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Introdução à Advocacia Previdenciária

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Tema
	Módulo
	Nota
	Introdução à Advocacia Previdenciária
	01
	7,0
	Introdução ao Direito Previdenciário
	02
	7,0
	Processo Administrativo Previdenciário
	03
	8,0
	Benefícios Previdenciários por afastamento
	04
	9,0
	Aposentadoria, aux. Reclusão, pensão por morte, habilitação e reabilitação profissional
	05
	
	Aspectos específicos dos benefícios previdenciários
	06
	7,0
	Processo Judicial Previdenciário
	07
	8,0
	Advocacia Empresarial Previdenciária
	08
	
	
	09
	
	
	10
	
	Módulo Complementar
	
	
AULA 01 
Benefício de prestação continuada – Lei orgânica de assistência social 
· Assistência na constituição 
· Núcleo de exigência (renda) 
· Parcelas excluídas 
· Grupo familiar 
· Evolução jurisprudencial – 3 decisões ex: 1 da sua região, 1 stj e 1 stf 
· Laudo social 
 
DIREITO DA ASSISTÊNCIA DA CF 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; 
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou detê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
“o fato de o paciente ostentar a condição jurídica de estrangeiro e de não possuir domicílio no Brasil não lhe inibe, só por si, o acesso aos instrumentos processuais de tutela da liberdade nem lhe subtrai, por tais razões, o direito de ver respeitadas, pelo Poder Público, as prerrogativas de ordem jurídica e as garantias de índole constitucional que o ordenamento positivo brasileiro confere e assegura a qualquer pessoa que sofra persecução penal instaurada pelo Estado” (STF, HC 94016 MC/SP, rel. Min. Celso de Mello, j. 7/4/2008). 
 
AULA 2 
Para quem?  
· Brasileiros 
· Estrangeiros natos ou naturalizados 
· Estrangeiros em situação irregular? 
Na nossa CF ela não distingue essa situação, se está em situação regular ou não. 
· Estrangeiros em trânsito? 
Não tem decisão a respeito, Theodoro entende que é possível pois se ele em mero trânsito tem atendimento ao Sistema de Saúde.  
Art. 20. Lei 8742/93: O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.  
· GRUPO FAMILIAR 
§1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011). 
Ex: filho que se separou, está morando temporáriamente na casa dos pais, bater o ponto que ele está em transito na casa dos pais, até resolver a stiuação, exlcuir a renda 
§ 5º A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada.   
 
· RENDA 
  
Art. 13, § 7º, Decreto 6.214/07: Será considerado família do requerente em situação de rua as pessoas elencadas no inciso V do art. 4º, desde que convivam com o requerente na mesma situação, devendo, neste caso, ser relacionadas na Declaração da Composição e Renda Familiar.  
§ 8º Entende-se por relação de proximidade, para fins do disposto no §6º, aquela que se estabelece entre o requerente em situação de rua e as pessoas indicadas pelo próprio requerente como pertencentes ao seu ciclo de convívio que podem facilmente localizá-lo.  
  
· E quem não tem teto? 
 
· Pessoas em situação de rua 
 
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo.  
· RENDA 
ADI 1232
REsp 1112557   
Reclamação Constitucional 4.374 PE  
 
O critério elencado pelo art. 20, não é inconstitucional, porém o STF na decisão entende que tem que ser refletivo o critério para se estabelecer se é ou não caso de miserabilidade. 
Palavra chave para trabalhar no judiciário ESTADO DE MISERABILIDADE – para os casos que ultrapassem os ¼ do salário-mínimo. 
O fato do segurado procurar um pouco de dignidade para esquentar sua comida e poder gelar/conservar sua refeição e assistir uma TV, isso não significa que ela não viva em estado de miserabilidade.  Não é pelo fato da casa ser bem arrumada que não comprove sua necessidade. Não é por estar em estado de miserabilidade que a pessoa tem que ser desleixada? 
Lei 10.741/2003, Art. 34.  
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.  
  
Os vários óbices à aceitação da reclamação em sede de controle concentrado já foram superados, estando agora o Supremo Tribunal Federal em condições de ampliar o uso desse importante e singular instrumento da jurisdição constitucional brasileira.  
  
Assim, é plenamente possível entender que o Tribunal, por meio do julgamento desta reclamação, possa revisar a decisão na ADI 1.232 e exercer novo juízo sobre a constitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993 (Lei de Organização da Assistência Social - LOAS).  
SÚMULA 79 da TNU - Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, sendo inviabilizados os referidos meios, por prova testemunhal.  
Decreto 6.214/07, Art. 4º, § 2º - Para fins do disposto no inciso VI do caput, não serão computados como renda mensal bruta familiar:  
 I - benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária;   
II - valores oriundos de programas sociais de transferência de renda;  
III- bolsas de estágio supervisionado;  
IV - pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de assistência médica, conforme disposto no art. 5º;  
V - rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato conjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS;  
VI - rendimentos decorrentes de contrato de aprendizagem.  
   
Lei 8.742/93 - Art. 20, § 8º - A renda familiar mensal a que se refere o § 3º deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido. 
 
AULA 3 
FORMALIDADES  
Decreto 6.214/07, art. 18. A concessão do Benefício de Prestação Continuada independe da interdição judicial do idoso ou da pessoa com deficiência.  
Art. 12. São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico.  
PRÉVIO REQUERIMENTO ADM 
Art. 21. Fica o INSS obrigado a emitir e enviar ao requerente o aviso de concessão ou de indeferimento do benefício, e, neste caso, com indicação do motivo.  
AJUIZAMENTO DA AÇÃO  
Competência - O benefício assistencial tem sua concessão administrada pelo INSS, autarquia federal criada pela Li 8.029/90.  
  
Art. 109, da CF: Aos juízes federais compete processar e julgar:   
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes,exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça.  
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.   
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.  
  
Art. 108, da CF: Compete aos Tribunais Regionais Federais:  
(...)  
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.  
  
Súmula 689 do STF - O segurado pode ajuizar ação contra a instituição previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio ou nas varas federais da capital do estado-membro.  
  
Lei 10.259/01 - Art. 3º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.   
§ 3º No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.  
  
Interesse de Agir - Prévio Requerimento  
  
CPC - Art. 330.  A petição inicial será indeferida quando:  
I - for inepta;  
II - a parte for manifestamente ilegítima;  
III - o autor carecer de interesse processual;  
  
Exigibilidade X Dispensabilidade  
RE 631.240 MG - 29. As principais ações previdenciárias podem ser divididas em dois grupos:   
(i) demandas que pretendem obter uma prestação ou vantagem inteiramente nova ao patrimônio jurídico do autor (concessão de benefício, averbação de tempo de serviço e respectiva certidão etc.); e  
30. No primeiro grupo, como regra, exige-se a demonstração de que o interessado já levou sua pretensão ao conhecimento da autarquia e não obteve a resposta desejada.  
16. Assim, se a concessão de um direito depende de requerimento, não se pode falar em lesão ou ameaça a tal direito antes mesmo da formulação do pedido administrativo. O prévio requerimento de concessão, assim, é pressuposto para que se possa acionar legitimamente o Poder Judiciário. Eventual lesão a direito decorrerá, por exemplo, da efetiva análise e indeferimento total ou parcial do pedido, ou, ainda, da excessiva demora em sua apreciação.  
29. (ii) ações que visam ao melhoramento ou à proteção de vantagem já concedida ao demandante (pedidos de revisão, conversão de benefício em modalidade mais vantajosa, restabelecimento, manutenção etc.).  
30. (...) No segundo grupo, precisamente porque já houve a inauguração da relação entre o beneficiário e a Previdência, não se faz necessário, de forma geral, que o autor provoque novamente o INSS para ingressar em juízo.  
31. Isto porque, como previsto no art. 88 da Lei nº 8.213/1991, o serviço social do INSS deve "esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade". Daí decorre a obrigação de a Previdência conceder a prestação mais vantajosa a que o beneficiário faça jus, como prevê o Enunciado nº 5 do Conselho de Recursos da Previdência Social ("A Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido").  
32. Assim, uma vez requerido o benefício, se for concedida uma prestação inferior à devida, está caracterizada a lesão a direito, sem que seja necessário um prévio requerimento administrativo de revisão. A redução ou supressão de benefício já concedido também caracteriza, por si só, lesão ou ameaça a direito sindicável perante o Poder Judiciário.  
Nestes casos, a possibilidade de postulação administrativa deve ser entendida como mera faculdade à disposição do interessado.  
33. Portanto, no primeiro grupo de ações (em que se pretende a obtenção original de uma vantagem), a falta de prévio requerimento administrativo de concessão deve implicar a extinção do processo judicial sem resolução de mérito, por ausência de interesse de agir. No segundo grupo (ações que visam ao melhoramento ou à proteção de vantagem já concedida), não é necessário prévio requerimento administrativo para ingresso em juízo, salvo se a pretensão depender da análise de matéria de fato ainda não levada ao conhecimento da Administração.  
33. (...) Há, ainda, uma terceira possibilidade: não se deve exigir o prévio requerimento administrativo quando o entendimento da Autarquia Previdenciária for notoriamente contrário à pretensão do interessado. Nesses casos, o interesse em agir estará caracterizado.  
34. Não caberia aqui enunciar todas as hipóteses de presunção de indeferimento administrativo, já que isto inclusive pode variar no tempo. A questão deverá ser devidamente enfrentada na motivação da sentença da ação previdenciária, com observância das premissas acima.  
9. O interesse processual do segurado e a utilidade da prestação jurisdicional concretizam-se, por sua vez, nas hipóteses de a) recusa de recebimento do requerimento ou b) negativa de concessão do benefício previdenciário pelo concreto indeferimento do pedido, pela notória resistência da autarquia à tese jurídica esposada ou pela extravasão da razoável duração do processo administrativo, em consonância com a retrorreferida decisão da Corte Suprema. REsp 1488940.  
6. (...) (i) caso a ação tenha sido ajuizada no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior pedido administrativo não deverá implicar a extinção do feito; (ii) caso o INSS já tenha apresentado contestação de mérito, está caracterizado o interesse em agir pela resistência à pretensão;   
  
