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CONCEITO DE BEM - DIREITO CIVIL

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CONCEITO DE BEM
“Coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômico, suscetíveis de aprovação, bem como, os de existência imaterial economicamente apreciáveis.” ( Carlos Roberto Gonçalves)
Toda a utilidade pública física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo. Todo bem econômico é bem jurídico, mas necessariamente não há uma reciprocidade, pois existe bens jurídicos que não podem ser avaliados pecuniariamente.” (Pablo Stolze)
PATRIMÔNIO JURÍDICO 
A ideia de patrimônio jurídico não se coaduna com o conjunto de bens corpóreos, mas com todo o acervo relacional jurídico, quais sejam: direitos e obrigações de crédito e débito; valoráveis economicamente de uma pessoa natural ou ideal. 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
a) Bens considerados em si mesmo.
b) Bens reciprocamente considerados. 
c) Bens considerados em relação ao sujeito. 
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS 
CORPÓREOS 
A origem do nome remete-nos a conceituar que os bens corpóreos são aqueles que têm existência material, perceptível aos nossos sentidos, como por exemplo, terreno, jóia, casa; todos considerados objetos de direito. 
INCORPÓREOS 
Contrapondo-se aos bens corpóreos, estes são aqueles que não têm existência tangível, ou seja, são abstratos. 
MÓVEIS (ARTS. 82 A 84)
São bens passíveis de deslocamento. 
IMÓVEIS (ARTS. 79 A 81 DO CC)
São aqueles que não podem ser transportados ou deslocados para outro lugar. 
FUNGÍVEIS (ART. 85 DO CC)
A idéia de fungibilidade leva-nos a compreender que existe possibilidade de substituição de uma coisa por outra de mesma espécie. Assim, são bens fungíveis, bens que aceitam a substituição. Exemplo: nota de R$10,00 pode ser substituída e terá igual valor. 
INFUNGÍVEIS
São aqueles com características específicas, únicos, não comportando substituição. Exemplo: quadro de Leonardo Da Vinci.
CONSUMÍVEIS (ART. 86 DO CC)
São aqueles que desaparecem com o primeiro uso. Exemplo: combustível. 
INCONSUMÍVEIS : São bens que permitem utilização contínua, pois não perdem suas qualidade de imediato. Exemplo: avião, carro etc. 
DIVISÍVEIS (ARTS. 87 E 88 DO CC)
Como o nome já, diz significa repartir, ou seja, são aqueles que podem ser divididos em porções rechias e distintas. Exemplo: 1 litro de guaraná pode ser distribuído em duas garrafas de meio litro. 
INDIVISÍVEIS 
São aqueles que se fracionados, perdem sua utilidade essencial, ou poderá sofrer diminuição em seu valor econômico. Exemplo: um navio se partido ao meio não poderá navegar. 
SINGULARES (ART. 89 DO CC)
São aqueles que apesar de estarem agrupados possuem independência própria. Exemplo: Uma ovelha, ainda que reunida com outras ovelhas, esta não perderá sua qualidade individual. 
COLETIVO (ARTS. 90 E 91 DO CC)
É o todo formado pelo agrupamento de bens singulares. Exemplo: Um carro é a reunião de peças, engrenagens, fios etc. 
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS 
PRINCIPAL (ART. 99 DO CC)
É aquele considerado autônomo, independente, que possui existência própria. O Próprio CC vai definir, em seu artigo Art. 92,que principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. 
ACESSÓRIO 
É aquele que pode ser concebido na dependência da coisa principal, ou seja, o bem principal é pressuposto para sua existência. 
Os bens acessórios classificam-se em: 
NATURAIS
São oriundos de fatos da natureza, como produtos orgânicos e inorgânicos etc. 
INDUSTRIAIS
Aderem-se ao principal por intervenção da criação humana, como construções, plantações, benfeitorias. 
CIVIS
Resultam de uma relação jurídica abstrata: juros, ônus reais, aluguéis. 
NO QUE CONCERNE A SUA ESPECIE, OS BENS ACESSÓRIOS PODEM SER:
FRUTOS (Art. 95 do CC)
São todas as utilidades que o bem principal produz. Ex: safra.
PRODUTOS (Art. 95 do CC)
São acessórios que também provém do bem principal. 
BENFEITORIAS (Arts. 96 e 97 do CC) 
É tudo aquilo empregado à nível de despesa ou obras no bem principal, afim de conserva-los ou até embeleza-los. As benfeitorias apresentam-se em 3 espécies: voluptuárias, úteis e necessárias. 
RENDIMENTOS - são os frutos civis ou prestações periódicas, em dinheiro, que decorrem da concessão do uso e gozo de um bem que uma pessoa concede à outra. Exemplo: Se alguém alugar uma casa, terá o rendimento, que é o aluguel. 
ACESSÃO - são modos originários de adquirir, em virtude do qual fica pertencendo ao proprietário tudo quanto se une os se incorpora ao seu bem. Ela dar-se da seguinte forma: por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de álveo, por plantações ou construções. 
PERTENÇAS(Art. 93 do CC)
São aqueles que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Exs.: piscina, estátua, etc.
PARTES INTEGRANTES
São acessórios que, unidos ao principal, formam com ele um todo, sendo desprovidas de existência material própria, embora mantenha sua identidade. 
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO SUJEITO 
PÚBLICOS (arts. 98 a 103 do CC) - são aqueles bens que estão sob domínio de pessoas jurídicas de direito público: União, Estado e Município. São bens imprescritíveis, inalienáveis e impenhoráveis.
Os bens públicos podem ser: 
Bens públicos de uso comum do povo: sua utilização e acesso são permitidas a todas as pessoas. Exemplo: A avenida. 
Bens públicos de uso especial: destinam-se à utilização pelo poder público. Exemplo: Escola pública. 
Bens dominicais: fazem parte do rol patrimonial das pessoas jurídicas de direito público. Exemplo: direito de crédito pertencente à União. 
Particulares 
Encontram-se sob o domínio de qualquer pessoa física ou pessoa jurídica de direito privado. 
BENS NO COMÉRCIO E FORA DO COMÉRCIO 
Bens no comércio 
Intitulam-se também alienáveis ou disponíveis, e são os que se encontram livres de quaisquer restrições que impossibilitem sua transferência ou apropriação, podendo, portanto, passar, gratuita ou onerosamente, de um patrimônio a outro, quer por sua natureza, quer por disposição legal. 
Bens fora do comércio 
Consideram-se bens fora do comércio, conforme defino o Artigo 69 do CC, as coisas insuscetíveis de apropriação, e as legalmente inalienáveis. 
BEM DE FAMÍLIA
O legislador ao instituir o novo Código Civil Brasileiro autorizou a instituição do bem de família, não somente para o casal, bem como, para a entidade familiar, ou seja, união estável, família monoparental; e por terceiro (sendo este, ou sucessão testamentária ou doação, poder-se-á instituir o bem de família, dependendo a eficácia da cláusula da aceitação expressa de ambos os cônjuges ou da entidade familiar beneficiada). 
É relevante destacar a caracterização do bem de família definido pelo Art. 1712 do Código Civil. 
O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.

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