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Aulas Completas: História da Mídia - Renan Barroso

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3p História da Mídia - Renan Barroso
1 Relação da Mídia com a História
Heráclito “a única constância é a mudança”.
Canal básico de comunicação (desenvolvido por Shannon-Weaver, 
Teoria da Comunicação):
Emissor > Mensagem > Receptor
Informar é diferente de comunicar. A primeira, é um ato unilateral. 
Já a segunda, baseia-se na troca, em tornar algo comum.
Ruído: problemas na mensagem que impede a fiel recepção daquilo 
que foi enviado.
Arte rupestre: primeira representação artística de comunicação 
achada em uma caverna na Espanha, porém a mais antiga está na Ásia. 
Mídia
Conjunto de meios de comunicação social ou de massa que são 
geralmente inventados (jornal, revista, internet, etc).
Ao longo da história, o homem desenvolveu capacidades de trocar 
pensamentos com um ou mais indivíduos utilizando linguagens 
diferentes:
- gestual;
- verbal;
- pictográfica (desenhos egípicios);
- textual.
Os Primeiros Meios de Comunicação
O homem buscou diversificar as linguagens para alcançar um 
número maior de ouvintes, com o menor esforço possível (sinos de 
igreja, vitrais, escrita).
2 O princípio do jornal e o impacto da propaganda
Os primeiros gêneros da comunicação de massa
Cultura de massa é a disseminação de ideias e informações a partir 
de uma única fonte.
Impresso/tipográfico (papel e prensa gráfica), surge o termo 
"indústria cultural", ou seja, a cultura vira mercadoria, troca monetária 
entre os meios impressos.
O Nascimento do Jornal Impresso
Após a criação do papel no século I pelos chineses, o papel se 
tornou muito popular por ser leve e de fácil manuseio substituindo a 
pedra, a argila e o pergaminho.
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-feito-o-papel/
A tipografia surgiu pela reprodução de panfletos, mapas e livros, 
sendo utilizada para o jornal, somente um século depois. Era utilizada 
como uma forma de carimbo.
Na idade média (século V ao século XV) partir da disseminação do 
papel, foi criado um sistema regular de transmissão de mensagens, 
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nascendo, então, o correio.
Surge a Gazeta Manuscrita, que seriam cartas trocadas por 
comerciantes, nobres e intelectuais com regularidade que, depois de 
lidas, eram resumidas e enviadas à demais pessoas interessadas, já que 
nem todas as informações ali contidas seriam de interesse dos outros 
receptores. Havia um filtro feito pelo primeiro receptor.
Devido à tecnologia da época, os primeiros livros que surgiram 
eram grandes e caros. Por isso, buscou-se utilizar materiais mais 
baratos e assuntos mais populares, com ilustrações (para que a história 
fosse entendida pelos que não sabiam ler) e sobre a vida de santos, 
sendo a Bíblia e a história de Jesus os mais vendidos.
1620 Gazete D'Amsterdam
1622 Weekly Newes, Inglaterra
1631 Gazettes, França
1722 Gazetas de México
1808 Gazeta do Povo, Brasil
Relação da mídia impressa com a publicidade e propaganda
A propaganda surgiu na Roma Antiga, com a utilização de cores 
vibrantes em algumas casas para chamar a atenção (casas de vendas 
de mercadorias eram vermelhas). Mais tarde, a igreja católica criou uma 
congregação para propagar a palavra cristã, dando origem ao termo 
"propaganda".
Propaganda é a divulgação de ideias.
Em primeiro momento, a imprensa era literária, usada para a 
narração de fatos. Com a popularização do jornal, os comerciantes 
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–
viram ali a oportunidade de espaços de negociação, com a oferta de 
produtos e serviços.
3 Mídia e Modernidade - Revoluções e Imprensa
A imprensa e as revoluções
“O que decai na idade da reprodução mecânica é a aura da obra de 
arte”, Walter Benjamin.
Antes da Revolução Industrial, todas as invenções eram fruto 
intelectual do homem (livros, pinturas), com a RI, surgem as 
ferramentas para reprodução de conteúdo/obras. Benjamin diz que em 
toda a reprodução há a semente de alguma obra.
Principais inventores:
Thomas Edison, fonógrafo (gravação de voz) e lâmpada;
Irmãos Lumiére, projeção (cinema);
Joseph Niépce, fotografia;
Antonio Merucci, telefone (transmissão de voz);
Nicola Tesla, rádio.
