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Cabeamento Estruturado e Transmissão de Dados

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Prévia do material em texto

Cabeamento 
Estruturado
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Antonio Eduardo Marques da Silva
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Santos
Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
• Noções Básicas de Transmissão;
• Sinal Analógico e Sinal Digital;
• Modulação de Dados;
• Digitalização;
• Sincronização;
• Direção de Transmissão.
 · Compreender fundamentos dos sistemas de transmissão de dados e 
principais características dos meios físicos de rede, como: diferenças 
entre sinal analógico e sinal digital, conceitos de modulação, digita-
lização e multiplexação, diferença entre largura de banda e taxa de 
transmissão de dados (vazão de dados) e características mais comuns 
dos meios físicos e metálicos utilizados nos sistemas de transmissão 
em redes de comunicação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Noções Básicas de Transmissão
e Meios Físicos de Rede
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
Contextualização
Nesta unidade, você aprenderá sobre os principais conceitos de transmissão de 
dados e os nomes técnicos mais utilizados, para ter um bom entendimento dos re-
cursos e serviços que serão aplicados e configurados em uma rede de comunicação 
de dados.
Para sua compreensão, vamos tratar um pouco sobre a importância da transmis-
são de dados, as diferenças entre sinais analógicos e sinais digitais, o que é modula-
ção, digitalização de dados e multiplexação de canais. Por final, vamos comparar a 
largura de banda com a taxa de transmissão de dados (vazão de dados), e apresen-
tar algumas outras características importantes dos meios físicos de comunicação.
Não se esqueça de acessar o link Materiais Didáticos, onde encontrará os con-
teúdos e as atividades propostas nesta unidade. Outra dica é acessar os Materiais 
Complementares e assistir às videoaulas apresentadas para a unidade. Assim, você 
terá mais conhecimento sobre o tema discutido.
8
9
Noções Básicas de Transmissão
Assim como as estradas e ruas fornecem a base para o transporte de veículos, 
os meios físicos de rede fornecem o alicerce da transmissão de dados. Os meios 
físicos são os caminhos por onde o dado é transportado. 
As primeiras redes de transmissão de dados (antigamente chamadas de redes de 
computadores) utilizavam cabos coaxiais, grossos e ultrapassados e, de uma certa 
forma, vulneráveis em função de suas próprias características. Há algum tempo, os 
dados são normalmente transmitidos através de um tipo de cabo muito semelhante 
ao cabo utilizado em sistemas de telefonia, bem mais leve e flexível, de fácil co-
nectorização e mais economicamente viável se comparado com os cabos coaxiais 
(FILHO, 2015).
Para conexões de rede de longa distância, há a preferência por cabos de fibras 
ópticas, os quais, apesar de serem mais caros do que os cabos metálicos, podem 
alcançar distâncias muito maiores e com uma qualidade de transferência superior 
aos seus concorrentes. Também temos milhares de empresas que transmitem os 
dados através da atmosfera terrestre utilizando as tecnologias de redes sem fios, as 
famosas wireless network.
A Importância do Cabeamento de Rede
Poucas pessoas entendem realmente a importância de um sistema de cabea-
mento flexível, baseado em padrões, que permite confiabilidade e compreende 
menos ainda os desafios da construção de uma rede de alta velocidade. Alguns dos 
problemas técnicos associados à construção de um sistema de cabeamento para 
suportar uma rede de alta velocidade são compreendidos apenas por engenheiros 
elétricos/eletrônicos e rede redes e por especialistas no segmento de cabeamento 
de alta performance. 
Em muitos casos, acredita-se ainda que para uma conectorização de rede para 
vários tipos de aplicações, como dados, vídeo e imagem, é necessário ter várias 
infraestruturas, uma para cada tipo de serviço. Isso era realizado muito tempo 
atrás, quando a maioria das aplicações era totalmente proprietárias e seguiam suas 
próprias regras de conectividade. Com a evolução das redes de comunicação e 
padronização dos protocolos, vários órgãos e empresas começaram a desenvolver 
e seguir padrões de conectividade, inclusive padrões físicos, o que deu origem às 
normas de padronizações dos cabos de rede e o desenvolvimento de um sistema 
de cabeamento estruturado e convergente. Nesta unidade, temos o objetivo de 
apresentar alguns dispositivos físicos de rede baseados em cabos metálicos e seus 
componentes (PINHEIRO, 2015).
Infraestrutura Física de Rede (em inglês), no endereço: https://youtu.be/aahWp75a1JQ
Ex
pl
or
9
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
A evolução da interconectividade de redes, do crescimento da Internet e de 
novas tecnologias gerou, nos últimos 10 anos, Sistemas de Data Center, Virtu-
alização de Dados e Computação em Nuvem. A cada dia, esses ambientes de 
infraestrutura de TIC e sistemas de cabeamento estruturado se tornam mais im-
portantes, pois são, com certeza, o alicerce físico a tais tecnologias e a base de 
instalação controlada para ambientes sensíveis, como é o caso dos sistemas de 
computação de alto desempenho.
A Infraestrutura de Data Center, como o do Google Data Center: 
https://youtu.be/XZmGGAbHqa0Ex
pl
or
Podemos ditar algumas observações muito importantes quando iniciamos um 
projeto de cabeamento:
 · Saiba que as redes nunca ficam menores ou menos complicadas.
 · Construa um sistema de cabeamento que acomode dados, voz e imagens.
 · Sempre instale mais cabos do que você necessite atualmente.
 · Use padrões de cabeamento estruturado ao criar um novo sistema 
de cabeamento.
 · Use componentes de cabeamento de alta qualidade. O cabeamento é a base 
da sua rede. Se o cabeamento falhar você terá problemas muito sérios.
 · Compre com base na reputação do fabricante e no desempenho compro-
vado, não por causa do preço.
 · Não economize nos custos de instalação. Mesmo componentes de quali-
dade e cabos devem ser instalados corretamente; uma mão de obra ruim 
destrói sua instalação de cabeamento.
 · Planeje tecnologias de maior velocidade do que as disponíveis atualmente. 
