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1 PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL São José – SC, 2019. 2 Prefeitura Municipal Prefeita Adeliana Dal Pont Vice – Prefeito Neri Amaral Secretarias Responsáveis: Secretaria de Educação Lilian Sandin Boeing Secretaria de Saúde Sinara Regina Simioni Secretaria de Assistência Social Rose Bartucheski Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação Waldemar Bornhausen Neto Secretaria da Casa Civil Lédio Coelho 3 LISTA DE SIGLAS ACS - Agente Comunitário de Saúde AF - Assistência Farmacêutica AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AIH - Autorização de Internação Hospitalar AME - Aleitamento Materno Exclusivo ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária APAC - Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade APS - Atenção Primária de Saúde CA - Câncer CadÚnico - Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal CAE - Conselho de Alimentação Escolar CAISAN - Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional CAPS - Centro de Atenção Psicossocial CAPS AD - Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas CAPS i - Centro de Atenção Psicossocial Infantil Centro POP - Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua CEO - Centro de Especialidades Odontológicas CIB - Comissão Intergestores Bipartite CID – Classificação Internacional de Doenças CIES - Comissão de Integração de Ensino e Serviço CMG - Coeficiente de Mortalidade Geral CMI - Coeficiente de Mortalidade Infantil CMS - Conselho Municipal de Saúde CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CNS – Conselho Nacional de Saúde CS - Centro de Saúde CRAS - Centro de Referência de Assistência Social CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social CFN - Conselho Federal de Nutrição CONSEA - Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional CMAS - Conselho Municipal de Assistência Social 4 CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMI - Conselho Municipal do Idoso CMPD - Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência COMDIM - Conselho Municipal dos Direitos da Mulher COMAD - Conselho Municipal Anti Drogas CPCE - Comissão de Presidentes de Conselhos Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social DHAA - Direito Humano à Alimentação Adequada DANT - Doença e Agravo Não Transmissível DIU - Dispositivo Intra Uterino DM - Diabete Mellitus DO - Declaração de Óbito DS - Distritos Sanitários DST - Doença Sexualmente Transmissível DST/AIDS – Doenças sexualmente transmissíveis e AIDS EAN - Educação Alimentar e Nutricional EB - Esquema Básico EC - Emenda Constitucional ESB - Equipe de Saúde Bucal FNDE - Fundo Nacional Desenvolvimento Econômico FNS - Fundo Nacional de Saúde FUNASA - Fundação Nacional de Saúde HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana IAM - Infarto Agudo do Miocárdio IDH - Índice de Desenvolvimento Humano IDHM -Índice de Desenvolvimento Humano Médio IE - Instituições de Ensino IRA - Infecção Respiratória Aguda IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada LACEN - Laboratório Central de Saúde Pública LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA - Lei Orçamentária Anual 5 LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social MDS - Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome MAC –Média e Alta Complexidade MP – Ministério Público MS - Ministério da Saúde NEP - Núcleo de Educação Permanente NOAS -Norma Operacional da Assistência à Saúde NOB - Norma Operacional Básica NOB/RH - Norma Operacional Básica de Recursos Humanos ONG - Organização Não Governamental OMS - Organização Mundial da Saúde PAS - Programação Anual de Saúde PCD – Pessoas com Deficiência PCDT - Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas PIB - Produto Interno Bruto PMS - Plano Municipal de Saúde PNEP - Política Nacional de Educação Permanente PNAB - Política Nacional de Atenção Básica PNH - Política Nacional de Humanização PPI - Programação Pactuada Integrada PSF - Programa de Saúde da Família PTS - Planos Terapêuticos Singulares PAA - Programa de Aquisição de Alimentos PBF - Programa Bolsa Família PLANSAN - Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAS - Política Nacional de Assistência Social PNSAN - Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPA - Plano Plurianual PPP - Projeto Politico Pedagógico PAIF - Programa de Atenção Integral à Família PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar RAP - Rede de Atenção Primária 6 REMUME - Relação Municipal de Medicamentos Essenciais RENAME - Relação Nacional de Medicamentos SAD - Serviço de Atenção Domiciliar SADT - Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico SAE - Serviço de Atendimento Especializado SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência SES - Secretaria Estadual de Saúde SIAB - Sistema de Informações da Atenção Básica SICLOM - Sistema de Controle Logístico de Medicamentos SIM - Sistema de Informação Sobre Mortalidade SINAN - Sistema de Informações de Agravos de Notificação SINASC - Sistema de Notificação de Nascidos Vivos SIOPS - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde SISREG - Sistema de Regulação SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional SMED - Secretaria Municipal de Educação SMS - Secretaria Municipal de Saúde SRAG - Síndrome Respiratória Aguda Grave ST - Saúde do Trabalhador SUS - Sistema Único de Saúde SAGI - Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação SAN - Segurança Alimentar e Nutricional SISAN - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SME - Secretaria Municipal de Educação SUAS - Sistema Único de Assistência Social TB - Tuberculose TDO - Tratamento Diretamente Observado TS - Tratamento Supervisionado TSB - Técnico em Saúde Bucal UA - Unidade de Acolhimento UBS - Unidade Básica de Saúde UDM - Unidade Dispensadora de Medicamento US - Unidade de Saúde UAN - Unidade de Alimentação e Nutrição 7 VE - Vigilância Epidemiológica 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 12 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .................................................................................. 13 2.1 Aspectos geográficos ............................................................................................................... 13 2.2 Aspectos Demográficos ........................................................................................................... 14 2.3 Aspectos Sócio-Econômicos e de Infra-estrutura .................................................................... 17 2.4 Lixo .......................................................................................................................................... 20 2.5 Energia Elétrica ........................................................................................................................ 20 2.7 Resíduos Sólidos ...................................................................................................................... 23 2.8 Transportes ............................................................................................................................... 23 3. SECRETARIAS .............................................................................................................................24 3.1 Saúde ....................................................................................................................................... 24 3.1.1 Atenção Primária em Saúde .............................................................................................. 27 3.1.2 Atenção Especializada Ambulatorial ................................................................................ 29 3.2 Assistência Social .................................................................................................................... 31 3.2.1 Vulnerabilidade Social em São José ................................................................................. 34 3.3 Educação .................................................................................................................................. 38 3.3.1 Educação Infantil .............................................................................................................. 38 3.3.2 Ações, Programas E Projetos ............................................................................................ 41 3.3.3 Índice De Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB ................................................ 48 3.3.4 Setor De Educação Especial - Centro De Referência Da Educação Especial – Cree ....... 50 4. DIRETRIZES E METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ................................................................................................................................ 52 4.1 Diretriz 1 .................................................................................................................................. 52 4.1.1 Objetivo 1 ......................................................................................................................... 52 4.1.2 Objetivo 2 ........................................................................................................................ 