O fracasso dos governos europeus em controlar totalmente o que 
era impresso, levou a outros desenvolvimentos em termos de 
comunicação, começando com o transporte e chegando à 
industrialização de máquina movida a vapor.
As pessoas tiveram acesso às máquinas de impressão, por exemplo 
e propagavam a notícia de acordo com seus princípios.
A imprensa já era uma força na sociedade de 1789, juntamente com 
o clero e a nobreza. Com o desenvolvimento da tipografia se 
estabelece um novo formato de domínio social.
A imprensa industrializada
O verbo informar, derivado do latim, originalmente significava não 
somente relatar os fatos, mas formar a mente, segundo tradução 
inglesa e francesa.
A linha editorial consegue fazer a população a desenvolver um 
senso crítico, ao se relacionarem com a capa do jornal.
O que acontece nas esferas do poder público e no cotidiano 
estampam as manchetes da mídia impressa e isso traz novas 
sensações na sociedade, então com esses fatores, a técnica se 
desenvolve mais na sociedade.
Aqui surge a profissionalização do jornalismo, de forma a transmitir 
a notícia da maneira que seus interlocutores queriam e abranger o 
maior número de pessoas interessadas em recebe-las.
A liberdade de imprensa aparece na Constituição Americana de 
1791, ao mesmo tempo que jornais mensais, semanais e diários se 
popularizam pelo mundo.
A imprensa e o sensacionalismo
A modernidade inicia-se com a uma intensa expansão das 
indústrias gráficas, seus métodos de trabalho e profundas 
transformações no modo de vida e percepção da massas inseridas 
nesse recém concebido espaço urbano.
O sensacionalismo pode ser entendido como uma produção 
noticiosa que vai além do “real”, superdimensionando o fato. Está ligado 
ao exagero, à intensificação, valorização da emoção e de conteúdos 
desconexos, buscando atrair a atenção do leitor com o objetivo 
comercial.
Imprensa Régia e jornais na independência
O termo marca o início da instalação de prensas no Brasil, tendo a 
primeira vindo junto com a Família Real Portuguesa.
4 Mídia e Dilemas do século XX
A imprensa e as guerras: a mídia e o campo de batalha
“Mercado livre de ideias”, frase dita pelo juiz americano Oliver 
Wendell Holmes, o quarto poder, qualificação de manipular a opinião 
pública, ditando normals e regras de comportamento de acordo com o 
interesse.
“A influência da opinião pública, tal como exercida pela imprensa, 
era a característica que diferenciava a civilização moderna”, Richard 
Cobden, 1834.
O grane desafio da imprensa era a transição de épocas, antes tudo 
era artesanal e passou a ser civilizado onde seu pensamento era 
desenvolvido, como processos industriais.
A Primeira Emenda da Constituição Americana dizia “O congresso 
não fará lei alguma (...) que limite a liberdade de falar das pessoas ou 
da imprensa.”
Paris era o centro dos jornais de circulação de massa, começando 
com Le Petit Journal, em 1863, que vendia 250 mil cópias por dia, 
sendo a maior circulação no mundo.
Alguns acreditam que a expressão de quarto poder, foi referida do 
The Times, tido como o jornal mais visto pelo mundo e acabou 
refletindo em toda a imprensa.
Diante de toda a pressão que foram submetidos durante o primeiro 
conflito mundial, graças a classe dominante e manipuladora da 
realidade, os jornalistas concluem que a verdade é a primeira vítima da 
guerra, já que era forma de propagar ideias e vender realidades 
inexistentes.
Na Segunda Guerra Mundial, a imprensa obedece a inteligência 
militar e se mostra fraca ao exibir a tragédia sob ângulos positivos, 
disfarçando derrotas e forjando estratégias onde havia fracasso.
“Uma mentira contada mil vezes se torna verdade”, Joseph 
Goebbels, Ministro da Propaganda da Alemanha nazista.
Imprensa e república no Brasil (Polarização da imprensa no 
Brasil)
Em 1869 surge o Jornal Reforma. 
A impressa se torna popular e profissional no Brasil com a república 
e novos conflitosse desenham. Os primeiros governos fecham jornais, 
mesmo com a liberdade de imprensa garantida com a constituição de 
1891.