Só porque a Ethernet 1000Base-T parece desnecessária hoje não significa 
queela não seja uma exigência em cinco anos.
 · A documentação, embora chata de se fazer, é um mal necessário que deve 
ser cuidado enquanto você configura o sistema de cabeamento.
Conheça o Data Center da Caixa Econômica Federal em Brasília, em: 
https://youtu.be/WurCFAfIaZM
Conheça também o Data Center do Banco Santander, em: https://youtu.be/GTYMYNlMwsw
Ex
pl
or
Pontos que podem apoiar o entendimento das necessidades e importância da 
utilização de cabeamento de rede confiável. Segue:
 · O cabeamento de dados normalmente representa menos de 10% do custo 
total da infraestrutura de rede.
10
11
 · A vida útil do sistema de cabeamento típico é de mais de 16 anos. O cabe-
amento é provavelmente o segundo ativo mais duradouro que se pode ter 
em uma infraestrutura de TIC (o primeiro seria o prédio).
 · Quase 70% de todos os problemas relacionados à rede se devem a técnicas 
e componentes de cabeamento defi cientes.
Básico de Transmissão de Dados
Em redes de dados, o termo transmissão significa emitir sinais para o meio de 
rede, esse termo se refere tanto para o processo de transmissão. Como o progres-
so de sinalização. No passado, as seres humanos transmitiam informações através 
de sinais de fumaça, código morse ou telégrafo. As técnicas de transmissão em uso 
nas redes de hoje são complexas e variadas, como poderemos verificar nos próxi-
mos tópicos desta unidade.
Sinal Analógico e Sinal Digital
Uma das característica mais importantes na transmissão dos dados é o tipo de 
sinalização envolvido. Em uma rede de dados, a informação pode ser transmitida 
através de um dos dois métodos de sinalização existentes: sinalização analógica ou 
sinalização digital. Ambos os tipos de sinais são gerados por corrente elétrica que 
é medida em volts. A força de um sinal elétrico é diretamente proporcional à sua 
tensão. Assim, quando os engenheiros de rede falarem sobre a força de um sinal 
analógico ou digital, muitas vezes, estão se referindo à voltagem do sinal transmi-
tido. A diferença essencial entre sinais analógicos e digitais é a maneira como a 
tensão cria o sinal. Em sinais analógicos, a tensão varia continuamente e aparece 
como uma linha ondulada. Podemos mencionar a sirene de uma ambulância e uma 
música ao vivo como exemplos de sinais por ondas analógicas.
Figura 1 – Sinal Analógico
Fonte: Wikimedia Commons
Um sinal analógico, como outras formas de onda, é caracterizado por quatro 
propriedades fundamentais: amplitude, frequência, fase e comprimento de onda.
A amplitude de uma onda é uma medida da sua resistência em qualquer ponto 
11
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
dado no tempo. Em um gráfico de onda, a amplitude é a altura da onda em qual-
quer ponto no tempo. Por exemplo, a onda tem uma amplitude de 5 volt no 0.25 
segundos, uma amplitude de 0 volts em 0.5 segundo, e uma amplitude de -5 volts 
em 0.75 segundos, podemos ver essas medidas na próxima figura.
Considerando a indicação de amplitude em uma onda analógica, a frequência é 
o número de vezes que os ciclos de amplitude de uma onda a partir do seu ponto 
de partida, através da sua maior amplitude e menor amplitude, e de volta para o 
seu ponto de partida ao longo de um período de tempo fixo. A frequência é expres-
sa em ciclos por segundo, ou hertz (Hz), em homenagem físico alemão Heinrich 
Hertz. Na próxima figura, podemos ver a frequência de onda que seria um ciclo 
por segundo, ou 1 Hz que, como se mostrado, tem uma frequência extremamente 
baixa. Frequências utilizadas para transmitir a fala sobre cabos de telefonia podem 
cair na faixa de 300 a 3300 Hz, os seres humanos podem ouvir frequências entre 
20 e 20.000 Hz, uma estação de rádio FM pode utilizar uma frequência entre 
850.000 Hz (ou 850 KHz) e 108.000.000 Hz (ou 108 MHz) para transmitir o seu 
sinal através do ar (COELHO, 2003).
A distância entre pontos correspondentes no ciclo de uma onda é chamada de 
comprimento de onda e que pode ser expressa em metros ou pés (mais nos EUA). 
O comprimento de onda de uma onda inversamente proporcional à sua frequência. 
Em outras palavras, quanto maior a frequência, menor é o comprimento de onda. 
Por exemplo, uma onda de rádio com uma frequência de 1.000.000 de ciclos por 
segundo (1 MHz) tem um comprimento de onda de 300 metros, enquanto uma 
onda, com uma frequência de 2 milhões Hz (2 MHz), tem um comprimento de 
onda de 150 metros.
O termo refere-se à fase do progresso de uma onda ao longo do tempo em 
relação a um ponto fixo. Suponhamos duas ondas separadas que possuem am-
plitudes e frequências idênticas. Se uma onda começa em menor amplitude, ao 
mesmo tempo, a segunda onda começa na sua maior amplitude, estas ondas terão 
diferentes fases. Mais precisamente, elas serão 180 graus fora de fase (utilizando a 
atribuição padrão de 360 graus a uma onda completa).
comprimento da onda
medido em metros
T= Tempo de duração
do ciclo
Ciclo = padrão de onda
completo, do início ao �m
Amplitude
Figura 2 – Sinais Analógicos Detalhado
12
13
Um benefício de sinais analógicos é que eles podem transmitir maiores sutilezas 
com menos energia, pois são mais variáveis que os sinais digitais. Por exemplo, 
pensar na diferença entre a sua voz e a voz digital de um sistema de chamadas 
digital. Geralmente, a voz digitalizada tem uma qualidade mais pobre do que a sua 
voz original, ou seja, às vezes, a voz digital pode soar como um som metalizado se 
não for corretamente tratado. Ela não pode transmitir as mudanças sutis na infle-
xão que você espera em uma voz humana. Somente muitos sinais de alta qualidade 
digital, por exemplo, aqueles utilizados para gravar música em discos compactos, 
podem alcançar tal precisão.