53 4.1.3 Objetivo 3 ......................................................................................................................... 54 4.2 Diretriz 2 .................................................................................................................................. 56 4.2.1 Objetivo 1 .......................................................................................................................... 57 4.2.2 Objetivo 2 ........................................................................................................................ 58 4.2.3 Objetivo 3 .......................................................................................................................... 59 4.3 Diretriz 3 ................................................................................................................................ 60 4.3.1 Objetivo 1 ........................................................................................................................ 60 4.3.2 Objetivo 2 ....................................................................................................................... 61 9 4.3.3 Objetivo 3 ........................................................................................................................ 61 4.4 DIRETRIZ 4 ............................................................................................................................ 62 4.4.1 Objetivo 1 .......................................................................................................................... 62 4.4.2 Objetivo 2 ........................................................................................................................ 63 4.4.3 Objetivo 3 ........................................................................................................................ 64 4.4.4 Objetivo 4 ........................................................................................................................ 65 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS :.......................................................................................... 67 10 APRESENTAÇÃO A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi regulamentada pela Lei 11.346 de 2006 - Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN, “consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentável”. No Brasil dados das diferentes realidades regionais o debate e a avaliação das políticas públicas de alimentação e nutrição ganharam forte expressão nos últimos anos. O compromisso com a superação da pobreza e a garantia do acesso do à alimentação saudável com qualidade e quantidade a população, principalmente as de baixa renda, foi tema de conferencias e debates por todo o país. Em se tratando do município de São José, segundo dados do IBGE (2019), 23,8% da população recebe menos de meio salário mínimo. O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil após amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. A implantação da Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional através da regulamentação em leis específicas, integra um conjunto de ações intersetoriais municipais, que visam o fortalecimento da agricultura familiar, a produção de alimentos e o acesso à alimentação saudável, entre estes destacasse o Plano Municipal de Segurança Alimentar - PNSAN. O PNSAN que apresentamos é resultado de um trabalho intersetorial envolvendo diversas secretarias do governo municipal, que se reuniram para discutir as interfaces e as ações que poderiam compor, nesse momento esse documento. Instituída pelo Decreto 12114 de 07/08/2019 a Comissão para elaboração do Plano utilizou como uma de suas bases, o mapeamento das ações executadas e previstas pelos diferentes órgãos representantes do Poder Público, identificando suas potencialidades e possibilitando uma maior capacidade de articulação e sustentabilidade das Metas aqui estipuladas. Este foi o ponto de partida para a construção do 1º Plano Municipal de Segurança Alimentar e desde já é possível reconhecer o quanto este deve e irá expandir, tendo em vista que um plano deve acompanhar as necessidades da população, a dinamicidade do seu território e vislumbrar o futuro com qualidade de vida e sustentabilidade. A concretização das metas, além da execução das ações previstas visam garantir o direito humano à alimentação adequada, o combate à fome, à exclusão social e o estímulo a hábitos alimentares saudáveis, além da geração de renda vinculada à alimentação saudável e inclusão social, e o consumo consciente dos 11 alimentos, como o fortalecimento da agricultura familiar e o acesso a produtos orgânicos, estão aqui contemplados. Agradecemos a colaboração dos atores municipais envolvidos e contamos com engajamento de todos para efetivação deste plano. A Comissão. Claudia Campos Machado Felippe Secretaria de Educação- Presidente Carla Galego Secretaria de Saúde Daniele Moreira Secretaria de Saúde Sabrina da Silva de Souza Secretaria de Saúde Simone Cristina Vieira Machado Secretaria de Assistência Social Taís Farias de Souza Secretaria de Assistência Social 12 1 INTRODUÇÃO Com base no diagnóstico e em análise dosdesafios apontados, o presente plano vem propor a política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) a ser desenvolvida no município de São José no período de 2019- 2023. As diretrizes que nortearam a elaboração deste plano são as adotas pelo Estado de Santa Catarina que estão em consonância com o Governo Federal: Promoção do acesso à alimentação adequada e saudável com prioridade para as famílias e pessoas em insegurança alimentar e nutricional, promoção do abastecimento e estruturação de sistemas descentralizados, de base sustentável de produção, processamento e distribuição de alimentos; ampliar processos de educação alimentar e nutricional com enfoque intersetorial; promoção do acesso universal à água de qualidade para o consumo humano e produção de alimentos e consolidação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). As diretrizes foram definidas intersetorialmente com base no diagnóstico das ações e na análise dos técnicos que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) local. Por meio do compromisso do Estado brasileiro com a universalização de políticas públicas de combate à pobreza e a garantia de acesso à alimentação adequada e saudável, com ações intersetoriais, houve melhoria expressiva nas condições sociais da população brasileira, o que gerou impactos positivos na segurança alimentar e nutricional de todos. O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN) 2012/2015 busca consolidar e expandir estas conquistas. 13 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO O município de São José, localizado na Grande Florianópolis, é o quarto mais antigo de Santa Catarina e foi colonizado em 26 de outubro de 1750, por 182 casais açorianos, oriundos das Ilhas do Pico, Terceira, São Jorge, Faial, Graciosa e São Miguel. Em 1829, recebeu o primeiro núcleo de colonização alemã do Estado. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ,2017) O rápido desenvolvimento, aliado ao aumento populacional e poder econômico, fez com que, em 1º de março de 1833, através da Resolução do Presidente da Província, Feliciano Nunes Pires, São José passasse de freguesia a vila (município) e, em 3 de maio de 1856, através da lei Provincial nº 415, foi elevada à cidade. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ,2017) 2.1 Aspectos geográficos Está localizado na parte central do litoral catarinense (Figura 1) possui uma extensão territorial de 150,453 km² e está localizada nas coordenadas geográficas 27º36’55 de latitude e 48º37’39 de longitude. É banhada pelas águas das baías norte e sul de Santa Catarina e é seccionada pela BR101, rodovia de importância internacional. (IBGE CIDADES, 2017) A cidade de São José faz divisa terrestre com Florianópolis, a leste. Ao norte se limita com os municípios de Biguaçu e Antônio Carlos, e, ao sul com os municípios de Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz. A oeste se limita com o município de São Pedro de Alcântara. A conurbação urbana torna as fronteiras entre Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça quase imperceptíveis em alguns pontos. A cidade vem sofrendo um “boom” imobiliário e a verticalização fica evidente - é a nona cidade mais verticalizada do país. (WIKIPÉDIA,2017) Figura 1: Localização geográfica do munícipio de São José no contexto do Brasil e Santa Catarina, 2017. 14 Fonte: Ecoeficiência Soluções Ambientais No ano de 2007, a Lei Ordinária n. 4600/07 deu o último formato à divisão administrativa territorial, onde são constituídos três distritos: Centro Histórico, Barreiros e Sede, que permanecem até os dias de hoje, constituídos por 27 bairros. 