1924 Diários Associados de Assis Chateaubriand
1925 o Globo
1928 Revista Cruzeiro
1950 editora Abril
1952 Manchete
1960 Zero hora
5 Breve História da Fotografia
A Fotografia e identificação
Perpetuar a imagem do homem na história.
Existem diversas formas de se comunicar e uma delas é a imagem. 
“Os homens criam as ferramentas e as ferramentas criam os 
homens”, Marshall McLuhan.
A produção das primeiras imagens possui um registro, um vínculo 
com o real. A imobilização de um acontecimento via “click” que até 
então só a pintura conhecia.
No passado, as pessoas acreditavam que ter a fotografia de um 
falecido, era como mantê-lo vivo por mais tempo. A luta da 
preservação das coisas, corpo e aparência.
No antigo Egito, a prática do embalsamento e mumificação carrega 
u claro desejo de vencer o tempo, através do sarcófago que se 
assemelhava à imagem do rei morto. 
1888 foi criado o primeiro rolo de filme pela Kodak.
A fotografia é uma imagem e uma ausência e por trás de todas elas 
existe uma história. Isso é uma ferramenta de comunicação, uma mídia.
Imagem Fotográfica 
A xilogravura, que data do final do século XV, é um processo onde 
um desenho com um lápis de cera feito sobre uma pedra, 
posteriormente transferida. Esse novo meio permitiu pela primeira vez 
produzir imagens coloridas a baixo custo.
A primeira projeção dos irmãos Lumiere, os inventores do cinema, 
em 28 de dezembro de 1895, capturando a chegada de um trem na 
estação.
Breve Histórico da Fotografia
Os experimentos de Edward Muybridge, da locomoção de um 
cavalo em 1887, são emblemáticos de como a invenção tinha ma 
relação íntima entre a arte (sobretudo a pintura) e a ciência. Foi um 
precursor do cinema, pois a partir dessa experiência, outros cientistas 
começaram a imaginar o que mais poderia ser feito com a fotografia.
À pedido do governador da Califórnia, que havia feito uma aposta, 
ele provou através de fotografias e de desenhos que o cavalo tirava as 
patas do ar durante seu galope.
Fotografia como Documento
Ela floresce a partir de 1980 e então, a técnica fotográfica começa a 
prestar seus serviços para o jornalismo e a publicidade.
Principais fotógrafos: Robert Capa (guerra), Henri Cartier-Bressan 
(cotidiano, agência Magnum) e Sebastião Salgado (deserdados do 
mundo).
6 O Cinema: Ecos da Realidade
Primórdios do Cinema
“Orientar a realidade em função das massas e as massas em função 
da realidade é um processo de imenso alcance, tanto para o 
pensamento como para a instituição”, Walter Benjamin. 
Ele questiona o que de fato é arte, para ele era a originalidade, ou 
seja, o papel onde era escrito uma poesia. Para ele, a partir da 
reprodução em jornais e livros, já não seria mais arte. 
A descoberta de Isaac Newton sobre a persistência da image na 
retina, que precisa de um intervalo de tempo mínimo para poder fixar 
uma nova imagem vista por nossos olhos, e os esforços de um grupo 
de pesquisadores técnicos e cientistas, lançam as bases para o cinema.
Uma imagem em movimento é a captura de uma imagem em vários 
quadros. As pessoas assistiam animações em aparelhos rústico como o 
fenacistoscópio, um disco giratório criado em 1931 por Joseph Plateau.
O movimento cinematográfico é uma ilusão, pois a imagem que 
vemos é o resultado da projeção de fotogramas de um movimento com 
intervalos muito curtos imperceptível ao olho humano.
Em 1893, é apresentado na feira internacionalizo de Chicago o 
cinemascópio de Thomas Edson. Ele idealizava que fosse apenas 
utilizado por uma pessoa, já o cinema é para as passas. Por isso, esse 
invento não teve tanto sucesso.
Os irmãos Luimiere combinaram o material sensível e o projetor, 
fazendo a primeira sessão pública de cinema, em Paris, no ano de 1895. 
O processo de elaboração de uma linguagem para o cinema se 
extende até a década de 1920, quando finalmente o som é incorporado 
a imagem através do vitafone, trazendo mais realismo ao cinema.
