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3p História da Mídia - Renan Barroso 1 Relação da Mídia com a História Heráclito “a única constância é a mudança”. Canal básico de comunicação (desenvolvido por Shannon-Weaver, Teoria da Comunicação): Emissor > Mensagem > Receptor Informar é diferente de comunicar. A primeira, é um ato unilateral. Já a segunda, baseia-se na troca, em tornar algo comum. Ruído: problemas na mensagem que impede a fiel recepção daquilo que foi enviado. Arte rupestre: primeira representação artística de comunicação achada em uma caverna na Espanha, porém a mais antiga está na Ásia. Mídia Conjunto de meios de comunicação social ou de massa que são geralmente inventados (jornal, revista, internet, etc). Ao longo da história, o homem desenvolveu capacidades de trocar pensamentos com um ou mais indivíduos utilizando linguagens diferentes: - gestual; - verbal; - pictográfica (desenhos egípicios); - textual. Os Primeiros Meios de Comunicação O homem buscou diversificar as linguagens para alcançar um número maior de ouvintes, com o menor esforço possível (sinos de igreja, vitrais, escrita). 2 O princípio do jornal e o impacto da propaganda Os primeiros gêneros da comunicação de massa Cultura de massa é a disseminação de ideias e informações a partir de uma única fonte. Impresso/tipográfico (papel e prensa gráfica), surge o termo "indústria cultural", ou seja, a cultura vira mercadoria, troca monetária entre os meios impressos. O Nascimento do Jornal Impresso Após a criação do papel no século I pelos chineses, o papel se tornou muito popular por ser leve e de fácil manuseio substituindo a pedra, a argila e o pergaminho. https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-feito-o-papel/ A tipografia surgiu pela reprodução de panfletos, mapas e livros, sendo utilizada para o jornal, somente um século depois. Era utilizada como uma forma de carimbo. Na idade média (século V ao século XV) partir da disseminação do papel, foi criado um sistema regular de transmissão de mensagens, – – – – – nascendo, então, o correio. Surge a Gazeta Manuscrita, que seriam cartas trocadas por comerciantes, nobres e intelectuais com regularidade que, depois de lidas, eram resumidas e enviadas à demais pessoas interessadas, já que nem todas as informações ali contidas seriam de interesse dos outros receptores. Havia um filtro feito pelo primeiro receptor. Devido à tecnologia da época, os primeiros livros que surgiram eram grandes e caros. Por isso, buscou-se utilizar materiais mais baratos e assuntos mais populares, com ilustrações (para que a história fosse entendida pelos que não sabiam ler) e sobre a vida de santos, sendo a Bíblia e a história de Jesus os mais vendidos. 1620 Gazete D'Amsterdam 1622 Weekly Newes, Inglaterra 1631 Gazettes, França 1722 Gazetas de México 1808 Gazeta do Povo, Brasil Relação da mídia impressa com a publicidade e propaganda A propaganda surgiu na Roma Antiga, com a utilização de cores vibrantes em algumas casas para chamar a atenção (casas de vendas de mercadorias eram vermelhas). Mais tarde, a igreja católica criou uma congregação para propagar a palavra cristã, dando origem ao termo "propaganda". Propaganda é a divulgação de ideias. Em primeiro momento, a imprensa era literária, usada para a narração de fatos. Com a popularização do jornal, os comerciantes – – – – – viram ali a oportunidade de espaços de negociação, com a oferta de produtos e serviços. 