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Prévia do material em texto

. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFAM 
Assistente em Administração 
 
Compreensão e interpretação de textos verbais e não verbais. ........................................................... 1 
 
Ideias principais e secundárias, explícitas e implícitas. ...................................................................... 16 
 
Vocabulário: sentido de palavras e de expressões no texto. Denotação e conotação. ....................... 23 
 
Noções de variação e das modalidades oral e escrita da língua. ....................................................... 33 
 
Fonologia: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação tônica 
e gráfica. ................................................................................................................................................ 35 
 
Ortoépia e prosódia. .......................................................................................................................... 66 
 
Morfologia. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais, emprego. Classes 
gramaticais invariáveis: preposições, conjunções, advérbios, interjeições. Conjugação verbal. ............. 67 
 
Sintaxe. Frase, oração e período. Tipos de sujeito. Tipos de predicado. Período simples e período 
composto. As orações coordenadas e subordinadas. ........................................................................... 135 
 
Emprego das palavras “que”, “se” e “como”. .................................................................................... 168 
 
Pontuação. ...................................................................................................................................... 173 
 
Tópicos de linguagem. ..................................................................................................................... 180 
 
Emprego de certas palavras ou expressões: A ou Há, A baixo ou Abaixo, Ao encontro de ou De 
encontro a, A cerca de ou Acerca de ou Cerca de ou Há cerca de, A menos de ou Há menos de, A par 
ou Ao par, Ao invés de ou Em vez de, Bastante ou Bastantes, Mas ou Mais, Mau ou Mal, Onde ou Aonde, 
Por que ou Por quê ou Porque ou Porquê, Tampouco ou Tão pouco. .................................................. 191 
 
 
 
 
 
 
 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas, enviar material complementar (caso tenha 
tempo excedente para isso e sinta necessidade de aprofundamento no assunto) e receber suas 
sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer 
erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso 
serviço de atendimento ao cliente para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-
mail: professores @maxieduca.com.br 
 
Apreensão e Compreensão do Texto e Sentido 
 
Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989: 
“Eu sabia que você era collorido por fora, mas caiado por dentro.” 
Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos da campanha presidencial” e 
entenderam não “Você tem cores fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um 
discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”. 
Observe que há duas operações diferentes no entendimento do texto. A primeira é a apreensão, que 
é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não 
é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase 
acima, mas não conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, não entenderia o 
significado da frase. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence 
e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam “conhecimento de mundo” ao universo 
discursivo. Na frase acima, collorido e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida política: 
a primeira palavra refere-se a Collor e ao modo como ele se apresentava, um político moderno e inovador; 
a segunda diz respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A essa operação 
chamamos compreensão. 
 
Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento. 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se 
informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, 
passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras 
como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia 
do sentido global proposto pelo autor. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos 
que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. 
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem 
esquerda. 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira 
clara e resumida. 
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à 
compreensão do texto. 
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. O fio deve ser trabalhado com muito 
cuidado para que o trabalho não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever toma de 
empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, conectando uma palavra uma oração, uma 
ideia à outra. O texto precisa ser coeso e coerente. 
 
 
 
 
 
 
Compreensão e interpretação de textos verbais e não verbais. 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 2 
Coesão 
 
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos, 
vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve 
ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases 
e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, 
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que 
formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado 
sintática e semanticamente resultam num texto coeso. 
 
Coerência 
 
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, 
ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em 
conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo,será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos 
e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua 
capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações. 
 
Tipos de Composição 
 
Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de 
aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar 
aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, 
mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, 
é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. 
 
Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos 
constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a 
distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A 
narração envolve: 
- Quem? Personagem; 
- Quê? Fatos, enredo; 
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; 
- Onde? O lugar da ocorrência; 
- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; 
- Por quê? A causa dos acontecimentos; 
 
Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em 
argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, 
é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto 
maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho. 
 
Sentidos Próprio e Figurado 
 
Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso têm sentido próprio e sentido figurado. 
Geralmente os exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” 
tem um sentido próprio e um sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: “parte do 
vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido 
próprio, na acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. 
O sentido tradicionalmente dito próprio sempre corresponde ao que definimos aqui como sentido 
imediato do enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o sentido preferencial, o que 
comumente ocorre. 
O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a metáfora, e que em leitura imediata leva à 
mesma mensagem que se obtém pela decifração da metáfora. 
O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência da leitura ingênua, que ocorre 
esporadicamente, é verdade, mas nunca mais que esporadicamente. 
Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre 
um caminho de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de crítica é a atribuição de status 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 3 
diferenciado para cada uma das categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma conotação 
de sentido “natural”, sentido “primeiro”. 
Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é 
o sentido figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta interpretação do enunciado e não 
o sentido próprio. Se o sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que não chamá-lo de 
“natural”, “primeiro”? 
Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de perspectiva não é possível, pois o sentido figurado 
está impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido figurado é visto como anormal e o sentido 
próprio, não. Ele carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. 
A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e estetização e até a geração de categorias se 
ressente disso. Essa tendência para atribuir status às categorias é uma constante do pensamento antigo, 
cuja índole era hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal para o conhecimento, o que se 
estende até hoje em algumas teorias modernas. 
Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao conhecimento científico, vemos 
conotações de valor sendo atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações totalmente externas 
a ela. Um exemplo: o retórico que tenha para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se 
fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, tenderá a descrever os recursos retóricos 
como “desvios da normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos retóricos a serviço de sua 
concepção estética. 
Sentido Imediato 
 
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata que, com certa reserva, poderia ser chamada 
de leitura ingênua ou leitura de máquina de ler. 
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência de uma série de premissas que restringem 
a decodificação tais como: 
- As frases seguem modelos completos de oração da língua. 
- O discurso é lógico. 
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para estabelecer identidades lógicas ou atribuições, 
então, tem-se, respectivamente, identidade lógica e atribuição. 
- Os significados são os encontrados no dicionário. 
- Existe concordância entre termos sintáticos. 
- Abstrai-se a conotação. 
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas. 
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto modificadores do código linguístico. 
- Supõe-se pertinência ao contexto. 
- Abstrai-se iconias. 
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. 
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. 
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-se o uso expressivo, cerimonial. 
 
Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, ininteligível ou compreendido parcialmente 
toda vez que nele surgirem elipses, metáforas, metonímias, oxímoros, ironias, alegorias, anomalias, etc. 
Também passam despercebidas as conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, 
editoriais, etc. 
Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que se comporte como uma máquina de ler, o 
que faz do conceito de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O que existe são 
ocorrências eventuais que se aproximam de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido 
literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica perplexo diante de um oxímoro. 
Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de grau zero da escritura, identificando-a como 
uma forma mais primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é apenas um pressuposto. Os 
recursos de Retórica são anteriores a ele. 
 