1926 Jazz Singer, Warner, primeiro filme com som.
1898 Quatro cabeças, primeiro filme com efeitos visuais.
Chaplin resistiu bravamente ao cinema falado, dando voz aos seus 
personagens somente 13 anos depois que a novidade havia se 
espalhado.
O cinema dominante hollywoodiano
Os franceses tinha aspectos mais políticos e documentais, os 
americanos buscavam maior entretenimento.
Desde suas origens, cinema começou a desfrutar, muito mais do 
que a literatura e da pintura, de um entusiasmo vindo do fato realmente 
acontecido, assumindo uma nova fonte de documentação históricas 
que consolidava novos arquivos para a conservação em consulta.
Os americanos trabalhavam com dois rolos de filmes, para evitar 
que pudessem aquela imagem quando um deles terminasse. Isso 
otimizou a produção por conta do poder de amarzenamento.
No início do século XX, grandes produtoras se instalaram na Europa 
e nos Estados Unidos onde o modelo hollywoodiano domina até hoje 
toda a história do cinema mundial, sendo um sinônimo do próprio 
cinema.
Movimento em primeiro plano da câmera, sem muitos cortes, 
oriundo dos filmes de peças de teatro.
Os filmes que começaram a sair da indústria, são padronizados em 
torno de uma estrutura de narrativa que desenvolve um gênero, além 
de outros mecanismos como o estrelato, que dá ao filme seu valor de 
troca. Criam-se as categorias comédia, ação, cowboy, romântico.
O caso específico do cinema brasileiro
Em 1911 ,e fundada a Companhia Cinematográfica Brasileira, 
dirigida por Francisco Serrador, fazendo com que nos próximos 10 
anos, o cinema brasileiro passasse a ser amparar na produção de 
documentários e cinejornalismo.
Os filmes eram exibidos em praças, porém, Paschoal Segreto e 
José Roberto Cunha Salles inauguram na Rua do Ouvidor uma sala 
permanente. Em 1897, Afonso Segreto roda o primeiro filme brasileiro,, 
cenas da Baía de Guanabara.
O Cinema Novo foi o movimento cinematográfico brasileiro de maior 
repercussão internacional. Nele, a linguagem da cultura brasileira 
concentra-se principalmente na temática rural dando uma visão 
abrangente dos problemas básicos da sociedade brasileira, como 
Macunaíma, de Grande Otelo.
“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, Glauber Rocha. Ele 
deu uma nova identidade ao cinema brasileiro com filmes como “O 
assalto ao trem pagador” de 1962, sendo reconhecido 
internacionalmente e por grandes diretores da atualidade como Martin 
Scorcese.
Estética da fome como crítica social, não existia películas próprias 
para a luz tropical, câmeras subjetivas sendo utilizadas atidamente na 
cena.
Nos anos 90, o cinema brasileiro entra na fase de Retomada, com a 
volta dos incentivos à arte através da lei Rouanet e do Audiovisual.
7 O meio radiofônico : invenção do tambor tribal
A invenção e a disseminação do rádio 
“Quando ouço o rádio, parece que vivo dentro dele. Eu me 
abandono mais facilmente ao ouvir um rádio do que ler um livro” 
McLuhan.
Por conta de não precisar de uma atenção total como um livro, além 
de proporcionar uma série de programações. 
Se torna um “tambor” tribal, impactando as pessoas com o som, da 
mesma forma que a comunicação era propagada antigamente.
O rádio é mais imediatista, está na casa das pessoas, que outros 
veículos como o cinema e o jornal. Orson Wells em sua icônica 
transmissão, provou o alcance do veículo e a credibilidade que se tinha.
Antes do rádio, quatro elementos foram indispensáveis à 
comunicação como serviços postais, pombo correio, código morse e o 
telégrafo.
Podemos falar de três variantes: a radiotransmissão (sem fios, 
através de ondas magnéticas), o rádio (equipamento receptor) e a rádio 
(estação de transmissão).
A pioneira no rádio comercial fora a WEAF de Nova Iorque, 
pertencente à Telephone and Telegraph Co. Ela irradiava anúncios e 
cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial e cem dólares por 
10 minutos.
O rádio como meio de comunicação de massaNos EUA, o rádio cresceu de maneira exponencial, em 1921 haviam 
4 emissoras, porém, em 1922, o total era de 382 estações.
Chegada e disseminação do rádio no Brasil 
A primeira transmissão brasileira, foi o discurso do presidente 
Epitáfio Pessoa em prédios públicos, durante a comemoração do 
centenário da independência.
