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TED-CONTRATUALISTAS

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NOME: Wendel M. Ramos CURSO: Direito TURNO: Noite P1
TED SOBRE OS CONTRATUALISTAS 
· Thomas Hobbes
Hobbes afirma que a natureza humana é egoísta e mesquinha, assegura que os indivíduos estão em guerra constante, conflito gerado principalmente gerado pela desconfiança, competição e glória: a primeira leva os homens atacar o outro tendo em vista o lucro; a segunda a segurança; e a terceira, reputação. No estado de natureza, segundo contratualista, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado. Hobbes considera o Estado de Natureza o próprio Estado de Guerra de todos contra todos. O autor atribui ao conceito de guerra um significado metafórico. Guerra é uma disposição, uma tensão permanente, uma preocupação constante com a sobrevivência; guerra seria simplesmente uma sensação permanente de medo o que implica uma preocupação constante com a autoproteção. Para Hobbes, os homens precisavam de um Estado forte, pois a ausência de um poder superior resultava na guerra. O ser humano, que é egoísta, se submetia a um poder maior, somente para que pudesse viver em paz e também ter condição de prosperar; o Estado, por sua parte, terá o dever de evitar conflitos entre os seres humanos, velar pela segurança e preservar a propriedade privada. Apesar da variação nas definições, a soberania sempre está ligada à autoridade suprema, e é neste sentido que Hobbes afirma que o poder do soberano está acima de tudo e todos; acima de leis e até mesmo da Constituição, tornando-se assim um poder absoluto e indivisível.
· John Locke
A natureza humana para Locke parte de uma perspectiva individualista segunda a qual as pessoas precedem a sociedade. Essa percepção será importante para a construirmos a noção de “eu” e identidade que é importante para a modernidade. Até então o indivíduo só se constituía como pessoa a partir da sociedade. Para John Locke, o Estado de Natureza não é apenas uma construção teórica, ele sempre existiu. Locke entendia que no Estado de Natureza as pessoas eram submetidas à Lei da Natureza o que era possível porque elas eram dotadas de razão. Nesta Lei da Natureza cada indivíduo poderia fazer o papel de juiz e aplicar a pena que considerasse justa ao infrator. Esta arbitrariedade individual é um dos principais motivos das pessoas buscarem entrar num Estado Civil. Ao contrário de Hobbes, na teoria de Locke não haveria uma guerra generalizada. Para o autor estado de guerra se dá quando se usa a força contra a pessoa de outrem e não existe um superior comum a quem apelar. A ausência de uma autoridade superior, um juiz comum com autoridade, coloca todos os homens em um estado de natureza; a força sem o direito sobre a pessoa de outro, onde não há superior comum para chamar em socorro provoca um estado de guerra. Então para solucionar esse problema, o contratualista diz que os homens vão concordar, livremente, em se constituir numa sociedade política organizada; o homem poderá influir diretamente nas decisões políticas da sociedade civil seja através do exercício da democracia direta ou delegando a outra pessoa seu poder de decisão, este chamado de soberano. Para John Locke toda vez que o soberano invadisse ou violasse os direitos naturais, rompendo com o contrato social, caberia a resistência dos indivíduos que teriam a liberdade de entrar em estado de guerra contra o poder instituído a fim de derrubá-lo e instaurar um governo justo em seu lugar.
· Jean-Jacques Rousseau
Rousseau diz que o homem por natureza é bom, nasceu livre, mas sua maldade advém da sociedade que em sua presunçosa organização não só permite, mas impõem a servidão, a escravidão, a tirania e inúmeras outras leis que privilegiam as elites dominantes em detrimento dos mais fracos firmando assim a desigualdade entre os homens, enquanto seres que vivem em sociedade. Diferentemente de Locke e Hobbes, Rousseau não acreditava que o estado de natureza seria uma etapa da história humana caracterizada por inconveniências que deveriam ser substituídas pela sociedade civil. Na verdade, Rousseau é conhecido por ser o filósofo do bom selvagem por atribuir características positivas ao estado de natureza. Na concepção de Rousseau, o ambiente natural seria como se fosse criado para servir as necessidades do homem. Por isso ele havia de ter poucas preocupações, tais como preservação, reprodução e alimentação. Para o autor o caos acontece pela desigualdade, pela destruição da piedade natural e da justiça, tornando os homens maus, o que colocaria a sociedade em estado de guerra. À medida que o desenvolvimento técnico foi ganhando espaço, o ser humano se tornou egoísta e mesquinho, sem compaixão pelo seu semelhante, por sua vez, a sociedade tornou-se corrupta e corrompia o ser humano com suas exigências para suprir a vaidade e o aparentar daquela sociedade. Desta maneira, Rousseau relaciona o aparecimento da propriedade privada com o surgimento das desigualdades sociais; assim era preciso que surgisse o Estado a fim de garantir as liberdades civis e evitar o caos trazido pela propriedade privada. Jean-Jacques Rousseau transfere o conceito de soberania da pessoa do governante para todo o povo, entendido como corpo político ou sociedade de cidadãos. A soberania é inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral, denominada por soberania popular.
22 de março de 2019

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