade:
- É um todo único, onde não existem zonas fechadas e independentes. Pode ser circundada por
muros, mas não subdividida em recintos secundários. As casas de moradia são todas do
mesmo tipo, e são diferentes pelo tamanho, não pela estrutura arquitetônica; são distribuídas
livremente na cidade, e não formam bairros reservados a classes ou a estirpes diversas.
- O espaço da cidade se divide em três zonas: as áreas privadas ocupadas pelas casas de moradia,
as áreas sagradas (os recintos com os templos dos deuses), e as áreas públicas, destinadas às
reuniões políticas, ao comércio, ao teatro, aos jogos desportivos...
⬗ A cidade:
- Respeita as linhas gerais da paisagem natural, que em muitos pontos significativos é deixada
intacta, interpreta-a e integra-a com as edificações arquitetônicas.
- O organismo da cidade se desenvolve no tempo, mas alcança, de certo momento em diante,
uma disposição estável, que é preferível não perturbar com modificações parciais. O
crescimento da população não produz uma ampliação gradativa, mas a adição de um outro
organismo equivalente ou mesmo maior que o primitivo (chama-se paleópole, a cidade
velha; neápole, a cidade nova), ou então a partida de uma colônia para uma região longínqua.
ROMA
87
⬗ A formação cultural dos romanos foi influenciada principalmente por gregos e etruscos.
⬗ Embora tenhamos muita informação sobre os gregos, pouco sabemos sobre os etruscos, em
parte pela dificuldade em decifrar sua escrita. Eles teriam vindo da Ásia e não chegaram a
constituir um grande império, mas suas cidades tinham sistema de esgotos, aquedutos e
ruas pavimentadas. Ocuparam Roma no século VI a.C.
⬗ A arte romana assimilou, da arte greco-helenística, a busca por expressar um ideal de
beleza, e, da arte etrusca, mais popular, a preocupação em expressar a realidade vivida.
⬗ Podemos dividir a história desse período em três grandes períodos: Monárquico (753 a.C. -
509 a.C.), Republicano (509 a.C. -27 a.C.)e Imperial (27 a.C. - 476 d.C.). Em 395 d.C., o
imperador Teodósio divide o Império em das partes: Império Romano do Ocidente, com
capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla.
ARQUITETURA
⬗ Um dos legados mais importantes deixados pelos
etruscos aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas
construções. Esses dois elementos arquitetônicos
permitiram aos romanos criar amplos espaços internos,
livres do excesso de colunas.
⬗ O arco foi uma conquista que permitiu ampliar o vão entre
uma coluna e outra.
⬗ No final do século I d.C., Roma já havia superado as
influências grega e etrusca e estava pronta para desenvolver
criações artísticas independentes e originais.
⬗ A planta das casas romanas era rigorosamente e
invariavelmente desenhada segundo um retângulo básico.
⬗ A porta de entrada, que ficava de um dos lados menores do
retângulo, conduzia a um espaço central chamado átrio. O
telhado do átrio possuía uma abertura retangular que
permitia a entrada da luz, do ar e também da água da chuva,
que era coletada no implúvio.
⬗ Os romanos costumavam
erigir seus templos num
plano mais elevado, de modo
que a entrada só era alcançada
por uma escadaria, construída
diante da fachada principal.
Esses elementos arquitetônicos
– pórtico e escadaria –
tornavam a fachada principal
bem distinta das laterais e do
fundo do edifício.Panteão
⬗ Nem todos os templos, porém, resultaram da soma da
tradição romana com os ornamentos gregos. Enquanto
a concepção arquitetônica grega criava edifícios para
serem vistos do exterior, a romana procurava criar
espaços interiores.
Panteão
⬗ Graças ao uso de arcos e abóbadas, herdados dos etruscos, os romanos construíram edifícios –
sobretudo anfiteatros – bastante amplos. Usando ordens de arcos sobrepostos, os
construtores romanos obtiveram apoio para construir o local destinado ao público – o
auditório.
⬗ Com essa solução arquitetônica não era mais necessário assentar o auditório nas encostas de
colinas, como faziam os gregos. A primeira consequência disso foi a possibilidade de construir
tais edifícios em qualquer lugar, com qualquer topografia.