No entanto, a tensão é variada e imprecisa em sinais analógicos, além disso, a 
transmissão analógica é mais susceptível a falhas de transmissão, tais como ruído, 
ou qualquer tipo de interferência externa podem degradar um sinal. Se você já 
tentou ouvir uma rádio AM em uma noite de tempestade, você provavelmente já 
ouviu o chiado e estática de interferências que afetam o sinal.
Os sinais digitais são compostos de impulsos de voltagens positivas precisos e 
de zero voltagem. Um pulso de voltagem positiva (presença de voltagem ou ligado) 
representa o valor “1” e o pulso de voltagem zero (ausência de voltagem ou desli-
gado) representa o valor “0”. O uso desses sinais para representar uma informa-
ção é chamado de sistema binário e cada pulso no sinal digital é chamado de um 
dígito binário, ou bit. Por esse motivo, um bit pode ter apenas um de dois valores 
possíveis: 1 ou 0. A quantidade de 8 bits agregados representa um byte e esse byte 
geralmente representa uma letra ou caractere especial a ser transmitido em uma 
rede. Por exemplo: o byte de “01111001” transmitido em uma rede digital signifi-
ca o valor “121” em representação decimal (PINHEIRO, 2015).
digital
5v
0v
1 1 1 time0
Figura 3 – Sinal Digital
A diferença entre Sinal Digital e Sinal Analógico no Canal Nerdologia, em:
https://youtu.be/p3IQU-PmJGUEx
pl
or
Computadores podem ler e gravar informações, por exemplo, instruções de 
programa, informações de roteamento e endereços em rede, utilizando os bits 
e bytes. Quando um número está representado na forma binária (por exemplo, 
13
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
“01111001”), cada posição de bit, ou marcador de posição, no número repre-
senta um múltiplo específico de 2. Como um byte contém oito bits, que tem oito 
marcadores de posição. Ao contar espaços reservados em um byte, você se move 
da direita para a esquerda. O mais distante espaço reservado para a direita é co-
nhecido como a posição zero (bit de menor significância), o único à sua esquerda 
está na primeira posição e assim por diante. O marcador de posição mais afastada 
para a esquerda está na sétima posição, pois da posição zero até a sétima posição 
temos o conjunto dos oito bits, ou um byte.
Conjunto de Bits (Byte): https://goo.gl/bGXU8K
Ex
pl
or
Para facilitarnossa vida, nós da área de redes utilizamos uma tabelinha de valores 
que é a seguinte: 128, 64, 32, 16, 8, 4, 2, 1, que nada mais é do que a represen-
tação decimal de cada posição binária ligada (valores representados por 1). Usando 
essa tabela, quando identificamos um bit com o valor “1” dentro de um byte, ligamos 
o valor correspondente a tabela e somamos todos os valores “ligados” para identifi-
carmos o valor decimal representado. Ou seja, o valor binário “11110000” é o valor 
decimal “240” (128+64+32+8+0+0+0+0) e o valor binário “11111111” é o valor 
decimal “255” (128+64+32+16+8+4+2+1). Fácil, não é?
Um esquema de numeração binária pode ser utilizado com mais de oito posi-
ções, no entanto, no mundo digital, bytes formam os blocos de construção para 
mensagens e sempre incluem oito posições. Ou seja, nunca em um byte teremos 
valores menores (negativos) do que “0” e/ou maiores do que o valor decimal “255” 
que nada mais é do que a somatória de todos os bits do byte analisado.
Em um sinal de dados, vários bytes são combinados para formar uma mensa-
gem. Se você estava observando os 1s e 0s utilizados para transmitir uma men-
sagem de e-mail inteiro, por exemplo, você pode acabar vendo milhões de zeros 
e uns passando pela rede. Um computador pode rapidamente traduzir esses nú-
meros binários em códigos, usando representações de tabela como o ASCII que 
expressam letras e números, ou o formato JPEG, que representam imagens. Ou 
seja, tudo que transmitimos em uma rede digital é representado por sinais binários, 
um e-mail, um som, ou uma imagem.
O Sistema Digital, no portal vídeo educativos no endereço URL: 
https://youtu.be/MW7Wv0GOSZcEx
pl
or
Uma vez que a transmissão digital envolve o envio e recebimento de apenas um 
padrão de 1s e 0s, representado por pulsos precisos, é mais seguro do que a trans-
missão analógica, que se baseia em ondas variáveis. Além disso, um determinado 
ruído afeta a transmissão digital menos severamente que a transmissão analógica. 
Por outro lado, a transmissão digital requer muitos pulsos para transmitir uma 
14
15
mesma informação que um sinal analógico poderia transmitir em apenas uma úni-
ca onda. No entanto, a alta confiabilidade da transmissão digital e o uso do com-
putador, que também é um dispositivo digital, tornaram essa propriedade padrão, 
que é mais eficiente que a transmissão analógica, pois resulta menos erros e requer 
menos sobrecarga para compensar tais erros (FILHO, 2015).
A sobrecarga (overhead) é um termo usado por profissionais de rede para des-
crever a informação que não contenha dados e que deve acompanhar os dados 
para que os mesmos possam ser devidamente encaminhados e interpretados pela 
rede. Por exemplo, o cabeçalho de um link de dados (Data Link) e um finalizador 
(trailer), na camada de rede informações de endereçamento, e as informações de 
controle de fluxo da camada de transporte são considerados sobrecarga na rede.
É importante entender que, em ambos os mundos analógico e digital, uma varie-
dade de técnicas de sinalização são utilizadas. Para cada técnica, normas ditam que 
tipo de transmissor, canal de comunicações e o receptor devem ser utilizados. Por 
exemplo, o tipo de transmissor (NIC – Network Interface Card, ou em português Pla-
ca de Rede) usado para computadores de uma rede local (LAN) e a maneira em que 
este transmissor manipula corrente elétrica para produzir sinais é diferente das téc-
nicas de sinalização utilizadas com um link de satélite ou um link de conexão óptica.