Lei 8.742/93 - Art. 37. O benefício de prestação continuada será devido após o cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive apresentação da documentação necessária, devendo o seu pagamento ser efetuado em até quarenta e cinco dias após cumpridas as exigências de que trata este artigo.  
  
Como comprovar a recusa?  
Enunciado nº.79 do FONAJEF. A comprovação de denúncia da negativa de protocolo de pedido de concessão de benefício, feita perante a ouvidoria da Previdência Social, supre a exigência de comprovação de prévio requerimento administrativo nas ações de benefícios da seguridade social.  
N° do requerimento + Registro na ouvidoria (135) 
 
AULA 4 
A família de uma pessoa com deficiência que faria jus em vida a um BPC/LOAS pode postular o benefício após sua morte?  
  
O benefício assistencial é considerado direito personalíssimo, que se extingue com o óbito da beneficiária. REsp 1524052/SP.  
  
A família de uma pessoa com deficiência que postulou um BPC/LOAS, o qual restou negado, pode postular o benefício após sua morte?  
  
O benefício é personalíssimo e não contributivo, mas o direito às parcelas atrasadas (resíduos) e inquestionável. - A análise do dispositivo supramencionado confirma o entendimento de que a impossibilidade de transferência do benefício assistencial recai tão-somente no direito ao recebimento e fruição de tal benefício, mas não sobre direito a eventual recebimento de resíduos dele decorrentes. Em sendo assim, considero que havendo indícios de que ao postulante de Loas seria devido resíduos do benefício, a pretensão deve ser analisada em seu mérito, mesmo sobrevindo a sua morte, já que permanece, ou seja, persiste o interesse jurídico dos herdeiros ou sucessores nos resíduos não recebidos em vida. - PEDILEF 00032388020114036318  
  
Reversibilidade-Motivo Renda  
Renda superior a ¼ de SM per capita. Como reverter?  
REsp 1112557 - 5.A limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser considerada a única forma de secomprovar que a pessoa não possui outros meios para prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, pois é apenas um elemento objetivo para se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente a miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo.  
  
Reclamação constitucional 4.374/PE - Proponho, dessa forma, que o Supremo Tribunal Federal, no bojo da presente reclamação, revise a decisão anteriormente proferida na ADI 1.232 e declare a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei 8.742/93 (LOAS), sem pronúncia da nulidade, de forma a manter-se a sua vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. Nesse ponto, ressalte-se, novamente, que a recente Lei 12.435/2011 não alterou a redação original do § 3º do art. 20 da Lei 8.742/1993.  
  
Um cônjuge postula LOAS 88 (idoso), mas o outro já LOAS 87 (pessoa com deficiência.  Como reverter?  
PET 7203  - 4. Em respeito aos princípios da igualdade e da razoabilidade, deve ser excluído do cálculo da renda familiar per capita qualquer benefício de valor mínimo recebido por maior de 65 anos, independentemente se assistencial ou previdenciário, aplicando-se, analogicamente, o disposto no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do Idoso.  
REsp Repetitivo 1355052  - Desse modo, à luz dos princípios da isonomia e da dignidade humana, faz-se necessário aplicar, por analogia, o parágrafo único do artigo 34 da Lei n. 10.741/03 a pedido de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência, a fim de afastar do cálculo da renda per capita a que alude o § 3º do artigo 20 da Lei n. 8.742/93, o benefício previdenciário auferido por idoso, no importe de um salário mínimo, o que traduz inegável garantia à manutenção da subsistência da pessoa com deficiência e da pessoa idosa que faça parte do núcleo familiar.  
IN N° 02 de 2014 da AGU - Art. 1º Fica autorizada a desistência e a não interposição de recursos das decisões judiciais que, conferindo interpretação extensiva ao parágrafo único do art. 34 da Lei nº 10.741/2003, determinem a concessão do benefício previsto no art. 20 da Lei nº 8.742/93, nos seguintes casos: I) quando requerido por idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, não for considerado na aferição da renda per capita prevista no artigo 20, § 3º, da Lei n. 8.742/93: a) o benefício assistencial, no valor de um salário-mínimo, recebido por outro idoso com 65 anos ou mais, que faça parte do mesmo núcleo familiar; b) o benefício assistencial, no valor de um salário-mínimo, recebido por pessoa com deficiência, que faça parte do mesmo núcleo familiar; c) o benefício previdenciário consistente em aposentadoria ou pensão por morte instituída por idoso, no valor de um salário-mínimo, recebido por outro idoso com 65 anos ou mais, que faça parte do mesmo núcleo familiar; II) quando requerido por pessoa com deficiência, não for considerado na aferição da renda per capita prevista no artigo 20, § 3º, da Lei n. 8.742/93 o benefício assistencial:  
a) o benefício assistencial, no valor de um salário-mínimo, recebido por idoso com 65 anos ou mais, que faça parte do mesmo núcleo familiar; b) o benefício assistencial, no valor de um salário-mínimo, recebido por pessoa com deficiência, que faça parte do mesmo núcleo familiar. Art. 2º. O disposto no artigo anterior não afasta a necessidade de discussão da matéria fática, devendo ser impugnada a decisão judicial fundamentada em acervo probatório que não comprove, de forma efetiva, a situação de miserabilidade do autor da ação. Art. 3º Fica dispensada a não propositura de ação rescisória contra as decisões judiciais transitadas em julgado nos termos do art.1º desta Instrução Normativa.  
  
Boa renda familiar, mas altos gastos com remédios. O que fazer?  
Memorando-Circular Conjunto n° 58 /DIRBEN/DIRAT/DIRSAT/PFE/INSS  
Em 16 de novembro de 2016,  
Aos Superintendentes-Regionais, Gerentes-Executivos, Gerentes de Agências da Previdência Social, Especialistas em Normas e Gestão de Benefícios, Chefes de Divisão/Serviço de Benefícios, Chefes de Serviço/Seção de Reconhecimento de Direitos, Chefes de Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador e Chefes de Serviço/Seção de Atendimento.  
Assunto: Ação Civil Pública 5044874-22.2013.404.7100/RS. Exclusão do cálculo da renda per capita familiar das despesas do requerente de benefício assistencial que decorram diretamente da deficiência, incapacidade ou idade avançada, com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas na área de saúde, requeridas e negados pelo Estado.  
1. Comunicamos que na Ação Civil Pública-ACP nº 5044874-22.2013.4.04.7100/RS este Instituto foi condenado a "deduzir do cálculo da renda familiar, para fins de verificação do preenchimento do requisito econômico ao benefício de prestação continuada do art. 20 da Lei nº 8.742/93, as despesas que decorram diretamente da deficiência, incapacidade ou idade avançada, com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas na área de saúde, requeridos e negados pelo Estado".  
2. A decisão judicial tem abrangência nacional e vigência a partir de 04/05/2016, data da intimação do INSS para o cumprimento do acórdão.  
 