Sentido Preferencial 
 
Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber o enunciado descontextualizado ou em 
contexto de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, como é o contexto 
em que se encontra uma palavra no dicionário, dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação, 
o sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o sentido que 
primeiro se impõe para um receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição tem de 
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. 4 
considerar o resultado médio, o que não impede que pela necessidade momentânea consideremos o 
significado preferencial para dado indivíduo. 
Algumas regularidades podem ser observadas nos significados preferenciais. Por exemplo: o sentido 
preferencial da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para abate”, e nunca o de “indivíduo 
sem higiene”. Em outras palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe sobre o que 
teve origem em processos metafóricos, alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o 
seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para a frase dada é o mesmo de 
“caminhão carregado com cimento” e não o de “caminhão construídocom cimento”. Neste caso o sentido 
preferencial é o metonímico, o que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o “primeiro 
significado da palavra”. Também é comum o sentido mais usado se impor sobre o menos usado. 
Para certos termos é difícil estabelecer o sentido preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial 
de manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? 
 
Interpretação 
 
A literatura é a arte de recriar através da língua escrita. Sendo assim, temos vários tipos de gêneros 
textuais, formas de escrita; mas a grande dificuldade encontrada pelas pessoas é a interpretação de 
textos. Muitos dizem que não sabem interpretar, ou que é muito difícil. Se você tem pouca leitura, 
consequentemente terá pouca argumentação, pouca visão, pouco ponto de vista e um grande medo de 
interpretar. A interpretação é o alargamento dos horizontes. E esse alargamento acontece justamente 
quando há leitura. Somos fragmentos de nossos escritos, de nossos pensamentos, de nossas histórias, 
muitas vezes contadas por outros. Quantas vezes você não leu algo e pensou: “Nossa, ele disse tudo 
que eu penso”. Com certeza, várias vezes. Temos aí a identificação de nossos pensamentos com os 
pensamentos dos autores, mas para que aconteça, pelo menos não tenha preguiça de pensar, refletir, 
formar ideias e escrever quando puder e quiser. 
Tornar-se, portanto, alguém que escreve e que lê em nosso país é uma tarefa árdua, mas acredite, 
valerá a pena para sua vida futura. Mesmo que você diga que interpretar é difícil, você exercita isso a 
todo o momento. Exercita através de sua leitura de mundo. A todo e qualquer tempo, em nossas vidas, 
interpretamos, argumentamos, expomos nossos pontos de vista. Mas, basta o(a) professor(a) dizer 
“Vamos agora interpretar esse texto” para que as pessoas se calem. Ninguém sabe o que calado quer, 
pois ao se calar você perde oportunidades valiosas de interagir e crescer no conhecimento. Perca o medo 
de expor suas ideias. Faça isso como um exercício diário e verá que antes que pense, o medo terá ido 
embora. 
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). 
 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há certa informação que 
a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a 
ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de Texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de 
sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as 
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
 
Identificar - reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma 
época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
 
Comparar - descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 
 
Comentar - relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 5 
Resumir - concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
 
Parafrasear - reescrever o texto com outras palavras. 
 
Exemplo 
 
Título do Texto Paráfrases 
 
“O Homem Unido” 
A integração do mundo. 
A integração da humanidade. 
A união do homem. 
Homem + Homem = Mundo. 
A macacada se uniu. (sátira) 
 
Condições Básicas para Interpretar 
 
Faz-se necessário: 
- Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática. 
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico. Na semântica (significado 
das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, 
polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
- Capacidade de observação e de síntese. 
- Capacidade de raciocínio. 
 
Interpretar X Compreender 
 
Interpretar Significa Compreender Significa 
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, 
deduzir. 
 Tipos de enunciados: 
- através do texto, infere-se que... 
- é possível deduzir que... 
- o autor permite concluir que... 
- qual é a intenção do autor ao afirmar 
que... 
Intelecção, entendimento, atenção ao que realmente 
está escrito. 
Tipos de enunciados: 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada a 
afirmação... 
- o narrador afirma... 
 
Erros de Interpretação 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes 
são: 
- Extrapolação (viagem). Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
- Redução. É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema 
desenvolvido. 
- Contradição. Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar 
conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. 
 
Observação: Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas 
numa prova de concurso o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. 
 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou 
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma 
conjunção (nexos), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o 
que já foi dito. São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome 
relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. 
Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm cada um valor semântico, por isso a 
necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na 
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em 
consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 6 
Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase. 
Qual (neutro) idem ao anterior. 
Quem (pessoa). 
Cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possuído. 
Como (modo). 
Onde (lugar). 
Quando (tempo). 
Quanto (montante). 
 
Exemplo: 
Falou tudo quanto queria (correto). 
Falou tudo que queria (errado - antes do que, deveria aparecer o demonstrativo o). 
 
Vícios de Linguagem – há os vícios de linguagem clássicos (barbarismo, solecismo, cacofonia...); no 
dia a dia, porém, existem expressões que são mal empregadas, e por força desse hábito cometem-se 
erros graves como: 
- “Ele correu risco de vida”, quando a verdade o risco era de morte. 
- “Senhor professor, eu lhe vi ontem”. Neste caso, o pronome oblíquo átono correto é “o”. 
- “No bar: Me vê um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso. 
 
Algumas dicas para interpretar um texto: 
 
- O autor escreveu com uma intenção - tentar descobrir qual é, qual é a chave. 
- Leia todo o texto uma primeira vez de forma despreocupada - assim você verá apenas os aspectos 
superficiais primeiro. 
- Na segunda leitura observe os detalhes, visualize em sua menteo cenário, os personagens - Quanto 
mais real for a leitura na sua mente, mais fácil será para interpretar o texto. 
- Duvide do(a) autor(a), leia as entrelinhas, perceba o que o(a) autor(a) te diz sem escrever no texto. 
- Não tenha medo de opinar - Já vi terem medo de dizer o que achavam e a resposta estaria correta 
se tivessem dito. 
- Visualize vários caminhos, várias opções e interpretações, só não viaje muito na interpretação. Veja 
os caminhos apontados pela escrita do(a) autor(a). Apegue-se aos caminhos que lhe são mostrados. 
- Identifique as características físicas e psicológicas dos personagens - Se um determinado 
personagem tem como característica ser mentiroso, por exemplo, o que ele diz no texto poderá ser 
mentira não é mesmo? Analisar e identificar os personagens são pontos necessários para uma boa 
interpretação de texto. 
- Observe a linguagem, o tempo e espaço, a sequência dos acontecimentos. O feedback conta muito 
na hora de interpretar. 
- Analise os acontecimentos de acordo com a época do texto, assim, certas contradições ou 
estranhamentos vistos por você podem ser apenas a cultura da época sendo demonstrada. 
- Leia quantas vezes achar que deve - Não entendeu? Leia de novo. Nem todo dia estamos 
concentrados e a rapidez na leitura vem com o hábito. 
 