3 Mídia e Modernidade - Revoluções e Imprensa A imprensa e as revoluções “O que decai na idade da reprodução mecânica é a aura da obra de arte”, Walter Benjamin. Antes da Revolução Industrial, todas as invenções eram fruto intelectual do homem (livros, pinturas), com a RI, surgem as ferramentas para reprodução de conteúdo/obras. Benjamin diz que em toda a reprodução há a semente de alguma obra. Principais inventores: Thomas Edison, fonógrafo (gravação de voz) e lâmpada; Irmãos Lumiére, projeção (cinema); Joseph Niépce, fotografia; Antonio Merucci, telefone (transmissão de voz); Nicola Tesla, rádio. O fracasso dos governos europeus em controlar totalmente o que era impresso, levou a outros desenvolvimentos em termos de comunicação, começando com o transporte e chegando à industrialização de máquina movida a vapor. As pessoas tiveram acesso às máquinas de impressão, por exemplo e propagavam a notícia de acordo com seus princípios. A imprensa já era uma força na sociedade de 1789, juntamente com o clero e a nobreza. Com o desenvolvimento da tipografia se estabelece um novo formato de domínio social. A imprensa industrializada O verbo informar, derivado do latim, originalmente significava não somente relatar os fatos, mas formar a mente, segundo tradução inglesa e francesa. A linha editorial consegue fazer a população a desenvolver um senso crítico, ao se relacionarem com a capa do jornal. O que acontece nas esferas do poder público e no cotidiano estampam as manchetes da mídia impressa e isso traz novas sensações na sociedade, então com esses fatores, a técnica se desenvolve mais na sociedade. Aqui surge a profissionalização do jornalismo, de forma a transmitir a notícia da maneira que seus interlocutores queriam e abranger o maior número de pessoas interessadas em recebe-las. A liberdade de imprensa aparece na Constituição Americana de 1791, ao mesmo tempo que jornais mensais, semanais e diários se popularizam pelo mundo. A imprensa e o sensacionalismo A modernidade inicia-se com a uma intensa expansão das indústrias gráficas, seus métodos de trabalho e profundas transformações no modo de vida e percepção da massas inseridas nesse recém concebido espaço urbano. O sensacionalismo pode ser entendido como uma produção noticiosa que vai além do “real”, superdimensionando o fato. Está ligado ao exagero, à intensificação, valorização da emoção e de conteúdos desconexos, buscando atrair a atenção do leitor com o objetivo comercial. Imprensa Régia e jornais na independência O termo marca o início da instalação de prensas no Brasil, tendo a primeira vindo junto com a Família Real Portuguesa. 4 Mídia e Dilemas do século XX A imprensa e as guerras: a mídia e o campo de batalha “Mercado livre de ideias”, frase dita pelo juiz americano Oliver Wendell Holmes, o quarto poder, qualificação de manipular a opinião pública, ditando normals e regras de comportamento de acordo com o interesse. “A influência da opinião pública, tal como exercida pela imprensa, era a característica que diferenciava a civilização moderna”, Richard Cobden, 1834. O grane desafio da imprensa era a transição de épocas, antes tudo era artesanal e passou a ser civilizado onde seu pensamento era desenvolvido, como processos industriais. A Primeira Emenda da Constituição Americana dizia “O congresso não fará lei alguma (...) que limite a liberdade de falar das pessoas ou da imprensa.” Paris era o centro dos jornais de circulação de massa, começando com Le Petit Journal, em 1863, que vendia 250 mil cópias por dia, sendo a maior circulação no mundo. Alguns acreditam que a expressão de quarto poder, foi referida do The Times, tido como o jornal mais visto pelo mundo e acabou refletindo em toda a imprensa. Diante de toda a pressão que foram submetidos durante o primeiro conflito mundial, graças a classe dominante e manipuladora da realidade, os jornalistas concluem que a verdade é a primeira vítima da guerra, já que era forma de propagar ideias e vender realidades inexistentes. Na Segunda Guerra Mundial, a imprensa obedece a inteligência militar e se mostra fraca ao exibir a tragédia sob ângulos positivos, disfarçando derrotas e forjando estratégias onde havia fracasso. “Uma mentira contada mil vezes se torna verdade”, Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda da Alemanha nazista. Imprensa e república no Brasil (Polarização da imprensa no Brasil) Em 1869 surge o Jornal Reforma. A impressa se torna popular e profissional no Brasil com a república e novos conflitosse desenham. Os primeiros governos fecham jornais, mesmo com a liberdade de imprensa garantida com a constituição de 1891. 