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QUESTÕES VIDA DE FREUD E HISTERIA

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TEORIAS PSICOLÓGICAS II - PSICANÁLISE 2020.1 
 
Questão 01: “A vida de Sigmund Freud foi um evento que marcou a história da 
humanidade. Ele descobriu que o homem é regido por forças que escapam à consciência, 
algo de que o ser humano tanto se gaba para diferenciar seu gênero de todas as espécies 
animais e que, no entanto, é a penas a ponta do iceberg chamado inconsciente.” (Marco 
Antônio Coutinho Jorge e Nádia Paulo Freire, Freud, criador da Psicanálise, 2002) 
 
Realize um texto relacionando a história de vida de Freud com às configurações sociais de 
sua época e à gênese da Psicanálise. Para esse empreendimento considere sua 
experiência com Charcot, o vínculo com Breuer, os sonhos, o inconsciente, a histeria e a 
sexualidade. (5,0) (máximo de 40 linhas) 
Resposta: 
Sigmund Freud nasceu em 1856 em Freiberg (Morávia) e logo foi morar em Viena 
com sua família judia. Formou-se em medicina pela Universidade de Viena. Durante o 
período que permaneceu na universidade se dedicou ao estudo laboratorial, onde 
conheceu Brucker. Por necessidade financeira, resolveu abandonar o mundo da pesquisa e 
foi trabalhar em clínica geral no Hospital Geral de Viena. Insatisfeito, mudou para o setor da 
psiquiatria. 
Recebeu uma bolsa para estudar em Paris, onde conheceu Charcot, o qual 
pesquisava a histeria e entendia que a mesma não era uma simulação, ligando-a a um 
trauma da vida da pessoa. Por ele influenciado, Freud passou a ter interesse em tratar 
pessoas histéricas. A hipnose praticada por Charcot fazia com que seus pacientes 
rememorassem lembranças do inconsciente e os sintomas despareciam; contudo, 
retornavam quando o efeito hipnótico passava. 
Freud retorna a Viena e revê Breuer, que fala do caso de Ana O. Aquele se utilizava 
da hipnose para fazer a paciente reviver em suas memórias cenas que estavam 
esquecidas e isso provocava a AB-REAÇÃO, uma descarga afetiva por liberação de 
sentimentos ligados as recordações traumáticas, denominando esse método de catártico. 
Acreditava que determinado fato vivenciado pelo paciente é munido de emoções que não 
foram manifestadas em determinado momento, surgindo assim o trauma e 
 
 
consequentemente o mau psíquico, que levava a histeria. Com a finalidade de tirar o 
paciente desse sofrimento psíquico utilizava a hipnose, sugestionando o que pudesse ser 
falado e revivido. Breuer e Freud publicaram artigos, dentre eles “Os Estudos sobre a 
Histeria”. 
Posteriormente, Freud desenvolveu sua técnica da livre associação, na qual, sem a 
hipnose, o paciente expressava qualquer tipo de pensamento ou sentimento sem 
autocensura. Percebeu que o conteúdo presente no inconsciente luta para se expressar, 
enfrentando uma resistência para emergir, pois era lá que estava a causa de todo 
sofrimento psíquico e isso deveria ser revivido e trabalhado para que o paciente pudesse 
se ver munido de uma maior tolerância. Para Freud uma das mais presentes fontes dessa 
resistência estava na natureza sexual desses pensamentos e sentimentos. Foi cada vez 
mais se aproximando da questão da sexualidade, que não se reduz a definida na 
sexologia, falava também da infantil, que tem ligação com a sensação de prazer e 
desprazer (ex. amamentação). Esse pensamento era bastante evoluído para época e fez 
com que vários pesquisadores dele se afastassem. Freud também percebeu que havia algo 
informativo nos sonhos, que eram realizações de desejos recalcados no inconsciente e que 
buscavam acessar a consciência de forma mascarada, pois causariam muito sofrimento se 
aparecessem diretamente. Esse estudo o levou a publicar o livro “A Interpretação dos 
Sonhos”. 
A busca pelo entendimento do inconsciente, o método da associação livre e o estudo 
dos sonhos desenvolvidos por Freud formaram as bases da Psicanálise. 
 
 
 
 
Questão 02: “Há algum tempo notamos que toda neurose tem a consequência, e 
provavelmente a tendência, portanto, de retirar o doente da vida real, de afastá-lo da 
realidade.” (Freud, Formulações sobre os dois princípios do funcionamento psíquico, 1911) 
 
Freud percebeu a perda da realidade como um processo de defesa do aparelho psíquico. 
Deste modo, o Princípio de Prazer e o Princípio de Realidade se articulam intimamente ao 
desenvolvimento do psiquismo no ser humano, a partir da complexificação dos sistemas 
 
 
inconsciente e consciente. Explique como todo esse processo ocorre para a teoria 
psicanalítica ilustrando com exemplos do cotidiano ou apontados nos textos de referência. 
(5,0) (máximo de 35 linhas) 
Resposta: 
Para Freud, os processos psíquicos são os mais antigos e primários como uma espécie de 
“ponto de partida” e os princípios do nosso inconsciente ocorrem a partir de um princípio 
regulador conhecido como o Princípio do Prazer (ou prazer e desprazer) e Princípio de 
Realidade. 
Nós buscamos o prazer e evitamos o desprazer o tempo todo em nossas vidas visando 
reduzir a tensão, ou seja, o nosso inconsciente tenta se manter equilibrado nessa luta 
incessante de prazer e desprazer, passando pelas mudanças que levam do autoerotismo 
até o amor objetal passando pelas fases que permeiam esse processo. Quando algo 
extrapola essa tensão é nesse momento que o psiquismo não consegue mais se realizar 
nele e então se abre para a realidade gerando então conseqüências para que o sujeito 
consiga suportar essa realidade. 
Dentre essas conseqüências existe a predisposição da neurose. Essa “marcação” pode 
ocorrer no momento em que algo se inibe ou trava no caminho do desenvolvimento do ego 
e do alvo da pulsão ...é o afastamento da pessoa da realidade, o afastamento do EU. 
No texto (Freud, Formulações sobre os dois princípios do funcionamento psíquico, 1911), 
Freud usa como exemplo o caso de um sonho recorrente que um homem tinha meses após 
a morte de seu pai. O mesmo cuidou do pai por um longo período devido ao acometimento 
de uma doença fatal e após a morte do pai recorrentemente ele sonhava que o pai vivia 
novamente e falava com ele normalmente assim como era antes e ao mesmo tempo ele 
sofria por saber que o pai já havia morrido e não sabia... A interpretação sugerida foi que 
para ele essa era uma lembrança dolorida por ter tido que desejar a morte do pai enquanto 
ele ainda vivia e como seria terrível se ele tivesse suspeitado disso (autorrecriminação -
significação infantil do desejo de morte relativo ao pai). 
 
Um exemplo de neurose do tipo fóbica pode ser encontrado, por exemplo, no sujeito que 
tem pavor a borboletas. O sujeito vive um conflito interno a ponto de não controlar suas 
reações mediante o objeto de seu medo, se sente embaraçado, pois sabe que aquela 
 
 
situação não representa ameaça, mas não consegue controlar o medo mesmo que 
externamente ele esteja consciente de que aquele objeto do medo não é compatível com a 
realidade.

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