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Climatologia Aula 9 - PDF - Climas do Brasile e Massas de ar

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04/03/2020 Disciplina Portal
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Climatologia
Aula 9 - Climas do Brasil e Massas de ar
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país de proporções continentais, que somado à grande variedade de relevo e à proximidade com o
Oceano Atlântico, justi�ca a variação climática observada em seu território.
A dinâmica de massas de ar tropicais e equatoriais, sobretudo úmidas, cria uma in�uência importante na
caracterização geográ�ca nacional.
Nesta aula, estudaremos os tipos climáticos brasileiros e a in�uência das massas de ar na região. São eles: Equatorial,
Tropical Úmido, Tropical, Tropical semiárido e Subtropical.
OBJETIVOS
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Analisar a variabilidade dos climas do Brasil.
Identi�car os climas do Brasil.
Examinar climogramas de estações climatológicas brasileiras.
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CLASSIFICAÇÃO DE STRAHLER NO BRASIL
Fonte:
Há várias formas de identi�car os principais climas no território e, nesta aula, estudaremos a aplicação da
classi�cação de Strahler nas terras brasileiras.
No trabalho de Strahler (1982), há a proposta de classi�cação climática utilizando características dos
regimes das massas de ar e nos elementos precipitação e temperatura. O caráter abrangente dessa
classi�cação é muito e�ciente na diferenciação dos climas do mundo, fazendo com que seu trabalho
seja muito utilizado nos livros didáticos do mundo inteiro, sobretudo no Brasil.
De acordo com Nascimento, Oliveira e Luiz (2016), o trabalho de Strahler foi baseado nas
características dos regimes das massas de ar e nos elementos precipitação e temperatura, dividindo
os climas mundiais em quatro principais grupos quentes, temperados, frios e de montanha, sendo que
apenas os dois primeiros são representados no território brasileiro.
Observe a Figura 1.
Em virtude da grande extensão territorial do Brasil, o país apresenta diferentes domínios climáticos.
Vamos começar com o clima Equatorial?
CLIMA EQUATORIAL
No Brasil, o clima Equatorial é observado nos Estados do Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará,
norte de Mato Grosso e Rondônia, bem como no trecho oeste do Maranhão, onde o bioma amazônico
é predominante. Nesses lugares, o clima é sempre úmido, por conta da convergência dos ventos
alísios (glossário).
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Observe, na Figura 2, que o clima está associado à atuação da massa Equatorial continental (mEc) e à
convergência intertropical dos Ventos Alísios (ZCIT). Lembre-se de que a mEc é muito úmida, por ser
formada em cima da Amazônia e a contribuição dos ventos alísios faz com que a região seja úmida
de quente.
As temperaturas médias anuais �cam entre 25ºC e 27ºC, ou seja, não há muita variação térmica ao
longo de todo o ano e, portanto, não há estação fria. No que se refere à precipitação, sempre há
valores anuais superiores a 2.000mm, de forma bem distribuída o ano todo, portanto, não há estação
seca.
Vamos observar alguns climogramas?
galeria/aula9/img/03.jpg
Observe o climograma da estação de São Gabriel da Cachoeira, localizada no nordeste do Estado do
Amazonas. Veri�que que as chuvas, representadas pelas barras azuis, são abundantes o ano inteiro. É
um ponto importante de atuação tanto da mEc, como da mEa. A linha demonstrativa da temperatura,
em vermelho, mostra que a variação é sempre entre vinte cinco e vinte sete graus.
Figura 3: Climograma de São Gabriel da Cachoeira, produzido a partir das Normais Climatológicas do
INMET. Elaborado pela autora.
galeria/aula9/img/04.jpg
No climograma da capital amazonense, veri�ca-se que a temperatura continua bastante estável e com
pouca variação anual. Manaus sofre a ação predominante da mEc e conta com uma pequena redução
da precipitação nos meses de junho a setembro, mas, não apresenta nenhuma estação seca.
Figura 4: Climograma de Manaus produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET. Elaborado
pela autora.
galeria/aula9/img/05.jpg
Na Amazônia Oriental, Porto Velho, capital de Rondônia, já está quase no limite do clima Equatorial
com Tropical. Por isso, é possível observar uma existência de uma breve estação seca (cerca de um
mês). Veri�que a temperatura variando pouco ao longo do ano. A ação das massas de ar úmidas do
Equador, seja ela continental ou atlântica, é menos intensa do que nas demais áreas.
Figura 5: Climograma de Porto Velho produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
O clima Equatorial úmido apresenta, predominantemente, temperaturas elevadas e chuvas
abundantes, tornando a região uma das mais quentes e úmidas do País.