1924 Diários Associados de Assis Chateaubriand 1925 o Globo 1928 Revista Cruzeiro 1950 editora Abril 1952 Manchete 1960 Zero hora 5 Breve História da Fotografia A Fotografia e identificação Perpetuar a imagem do homem na história. Existem diversas formas de se comunicar e uma delas é a imagem. “Os homens criam as ferramentas e as ferramentas criam os homens”, Marshall McLuhan. A produção das primeiras imagens possui um registro, um vínculo com o real. A imobilização de um acontecimento via “click” que até então só a pintura conhecia. No passado, as pessoas acreditavam que ter a fotografia de um falecido, era como mantê-lo vivo por mais tempo. A luta da preservação das coisas, corpo e aparência. No antigo Egito, a prática do embalsamento e mumificação carrega u claro desejo de vencer o tempo, através do sarcófago que se assemelhava à imagem do rei morto. 1888 foi criado o primeiro rolo de filme pela Kodak. A fotografia é uma imagem e uma ausência e por trás de todas elas existe uma história. Isso é uma ferramenta de comunicação, uma mídia. Imagem Fotográfica A xilogravura, que data do final do século XV, é um processo onde um desenho com um lápis de cera feito sobre uma pedra, posteriormente transferida. Esse novo meio permitiu pela primeira vez produzir imagens coloridas a baixo custo. A primeira projeção dos irmãos Lumiere, os inventores do cinema, em 28 de dezembro de 1895, capturando a chegada de um trem na estação. Breve Histórico da Fotografia Os experimentos de Edward Muybridge, da locomoção de um cavalo em 1887, são emblemáticos de como a invenção tinha ma relação íntima entre a arte (sobretudo a pintura) e a ciência. Foi um precursor do cinema, pois a partir dessa experiência, outros cientistas começaram a imaginar o que mais poderia ser feito com a fotografia. À pedido do governador da Califórnia, que havia feito uma aposta, ele provou através de fotografias e de desenhos que o cavalo tirava as patas do ar durante seu galope. Fotografia como Documento Ela floresce a partir de 1980 e então, a técnica fotográfica começa a prestar seus serviços para o jornalismo e a publicidade. Principais fotógrafos: Robert Capa (guerra), Henri Cartier-Bressan (cotidiano, agência Magnum) e Sebastião Salgado (deserdados do mundo). 6 O Cinema: Ecos da Realidade Primórdios do Cinema “Orientar a realidade em função das massas e as massas em função da realidade é um processo de imenso alcance, tanto para o pensamento como para a instituição”, Walter Benjamin. Ele questiona o que de fato é arte, para ele era a originalidade, ou seja, o papel onde era escrito uma poesia. Para ele, a partir da reprodução em jornais e livros, já não seria mais arte. A descoberta de Isaac Newton sobre a persistência da image na retina, que precisa de um intervalo de tempo mínimo para poder fixar uma nova imagem vista por nossos olhos, e os esforços de um grupo de pesquisadores técnicos e cientistas, lançam as bases para o cinema. Uma imagem em movimento é a captura de uma imagem em vários quadros. As pessoas assistiam animações em aparelhos rústico como o fenacistoscópio, um disco giratório criado em 1931 por Joseph Plateau. O movimento cinematográfico é uma ilusão, pois a imagem que vemos é o resultado da projeção de fotogramas de um movimento com intervalos muito curtos imperceptível ao olho humano. Em 1893, é apresentado na feira internacionalizo de Chicago o cinemascópio de Thomas Edson. Ele idealizava que fosse apenas utilizado por uma pessoa, já o cinema é para as passas. Por isso, esse invento não teve tanto sucesso. Os irmãos Luimiere combinaram o material sensível e o projetor, fazendo a primeira sessão pública de cinema, em Paris, no ano de 1895. O processo de elaboração de uma linguagem para o cinema se extende até a década de 1920, quando finalmente o som é incorporado a imagem através do vitafone, trazendo mais realismo ao cinema. 