2.2 Aspectos Demográficos Considerando os dados dos censos demográficos e contagens realizados pelo IBGE nas últimas quatro décadas, a população do Município de São José vem sofrendo pequenas variações. A partir dos levantamentos censitários, percebe-se que a população urbana do Município de São José apresenta crescimento significativo ao longo das décadas. Entre os anos de 1970, onde a população urbana era composta por 29.380 pessoas, e 2010 a população urbana cresceu 705,63%, atingindo 207.312 pessoas. Inversamente, a população rural apresenta significativo decréscimo entre os anos de 1970 e 2010, reduzindo 18,95%. (IBGE, 2017) 15 Assim, observa-se que ao longo dos anos houve acréscimo populacional expressivo nas áreas urbanas, enquanto nas áreas rurais moderado decréscimo, visualizado principalmente entre os anos de 1991 e 2000. Segundo o censo de 2010,98,81% da população vive em áreas urbanas (IBGE, 2017) Tabela 1: Evolução da população de São José entre os anos de 2011 a 2015 segundo estimativa Fonte: DATASUS Tabela 2: Demografia População estimada do ano 2016 (Fonte: TCU) 236.029 Obs.: O detalhamento apresentado abaixo tem como fonte o IBGE. População (ano 2012 ) Quantidade (QT) % Total 215.278 100,00% População do último Censo (ano 2010) QT % Branca 176.987 86,09% 16 Preta 10.782 4,57% Amarela 782 0,33% Parda 20.820 8,82% Indígena 418 0,18% Sem declaração 15 0,01% Fonte: IBGE 2000 a 2013 - Estimativas preliminares efetuadas em estudo patrocinado pela Rede Interagencial de Informações para a Saúde - Ripsa. 2014 e 2015 – Estimativas preliminares elaboradas pelo Ministério da Saúde/SVS/CGIAE. Este estudo foi realizado num esforço da Ripsa de padronizar as estimativas populacionais por município, idade e sexo, no período de 2000 a 2013. Os resultados aqui apresentados estão em processo de validação e homologação pelo Ministério da Saúde e pelo IBGE. Com relação à raça/cor, 85,87% da população se declararam da cor branca, 4,64% preta, 0,34% amarela, 8,96% parda e 0,18% indígena (CENSO 2010). Segundo estimativa para 2015, há um percentual significativo (11,46%) de pessoas acima de 60 anos, o que evidencia o envelhecimento populacional, conforme observado na pirâmide etária. (IBGE,2015) São José, tem baixa razão entre os sexos, a população é homogênea nas faixas etárias, com exceção da faixa acima de 60 anos, em que as mulheres são a maioria. Percebe-se a prevalência de habitantes na faixa etária economicamente ativa, mas a base maior que o ápice ainda aponta para o crescimento populacional. São José possui uma taxa de crescimento populacional próxima de 1,6% (IBGE, 2015) ao ano. Em 2019, conta com 246.586habitantes, estando entre os quatro municípios mais populosos do Estado de Santa Catarina. O município de São José possui maior número de mulheres do que de homens, a razão de sexo é de 95,32, ou seja, para cada grupo de 100 mulheres há 95,32 homens. O índice de envelhecimento avalia o processo de ampliação do segmento idoso da população, sendo obtido por meio da razão entre a população idosa e a população jovem. Este indicador permite observar a evolução do ritmo de envelhecimento de uma determinada população, podendo subsidiar a formulação, gestão e avaliação de políticas públicas nas áreas de saúde e de previdência social. São José possui um índice de 47,30 %. 17 Considerando os dados do último censo realizado pelo IBGE (2010) e a estimativa de 2019, a população total do município é de 246.586habitantes, resultando numa densidade demográfica de 1.568,79 habitantes/km².Este índice fica bem acima da média estadual, que é de 65,29 hab/km². A maior concentração populacional está localizada na área urbana do Município, o que decorre da maior oferta de equipamentos de infra-estrutura e serviços disponibilizados neste espaço. 2.3 Aspectos Sócio-Econômicos e de Infra-estrutura O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, foi criado por MahbudulHaq com a colaboração do economista indiano Amartya Sem, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998.(IBGE, 2010) O IDH avalia a qualidade da vida humana, considerando não apenas a dimensão econômica,através da renda, como faz o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, mas também a educação e a saúde (longevidade), (IBGE, 2010) O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, sendo que o valor 0 indica não haver nenhum desenvolvimento humano, ao passo que o valor 1 significa desenvolvimento humano máximo. Os intervalos abaixo indicam os níveis de desenvolvimento: -IDH compreendido entre 0 a 0,499: baixo desenvolvimento humano; -IDH compreendido entre 0,500 a 0,799: médio desenvolvimento humano; -IDH compreendido entre 0,800 a 1: alto desenvolvimento humano. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal(IDHM) de São José (ano 2000), é considerado "elevado" pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0.849, estando entre as 50 primeiras cidades do ranking. Considerando apenas a educação o índice é de 0.925 (muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849 - a população alfabetizada é de 189.183 pessoas. O índice da longevidade é de 0.839 (o brasileiro é 0,638); e o de renda é de 0.784 (o do país é 0,723). O PIB per capita é de 20.786,92 reais. Em 2010, a maioria da população é de ascendência açoriana, mas existem também os descendentes de alemães, poloneses e espanhóis, 176.987 se declararam brancos, 20.820 pardos e 10.782 negros. (IBGE, 2010) O IDHM de São José foi 0,809, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Muito Alto (IDHM entre 0,800 e 1). A dimensão que mais contribuiu para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,880, seguida de Renda, com índice de 0,799, e de Educação, com índice de 0,752. Pesquisas elaboradas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro como 18 base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de cada cidade. A média do Brasil hoje é 0,727. Na classificação nacional, São José aparece com IDHM de 0.809 e está entre o seleto grupo das 21 cidades brasileiras com índice acima da média, segundo a ONU. Já no ranking estadual, São José é apontada como a quarta melhor cidade de Santa Catarina, atrás apenas de Florianópolis, Balneário Camboriú e Joaçaba. (IBGE, 2010) O índice divulgado com o nome de Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 leva em consideração as respostas dos brasileiros nos Censos de 1991, 2000 e 2010. O IDHM é resultado do cruzamento de mais de 180 indicadores socioeconômicos do IBGE e é dividido em três dimensões: a longevidade (oportunidade de viver mais), o acesso a educação, e o padrão de vida (renda familiar). São José aparece com o índice de 0,880 em expectativa de vida (em média de 77 a 81 anos), 0,752 em Educação e 0,799 (R$1.157,43) em renda familiar. (SÃO JOSÉ, 2017) Com pouca vocação turística – posição que é preenchida pelos municípios vizinhos, principalmente Florianópolis – São José tem a base da sua economia na indústria e no comércio.(3º RDQ, 2016) A cidade está no quinto lugar no ranking da economia dos municípios de Santa Catarina, graças principalmente a Área Industrial no sul da cidade, com um grande número de empreendimentos. Há também outras indústrias em outros pontos, principalmente em torno da BR-101, e Áreas Industriais menores em Forquilhas e no Sertão do Maruim. ( 3º RDQ, 2016 ) O comércio de São José concentra-se em três locais: o distrito de Campinas, com comércio mais local na Avenida Central do Kobrasol e lojas de varejo na Avenida Presidente Kennedy; a Rua Leoberto Leal em Barreiros e a Rua Vereador Arthur Manoel Mariano em Forquilhinhas. Outro destaque é o setor de shoppings: o mais antigo de SC, o Shopping Itaguaçu, e o mais recente, o Continente Park Shopping. (3º RDQ, 2016) As atividades industriais compõem-se de indústrias alimentícia, tecnológica, metalúrgica básica entre outras. O setor primário é quase nulo, apenas com algumas poucas e pequenas comunidades pesqueiras e uma atividade agropecuária quase inexistente, devido ao avanço da urbanização no Município. (3º RDQ, 2016) A renda per capita média de São José cresceu 92,88% nas últimas duas décadas, passando de R$ 600,07, em 1991, para R$ 842,19, em 2000, e para R$ 1.157,43, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,52%. A taxa média anual de crescimento foi de 3,84%, entre 1991 e 2000, e 3,23%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 8,93%, em 1991, para 5,65%, em 2000, e para 1,36%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini2, que passou de 0,48, em 1991, para 0,48, em 2000, e para 0,44, em 2010. (IBGE, 2015) 19 Tabela 3: Renda, Pobreza e Desigualdade - Município - São José – SC. Renda, Pobreza e Desigualdade - Município - São José - SC Dados 1991 2000 2010 Renda per capita 600,07 842,19 1.157,43 % de extremamente pobres 1,42 1,24 0,19 % de pobres 8,93 5,65 1,36 Índice de Gini 0,48 0,48 0,44 Fonte: PNUD, Ipea e FJP Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 71,58% em 2000 para 75,43% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 10,92% em 2000 para 3,84% em 2010. (IBGE, 2010) Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 0,73% trabalhavam no setor agropecuário, 0,09% na indústria extrativa, 8,60% na indústria de transformação, 8,38% no setor de construção, 1,48% nos setores de utilidade pública, 22,60% no comércio e 54,31% no setor de serviços. (IBGE, 2010) Com relação aos indicadores de habitação, o município apresentou um pequeno declínio quanto ao percentual da população em domicílio com água encanada, passando de 98,36% em 1991 para 97,85% em 2010 (IBGE, 2010) Quanto ao percentual da população em domicílio com energia elétrica e com coleta de lixo passou de 99,48% (1991) para 99,97% (2010) e de 93,18% (1991) para 