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Introducao a Biosseguranca

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Introducao a Biosseguranca
↪ Não se restringe aos laboratórios.
↪ É uma área extremamente abrangente, transcende as paredes dos laboratórios, pois ela é pela natureza das suas ações interdisciplinar e envolve conceitos na área da saúde, sanitária, biotecnológica, epidemiológica e etc.
● O que é biossegurança?
↪ Conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o ambiente.
● Risco: para avaliar o risco deve-se considerar a identificação do agente biológico e a probabilidade de dano que ele venha causar, mas só isso não é o suficiente. Diante da complexidade do processo de avaliação de risco para o trabalho com os agentes biológicos, deve ser considerado vários critérios, não só o agente em si.
● Devemos considerar:
→ Virulência do agente biológico (taxa de fatalidade do agravo causado pelo agente patogênico, que pode vir a causar morte ou incapacidade a longo prazo).
→ Modo de transmissão (é de fundamental importância para a aplicação de medidas que visem conter a disseminação de doenças, pois cada uma terá uma forma diferente de controle).
→ Estabilidade do agente biológico (capacidade de sobrevivência no meio ambiente).
→ Concentração do agente biológico (maior concentração = maior o risco)
→ Origem do agente biológico (do hospedeiro e a localização geográfica do qual provém).
→ Disponibilidade de tratamento eficaz contra o agente biológico (disponibilidade de compostos imunoprofiláticos eficazes).
→ Dose infectante do agente biológico (aponta n o risco do agente patogênico a ser manipulado).
→ Fatores referentes às pessoas que terão contato com o agente biológico (idade, sexo, fatores genéticos, gravidez, etc.).
● Classificação de risco:
↪ Classe de risco 1 : baixo risco individual e para a coletividade (micro-organismos que potencialmente não provocam doenças no homem e em animais). Ex: Lactobacillus sp. 
↪ Classe de risco 2 : moderado risco individual e limitado risco para a sociedade (germes patogênicos capaz de desenvolver doenças grave no homem e na comunidade. A exposição pode provocar infecção grave de indivíduo a outro e contaminar o meio ambiente. Existem tratamentos e medidas profiláticas eficaz). Ex: Schistosoma mansoni.
↪ Classe de risco 3 : alto risco individual e moderado risco para a comunidade (inclui os agentes biológicos que têm capacidade de transmissão por via respiratória e causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem, usualmente, medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa para pessoa.). Ex: Bacillus anthracis.
↪ Classe de risco 4 : alto risco individual e para a comunidade (inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Essa classe inclui, principalmente, os vírus). Ex: Ebola.
↪ Classe de risco especial: alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente (inclui agentes biológicos de doença animal não existente no país e que, embora não seja obrigatoriamente patógeno de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos). Ex: Achantina fulica..
● Níveis de biossegurança: 
↪ NB-1: Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 1), que, normalmente, não causam doenças em seres humanos ou em animais de laboratório. 
→ Trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não provocarem doenças.
→ Trabalho em bancadas abertas.
→ O laboratório não fica separado das demais dependências do edifício.
→ É necessário o uso de EPIs (equipamento de proteção individual): jaleco, óculos e luvas.
↪ NB-2: Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 2) que sejam capazes de causar doenças em seres humanos ou em animais de laboratório, sem apresentar risco grave aos trabalhadores, à comunidade ou ao ambiente. Trata-se de agentes não transmissíveis pelo ar. Há tratamento efetivo e medidas preventivas disponíveis, dessa forma, o risco de contaminação é pequeno. Especificações estabelecidas para o NB-1 e mais:
→ Fazer uso de autoclave.
→ Trabalhar em cabine de segurança biológica.
→ Restringir o acesso ao laboratório, pois este deve ser limitado durante os procedimentos operacionais.
→ Usar proteção facial, aventais e luvas.
↪ NB-3: Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 3) que geralmente causam doenças em seres humanos, ou em animais, e podem representar risco se forem disseminados na comunidade, mas usualmente, existem medidas de tratamento e prevenção:
→ É necessário que haja contenção para impedir a transmissão pelo ar.
→ Toda manipulação deverá ser realizada em cabine de segurança.
→ Todos os resíduos e outros materiais devem ser descontaminados ou autoclavados antes de sair do laboratório.
→ O acesso ao espaço é controlado..
→ É importante ter sistema de ventilação.
↪ NB-4: Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 4) que causam doenças graves ou letais para seres humanos e animais, que são de fácil transmissão por contato individual. Não existem medidas preventivas e de tratamento para esses agentes:
→ Deve haver nível máximo de segurança.
→ A instalação precisa ser construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada.
→ Ter cabines de segurança biológica ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo;
→ Controlar, de forma rigorosa o acesso ao local;
● Elementos de contenção:
↪ O objetivo da contenção no ambiente laboratorial é reduzir ou eliminar a exposição da equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes potencialmente perigosos.
↪ Contenção Primária: A contenção primária é proporcionada por técnicas de biossegurança, nas quais os indivíduos necessitam receber treinamento em relação a elas. Cada unidade do estabelecimento deve desenvolver seu próprio manual de biossegurança, identificando os riscos e os procedimentos operacionais de trabalho, o qual deverá ficar à disposição de todos os usuários do local.
↪ As boas práticas laboratoriais constituem um conjunto de normas, procedimentos e atitudes de segurança, as quais visam a minimizar os acidentes que envolvem as atividades desempenhadas pelos laboratoristas, bem como incrementam a produtividade, asseguram a melhoria da qualidade dos serviços desenvolvidos nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia e, ainda, ajudam a manter o ambiente seguro.
↪ Os equipamentos de segurança também são considerados como barreiras primárias de contenção e, juntamente com as boas práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e dos próprios laboratórios, sendo classificados como EPI e EPC.
↪ EPI é todo o dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A sua regulamentação está descrita na Norma Regulamentadora n° 06 (NR-06) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O EPC, por sua vez, é todo o dispositivo que proporciona proteção a todos os profissionais expostos a riscos no ambiente laboratorial.
↪ Contenção Secundária: diz respeito ao planejamento e à construção das instalações do laboratório, de forma a contribuir para a proteção da equipe de trabalho, das pessoas que se encontram fora do laboratório, da comunidade e do meio ambiente contra agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente do laboratório. As barreiras secundárias incluem, tanto o projeto, como a construção das instalações e da infraestrutura do laboratório. Essas características do projeto incluem:
→ Sistema de ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar condicionado;
→ Sistemasde tratamento de ar para a descontaminação ou a remoção do ar liberado;
→ Zonas de acesso controlado;
→ Câmaras pressurizadas com entradas separadas para o laboratório ou módulos para isolamento do laboratório.

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