Modulação de Dados
Os dados dependem quase que exclusivamente da transmissão digital, porém, 
em alguns ambientes e/ou locais, os meios utilizados podem ser de transmissão 
analógica, como linhas telefônicas clássicas, por exemplo, e que no Brasil ainda 
são em grande quantidade utilizadas. Nesse caso, se você discar para a rede de um 
provedor de Internet (ISP) com o intuito de navegar na Internet, os sinais de dados 
emitidos por seu computador devem ser convertidos em forma analógica antes de 
chegar à linha de telefone. Mais tarde, eles devem ser convertidos de volta para 
a forma digital quando eles chegam ao servidor de acesso do ISP. Um dispositivo 
de rede conhecido como modem realiza essa tradução. A palavra ‘modem’ reflete 
a função desse dispositivo como um modulador/demodulador de sinal, isto é, ele 
modula os sinais digitais em sinais analógicos no terminal de transmissão, em se-
guida, demodula os sinais analógicos em sinais digitais na extremidade de recepção 
(FILHO, 2015).
A modulação de dados é uma tecnologia utilizada para modificar os sinais ana-
lógicos, a fim de torná-las adequadas para o transporte de dados ao longo de um 
caminho de comunicação. Na modulação, uma onda simples, chamada de onda 
portadora, é combinada com um outro sinal analógico para produzir um sinal único 
que é transmitido a partir de um nó para outro. A onda portadora tem proprieda-
des predefinidas (incluindo a frequência, amplitude e fase). Sua finalidade é ajudar a 
transmitir informações; em outras palavras, é apenas um mensageiro. Outro sinal, 
conhecido como informação, ou dados de ondas, é adicionado à onda portadora. 
15
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
Quando a onda de informação é adicionada, ele modifica uma propriedade da 
onda portadora (por exemplo, a frequência, a amplitude, ou fase). O resultado é 
um sinal novo, misturado que contém propriedades tanto da onda portadora com 
a adição dos dados.
Três tipos básicos de modulação são possíveis (ver a figura para uma compara-
ção visual):
1. Modulação por Amplitude (AM). Em AM, a amplitude do sinal de porta-
dora é alterada de acordo com o valor de bit do sinal digital de modulação. 
Por exemplo, dois tamanhos de amplitude (uma pequena e uma grande) 
pode ser usado para, respectivamente, representam valores de bit 0 e 1. 
AM é a sua susceptibilidade à distorção.
2. Modulação por Frequência (FM). Em FM, a frequência do sinal portador 
é alterada de acordo com o valor de bit do sinal digital de modulação. Por 
exemplo, dois valores de frequência (um baixo e um alto) pode ser usado 
para, respectivamente, representam pouco os valores 0 e 1. FM é mais 
resistente à deformação do que AM.
3. Modulação por Fase (PM). Em PM, a fase do sinal de portadora é al-
terada de acordo com o valor de bit do sinal digital de modulação. Uma 
mudança na fase do sinal de portadora indica uma alteração no valor de 
bits do sinal digital de modulação de 0 a 1 ou de 1 para 0.
Figura 4 – Formas de Modulação
16
17
É claro que, para entender esses conceitos de uma forma mais aprofundada, de-
veríamos estudar eletricidade e eletrônica, o que não é exatamente o nosso objetivo 
nesta unidade. Nosso intuito é apresentar, de uma forma sucinta, alguns termos e 
conhecimentos básicos que vamos utilizar no futuro em alguns tópicos dentro da 
disciplina de cabeamento.
Digitalização
A digitalização é essencialmente o contrário da modulação. Considerando que 
a modulação de um sinal digital é modulada ao longo de um sinal analógico para 
a transmissão, em digitalização um sinal analógico é convertido em formato digital 
através de um processo de amostragem. Por exemplo, o sinal analógico resultante 
da fala humana pode ser amostrado e convertido em dados digitais, transmitidos 
através de linhas digitais, e convertido de volta para o sinal analógico na outra 
extremidade. Essas duas funções são executadas por um dispositivo denominado 
de codec (codificador / descodificador). A próxima figura apresenta esse conceito.
É interessante notar que, ao contrário de modulação (que é um processo exato 
uma vez que o sinal digital na fonte e o sinal digital recebido no destino são idênticos), 
a digitalização é apenas um processo aproximado por causa da amostragem. A 
próxima figura ilustra como um sinal analógico é amostrado. Aqui, o intervalo de 
tempo para cada amostra é um milissegundo. Cada amostra (indicado por uma pe-
quena caixa preta) é um verdadeiro valor que é, porsua vez representado por um 
número inteiro na gama de 0-255 de modo que ele pode ser representado em um 
byte de dados. Esse processo (que representa um valor contínuo com um valor dis-
creto) é chamado de quantização. A relativamente pequena perda de informação 
inerente ao processo é chamada de erro de quantização (COELHO, 2003).
Sobre o tão importante é o processo de Digitalização, no portal da SIEMENS, em:
https://youtu.be/k6FIqLazU2MEx
pl
or
O processo de codificação gera os dados de amostra do sinal analógico. O pro-
cesso de descodificação regenera uma aproximação do sinal original por ajuste de 
uma curva suave para os pontos amostrados. A qualidade do sinal regenerado pode 
ser melhorada pelo aumento da taxa de amostragem (isto é, a redução do intervalo 
de amostragem), mas até um limite ditado pelo teorema de Nyquist. Esse limite é 
exercido por uma técnica de digitalização popular chamado Pulse Code Modulation 
(PCM), que usa uma taxa de amostragem de duas vezes maior que a frequência de 
sinal original. Por exemplo, um sinal de voz de 4 kHz é amostrado a uma taxa de 
8000 amostras por segundo.
A principal vantagem da digitalização é que, devido à sua resistência à distorção, 
é muito mais fácil para transmitir de forma confiável um sinal digital a uma grande 
distância do que um sinal analógico.
17
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
t
v
valor da amostra
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0
2,1
2,0 1,9
4,2
2,8
1,0
Figura 5 – Amostragem de um Sinal Analógico
Sincronização
Quando dois dispositivos estão prestes a se comunicar, o transmissor deve de 
alguma forma notificar o receptor quanto ao momento de esperar para receber 
dados. Isso permite que o receptor se prepare para receber os dados. Além disso, 
essas notificações devem ocorrer com frequência suficiente para que ambos os dis-
positivos mantenham um acordo sobre a distribuição exata dos dados ao longo do 
tempo. Esse processo é chamado de sincronização.
