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Que Brasil? Aquele que comporá muitas identidades
A África iniciou o século XX fatiada, colonizada e explorada pelos europeus, situação que se alterou bastante na segunda metade do século, quando o mundo viu surgir às nações africanas. Entretanto, muitas não conseguiram superar os problemas causados pelo imperialismo e ainda sofrem com guerras civis. Em pleno terceiro milênio, esse imenso continente ainda tem muitos desafios a superar. E quando se fala em desafios estamos falando também do nosso em relação ao conhecimento desse continente que por muito tempo nos foi negligenciado. Agora partimos para um intenso esforço de conhecer a África pela sua história.
Anderson Ribeiro Oliva enfatiza a importância do comprometimento dos docentes para leva para as escolas esse conhecimento africano e afro-brasileiro. Porém são tantos desafios, um deles está na própria formação dos professores para que a Lei 10.639/03 seja aplicada. Por enquanto a história da cultura afro-brasileira e africana está em relação ao termo da palavra sendo aplicada, em algum momento no plano de aula do professor, e isso ainda sinaliza para negligencia da história dos negros, pois ainda se fala de forma isolada, quando deveria está mesurada nos planos de aula.
São tantas as possibilidades construídas pelo professor para que a história africana e afro-brasileira esteja no cotidiano escolar. Precisamos diluí essa história que ficou por muito tempo estagnado no contexto da escravidão. Ao desmanchá-la é possível enxergar a herança cultura africana permeada na cultura brasileira.
Mas para isso é necessária conhecer o Continente africano desfazendo a ideia de um continente homogêneo, e mostrando as diferenças entre as distintas partes do seu território para leva o aluno perceber a riqueza cultural da África analisando de maneira que evite a generalização.
Como diz Souza para isso é necessário o estudo e a pesquisa como requisitos fundamentais para adquirimos essa familiaridade e aprofundar o conhecimento sobre a África, e partir para uma viagem ainda desconhecida para muitos professores e alunos.
A forma pelo qual generalizamos nossa interpretação em relação à história dos negros e dos índios no Brasil se tornou cultural em razão de um contexto historiográfico alimentado pela prática dos professores que infelizmente ainda perdura. Porém depois da Lei 10.639/03 e diversos novos estudos essa realidade vem mudando.
Oliva nos fala sobre a cultura e a identidade nacionais ditas no singular que foram substituídas, por uma diversidade de práticas, ideias, padrões de comportamentos e outras definições que nos favorece percebe e observa o outro pela sua diferença. É a partir desse exercício de compreender o outro pelo que nos faz ser diferente, é que nos tornamos brasileiro (identidade). E essas identidades que compõe a diferença diz o autor ficaram esquecidas quando as relações interidentitárias nos forçavam a uma definição homogênea ou exclusiva ser brasileira.
O que resultou para os brasileiros uma dificuldade na compreensão com os movimentos negros e indígenas quando, reivindicando seus direitos sociais, que de certa forma ganharam dimensões que favoreceram a muitos brasileiros independente de identidade que se queira assumir.
Nesse sentido o debate acerca as identidades multiculturais e das relações interculturais diz Oliva, não é pauta dos debates no Brasil como em outros países. No entanto são os brasileiros e africanos que se tornam debates em países a fora quando são vítimas de racismos e xenofobia e mesmo dentro de outros debates como violência e crimes.
Dessa forma a escola deve assumir uma nova postura para lidar com esse universo cultural que a comporá, buscando se reconhecer como autora desse papel. Bem interessante tratar desse contexto, que nos mostra que a Educação no Brasil se ocupou por muito tempo na organização da nação brasileira, o que levou na atualidade a desorganização étnica, conflitos sociais severos!
Na tentativa de reverte esses conflitos sociais a Educação brasileira buscou outros caminhos. A educação das relações étnicas- raciais visas contribuir para novos olhares para os estudos étnicos e principalmente novos métodos e recursos que destacaram as multiplicidades das relações.
Esse método foge de uma trajetória línea de compreender a história, dando movimento aos sujeitos e permitindo perceber neles a apropriação de outras identidades, como aconteceu com os muitos imigrantes que se estabeleceram no Brasil.
Mas para isso será necessário conhecer a história da África, possuir uma dinâmica no olhar sobre a história dos afro-brasileiros e compor nos livros didáticos outras imagens sobre os negros e sua trajetória, desmanchando uma história única calcada nos livros consolidando um ensino com pouca crítica e pouca criatividade.
O grande desafio agora de estuda e ensinar história estão pautados nessas lagunas historiográficas, de formação de professores, métodos e recursos que estabeleceram a história do Brasil. Que Brasil? Aquele que comporá muitas identidades.

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