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F U N D A Ç Õ E S P r o f . M . S c . S i l v a n a V a s c o n c e l o s ( s i l v a n a . v a s c o n c e l o s @ g m a i l . c o m ) M A R 2 0 1 8 1 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO BLOCOS DE FUNDAÇÃO São elementos de rigidez elevada cujo dimensionamento estrutural é feito de tal maneira que dispensem armação para flexão. Em geral, o dimensionamento é realizado adotando-se 60° ou por um critério que leva em conta o valor das pressões de contato, q: AULA 5 1 , += tadm qtg 10 , , cadm tadm = 2 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO BLOCOS DE FUNDAÇÃO onde: q = tensão aplicada ao solo pelo bloco (carga + PP); adm,t = tensão admissível à tração do concreto; adm,c = tensão admissível à compressão do concreto AULA 5 1 , += tadm qtg 10 , , cadm tadm = 3 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO AULA 5 4 AULA 5 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO Blocos de Fundação 5 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO BLOCOS DE FUNDAÇÃO Ao dimensionar a altura do bloco, esta deve permitir a ancoragem dos ferros do pilar. Para cargas elevadas, as alturas dos blocos podem obrigar a escavações profundas ou conduzir a volumes de concreto que os colocam em desvantagem quando comparados às sapatas. AULA 5 6 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS São elementos de fundação executados em concreto armado, de altura reduzida em relação às dimensões da base que se caracterizam principalmente por trabalhar a flexão. AULA 5 7 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS AULA 5 Sapatas 8 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS A área da base de um bloco de fundação ou de uma sapata, quando sujeita apenas a uma carga vertical, é calculada pela expressão: onde: P = carga proveniente do pilar; pp = peso próprio da sapata; adm = tensão admissível do solo. AULA 5 adm ppP baA + == 9 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS Como o peso próprio da sapata depende de suas dimensões e estas, por sua vez, do peso próprio, o problema é resolvido por tentativas: estima-se um valor para o peso próprio e com este valor dimensiona-se a sapata. Na grande maioria dos casos, o valor do peso próprio é pouco significativo, e sua não utilização está dentro das imprecisões da estimativa do valor de adm. AULA 5 10 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS Conhecida a área A, a escolha do par de valores a e b, para o caso de sapatas isoladas, deve ser feito de modo que: 1. O centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro da carga do pilar. 2. A sapata não deverá ter nenhuma dimensão menor que 60 cm. 3. Sempre que possível, a relação entre os lados a e b deverá ser menor ou, no máximo, igual a 2,5. AULA 5 11 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS 4. Sempre que possível, os valores de a e b devem ser escolhidos de modo que os balanços da sapata, em relação às faces do pilar (valor d), sejam iguais nas duas direções. Assim, a forma da sapata fica condicionada à forma do pilar, quando não existam limitações de espaço, distinguindo-se em três casos: AULA 5 12 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS 1º Caso: Pilar de seção transversal quadrada (ou circular) AULA 5 s P ba = 13 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS 2º Caso: Pilar de seção transversal retangularAULA 5 dbb daa 2 2 0 0 =− =− 00 baba −=− 14 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS 3º Caso: Pilar de seção transversal em forma de L,Z, U, etc. Deve-se substituir o pilar real por um outro fictício de forma retangular circunscrito ao mesmo e que tenha seu centro de gravidade coincidente com o centro de carga do pilar. AULA 5 15 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS No caso da proximidade de dois pilares ou mais, deve-se lançar mão de uma sapata associada ou uma viga de fundação. A viga que une os dois pilares, de modo a permitir que a sapata trabalhe com tensão constante, denomina-se viga de rigidez (V.R.). AULA 5 16 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS AULA 5 17 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS Roteiro para o cálculo da V.R.: • calcular as coordenadas x e y do centro de carga. A interseção das coordenadas sempre estará localizada sobre o eixo da V.R.. AULA 5 1 21 2 d PP P x + = 2 21 2 d PP P y + = 18 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS Para obter o centro de carga não é preciso calcular a distância P1 – P2, é suficiente trabalhar com as diferenças de coordenadas (direções d1 ou d2). AULA 5 s PP A 21 += 19 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS A escolha dos lados a e b, consiste na resolução de duas lajes em balanço (vão igual a b/2) sujeitas a uma carga uniformemente distribuída igual a s e a uma viga simplesmente apoiada nos pilares P1 e P2 sujeita a uma carga uniformemente distribuída igual a p = s.b. AULA 5 20 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS ASSOCIADAS Para se obter uma V.R. econômica, os momentos negativos desta viga deveriam ser aproximadamente iguais, em módulo, ao momento positivo. Isto só ocorre quando P1 e P2 forem iguais e, os balanços terão um valor igual a a/5. No caso das cargas P1 e P2 serem diferentes, procura-se jogar com os valores dos balanços, de modo que as ordens de grandeza dos módulos dos momentos sejam o mais