Existem dois métodos básicos de sincronização: transmissão síncrona e trans-
missão assíncrona. Na transmissão síncrona, um sinal de relógio é usado como 
uma fonte de referência por ambos, o transmissor e o receptor. Amarrando o sinal 
de dados com o sinal de relógio, ou dispositivo, pode olhar para o sinal do relógio 
para saber onde bits de dados podem começar ou terminar (HEKMAT, 2005).
O sinal de relógio pode ser fornecido numa linha separada, ou ser integrado 
no sinal de dados em si. Ter uma linha de clock separada aumenta os custos, ele 
só é usado para cobrir distâncias muito curtas (por exemplo, para ligar computa-
dores pessoais).
Figura 6 – Métodos de Sincronização
Fonte: HEKMAT, 2005
18
19
Na transmissão assíncrona, o início e o final de cada byte de dados são marcados 
pelo start e stop bits. Isso permite que o receptor possa trabalhar os limites de byte. 
Devido à sua simplicidade, transmissão assíncrona é mais barato para implementar 
e é, portanto, mais amplamente utilizado (HEKMAT, 2005).
Direção de Transmissão
A transmissão de dados, seja analógica ou digital, pode também ser caracterizada 
pela direção em que os sinais viajam ao longo dos meios físicos de comunicação, 
que podem ser Simplex, Half-Duplex e Full-Duplex. 
Simplex, Half-Duplex e Full-Duplex
Nos casos em que os sinais podem viajar em uma única direção, a transmissão é 
considerada simplex. Um exemplo de comunicação simplex é um treinador de fute-
bol gritando ordens para a sua equipe através de um megafone. Nesse exemplo, a 
voz do treinador é o sinal que viaja em uma única direção-distância do transmissor 
que seria o megafone para a equipe. A transmissão Simplex é, às vezes, chamada 
de comunicação de sentido único, ou unidirecional.
Na transmissão half-duplex, os sinais podem viajar em ambas as direções através 
do meio físico, mas apenas em um sentido único de cada vez, ou seja, se um trans-
missor enviar um dado no canal, o receptor deve aguardar o canal ficar livre para 
responder de volta. Caso o transmissor e o receptor transmitam dados ao meio 
tempo no canal, ocorrerá um fenômeno chamado de colisão. A transmissão half-
-duplex, também é conhecida como sistemas semiduplex e o mesmo deve conter 
apenas um canal de comunicação. Esse canal, por sua vez, deve ser compartilhado 
por vários hosts para trocar informações entre si. Um bom exemplo seria a comu-
nicação entre rádios PX: para se comunicarem, todos os rádios devem estar em 
uma mesma portadora; quando alguém deseja falar nesse canal compartilhado, 
é necessário que pressione o botão “talk”, que tem como função pegar para si o 
canal de comunicação; enquanto você fala, todos os demais dispositivos conecta-
dos nesse canal não transmitem, para evitarem colisões; após você terminar a sua 
transmissão e o canal ficar livre, outro dispositivo pode falar (SHIMONSKI, 2010).
De maneira similar, algumas redes podem operar com capacidade de trans-
missão half-duplex, porém, os sinais estão livres para viajar em ambas as dire-
ções através de um meio físico, simultaneamente e livre de colisões. Tal forma de 
transmissão é conhecida como full-duplex, o que pode também ser chamada de 
transmissão bidirecional ou, às vezes, simplesmente duplex. É um pouco difícil esse 
tipo de comunicação ser exemplificado de uma forma humana, mas seria como se 
duas pessoas pudessem falar ao mesmo tempo em uma ligação telefônica e ambas 
pudessem entender as informações simultaneamente.
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UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
simplex
Enviar
Enviar
Enviar
Enviar
Enviar Receber
Receber
Receber
Receber
Receber
half-duplex
full-duplex
Figura 7 – Simplex, Half-duplex e Full-duplex
Muitos dispositivos de rede, tais como modems, dispositivos intermediários de 
rede e placas de rede, permitem que você especifique através de comandos e con-
figurações se o dispositivo deve utilizar a comunicação half-duplex ou full-duplex. 
É importante saber o tipo de transmissão que uma rede suporta antes de instalar 
dispositivos de rede nela. Pois, se você configurar uma placa de rede de um compu-
tador para usar full-duplex, enquanto o resto da rede está usando half-duplex, esse 
computador não será capaz de se comunicar na rede (COELHO, 2010).
Uma opção para evitar tais problemas seria colocar as placas em auto (auto 
sense), mas isso pode causar problemas de atrasos e possíveis falhas de negociação 
entre dispositivos de rede. Como melhor prática, administradores de rede iden-
tificam o que seus dispositivos podem suportar e configuram manualmente suas 
características próprias (as configurações em auto sense deveriam ser habilitas 
somente quando o administrador não tem controle ou conhecimento de sua rede, 
por exemplo, uma área de visitantes).
Multiplexação
A multiplexação é uma técnica que faz com que seja possível enfiar um certo 
número de canais lógicos (cada um capaz de suportar uma ligação independente) 
em um mesmo canal físico ou linha. O objetivo multiplexação deveria ser óbvio: 
reduzir os custos, utilizando melhor a capacidade de uma linha. Existem três 
métodos básicos de multiplexagem; eles são descritos abaixo separadamente.
 · Space Division Multiplexing (SDM): O SDM é a forma mais simples (e 
mais grosseira) de multiplexação. Trata-se de agrupar muitos fios separados 
em um gabinete a um cabo comum. Um cabo que tem, por exemplo, 50 
pares torcidos no seu interior podem apoiar 50 canais.
20
21
a) Existe, portanto, uma correspondência de um-para-um entre os canais fí-
sicos e lógicos. SDM tem a vantagem única de não necessitar de qualquer 
equipamento de multiplexação. É normalmente combinada com outras 
técnicas de multiplexagem para melhor utilizar os canais físicos individuais.