1926 Jazz Singer, Warner, primeiro filme com som. 1898 Quatro cabeças, primeiro filme com efeitos visuais. Chaplin resistiu bravamente ao cinema falado, dando voz aos seus personagens somente 13 anos depois que a novidade havia se espalhado. O cinema dominante hollywoodiano Os franceses tinha aspectos mais políticos e documentais, os americanos buscavam maior entretenimento. Desde suas origens, cinema começou a desfrutar, muito mais do que a literatura e da pintura, de um entusiasmo vindo do fato realmente acontecido, assumindo uma nova fonte de documentação históricas que consolidava novos arquivos para a conservação em consulta. Os americanos trabalhavam com dois rolos de filmes, para evitar que pudessem aquela imagem quando um deles terminasse. Isso otimizou a produção por conta do poder de amarzenamento. No início do século XX, grandes produtoras se instalaram na Europa e nos Estados Unidos onde o modelo hollywoodiano domina até hoje toda a história do cinema mundial, sendo um sinônimo do próprio cinema. Movimento em primeiro plano da câmera, sem muitos cortes, oriundo dos filmes de peças de teatro. Os filmes que começaram a sair da indústria, são padronizados em torno de uma estrutura de narrativa que desenvolve um gênero, além de outros mecanismos como o estrelato, que dá ao filme seu valor de troca. Criam-se as categorias comédia, ação, cowboy, romântico. O caso específico do cinema brasileiro Em 1911 ,e fundada a Companhia Cinematográfica Brasileira, dirigida por Francisco Serrador, fazendo com que nos próximos 10 anos, o cinema brasileiro passasse a ser amparar na produção de documentários e cinejornalismo. Os filmes eram exibidos em praças, porém, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles inauguram na Rua do Ouvidor uma sala permanente. Em 1897, Afonso Segreto roda o primeiro filme brasileiro,, cenas da Baía de Guanabara. O Cinema Novo foi o movimento cinematográfico brasileiro de maior repercussão internacional. Nele, a linguagem da cultura brasileira concentra-se principalmente na temática rural dando uma visão abrangente dos problemas básicos da sociedade brasileira, como Macunaíma, de Grande Otelo. “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, Glauber Rocha. Ele deu uma nova identidade ao cinema brasileiro com filmes como “O assalto ao trem pagador” de 1962, sendo reconhecido internacionalmente e por grandes diretores da atualidade como Martin Scorcese. Estética da fome como crítica social, não existia películas próprias para a luz tropical, câmeras subjetivas sendo utilizadas atidamente na cena. Nos anos 90, o cinema brasileiro entra na fase de Retomada, com a volta dos incentivos à arte através da lei Rouanet e do Audiovisual. 7 O meio radiofônico : invenção do tambor tribal A invenção e a disseminação do rádio “Quando ouço o rádio, parece que vivo dentro dele. Eu me abandono mais facilmente ao ouvir um rádio do que ler um livro” McLuhan. Por conta de não precisar de uma atenção total como um livro, além de proporcionar uma série de programações. Se torna um “tambor” tribal, impactando as pessoas com o som, da mesma forma que a comunicação era propagada antigamente. O rádio é mais imediatista, está na casa das pessoas, que outros veículos como o cinema e o jornal. Orson Wells em sua icônica transmissão, provou o alcance do veículo e a credibilidade que se tinha. Antes do rádio, quatro elementos foram indispensáveis à comunicação como serviços postais, pombo correio, código morse e o telégrafo. Podemos falar de três variantes: a radiotransmissão (sem fios, através de ondas magnéticas), o rádio (equipamento receptor) e a rádio (estação de transmissão). A pioneira no rádio comercial fora a WEAF de Nova Iorque, pertencente à Telephone and Telegraph Co. Ela irradiava anúncios e cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial e cem dólares por 10 minutos. O rádio como meio de comunicação de massaNos EUA, o rádio cresceu de maneira exponencial, em 1921 haviam 4 emissoras, porém, em 1922, o total era de 382 estações. Chegada e disseminação do rádio no Brasil A primeira transmissão brasileira, foi o discurso