99,81% (2010), respectivamente (IBGE, 2010) Tabela 4: Indicadores de Habitação no Município, São José – SC. Dados 991 000 010 % da população em domicílios com água encanada 8,36 8,24 7,85 % da população em domicílios com energia elétrica 9,48 9,92 9,97 % da população em domicílios com coleta de lixo 93,18 98,08 99,81 Fonte: PNUD, Ipea e FJP 20 2.4 Lixo A Coleta Domiciliar é realizada pela empresa AMBIENTAL Limpeza Urbana e Saneamento Ltda. que presta esse serviço ao município, recolhe 5.230,20 t/mês (média janeiro a março 2017) em 100% da área urbana e rural do Município e faz a descarga desses resíduos na Estação de Transbordo da empresa Proactiva, SC-282 no município de Palhoça. (SECRETARIA INFRAESTRUTURA PMSJ, 2017) A Coleta Seletiva é realizada pela empresa AMBIENTAL Limpeza Urbana e Saneamento Ltda. é a prestadora desse serviço, recolhe 257,8 t/mês (média janeiro a março 2017) em 100% da área urbana do Município e por autorização do município faz a descarga desse material reciclável na Plasani - Tatiany GallianeBernardine - ME, situada a Rua Governador Aderbal Ramos da Silva, 249, área industrial - São José/SC e algumas cargas na triagem sob responsabilidade do Sr. Antônio, localizada em Forquilhas no antigo aterro sanitário do município. Antes o material coletado era descarregado na ACARELI - Associação Comunitária Aparecida de Reciclagem de Lixo, mas por determinação do Ministério Público (MP) o local foi interditado. (SECRETARIA INFRAESTRUTURA PMSJ, 2017) 2.5 Energia Elétrica De acordo com a Central Elétrica de Santa Catarina (CELESC) 92.220 residências utilizam energia elétrica e corresponde a 86,34% das unidades consumidoras da companhia no município. (CELESC, 2017) Tabela 5:Unidades consumidoras de energia elétrica em São José, 2016. Fonte: CELESC 21 2.6 Água e Esgoto De acordo com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), o índice de atendimento total com esgotamento sanitário no município de São José nos anos de 2015 e 2016 foi respectivamente: 2015: 36,74% 2016: 36,63% Tabela 6: Panorama do sistema de esgotamento sanitário, por domicílios. Tipo de esgotamento sanitário Domicílios (Unidades), Domicílios (Percentual) Rede Geral (pluvial) 33.432 48,04% Fossa séptica 32.256 46,35% Fossa rudimentar 2.023 2,91% Vala 679 0,98% Rio, lago ou mar 900 1,29% Outro escoadouro 234 0,34% Tinham banheiro ou sanitário 69.524 99,91% Não tinham banheiro nem sanitário 65 0,09% Total 69.589 100,00% Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2010 A fim de apresentar a infraestrutura do sistema de esgotamento sanitário do município, utilizou-se como fonte, os dados censitários do IBGE (2010), quanto ao tipo de esgotamento sanitário utilizado nos domicílios, apresentados na tabela 6. Em torno de 46% dos domicílios do município de São José apresentam apenas sistema simplificado de tratamento. Destacam-se também os 48% representativos ao lançamento na rede geral de esgoto ou pluvial (tabela 6). A falta de uma rede de coleta e tratamento de esgoto é uma situação comumente visualizada na maior parte do município de São José. Além disso, os munícipes, por uma série de motivos que vão desde falta de informação até inexistência de recursos acabam lançando seu esgoto diretamente na rede de drenagem, sem nenhum tipo de tratamento prévio. Essas situações combinadas trazem inúmeras 22 consequências negativas, como a contaminação dos recursos hídricos, o que acarreta em riscos à saúde da população no entorna, com a proliferação de vetores de doenças. Os indícios de práticas irregulares relacionadas a lançamentos de esgotos domésticos nas redes pluviais são grandes, no entanto, sabe-se que essas ações estão diretamente ligadas à frágil rede coletora de esgotos no município. Ocorre ainda a falta de ações efetivas por parte dos órgãos públicos para a disponibilização de instruções à população sobre a necessidade da instalação de tratamentos individuais nas residências, normatizar as estações de tratamento individuais, além de sua regular manutenção. Os impactos oriundos da falta de esgotamento sanitário influenciam diretamente nas questões relativas ao uso da água, através de limitações e riscos ou no aumento dos custos para que se promova o abastecimento de água potável, entre outros. Através da implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgotos, é possível solucionar esse problema, possibilitando também a posterior reutilização dessa água, que terá retornado limpa para a natureza. Ao ser lançado in natura nos corpos d’água, o esgoto doméstico pode trazer sérios prejuízos a qualidade da água dos mesmos (NUVOLARI, Esgoto sanitário; coleta, transporte, tratamento e reuso agrícola, 2003). Além disso, os rios contaminados passam a causar problemas à saúde e vivência da população no entorno, graças aos odores desagradáveis exalados e à possibilidade de contaminação e transmissão de diversas doenças de veiculação hídrica. O índice de atendimento total com abastecimento de água no município de São José nos anos de 2015 e 2016 foi respectivamente: 2015: 100% 2016: 100% A partir dos dados censitários do IBGE (2010) apresentados no quadro 5, observamos que a infraestrutura do sistema de abastecimento de água no município, é composta principalmente por abastecimento de água via rede geral, atingindo 98% dos domicílios municipais Tabela 7: Panorama do sistema de abastecimento de água, por domicílios. Tipo de abastecimento de água Domicílios (Unidades) Domicílios (Percentual) Rede geral 67.909 97,59% Poço ou nascente (na propriedade) 452 0,65% Poço ou nascente (fora da propriedade) 1.137 1,63% Carro-pipa 2 0,00% Água da chuva (armazenada em cisterna) 1 0,00% 23 Água da chuva (armazenada de outra forma) 1 0,00% Rio, açude, lago ou igarapé 10 0,01% Outra forma 77 0,11% Total 69.589 100,00% Fonte: IBGE – CensoDemo Fonte: IBGE – 2.7 Resíduos Sólidos No município de São José, segundo os dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de lixo coletado era de 99,79% para o ano 2010, conforme ilustrado no quadro 6. Tabela 8: Destino do lixo no município de São José. Destino do lixo nos Domicílios (Unidades) Domicílios (Percentual) Coletado 69.440 99,79% Coletado por serviço de limpeza 68.342 98,21% Coletado em caçamba de serviço de limpeza 1.098 1,58% Queimado (na propriedade) 107 0,15% Enterrado (na propriedade) 3 0,00% Jogado em terreno baldio ou logradouro 7 0,01% Jogado em rio, lago ou mar 1 0,00% Outro destino 31 0,04% Total 69.589 100% Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2010 2.8 Transportes São José é cortada pela BR-101, que liga a cidade diretamente às metrópoles do sudeste. Além desta, cruza parte da cidade o trecho inicial da BR-282, a Via Expressa, que dá acesso a capital e ao oeste do estado. A SC-407 começa no sul do município e liga a cidade a São Pedro de Alcântara e Angelina. 24 A cidade sofre, na hora do rush, com congestionamentos crônicos. A frota soma 112.522 veículos, segundo o Censo 2010. Embora tenha sido construída a Beira-Mar de São José sobre um aterro ela pouco aliviou o trânsito no sentido Florianópolis-bairros de São José. A Avenida Presidente Kennedy sofreu uma readequação para tentar atenuar o problema, com faixas exclusivas para ônibus. Outras vias importantes são a Avenida das Torres, que liga os bairros do distrito de Barreiros e a Avenida Leoberto Leal, também em Barreiros. Assim como toda a Grande Florianópolis, São José é bastante dependente do sistema de ônibus. Quatro empresas operam na cidade: • Jotur – Auto Ônibus e Turismo Josefense Ltda. no Centro Histórico e Praia Comprida; • Transporte Coletivo Estrela Ltda. nos distritos da Sede e Campinas; • Rodoviária Santa Terezinha Agência de Viagens e Turismo Ltda. – RST no sul da Sede; • Biguaçu Transportes Coletivos Administração e Participação Ltda. no distrito de Barreiros. A cidade possui linhas interbairros e intermunicipais, principalmente no sentido bairros- centro de Florianópolis. O município de São José conta com a primeira universidade municipal pública do Brasil, mantida pela Fundação Municipal Educacional de São José, o Centro Universitário Municipal de São José (USJ) oferece quatro cursos de graduação: administração, ciências contábeis, ciência da religião e pedagogia; e um curso de pós-graduação lato sensu de gestão em defesa civil. 