Irmão mais velho casado e com filhos pode entrar na composição do grupo familiar?  
"Para fins de benefício assistencial, o conceito de grupo familiar deve ser obtido mediante interpretação restrita das disposições contidas no § 1º do art. 20 da Lei nº 8.742/93 e no art. 16 da Lei nº 8.213/91" (PEDILEF 00542058320114036301 - DOU de 13.11.2015, pgs. 182/326)  
  
Enunciado nº 51 - O art. 20, parágrafo primeiro, da Lei 8742/93 não é exauriente para delimitar o conceito de unidade familiar (Aprovado no III FONAJEF).  
Aposentadoria de um salário-mínimo do cônjuge postulante foi considerada para o indeferimento do benefício assistencial. O que fazer?  
Ação Civil Pública N° 0004265-82.2016.403.6105  
(...) Neste sentido, em respeito aos princípios da igualdade e razoabilidade, bem como para se garantir a mínima condição existencial ao idoso e deficiente desamparado, por aplicação analógica e racional do parágrafo único do art. 34 da Lei 10.741/2003, resta evidente que, para fins de recebimento de benefício assistencial, o benefício de um salário-mínimo (previdenciário ou assistencial) que tenha sido concedido a outro ente familiar idoso ou deficiente não deve ser computado na renda do grupo familiar. (...)  
Ante o exposto, julgo procedente o pedido do autor, nos termos do art. 487, I, do CPC para determinar ao INSS em âmbito nacional que, na análise do requerimento de benefício assistencial de prestação continuada, não seja computado na renda per capta do grupo familiar o benefício de um salário-mínimo concedido a outro ente familiar idoso ou deficiente, nos termos da fundamentação supra, bem como para que o réu promova a publicidade ao ora determinado coma fixação de cartazes e informativo em todas as suas agências, adotando as medidas necessárias ao cumprimento de 30 (trinta) dias, sob pena de multa diária de R$10.000,00 (dez mil reais) por cada situação de descumprimento. Tendo sido proposta pelo Ministério Público Federal, a presente ação, não há condenação em honorários, nos termos da lei n. 7.347/1985.  
  
O INSS indeferiu, pois não foi constatada a incapacidade para o trabalho e para a vida.  O que fazer?  
Súmula 29 da TNU - Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento.  
Súmula 30 da AGU - A incapacidade para prover a própria subsistência por meio do trabalho é suficiente para a caracterização da incapacidade para a vida independente, conforme estabelecido no art. 203, V, da Constituição Federal, e art. 20, II, da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.  
LC 73/93 - Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União e dá outras providências - Art. 40. Os pareceres do Advogado-Geral da União são por este submetidos à aprovação do Presidente da República.§ 1º O parecer aprovado e publicado juntamente com o despacho presidencial vincula a Administração Federal, cujos órgãos e entidades ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento. 
 
A negativa se deu em razão da pessoa ser portadora visão monocular e ser, portanto, capaz de exercer outras atividades. Como reverter?  
Súmula 377 do STJ - O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.  
Súmula 45 da AGU - Os benefícios inerentes à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência devem ser estendidos ao portador de visão monocular, que possui direito de concorrer, em concurso público, à vaga reservada aos deficientes.  
  
A negativa se deu em razão da pessoa ser portadora de HIV, mas não estar incapaz no momento. Como reverter?  
Súmula 78 da TNU - Comprovado que o requerente de benefício é portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais, sociais, econômicas e culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da elevada estigmatização social da doença.  
Súmula 80 da TNU - Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistente social ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social pelo requerente.  
  
E se for outra doença que não é HIV, mas é igualmente estigmatizante?  
  
Enunciado 141 do FONAJEF - A Súmula 78 da TNU, que determina a análise das condições pessoais do segurado em caso de ser portador de HIV, é extensível a outras doenças igualmente estigmatizantes (Aprovado no XI FONAJEF).  
  
Reversibilidade - Motivo Perícia  
  
Lei 8.742/93 - Art. 20, § 2º. Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.  
  
Decreto 6.214/07, Art. 16, § 6º. Na hipótese de não ser possível prever a duração dos impedimentos a que se refere o inciso I do § 5º, mas existir a possibilidade de que se estendam por longo prazo, o benefício poderá ser concedido, conforme o disposto em ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Social.  
  
Súmula 48 da TNU - A incapacidade não precisa ser permanente para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada.  
  
PEDILEF 00050607920124036315  - Data da Decisão: 14/09/2016 - 15. Incidente de Uniformização de Jurisprudência conhecido e parcialmente provido para (i) reafirmar a tese de que a incapacidade temporária, independente do prazo de duração, não constitui óbice para a concessão de benefício assistencial ao deficiente;  
  
Precedentes do STJ - 4. Verifica-se que em nenhuma de suas edições a lei previa a necessidade de capacidade absoluta, como fixou o acórdão recorrido, que negou a concessão do benefício ao fundamento de que o autor deveria apresentar incapacidade total, de sorte que não permita ao requerente do benefício o desempenho de qualquer atividade da vida diária e para o exercício de atividade laborativa (fls. 155). 5. Não cabe ao intérprete a imposição de requisitos mais rígidos do que aqueles previstos na legislação para a concessão do benefício. 6. Recurso Especial do Segurado provido para restaurar a sentença que reconheceu que a patologia diagnosticada incapacita o autor para a vida independente e para o trabalho. (REsp 1404019. Relator(a): NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO. STJ. Órgão julgador: PRIMEIRA TURMA).  
  
Refugiado sírio ou estudante moçambicano que veio cursar faculdade no Brasil postula benefício assistencial. Pode?  
  
PROCESSO: 0006972-83.2012.4.01.3400  
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO  
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS, UNIAO FEDERAL  
II.3 Da extensão dos efeitos da presente sentença  
  
(...)  
  
No caso em apreço, o direito que se busca tutelar enquadre-se na categoria dos direitos coletivos stricto sensu, assim entendidos "os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base" (art.81, inciso II, do CDC). Com efeito, há uma relação jurídica entre os titulares do direito e a parte adversa, consistente no direito à cobertura assistencial. Além disso, inexiste possibilidade de diferenciação, decorrendo daí sua natureza indivisível, porque a solução jurisdicional conferirá tratamento idêntico a todos os que fizerem parte do grupo.  
  
Impõe-se, assim, a incidência, na espécie, do regramento próprio dos direitos coletivos stricto sensu, na esteia da orientação jurisprudencial do STJ acima colacionada.   
  
De fato, mostra-se mais consentânea com o escopo da tutela coletiva a extensão da eficácia da presente sentença a todo o território nacional, a fim de alcançar todos aqueles que, na condição de estrangeiro regular residente no país, venham a requerer a concessão de benefício de prestação continuada.   
  
Entendimento contrário, ademais, não se sustenta, seja pela possibilidade de ensejar manifestações judiciais contraditórias sobre a matéria sub examine , seja porque foge ao razoável exigir-se o ajuizamento de ações com idêntico teor em cada uma das Seções Judiciárias que compõem a Justiça Federal.  
  
PROCESSO: 0006972-83.2012.4.01.3400  
AUTOR: DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO  
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS, UNIAO FEDERAL  
  
(...)    
  
Ante o exposto, DECLARO incidentalmente a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei n. 8.742/93, unicamente na parte em que restringiu o direito à assistência social aos cidadãos, e JULGO PROCEDENTE o pedido da autora para determinar ao INSS que se abstenha de indeferir pedidos de benefícios assistenciais exclusivamente por motivo de nacionalidade dos requerentes, a fim de garantir, em todo território nacional, aos estrangeiros, em situação regular, idosos ou com deficiência, hipossuficientes economicamente e residentes no país, o direito ao benefício assistencial insculpido no art. 203, V, da Constituição Federal.  
  
STF - RE 587.970 - Como já consignado, somente o estrangeiro com residência fixa no País pode ser auxiliado com o benefício assistencial, porquanto inserido na sociedade, contribuindo para a construção de melhor situação social e econômica da coletividade. Considere-se que somente o estrangeiro em situação regular no País, residente, idoso, portador de necessidades especiais, hipossuficiente em si mesmo e presente a família, pode se dizer beneficiário da assistência em exame. Nessa linha de ideias, os estrangeiros em situação diversa não alcançam a assistência, tendo em vista o não atendimento às leis brasileiras, fato que, por si só, demonstra a ausência de noção de coletividade e de solidariedade a justificar a tutela do Estado.  
 