do presidente Epitáfio Pessoa em prédios públicos, durante a comemoração do centenário da independência. Roquete Pinto fundou a primeira estação de rádio brasileira, Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923. Os ouvintes eram associados e contribuindo com mensalidades para a manutenção das emissoras, surgindo os termos “rádio sociedade” ou “rádio clube”. “O rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre”, Roquette Pinto. A sociedade era atraída em massa na busca de aparelhos receptores. Em paralelo, era necessário regulamentar o uso da frequência, por conta da demanda. A Rádio Nacional chegou a ter 14 novelas transmitidas diariamente. Em 28 de agosto de 1941, ocorreu a primeira transmissão do “Repórter Esso”, noticiando o ataque de aviões da Alemanha à Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial. Novos desafios para o rádio Até então, as pessoas só conseguiam ouvir música em um aparelho grande e pesado, porém em 1979, a Sony lança o Walkman, proporcionando uma opção portátil e individual de ouvir música. Isso influencia diretamente na mudança da programação das rádios, já que ele não era mais um veículo comunitário, a ser ouvido especialmente em família. O rádio continuou a evoluir e ocupar também a internet, com emissoras transmitindo pela rede. 8 Televisão e suas histórias A questão técnica “As novas tecnologias nunca vêm sozinhas. É um pacote: mudanças tecnológicas, seguidas de sociais, políticas e culturais”, Alvin Toffler. Um dos precursores da invenção da tv, Vladimir Kosma Zworykin, engenheiro eletrônico russo nacionalizado americano, patenteou o iconoscópio em 1924. Com ele, transmitiu imagens numa distância de 45km. As primeiras transmissões aconteceram na Alemanha, França e Inglaterra, antes de ir para os EUA. A TV no Brasil (elite, populista e desenvolvimento tecnológico) A pré-estreia da TV no Brasil ocorreu em 3 de abril de 1950 pela TV Tupi, em uma apresentação do Frei José Mojica e as imagens foram assistidas em aparelhos instalados no saguão dos Diários Associados. E logo começou a causar abalos na superioridade do rádio como veículo de comunicação de massa. No dia 18 de setembro de 1950, a TV Tupi, PRF-3 TV, canal 3, foi oficialmente inaugurada. Era a realização de Assis Chateaubriand que já controlava uma cadeia de jornais e emissoras de rádio chamada Diários Associados. “TV na Taba” foi o primeiro programa transmitido, sendo assistido através de 200 aparelhos importados por Chateaubriand e espalhados pelo Rio. Com a ajuda de profissionais do rádio, jornal e teatro, as transmissões ao vivo aconteciam das 19 às 23h, com o primeiro telejornal “Imagens do Dia”. A elite: o televisor era um artigo de luxo, somente acessível às elites, por isso os musicais, as variedades e o teatro eram integrantes da programação. A marca dos programas era o improviso, já que a tv era ao vivo. O populismo: a programação começa a ter caráter de enlatado americano, cerca de 50% da programação, pois além de serem conteúdos mais baratos, não causavam problemas com a censura. A venda de televisores coloridos cresce 1479%. Ocorre o profissionalismo e administração empresarial. “O mundo da TV é claramente diferente do mundo real, da sociedade (...) A televisão não representa a realidade da nossa sociedade, mas reflete a estrutura de valores que existe sob a – – – – superfície”, Fisk e Hartley. No desenvolvimento: a luta pela medida pelo Ibope, criado em 1942. Diminui a influência norte americana. 