⬗ O anfiteatro caracterizava-se por um espaço central elíptico, onde se dava o espetáculo e,
circundando esse espaço, um auditório, composto de um grande número de filas de assentos
que formavam uma arquibancada.
Coliseu, Roma
⬗ A arte romana revela-nos um povo de
grande espírito prático: por onde
passou, estabeleceu colônias e construiu
casas, templos, termas, aquedutos,
mercados e edifícios governamentais.
Uma das mais representativas obras da
construção civil dos romanos é o
aqueduto Le Pont du Gard, localizado
na França.
⬗ A maior parte da pinturas romanas que conhecemos
hoje provém das cidades de Pompéia e Herculano,
soterradas pela erupção do Vesúvio, em 79 d.C., e cujas
ruínas foram descobertas no século XVIII.
⬗ Nos painéis podiam criar-se, por exemplo, a ilusão de
janelas abertas, por onde se viam paisagens com
animais, aves e pessoas; barrados sobre os quais
aparecem figuras de pessoas sentadas ou em pé,
formando grandes pinturas ou murais; ou, ainda,
conjuntos que valorizavam a delicadeza dos pequenos
detalhes
Detalhe de cena em fundo preto da Casa dos Vettii
⬗ Os romanos são considerados verdadeiros
mestres na arte do mosaico, cujos exemplos de
maior valor artístico são também os que
decoravam os edifícios de Pompéia.
⬗ Tanto na pintura como no mosaico, os
artistas romanos, ora de maneira rústica mas
alegre, ora de maneira segura e brilhante,
souberam misturar realismo com imaginação,
e suas obras ocuparam grandes espaços nas
construções, complementando ricamente a
arquitetura.
Casa dos Vettii
PERÍODO 
BIZANTINO
98
ARTE
⬗ A arte bizantina tinha um objetivo:
expressar a autoridade absoluta e sagrada do
imperador, considerado o representante de
Deus, com poderes temporais e espirituais.
Para que a arte atingisse esse objetivo, uma
série de convenções foi estabelecida, tal
como ocorrera na arte egípcia.
⬗ Das convenções, temos a frontalidade, uma vez que a postura
rígida da personagem leva o observador a uma atitude de
respeito e veneração.
⬗ Além da frontalidade, outras regras minuciosas foram impostas
aos artistas pelos sacerdotes, como a determinação do lugar de
cada personagem sagrada na composição e a indicação de como
deveriam ser os gestos, as mãos, os pés, as dobras das roupas e os
símbolos.
⬗ Passou-se também a retratar as personalidades oficiais e as
personagens sagradas como se compartilhassem as mesmas
características: assim, a representação de personalidades
oficiais sugeria tratar-se de personagens sagradas.Mosaico - Imperador Justiniano
⬗ As personagens sagradas, por
sua vez, eram representadas
com características das
personalidades do Império.
Jesus Cristo, por exemplo,
aparecia como rei e Maria como
rainha. Da mesma forma,
situações típicas da corte eram
transpostas para as
representações dos santos.
Mosaico – Procissão dos mártires
ARQUITETURA
⬗ O caráter majestoso da arte bizantina pode ser observado também na arquitetura das igrejas. Um dos
melhores exemplos é a Basílica de Santa Sofia.
⬗ A liberdade de culto concedida por Constantino no século IV aos cristãos teve profundas
consequências. Antes disso, as catacumbas e algumas casas eram utilizadas para a realização
das cerimônias. Mas era preciso criar um novo sistema arquitetural para celebrar a fé cristã,
naquele momento oficialmente reconhecida. O próprio Imperador Constantino dedicou
recursos à tarefa, e dentro de poucos anos foi erguido um espantoso número de grandes
igrejas, não só em Roma, mas na terra santa e em Constantinopla.
⬗ A arquitetura cristã primitiva também apresenta outra característica de interesse: o contraste
entre o exterior e o interior. O exterior é de tijolos simples, intencionalmente deixado sem
ornatos, o oposto do templo clássico. O átrio foi destruído e a torre acrescentada na Idade
Média. Mas o interior da Basílica dá lugar à maior riqueza, com mármores e mosaicos que
“evocam o esplendor do reino de Deus”.