3. SECRETARIAS 3.1 Saúde Ao considerarmos a tendência demográfica e epidemiológica das populações ocidentais urbanas e países em desenvolvimento, observamos um processo acentuado de envelhecimento populacional, com declínio das taxas de natalidade e um predomínio de doenças crônicas. A realidade de São José confirma essa tendência. As transformações ocorridas no padrão demográfico brasileiro também são observadas no município de São José. Conforme Paulo Campanario e Cecilia Polidoro Mameri (2015),uma das mais importantes modificações estruturais verificadas na sociedade, iniciadas de forma tímida, a partir dos anos 1940, acentuando-se após a década de 1960, dizem respeito ao declínio dos níveis de fecundidade, com isso a redução na taxa de crescimento populacional e alterações na pirâmide etária, resultando no 25 incremento mais lento do número de crianças e adolescentes paralelamente ao aumento contínuo da população em idade ativa e da população idosa. O perfil epidemiológico de São José evidencia que ao invés de realizar uma transição epidemiológica em que as doenças não transmissíveis substituíssem as transmissíveis, em virtudedo envelhecimento populacional, da melhoria de acesso aos serviços de saúde, do longo período de latência para o surgimento dessas doenças e o estilo de vida em nossa sociedade. O que observamos é uma superposição desses grupos de doenças, aos quais se aliam problemas de violência e ambientais, configurando um quadro de grande complexidade para a saúde pública, que se traduz em desafios para a vigilância em saúde. São José registra um crescente envelhecimento populacional sendo as principais causas de morte as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias. Entretanto, ao lado disso ganham importância como causa de mortes os acidentes e as violências. Acidentes e violências vêm ganhando cada vez mais importância no perfil epidemiológico de São José nos últimos anos. Nesse grupo, que também é denominado causas externas, os acidentes de trânsito lideram as causas de morte no município, superando as causas por outras violências, como arma de fogo e outras agressões. Destaque deve ser dado, entre os acidentes, aqueles que envolvem a utilização de motocicletas que são a principal causa de óbitos por causas externas em São José. No que se refere aos óbitos, no período de cinco anos, 2011 a 2015, São José apresentou CMG menores que o apresentado pelo Brasil e Santa Catarina, tendo um CMG médio de 5,04 óbitos por mil habitantes. A taxa de mortalidade de infantil vem caindo, tendo alcançado uma taxa de 5,9 por 1.000 nascidos vivos em 2016 (SINASC, 2017). A mortalidade materna apresentou a mesma tendência de queda tendo registrado um caso de morte materna em 2016 (DATASUS, 2016) reforçando que a qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto precisa ser mantida e qualificada. Entretanto nos preocupa a taxa de partos cesáreos que ainda é elevada no município. A maioria das internações dos residentes em São José ocorre por gravidez, parto e puerpério, seguida das doenças do aparelho circulatório e envenenamentos e outras causas externa em terceiro lugar A faixa etária predominante é de 25-29 anos, seguida de 30-34 anos e 20-24 anos. Das internações por doenças do aparelho circulatório observa-se que 54,14% das internações são masculinas e 45,86% são femininas. A primeira causa de internação por doenças do aparelho circulatório são outras doenças isquêmicas do coração com 21,86% das internações, seguida do infarto agudo do miocárdio com 12,61%. 26 A faixa etária que registrou o maior número de internações por doenças do aparelho circulatório foi a de 60 a 69 anos seguida da 50 a 59 anos Nas internações por neoplasias, observa-se que 58,54% são femininas e 41,46% masculinas. O maior número de internações é por neoplasia maligna de mama com 9,38%, seguida de 7,93% por neoplasias malignas em outros locais secundários (metástase), 6,12% por neoplasia maligna de pulmão e 5,17% de leucemia. A faixa etária que registrou o maior número de internações por neoplasias foi a de 55 a 59 anos seguida da 50 a 54 anos. As internações por doenças metabólicas são mais frequentes em homens com 61,52% do total de internações, sendo o Diabetes mellitus (DM) a principal causa de internação com 42,34%. A faixa etária com o maior número de internações por doenças metabólicas foi a de 05 a 14 anos por distúrbio do metabolismo do glicosaminoglicano e mucopolissacaridose tipo 2 (doença de Hunter). Com relação as internações por diabetes mellitus são mais frequentes a partir dos 45 anos de idade, tendo um pico na faixa etária de 60-64 anos de idade. A mortalidade por doenças por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas é maior nas mulheres, o coeficiente de mortalidade é variável nos sexos ao longo dos anos e está relacionada à idade. Não obstante o papel principal da melhoria das condições de vida na queda da mortalidade, a contribuição dos serviços de saúde é inegável. Avaliar esse impacto ainda é um grande desafio para seus gestores. Assim, a morte evitável pode derivar, em algum grau, indicadores sensíveis à qualidade da atenção à saúde prestada pelo sistema de saúde, que, por sua vez, podem acarretar a tomada de medidas de resultado ou de impacto dessa atenção.(MALTA el tal, 2007) A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é responsável pela Gestão Plena do Sistema Municipal (Deliberação 103/CIB/2012) em conformidade com a Portaria GM/MS 1.464 de 08 de Junho de 2010 que homologa a adesão do município de São José ao Pacto de Gestão. O município de São José conta com 234 estabelecimentos de saúde no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES, 2017), destes, 42 possuem esfera administrativa municipal, ou seja, são administrados pelo município por meio da SMS, entre eles estão os Centros de Saúde (23), Policlínica Municipal de Campinas, de Barreiros e de Forquilhinhas, Serviço de Pronto Atendimento 24 horas, Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS i), Centro de Fisioterapia, Centro de Especialidades Odontológicas I e II (CEO), Centro de Referência Saúde Mental, Laboratório Municipal, Centro de Vigilância em Saúde, Unidade Móvel Pré-hospitalar (3), Central de Regulação de Serviços de Saúde, Caminhão da Cidadania e Secretaria Municipal de Saúde. (CNES, 2017) Quanto ao tipo de gestão, 27 95,73% dos estabelecimentos estão sob gestão municipal 4,27% sob gestão estadual e nenhum sob gestão dupla. (CNES, 2017) No que diz respeito à rede hospitalar, o município de São José dispõe de quatro hospitais públicos sob gestão Estadual e dois hospitais privados. Segundo manual do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Para preservar, recuperar e melhorar a saúde das pessoas e da comunidade, a Rede de Atenção à Saúde (RAS) deve ser capaz de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade e a estrutura operacional deve ser constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os comunicam. O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico, articulando, de forma singular, as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográficas e epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. (MENDES, 2010) Para a implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), é necessária uma mudança no atual modelo de atenção hegemônico no SUS, ou seja, exige uma intervenção concomitante sobre as condições agudas e crônicas, devendo se organizar a partir da necessidade de enfrentamentos de vulnerabilidades, agravos ou doenças que acometem as pessoas ou as populações. (MENDES, 2010) 3.1.1 Atenção Primária em Saúde O modelo de atenção da Atenção Primária em Saúde (APS) em São José é modulado de acordo com a Política Nacional do Sistema Único de Saúde (Portaria nº 2.488, de 21 de Outubro de 2011) que tem como fundamentos e diretrizes: I - ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com impacto na situação, nos condicionantes e determinantes da saúde das coletividades que constituem aquele território sempre em consonância com o princípio da equidade; II - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. A APS é prestada em São José através de 23 Unidades Básicas de Saúde (UBS), com 44 Equipes da Estratégia de Saúdeda Família (ESF) compostas por médico, enfermeiro auxiliar/técnico de 28 enfermagem e Agente Comunitário de Saúde (ACS). As UBS contam também com médico generalista, pediatra e ginecologista. Para que as demandas de saúde possam ter a maior resolutividade, uma série de serviços devem ser disponibilizados para a comunidade, dentre eles, ações relacionadas ao atendimento da demanda espontânea, saúde da mulher, saúde do idoso e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Compondo a Rede de Atenção à Saúde, as Unidades Básicas de Saúde são a principal porta de entrada do SUS. A cobertura populacional estimada da Estratégia Saúde da Família no segundo quadrimestre de 2017 foi de 64,31% e a cobertura populacional estimada na atenção básica foi de 76,39%. As crianças e adolescentes são acompanhadas durante seu ciclo de vida em seu processo de crescimento e desenvolvimento por médico e enfermeiro da família, odontólogo, e pediatra. As crianças baixo peso, bem como aquelas com alergia e/ou intolerância alimentar, são acompanhadas pelo médico, enfermeiro e nutricionista e recebem fórmula infantil/especial ou leite em pó integral para auxiliar na recuperação nutricional conforme a necessidade. Gráfico 1: Percentual da População de São José por faixa etária de 0 a 19 anos, 20 a 59 anos e 60 anos e mais, conforme estimativa do IBGE 2015, São José, SC Fonte: IBGE, 2015 Em relação à mortalidade infantil, pode-se observar que o coeficiente de mortalidade em São José sempre foi inferior ao do Brasil, da região Sul e de Santa Catarina 29 Observa-se ainda que no ano de 2011 foi registrado o menor coeficiente de mortalidade da série histórica analisada, com aumento considerável nos anos subsequentes e que, a partir de 2013 retoma a queda na mortalidade infantil Os principais componentes da mortalidade infantil mostram que 49,65% das mortes observadas na série histórica de 2011-2015, ocorreram nos primeiros seis dias de vida, correspondendo à mortalidade neonatal