 · Frequency Division Multiplexing (FDM): Em FDM, a largura de banda 
da linha de frequência é dividida num número de divisórias, cada uma das 
quais é utilizada como um canal lógico separado. Rádio e TV representam 
os exemplos mais antigos de FDM. Para evitarcanais vizinhos de interferir 
uma com a outra, as extremidades extremas das frequências dos canais 
não são utilizadas para proporcionar um intervalo. Por exemplo, uma 
linha que tem uma largura de banda de 30 kHz pode ser dividida em 3 
vezes 10 kHz canais, cada um dos quais consiste de 8 kHz de largura de 
banda de dados e dois intervalos de 1 kHz em ambos os lados. O FDM 
requer hardware de multiplexagem / desmultiplexagem especial (MUX) 
em cada extremidade da linha.
 · Time Division Multiplexing (TDM): Em TDM, cada canal lógico é 
alocado um espaço de tempo para transmitir através de um canal físico 
partilhado. Por exemplo, cada canal lógico pode ser determinado um 
intervalo de tempo de 5 milissegundos para transmitir, tempo durante o 
qual terá toda a largura de banda da linha de si. Como o FDM, o TDM 
exige hardware de multiplexagem / desmultiplexagem especial (MUX) em 
cada extremidade da linha. Uma vez que os canais estão distribuídos ao 
longo do tempo, também é necessário algum meio de sincronização inicial. 
Basicamente, a fi m de recepção precisa saber qual slot de tempo pertence 
ao primeiro canal quando a conexão for estabelecida, e pode trabalhar 
tudo o mais a partir deste ponto de referência.
Relações entre Nós de Rede
Até agora você aprendeu cerca de duas características importantes de transmissão 
de dados: o tipo de sinalização (analógico ou digital) e a direção em que o sinal viaja 
(simplex, half-duplex, full-duplex ou multiplex). Outra característica importante é 
o número de emissores e receptores, assim como a relação entre eles em uma 
rede. Em geral, em comunicação de dados, pode haver um único transmissor com 
um ou mais receptores, múltiplos transmissores ou com um ou mais receptores. 
O restante dessa seção apresenta as relações mais comuns entre transmissores e 
receptores (PINHEIRO, 2015).
Quando uma transmissão de dados envolve apenas um transmissor e um 
receptor, é considerada uma transmissão de ponto-a-ponto (P2P). Um prédio de 
escritórios em São Paulo troca de dados com outro prédio de escritório no Rio de 
Janeiro através de uma conexão WAN, esse tipo de conexão poderia servir como 
exemplo de uma transmissão ponto-a-ponto. Nesse caso, o remetente transmite 
apenas dados que se destina a ser utilizado por um receptor específico.
21
UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
Por outro lado, uma transmissão que envolve um transmissor e vários recepto-
res, como, por exemplo, uma estação de TV, indiscriminadamente pode transmitir 
um sinal de sua torre principal para milhares de casas equipadas com antenas de 
TV. Essa forma de transmissão é conhecida como transmissão broadcast, ou trans-
missão de difusão. Esse tipo de transmissão envia dados para todos os receptores 
dentro dessa rede, sem levar em conta se o receptor irá usá-lo. A transmissão em 
broadcast são frequentemente utilizadas em redes, porque são simples e rápidas. 
Elas utilizam um tipo de endereço para identificar determinados nós. Mesmo que 
cada nó seja capaz de receber os dados transmitidos na rede, apenas o nó de des-
tino vai realmente processá-lo, os outros que receberam tal informação e não são 
destinatários irão excluir esse dado (dropar).
Outro exemplo de transmissão de difusão de rede é o envio de sinais de vídeo 
para vários espectadores em uma rede em específico. Quando usado na Web, este 
tipo de transmissão de difusão é chamada de Webcasting em redes LANs e WANs 
de Multicast.
Vazão e Largura de Banda
A característica de transmissão de dados mais frequentemente discutido e ana-
lisado por profissionais de rede é rendimento. A vazão de dados (throughput) é a 
medida de quanto os dados são transmitidos durante um determinado período de 
tempo. Ele também pode ser chamado de capacidade ou largura de banda (embora, 
largura de banda seja tecnicamente diferente de rendimento, pois é a capacidade 
total que um meio pode suportar, enquanto o rendimento é uma medida mais real). 
O rendimento é habitualmente expresso como uma quantidade de bits transmiti-
dos por segundo, com prefixos utilizados para designar diferentes quantidades de 
rendimento. Por exemplo, o prefixo “quilo” combinado com a palavra “bit” (como 
em “quilobits”) indica 1000 bits por segundo. Em vez de falar de uma taxa de trans-
ferência de 1000 bits por segundo, você normalmente diz que o rendimento foi 
de 1 kilobit por segundo (1 Kbps). Na próxima tabela, podemos ver terminologia, 
abreviaturas e diferentes quantidades de rendimento (PINHEIRO, 2015).
Quadro 1 – Valores de Unidade de Bit
Unidade Valor Binário Valor Bytes
Bit 0 ou 1 NÃO TEM 
Kilobyte 210 1.024
Megabyte 220 1.048.576
Gigabyte 230 1.073.741.824
Terabyte 240 1.099.511.627.776
Petabyte 250 1.125.899.906.843.624
Exabyte 260 1.152.921.504.606.846.976
Zetabyte 270 1.180.591.620.717.411.303.424
Yotobyte 280 1.208.925.819.614.629.174.706.176
22
23
Como um exemplo: um modem típico que pode conectar um PC em casa à 
Internet através de um ISP poderia ter uma vazão de 56.6 Kbps; já as LANs, signi-
ficamente muito mais rápidas, podem transportar até 100 Gbps de dados, porém, 
o mais comum encontrado, em função ainda do bom custo da tecnologia, varia 
entre 100 Mbps a 10 Gbps.
Muitas vezes, o termo “largura de banda” é usado como sinônimo de rendi-
mento, e, na verdade, largura de banda e throughput são conceitos semelhantes. 