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TROPICAL ÚMIDO
O nome tropical está associado à localização entre os trópicos e se você observar na Figura 6, há três
tipos de climas tropicais, em território brasileiro. Nesse momento, estudamos o clima Tropical Úmido,
localizado nas vastas áreas litorâneas do território nacional, desde o Rio Grande do Norte até São
Paulo.
Esse tipo de Tropical, diferencia-se dos demais, pelo alto índice pluviométrico, que varia entre
1.500mm e 2.000mm anuais (ou mais), o que confere certa regularidade de chuvas ao longo de todo o
ano, embora a estação seca ocorra com baixa intensidade.
A precipitação é resultante da ação da massa tropical atlântica, que sopra ventos úmidos para a zona
costeira brasileira que, ao encontrar a barreira orográ�ca (glossário) formada pelas escarpas
(glossário) do planalto brasileiro, favorece o desenvolvimento de fortes precipitações. No interno, há o
encontro das massas polar e tropical, que favorece as chuvas frontais (glossário), perto do Oceano
Atlântico.
A massa Equatorial atlântica sopra ventos úmidos para o litoral nordestino. A máxima quantidade de
chuvas no litoral leste do Nordeste, especialmente, no seu trecho setentrional, ocorre entre março e
julho (outono/inverno), quando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) (glossário) posiciona-se
mais ao sul do Equador, ao mesmo tempo em que intensi�ca a circulação de leste (Almeida, 2016).
Temperaturas - Sabemos que quanto mais longe da linha do Equador, menor é a temperatura e maior
é a diferença de temperatura ao longo do ano.
Vamos observar alguns climogramas?
galeria/aula9/img/23.jpg
No climograma do Rio Grande do Norte, é possível observar uma grande quantidade de chuva ao
longo de todo o ano, exatamente porque a ação dos ventos alísios é muito recorrente. As estações
com menores precipitações são de outubro a janeiro, quando a ação da massa tropical atlântica é
menos intensa.
Observe que a linha da temperatura formou uma leve curvatura nos meses de inverno. Exatamente
porque quanto mais longe do Equador, maior é a variação térmica ao longo do ano.
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Figura 7: Climograma de Natal produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET. Elaborado
pela autora.
galeria/aula9/img/24.jpg
Em Salvador, as ações da mTa são mais intensas do que a massa mEa porque, a partir daí, o território
brasileiro começa a se distanciar da linha do Equador.
Por causa da sua localização litorânea, Salvador possui um total pluviométrico muito acentuado,
sobretudo entre abril e julho.
Figura 8: Climograma de Salvador produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET. Elaborado
pela autora.
galeria/aula9/img/25.jpg
O Rio de Janeiro nãotem mais a ação da mEa e, durante o verão, a mTa é bastante intensa, levando
fortes chuvas. No inverno, as precipitações �cam por conta do contato da mPa com a massa tropical,
formando as chuvas frontais, que também trazem baixa temperaturas.
O distanciamento em relação ao Equador faz com que, nessa faixa latitudinal, as temperaturas
tenham uma razoável variação entre os meses de verão e de inverno.
Figura 9: Climograma do Rio de Janeiro produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
As chuvas se apresentam abundantes ao longo do litoral, mas é possível observar uma estação seca.
A temperatura tem uma variação anual que se acentua à medida que o lugar se distancia da linha do
Equador.
TROPICAL
O clima Tropical Típico incorpora grande parte do território brasileiro e está mais bem representado na
Região Centro-Oeste. Ele também pode ser observado nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Há grande variabilidade climática, nesse imenso território demarcado como Tropical típico, uma vez
que há atuação de diferentes sistemas atmosféricos e inúmeros fatores geográ�cos. Duas
características permanecem na região: a temperatura média anual superior a 18ºC e a alternância
entre estação seca e chuvosa. Há certa variabilidade da época da estação seca, mas sua ocorrência
mais comum é entre abril e setembro.
A dinâmica atmosférica é controlada, predominantemente, pela Zona de Convergência Intertropical
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(ZCIT), pelos ventos úmidos e quentes das massas Equatorial e Tropical úmidas (responsáveis pelas
chuvas), anticiclones migratórios, pelo crescimento da massa Pací�ca continental (responsáveis
pelas secas) e pela presença de linhas de instabilidade tropical.
Temperaturas - De forma geral, os índices térmicos variam em torno de 21ºC e sua amplitude possui
grande variabilidade diária e anual.
Vamos analisar os climogramas?