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: Informativa e de reconhecimento; 
 
Organização do Texto e Ideia Central 
 
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos 
que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. Podemos 
desenvolver um parágrafo de várias formas: 
 
- Declaração inicial; 
- Definição; 
- Divisão; 
- Alusão histórica. 
 
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. 
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem 
esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída 
1216910 E-book gerado especialmente para TEREZINHA COSTA
 
. 7 
de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um 
caminho que nos levará à compreensão do texto. 
 
Os Tipos de Texto 
 
Basicamente existem três tipos de texto: 
- Texto narrativo; 
- Texto descritivo; 
- Texto dissertativo. 
 
Cada um desses textos possui características próprias de construção, que veremos no tópico seguinte 
(Tipologia Textual). 
 
É comum encontrarmos queixas de que não sabem interpretar textos. Muitos têm aversão a exercícios 
nessa categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio 
entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa ideia tem algum 
fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não literário isso 
é um equívoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, compreender e 
interpretar com mais proficiência. 
 
- Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos 
melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe 
levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Leia tudo que tenha vontade, com o tempo você 
se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. 
Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe 
tempo para cada momento de nossas vidas. 
- Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 
- Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é 
fazer palavras cruzadas. 
- Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 
- Leia verdadeiramente. 
- Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler 
outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. 
- Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você 
deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral 
do texto. 
- Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas 
extrapolam ao que está escrito. Veja um exemplo disso: 
 
Texto: 
 
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos 
latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da 
indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. 
Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos 
canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-
se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. 
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) 
 
Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: 
(A) os portugueses. 
(B) os negros. 
(C) os índios. 
(D) tanto os índios quanto aos negros. 
(E) a miscigenação de portugueses e índios. 
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.) 
 
 
 
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. 8 
Resposta “C”. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível concluir pelas 
características apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto. 
 
- Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases a seguir: 
(1) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
(2) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
(3) Os alunos dedicados passaram no vestibular. 
(4) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. 
(5) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
(6) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
 
Explicações: 
(1) Diego fez sozinho o trabalho de artes. 
(2) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. 
(3) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não dedicados e passaram no vestibular somente os que 
se dedicaram, restringindo o grupo de alunos. 
(4) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. 
(5) Marcão é chamado para cantar. 
(6) Marcão pratica a ação de cantar. 
 
Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele: 
 
“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescentes com hormônios em ebulição e 
com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação 
comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à autoridade do professor”. 
 
Frase para análise. 
 
Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o grande 
desafio do professor moderno. 
 
- Não é mencionado que a escola seja da rede privada. 
- O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistério. Outra 
questão é que o grande desafio não é só administrar os desafios às regras, isso é parte do desafio, há 
também os hormônios em ebulição que fazem parte do desafio do magistério. 
 
- Atenção ao uso da paráfrase (reescrita do texto sem prejuízo do sentido original). Veja o exemplo: 
 
(RECEITA FEDERAL – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – ESAF/2012 - ADAPTADA) 
Texto para a questão: 
 
O último esteio importante da legislação sindical do Estado Novo foi o imposto sindical, criado em 
1940. 
A despeito das vantagens concedidas aos sindicatos oficiais. muitos deles tinham dificuldade em 
sobreviver, por falta de recursos. O imposto sindical veio dar-lhes o dinheiro sem exigir esforço algum de 
sua parte. A solução foi muito simples: de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, era descontado 
anualmente, na folha de pagamento, o salário de um dia de trabalho. Os empregadores também 
contribuíam. Do total arrecadado. 60% ficavam com o sindicato da categoriaprofissional, 15% iam para 
as federações, 5% para as confederações. 
(José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil - o longo caminho. RJ. 
Civilização Brasileira, 2004. p. 121. com adaptações) 
 
Assinale a paráfrase correta e adequada do período: 
 
“A solução foi muito simples: de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, era descontado 
anualmente, na folha de pagamento, o salário de um dia de trabalho.” 
 
(A) Descontava-se um dia de trabalho do salário, na folha de pagamento anual, dos sindicalizados ou 
não, de todos os trabalhadores, como solução fácil para a falta de recursos do imposto sindical. 
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(B) Para solucionar a escassez de recursos dos sindicatos, a solução se encaminhou no sentido de 
serem descontados, de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, da folha anual de pagamento, o 
salário de um dia de trabalho. 
 
(C) Para conseguirem sobreviver, os sindicatos adotaram uma solução simples de todos os 
trabalhadores, sindicalizados ou não – o desconto anual, na folha de pagamento, do salário de um dia de 
trabalho. 
 
(D) Não foi complicada achar a solução. De todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, descontava-
se um dia de trabalho, anualmente, juntamente com a folha de pagamento. 
 
(E) Foi simples a solução adotada – seria descontado anualmente, na folha de pagamento de todos 
os trabalhadores, sindicalizados ou não, o valor equivalente a um dia de trabalho. 
 
Resposta correta: E 
 
Alternativa A: "Descontava-se um dia de trabalho do salário" – a frase está incoerente, o dia de trabalho 
era descontado do trabalhador, não do salário. 
 
Alternativa B: "(...) no sentido de serem descontados (...) o salário de um dia" – problemas na 
concordância singular/plural. O salário de um dia deve ser descontado e não descontados. 
 
Alternativa C: a alternativa torna-se incorreta pela falta de pontuação, vírgula, veja: 
“os sindicatos adotaram uma solução simples de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não(...)” – 
incorreta 
 
“os sindicatos adotaram uma solução simples, de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não(...)” 
– correta 
 
Alternativa D: "Não foi complicada achar a solução" - Achar é complicado, o correto seria: “Não foi 
complicado achar a solução”. 
 
- A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas: substituição de locuções por 
palavras; uso de sinônimos; mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; converter a voz ativa 
para a passiva; emprego de antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano 
= portugueses). 
 
Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases. Exemplos: 
- Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
- Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
- Os alunos determinados pediram ajuda aos professores. 
- Determinados alunos pediram ajuda aos professores. 
 
Explicações: 
- Certos alunos = qualquer aluno. 
- Alunos certos = aluno correto. 
- Alunos determinados = alunos decididos. 
- Determinados alunos = qualquer aluno. 
 
Questões 
 
01. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC - PM/BA - Soldado da Polícia Militar) 
Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho 
evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites 
da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para 
escapar da fome e da morte prematura. 
O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os 
recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem 
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. 10 
realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolon-
gamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. 
Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. 
Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão 
projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. 
Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de 
renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a 
necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao 
planeta. 
 (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) 
 
... a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos 
foram superando a limitação da biologia ... (1º parágrafo) 
 
 O sentido do segmento grifado acima está reproduzido com outras palavras, respeitando-se a lógica, 
a correção e a clareza, em: 
(A) o caminho da evolução da humanidade, apesar das limitações biológicas, passam ainda hoje pelo 
desenvolvimento c cultural, que as possibilita. 
(B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu descobrir as causas de problemas que 
afetavam a saúde das pessoas, bem como combater as doenças. 
(C) os problemas de origem física, como uma doença, nem sempre foi possível resolvê-la, com base 
nos problemas resultantes da biologia. 
(D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu-se as leis da biologia e do ambiente que 
viviam, permitindo-os evoluir com mais saúde. 
(E) as descobertas científicas da biologia veio permitir que a humanidade fosse se tornando mais capaz 
de evoluir por um tempo mais longo e com saúde. 
 