TEMA 05 - Cálculos dos benefícios previdenciários 
Prof. Milvio Braga 
AULA 01 – CONCEITOS BÁSICOS 
· Salário-de-contribuição - SC 
· Salário de benefício - SB 
· Renda Mensal Inicial – RMI 
· Coeficiente 
Como apurar o valor do benefício? 
RESUMINDO: RMI = SB x Coeficiente 
Legenda:  
RMI = Renda Mensal Inicial 
SB = Salário de benefício 
Coeficiente = Coeficiente típico de cada benefício 
 
O valor do benefício (RMI) é apurado através do cálculo do salário-de-benefício (art. 29, Lei nº 8.213/91).   
Por sua vez, o salário de benefício (art. 28, Lei nº 8.213/91) utiliza os salários de contribuição do segurado para ser calculado.   
Sendo assim, para chegar ao valor da renda do benefício o último passo é multiplicar o resultado do salário de benefício pelo coeficiente típico de cada benefício.  
Contudo, tomem cuidado que os benefícios de Salário-Família e Salário-MaternidadeNÃO usam o salário de benefício como base de cálculo. 
 
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO  
É a base de cálculo das contribuições devidas pelos segurados do RGPS. É um conceito mais restrito que o conceito de Remuneração do Direito do Trabalho, portanto, nem todas as parcelas que integram a remuneração do Trabalhador são componentes do salário de contribuição.  
  
Parcelas integrantes do salário de contribuição: art. 28, inciso I da Lei n. 8.212/91 
-> 13º salário; (sobre o 13o existe a contribuição previdenciária) 
-> os abonos de férias excedentes aos limites da legislação trabalhista; 
-> valor total das diárias pagas, quando excedentes a 50% da remuneração mensal; 
-> Os ganhos habituais sob forma de utilidades (salários in natura ou "por fora") e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços; 
-> O valor mensal do auxílio-acidente; e salário-maternidade são os únicos benefícios do RGPS que são considerados salários de contribuição 
-> As gorjetas; 
-> os adicionais pelo exercício das atividades em condições adversas (adicional noturno, horas extras, adicional de insalubridade, de periculosidade, e de penosidade, de transferência de local de serviço e por tempo de serviço - anuênio, biênio, qüinqüênio, etc); 
-> remuneração indireta (isenção de taxa de condomínio para o síndico);  
 
Parcelas não integrantes do salário de contribuição:  art. 28, § 9o da Lei n. 8.212/91 
, rol taxativo: 
-> Benefícios Previdenciários (exceto salário-maternidade e auxílio-acidente); 
-> Indenizações de qualquer natureza; 
-> Férias indenizadas; 
-> Dobra de férias; 
-> Incentivo a demissão; 
-> Abono de férias; 
-> Ganhos eventuais (gratificações por resultado, por exemplo) desde que não habituais; 
-> Auxílio/ajuda de Alimentação; 
-> Auxílio/ajuda de Transporte; 
-> Ajudas de custo 
-> diárias de viagens que NÃO excedam 50% da remuneração mensal; 
-> Seguro de vida; 
-> Assistência Médica (plano de saúde ou odontológico); 
-> Auxílio/ajuda na Educação; 
-> Previdência Privada; 
-> Complementação de Auxílio-Doença; 
-> Auxílio/ajuda em vestuário; 
-> Reembolsos; 
-> Participação nos lucros; PLR ou PPL 
-> Direitos Autorais; 
-> Remuneração de estágio (estagiário pode ser segurado facultativo); 
-> Remuneração de ministro de confissão Religiosa (padres, pastores, etc); não há obrigação contributiva. Eles são contribuintes individuais. 
   
Em resumo, tudo o que é indenizatório, ou ressarcimento ou PARA o exercício da Profissão NÃO É SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO.  
Se a origem do valor é PELO exercício da atividade laboral ou HABITUAL, então a verba é salário de contribuição.  
  
Limites para 2018 
=> Máximo: Atualmente é de R$ 5.645,80; (teto) 
=> Mínimo: Atualmente é de R$ 954,00. 
 
AULA 2 – Proporcionalidade do S.C. e Salário Benefício 
DA PROPORCIONALIDADE DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO  
O salário de contribuição pode ser proporcional na medida em que o segurado não trabalhe o mês inteiro.  
Como exemplo simples e rápido para entendermos, um segurado contratado ou dispensado no meio do mês, tem como salário de contribuição para este mês, metade de sua contribuição.   
Neste caso, o salário de contribuição pode ser INFERIOR a um salário-mínimo.  
 O menor aprendiz que trabalhe em desacordo com a legislação é equiparado para fins previdenciários ao segurado empregado, contudo, pode ter salário de contribuição inferior a um salário-mínimo.  
DO REAJUSTE DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 
Como a lei determina que para a apuração do salário de benefício utilizemos contribuições referentes a meses anteriores ao requerimento do benefício, os salários de contribuição devem ser devidamente corrigidos/reajustados, pois o valor contribuído a alguns anos atrás não pode ser usado sem a devida atualização.  
O art. 29-B, da lei nº 8.213/91, determinou que a correção deve ser feita pela variação do INPC do período.  
  
CÁLCULO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO  
Redação original do Art. 29, da Lei 8.213/91: (Vigente até 28/11/1999)  
O salário de benefício consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários de contribuição dos meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48 (quarenta e oito) meses.  
 
Art. 29 com redação dada pela Lei nº 9.876/99 - O salário de benefício consiste:  
I - para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário;  
Aposentadoria por idade e por tempo de contribuição; 
II - para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.  
O resto dos benefícios e aposentadoria. 
  
FATOR PREVIDENCIÁRIO  
O fator previdenciário considera a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar.  
A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pelo IBGE, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos.  
Para o cálculo do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do segurado serão adicionados:         
=> 05 (cinco) anos, quando se tratar de mulher; 
=> 05 (cinco) anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio; 
=> 10 (dez) anos, quando se tratar de professora que comprove as mesmas condições do professor. 
   
Para o(a) professor(a) que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição.  
Ao segurado que alcançar o requisito necessário ao exercício da opção acima e que deixar de requerer o benefício será assegurado o direito à opção com a aplicação da pontuação exigida na data do cumprimento dos requisitos.  
  
O art. 29-C, foi incluído pela Lei nº 13.183/2015 e cria uma possibilidade de exclusão do fator previdenciário.   
Assim, o segurado que preencher os requisitos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição (carência - 180 contribuições mensais; tempo de contribuição: 30 anos mulher e 35 anos homem) poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações de ano e mês, na data de requerimento da aposentadoria for:  
  
- Homem: Tempo de contribuição + idade = 95; e 
- Mulher: Tempo de contribuição + idade = 85. 
  
Assim a RMI será = 100 % do salário de benefício (do art. 29, I, da Lei nº 8.213/91) SEM aplicação do fator previdenciário.  
Contudo, a soma será elevada em 31 de dezembro de:  
01/01/2019 = 96/86;  
01/01/2021 = 97/87; 
01/01/2023 = 98/88; 
01/01/2025 = 99/89; 
01/01/2027 = 100/90. 
ATIVIDADE: 
O Sr. Autonomildo trabalhou e contribuiu como autônomo por várias décadas, porém, quando foi se aposentar o INSS só considerou para valor as contribuições como contribuinte individual que ele verteu enquanto trabalhava para empresas, não levando em consideração as realizadas quando o segurado laborou para pessoas físicas. A decisão do INSS está correta? Fundamente a sua resposta! 
R: O inciso III, do artigo 28, da Lei 8.212/91 prevê que é salário de contribuição para o contribuinte individual a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria. Com efeito, as contribuições vertidas pelo trabalho com pessoas físicas também deve ser considerados. 
 
AULA 03 - Exclusão do fator previdenciário 
 
=> Entendimento do STJ:  
"Não incide o fator previdenciário no cálculo do saláriode benefício da aposentadoria do professor" (AgRg no REsp 1251165/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 07/10/2014, DJe 15/10/2014) Agravo regimental improvido" (STJ, AgRg no REsp 1.485.280/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/04/2015).  
Nesse mesmo sentido, as seguintes decisões: STJ, REsp 1.485.280 - RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 26/03/2015; REsp 1.471.412 - PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, 26/09/2014; REsp 1.251.165 - RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, 06/08/2014.  
  
=> Entendimento Uniformizado na TNU:  
PROCESSO: 5010858-18.2013.4.04.7205:  
O relator do processo na TNU, juiz federal João Batista Lazzari, conheceu o pedido de uniformização e afirmou que existe divergência entre decisões de turmas recursais de diferentes regiões.  
 "O cerne da divergência está relacionado à aplicação do fator previdenciário na apuração da RMI do benefício de aposentadoria em funções de magistério. Além disso, a Segunda e a Quinta Turmas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) possuem entendimento no sentido do afastamento do FP no cálculo das aposentadorias dos professores", afirmou.  
  