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Belo Horizonte apresenta um típico clima Tropical, chuvas concentradas entre outubro e março e uma
marcada estação seca, entre abril e setembro. A capital mineira é in�uenciada pelos ventos úmidos
das mEc e, principalmente, mTa, no verão.
No que se refere à temperatura, observe a curva para baixo da linha, demonstrando a razoável
variabilidade térmica anual. A normal climatológica  entre 1931 e 1960 é de 21ºC. Normal
Climatológica.
Figura 11: Climograma de Belo Horizonte produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
galeria/aula9/img/09.jpg
Observe que, em Vera, no norte do Mato Grosso, um pouco mais próximo da Zona Equatorial, o clima é
tropical, mas apresenta índices pluviométricos volumosos nos meses de novembro a março. A
estação seca, típica do clima, permanece de maneira mais atenuada.
E a temperatura apresenta o mesmo padrão de curvatura para baixo, demonstrando a queda térmica,
no inverno. Como é mais perto da linha do equador, essa variação anual é menos acentuada.
Figura 12: Climograma de Vera produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET. Elaborado
pela autora.
galeria/aula9/img/10.jpg
Considerado como clima tropical, as condições atmosféricas de Campos do Jordão, em São Paulo,
com altitude de 1.628m, fazem com que a normal de temperatura apresente índices baixos e chegam
a nove graus no mês mais frio (julho).
No que se refere à precipitação, também há uma estação seca, pouco pronunciada, com índices
pluviométricos sejam altos.
Figura 13: Climograma de Campos do Jordão produzido a partir das Normais Climatológicas do
INMET. Elaborado pela autora.
Então, o que é bom destacar que o clima tropical típico apresenta temperaturas altas e que há uma
nítida variação de índices pluviométricos no ano, marcando sazonalmente, as estações seca e úmida.
TROPICAL SEMIÁRIDO
Presente no interior nordestino e no norte de Minas Gerais, abrangendo uma área de um milhão de
quilômetros quadrados. A sua tropicalidade possui altas temperaturas e os seus índices são,
geralmente, superiores a 25ºC. O que chama a atenção do sertão brasileiro é a baixa pluviosidade. A
precipitação pluvial anual é inferior a 600mm e, em diversos locais, não ultrapassa 400mm.
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As pesquisas ao longo da história indicam diferentes hipóteses para essa semiaridez e a mais famosa
aponta para o relevo como único culpado. O Planalto da Borborema formaria uma barreira orográ�ca
ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até a desembocadura do Rio São Francisco. O relevo
impede o deslocamento das massas de ar úmidas oriundas do Oceano Atlântico.
Observe na Figura 15 que essa unidade de relevo é bastante descontínua e possui baixa altitude
(menos de 800m, predominantemente), o que não seria tão impactante como contribuição para o
dé�cit hídrico (glossário) regional. Então, é uma in�uência, sim, mas em escala local.
Figura 15: Relevo e região do semiárido brasileiro
Fonte: Adaptado de Geo-Conceição (2010) e SENAR (2017)
Então, por que tão pouca chuva no sertão nordestino?
De acordo com Almeida (2014), as causas da escassez de chuvas no semiárido do Nordeste são
inúmeras e ainda não integralmente conhecidas e/ou explicadas.
A explicação pode não estar apenas no relevo ou nas características da dinâmica da atmosfera
regional. Deve ser entendida a in�uência das condições dos Oceanos Atlântico e Pací�co.
Torres e Machado (2008) destacam que o fenômeno está associado a vários fatores:
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Deslocamento das áreas de
alta pressão para esta
região, no inverno, criando
zonas dispersoras de vento
e dificultando chegada de
umidade
Presença de rochas
impermeáveis no subsolo,
impedindo a acumulação
da água no solo, para
posterior fornecimento de
umidade ao sistema
A disposição do
relevo (do Planalto
da Borborema),
barrando os
ventos úmidos
vindos do oceano
Nessa região chove pouco e as precipitações são muito irregulares, com distribuição errática no
tempo e no espaço (Figura 17).
Figura 17: Distribuição do totais pluviométricos na Região Nordeste
Observe a Figura 17 com a distribuição dos índices pluviométricos, em toda a região nordestina. Repare que a
gradação de cores auxilia a entender a distribuição dos totais pluviométricos (média entre 1931 e 1960). Quanto mais
azul escuro, maior a quantidade de chuva.
O litoral nordestino é muito úmido, assim como grande parte do Maranhão (áreas não consideradas sertão). Quanto
mais vermelho, menores os níveis de precipitação. Isso quer dizer que os maiores índices de semiaridez estão
localizados predominantemente na área central do sertão nordestino.