⬗ Desenvolvimento da engenharia e de
técnicas construtivas inovadoras,
principalmente nas Basílicas, que
eram planejadas sobre uma base
circular, octogonal ou quadrada
com uso da cúpula.
⬗ Por meio de um sistema de arcos, foi
possível utilizar a cúpula em plantas
quadradas, algo até então inédito no
mundo. Essa cobertura ficou
conhecida como cúpula sobre
pendentes.
PERÍODO 
ROMÂNICO
105
⬗ No século V, inicia-se a transição da vida social e
econômica da cidade para o campo, desfavorecendo
a evolução cultural que nesse período é quase
inexistente. No século VII somente a Igreja continuava
a contratar construtores, carpinteiros, marceneiros,
pintores e outros profissionais.
⬗ No século VIII após a coroação de Carlos Magno há um
imenso desenvolvimento cultural, além da união do
poder real e do poder papal.
Carlos Magno
ARQUITETURA ROMÂNICA
⬗ O nome românico foi criado para designar as obras
arquitetônicas dos séculos XI e XII, na Europa, cuja
estrutura se assemelhava à das construções dos antigos
romanos. Seus aspectos mais significativos são a
utilização da abóbada, dos pilares maciços que a
sustentam e das paredes espessas com aberturas
estreitas usadas como janelas.
⬗ O primeiro aspecto que chama a atenção nas igrejas
românicas é o tamanho: elas são sempre grandes e sólidas.
Daí serem chamadas “fortaleza de Deus”.
⬗ As igrejas românicas podiam ser construídas com abóbadas de dois
tipos: a abóbada de berço e a abóbada de arestas.
⬗ A abobada de berço era simples: consistia num semicírculo – o arco
pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentava duas
desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria, que podia provocar
sérios desabamentos, e a reduzida luminosidade interna, resultante das
janelas estreitas.
⬗ A abóbada de arestas consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas
abóbadasde berço apoiadas sobre pilares. Com isso, obtinha-se certa
leveza e maior iluminação interna.
⬗ Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja
recorria à pintura e à escultura para narrar histórias
bíblicas ou transmitir aos fiéis valores religiosos.
⬗ Um lugar muito usado para isso era o portal, na entrada
do templo. No portal das igrejas românicas, a área
mais ocupada pelas esculturas era o tímpano: a
parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que
arrematam o vão superior da porta. Encontra-se ainda
em Saint-Pierre um dos mais bonitos portais
românicos, com um belíssimo tímpano e uma pilastra
central chamada treno, que divide a abertura da porta
em duas partes iguais.
PINTURA ROMÂNICA
⬗ Os pintores românicos caracterizavam-se não como criadores de telas de pequenas proporções,
mas como verdadeiros muralistas. Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas
grandes decorações murais, favorecidas pelas formas arquitetônicas: as abóbadas e as paredes
laterais com poucas aberturas criavam grandes superfícies. Na pintura mural era utilizada a
técnica do afresco.
⬗ Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. A pintura românica
praticamente não registrou assuntos profanos. Para as igrejas e os mosteiros, geralmente eram
escolhidos temas como a criação do mundo e do ser humano, o pecado original, a arca de Noé,
os símbolos dos evangelistas e Cristo em majestade.
⬗ O mural, Cristo em majestade, tem no centro a
figura de Jesus Cristo, cercado de anjos. Ele expressa
bem as duas características essenciais da pintura
românica: a deformação e o colorismo.
⬗ A deformação, na verdade, traduzia os sentimentos
religiosos e a interpretação mística que o artista fazia
da realidade.
⬗ O colorismo traduziu-se no emprego de cores
chapadas, uniformes, sem preocupação com meios-
tons ou jogos de luz e sombra, pois não havia a
menor intenção de imitar a natureza.
CIDADES 
MEDIEVAIS
112
⬗ A diferença entre as comunidades urbanas e rurais tornam-se cada vez menores, com as
cidades cada vez mais pobres e as aldeias desenvolvendo de modo semelhante as cidades, nos
topos de colinas. Tanto na cidade quanto na aldeia rural há escassez dos meios de produção e
falta de técnicos especialistas para um desenho urbano organizado e planejado.