Roquete Pinto fundou a primeira estação de rádio brasileira, Rádio 
Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923. Os ouvintes eram associados e 
contribuindo com mensalidades para a manutenção das emissoras, 
surgindo os termos “rádio sociedade” ou “rádio clube”.
“O rádio é o jornal de quem não sabe ler, é o mestre de quem não 
pode ir à escola, é o divertimento gratuito do pobre”, Roquette Pinto.
A sociedade era atraída em massa na busca de aparelhos 
receptores. Em paralelo, era necessário regulamentar o uso da 
frequência, por conta da demanda. A Rádio Nacional chegou a ter 14 
novelas transmitidas diariamente.
Em 28 de agosto de 1941, ocorreu a primeira transmissão do 
“Repórter Esso”, noticiando o ataque de aviões da Alemanha à 
Normandia, durante a Segunda Guerra Mundial.
Novos desafios para o rádio
Até então, as pessoas só conseguiam ouvir música em um aparelho 
grande e pesado, porém em 1979, a Sony lança o Walkman, 
proporcionando uma opção portátil e individual de ouvir música. Isso 
influencia diretamente na mudança da programação das rádios, já que 
ele não era mais um veículo comunitário, a ser ouvido especialmente 
em família.
O rádio continuou a evoluir e ocupar também a internet, com 
emissoras transmitindo pela rede.
8 Televisão e suas histórias 
A questão técnica 
“As novas tecnologias nunca vêm sozinhas. É um pacote: mudanças 
tecnológicas, seguidas de sociais, políticas e culturais”, Alvin Toffler.
Um dos precursores da invenção da tv, Vladimir Kosma Zworykin, 
engenheiro eletrônico russo nacionalizado americano, patenteou o 
iconoscópio em 1924. Com ele, transmitiu imagens numa distância de 
45km.
As primeiras transmissões aconteceram na Alemanha, França e 
Inglaterra, antes de ir para os EUA.
A TV no Brasil (elite, populista e desenvolvimento tecnológico)
A pré-estreia da TV no Brasil ocorreu em 3 de abril de 1950 pela TV 
Tupi, em uma apresentação do Frei José Mojica e as imagens foram 
assistidas em aparelhos instalados no saguão dos Diários Associados. E 
logo começou a causar abalos na superioridade do rádio como veículo 
de comunicação de massa.
No dia 18 de setembro de 1950, a TV Tupi, PRF-3 TV, canal 3, foi 
oficialmente inaugurada. Era a realização de Assis Chateaubriand que já 
controlava uma cadeia de jornais e emissoras de rádio chamada Diários 
Associados.
“TV na Taba” foi o primeiro programa transmitido, sendo assistido 
através de 200 aparelhos importados por Chateaubriand e espalhados 
pelo Rio. Com a ajuda de profissionais do rádio, jornal e teatro, as 
transmissões ao vivo aconteciam das 19 às 23h, com o primeiro 
telejornal “Imagens do Dia”.
A elite: o televisor era um artigo de luxo, somente acessível às 
elites, por isso os musicais, as variedades e o teatro eram integrantes 
da programação. A marca dos programas era o improviso, já que a tv 
era ao vivo.
O populismo: a programação começa a ter caráter de enlatado 
americano, cerca de 50% da programação, pois além de serem 
conteúdos mais baratos, não causavam problemas com a censura. A 
venda de televisores coloridos cresce 1479%. Ocorre o profissionalismo 
e administração empresarial.
“O mundo da TV é claramente diferente do mundo real, da 
sociedade (...) A televisão não representa a realidade da nossa 
sociedade, mas reflete a estrutura de valores que existe sob a 
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–
–
superfície”, Fisk e Hartley.
No desenvolvimento: a luta pela medida pelo Ibope, criado em 1942. 
Diminui a influência norte americana.
9 Televisão: Histórias e Desafios
Convergindo mídias 
Agora domos iguais (Giles Lipoversky, 2003)
Mais gente no mundo pode fazer a mudança
Mais digital e mais competitivo
Mais solicitações do que tempo disponível
Maior carga de aprendizado que nosso corpo permite
Mídia de Massa x Mídia Digital
Os veículos de comunicação eram o único emissor, ditando as 
normas que seu público iria receber. Na MD, todos emitem informações 
para todos, há interação.