02. (IBAM - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM) 
 
A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver a questão a seguir. 
 
 
Tendo por base a frase “Venha aqui, seu vagabundo”, analise as afirmações seguintes. 
 
I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo. 
II. O vocábulo “seu”, no caso, é um pronome possessivo. 
III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo. 
 
É correto o que se afirmou em: 
(A) I, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) I, II e III. 
 
03. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE) 
 
Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois 
de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você 
gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo 
de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos 
latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos 
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. 11 
- uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções ______ qualquer regra, todos 
os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas 
que nascem e se desenvolvem fora dela. 
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem 
ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes 
do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes - gerando uma 
renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema 
é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma 
pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio 
grosseiro dizer “não’ ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. 
E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. 
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como O Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma 
rede social completamente assimétrica. Eisso faz com que as redes de “seguidos” de alguém possam 
se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas 
Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus Amigos tinham começado a se comunicar 
entre si Independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio 
Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e 
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu 
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e 
começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos 
conhecendo, mas as pessoas que estão _______ nossa volta podem virar amigas entre si. 
 
Considere as seguintes afirmações. 
I. Através do uso do advérbio sim (L. 8), o autor valida a assertiva de que as redes sociais tendem a 
transformar elos latentes (L. 05) em elos fracos (L. 06). 
II. Por meio da frase Isso não é inteiramente ruim (L. 09), o autor manifesta-se favorável à afirmação 
de que as melhores amizades são aquelas que descobrimos fora das redes sociais. 
III. Mediante o emprego do segmento É verdade (L. 17), o autor reitera sua opinião a respeito do caráter 
trivial que a concepção de amizade vem assumindo nas redes sociais. 
 
Quais estão corretas, de acordo com o texto? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas II. 
(C) Apenas III. 
(D) Apenas II e III. 
(E) I, II e III. 
 
04. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP) Leia a tira. 
 
No segundo quadrinho, a fala da personagem revela: 
(A) hesitação. 
(B) indiferença. 
(C) contradição. 
(D) raiva. 
(E) exaltação. 
 
 
 
 
 
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05. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP) 
 
Saber é trabalhar 
 
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de 
aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados 
em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não 
tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese 
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema 
Estadual De Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas 
sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era 
de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. 
A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o 
desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de 
procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da 
própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. 
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de 
trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de 
Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico 
e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldade para contratar a mão de obra de que 
necessitam. 
(Língua Portuguesa, outubro de 2011, Adaptado) 
 
De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda: 
 
O texto revela que, no Brasil, 
(A) as empresas estão mais rigorosas para selecionar os mais qualificados. 
(B) os índices de desemprego têm se elevado continuamente nas regiões metropolitanas. 
(C) os trabalhadores têm investido mais do que o necessário em sua formação profissional. 
(D) as pesquisas sobre emprego são pouco consistentes e confiáveis. 
(E) as empresas convivem com a carência de mão de obra qualificada. 
 
06. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP) A frase inicial do texto – 
Geralmente, numa situação… um posto de trabalho. – expressa as condições gerais em uma situação de 
altos índices de desemprego. De acordo com essas condições, 
 
(A) o perfil de profissional pretendido nem sempre é bem definido nas empresas. 
(B) o desemprego aumenta em decorrência da qualificação profissional. 
(C) a formação de um profissional é, via de regra, questão secundária na sua contratação. 
(D) a qualificação profissional é um caminho para se conseguir um emprego. 
(E) o profissional deve ter qualificação inferior em relação às pretensões da empresa. 
 
07. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP) De acordo com o texto 
“Saber é Trabalhar” responda: 
No contexto em que se insere o período – A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar 
mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. – (3.º parágrafo), entende-se que 
a expressão 
“A outra” refere-se a: 
(A) consequências. 
(B) lógica. 
(C) pesquisa. 
(D) situação. 
(E) metodologia. 
 
 
 
 
 
 
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. 13 
08. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM) 
 
O velho 
Chico Buarque 
 
O velho sem conselhos 
De joelhos 
De partida 
Carrega com certeza 
Todo o peso 
Da sua vida 
A vida inteira, diz que se guardou 
Do carnaval, da brincadeira 
Que ele não brincou. 
Me diga agora 
O que é que eu digo ao povo 
O que é que tem de novo 
Pra deixar 
Nada 
Só a caminhada 
Longa, pra nenhum lugar. 
 
Nos versos da música “O velho”, Chico Buarque de Holanda retrata a vida de um homem que: 
(A) temia envelhecer. 
(B) não soube aproveitar a vida. 
(C) foi apaixonado pelo carnaval. 
(D) tinha orgulho de suas conquistas. 
 
09. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC) 
 
Minha jangada vai sair pro mar 
Vou trabalhar, meu bem querer 
Se Deus quiser quando eu voltar do mar 
Um peixe bom eu vou trazer 
Meus companheiros também vão voltar 
E a Deus do céu vamos agradecer 
 
Os versos acima, de uma música de Dorival Caymmi, abordam predominantemente, 
(A) o trabalho dos pescadores, na busca de sua sobrevivência cotidiana. 
(B) o respeito às condições ambientais como garantia da preservação dos recursos da natureza. 
(C) a competição acirrada entre os pescadores pelos melhores pontos de pesca, 
(D) a religiosidade dos pescadores, em que se misturam elementos de origem africana. 
(E) a exploração a que estão sujeitos os trabalhadores que dependem do mar para sobreviver. 
 
10. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC) 
 
Texto 1 
O futuro do trabalho 
“[...] 
Seja como for, é preciso resolver os problemas do desemprego e da informalidade, que são mais 
acentuados nos países subdesenvolvidos. O caminho é estabelecer políticas de geração de empregos, 
além de garantir melhores condições para os trabalhadores em ocupações precárias. 
Uma das saídas é a redução da jornada de trabalho: as pessoas trabalham menos para que se abram 
vagas para as desempregadas. Outra estratégia é instituir programas de formação profissional e de 
microcrédito para trabalhadores autônomos, desempregados e pequenas empresas.” 
Vestibular-Editora Abril, nov., 2002. 
 