Porém, estritamente discutindo, a largura de banda é uma medida da diferença en-
tre as frequências mais altas e mais baixas que um meio pode transmitir. Essa gama 
de frequências, que é expressa em Hz, está diretamente relacionada com a vazão, 
que é uma medida real. Então, para nós profissionais de rede, é mais comum se 
falar de vazão de dados – do inglês, throughput –, pois o mais importante é saber 
quantos bits estão passando por aquele meio em um segundo.
Banda Base e Banda Larga
A banda base (baseband) é uma forma na qual a transmissão (tipicamente) de 
sinais digitais são enviados por meio de impulsos de corrente contínua (DC) apli-
cada ao meio. Essa corrente contínua requer uso exclusivo da capacidade do cabo 
utilizado e, como resultado, os sistemas de banda de base podem transmitir apenas 
um sinal, ou um canal, de cada vez. Quando um nó está transmitindo dados em 
um sistema de banda base, todos os outros nós na rede devem aguardar que a 
transmissão ao fim antes que eles possam enviar dados (em um sistema de meio 
compartilhado). A transmissão de banda base suporta half-duplex, o que significa 
que os computadores podem enviar e receber informações sobre o mesmo com-
primento do meio. Porém, com a evolução tecnológica, a baseband também pode 
suportar full-duplex, o que permite que os dados sejam transferidos simultaneamen-
te em sentidos opostos, livre de colisões (PINHEIRO, 2015).
As redes locais Ethernet são um exemplo de um sistema de banda base. Nessas 
redes, cada dispositivo pode transmitir sobre o meio, mas apenas um dispositivo de 
cada vez (dependendo do duplex utilizado). Por exemplo, se você quiser salvar um 
arquivo para o servidor, o NIC envia o seu pedido para usar o meio; se nenhum ou-
tro dispositivo está usando o meio para transmitir dados no momento, sua estação 
de trabalho pode ir em frente e transmitir a informação. Se o meio estiver em uso, 
a sua estação de trabalho deve esperar e tentar novamente mais tarde, quando o 
meio ficar livre. Esse processo acontece tão rapidamente que nós, seres humanos, 
nem percebemos a espera (milésimos de segundo).
A banda larga (broadband) é uma forma de transmissão no qual os sinais são 
modulados como ondas de radiofrequência (RF) analógicas que utilizam diferentes 
gamas de frequências. Como exemplo, podemos citar as transmissões de banda 
larga utilizadas em tecnologias de TV a cabo (cable modem) que interligam seu 
computador através do meio de transmissão de TV. Esses sistemas podem transmi-
tir pelo menos 25 mais vezes dados diferentes do que um sistema de banda típica, 
pois possui diferentes canais com diferentesfrequências, cada uma com um tipo 
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UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
de programação e função. Em sistemas de banda larga tradicionais, geralmente os 
sinais viajam na direção do usuário, como no caso dos canais de TV. Para permitir 
que os usuários possam enviar dados no sentido oposto, geralmente é separado 
um canal com essa função A transmissão de banda larga é geralmente mais cara 
do que a transmissão de banda clássica por causa do hardware extra envolvido. Por 
outro lado, sistemas de banda larga podem se estender por distâncias bem maiores 
do que baseband (PINHEIRO, 2015).
Serviços de Banda Larga, no portal do Olhar Digital, no endereço URL: 
https://youtu.be/yZ4zteWP7lUEx
pl
or
Falhas de Transmissão
Em sistemas de transmissão mais comuns, geralmente utilizamos os meios físicos 
metálicos e estes, por sua vez, trazem alguns problemas de falhas de transmissão 
(não que os meio ópticos não tragam). Vamos conhecer alguns desses problemas:
Ruído
O ruído é qualquer influência indesejável que pode degradar ou distorcer um 
sinal. Muitos tipos diferentes de ruído podem afetar a transmissão. Uma fonte co-
mum de ruído é EMI (Interferência Eletromagnética), ou ondas que emanam a par-
tir de dispositivos elétricos ou cabos que transportam eletricidade. Motores, linhas 
de energia, televisores, copiadoras, luzes fluorescentes, máquinas de fabricação e 
outras fontes de atividade elétrica (incluindo uma forte tempestade) podem causar a 
EMI. Um tipo de EMI é o RFI (Interferência de áudio), ou a interferência eletromag-
nética provocada por ondas de rádio. (Muitas vezes, você verá EMI referida como 
EMI/RFI.). Sinais de transmissão fortes de torres de rádio ou TV podem também 
gerar RFI. Esses tipos de ruído afetam sinais analógicos, essa distorção pode re-
sultar na transmissão incorreta de dados, como se estática impedisse de ouvir uma 
transmissão de uma estação de rádio.
No entanto, esse tipo de ruído afeta bem menos os sinais digitais. Como os si-
nais digitais não dependem de diferenças de amplitude ou de frequência sutis para 
transmitir informações, eles estão mais aptos a serem legíveis, apesar das distor-
ções causadas por ruído EMI. Porém, isso não elimina a nossa preocupação com 
esse tipo de ruído.
Outra forma de ruído que impede a transmissão de dados é crosstalk, ele ocorre 
quando um sinal, viajando sobre um meio, viola no sinal viajando ao longo de um 
meio adjacente. Se você já ouviu ao telefone uma conversa na sua segunda linha 
ao fundo, então você já ouviu falar dos efeitos de crosstalk. Nesse exemplo, a cor-
rente que transporta um sinal no meio da segunda linha impõe-se sobre o meio de 
transporte de sinal da linha utilizada. O ruído resultante, ou interferência, é igual 
24
25
a uma perda de dados, o que pode impedir a entrega correta das informações em 
uma linha de transmissão (SHIMONSKI, 2010).