⬗ As cidades medievais apresentam uma variedade extraordinária. Mas ainda que cada uma
possua fisionomia e caráter próprios, podem se agrupar conforme certos tipos gerais. Em
primeiro lugar, e em função de sua origem, diferenciaremos as cidades de fundação nova das
cidades de base histórica.
⬗ As aldeias rurais seguem, com indiferença as formas irregulares do terreno e as formas regulares dos
manufaturados romanos; enfim, apagam toda diferença entre natureza e geometria, isto é, deformam
com pequenas irregularidades as linhas precisas dos monumentos e das estradas antigas e simplificam
as formas imprecisas da paisagem, marcando as linhas dos dorsos montanhosos, das enseadas e dos
cursos de água.
⬗ A origem de todas as cidades de fundação nova se vincula diretamente ao renascer comercial,
assumindo as infraestruturas da nova economia de intercâmbio mercantil ou cultural como diretrizes
para seu desenvolvimento urbano: as cidades comerciais e universitárias, das quais Paris é um
exemplo.
⬗ No final do século X há um surto populacional levando ao aumento da produção agrícola, da
indústria e do comércio.
O DESENVOLVIMENTO DAS CIDADES-ESTADO
⬗ Parte da população que não encontra trabalho nos campos volta a habitar as cidades
fortificadas, os burgos. Entretanto, por serem pequenas e sem possibilidade de expansão dentro
das muralhas, as cidades crescem então, externamente formando os subúrbios que em pouco
tempo tornam-se maiores que o núcleo original, havendo necessidade de construção de uma
nova muralha. Esse processo ocorre sempre que necessário.
⬗ A cidade-Estado medieval depende do campo para o abastecimento de viveres, e controla de
fato um território mais ou menos grande; mas, diferentemente da cidade grega, não concede
paridade de direitos aos habitantes dos campos. Permanece uma “cidade fechada”, suas relações
econômicas e politicas podem ser estendidas à escala nacional ou mundial mas sua politica
permanece guiada pelos interesses restritos da população urbana.
A COLONIZAÇÃO DO TERRITÓRIO AGRÍCOLA
⬗ O desenvolvimento das cidades leva a mudanças no campo, que aumentam a produção agrícola
que entra em crise por basear-se numa economia autossuficiente. São criadas, portanto, novas
cidades nos terrenos livres, voltadas para a produção agrícola e com organização semelhante das
cidades-Estado. Também surgem na periferia do mundo europeu novas cidades, mas com
motivos econômicos ou militares.
⬗ Em meados do século XIV há uma série de epidemias, como a grande peste, que levam ao
declínio da atividade econômica e consequentemente a interrupção do desenvolvimento das
cidades-Estado e da fundação de novas cidades.
⬗ Nas cidades medievais podem-se catalogar algumas características gerais e relacionar com as
características políticas e econômicas.
1. As cidades medievais têm uma rede de ruas não menos irregular que a das cidades mulçumanas.
Porém, as ruas são organizadas de modo a formar um espaço unitário, no qual sempre é possível
orientar-se e ter uma ideia geral do bairro ou da cidade. As ruas não são todas iguais, mas existe uma
gradação contínua de artérias principais e secundárias; as praças não são recintos independentes das
ruas, mas largos ligados estreitamente às ruas que para elas convergem. Somente as ruas secundárias
são simples passagens: todas as outras se prestam a vários usos: ao tráfego, à parada, ao comércio, às
reuniões. As casas, quase sempre de muitos andares, se abrem para o espaço público e têm uma
fachada que contribui para formar o ambiente da rua ou da praça.
2. Uma cidade bastante grande nunca tem um único centro: tem um centro religioso (com a catedral e
o palácio episcopal), um centro civil (com o palácio municipal), um ou mais centros comerciais com as
lojas e os palácios das associações mercantis. Estas zonas podem ser sobrepostas em parte, mas a
contraposição entre o poder civil e religioso, que não existe na antiguidade, é sempre mais ou menos
acentuada.