=> Entendimento do TRF4:  
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO DE PROFESSOR. INCIDÊNCIA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A jurisprudência da Quinta e Sexta Turmas desta Corte havia assentado o entendimento de que, não sendo a aposentadoria por tempo de serviço do professor considerada como aposentadoria especial, não seria possível afastar-se, do cálculo do benefício, a incidência do fator previdenciário, a teor do art. 29, I, da Lei 8.213/91.  2. Não obstante, o tema foi, recentemente, objeto da Arguição de Inconstitucionalidade nº 5012935-13.2015.4.04.0000, cujo julgamento ultimou-se na sessão da Corte Especial do dia 23-06-2016, afirmando-se, por maioria, a inconstitucionalidade do inciso I do artigo 29 da Lei 8.213/91, sem redução do texto, e dos incisos II e III do § 9º do mesmo dispositivo, com redução de texto, em relação aos professores que atuam na educação infantil e no ensino fundamental e médio.  3. Dessa forma, reconhecida a inconstitucionalidade do inciso I do artigo 29 da Lei 8.213/91, DEVE SER AFASTADA A INCIDÊNCIA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO do cálculo da aposentadoria por tempo de serviço de professora titulada pela parte autora, com o pagamento das diferenças vencidas desde a DER (12-04-2004), observada a prescrição quinquenal. (TRF4, AC 0001593-03.2014.404.9999, SEXTA TURMA, Relator CELSO KIPPER, D.E. 18/08/2016). Contudo, no TRF 4 ainda não se pode considerar o entendimento pacificado, pois pendente de julgamento um IRDR (nº 11), cujos os paradigmas são 50325236920164040000 e 50047788620144047210. 
CONTUDO, no TRF4 ainda não se pode considerar o entendimento pacificado, pois pendente de julgamento um IRDR n. 11, cujos os paradigmas são 50325236920164040000 e 50047788620144047210. 
ATIVIDADE: 
O Sr. Astrogildo se aposentou com renda mensal inicial equivalente a 10 salários-mínimos e busca o seu escritório, pois hoje só recebe 5. Há algo que pode ser feito pelo Sr. Astrogildo para que ele volte a receber os 10 salários-mínimos? 
R: Não, porquanto, o inciso IV, do artigo 7º, da CF, prevê que o salário mínimo não pode ser vinculado para qualquer fim. 
 
AULA 4 - Cálculo do Salário de benefício 
Regra transitória dada pela Lei nº 9.876/99:  
Art. 3º - Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário de benefício será considerada a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.  
§1º - Quando se tratar de segurado especial, no cálculo do salário de benefício serão considerados um treze avos da média aritmética simples dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua contribuição anual, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do § 6º do art. 29 da Lei nº 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.  
§2º - No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o §1º não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período contributivo.  
 Idade, tempo de contribuição e especial. 
 
ATIVIDADES CONCOMITANTES NO RGPS  
Art. 32 - O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes será calculado com base na soma dos salários de contribuição das atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 e as normas seguintes:  
I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido, o salário de beneficio será calculado com base na soma dos respectivos salários de contribuição;   
II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário de benefício corresponde à soma das seguintes parcelas:  
a) o salário de benefício calculado com base nos salários de contribuição das atividades em relação às quais são atendidas as condições do benefício requerido;  
b) um percentual da média do salário de contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completo de contribuição e os do período de carência do benefício requerido;  
III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da alínea "b" do inciso II será o resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício.  
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do salário de contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes.  
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que tenha sofrido redução do salário de contribuição das atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário.  
  
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. VÍNCULOS CONCOMITANTES. ATIVIDADE ÚNICA DE PROFESSOR. ARTIGO 32 DA LEI Nº 8.213/91.  1. A expressão "atividades concomitantes", à qual alude a legislação previdenciária na parte em que trata do cálculo da renda mensal inicial, deve ser entendida como indicativo de pluralidade de profissões ou de recolhimento de rubricas diferentes. 2. O desempenho da mesma atividade em vínculos diversos viabiliza a soma dos salários de contribuição. Precedentes. (TRF4, APELREEX 5001172-86.2010.404.7114, Quinta Turma, Relator p/ Acórdão Ricardo Teixeira do Valle Pereira, juntado aos autos em 10/06/2013)  
 
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ART. 29, §5º, DA LEI 8.213/91. INTERESSE DE AGIR. ARTS. 96 E 32 DA LBPS. (...) 2. O inciso II do referido art. 96 ("é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes") não se aplica ao caso dos autos, que versa sobre tempos de serviço prestados na mesma época e, portanto, concomitantes, mas distintos: prestação de atividade laboral pelo regime celetista e trabalho na condição de servidor público.  3. O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes deve ser calculado nos termos do art. 32 da lei nº 8.213/91, somando-se os respectivos salários de contribuição quando satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido. 4. não tendo o segurado preenchido as condições para a concessão do benefício em relação a ambas as atividades, o salário de benefício corresponderá à soma do salário de benefício daatividade principal e de um percentual da média do salário de contribuição da atividade secundária. (TRF4, AC 5001837-35.2010.404.7007, SEXTA TURMA, RELATOR CELSO KIPPER, D.E. 18/12/2012)  
  
RECURSO CÍVEL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ATIVIDADES CONCOMITANTES. SOMA DOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO. NÃO CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES DO BENEFÍCIO PRETENDIDO EM RELAÇÃO A CADA ATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. FATOR PREVIDENCIÁRIO. NÃO APLICAÇÃO NO CÁLCULO DA MÉDIA DOS SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE CONCOMITANTE. 1. Não é possível a soma dos salários de contribuição da atividade principal e secundária, se em relação a esta última o segurado não cumpriu os requisitos necessários para a concessão da aposentadoria. Nesse caso, a repercussão da atividade secundária no valor da renda mensal inicial do benefício de aposentadoria deve ser verificada na forma do art. 32, II, da Lei 8.213/91. 2. A compreensão do art. 32, II, b, da Lei 8.213/91 leva à conclusão de que não pode haver a incidência de fator previdenciário no cálculo da média dos salários de contribuição da atividade concomitante. E, ainda, a média a ser considerada é a média simples, sem exclusão de salários de contribuição ou aplicação da regra de transição da Lei 9.876/99. 3. Inteligência do art. 32 da Lei 8.213/91 e Instruções Normativas do INSS. 4. Recurso parcialmente provido. (5041982-86.2012.404.7000, Terceira Turma Recursal do PR, Relatora p/ Acórdão Flávia da Silva Xavier, julgado em 26/08/2015)  
 
PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EMBARGOS. PRESCRIÇÃO. ATIVIDADES CONCOMITANTES. - ATIVIDADE PRINCIPAL - CRITÉRIO DE ENQUADRAMENTO. LEI 8.213/91. ART. 32. FORMA DE CÁLCULO. SISTEMÁTICA DE INCIDÊNCIA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADES CONCOMITANTES SOB REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA E REGIME GERAL - IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART.32 DA LEI 8.213/91. 1. (...). 2. (...). 3. O salário de benefício do segurado que contribuir em razão de atividades concomitantes deve ser calculado nos termos do art. 32 da lei 8.213/91, somando-se os respectivos salários de contribuição quando satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício requerido. 4. não tendo o segurado preenchido as condições para a concessão do benefício em relação a todas as atividades, o salário de benefício corresponderá à soma do salário de benefício da atividade principal e de percentuais das médias dos salários de contribuição das atividades secundárias (art. 32, II, da lei 8.213/91), considerada como principal a que implicar maior proveito econômico ao segurado, consoante entendimento deste tribunal. 5. (...) 6. para fins de aplicação das regras previstas nos incisos II e III do art. 32 da LB, o salário de benefício corresponde à soma das seguintes parcelas: a) salário de benefício calculado com base nos salários de contribuição das atividades principais dentro do PBC; b) um percentual da média dos salários de contribuição de cada uma das atividades secundárias, equivalente à relação entre os anos completos de cada atividade e o número de anos de serviço considerado para a concessão do benefício. 7. O fator previdenciário, em se tratando de atividades concomitantes, deve incidir uma única vez, apenas após a soma das parcelas referentes à atividade principal e secundária, tendo por base o total de tempo de serviço do segurado. Isso porque não há razão para sua incidência de forma independente quanto a cada atividade - principal ou secundária - pois o fator é um redutor que tem base, dentre outras variáveis, na idade do segurado no momento do preenchimento dos requisitos para a concessão do benefício, visando desestimular a aposentação precoce, e, em última instância, estabelecer o equilíbrio atuarial do sistema. 8. O artigo 32 da lei nº 8.213/91, no inciso II, alínea b, determina, quanto às atividades secundárias, apenas a apuração da "proporção da média dos salários de contribuição", não determinando, tecnicamente, a obtenção de "salário de benefício secundário". Em relação às atividades secundárias, terciárias, etc, já há um redutor referente à proporção do número de anos de contribuição/serviço. Determinar a incidência também do fator previdenciário considerando o tempo de serviço apenas dessa atividade (que geralmente é de poucos anos) importa na redução do chamado "salário de benefício secundário" a valores ínfimos, tornando de certa forma inócua a forma de cálculo prevista no artigo 32, II e III. 9. Na hipótese de desempenho de atividades concomitantes no período básico de cálculo, inviável a soma das respectivas remunerações ou mesmo a simples consideração da maior remuneração quando não atingidos os requisitos para a aposentadoria em ambas as atividades, já que há sistemática específica para cálculo do salário de benefício (art. 32 da lei 8.213/91). 10. (...) 11. (...). (TRF4, AC 5001412-62.2011.404.7204, 5ª Turma, Relator P/ Acórdão Ricardo Teixeira Do Valle Pereira, Juntado Aos Autos Em 06/11/2012) 
ATIVIDADE: 
O Sr. Aposentildo teve a aposentadoria por idade concedida e nela foi usado o fator previdenciário cuja alíquota era de 0,80. O procedimento do INSS está correto? Fundamente a sua resposta! 
R: Conforme o artigo 7º, da Lei 9.876/99, prevê que “é garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opção pela não aplicação do fator previdenciário a que se refere o art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei”, ou seja, o fator previdenciário só será aplicado se for beneficiar o segurado o que não aconteceu nesse caso. O procedimento do INSS está errado. 
 