 
 
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. 14 
Texto 2 
Conflito de gerações 
 
“- Marquinhos... Marquinhos! [...] 
O filho tentou disfarçar, lá no fundo do quintal, tirando meleca do nariz, mas, quando 
a mãe chamava assim, era melhor ir. Na cozinha, a mãe ao lado da geladeira 
aberta, com uma garrafa e um saco plástico vazios nas mãos: 
- Você comeu toda a salsicha?! 
- Não é bem verdade...Eu só usei as salsichas pra acabar com a mostarda. Já 
estava até verde! Alguém ia acabar comendo estragado e ficar doente. 
[...] 
- Você tem resposta pra tudo, não?! 
- Não é bem verdade... é a senhora que sempre pergunta. 
- Você é uma gentinha! Só uma gentinha, tá entendendo? 
O filho ficou olhando praquela mãe batendo com o pé no chão,bem nervosa 
mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. Aí foi obrigado a dizer: 
- É... isso eu acho que é verdade.” 
BONASSI, Fernando. In: Folha de São Paulo, 23 nov. 2002. 
 
Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 respectivamente. Assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
(A) no texto 1, a linguagem é mais informal, seguindo à norma padrão; utiliza-se ainda o discurso 
indireto, envolvendo questões sociais. No texto 2, percebe-se uma linguagem menos informal e um 
discurso direto entre mãe e filho. 
(B) no texto 1, a linguagem é coloquial, seguindo à norma padrão; tem-se ainda o discurso indireto e 
direto, aplicado à interpretação do cotidiano. Já no texto 2, a linguagem é formal, ocorre ainda um diálogo 
entre mãe e filho. 
(C) no texto 1, a linguagem é mais formal, obedecendo à norma culta; consegue-se ainda identificar 
um discurso indireto, aplicado interpretativamente às questões sociais. Já no texto 2, além de uma 
linguagem informal, em que se notam repetições e frases, ocorre, também, um diálogo entre mãe e filho. 
(D) no texto 1, a linguagem é formal, segundo à norma culta; tem-se ainda a presença do discurso 
direto que revela questões da comunidade. Já no texto 2, a linguagem é culta e o discurso é direto. 
(E) no texto 1, a linguagem é menos formal, no entanto, segue à norma culta; identifica-se ainda o 
discurso indireto, aplicado à análise do cotidiano. No texto 2, a linguagem é coloquial e o discurso é direto 
entre mãe e filho. 
 
11. (UEAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CS UFG/2014) 
 
Disponível em: < http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportamento/viver-com-menos > 
 
 
 
 
 
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. 15 
No texto, a repetição do verbo “querer" e a única ocorrência do verbo “precisar" colocam em evidência 
(A) a oposição entre a variedade dos desejos dos indivíduos e as suas necessidades mínimas reais. 
(B) o significado indistinto entre os dois verbos que se traduz pelo excesso de vontade por algo implícito 
na imagem. 
(C) o dinamismo do enunciador expresso pelas múltiplas necessidades apresentadas por ele para 
atender os diversos setores de sua vida. 
(D) a remissão ao gênero textual “bilhete" como forma de evitar que o interlocutor potencial se esqueça 
de comprar o produto pedido pelo enunciador. 
 
Respostas 
 
01. Resposta B 
 “Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras palavras”: o desenvolvimento cultural 
 
02. Resposta B 
SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou como pronome de tratamento (forma 
utilizada na questão acima). 
 
Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss sobre a utilização da palavra SEU como 
pronome de tratamento: 
Seu. senhor ('tratamento respeitoso') (Empregado diante de nome de pessoa, ou de outro axiônimo, 
ou de palavra designativa de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM fem.: sinhá, 
sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. 
ex.: aposto que seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou disfêmica (seu pateta!), 
ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil 
os fem. sua, senha, sinha. 
 
03. Resposta D 
No número II o autor deixa claro no texto, que as amizades formadas por redes sociais não são 
duradoras nem possuem uma base sólida. Já no número III, a concepção de amizade proveniente de 
redes sociais, esbarra em um ponto importante, aquela amizade de curtir fotos, comentários mas nada 
profundo com sentimento. 
 
04. Resposta B 
Sim, o sentimento expresso no segundo quadrinho é de indiferença, visto que ele não se importa se a 
grama do vizinho é mais verde ou não. 
 
05. Resposta E 
Segundo o texto, cada vez menos os candidatos a uma vaga de emprego se especializam ou possuem 
um diferencial na hora de concorrer à uma vaga de emprego. 
 
06. Resposta D 
Aqueles que não possuem um diferencial, uma maior qualificação, estão sujeitos a ficar sem emprego, 
pois não possuem nada novo para oferecer às empresas. 
 
07. Resposta A 
Consequência, pois antes já estava enumerado outros motivos para a falta de qualificação dos 
candidatos a um emprego. 
 
08. Resposta B 
 No trecho que ele diz: “A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele não 
brincou”... com este trecho é possível chegar a resposta “B” ele não aproveitou a vida. 
 
09. Resposta A 
Somente o o trecho: Se Deus quiser quando eu voltar do mar, um peixe bom eu vou traxer”, já é 
possível perceber qual é a ideia de sua canção. A volta dos pescadores depois de um período no mar. 
 
 
 
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10. Resposta C 
No texto 1 o autor descreve um problema e apresenta a solução, em uma linguagem mais culta. Já no 
texto 2 temos um diálogo entre mãe e filho, o que não é necessário o uso da linguagem formal. 
 
11. Resposta A 
A imagem representada por bilhetes contendo mensagens construídas a partir dos verbos “querer” e 
“precisar” são colocadas lado a lado para criar o contraste/comparação entre os desejos humanos e suas 
reais necessidades. 
 
 
 
Ideias Principais e Ideias Secundárias 
 
Para uma boa compreensão textual é necessário entender a estrutura interna do texto, analisar as 
ideias primárias e secundárias e verificar como elas se relacionam. 
As ideias principais estão relacionadas com o tema central, o assunto núcleo; as ideias secundárias 
unem-se às ideias principais e formam uma cadeia, ou seja, ocorre a explanação da ideia básica e, a 
seguir, o desdobramento dessa ideia nos parágrafos seguintes, a fim de aprofundar o assunto. 
 
 
 
 
A ideia principal refere-se ao a ação perigosa, agravada pelo aparecimento do trem. 
 
As ideias secundárias aparecem para complementar a ideia principal. 
 
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos nos colocar no papel de 
narradores, isto é, vamos contar fatos com base na organização das ideias. 
Leia o trecho abaixo: 
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro quando, de repente, um trem saiu 
da curva, a cem metros da ponte. Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, 
demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos, um dos dormentes e 
deixou o corpo pendurado. 
Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos um fato acontecido com seu 
primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Analisemos, agora, o parágrafo quanto à estrutura. 
 
As ideias foram organizadas da seguinte maneira: 
 
Ideia principal: 
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro quando, de repente, um trem saiu 
da curva, a cem metros da ponte. 
 