O mundo em que vivemos, Gouveia - 2008: homem disputando 
fronteiras físicas (1989 muro de Berlim), globalização, segurança e 
defesa (2001 Torres Gêmeas), crise financeira (2008) e hoje há uma 
crise econômica e social em que se busca uma maior qualidade de 
vida.
Convergência de mídias a define mudanças de conteúdos através 
de várias plataformas de mídia, a cooperação entre as múltiplas 
indústrias midiáticas, a busca de divas estruturas de negócios em 
relação ao comportamento do consumidor que vai em busca das 
experiências de entretenimento que ele deseja.
As pessoas pensavam que no futuro haveria um único dispositivo 
que centralizasse todos os demais aparelho, exercendo todas as suas 
funções. O que se vê hoje é que existem vários dispositivos, mas o 
conteúdo é associado a todos eles.
A internet 
Possui origens em experimentos militares com redes de trocas de 
informações (Alphanet) no auge da Guerra Fria. Surge a informação 
rápida e criptografado.
Em 1989, Tim Berners-Lee, divulgou uma proposta de 
gerenciamento facilitado de informação baseado em documentos 
hipertextos. Em outubro, ele começou a escrever a aplicação e chamou 
de WorldWideWeb.
Bill Gates desenvolveu o Windows e o Internet Explorer (software), 
Jobs desenvolve computadores pessoais (hardware).
A rede (internet) une o social com a forma de contato íntimo do 
homem, gerando as redes sociais.
A rádio digital 
A webrádio é o serviço de transmissão de áudio via web por 
streaming (fluxo de mídia). Gera-se áudio em tempo real para o ouvinte 
que pelo computador acompanha a transmissão.
Os jornais que existiam ou se modificaram ou acabaram por findar 
sua existência.
A imagem e a TV digital
O cotidiano doméstico vem sofrendo grandes transformações com 
a substituição dos aparelhos, anteriormente eletro-analógicos, pela 
concepção digital.
As notícias e os relacionamentos 
Hoje presenciamos uma extensão do eu mental. E por causa disso, 
nós podemos viajar mais rápido e nos comunicar de forma diferente, 
criando um segundo eu. Que você queira ou não, você está se expondo 
online e as pessoas interagem com esse outro eu, mesmo enquanto 
você não está lá.
E-mail, papel digital e sites
Compartilhamento de informação, novas relações de tempo-
espaço, online, móvel, imediato e universal.
10 Desafios das novas mídias
A política e as novas mídias 
“Não há mas propriedade intelectual. Pra mim, não há diferença 
entre imagens anônimas de gatos piegas na internet e uma cena de 
John Ford”, Godard, cineasta.
Fenômenos de transferência altera as relações de poder. Qualquer 
pessoa pode fomentar um protesto e se organizar. É diverso, com 
mudança constante, acolhendo a inovação e a criatividade (Primavera 
Árabe).
Textos sem autoria, atribuídos a outras pessoas, imagens que 
circulam e geram produtos audiovisuais diversos. Sites de empresas de 
comunicação em meio a um mar de blogs que se prolifera. Excesso de 
informação que se transforma em não-informação.
O futuro da comunicação em massa
Era da digitalização, tudo que é escrito, falado ou ouvido é 
transformado em bit.
A era da conectividade, com a intensa troca de informações, além 
da sobrecarga de dados que é continuamente disponibilizada por uma 
quantidade ilimitada de fontes.
Era das comunidades, em que as pessoas se tornam marcas e as 
marcas e tornam pessoas (enviando mensagens publicitárias de texto e 
recebendo o retorno).
“Só precisa um”.
Rumos e dilemas profissionais 
Os profissionais de comunicação precisam estar atentos ao fato de 
que a história dos meios de comunicação passam por significativas 
mudanças e os mercados se adaptam a elas de forma cada vez mais 
rápida.
Do ponto de vista dos jornalistas e profissionais da publicidade uma 
nova mídia oferecenovas oportunidades de divulgação.
Uma história do futuro
O paradoxo digital exige um território para gerar valor de forma 
sustentável.
O paradoxo das redes são fenômenos de transferência de redes 
que fornecem os nós fechados ocasionando o menor custo de 
relacionamento.
A soberania digital é de quem, quanto custa, como manter o que 
vale a pena controlar.

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