Fonte: Governo do Estado do Alagoas (2017)
 Existem lugares onde o índice pluviométrico é muito baixo, como é o caso de Macau (RN),
Petrolândia (PE) e locais onde a pluviosidade é consideravelmente alta, como é o caso de Teresina
(PI) Guaramiranga (CE) e Lençóis (BA).
galeria/aula9/img/14.jpg
Em Macau, no Rio Grande do Norte, a temperatura média anual é de 26,8ºC, considerada normal para
essa faixa latitudinal. As precipitações totais anuais somam 507,2mm. Em comparação com a região
Equatorial, esse índice pluviométrico é extremamente baixo e impacta negativamente na qualidade de
vida da população que mora no entorno.
Figura 18: Climograma de Macau produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET. Elaborado
pela autora.
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galeria/aula9/img/15.jpg
Quixeramobim, no Ceará, é o segundo maior centro urbano do sertão central. Seu total pluviométrico
anual alcança 857,7mm e se concentranos meses de janeiro a julho. Observe que os meses de
agosto a setembro apresentam índices baixíssimos de chuva, exatamente quando a temperatura
apresenta maiores valores, perto de 28ºC. Certamente, a evaporação da pouca água disponível
aumenta nessa época do ano.
Figura 19: Climograma de Quixeramobim produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
galeria/aula9/img/16.jpg
Em Teresina, capital do Piauí, observa-se um índice pluviométrico considerável, para região sertaneja,
com total de 1.393,2mm, sob a ação parcial da mEa. Há irregularidade do regime, com fartas chuvas
de janeiro a maio e forte dé�cit hídrico entre junho e outubro, coincidindo com altas térmicas.
Figura 20: Climograma de Teresina produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
Quando se discute o semiárido nordestino, é fundamental compreender que, há baixos totais
pluviométricos e com grande irregularidade, associados, sempre, a altas temperaturas.
SUBTROPICAL
O clima Subtropical (ou Temperado Quente) está presente, em território brasileiro, na faixa a sul da
linha do Trópico de Capricórnio e ocupa predominantemente a Região Sul do Brasil, embora também
possa ser observado na área serrana no sul de São Paulo.
O tipo climático é transição entre o Tropical e o Temperado e, no Brasil, é resultante da média latitude
e da atuação das massas polar atlântica, tropical atlântica e tropical pací�ca, com predomínio das
primeiras.
As normais climatológicas da temperatura média anual apontam para o índice em torno dos 18ºC,
com invernos bastante frios por conta da in�uência da massa polar atlântica. Exatamente por estar
localizada longe da faixa Equatorial, a amplitude térmica é considerável, com verões quentes e
invernos frios, mas o efeito maritimidade atenua essas diferenças, se comparadas à mesma faixa
latitudinal no Hemisfério Norte.
Nas áreas mais acidentadas, com altitudes superiores a mil metros, há a presença de geadas e queda
de neve esporádica, onde os fatores latitude e altitude são intensi�cados com outro fator, a
penetração da massa de ar polar atlântica.
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Precipitação - As chuvas acontecem o ano todo, mas se concentram nos meses de verão, quando as
massas de ar mais quentes avançam em direção ao sul, in�uenciado o clima subtropical. A
precipitação pluvial aumenta, principalmente, nas encostas litorâneas voltadas para o mar ou na rota
da massa polar atlântica na parte oeste da região.
Vamos analisar alguns climogramas do ambiente subtropical?
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O clima de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é elucidativo no que se refere ao tipo subtropical, com
chuvas distribuídas ao longo de todo ano, em que a mPa (inverno) e mTa (verão) são atuantes.
A temperatura varia muito ao longo do ano, monstrando uma grande amplitude térmica, em que o mês
mais frio pode chegar a 14,3ºC em média.
Figura 22: Climograma de Porto Alegre produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
galeria/aula9/img/19.jpg
Paranaguá, no Paraná, abriga o segundo maior porto brasileiro, e sua localização a barlavento das
encostas, torna cidade e entorno muito úmidos, com chuvas em todas as estações. É comum a
atuação de mPa (inverno) e mTa (verão).
Figura 23: Climograma de Paranaguá produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
galeria/aula9/img/20.jpg
Xanxerê, perto da cidade de Chapecó, em Santa Catarina, tem índices regulares pluviométricos
superiores a dois mil milímetros (equivalente ao clima equatorial). Está sob a ação
predominantemente da mPa e, secundariamente, do avanço da mEc, durante o verão.