precoce; 18,44% dos óbitos em crianças com 7 a 27 dias, considerados como mortalidade neonatal tardia, e 31,91% com 28 a 364 dias, definidos como mortalidade pós-neonatal ou infantil tardia As principais causas da mortalidade infantil são as afecções originadas no período perinatal com 54,61%, seguidas das anomalias congênitas com 30,50% Ao analisar a evitabilidade das mortes em menores de um ano, chama a atenção que 59,57% são reduzíveis por diagnóstico e tratamento precoce, seguidas de 14,89% que correspondem às reduzíveis por adequado controle na gravidez O IBGE (2010) também atribui o declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida. 3.1.2 Atenção Especializada Ambulatorial A fim de atender ao disposto pelo arranjo de organização do modelo de Redes de Atenção à Saúde, torna-se imprescindível a estruturação da média complexidade municipal. Sendo assim a Diretoria de Atenção Especializada (DAE) tem suas ações voltadas para a implementação e organização dos serviços que compõem este nível de atenção. A Atenção Especializada compreende um conjunto de ações e serviços que atualmente no âmbito desta diretoria, encontram-se ativos pontos de atenção que atendem demandas distintas, garantindo assim junto às demais diretorias que compõem a SMS, atenção integral aos munícipes de São José. A DAE é constituída por pontos de atendimento a saúde de natureza médico-assistencial, que prestam serviços especializados de média complexidade, sendo estes; consultas especializadas, exames diagnósticos, quais sejam: ultrassonografia, eletrocardiograma, eletroencefalograma, radiologia odontológica, colposcopia, e teste ergométrico, bem como, serviço de fisioterapia, fonoaudiologia e farmácia especial. O acesso do usuário aos serviços especializados acontece mediante encaminhamento médico, sua inserção no SISREG - pela respectiva UBS, e autorização deste. Os serviços são distribuídos entres as duas unidades, conforme citados abaixo e têm seu funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 19h. 30 Figura : Organograma da DAE Fonte: Secretaria municipal de Saúde - SJ A obesidade pode ser definida como uma doença crônica não transmissível, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. O excesso de peso infantil, expresso como sobrepeso e obesidade ocorre geralmente por uma combinação de fatores, incluindo hábitos alimentares errôneos, propensão genética, estilo de vida familiar, condição socioeconômica, fatores psicológicos e etnia. Sabe-se que existe uma associação entre a obesidade e diversas doenças crônicas não transmissíveis, tais como, doença coronariana, hipertensão, diabetes, dislipidemias sangüíneas, osteoartrite, entre outras. O diagnóstico de sobrepeso e obesidade em estudos epidemiológicos vem sendo realizado pela avaliação do estado nutricional, através da antropometria, por sua facilidade de execução e baixo custo, permitindo avaliar o crescimento da criança e as dimensões corporais nas diferentes idades. O índice de massa corporal (IMC) reflete o excesso de gordura corporal total e vem sendo muito utilizado para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade em adultos e crianças. A avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população e seus fatores determinantes compõe a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Recomenda-se que nos serviços de saúde seja realizada avaliação de consumo alimentar e antropometria de indivíduos de todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes) e que estas observações possam ser avaliadas de forma integrada com informações provenientes de outras fontes de informação, como pesquisas, inquéritos e outros Sistemas de Informações em Saúde (SIS) disponíveis no SUS.Além disso, é fundamental o conhecimento do perfil nutricional do município para que sirva de subsidio para o estabelecimento de políticas públicas. 31 Conforme os dados do SISVSN Web para as crianças menores de 5 anos em relação ao indicador IMC/idade, o município apresentou um percentual de excesso de peso equivalente a 10,13% e no ano de 2019 (janeiro a outubro) foi de 8,32%. No que tange aos adolescentes o percentual de excesso de peso no ano de 2018 foi de 15,07% e em 2019 de 17,27% O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que atende famílias em situação de extrema pobreza e pobreza, identificadas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. No município, há 2.574 famílias beneficiárias do Bolsa Família. Essas famílias equivalem, aproximadamente, a 3,34% da população total do município, e inclui 1.263 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza. No mês de setembro de 2019 foram transferidos R$ 500.827,00 às famílias do Programa e o benefício médio repassado foi de R$ 194,57 por família. Conforme estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), fundação pública federal vinculada ao Ministério do Planejamento, a cada R$ 1,00 transferido às famílias do programa, o Produto Interno Bruto (PIB) municipal tem um acréscimo de R$ 1,78. O acompanhamento da saúde das pessoas (crianças até 7 anos e mulheres de 14 a 44 anos), na primeira vigência de 2019, atingiu 84,7%, percentual equivale a 4.824 pessoas de um total de 5.693 que compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município. O percentual de acompanhamento no Brasil foi de 76,09%, região sul 76,98%, SC 78,3%, ficando o município de São José acima dos percentuaisdemonstrados e também acima da média preconizada pelo Brasil e Estado, que é de 73 e 75% respectivamente; assim, o município possui um acompanhamento da agenda de saúde muito bom. 3.2 Assistência Social A Assistência Social é uma política da Seguridade Social prevista na Constituição Federal Brasileira de 1988 em seus artigos 203 e 204. Regulamentada na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), n° 8.742 de 07 de dezembro de 1993 e normatizada através da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e da Norma Operacional Básica (NOB/SUAS) e Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB/RH). A Assistência Social é política pública garantidora de direitos sociais a todos os brasileiros, de acordo com suas necessidades e independente de sua renda, a partir de sua condição inerente de ser de direitos. As ações de Assistência Social devem produzir aquisições materiais, sociais, sócio-educativas ao cidadão e sua família, para atender suas necessidades de reprodução social de vida individual e familiar; desenvolver suas capacidades e talentos, seu protagonismo e autonomia. 32 Com esta perspectiva e de acordo com a PNAS (2004), são funções da Assistência Social a Proteção Social, a Vigilância Social e a Defesa de Direitos Socioassistenciais. I - Proteção Social – Diz respeito ao conjunto de ações, cuidados atenções benefícios e auxílios para prevenir e reduzir o impacto das situações de vulnerabilidade e riscos, na direção do desenvolvimento humano e social, e dos direitos de cidadania. A Proteção Social abrange a proteção social básica e a proteção social especial, esta de média e alta complexidade. II - Vigilância Socioassistencial – Refere-se ao desenvolvimento da capacidade e de meios de gestão pelo órgão público gestor da Assistência Social para a identificação das formas de vulnerabilidade social da população e do território pelo qual é responsável, com conhecimento sobre o cotidiano de vida das famílias e das condições concretas que geram vulnerabilidades ou provocam danos aos cidadãos. III -Defesa de Direitos Socioassistenciais – A inserção da Assistência Social no campo da Seguridade Social aponta para ações, em articulação com outras políticas sociais, voltadas à garantia de direitos e de condições dignas de vida. Nesse sentido, os serviços de proteção social devem ser organizados de forma a garantir aos seus usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e de sua defesa, tais como Ouvidorias, Centros de Referência, Conselhos de Direitos, entre outros. São direitos socioassistenciais previstos na PNAS (2004): - direito ao atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente de procedimentos vexatórios e coercitivos; - direito ao tempo, de modo a acessar a rede de serviços com reduzida espera e de acordo com a necessidade; - direito à informação, enquanto direito primário do cidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreiras culturais, de leitura, de limitações físicas; - direito do usuário ao protagonismo e manifestação de interesses; - direito do usuário à oferta qualificada de serviços; - direito de convivência familiar e comunitária. No âmbito municipal a Prefeitura Municipal de São José tem a responsabilidade na gestão da Política de Assistência Social por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Visando garantir a sistematização do Sistema Único de Assistência Social no município foi aprovada a Lei nº 5655, de 07 de março de 2018. Em conformidade com a Lei Complementar Municipal nº 032 de 23 de abril de 2009, que dispõe sobre a organização e estrutura do Poder Executivo do Município de São José, e Lei Complementar nº 69 DE 31 DE DEZEMBRO DE 2015, a Secretaria de Assistência Social do Município encontra-se administrativamente organizada em Gabinete das Secretárias, Assessoria Jurídica e Quatro Diretorias, assim 