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INTODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS Tema: Lógica e teoria dos conjuntos As seguintes expressões não são designações porque não identificam objetos: {cidades de Portugal} {portão, telhado, chão, dono} No entanto, se considerarmos os conjuntos: : : A cidade O w da casa e se considerarmos que , e podemos obter, por exemplo: : . : A cidade Coimbra. A cidade Faro. O chão da casa : O dono da casa. Condições INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Por representarem um qualquer elemento de , e , dizemos que e são variáveis, sendo o seu Domínio, respetivamente, , e . Quando substituímos uma variável por um elemento do respetivo domínio dizemos que concretizamos a variável e convertemos cada expressão numa designação. Variável Concretização das variáveis e designações resultantes INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 18 No conjunto dos números reais, consideremos a expressão: Observa que substituímos a expressão “um número” por uma letra (variável) neste caso, . (Concretização da variável) O dobro da soma de um número com três. Ao traduzirmos esta expressão para linguagem matemática escrevemos: Para cada concretização de obtemos uma designação: INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Salvo indicação em contrário: Se uma expressão numérica depender de uma variável , o seu domínio é o conjunto dos números reais para os quais a expressão tem significado. Exemplo 19 Considera as expressões: : • Como a divisão por zero não tem significado, o domínio de é . • Como a raiz quadrada não está definida para números reais negativos, o domínio de é INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 19 (continuação) : Como a raiz quadrada não está definida para números reais negativos e a divisão por zero não tem significado, só não dão significado à expressão os valores reais que tornam, simultaneamente, o radicando negativo e anulam o denominador. Ou seja, o seu domínio é tal que Portanto, o domínio de é INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Definição Designamos por “expressão proposicional” ou por “condição”, uma expressão envolvendo uma variável , tal que, substituindo por um objeto se obtém uma proposição . Expressão proposicional ou condição INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 20 No conjunto dos números reais, considera a expressão proposicional :“O quadrado da soma de um número com três é igual a .” Em linguagem matemática, escrevemos Vamos concretizar a variável para e : • para obtemos a proposição falsa • para obtemos a proposição verdadeira • Falso • Verdadeiro INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 21 Considera as condições: Tem-se que é uma proposição verdadeira e é uma proposição falsa, para qualquer diferente de . Tem-se também que é uma proposição verdadeira se e só se é um número real superior a . INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Definição Quantificador Universal Dada uma condição , “qualquer que seja , ” ou “para todo o , ” é uma proposição, que é verdadeira quando e apenas quando se obtém uma proposição verdadeira sempre que se substitui em por um objeto arbitrário. “Qualquer que seja , ” representa-se por “”. O símbolo “” designa-se por “quantificador universal”. Se a condição “” for verdadeira, dizemos que a condição é universal. INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 22 Considera as condições: A é universal porque é verdadeira qualquer que seja . s A não é universal porque s é uma proposição falsa. INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Definição Dada uma condição e um conjunto , a proposição representa-se por “ ”. Se esta proposição for verdadeira, dizemos que é uma condição universal em . INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 23 Considera, em , as condições: Observa que é uma proposição falsa. e Logo, a condição não é universal porque é falsa a proposição Como é uma proposição verdadeira para todo o número real , temos que é uma condição universal em e é uma proposição verdadeira. INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 23 (continuação) Considera, em , as condições: Se considerarmos a condição em , então é uma proposição verdadeira, pois seja qual for o número natural , o seu quadrado é um número positivo. Logo, é uma condição universal em . e q INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 24 No conjunto , consideremos a condição Em linguagem corrente temos: “A terça parte de um número é menor ou igual a dois.” 6 Assim, a proposição verdadeira, visto que é verdadeira para qualquer pertencente ao intervalo . Podemos, então, escrever , . Logo, é uma condição universal em . INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Definição Quantificador existencial Dada uma condição , “existe tal que ” é uma proposição verdadeira se e somente se, para pelo menos um objeto , for verdadeira. “existe tal que ” representa-se por “”. O símbolo “” designa-se por “quantificador existencial”. Se a proposição “” for verdadeira, é uma condição possível. Se não for possível, dizemos que é uma condição impossível. INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS Exemplo 25 Considera as condições A condição é possível porque existe pelo menos um número par (por exemplo, o número 2). e A condição é impossível porque não existe tal que . INTRODUÇÃO À LÓGICA BIVALENTE E À TEORIA DOS CONJUNTOS LÓGICA E TEORIA DOS CONJUNTOS
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