Ideias secundárias: 
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demonstrando grande presença 
de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado. 
A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação perigosa, agravada pelo 
aparecimento de um trem. As ideias secundárias complementam a ideia principal, mostrando como o 
primo do narrador conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava. 
Ideias principais e secundárias, explícitas e implícitas. 
Ideia principal: 
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro quando, de repente, um trem saiu 
da curva, a cem metros da ponte. 
 
 
Ideias secundárias: 
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demonstrando grande 
presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos, um dos dormentes e deixou o corpo 
pendurado. 
 
 
 
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. 17 
Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado de ideias secundárias. 
Entretanto, é muito comum encontrarmos, em parágrafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o 
exemplo: 
O dia amanhecera lindo na FazendaSanto Inácio. 
 Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo. 
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado 
pela mãe. 
Nesse trecho, há dois parágrafos. 
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia principal do parágrafo: O dia 
amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. 
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias secundárias. Observe: 
 
Ideia principal: 
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo. 
 
Ideia secundárias: 
 Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, 
preparado pela mãe. 
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando: “Afinal, de que tamanho é o 
parágrafo?” 
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um padrão, no que se refere ao tamanho 
ou extensão do parágrafo. 
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em que são maiores e outros, ainda, 
muito extensos. 
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da extensão do parágrafo, pois o que 
é importante mesmo, é a organização das ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito 
popular – “nem oito, nem oitenta…”. 
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas parágrafos muito curtos, 
também não é aconselhável empregarmos os muito longos. 
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os trabalhos de redação. Com o tempo, 
a prática dirá quando e como usar parágrafos – pequenos, grandes ou muito grandes. 
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia principal e outras secundárias. 
Isso não significa, no entanto, que sempre a ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em 
que a ideia secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o exemplo: 
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu violentamente sob 
meus pés. Logo percebi que se tratava de um terremoto. 
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo percebi que se tratava de um 
terremoto”, que aparece no final do parágrafo. As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou 
comprovam a afirmação: “as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu 
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do parágrafo. 
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias podem organizar-se da seguinte 
maneira: 
Ideia principal + ideias secundárias 
ou 
Ideias secundárias + ideia principal 
 
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias secundárias não são ideias diferentes e, 
por isso, não podem ser separadas em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias 
devemos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia principal e mantê-las juntas 
no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. 
É importante, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas que realmente se 
relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer 
assunto. 
Fonte: http://portugues.camerapro.com.br/redacao-8-o-paragrafo-narrativo-ideia-principal-e-ideia-secundaria/ (Adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
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. 18 
Informações Explícitas e Implícitas 
 
Texto: 
 
“Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um desses craques (Rivelino, Ademir da Guia, Pedro 
Rocha e Pelé), mas ainda tem um longo caminho a trilhar (...).” 
Veja São Paulo, 26/12/1990, p. 15. 
 
Esse texto diz explicitamente que: 
- Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé são craques; 
- Neto não tem o mesmo nível desses craques; 
- Neto tem muito tempo de carreira pela frente. 
 
O texto deixa implícito que: 
- Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos craques citados; 
- Esses craques são referência de alto nível em sua especialidade esportiva; 
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz respeito ao tempo disponível para evoluir. 
 
Todos os textos transmitem explicitamente certas informações, enquanto deixam outras implícitas. Por 
exemplo, o texto acima não explicita que existe a possibilidade de Neto se equiparar aos quatro 
futebolistas, mas a inclusão do advérbio ainda estabelece esse implícito. Não diz também com explicitude 
que há oposição entre Neto e os outros jogadores, sob o ponto de vista de contar com tempo para evoluir. 
A escolha do conector “mas” entre a segunda e a primeira oração só é possível levando em conta esse 
dado implícito. Como se vê, há mais significados num texto do que aqueles que aparecem explícitos na 
sua superfície. Leitura proficiente é aquela capaz de depreender tanto um tipo de significado quanto o 
outro, o que, em outras palavras, significa ler nas entrelinhas. Sem essa habilidade, o leitor passará por 
cima de significados importantes ou, o que é bem pior, concordará com ideias e pontos de vista que 
rejeitaria se os percebesse. 
Os significados implícitos costumam ser classificados em duas categorias: os pressupostos e os 
subentendidos. 
 
Pressupostos: são ideias implícitas que estão implicadas logicamente no sentido de certas palavras 
ou expressões explicitadas na superfície da frase. Exemplo: 
 
“André tornou-se um antitabagista convicto.” 
 
A informação explícita é que hoje André é um antitabagista convicto. Do sentido do verbo tornar-se, 
que significa "vir a ser", decorre logicamente que antes André não era antitabagista convicto. Essa 
informação está pressuposta. Ninguém se torna algo que já era antes. Seria muito estranho dizer que a 
palmeira tornou-se um vegetal. 
 
“Eu ainda não conheço a Europa.” 
 
A informação explícita é que o enunciador não tem conhecimento do continente europeu. O advérbio 
ainda deixa pressuposta a possibilidade de ele um dia conhecê-la. 
As informações explícitas podem ser questionadas pelo receptor, que pode ou não concordar com 
elas. Os pressupostos, porém, devem ser verdadeiros ou, pelo menos, admitidos como tais, porque esta 
é uma condição para garantir a continuidade do diálogo e também para fornecer fundamento às 
afirmações explícitas. Isso significa que, se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem 
cabimento. Assim, por exemplo, se Maria não falta nunca a aula nenhuma, não tem o menor sentido dizer 
“Até Maria compareceu à aula de hoje”. Até estabelece o pressuposto da inclusão de um elemento 
inesperado. 
Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois eles são um recurso argumentativo que 
visa a levar o receptor a aceitar a orientação argumentativa do emissor. Ao introduzir uma ideia sob a 
forma de pressuposto, o enunciador pretende transformar seu interlocutor em cúmplice, pois a ideia 
implícita não é posta em discussão, e todos os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. O 
pressusposto aprisiona o receptor no sistema de pensamento montado pelo enunciador. 
A demonstração disso pode ser feita com as “verdades incontestáveis” que estão na base de muitos 
discursos políticos, como o que segue: 
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. 19 
“Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será resolvido o problema da seca no Nordeste.” 
 
O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa a mudança do curso do São Francisco e, por 
consequência, a solução do problema da seca no Nordeste. O diálogo não teria continuidade se um 
interlocutor não admitisse ou colocasse sob suspeita essa certeza. Em outros termos, haveria quebra da 
continuidade do diálogo se alguém interviesse com uma pergunta deste tipo: 
 
“Mas quem disse que é certa a mudança do curso do rio?” 
 
A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor permite levar adiante o debate; sua negação 
compromete odiálogo, uma vez que destrói a base sobre a qual se constrói a argumentação, e daí 
nenhum argumento tem mais importância ou razão de ser. Com pressupostos distintos, o diálogo não é 
possível ou não tem sentido. 
A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes, pode ser embaraçosa ou não, dependendo do que 
está pressuposto em cada situação. Para alguém que não faz segredo sobre a mudança de emprego, 
não causa o menor embaraço uma pergunta como esta: 
 
“Como vai você no seu novo emprego?” 
 