Atenuação
Outra falha de transmissão é a atenuação ou a perda da força de um sinal en-
quanto viaja ao longe de sua fonte. Para compensar a atenuação, os sinais analó-
gicos e os digitais estão em rota, de forma que podem ir mais longe. No entanto, 
a tecnologia usada para reforçar um sinal analógico é diferente do que é utilizado 
para reforçar um sinal digital. Os sinais analógicos podem passar através de um 
amplificador, um dispositivo eletrônico que aumenta a tensão, ou resistência, dos 
sinais. Quando um sinal analógico é amplificado, o ruído que se acumulou tam-
bém é amplificado. Essa amplificação indiscriminada faz com que o sinal analógico 
possa piorar progressivamente. Depois de várias amplificações, um sinal analógico 
pode se tornar difícil para decifrar.
Enquanto os sinais digitais são repetidos, eles estão realmente retransmitidos 
em sua forma original sem o ruído que possa ter acumulado anteriormente. Esse 
processo é conhecido como regeneração de sinal. Um dispositivo que regenera um 
sinal digital permitindo que o sinal possa alcançar dados mais distantes é chamado 
de repetidor.
Amplificadores e repetidores pertencem à camada física do modelo OSI. Ambos 
são usados para prolongar a duração do sinal em uma rede e, por consequência, 
atingir distâncias maiores. É claro que, por causa das propriedades físicas de cada 
canal, existem regras de utilização desses dispositivos, com o intuito de poderem 
transmitir com uma qualidade mínima.
Latência
No mundo real, cada rede é submetida a um atraso entre a transmissão de um 
sinal e seu eventual recebimento. Por exemplo, quando você pressiona uma tecla 
no seu computador para salvar um arquivo em um disco de um servidor na rede, 
os dados do arquivo devem viajar através de sua NIC, o meio de rede, um ou mais 
dispositivos de conectividade, mais cabeamento, até chegar à NIC do servidor an-
tes de ele ser armazenado no disco rígido do servidor. Embora os elétrons possam 
viajar rapidamente, esses saltos entre a NIC origem e a NIC destino no servidor 
causam atrasos, os quais são chamados de latência. Ou seja, a latência é a medida 
em tempo que um dado sai de um dispositivo de origem até a sua chegada a um 
dispositivo de destino (SHIMONSKI, 2010).
O comprimento do cabo envolvido afeta latência, assim como a existência de 
qualquer dispositivo de ligação no trajeto do dado (tal como um roteador), dispositi-
vos diferentes afetam a latência em diferentes graus. Por exemplo, os modems, que 
devem modular os sinais de entrada e saída, aumentam a latência de uma conexão 
muito mais do que hubs, que simplesmente repetem um sinal.
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UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
Para restringir a latência e evitar os seus erros associados, cada tipo de meio 
físico é classificado por um número máximo de segmentos de rede conectados e 
cada método de transmissão é atribuído a um comprimento máximo do segmento. 
Por exemplo, em um cabo ethernet (conhecido como cabo UTP – Par trançado 
não lindado), a distância máxima ponto a ponto sem a utilização de um repetidor 
é de 100 metros.
Características Comuns dos Meios
Agora que você está familiarizado com variações na sinalização de dados, está 
pronto(a) para aprender mais sobre os caminhos físicos e atmosféricos que esses 
sinais atravessam. Ao decidir que tipo de meios de transmissão devem utilizar, você 
deve combinar em sua rede necessidades com as características da mídia utilizada. 
Vamos, então, descrever as características de todos os tipos de mídia, incluindo 
rendimento, custo, confiabilidade, cobertura e escalabilidade.
 · Taxa de Transferência: Talvez o fator mais importante na escolha de um 
método de transmissão é o seu rendimento. Todos os meios são limitados 
pelas leis da física que impedem sinais de viajar mais rápido que a velocidade 
da luz. Além disso, o rendimento é limitado pelas técnicas de sinalização 
e de multiplexagem ou multiplexação utilizados num determinado método 
de transmissão. Métodos de transmissão, através de cabos de fibra óptica, 
atingem uma produção mais rápida do que os que utilizam os cabos de 
cobre ou ligações sem fios (wireless). Os ruídos e dispositivos ligados ao 
meio de transmissão podem limitar ainda mais o rendimento, como vimos 
anteriormente.
 · Custo: Dois tipos de custos são relevantes: (i) o custo de instalação do meio, 
incluindo o equipamento específico do meio que pode ser necessário, e (ii) 
o custo de funcionamento e manutenção do meio e do seu equipamento. 
Geralmente, há uma necessidade de equilíbrio entre custo, largura de 
banda e distância.
 · Confiabilidade: Alguns meios de comunicação, pela sua natureza física, 
podem transmitir dados de forma mais confiável do que outros. Baixa 
confiabilidade se traduz em um maior número de erros, o que precisa ser 
equilibrado com o custo potencial de recuperação dos erros (por exemplo, 
retransmissão, hardware e software mais complexos).
 · Cobertura: As características físicas de um meio de ditar quanto tempo 
um sinal pode viajar nele antes de ser distorcida irreconhecível. Para cobrir 
áreas maiores,repetidores são necessários para restaurar o sinal, e isso 
aumenta os custos. O termo escalabilidade é associado ao quanto a rede 
pode crescer, ou seja, se uma rede é escalável, certamente ela possui 
características próprias de meios, dispositivos e até mesmo de layout que 
permitem que ela possa crescer ordenadamente, podendo incluir mais 
clientes em sua infraestrutura.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Communication Networks
HEKMAT, S. Communication Networks. EUA: Pragsoft Corporation, 2005.
Cabeamento de Rede
SHIMONSKI, R. J.; STEINER, R.; SHEEDY, S. Cabeamento de Rede. São Paulo: 
LTC, 2010.
Guia Completo de Cabeamento de Redes
PINHEIRO, J. M. Guia Completo de Cabeamento de Redes. 2ª ed. São Paulo: 
Elsevier, 2015.
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UNIDADE Noções Básicas de Transmissão e Meios Físicos de Rede
Referências
COELHO, P. E. Projetos de Redes Locais Com Cabeamento Estruturado. Belo 
Horizonte: Instituto Online, 2003. 
FILHO, E. C. L. Fundamentos de Redes e Cabeamento Estruturado, São Paulo: 
Pearson, 2015. 
PINHEIRO, J. M. Guia Completo de Cabeamento de Redes. 2. ed. São Paulo: 
Elsevier, 2015.
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Outros materiais