3. O centro da cidade é o local mais procurado; as classes mais abastadas moram no centro, as mais
pobres na periferia; no centro se constroem algumas estruturas muito altas: a torre do palácio
municipal o campanário ou os zimbórios de catedral, que assinalam o ponto culminante do perfil da
cidade.
4. As cidades medievais que conhecemos receberam uma forma definitiva nos séculos seguintes, do
século XV ao século XVIII, quando seu tamanho e sua aparelhagem já estavam estabilizados.
⬗ Para compreender a cidade antiga, é suficiente uma descrição completa de poucas cidades
dominantes: Atenas, Roma e Constantinopla. Ao contrário, na Idade Média não existe
nenhuma supercidade, mas um grande número de cidades médias, entre as quais uma
dúzia nos séculos XIII e XIV alcançam mais ou menos o tamanho dos 300 aos 600
hectares de superfície e dos 50.000 aos 150.000 habitantes. Dentre essa cidades podemos
citar: Veneza, Bruges, Bolonha, Nuremberg e Florença.
PERÍODO GÓTICO
120
⬗ Nos primórdios da Idade Média o centro da vida social estava no campo e o desenvolvimento
intelectual e artístico ficava restrito aos mosteiros.
⬗ No século XII, teve início uma economia fundamentada no comércio. Como consequência, o
centro da vida social deslocou-se do campo para as cidades e surgiu uma nova classe social: a
burguesia urbana. A cidade voltou a ser o lugar onde as pessoas se encontravam e trocavam
informações. Novamente, ela era o centro renovador dos conhecimentos, da arte e da própria
organização social.
⬗ A partir do século XII há o crescimento da atividade comercial, iniciada com a venda de
excedentes da produção rural. O desenvolvimento econômico faz surgir estabelecimentoscomerciais de outro tipo, intermediando a produção e o consumo, corporações de artesãos e
instituições bancárias.
⬗ A arrecadação de impostos, por outro lado, enriquece a estrutura de governo e favorece a
formação de estados unificados. O crescimento dessa nova economia, de tipo burguesa, tem
impacto profundo sobre o sistema econômico feudal.
⬗ Quando a produção de excedentes passou a valer riqueza, são métodos de produção mais intensos
e racionais, e fez-se de tudo para produzir mais do que as necessidades da casa. Produzir e vender
passaram a ser atividades fundamentais.
⬗ No começo do século XII, a arte românica ainda era a predominante, mas já começavam a
aparecer mudanças que conduziriam a uma profunda revolução na arquitetura, principalmente
na arte de projetar e construir grandes edifícios.
⬗ Características gerais do estilo gótico:
1. Verticalismo
2. Arco quebrado ou ogival
3. Abóbada de arcos cruzados
4. Vitrais
⬗ Esquema simplificado:
- Abóbada: teto
- Pináculo: torre
- Gárgula: parte externa da colha para
escoar água. Geralmente decorada
com seres monstruosos.
- Clerestório: parte da parede da nave.
- Trifório: galeria estreita que forma
pequenas arcadas.
- Nave: espaço destinado a acomodar
fiéis.
- Arcobotante: peças em forma de
arco.
- Contraforte: pilar que reforça a
parede.
⬗ Enquanto que a fachada da igreja românica apresenta um
único portal, a igreja gótica tem três portais, que dão
acesso às três naves do interior da igreja: a nave central e
as duas naves laterais.
Catedral de Saint-Denis
⬗ Rosácea: vitral de igreja, característico do estilo gótico,
cuja forma se assemelha à de uma flor.
⬗ A rosácea é um elemento arquitetônico muito
característico do estilo gótico, presente em quase todas as
igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.
Catedral de Saint-Denis
⬗ O aspecto mais importante da arquitetura gótica,
porém, é a abóbada de nervuras, que difere da
abóbada de arestas da arquitetura românica pois deixa
visíveis os arcos ogivais, que formam sua
estrutura.
⬗ O emprego desse arco permitiu a construção de igrejas
mais altas. Além disso, o desenho das ogivas, que se
alonga e aponta para o alto, acentua a impressão de
altura e verticalidade.
Catedral de Notre-Dame em Amiens, França
Abóbada de berço
Abóbada de aresta
Abóbada de ogiva
⬗ Abóbada de cruzamento de ogivas – deriva da abóbada
de aresta e identifica-se facilmente pelos arcos ogivais.