TEMA 06 - Cálculos dos benefícios previdenciários II 
Prof. Milvio Braga 
AULA 01 – Atividade Concomitante no RGPS 
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NACIONAL. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. ATIVIDADES CONCOMITANTES. ARTIGO 32 DA LEI 8.213/91. DERROGAÇÃO A PARTIR DE 01/04/2003. UNIFORMIZAÇÃO PRECEDENTE DA TNU. DESPROVIMENTO. 1. Ratificada, em representativo da controvérsia, a uniformização precedente desta Turma Nacional no sentido de que tendo o segurado que contribuiu em razão de atividades concomitantes implementados os requisitos ao benefício em data posterior a 01/04/2003, os salários de contribuição concomitantes (anteriores e posteriores a 04/2003) serão somados e limitados ao teto (PEDILEF 50077235420114047112, JUIZ FEDERAL JOÃO BATISTA LAZZARI, TNU, DOU 09/10/2015 PÁGINAS 117/255). 2. Derrogação do art. 32 da Lei 8.213/91, diante de legislação superveniente (notadamente, as Leis 9.876/99 e 10.666/03).  3. Incidente de uniformização conhecido e desprovido. A Turma Nacional de Uniformização, por maioria, vencido o relator, decidiu, por unanimidade, CONHECER e, por maioria, NEGAR PROVIMENTO AO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO, nos termos do voto divergente da Juíza Federal Luísa Hickel Gamba, vencido o Juiz Federal Relator e o Juiz Federal Atanair Nasser Ribeiro Lopes. (PEDILEF 50034499520164047201, JUÍZA FEDERAL LUISA HICKEL GAMBA, TNU, eProc 05/03/2018.)  
  
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESE ENSEJADORA DO RECURSO. EXISTÊNCIA DE OMISSÃO. ATIVIDADES CONCOMITANTES. EFEITOS INFRINGENTES.  1. A acolhida dos embargos declaratórios só tem cabimento nas hipóteses de omissão, contradição, obscuridade ou correção de erro material. 2. Diante da existência de omissão, impõe-se a correção do acórdão no ponto em que equivocado, ainda que, sanada a omissão, a alteração da decisão surja como consequência necessária.  3. Verifica-se a derrogação do artigo 32 das Lei 8.213/9, a partir de 1º de abril de 2003, de modo que a todo segurado que tenha mais de um vínculo deve ser admitida, independentemente da época da competência, a soma dos salários de contribuição, respeitado o teto. 4. Embargos de declaração providos com efeitos infringentes. (TRF4 5005330-65.2015.4.04.7000, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, juntado aos autos em 19/06/2018)  
  
PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. AUXÍLIO-DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS NÃO ATENDIDOS. CAPACIDADE LABORATIVA. PERÍCIAJUDICIAL. FINALIDADE. REVISÃO DE RMI. SALÁRIO DE BENEFÍCIO. ATIVIDADES CONCOMITANTES. DUAS ATIVIDADES COMO EMPREGADO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 32 DA LEI Nº 8.213/91. DIFERENÇAS DEVIDAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. PRECEDENTES DO STF E DO STJ. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. Omisses; 2. Omisses; 3. Omisses; 4. O artigo 32 da Lei nº 8.213/91 ao referir-se a atividades concomitantes, diz respeito ao exercício de mais de uma atividade vinculada ao Regime Geral da Previdência Social, seja exercida em idêntica categoria de segurado ou não.   5. Não há restrição ou limitação legal no sentido de que não seja aplicado o referido dispositivo quando se tratar de duas atividades na condição de empregado. 6. Critérios de correção monetária e juros de mora consoante precedente do STF no RE nº 870.947e do STJ no REsp nº 1.492.221/PR, DJe de 20-3- 2018. 7. Reconhecida hipótese de sucumbência recíproca deve ser admitida a compensação dos honorários advocatícios, posto que a sentença foi prolatada na vigência do Código de Processo Civil de 1973. (TRF4 5053668-12.2011.4.04.7000, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DO PR, Relator FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 21/06/2018) 
ATIVIDADE 
No cálculo do fator previdenciário da Sra. Astrogilda o INSS acrescentou 5 anos no tempo de contribuição dela. O procedimento está correto? Fundamente a sua decisão! 
R: O procedimento está correto, porquanto o inciso I, do parágrafo 9º, do artigo 29, da Lei 8.213/91, prevê que o para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição das seguradas serão adicionados cinco anos. 
 
AULA 02 – Período Básico de Cálculo (PBC) Aposentadoria: Invalidez e Idade 
=> Na redação original, vigente até 28/11/1999: Era a relação de salários de contribuição formada pelo número de contribuições apuradas nos 48 meses anteriores ao requerimento até o máximo de 36 contribuições.  
 => Após a entrada em vigor da Lei nº 9.876/99: Para o segurado filiado a Previdência Social a partir de 29/11/1999: Será a relação dos salários de contribuição correspondentes a todos os meses contribuídos.  
Para os segurados que filia-se ao RGPS pós Lei. 
=> Após a entrada em vigor da Lei nº 9.876/99: Para o segurado filiado à Previdência Social até 28/11/1999: Será a relação dos salários de contribuição, correspondentes aos meses decorridos entre julho de 1994 e o mês anterior ao do afastamento da atividade ou da data do requerimento.  
  
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ  
 => Redação original: RMI (até a 9876/99)= 80% do salário de benefício, mais 1% deste, por grupo de 12 contribuições, limitado a 100% do salário de benefício; ou 
100% do salário de benefício ou do salário de contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.  
=> Redação após Lei nº 9.032/1995: RMI = 100% (noventa e um por cento) do salário de benefício.  
Em todos os períodos há a possibilidade de acrescentar 25% do valor do benefício caso o segurado necessite de assistência permanente de terceiros.  
 
APOSENTADORIA POR IDADE 
Regra anterior (antes da Lei nº 9.876/99):   
=> RMI: é igual a 70% do salário de benefício acrescido de 1%, para cada grupo de 12 (doze) contribuições mensais, até o limite de 100%.  
  
Regra atual (após Lei nº 9.876/99):            
=> RMI: é igual a 70% do salário de benefício acrescido de 1%, para cada grupo de 12 (doze) contribuições mensais, até o limite de 100%.  
 => Fator previdenciário é FACULTATIVO (art. 7), só sendo utilizado se for para melhorar o valor do benefício, ou seja, se for maior do que 1.  
 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
=> De 05/04/1991 a 15/12/1998 (art. 53 da Lei nº 8.213/91):  
- Para mulher: 70% do salário de benefício aos 25 anos, mais 6% deste para cada ano novo completo de atividade, até o máximo de 100% do salário de benefício aos 30 anos de serviço.  
- Para homem: 70% do salário de benefício aos 30 anos de serviço, mais 6% deste para cada ano novo completo de atividade, até o máximo de 100% do salário de benefício aos 35 anos de serviço. 
ATVIDADE 
Um segurado do sexo masculino possui 64 anos de idade e 45 anos de tempo de contribuição e o INSS concedeu o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição dele pela regra 85/95. O INSS informou que ele seria obrigado a não aplicar o fator previdenciário. Nessa situação o fator é positivo e viria a aumentar o valor do benefício. A decisão do INSS está correta? Fundamente a sua reposta! 
R: O Enunciado nº 5 do CRPS prevê que o INSS sempre é obrigado a conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus sendo que nesse caso o melhor benefício é a concessão da aposentadoria com a aplicação do fator previdenciário. Desse modo, a decisão do INSS encontra-se errada. 
 