A temperatura segue o padrão subtropical, com considerável amplitude térmica anual e baixos índices
no inverno.
Figura 24: Climograma de Xanxerê produzido a partir das Normais Climatológicas do INMET.
Elaborado pela autora.
O clima Subtropical apresenta permanente e considerável amplitude térmica, associada às altas
latitudes, e distribuição pluviométrica em todas as estações do ano.
EXERCÍCIOS
Questão 1: Mundo educação. Leia o texto.
EUA e Portugal tentam “esquecer” o clima de Manaus.
Como acontece antes de todo jogo da Copa do Mundo em Manaus, o calor e a umidade da capital do Amazonas são
assunto obrigatório. Desta vez, no entanto, os protagonistas da partida a ser disputada na Arena Amazônia estão
tentando fugir desse tema. Portugueses e norte-americanos, que se enfrentarão neste domingo, chegaram à cidade
dizendo que o clima não vai interferir no andamento do jogo […].
Gazeta do Povo (glossário), 22/06/2014. Acesso em: 15 ago. 2014.
As condições climáticas na capital do Amazonas explicam-se:
http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/copa/2014/perfil-das-selecoes/portugal/eua-e-portugal-tentam-esquecer-o-clima-de-manaus-9pokyr8tn8t8s6ov340y5wcb2
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a) Pela localização em extremas latitudes e acentuada altitude.
b) Pela variação irregular da altimetria topográ�ca e elevada amplitude térmica.
c) Pelo acentuado processo de poluição local e concentração de calor.
d) Pela posição geográ�ca e evapotranspiração intensa da vegetação regional.
e) Pelo calor gerado nas correntes oceânicas do Atlântico.
Justi�cativa
Questão 2: (EDUCA-2017) O município de João Pessoa possui um tipo de clima caracterizado pela alta temperatura e o
elevado teor de umidade. As temperaturas médias anuais giram em torno de 25ºC e os índices pluviométricos entre
1250 mm e 2.000mm. Essas são características do tipo de clima:
a) Clima Equatorial.
b) Clima Tropical de Altitude.
c) Clima Tropical Úmido.
d) Clima Semiárido.
e) Clima Subtropical.
Justi�cativa
Questão 3: O climograma é uma ferramenta clássica de representação do clima, que permite uma compreensão mais
fácil do per�l climático de determinada região. Observe a �gura e responda a qual tipo climático brasileiro corresponde
o climograma.
a) Equatorial.
b) Tropical úmido.
c) Tropical semiárido.
d) Tropical.
e) Subtropical.
Justi�cativa
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Questão 4: (UFMA) - As massas de ar tropical, equatorial e polar têm forte atuação no território brasileiro. Leia com
atenção os itens sobre massas de ar:
I. A mEc atua o ano inteiro no Brasil provocando elevados índices de chuva.
II. A mEc é a principal responsável pela escassez de chuva no interior do Nordeste.
III. A mTa exerce grande in�uência sobre a área litorânea do Brasil.
IV. A mEa atua principalmente no Sul do Brasil.
V. A mPa, fria e úmida, penetra no Brasil em forma de frente, atingindo principalmente o interior do Nordeste.
De acordo com a leitura, identi�que a resposta correta:
a) I e II
b) II e IV
c) I e III
d) II e V
e) IV e V
Justi�cativa
Questão 5: O climograma é uma ferramenta clássica de representação do clima que permite uma compreensão mais
fácil do per�l climático de determinada região. Observe a �gura e responda a qual tipo climático brasileiro corresponde
o climograma.
a) Equatorial.
b) Tropical úmido.
c) Tropical semiárido.
d) Tropical.
e) Subtropical.
Justi�cativa
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Glossário
BARREIRA OROGRÁFICA
Formada por altos relevos que limitam a penetração de massas úmidas marítimas no continente
ESCARPAS
Encostas íngremes
CHUVAS FRONTAIS
Formadas pelo encontro de duas massas de ar com temperaturas e níveis de umidades diferentes
ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT)
É a área que circunda a Terra, próxima ao Equador, onde os ventos originários doshemisférios Norte e
Sul se encontram. Reunião dos ventos alísios.
NORMAL CLIMATOLÓGICA
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Valores médios calculados para um período relativamente longo e uniforme, compreendendo no
mínimo três décadas consecutivas (INMET).
VENTOS ALÍSIOS
Ventos que ocorrem durante todo o mês nas regiões subtropicais para a faixa equatorial.
DÉFICIT HÍDRICO
Situação em que há mais perda de água do que ganho.

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