33 denominadas: Diretoria Administrativa e Financeira; Diretoria de Gestão do SUAS; Diretoria de Proteção Social Básica; Diretoria de Proteção Social Especial. Vinculados à Secretaria Municipal de Assistência Social encontram-se os Conselhos de Direitos: Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS/SJ); Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA/SJ); Conselho Municipal do Idoso (CMI/SJ); Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD/SJ);; Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM/SJ), Conselho Municipal Anti Drogas (COMAD) e os Conselhos Tutelares – Sede e Barreiros. A Rede Socioassistencial de São José é composta por um conjunto integrado de serviços, executados diretamente pela Secretaria Municipal de Assistência Social ou em parceria com entidades conveniadas que compõem de maneira integrada e articulada a rede de serviços de assistência social do município, contando até o presente momento dos seguintes equipamentos sociais públicos:: cinco Centros de Referênciade Assistência Social (CRAS), um Centro para a oferta do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes, dois Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), um Centro de Atenção à Terceira Idade, um Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP).Compõem a Rede Socioassistencial as Entidades parceiras, totalizando sete na Proteção Social Básica, seis na Proteção Social Especial de Alta Complexidade, três para atendimento de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiências e sete serviços para acolhimento e acompanhamento para pessoas em uso abusivo de substâncias psicoativas. O Município de São José atualmente se encontra em nível de Gestão Básica do Sistema Único de Assistência Social o que lhe confere competência para ofertar os Serviços, Programas, Projetos e Benefícios da Proteção Social Básica e Especial de Média e Alta Complexidade, em consonância com o que dispõe a Resolução do CNAS nº109 de 11 de novembro de 2009, que trata da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. A Proteção Social Básica tem como objetivo a prevenção de situações de risco por meiodo desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de fragilidade decorrente da pobreza, ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos afetivos. Essa proteção prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a Proteção Social Básica, dada a natureza de sua realização. Dentre os três Serviços da Proteção Social Básica tipificados, São José possui atualmente: o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF- CRAS) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de 34 Vínculos para o Idoso. O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) é o principal programa de Proteção Social Básica do SUAS e tem a função de desenvolver ações e serviços básicos continuados às famílias em situação de vulnerabilidade social sob responsabilidade da unidade do CRAS. O PAIF tem o compromisso de disponibilizar as famílias atendimento Socioassistencial, Socioeducativo e de Convivência. Além da oferta de Projetos Específicos para a preparação ao mercado de trabalho e acompanhamento a usuários do Beneficio de Prestação Continuada. 3.2.1 Vulnerabilidade Social em São José A seguir apresentamos alguns dados da vulnerabilidade social no município de São José, no ano de 2010, com base em estudos realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e em seguida dadosoriundos do Relatório de Informações Sociais do Bolsa Família e Cadastro Único elaborados pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI), do Ministério de Cidadania. Tabela9: Vulnerabilidade Social em São José nos anos de 1991, 2000 e 2010. Crianças, Adolescentes e Jovens 1991 2000 2010 Mortalidade Infantil 19,30 17,20 10,00 % de crianças de 4 a 5 anos fora da escola --- 43,24 17,85 % de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 11,75 3,65 2,46 % de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e estão vulneráveis à pobreza --- 5,93 2,30 % de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,46 0,32 0,76 % de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 5,37 6,74 6,33 Taxa de atividade – 10 a 14 anos (%) --- 4,48 3,62 Família % de mães chefes de família sem ensino fundamental completo e com filhos menores de 15 anos 8,05 10,42 10,40 % de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes de idosos 1,20 0,88 0,39 % de crianças extremamente pobres 2,23 2,14 0,32 Trabalho e Renda % de vulneráveis à pobreza 29,36 18,17 6,99 % de pessoas de 18 anos ou mais sem ensino fundamental completo e em ocupação informal --- 29,46 16,04 Condição de Moradia % de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados 0,95 0,26 0,11 Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2010 35 No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em julho de 2019 era de 8.140 dentre as quais: 2.389 com renda per capita familiar de até R$ 89,00; 973 com renda per capita familiar entre R$ 89,01 e R$ 178,00; 2.569 com renda per capita familiar entre R$ 178,01 e meio salário mínimo; 2.209 com renda per capita acima de meio salário mínimo; De acordo com dados do IBGE (2010) relacionados ao Mapa de Pobreza e Desigualdade dos Municípios Brasileiros de 2010, a incidência de pobreza em São José atingiu 26,36% da população do Município. Um pequeno decréscimo de 0,04% foi observado do ano de 2003 a 2010. Em 2010, contudo, constatou-se que dos 209.804 habitantes do município, 1.413 encontravam-se em situação de extrema pobreza, isto é, apresentavam renda domiciliar per capita inferior a R$70,00 (setenta reais), perfazendo 0,7% da população municipal. Destes, 54 (3,8%) viviam no meio rural e 1.359 (96,2%) no meio urbano. O mesmo Censo revelou ainda um total de 589 crianças/adolescentes em situação de extrema pobreza e 235 idosos na mesma situação. Do total de extremamente pobres no município, 766 são mulheres (54,2%) e 647 são homens (45,8%). Do total da população em extrema pobreza do município, 1.093 (77,4%) se definiram como brancos e 320 (22,6%) como negros. Ninguém se identificou como amarelo ou indígena. Segundo o último Censo, em 2010, haviam 22 pessoas extremamente pobres com algum tipo de deficiência mental; 348, com deficiência visual; 153, com deficiência auditiva e 130 com dificuldades para se locomover. Das pessoas com mais de 15 anos em extrema pobreza, 87 eram analfabetas, perfazendo um percentual de 10,2% dos extremamente pobres nessa faixa etária. Dentre eles, 40 eram chefes de domicílio. De junho de 2011, (início do Plano Brasil Sem Miséria) a janeiro de 2013, o município de São José inscreveu no Cadastro Único (CadÚnico) e, incluiu no Programa Bolsa Família, 276 famílias em situação de extrema pobreza. No total são 2.721 famílias cadastradas no Programa Bolsa Família, isso representa 72,17% do total estimado de famílias do município com perfil de renda do programa. Tabela10: Diagnóstico Social das Famílias Cadastradas no CadÚnico Total de famílias cadastradas 8.140 07/2019 Famílias cadastradas com renda per capita mensal de R$ 0,00 até R$ 89,00 2.389 07/2019 Famílias cadastradas com renda per capita mensal entre R$ 89,01 e R$ 178,00 973 07/2019 Famílias cadastradas com renda per capita mensal entre R$ 178,01 e ½ salário mínimo 2.569 07/2019 36 Famílias cadastradas com renda per capita mensal acima de ½ salário mínimo 2.209 07/2019 Fonte: Cadastro Único Assistência Social, acessado 2019/Setembro. Compõe igualmente este universo os grupos populacionais tradicionais e específicos composto por famílias que se encontram em situação de rua, as indígenas, as de pescadores artesanais, as assentadas da reforma agrária, as com pessoa presa no sistema carcerário e as catadoras de material reciclável. Os dados a seguir demonstram esta amostragem, tendo por base o mês de agosto de 2019. Tabela 11: Grupos de Origem Étnica / Meioe Situações Conjunturais Grupos de Origem Étnica Famílias Quilombolas Famílias quilombolas cadastradas 5 08/2019 Famílias quilombolas beneficiárias do Programa Bolsa Família 4 08/2019 Famílias Indígenas Famílias indígenas cadastradas 8 08/2019 Famílias indígenas beneficiárias do Programa Bolsa Família 6 08/2019 Famílias Ciganas Total de famílias ciganas cadastradas 0 08/2019 Famílias ciganas beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Famílias pertencentes a Comunidades de Terreiro Total de famílias pertencentes a comunidades de terreiro cadastradas 0 08/2019 Famílias pertencentes a comunidades de terreiro beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Grupos relacionados ao meio ambiente Famílias Extrativistas Total de famílias extrativistas cadastradas 0 08/2019 Famílias extrativistas beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Famílias de Pescadores Artesanais Total de famílias de pescadores artesanais cadastradas 5 08/2019 Famílias de pescadores artesanais beneficiárias do Programa Bolsa Família 2 08/2019 Famílias Ribeirinhas Total de famílias ribeirinhas cadastradas 1 08/2019 37 Famílias ribeirinhas beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Grupos relacionados ao meio Rural Famílias de Agricultores Familiares Total de famílias de agricultores familiares cadastradas 1 08/2019 Famílias de agricultores familiares beneficiárias