O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela se dirigisse a uma pessoa que conseguiu um 
segundo emprego e quer manter sigilo até decidir se abandona o anterior. O adjetivo novo estabelece o 
pressuposto de que o interrogado tem um emprego diferente do anterior. 
 
Marcadores de Pressupostos 
 
- Adjetivos ou palavras similares modificadoras do substantivo 
 
Julinha foi minha primeira filha. 
“Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as outras nasceram depois de Julinha. 
 
Destruíram a outra igreja do povoado. 
“Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja além da usada como referência. 
 
- Certos verbos 
 
Renato continua doente. 
O verbo “continua” indica que Renato já estava doente no momento anterior ao presente. 
 
Nossos dicionários já aportuguesaram a palavrea copydesk. 
O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que copidesque não existia em português. 
 
- Certos advérbios 
 
A produção automobilística brasileira está totalmente nas mãos das multinacionais. 
O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil indústria automobilística nacional. 
 
- Você conferiu o resultado da loteria? 
- Hoje não. 
A negação precedida de um advérbio de tempo de âmbito limitado estabelece o pressuposto de que 
apenas nesse intervalo (hoje) é que o interrogado não praticou o ato de conferir o resultado da loteria. 
 
- Orações adjetivas 
 
Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se preocupam com seu bem-estar e, por 
isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc. 
O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se importam com a coletividade. 
 
Os brasileiros que não se importam com a coletividade só se preocupam com seu bem-estar e, por 
isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc. 
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Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não se importam com a coletividade. 
 
No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é restritiva. As explicativas pressupõem que o 
que elas expressam se refere à totalidade dos elementos de um conjunto; as restritivas, que o que elas 
dizem concerne apenas a parte dos elementos de um conjunto. O produtor do texto escreverá uma 
restritiva ou uma explicativa segundo o pressuposto que quiser comunicar. 
 
Subentendidos: são insinuações contidas em uma frase ou um grupo de frases. Suponhamos que 
uma pessoa estivesse em visita à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por onde 
entravam rajadas de vento, estivesse aberta. Se o visitante dissesse “Que frio terrível”, poderia estar 
insinuando que a janela deveria ser fechada. 
Há uma diferença capital entre o pressuposto e o subentendido. O primeiro é uma informação es-
tabelecida como indiscutível tanto para o emissor quanto para o receptor, uma vez que decorre ne-
cessariamente do sentido de algum elemento linguístico colocado na frase. Ele pode ser negado, mas o 
emissor coloca-o implicitamente para que não o seja. Já o subentendido é de responsabilidade do 
receptor. O emissor pode esconder-se atrás do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que 
o receptor depreendeu de suas palavras. Assim, no exemplo dado acima, se o dono da casa disser que 
é muito pouco higiênico fechar todas as janelas, o visitante pode dizer que também acha e que apenas 
constatou a intensidade do frio. 
O subentendido serve, muitas vezes, para o emissor proteger-se, para transmitir a informação que 
deseja dar a conhecer sem se comprometer. Imaginemos, por exemplo, que um funcionário 
recém-promovido numa empresa ouvisse de um colega o seguinte: 
 
“Competência e mérito continuam não valendo nada como critério de promoção nesta empresa...” 
 
Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita: 
 
“Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?” 
 
Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um subentendido, poderia responder: 
 
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.” 
 
Questões 
 
01. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as outras ideias do parágrafo. Depois, 
complete o parágrafo utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
Havia no rosto de cada criança a expectativa de uma festa maravilhosa. 
(A) a mesa, arrumada com todo carinho, estava repleta de docinhos e enfeites coloridos, reservando 
surpresas deliciosas para a meninada. 
(B) os palhaços entraram no palco, dando cambalhotas, fazendo piruetas e alegrando a todos. 
(C) O dentista chegou e as foi chamando, uma a uma, para iniciar o tratamento. 
 
02. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as outras ideias do parágrafo. Depois, 
complete o parágrafo utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
Os peixes nadavam agilmente no aquário. 
(A) na casa repleta, os animais viviam tranquilos e em harmonia. 
(B) todos davam reviravoltas, iam até o fundo, subiam à tona para pegar alimento, numa agitação 
encantadora. 
(C) as crianças, num alegria contagiante, jogavam migalhas de pão, e os peixes, muito agitados, 
vinham à tona para alcançá-las. 
 
03. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as outras ideias do parágrafo. Depois, 
complete o parágrafo utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
Na sala, a professora iniciava sua aula de Português. 
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. 21 
(A) os alunos, atenciosos, iam arrumando o material de desenho sobre as carteiras: régua, esquadro, 
compasso, lápis de cor, etc. 
(B) os alunos, a pedido da professora, abriram os livros à pág. 40, e iniciaram a leitura silenciosa do 
texto. 
(C) todos os alunos abriram o livro e a professora iniciou a explicação do texto. 
 
04. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as outras ideias do parágrafo. Depois, 
complete o parágrafo utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 
 
O cantor popular iniciou o espetáculo musical. 
(A) em seu repertório havia canções variadas com que ele homenageava todos os Estados brasileiros. 
(B) no teatro lotado, o povo assistia ao balé moderno. 
(C) o som alegre dos instrumentos musicais misturava-se às canções mais conhecidas da plateia. 
 
05. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no retângulo uma ou mais ideias que estejam 
relacionadas com a ideia em dada. 
Na avenida, interditada ao tráfego, os blocos carnavalescos desfilavam 
animadamente. ……………………………………………… 
 
(A) os ônibus passavam lotados de foliões. 
(B) o povo, contagiado pela alegria do samba, cantava e dançava 
(C) as fantasias dos sambistas eram um espetáculo maravilhoso. 
 
06. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no retângulo uma ou mais ideias que estejam 
relacionadas com a ideia em dada. 
No meio da noite, despertei e ouvi vozes agitadas no corredor. ………….. 
 
(A) o quarto estava claro e silencioso. 
(B) pelas frestas da janela entravam alguns raios de sol. 
(C) a luz do lampião entrava por debaixo da porta. Sentei-me na cama e fiquei a ouvir a discussão. 
(D) na casa reinava silêncio absoluto. 
 
07. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no retângulo uma ou mais ideias que estejam 
relacionadas com a ideia em dada. 
…………………………………………………. As pessoas procuravam uma sombra que as abrigasse do 
sol do meio-dia. As crianças só queriam brincadeiras com água. Os carrinhos de refrigerantes e picolés 
estavam rodeados por uma pequena multidão. 
 
(A) o calor estava ameno. 
(B) estava um dia abafado e quente. 
(C) o sol nasceraencoberto pelas nuvens e o vento frio fazia tremer os lábios. 
(D) o final da tarde estava muito quente. 
 
08. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no retângulo uma ou mais ideias que estejam 
relacionadas com a ideia em dada. 
O baile estava animado. ………………………. A orquestra alternava sambas, valsas e tangos, num 
ritmo contagiante. 
 
(A) no salão, os pares rodopiavam ao som das músicas alegres. 
(B) o salão estava repleto e a música eletrônica era alegre. 
(C) no salão vazio, alguns casais dançavam ao som dos discos. 
 
09. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no retângulo uma ou mais ideias que estejam 
relacionadas com a ideia em dada. 
O cavaleiro tentava domar o animal selvagem. O cavalo debatia-se para os lados, erguia a cabeça, 
empinava o peito e, em movimentos rápidos, levantava e abaixava as patas, tentando derrubar o homem 
ao chão. No entanto, …………………………… 
 
(A) o animal resistia bravamente 
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. 22 
(B) o cavaleiro, perdendo o equilíbrio, soltou-se da sela. 
(C) o cavaleiro, equilibrando-se habilmente na sela, domou o animal. 
 
Respostas 
 
01. Resposta C. 
A alternativa C é a única que não se adequa à ideia dada, pois as crianças estavam em um ambiente 
de festa e não em um consultório dentário, esperando a vez de serem atendidas. As alternativas A e B 
podem ser usadas para completar a ideia dada. 
 
02. Resposta A. 
A ideia principal do parágrafo é que os peixes nadavam no aquário. Portanto, a alternativa A é a única 
que não se adequa a essa ideia. 
 
03. Resposta A. 
Se a professora se preparava para uma aula de Português, os alunos não deveriam estar com o 
material de desenho sobre a carteira. Portanto, a alternativa A não se adequa à ideia contida no parágrafo. 
As alternativas B e C podem ser usadas para completar a ideia dada. 
 
04. Resposta B. 
Você deve ter observado que a ideia inicial fala de um espetáculo musical. Por isso, não podemos 
dizer que a plateia assistia a um balé moderno (alternativa B), que não é, essencialmente, um número 
musical. As alternativas A e C se adequam perfeitamente à ideia do parágrafo dado. 
 
05. Resposta A. 
A alternativa A (os ônibus passavam lotados de foliões) não pode ser utilizada para completar a ideia 
principal, pois há um detalhe, a avenida interditada ao tráfego, que a faria ficar incoerente. Pense bem, 
se a avenida estava interditada ao tráfego, os ônibus não poderiam passar por lá, não é? As outras 
alternativas podem ser utilizadas pois se adequam à ideia do parágrafo dado. 
 
06. Resposta C. 
Se você observou bem, deve ter notado que tudo acontece no meio da noite, portanto, não podemos 
dizer que o quarto estava claro e que pelas frestas das janelas entravam raios de sol. Outro fator a ser 
observado é que se ouviam vozes agitadas, portanto a casa não estava em silêncio absoluto. Nesse caso, 
apenas a alternativa C pode ser utilizada para completar a ideia do parágrafo. 
 
07. Resposta B. 
A alternativa B é a mais adequada para fazer parte do parágrafo. A razão porque não se pode utilizar 
as outras alternativas é simples: 
. as pessoas procuravam uma sombra que as abrigasse do sol do meio-dia, por isso a ideia de que o 
final da tarde estava muito quente não pode ser usada aqui; 
. tudo leva a crer que o calor estava insuportável, portanto não poderíamos dizer que o calor estava 
ameno ou que o sol nascera encoberto pelas nuvens e o vento frio fazia tremer os lábios. 
 
08. Resposta A. 
A melhor opção é a alternativa A porque: 
. a orquestra alternava ritmos como o samba, valsas, tangos, portanto não podemos dizer que os 
discos eram alegres, pois numa festa com orquestra os discos eletrônicos não são usados. 
. se afirmamos que o baile estava animado, não podemos dizer que o salão estava vazio. 
 
09. Resposta C. 
A alternativa C é a mais adequada para fazer parte do parágrafo. Com certeza, você deve ter percebido 
que apesar das tentativas do animal para derrubar o cavaleiro, ele conseguiu equilibrar-se, dominando o 
cavalo. Essa é a ideia principal do texto. Por isso, não podemos dizer que o cavalo resistiu bravamente e 
que o cavaleiro, perdendo o equilíbrio soltou-se da sela. O que faz a diferença aqui é a expressão no 
entanto. 
 
 
 
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. 23 
 
 
Sentido Literal e Sentido Não Literal 
 
Literal é o sentido da palavra interpretada ao pé da letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela 
tem na maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da palavra. Exemplo: 
 
“Uma pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” 
 
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal. 
 
Não Literal é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, aquele que se distancia do sentido próprio 
e costumeiro. Exemplo: 
 
“As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as atiradas pela mão.” 
 
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que usualmente indica, mas um insulto, uma ofensa 
produzida pela boca. 
 
Ampliação de Sentido 
 
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a designar uma quantidade mais ampla de 
objetos ou noções do que originariamente. 
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada para designar o ato de viajar em um barco, 
ampliou consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de viajar em outros veículos. Hoje se 
diz, por ampliação de sentido, que um passageiro: 
- embarcou num ter. 
- embarcou no ônibus das dez. 
- embarcou no avião da força aérea. 
- embarcou num transatlântico. 
 
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que escala os Alpes (cadeia montanhosa 
europeia). Depois, por ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de praticante do esporte de 
escalar montanhas. 
 
Restrição de Sentido 
 
Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento inverso, isto é, uma palavra passa a designar 
uma quantidade mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o caso, por exemplo, das 
palavras que saem da língua geral e passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um 
universo restrito do conhecimento. 
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura gramatical, é bom exemplo de especialização 
de sentido. Na língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para formar um todo, porém em 
Gramática designa apenas um tipo de formação de palavras por composição em que a junção dos 
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de pernilongo (perna + longa). 
Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais aglutinação, mas justaposição. A palavra 
Pernalonga, por exemplo, que designa uma personagem de desenhos animados, não se formou por 
aglutinação, mas por justaposição. 
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o significado das palavras para dar precisão à 
comunicação. 
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol, não pode ser usada para designar, por 
exemplo, um astro que gira em torno do Sol: seu sentido sofreu restrição, e ela serve para designar 
apenas um tipo de flor que tem a propriedade de acompanhar o movimento do Sol. 
 
 
 
Vocabulário: sentido de palavras e de expressões no texto. Denotação e 
conotação. 
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. 24 
Há certas palavras que, além do significado explícito, contêm outros implícitos (ou pressupostos). 
Os exemplos são muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica certa pessoa ou coisa, 
pressupondo necessariamente a existência de ao menos uma além daquela indicada. 
Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que nunca lançou um livro, dizer que ele estará 
autografando seu outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao menos um livro além daquele 
que está sendo autografado. 
 
Questões 
 
01. (PC-CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP/2015) 
 
A morte do narrador 
 
Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela,

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