AULA 03 – Aposentadoria – Tempo de Contribuição Especial 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
=> De 16/12/1998 em diante serão consideradas 03 (três) situações distintas: 
1ª) Para o segurado filiado à Previdência Social de 16/12/1998 em diante (§7º, do art. 201, da Constituição Federal, com a redação da EC nº 20 de 15/12/1998): 
É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 
I - 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher; com coeficiente de 100%. (aposentadoria integral) 
 
2ª) Para o segurado filiado à Previdência Social até 16/12/1998 (art. 9º da EC nº 20/98): 
É assegurado o direito à aposentadoria (PROPORCIONAL) ao segurado que tenha se filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta emenda, quando, cumulativamente, atender aos seguintes requisitos: 
Idade mínima: 53 anos de idade, se homem, e 48 anos, se mulher, e 
Tempo de Contribuição: igual, no mínimo, à soma de 30 anos, se homem, e 25 anos, se mulher; acrescidos de um período adicional de contribuição (PEDÁGIO) equivalente a 40% do tempo que, na data da publicação da EC nº 20/98 (16/12/1998), faltaria para atingir o limite de tempo acima destacado. 
O segurado que se aposentar desta forma terá Renda Mensal Inicial equivalente a 70% do valor do salário de benefício, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma entre o mínimo exigido e o pedágio, até o limite de 100%. (além do pedágio) 
Ex: HOMEM, 25 anos de tempo de contribuição em 16/12/1998  
Mínimo necessário = 30 anos de contribuição  
faltava = 5 anos 
Pedágio = 40% do período que falta = + 2 anos de tempo de contribuição 
AP PROPORCIONAL – 53 anos e 32 anos de contribuição 
Se na DIB o segurado tiver 53 anos de idade + 34 anos de tempo de contribuição, a RMI será o SB x 80% (pois completou 2 anos a mais do pedágio) 
70% + 5% para cada ano além do pedágio 
Ainda, é assegurado o direito à aposentadoria (INTEGRAL) ao segurado que tenha se filiado ao regime geral de previdência social, até a data de publicação desta emenda, quando o mesmo tiver Tempo de Contribuição igual, no mínimo, à de 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher, com renda mensal inicial no importe de 100% do valor do salário de benefício. (sem idade mínima) 
3ª) Para o segurado que até o dia 28/11/1999 tenha cumprido os requisitos para concessão do benefício ficou assegurado o direito adquirido ao cálculo segundo as regras até então vigentes, podendo optar pela mais vantajosa. 
APOSENTADORIA ESPECIAL 
Completando o segurado 15, 20 ou 25 anos de trabalho sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
=> Redação original: RMI (em 1991)= 85% do salário de benefício, mais 1% deste, por grupo de 12 contribuições, não podendo ultrapassar 100% do salário de benefício. 
=> Redação atual (após Lei nº 9.032/1995): RMI = é igual a 100% do salário de benefício, calculado de acordo com o inciso II, do art. 29, da Lei nº 8.213/91 (SEM fator previdenciário). 
 
AULA 04 – Salário de benefício e a atividade concomitante 
AUXÍLIO-DOENÇA 
Redação original: RMI = 80% do salário de benefício, mais 1% deste, por grupo de 12 contribuições, não podendo ultrapassar 92%do salário de benefício; ou 92% do salário de benefício ou do salário de contribuição vigente no dia do acidente, o que for mais vantajoso, caso o benefício seja decorrente de acidente do trabalho.  
=> Redação após Lei nº 9.032/1995: RMI = 91% (noventa e um por cento) do salário de benefício. (não existe mais a diferença de acidentário ou doença) 
=> Redação atual (após lei nº 13.135/2015): O Valor do auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários de contribuição.  
  
AUXÍLIO-ACIDENTE  
=> Redação original: RMI = 30%, 40% ou 60% (dependia da gravidade das sequelas - leve, moderada ou grave) do salário de contribuição do segurado vigente no dia do acidente, não podendo ser inferior a esse percentual do seu salário de benefício.  
=> Redação atual (após Lei nº 9.032/1995): RMI = é igual a 50% do salário de benefício do auxílio-doença precedente, devidamente atualizado pelo índice de correção monetária dos benefícios em manutenção.  
  
SALÁRIO MATERNIDADE  
=> Redação original:   
Varia de acordo com a categoria da segurada:  
- Empregada ou Trabalhadora Avulsa = 100% de sua última remuneração - SEM LIMITE AO TETO;  
- Domésticas = ao valor do último salário de contribuição;  
- Segurada Especial = 1 (um) salário-mínimo;  
- Contribuinte Individual e Facultativa = 01/12 dos 12 últimos salários de contribuição apurados em período não superior a 15 meses.  
  
PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO  
=> Pensão por Morte: RMI = 100% do salário de benefício a que teria direito se fosse aposentado por invalidez na data do óbito ou a 100% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado Instituidor se já fosse aposentado na data do óbito.  
=> Auxílio-Reclusão: RMI = a da pensão por morte, a diferença é que a referência é a prisão do segurado instituidor e não há equiparação a valor de aposentadoria, pois se acaso o segurado esteja aposentado no momento da prisão o benefício não é devido.   
  
REAJUSTE NO VALOR DOS BENEFÍCIOS  
 => Lei 8.213/91, Art. 41-A:  
O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no INPC, apurado pelo IBGE. (em 01/2018 o reajuste foi de 2,07%)  
§1º - Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário de benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos.  
  
CÁLCULO DO VALOR DA CAUSA  
Obediência aos termos do art. 292, §§ 1º e 2º, do NCPC:  
Art. 292 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:  
§1º - Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.  
§2º - O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
TEMA 07 – Novas Teses Revisionais 
Prof. Milvio Braga 
AULA 01 – Correção Monetária e Juros de Mora. Posicionamento STF e STJ 
· CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA 
Lei nº 11.960/2009: Art. 1º-F - Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança. 
 
· POSICIONAMENTO DO STJ 
 
PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. REVISÃO DE APOSENTADORIA. JUROS DE MORA. LEI 11.960/2009. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO 1.270.439/PR. CORREÇÃO MONETÁRIA. INPC. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A questão a ser revisitada em sede de agravo regimental gira em torno dos juros de mora e do índice de correção monetária, nos termos da Lei 11.960/2009, tratando-se de benefícios previdenciários.  2. No tocante aos juros de mora, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça assentou nos autos do Recurso Especial Repetitivo 1.205.946/SP, sua natureza processual e por conseguinte, a incidência imediata do percentual previsto no art. 1º-F da Lei 9.494/1997 na redação dada pela Lei 11.960/2009. 3. Acrescente-se que a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, também em sede de representativo da controvérsia, Recurso Especial Repetitivo 1.270.439/PR, alinhado ao acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 4.357/DF, que declarou a inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, do art. 5º da Lei 11.960/2009, assentou entendimento de que a inconstitucionalidade se refere apenas aos critérios de correção monetária ali estabelecidos, permanecendo eficaz a Lei 11.960/2009 em relação aos juros de mora, exceto para as dívidas de natureza tributária. 4. No que se refere à correção monetária, impõe-se o afastamento do artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, em razão da declaração de inconstitucionalidade quanto ao ponto, no julgamento da ADI 4.357. 5. Tratando-se de benefício previdenciário, havendo lei específica, impõe-se a observância do artigo 41-A da Lei 8.213/1991, que determina a aplicação do INPC.  6. Agravo regimental não provido. (STJ, Ag. Reg. no Rec. Esp. 1.428.673/RS, 2ª T., Rel.: Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, j. em 05/08/2014, DJe 12/08/2014). 
POSICIONAMENTO DO STF 
 
O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Luiz Fux, apreciando o tema 810 da repercussão geral, deu parcial provimento ao recurso para, confirmando, em parte, o acórdão lavrado pela Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, (i) assentar a natureza assistencial da relação jurídica em exame (caráter não-tributário) e (ii) manter a concessão de benefício de prestação continuada (Lei nº 8.742/93, art. 20) ao ora recorrido (iii) atualizado monetariamente segundo o IPCA-E desde a data fixada na sentença e (iv) fixados os juros moratórios segundo a remuneração da caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09. 
 