do Programa Bolsa Família 1 08/2019 Famílias Assentadas da Reforma Agrária Total de famílias assentadas da Reforma Agrária cadastradas 1 08/2019 Famílias Assentadas da Reforma Agrária e beneficiárias do Programa Bolsa Família 1 08/2019 Famílias beneficiárias do Programa Nacional de Crédito Fundiário Total de famílias beneficiárias do Programa Nacional de Crédito Fundiário cadastradas 0 08/2019 Famílias beneficiárias do Programa Nacional de Crédito Fundiário beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Famílias Acampadas Total de famílias acampadas cadastradas 73 08/2019 Famílias acampadas beneficiárias do Programa Bolsa Família 34 08/2019 Grupos em situações conjunturais Famílias atingidas por empreendimentos de infraestrutura Total de famílias atingidas por empreendimento de infraestrutura cadastradas 1 08/2019 Famílias atingidas por empreendimento de infraestrutura beneficiárias do Programa Bolsa Família 0 08/2019 Famílias com pessoa presa no sistema carcerário Total de famílias de preso do sistema carcerário cadastradas 52 08/2019 Famílias de preso do sistema carcerário beneficiárias do Programa Bolsa Família 25 08/2019 Famílias em situação de rua Total de famílias em situação de rua cadastradas 140 08/2019 Famílias em situação de rua beneficiárias do Programa Bolsa Família 97 08/2019 Famílias de Catadores de Material Reciclável Total de famílias de catadores de material reciclável cadastradas 139 08/2019 Famílias de catadores de material reciclável beneficiárias do Programa Bolsa Família 89 08/2019 Fonte: Cadastro Único Assistência Social, acessado 2019/Setembro. 38 3.3 Educação Apresentamos informações sobre as ações, os Programas e Projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação de São José, objetivando a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Este documento tornatransparente as ações realizadas pela Secretaria Municipal de Educação de São José e expressa informações que apoiarão a gestão, bem como servirão, como orientações para eventuais redirecionamentos que futuramente se tornem necessárias. A Gestão do município de São José trabalha incessantemente, por meio de Ações, Programas e Projetos para promover a defesa de direitos e o exercício da cidadania da criança e do adolescente do município, alinhada à defesa dos direitos estabelecidos na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), e aos princípios e diretrizes estabelecidos pela Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742/1993) e à Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004 – SUAS). Assim sendo, a Gestão atua em várias frentes para garantir que a legislação seja efetivada por meio de políticas que permitam o enfrentamento das desigualdades e protejam, principalmente, aqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Os desafios ainda são muitos, mas com muita dedicação e trabalho árduo estamos conseguindo a cada ano atingir nossos objetivos e superar metas. Neste sentido, este relatório estará apresentando o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de São José e os muitos resultados positivos que culminam na garantia de uma Educação de qualidade e garantia dos direitos e do exercício da cidadania de crianças e adolescentes. 3.3.1 Educação Infantil É inegável que garantir acesso à creche e pré-escola, principalmente para aquelas crianças em situações de maior vulnerabilidade, proporciona oportunidades de aprendizagens mais iguais durante a vida escolar. A lei de diretrizes e bases da educação Nacional- LDB (Lei nº 9.394, de dezembro de 1996) estabelece que: A Educação infantil, primeira etapa da educação Básica, será oferecida em creches e entidades equivalentes, para crianças de três anos de idade, e em pré-escolas, para crianças de 4 e 5 anos de idade (arts 29 e 30). Atualmente o município de São José tem (36) trinta e seis CEIs próprios e (09) nove convênios com instituições privadas ou organizações da sociedade civil, (gráfico 03). Com o intuito de ampliar o número de vagas na Educação Infantil, bem como oferecer vagas em instituições próximas a residência das crianças foram inaugurados (02) dois novos Centros de Educação Infantil em 39 2016, (02) dois em 2017 e (01) em 2018. Atualmente, estão em construção mais (03) três CEIS, os quais serão inaugurados até o final de 2019, ampliando a oferta de mais 848 (oitocentos e quarenta e oito) vagas. Toda a demanda de vagas das 36 (trinta e seis) creches próprias é centralizada na Secretaria Municipal de Educação e estão amplamente divulgadas e acessíveis a todo cidadão, por meio do portal transparência. As ações da Secretaria Municipal de Educação estão pautadas no Plano Municipal de Educação – PME, este documento tem força de Lei e estabelece metas que visam garantir o direito à educação de qualidade, de forma que o Município avance no atendimento educacional sendo um dos principais instrumentos de política pública educacional, pois orienta a gestão educacional e referencia o controle social e a participação cidadã. O PME do Município de São José, para o decênio 2015/2025 foi elaborado no período de novembro de 2014 e junho de 2015 e aprovado pela da Lei Municipal n.º 5487 de 23 de junho de 2015, em atendimento ao art. 8º da Lei Federal 1305 de 25 de junho de 2014, e teve seu anexo alterado pela Lei Municipal 5509 de 16 de outubro de 2015. O documento está estruturado em 19 metas e 325 estratégias, e este relatório foi construído com foco nas metas 01, 02, 04 e 07 que tratam respectivamente da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, da Educação Especial e da Qualidade da Educação Básica. Abaixo seguem os dados oficiais colhidos no portal do Ministério da Educação – MEC que monitora os Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação, PNE em Movimento no que tange ao percentual de atendimentos em creches e pré-escolas no território municipal. Gráfico 3: Centros de Educação Infantil (2012-2017) Fonte: Setor Pedagógico/SME 40 Muito embora os números oficiais apresentados para o município de São José, 82,1% de atendimento de 4 e 5 anos, fiquem abaixo do estipulado pela meta que é de 100%, podemos verificar por meio da tabela I que houve uma significativa elevação na oferta das vagas na modalidade de pré escola. Entre 2013 e 2017 a Rede Municipal de São José cresceu 48,91% em matrículas de creche e 30,71% em pré- escola. No caso do território municipal (municipal e privada) o crescimento foi de 45,02% nas matrículas. Gráfico 4: Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola/creche Gráfico 5: Percentual da população de 4 a 6 anos que frequenta a escola/creche Tabela 12: Histórico de Matrículas na Educação Infantil (2010-2018) 41 Além disso, a Rede Municipal de Ensino atende atualmente a totalidade da demanda manifesta, apresentando a disponibilidade de vagas através do Portal da Transparência. Outro fator que dificulta o alcance da meta se dá ao fato que muitas crianças residentes em São José, tendo como um dos motivos a proximidade com cidades vizinhas, podem estar matriculadas e frequentando em outros municípios. Destacamos que a partir do ano de 2018 as entidades conveniadas (creche e pré-escola) passaram a ser declaradas no Censo Escolar como Entidade Privada, visto que antes eram colocadas como Municipal. Tal situação explica o decréscimo do número de matrículas na Educação Infantil municipal. 3.3.2 Ações, Programas E Projetos Propostas e Experiências Pedagógicas da Rede Municipal – Educação Infantil São José é o primeiro município brasileiro a elaborar a Proposta Pedagógica da Educação Infantil de acordo com a BNCC, salienta-se que o documento foi uma produção coletiva a partir de estudos, reflexões e discussões envolvendo toda a comunidade escolar. Documento orientador das diferentes dimensões do currículo da Educação Infantil, articulando com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC e referendando o compromisso do município com a infância. A BNCC na Educação Infantil estabelece seis direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. São eles que asseguram as condições para que as crianças “aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC). 42 FORMAÇÃO CONTINUADA - Visa a promoção e ampliação do conhecimento dos profissionais da Educação Infantil por meio de momentos de estudos, discussões e reflexões, levando-os a busca por práticas pedagógicas que objetivem a qualidade de ensino; HORA DO CONTO ITINERANTE - Incentiva de forma lúdica a leitura e a escrita nos Centros de Educação Infantil, contribuindo para o desenvolvimento psicológico, histórico, social e cultural das nossas crianças. PROJETO NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS - Implantado em 2017 em parceria com o Corpo de Bombeiros Solidários, e tem como meta a prevenção de acidentes e o treinamento de práticas de primeiros socorros na Educação Infantil. . PROGRAMA SAÚDE DO ESCOLAR – Implantado em 2017 em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, visa contribuir para o fortalecimento de ações que integram as áreas da saúde e educação no enfrentamento de vulnerabilidades. ENSINO FUNDAMENTAL 43 A Rede Municipal de Ensino desenvolve um trabalho pedagógico consistente, que conta com a participação efetiva
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