9 Televisão: Histórias e Desafios Convergindo mídias Agora domos iguais (Giles Lipoversky, 2003) Mais gente no mundo pode fazer a mudança Mais digital e mais competitivo Mais solicitações do que tempo disponível Maior carga de aprendizado que nosso corpo permite Mídia de Massa x Mídia Digital Os veículos de comunicação eram o único emissor, ditando as normas que seu público iria receber. Na MD, todos emitem informações para todos, há interação. O mundo em que vivemos, Gouveia - 2008: homem disputando fronteiras físicas (1989 muro de Berlim), globalização, segurança e defesa (2001 Torres Gêmeas), crise financeira (2008) e hoje há uma crise econômica e social em que se busca uma maior qualidade de vida. Convergência de mídias a define mudanças de conteúdos através de várias plataformas de mídia, a cooperação entre as múltiplas indústrias midiáticas, a busca de divas estruturas de negócios em relação ao comportamento do consumidor que vai em busca das experiências de entretenimento que ele deseja. As pessoas pensavam que no futuro haveria um único dispositivo que centralizasse todos os demais aparelho, exercendo todas as suas funções. O que se vê hoje é que existem vários dispositivos, mas o conteúdo é associado a todos eles. A internet Possui origens em experimentos militares com redes de trocas de informações (Alphanet) no auge da Guerra Fria. Surge a informação rápida e criptografado. Em 1989, Tim Berners-Lee, divulgou uma proposta de gerenciamento facilitado de informação baseado em documentos hipertextos. Em outubro, ele começou a escrever a aplicação e chamou de WorldWideWeb. Bill Gates desenvolveu o Windows e o Internet Explorer (software), Jobs desenvolve computadores pessoais (hardware). A rede (internet) une o social com a forma de contato íntimo do homem, gerando as redes sociais. A rádio digital A webrádio é o serviço de transmissão de áudio via web por streaming (fluxo de mídia). Gera-se áudio em tempo real para o ouvinte que pelo computador acompanha a transmissão. Os jornais que existiam ou se modificaram ou acabaram por findar sua existência. A imagem e a TV digital O cotidiano doméstico vem sofrendo grandes transformações com a substituição dos aparelhos, anteriormente eletro-analógicos, pela concepção digital. As notícias e os relacionamentos Hoje presenciamos uma extensão do eu mental. E por causa disso, nós podemos viajar mais rápido e nos comunicar de forma diferente, criando um segundo eu. Que você queira ou não, você está se expondo online e as pessoas interagem com esse outro eu, mesmo enquanto você não está lá. E-mail, papel digital e sites Compartilhamento de informação, novas relações de tempo- espaço, online, móvel, imediato e universal. 10 Desafios das novas mídias A política e as novas mídias “Não há mas propriedade intelectual. Pra mim, não há diferença entre imagens anônimas de gatos piegas na internet e uma cena de John Ford”, Godard, cineasta. Fenômenos de transferência altera as relações de poder. Qualquer pessoa pode fomentar um protesto e se organizar. É diverso, com mudança constante, acolhendo a inovação e a criatividade (Primavera Árabe). Textos sem autoria, atribuídos a outras pessoas, imagens que circulam e geram produtos audiovisuais diversos. Sites de empresas de comunicação em meio a um mar de blogs que se prolifera. Excesso de informação que se transforma em não-informação. O futuro da comunicação em massa Era da digitalização, tudo que é escrito, falado ou ouvido é transformado em bit. A era da conectividade, com a intensa troca de informações, além da sobrecarga de dados que é continuamente disponibilizada por uma quantidade ilimitada de fontes. Era das comunidades, em que as pessoas se tornam marcas e as marcas e tornam pessoas (enviando mensagens publicitárias de texto e recebendo o retorno). “Só precisa um”. Rumos e dilemas profissionais Os profissionais de comunicação precisam estar atentos ao fato de que a história dos meios de comunicação passam por significativas mudanças e os mercados se adaptam a elas de forma cada vez mais rápida. Do ponto de vista dos jornalistas e profissionais da publicidade uma nova mídia oferecenovas oportunidades de divulgação. Uma história do futuro O paradoxo digital exige um território para gerar valor de forma sustentável. O paradoxo das redes são fenômenos de transferência de redes que fornecem os nós fechados ocasionando o menor custo de relacionamento. A soberania digital é de quem, quanto custa, como manter o que vale a pena controlar.
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