⬗ A consequência estética mais importante da introdução
dos pilares foi a substituição das sólidas paredes com
janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de
pequenas áreas de parede com grandes áreas preenchidas
por vidros coloridos e trabalhados, chamados vitrais.
Catedral de Saint-Etienne de Bourges, França
⬗ Em 1160, inicia-se a construção da catedral de Notre-
Dame de Paris, uma das maiores igrejas góticas do
mundo, que introduziu um novo e importante recurso
técnico: o arcobotante.
⬗ O arcobotante é uma peça em forma de arco que
transmite a pressão de uma abóbada da parte
superior de uma parede para os contrafortes
externos. Isso possibilitou que as paredes laterais não
tivessem mais a função de sustentar as abóbadas. Os
edifícios góticos puderam, então, abusar do emprego das
grandes aberturas, preenchidas com belíssimos vitrais.
Catedral Notre-Dame de Paris, França
⬗ No século XIII, o estilo gótico já estava plenamente amadurecido
e ricamente ornamentado por vitrais e esculturas.
⬗ Em 1194, a Catedral de Chartres foi quase totalmente destruída e
na sua reconstrução, a parede interna foi dividida em três
andares: arcada principal, trifório e clerestório.
Catedral Notre-Dame de Chartres, França
ESCULTURA
⬗ A escultura gótica estava associada à arquitetura.
Nos tímpanos dos portais ou no interior das grandes
igrejas, os trabalhos escultóricos enriqueciam as
construções e documentavam, na pedra, os aspectos da
vida humana mais valorizados na época.
⬗ O Cavaleiro revela vigor e equilíbrio na composição do
volume do corpo do cavalo e do cavaleiro medieval.
Cavaleiro – Catedral de Bamberg, Alemanha
⬗ A observação dos manuscritos ilustrados permite-nos
chegar a duas conclusões:
- Compreensão do caráter individualista que a arte da
ilustração ganhava, pois destinava-se aos poucos
possuidores das obras copiadas.
- Os artistas ilustradores do período gótico tornaram-se
tão habilidosos na representação do espaço
tridimensional e na composição de uma cena, que seu
trabalho acabou influenciando as criações de alguns
pintores.
PINTURA
⬗ A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XIII, XIV e início do
século XV, quando começou a ganhar novos aspectos que
pronunciavam o Renascimento. Sua principal característica foi a
procura do realismo na representação de figuras.
⬗ O trabalho de Cenni di Pepo, conhecido como Cimabue, ainda
foi influenciado pelos ícones bizantinos, mas já apresentava uma
nítida preocupação com o realismo ao representar a figura
humana. Procurou, por meio da postura dos corpos e do
drapeado das roupas, dar algum movimento às figuras de anjos e
santos; entretanto, não chegou a realizar plenamente a ilusão da
profundidade do espaço.
A virgem e o menino rodeados por seis 
anjos - Cimabue
⬗ A principal característica da pintura de
Giotto foi a identificação da figura dos
santos com a de pessoas de aparência
bastante comum.
⬗ Na pintura ao lado, é evidente o destaque
dado a figura humana: São Joaquim e os
pastores estão representados em tamanho
maior que o das árvores e quase se
igualam, em altura, às montanhas que
compõem a paisagem.
Retiro de São Joaquim entre os pastores - Giotto
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ATIVIDADE RENASCIMENTO
⬗ Pesquisa sobre artista renascentista: biografia; referências históricas e estéticas; obras
⬗ Entrega e apresentação: 24/04
10. Donatello
11. Ticiano Vecellio
12. Caravaggio
13. Pieter Bruegel
14. Hans Holbein
15. Albrecht Dürer
16. Andrea de Verrocchio
17. Fra Angelico
18. Lorenzo Ghiberti
19. Paolo Uccello
1. Giotto di Bandone
2. Leonardo da Vinci
3. Sandro Botticelli
4. Massacio
5. Filippo Brunelleschi
6. Pierro Della Francesca
7. Hieronymus Bosch
8. Michelangelo Buonorroti
9. Rafael Sanzio

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