Ao final, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, fixou as seguintes teses, nos termos do voto do relator: 
1) Afetação para área tributária; e 
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 20/09/2017. 
· PENSÃO POR MORTE (TNU) - prazo para revisão 
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PRESENÇA DE SIMILITUDE FÁTICO-JURÍDICA E DE DIVERGÊNCIA ENTRE OS JULGADOS CONFRONTADOS. PROVIMENTO. ENFRENTAMENTO DO MÉRITO DO INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. PENSÃO POR MORTE DERIVADA DE APOSENTADORIA. DECADÊNCIA. CÔMPUTO DO PRAZO APLICÁVEL. INCIDENTE IMPROVIDO.
[...]
5. Considero que a pensão por morte e a aposentadoria da qual deriva são, de fato, benefícios atrelados por força do critério de cálculo de ambos, tão-somente. Mas são benefícios autônomos, titularizados por pessoas diversas que, de forma independente, possuem o direito de requerer a revisão de cada um deles, ainda que através de sucessores (pois a pensão por morte pressupõe, logicamente, o falecimento de seu instituidor). Certo que os sucessores de segurado já falecido podem requerer, judicialmente, o reconhecimento de parcelas que seriam devidas àquele por força de incorreto cálculo de seu benefício. Mas não é este o tema discutido nestes autos, já que a autora não postulou diferenças sobre a aposentadoria de seu falecido marido, mas tão-somente diferenças sobre a pensão por morte que percebe. 6. Considero que existe a decadência do direito de revisãoda aposentadoria propriamente dita, concedida ao falecido esposo da autora em 1983, tema, como já dito, suspenso por repercussão geral (benefício concedido antes de 1997); e considero que existe prazo autônomo, diferenciado, relativo ao direito de revisão da pensão por morte percebida pela autora, que lhe foi concedida em 14/09/1998, quando já vigente, no ordenamento jurídico, a regra da decadência do direito à revisão de benefício previdenciário.
[...]
9. Assim, caso a autora tivesse ajuizado a competente ação em prazo inferior ao consignado no mencionado art. 103, poderia alcançar a revisão de seu benefício, ainda que com recálculo do benefício anterior, já que atrelados, repito, apenas na forma de cálculo. Mas como ajuizou esta ação mais de 10 anos após o início da percepção de pensão por morte, não possui mais o direito de revisá-la (independentemente de a aposentadoria de seu ex-cônjuge poder sê-lo, caso decida o eg. Supremo Tribunal Federal pela inaplicabilidade de prazo decadencial a benefícios concedidos antes de 1997). 
[...] 
(TNU, PEDILEF 200972540039637 Relatora: Juíza Simone dos Santos Lemos Fernandes, DOU de 11.05.2012). 
 
· DECADÊNCIA E QUESTÕES NÃO DISCUTIDAS 
DECADÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 103 DA LEI 8.213/91.  
1. Hipótese em que se consignou que "a decadência prevista no artigo 103 da Lei 8.213/91 não alcança questões que não restaram resolvidas no ato administrativo que apreciou o pedido de concessão do benefício. Isso pelo simples fato de que, como o prazo decadencial limita a possibilidade de controle de legalidade do ato administrativo, não pode atingir aquilo que não foi objeto de apreciação pela Administração".   
2. O posicionamento do STJ é o de que, quando não se tiver negado o próprio direito reclamado, não há falar em decadência. In casu, não houve indeferimento do reconhecimento do tempo de serviço exercido em condições especiais, uma vez que não chegou a haver discussão a respeito desse pleito. 
3. Efetivamente, o prazo decadencial não poderia alcançar questões que não foram aventadas quando do deferimento do benefício e que não foram objeto de apreciação pela Administração. Por conseguinte, aplica-se apenas o prazo prescricional, e não o decadencial. Precedentes do STJ. 
4. Agravo Regimental não provido".
(AgRg no REsp 1.407.710/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 8/5/2014, DJe 22/5/2014.) 
 
· SÚMULA DA TNU
Fonte: https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/listaSumulas.php
· SÚMULA 81
Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei nº 8.213/91, nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão.
Pode ser mais de 10 anos, se o assunto na época do PA não foi analisado, por exemplo, uma atividade especial.
· ATIVIDADE
Em ação judicial, a União aplicou como índice de correção o índice da poupança. O procedimento está correto? Justifique a sua resposta!
R: O procedimento está errado, porquanto o STF no tema 810 decidiu que deve ser aplicado o IPCA-E.
AULA 02 – O Interesse de Agir
· O interesse de agir
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. INDISPENSABILIDADE DO PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. 
1. O Supremo Tribunal Federal, em sede de repercussão geral, assentou entendimento sobre a matéria, nos autos do RE 631240/MG, no sentido da indispensabilidade do prévio requerimento administrativo de benefício previdenciário como pressuposto para que se possa acionar legitimamente o Poder Judiciário, ressaltando ser prescindível o exaurimento daquela esfera. 2. Considerando que a ação foi ajuizada anteriormente ao julgamento da repercussão geral, e inexistente prévio requerimento administrativo, sem contestação de mérito por parte do INSS, aplica-se a fórmula de transição. 3. Baixa dos autos ao Juízo de primeiro grau para intimação da parte autora a dar entrada no pedido administrativo em até 30 (trinta) dias, sob pena de extinção do processo por falta de interesse de agir. (TRF4 5009915-35.2012.404.7108, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, juntado aos autos em 11/11/2016)         
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO E INTERESSE EM AGIR. 1. A instituição de condições para o regular exercício do direito de ação é compatível com o art. 5º, XXXV, da Constituição. Para se caracterizar a presença de interesse em agir, é preciso haver necessidade de ir a juízo. 2. A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o exaurimento das vias administrativas. 3. A exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário à postulação do segurado. 4. Na hipótese de pretensão de revisão, restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido, considerando que o INSS tem o dever legal de conceder a prestação mais vantajosa possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em juízo - salvo se depender da análise de matéria de fato ainda não levada ao conhecimento da Administração -, uma vez que, nesses casos, a conduta do INSS já configura o não acolhimento ao menos tácito da pretensão. 5. Tendo em vista a prolongada oscilação jurisprudencial na matéria, inclusive no Supremo Tribunal Federal, deve-se estabelecer uma fórmula de transição para lidar com as ações em curso, nos termos a seguir expostos. 6. Quanto às ações ajuizadas até a conclusão do presente julgamento (03.09.2014), sem que tenha havido prévio requerimento administrativo nas hipóteses em que exigível, será observado o seguinte: (i) caso a ação tenha sido ajuizada no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior pedido administrativo não deverá implicar a extinção do feito; (ii) caso o INSS já tenha apresentado contestação de mérito, está caracterizado o interesse em agir pela resistência à pretensão; (iii) as demais ações que não se enquadrem nos itens (i) e (ii) ficarão sobrestadas, observando-se a sistemática a seguir. 7. Nas ações sobrestadas, o autor será intimado a dar entrada no pedido administrativo em 30 dias, sob pena de extinção do processo. Comprovada a postulação administrativa, o INSS será intimado a se manifestar acerca do pedido em até 90 dias, prazo dentro do qual a Autarquia deverá colher todas as provas eventualmente necessárias e proferir decisão. Se o pedido for acolhido administrativamente ou não puder ter o seu mérito analisado devido a razões imputáveis ao próprio requerente, extingue-se a ação. Do contrário, estará caracterizado o interesse em agir e o feito deverá prosseguir. 8. Em todos os casos acima - itens (i), (ii) e (iii) -, tanto a análise administrativa quanto a judicial deverão levar em conta a data do início da ação como data de entrada do requerimento, para todos os efeitos legais. 9. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento, reformando-se o acórdão recorrido para determinar a baixa dos autos ao juiz de primeiro grau, o qual deverá intimar a autora - que alega ser trabalhadora rural informal - a dar entrada no pedido administrativo em 30 dias, sob pena de extinção. Comprovada a postulação administrativa, o INSS será intimado para que, em 90 dias, colha as provas necessárias e profira decisão administrativa, considerando como data de entrada do requerimento a data do início da ação, para todos os efeitos legais. O resultado será comunicado ao juiz, que apreciará a subsistência ou não do interesse em agir. 
 
· RESUMINDO: 
O Relator do RE 631240, Ministro Luís Roberto Barroso, dividiu as ações previdenciárias em dois grupos, quais sejam: 
          
(i) demandas que pretendem obter uma prestação ou vantagem inteiramente nova ao patrimônio jurídico do autor (concessão de benefício, averbação

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