próximo possível. AULA 5 21 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA Pilares de divisa: Em casos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, cria-se uma viga de equilíbrio (V.E.) ou viga alavancada ligada a outro pilar e assim obter um esquema estrutural cuja função é a de absorver o momento resultante da excentricidade do pilar excêntrico com a sapata. AULA 5 22 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA AULA 5 23 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA A forma mais conveniente é aquela cuja relação entre os lados a e b esteja entre 2 e 2,5. Da Figura anterior pode-se escrever que o valor da resultante R, atuante no centro de gravidade da sapata de divisa é: ou seja, a resultante é igual ao valor da carga do pilar da divisa acrescida de uma parcela AULA 5 ' 11 d e PPR += ' 1 d e PP = 24 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA Como para calcular R existem duas incógnitas (e e d), adota-se o seguinte roteiro: • partir da relação inicial a = 2b e adotar P = 0, ou seja R1=P1: Este valor de b pode ser arredondado para o múltiplo de 5 cm superior. AULA 5 ss P b P bbA 2 2 111 === 25 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA • com b fixado, calculam-se: •Calcula-se o valor de R=P1+ P e portanto a área: AULA 5 2 0bbe − = d e PP 1= s R A = 26 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA • com o valor de b conhecido, calcula-se o valor de a: Se a relação entre a e b for maior que 2,5 deve-se repetir o processo aumentando o valor de b. AULA 5 b A a = 27 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO SAPATAS DE DIVISA O pilar P2 sofrerá do ponto de vista estático, uma redução de carga igual a P. Entretanto,como na carga do pilar P1 existem as parcelas de carga permanente e acidental, geralmente de mesma ordem de grandeza, costuma-se adotar, para alívio no pilar P2, apenas a metade de P. Porém, quando na planta de carga vierem discriminadas as cargas permanentes e acidentais, trabalha-se com o valor das cargas permanentes e para R as cargas totais. AULA 5 28 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL MÉTODO DAS BIELAS – SAPATAS CORRIDAS AULA 5 29 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURALMÉTODO DAS BIELAS – SAPATAS CORRIDAS AULA 5 − a P bb d 44,1 4 0 96,1 85,0 fck a = ( ) d bbP T 8 0−= fyk T As 61,1 = 15,14,161,1 == sf 30 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL MÉTODO DAS BIELAS – SAPATAS ISOLADAS AULA 5 31 DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL MÉTODO DAS BIELAS – SAPATAS ISOLADAS AULA 5 − a P bb d 44,1 4 0 96,1 85,0 fck a = ( ) d bbP Ty 8 0−= fyk T A xxs 61,1 , = ( ) d aaP Tx 8 0−= fyk T A y ys 61,1 , = 32 PRESSÕES DE CONTATO AULA 5 33 PRESSÕES DE CONTATO SAPATAS É importante conhecer as pressões de contato, especialmente nos casos de carga excêntrica, seja para o dimensionamento estrutural, seja para a verificação se as tensões admissíveis estimadas para o terrenos não são ultrapassadas. Podem ser calculadas pelos critérios: •Hipótese de Winkler; •Área efetiva; •Meio elástico contínuo. AULA 5 34 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER Adota-se que uma sapata rígida tem variação linear das pressões de contato. A determinação do diagrama de pressões é bastante facilitada, uma vez que elas devem ter resultante que anula a resultante do carregamento. AULA 5 35 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER AULA 5 Na Figura está representada uma sapata que recebe um pilar em cujo topo atuam uma carga vertical V e uma horizontal H (com resultante R). Esses esforços precisam ser trazidos para p plano da base da sapata, o que pode ser feito passando inicialmente por um ponto da base na vertical daquele onde atuam os esforços ( obtendo-se V’ e H’ e o momento de transposição M) ou trazendo diretamente a resultante R. Normalmente separam-se as componentes vertical e horizontal resultantes do carregamento (V’’ e H’’), sendo a primeira usada nos estudos de capacidade de carga e no dimensionamento estrutural e a segunda absorvida por atrito na base. 36 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER – Cálculo para sapatas sob cargas verticais e momentos Fundação retangular submetida a uma carga vertical e a um momento •Determina-se a excentricidade: Se e L/6: Se e > L/6: AULA 5 V M e x= = L e A V q x 6 1 ( )xeLB V q 23 4 max − = 37 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER – Cálculo para sapatas sob cargas verticais e momentos Fundação retangular submetida a uma carga vertical e a um momento AULA 5 38 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER – Cálculo para sapatas sob cargas verticais e momentos Fundação em anel •Definem-se os parâmetros: AULA 5 += 2 2 1 125,0 R r Rk 3 3 4 4 2 1 1 16 3 R r R r Rk − − = 39 PRESSÕES DE CONTATO HIPÓTESE DE SAPATA RÍGIDA SOBRE SOLO DE WINKLER – Cálculo para sapatas sob cargas verticais e momentos Fundação em anel •1º caso: e k1 •2º caso: e> k2 → inadmissível •3º caso: k1 < e k2 AULA 5 = 1 1 k e A V q x + − −−= R r k e k e k e A V q 1117,01 2 211 max 40 PRESSÕES DE CONTATO ÁREA EFETIVA As sapatas podem ser dimensionadas com pressões de contato supostas uniformes, calculadas a partir da área efetiva da fundação A’, já descrita na aula 3. Para o dimensionamento estrutural considera-se que essa pressão atue sob toda a área da sapata. AULA 5 'A V q = 41
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